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Eletrônica Geral Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof. Esp. Diego Bomfim Pedretti Revisão Textual: Prof. Me. Claudio Brites Estudo dos Transistores de Efeito de Campo • Transistores de Efeito de Campo (FET); • Construção e Operação do JFET; • Métodos de Polarização. · Verificar o funcionamento dos transistores de efeito de campo e suas aplicações. OBJETIVO DE APRENDIZADO Estudo dos Transistores de Efeito de Campo Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Estudo dos Transistores de Efeito de Campo Transistores de Efeito de Campo (FET) n-channel p-channel FET Field-E�ect Transistor gate gate drain drain source source Figura 1 – Símbolo do FET Figura 2 – Polarização do FET Os Transistores de Efeito de Campo (FET), do inglês field effect transistor, diferem dos transistores comuns nestas características: 1. Sua fabricação é simples e ocupa menos espaço, pois, quando integrados, ocupam menos espaço na pastilha do que o bipolar. São amplamente uti- lizados para a integração em larga escala (LSI); 2. Em algumas configurações dos MOSFET, esses atuam como elementos resistivos controlados por tensão e com a diferença de ocuparem menor espaço físico do que seus iguais; 3. Zin (impedância de entrada alta), possibilitando que a carga armazenada permaneça por tempo suficiente para que o dispositivo seja utilizável como elemento de memória em circuitos digitais; 8 9 4. Dissipam potências elevadas e podem comutar grandes correntes em al- guns nano segundos; 5. Menos ruidosos do que os bipolares e mais adequados para estágios de entrada de amplifi cadores; 6. As principais desvantagens do FET são apresentar uma banda de ganho relativamente pequena em comparação com o bipolar e maior susceptibili- dade a danos quando manuseado, porque teme eletricidade estática. Deve ser sempre manuseado com pulseira antitética. Possui altíssima impedân- cia de entrada, comparada aos transistores bipolares. Como no caso do Transistor Bipolar de junção, a tensão entre dois terminais do FET contro- la a corrente que circula pelo terceiro terminal. Correspondentemente ao FET, pode ser usado tanto como amplifi cador quanto como uma chave. Seu nome tem origem no seu princípio de operação. O controle é baseado no campo elétrico estabelecido pela tensão aplicada no terminal de con- trole. Pode ser utilizado tanto em circuitos analógicos como digitais – nesse último, seu emprego é muito grande. O JFET (Field EfFect Transistor) é um componente de três terminais utilizado em: pré-amplificador de vídeo para câmeras de TV, estágios amplificadores de RF para receptores de comunicações, instrumentos de medição etc., que realiza muitas das funções do transistor bipolar. A maior diferença entre os dois tipos de transistores é: o transistor bipolar é controlado por corrente, e o JFET é controlado por tensão. Dessa forma, pode- mos afirmar que a corrente IC do transistor bipolar de junção é função direta do nível IB; e, para o JFET, a corrente ID será função direta da tensão VGS aplicada ao circuito de entrada. Note que, em ambos os casos, a corrente de saída está sendo controlada por algum parâmetro de circuito de entrada – em um caso, o nível de corrente e, no outro, a tensão aplicada. Existem transistores de efeito de campo de canal n e canal p. Entretanto, é im- portante observar que o transistor bipolar é um dispositivo bipolar, e o JFET é um dispositivo unipolar. O FET tem alta impedância de entrada, com valores maiores que 1MΩ. Essa característica garante seu emprego em projetos de amplificadores lineares. Tendo o transistor bipolar maior sensibilidade de entrada, os ganhos de tensão dos ampli- ficadores adquiridos com a utilização dos transistores bipolares são superiores aos adquiridos com FET que possuem maior estabilidade térmica. Existem dois tipos básicos: o FET de junção (ou JFET) e o FET de porta isola- da (ou IGFET), também denominado de MOSFET, o qual pode ser de dois tipos: MOSFET de depleção e os de intensificação – esses, por sua vez, serão estudados na sequência. O transistor MOSFET tornou-se um dos dispositivos mais usados na construção dos circuitos integrados (CI), empregados nos computadores digitais, porque, além de outras características, são mais estáveis termicamente. 9 UNIDADE Estudo dos Transistores de Efeito de Campo Construção e Operação do JFET Existem dois tipos: Canal N e Canal P, sua estrutura consiste numa barra de material semicondutor N (ou P), envolvida no centro com material P (ou N). A região N (ou P) é chamada de canal por influir na corrente controlada. A maior parte da estrutura é composta do material do tipo n, formando o canal entre as camadas imersas de material do tipo p. A parte superior do canal do tipo n está conectado por contatos ôhmicos ao terminal denominado dreno (D), enquanto que a parte inferior do mesmo material está conectada ao terminal denominado fonte (S). Os dois materiais tipo p estão ligados entre si e ao terminal porta (G). Figura 3 – Construção do JFET – gate = porta, drain = dreno, source = fonte No componente, o dreno e a fonte estão conectados aos extremos do canal n e a porta, às duas camadas do material do tipo p. Portanto, deverá haver um fluxo de elétrons da Fonte (S) para o Dreno (D), onde esse, por sua vez, através de um potencial aplicado, deverá ser controlado pela Porta (G). Assista a este vídeo para que você possa ter uma base para entender o que é um JET: https://youtu.be/Jz4VPtkbQygEx pl or Quando aplicamos uma tensão positiva VDS no do canal, e conectamos a porta diretamente, a fonte estabelece a condição VGS = 0 v, e obtém-se a porta (G) e a fonte (S) no mesmo potencial. Quando uma tensão VDD =VDS é aplicada, os elétrons fluem para o terminal de dreno, estabelecendo uma corrente convencional ID, com o sentido definido pelo fluxo de corrente. O caminho do fluxo de cargas revela claramente que as correntes de dreno e fonte são equivalentes (ID = IS). Devemos observar que a região de depleção é mais larga na parte superior, em ambos os materiais do tipo p. Esse fato é observado pelo fato de se ter a região 10 11 superior do material tipo p reversamente polarizado, e a regiãoinferior do material tipo p encontra-se diretamente polarizada. A tensão VDS tende a aumentar de 0 para alguns volts, a corrente aumenta, como visto na lei de Ohm, quando VDS atingir um determinado valor definido por VP, e as regiões de depleção tendem a se alargar, isso provoca uma redução na largura do canal, levando a um aumento na resistência do canal. Vp é a tensão a qual resulta no estrangulamento do canal, tensão essa imposta por VDS. Com valores de VDS a um nível onde as duas regiões de depleção tendem a se encontrar, resultando na condição de pinch-off (tensão de constrição), tensão VDS, que estabelece o estrangulamento do canal, denotado por VP. Na verdade, a corrente não cai a zero, entretanto ID mantém um nível de saturação definido por IDSS, onde, na verdade, ainda existe um canal muito estreito, com uma corrente de altíssima densidade. O fato de ID não ser cortada e manter o nível de saturação é dado por: a falta de uma corrente de dreno impossibilitaria a existência de diferentes níveis de potencial através do canal n, e não estabeleceria os níveis de tensão reversos ao longo da junção p-n. Enquanto VDS tende a aumentar além do nível Vp, a região de confronto entre as duas regiões de depleção aumenta em comprimento ao longo do canal, mas o nível de corrente ID permanece essencialmente o mesmo. Em resumo, portanto, uma vez estabelecido VDS > VP, o JFET apresenta as características de uma fonte de corrente. Portanto, a corrente permanece constante em ID = IDSS, mas a tensão VDS (para níveis > VP) será determinada pela carga empregada. IDSS é a corrente máxima de dreno para um JFET, e é definido pela condição VGS = 0 Figura 4 – Curva característica da relação ID por VDS 11 UNIDADE Estudo dos Transistores de Efeito de Campo A tensão VGS é a tensão que controla o JFET. Quando o canal do dispositivo é n (negativo), a tensão VGS é feita cada vez mais negativa, a partir de VGS = 0V. Ou seja, o terminal de porta estará cada vez mais em potenciais menores se comparado à fonte. Com VGS cada vez mais negativa, as regiões de depleção são semelhantes àquelas obtidas com VGS = 0, mas com níveis menores de VDS. Portanto, o resultado da aplicação de uma fonte negativa na porta é alcançar a condição de saturação em níveis menores de tensão VDS. Quanto mais negativos forem os valores da fonte VGS, maior o estrangulamento do canal. O nível de VGS que resulta em ID = 0 mA é definido por VGS = Vp, com Vp sendo uma tensão negativa para dispositivos de canal n, e uma tensão positiva para JFETs de canal p. Pose-se notar no gráfico, diferentes valores de ID para diferentes valores de VGS. Figura 5 – Relação entre ID e VDS 5 Métodos de Polarização Configuração de Polarização Fixa para o JFET: A mais simples das configurações para polarização do FET é a polarização fixa; no entanto, ela é a menos eficiente, pois o ponto quiescente varia em função de IDSS e VP, que variam em função da temperatura. A configuração a seguir inclui os níveis AC Vi e Vo mais os capacitores de acoplamento. Os capacitores de acoplamento são circuitos-abertos para análises DC, e baixas impedâncias (curtos-circuitos) para a análise AC.Ex pl or 12 13 O resistor RG está presente para assegurar que e1 apareça na entrada do amplificador FET na análise AC. Figura 6 A tensão dreno-fonte VDS do circuito pode ser determinada aplicando-se a lei das tensões de Kirchhoff, obtendo desta forma: VDS = VDD − IDRD Note que, como não há uma resistência de sourse, teremos VS = 0. Logo, podemos verificar: VDS = VD − VS VD = VDS Além disso, temos ainda que: VGS = VG − VS VGS = VG Circuitos Digitais com MOSFET As aplicações mais comuns de dispositivos MOS são digitais, como, por exem- plo, portas lógicas e registradores ou conjuntos de memórias. Devido às capaci- tâncias parasitas localizadas de porta para dreno, porta para fonte e substrato, os circuitos MOSFET são mais lentos do que os circuitos bipolares correspondentes. Contudo, a baixa dissipação de potência e a alta densificação na fabricação tor- nam os dispositivos MOS muito convenientes e econômicos para muitas aplicações em baixa velocidade. Os circuitos digitais com MOSFET consistem somente em FET, e nenhum outro componente, tais como diodos, resistores ou capacitores. Por exemplo, consideremos o inversor com MOSFET da Figura 7, o dispositivo Q1 é o FET de entrada, enquanto Q2 atua como uma resistência de carga e é chamado carga FET. 13 UNIDADE Estudo dos Transistores de Efeito de Campo Figura 7 – Porta inversora com MOSFT Circuito Integrado CD4007 Este também é um exemplo de uso do MOSFET. Figura 8 – CD4007 Inversor controlado Circuito Amplificador Utilizando o MOSFET Figura 9 – Circuito Amplificador utilizando o MOSFET 14 15 Mini Amplificador de Áudio com MOSFET Podemos observar na figura a seguir o circuito de um amplificador em par com- plementar Q2 e Q3. Circuito de Amplifi cador básico: https://goo.gl/g7i2R4 Ex pl or 15 UNIDADE Estudo dos Transistores de Efeito de Campo Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Livros Laboratório de Eletricidade e Eletrônica CAPUANO, F. G.; MARINO, M. A. M. Laboratório de Eletricidade e Eletrônica. 24. Ed. São Paulo: Erica, 2007. Vídeos História do Transistor JFET https://youtu.be/Xsv03w9YJqI Transistor JFET como Funciona https://youtu.be/Jz4VPtkbQyg Leitura Mini Amplificador de Áudio com MOSFET https://goo.gl/BTzWAf 16 17 Referências CALDAS, Luis. Solução dos exercícios – referentes a FET – divisor de tensão e autopolarização – ANÁLISE CC. Disponível em: <http://luiscaldas.com.br/unip/ eletronicaIII/exercicios/resolvidos/lista05.pdf> CAPUANO, F. G.; MARINO, M. A. M. Laboratório de Eletricidade e Eletrôni- ca. 24. Ed. São Paulo: Erica, 2007. DUARTE, M. de A. Eletrônica analógica básica. 1. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2017. LABORATÓRIO DE DISPOSITIVOS ELETRÔNICOS. Guia de Experimentos. Experimento 5 – transistor MOSFET. Universidade Federal de Campina Grande. Site Acessado <http://www.joinville.udesc.br/portal/professores/vieira/materiais/Experimen- to_MOSFET.pdf>. 17
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