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DISCIPLINA: SEMIOLOGIA 
PROF: Cizone Acioly 
 Adriana Marques 
 
 
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA ADMINISTRAÇÃO DE 
MEDICAMENTOS 
 
 Essa técnica de Enfermagem é merecedora de reflexão na prática de 
Enfermagem, pois envolve aspectos legais e éticos de impacto na prática de 
Enfermagem. Na nossa realidade de trabalho este procedimento quase sempre é 
executado por auxiliares e técnicos de Enfermagem sob a responsabilidade do 
enfermeiro. Neste sentido, a administração de medicamentos consiste em uma das mais 
sérias responsabilidades que pesam sobre o Enfermeiro. 
 Administrar medicamentos é um papel fundamental à maioria da equipe de 
Enfermagem. Não é somente uma tarefa mecânica a ser executada em complacência 
rígida com a prescrição médica. Requer pensamento e o exercício de juízo 
profissional. 
 Sendo assim, o profissional de enfermagem deve conhecer a responsabilidade que 
lhe é atribuída na terapia medicamentosa, reconhecendo que uma falha pode ter 
conseqüências irreparáveis. Pois uma vida que foi perdida é irrecuperável. Neste 
contexto, as atividades de enfermagem estão intimamente relacionadas com respeito e 
dignidade. 
 Portanto, o exercício profissional do enfermeiro na administração de 
medicamentos requer a compreensão técnico-científica e um viver com 
responsabilidade, traduzindo numa assistência de enfermagem baseada no holismo, 
valorizando o indivíduo com seus valores, cultura e com uma diminuição de 
possibilidades de erros garantindo uma maior qualidade da assistência. 
 
 
 A terapia medicamentosa consiste na administração de substâncias químicas que 
modificam o funcionamento corporal, de modo a obter um efeito terapêutico. 
1. Drogas: é qualquer substância química capaz de produzir efeito farmacológico. 
2. Formas das drogas: as drogas estão disponíveis em uma variedade de formas e 
preparados, tais com: 
a. Cápsula: fórmula sólida para uso oral, medicamento envolto numa 
cápsula de gelatina, em forma de pó, líquido ou óleo. 
b. Loção: droga em suspensão líquida que é aplicada externamente para 
proteger a pele; 
c. Pasta: preparado semi-sólido mais espesso, absorvido mais lentamente. 
d. Pílula: forma sólida que contém uma ou mais droga. 
e. Solução: preparado líquido que pode ser usado via oral, parenteral ou 
externamente, também pode ser instilado para um interior de um órgão 
ou cavidade do corpo; dever ser estéril se o uso for parenteral. 
f. Supositório: forma sólida misturada com gelatina sob forma de olinha 
para inserção em uma cavidade do corpo (reto ou vagina); desfaz-se 
quando atinge a temperatura do corpo. 
g. Suspensão: partículas de drogas finamente divididas que estão dispersas 
em um meio líquido; quando deixadas em repouso as partículas 
assentam-se no fundo do frasco, comumente uma forma de apresentação 
oral que não deve ser administrada por via endovenosa. 
h. Xarope: medicação dissolvida em uma solução concentrada de açúcar. 
i. Comprimido: forma em pó, comprimida em discos ou cilindros rígidos. 
3. Problemas relacionados com os efeitos das drogas 
a. Efeito desejado: é a resposta desejada ou previsível que a droga causa 
ao paciente. Os efeitos das drogas podem ser influenciados por outros 
fatores individuais e ambientais, tais como: Diferenças genéticas, 
variáveis fisiológicas (sexo, idade, peso, estado nutricional e estado da 
doença), condições ambientais ( o estresse e a exposição ao frio e ao 
calor), fatores psicológicos (a atitude de um paciente, a reação ao 
propósito de uma droga). 
b. Efeitos colaterais: são efeitos adversos da droga. Efeitos leves como 
náusea discreta, podem ser aceitáveis se o beneficio da droga for maior. 
Estes efeitos podem ser inofensivos ou prejudiciais. 
c. Efeitos tóxicos: desenvolve-se após a ingestão prolongada de doses altas 
de medicamentos, ou quando uma droga acumula-se no sangue em 
função de deficiência no metabolismo ou excreção. 
d. Reações idiossincráticas: o paciente reage de modo excessivo ou 
deficiente ao medicamento ou tem uma reação diferente da normal. 
e. Reações alérgicas: podendo ser de forma leve ou grave, dependendo do 
individuo ou da droga. 
f. Vício: é a dependência física e/ou psicológica da droga, em função do 
bem-estar ou alívio do sintoma. 
Obs.: medicamentos iguais podem provocar reações diferentes 
em indivíduos diferentes. 
 
1. Classificação da dosagem: 
a. Dose de manutenção: é a dose necessária para manter os níveis 
desejáveis 
b. Dose mínima: menor quantidade do medicamento em produzir o efeito 
terapêutico. 
c. Dose máxima: é a maior quantidade da droga capaz de produzir efeito 
terapêutico sem danos para o organismo. 
d. Dose letal: quantidade necessária para causar a morte. 
 
2. Componentes essenciais da prescrição médica: 
a. Nome completo do paciente: distingue o paciente de outras pessoas 
homônimas. 
b. Data e hora em que a prescrição é feita: dia, mês e ano são incluídos. 
A hora ajuda a esclarecer certas medicações foram atualizadas ou 
suspensas. 
c. Nome do medicamento: a grafia correta é muito importante. 
d. Dosagem: são incluídas a dosagem e potência do medicamento. 
e. Via de administração: são usadas abreviaturas comuns para indicar as 
vias 
f. Tempo e freqüência de administração: serve para saber quando iniciar 
o tratamento e por quanto tempo. 
g. Assinatura do médico ou profissional de enfermagem: a assinatura 
transforma a prescrição em requisição legal. 
 
Regras gerais na administração de medicamentos. 
1. Todo medicamento a ser administrado ao paciente dever ser prescrito pelo 
médico ou profissional de enfermagem. 
2. Lavar as mãos antes de prepara e administrar o medicamento 
3. Fazer a desinfecção concorrente da bandeja antes do preparo e após 
administração do medicamento. 
4. Manter o local de preparo de medicamento limpo e em ordem. 
5. Anotar qualquer anormalidade após administração do medicamento (vômitos; 
diarréia; erupções; urticárias, etc.). 
6. Não conversar durante o preparo do medicamento para não desviar a atenção. 
7. A prescrição do paciente deve ser mantida à vista do executante. 
8. Ao prepara a ao administrar, seguir a regra dos CINCO CERTOS: 
a. Paciente certo 
b. Via certa 
c. Dose certa 
d. Horário certo 
e. Medicamento certo 
9. Certificar-se das condições de conservação do medicamento (sinais de 
decomposição; turvação; deteriorização; precipitação, etc.). 
10. Nunca administrar medicamento sem o rótulo. 
11. Ler o rótulo do medicamento três vezes: 
a. Antes de retirar o recipiente do local onde estiver (farmácia; armário; 
etc.). 
b. Antes de preparar o medicamento. 
c. Antes de guardar o recipiente no local apropriado. 
12. Sempre verificar a data de validade do medicamento. 
13. Em caso de dúvida nunca administrar o medicamento, até que a mesma seja 
esclarecida. 
14. Os antibióticos devem ser administrados no máximo 15 minutos antes ou 15 
minutos depois do horário prescrito 
15. Não administrar medicamento preparado por outras pessoas, evitando assim 
causar danos ao paciente. 
16. Manter sob refrigeração medicamentos como: insulina; vacinas; soro 
antiofídico, antitetânico, anti-rábico; supositórios; alguns antibióticos; frascos 
de Nutrição Parenteral Prolongada (NPP); entre outros. 
17. Controlar rigorosamente os narcóticos e seus derivados, guardando-os em 
GAVETA FECHADA COM CHAVE. 
18. Registrar todos os narcóticos e guardar as ampolas utilizadas. 
19. Identificar o paciente, certificando-se do seu nome completo. 
20. Manter a bandeja de medicamento sempre à vista do executante. 
21. Orientar quanto ao perigo da automedicação. 
22. Posicionar o paciente adequadamente mantendo-o confortável. 
23. Identificar a seringa ou recipiente de via oral: enfermaria; leito; via; nome do 
medicamento, hora a ser administrado. 
24. Checar e rubricar o horário do medicamento administrado durante a noite, com 
tinta vermelha e durante o dia comazul. 
25. Ao preparar o medicamento, colocar um ponto () ao lado do horario da 
medicação da prescrição médica, evitando administração em dose dupla ou não 
administração do mesmo. Ex: 8, 10; 
26. Circular o horário em azul e anotar o motivo na coluna da observação quando. 
a. O medicamento está em falta no hospital. 
b. O paciente recusa o medicamento ou apresenta náuseas ou vômitos. 
Comunicar ao médico responsável e aguardar a sua conduta. 
c. O paciente está em jejum. 
d. O paciente não se encontrar na unidade. 
e. O medicamento foi suspenso. 
f. Caso o medicamento não tenha sido administrado por esquecimento. 
 
Obs.: Medicamento não identificado, fora do prazo de 
validade, ou com embalagem avariada, deve ser desprezado. 
 
Administração de medicamentos: É o processo de preparo e introdução de substância 
química no organismo humano, visando a 
obtenção de efeito terapêutico. 
Vias de administração. 
 oral ou bucal; sublingual; gástrica; 
 Parenteral: intradérmica (ID); subcutânea (SC); intramuscular(IM); 
endovenosa(EV) ou IV); 
 
Cuidados na diluição 
 Todas as drogas que provocam irritações e com gosto forte, devem ser 
diluídas, caso não haja contra-indicação. 
 Satisfazer o quanto possível os pedidos do paciente quanto ao gosto, que 
pode ser melhorado, dissolvendo-se o medicamento em água, leite, suco 
de frutas. 
 Xaropes devem ser administrados puros ou com leite quente. 
 Salicilatos, digital, corticóides, irritam a mucosa gástrica e põem 
produzir náusea e vômitos. Devem ser servidos com leite e/ou durante as 
refeições . 
 O óleo de rícino ou outros óleos podem ser misturados com suco de 
laranja, limão ou chá ou café. 
 Antibióticos, de maneira geral , devem ser ingeridos somente com água, 
não distante das refeições. 
 Medicamentos que danifiquem o esmalte dos dentes devem ser 
administrados com o uso de canudinho. 
 
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA GASTRINTESTINAL 
 É a via em que a absorção da droga ocorre no aparelho gastrointestinal. 
 
Objetivos - Obter efeitos no trato digestivo; - Produzir efeitos sistêmicos após a 
absorção na circulação sangüínea. 
Via oral – é a administração de medicamentos pela boca. 
Contra-indicações 
 Pacientes incapazes de deglutir ou inconscientes. 
 Em casos de vômitos. 
 Quando o paciente está em jejum para cirurgias ou exames. 
 
Vantagens 
 Método simples de administração. 
 Econômico por custarem menos. 
 Seguro por não romper as defesas orgânicas. 
 
Desvantagens 
 Paladar desgostoso. 
 Irritação gástrica. 
 Uso limitado, no caso de clientes estar com dieta zero. 
 Avaliação inadequada da absorção. 
 Efeito sobre os dentes. 
 Não pode ser administrado em cliente inconsciente. 
 
Formas de apresentação 
 Forma líquida (xarope, suspensão, elixir, emulsão, outros). 
 Forma sólida (comprimidos, drágeas, cápsulas, pérolas, pastilhas, outros). 
 
Material: conta-gotas; copos graduados ou colher; gaze; fita adesiva; recipiente para 
medicamento sólido. 
 
Procedimentos 
1. Lavar as mãos 
2. Identificar o paciente, perguntando seu nome completo. 
3. Verificar as condições do paciente: condições de deglutição; presença de SNG; 
higiene das mãos. 
4. Verificar se o paciente não está em jejum. 
5. Prepara o material mantendo a prescrição medica próximo à bandeja. 
6. Colocar os medicamentos nos recipientes adequados com a respectiva 
identificação: nome do paciente; quarto; leito; via; nome do medicamento 
abreviado (com fita adesiva. Esparadrapo ou etiquetas auto-adesivas). 
7. Diluir o medicamento se necessário 
8. Chamar o paciente pelo nome completo. 
9. Informar o paciente o nome e a ação do medicamento. 
10. Certificar-se de que o paciente tenha deglutido o medicamento. 
11. Deixar o paciente confortável e a unidade em ordem. 
12. Lavar as mãos. 
13. Checar o horário da administração do medicamento. 
14. Anotar qualquer intercorrências antes, durante e após administração do 
medicamento. 
 
Obs.: Sempre colocar o medicamento na tampa invertida do 
vidro ou em copos, nunca oferecer o medicamento ao cliente 
na sua própria mão. 
 
Cuidados importantes 
1. Antes de preparar o medicamento certificar-se da dieta, jejum e ou controle 
hídrico do paciente. 
2. Ao manusear vidros com medicamentos líquidos, colocar o rotulo voltado para 
a palma da mão para evitar suja-lo. 
3. Homogeneizar os medicamentos em suspensão antes de colocar no recipiente. 
4. O copo graduado tem as seguintes medidas (sistema caseiro): 
a. 15 ml = 1 colher de sopa. 
b. 10 ml = 1 colher de sobremesa 
c. 5 ml = 1 colher de chá 
d. 3 ml = 1 colher de café 
e. 15 ml = 1 medida adulta 
f. 5 ml = 1 medida infantil 
5. Ao colocar o medicamento no recipiente, mantê-lo no nível dos olhos, 
certificando-se da graduação correta. 
6. Fazer limpeza do frasco de medicação e devolve-lo ao local apropriado. 
7. Evitar mistura dos medicamentos em forma líquida. 
8. Dissolver os medicamentos para os pacientes que apresentam disfagia 
(dificuldade na deglutição) 
9. Os medicamentos por via oral devem ser diluídos, no máximo, em 15 ml de 
água.. Após a ingestão deste, oferecer mais água. 
10. Quando não houver correspondência entre a dose prescrita e o comprimido 
disponível, deve-se preferencialmente diluí-lo para obtenção de dosagem 
correta. 
11. Os medicamentos em pó devem ser dissolvidos. 
12. Os medicamentos à base de óleos devem ser administrados com outros líquidos 
de sabor agradável (sucos, por exemplo). 
 
Via sublingual: nesta via os medicamentos são colocados sob a língua e absorção se dá 
nos vasos sanguíneos existentes no dorso da língua. 
 
Material: recipiente com medicamento; copo com água e cuba rim. 
 
Procedimentos 
1. Fornecer água ao paciente para enxaguar a boca e remover resíduos 
alimentares. 
2. Colocar o medicamento sob a língua do paciente e orienta-lo para não deglutir 
a saliva até dissolver o medicamento, a fim de obter o efeito desejado. 
3. Não administrar por VIA ORAL porque o suco gástrico inativa a ação do 
medicamento. 
4. A via sublingual possui ação mais rápida do que a via oral. 
 
Via gástrica: É a administração do medicamento através da sonda gástrica, quando 
utilizada em cliente inconsciente ou incapacitado de deglutir. 
 
Material – estetoscópio; triturador; copo graduado; seringa de 20 ml; gaze; espátula; 
recipiente para lixo; bolas de algodão com álcool. 
 
Procedimentos 
1. Colocar o paciente em posição de fowler para evitar aspiração, exceto quando 
contra-indicado. 
2. Certificar-se se a sonda está no estômago através da ausculta com estetoscópio 
e aspiração do suco gástrico. 
3. Introduzir lentamente o medicamento por sinfonagem, ou através de seringa, 
evitando desconforto para o paciente. 
4. Na introduzir ar evitando, desta forma, a flatulência. 
5. Lavar a sonda com 10 a 20 de água ou soro fisiológico, após a administração 
do medicamento,a fim de remover partículas aderidas na sonda e introduzir 
todo medicamento até o estômago. 
6. Fazer a desinfecção da extremidade da sonda antes e após a administração de 
medicamentos, utilizando bolas de algodão com álcool. 
7. Caso a sonda tenha a finalidade de drenagem, mantê-la fechada por 30 minutos 
após a administração de medicamentos. 
 
Via retal: É a introdução de medicamento na mucosa retal, através do ânus, sob a forma 
de supositório ou clister medicamentoso. 
 
Material: gaze; papel higiênico; recipiente para lixo; medicamento; luva de látex. 
 
Procedimentos 
1. Envolver o supositório numa gaze. 
2. Colocar o paciente em decúbito lateral ou SIMS expondo somente a área 
necessária para a introdução do supositório. 
3. Calçar a luva de látex para autoproteção. 
4. Afastar a prega interglútea, com auxílio do papel higiênico, para melhor 
visualização do ânus. 
5. Orientar o paciente a respirar fundo ao introduzir o supositório. 
6. Introduzir o supositório além do esfíncteranal delicadamente, com o dedo 
indicador, numa profundidade correspondente ao dedo indicador, e pedir ao 
paciente que o retenha por trinta minutos. 
7. Certificar-se de que o supositório realmente tenha sido introduzido. 
8. Caso o paciente tenha condições de auto-aplicação, orienta-lo quanto ao 
procedimento. 
 
Via cutânea ou tópica: É a aplicação do medicamento na pele. Pode ser aplicado por 
fricção à pele, na forma de loções, pomadas, cremes ou gel, 
adesivos, antissépticos. Visando absorção através de poros até 
atingirem acorrente sanguínea. Tem ação local ou sistêmica. 
 
Material – gaze; espátula; medicamento; recipiente para lixo. 
 
Procedimentos 
1. Fazer a limpeza da pele com água e sabão antes da aplicação do medicamento, 
se necessário (pele oleosa e com sujidade). 
2. Desprezar a primeira porção da pomada. 
3. Aplicar o medicamento massageando a pele delicadamente. 
4. Observar qualquer alteração na pele: erupções; pruido; edema; eritema; etc. 
5. Quando o medicamento for armazenado em recipiente, retira-lo com auxílio da 
espátula. 
6. Antes de aplicar a pomada, fazer o teste de sensibilidade. 
 
Via auricular: É a introdução de medicamentos no canal auditivo externo, com o 
objetivo de prevenir ou trata processos inflamatório e infeccioso; 
Facilitar a saída de cerúmen e corpo estranho. 
 
Material: gaze; medicamento prescrito; recipiente para lixo. 
Procedimentos 
1. Posicionar o paciente e lateralizar a cabeça. 
2. Posicionar o canal auditivo no adulto da seguinte maneira: segurar o pavilhão 
auditivo e puxar delicadamente para cima e para trás. 
3. Desprezar uma gota de medicamento. 
4. Instilar o medicamento no canal auditivo sem contaminar o conta-gotas. 
5. Orientar o paciente quanto à manutenção da posição inicial por cerca de 03 a 
05 minutos. 
 
Via nasal: É a aplicação de medicamento na mucosa nasal. Com o objetivo de aliviar a 
congestão nasal; Facilitar a drenagem de secreção nasal, proteger a mucosa 
nasal e tratar infecções. 
 
Material: frasco de medicamento; gaze; recipiente de lixo; conta-gotas. 
 
Procedimentos 
1. Prepara o paciente. 
a. Paciente em decúbito dorsal: colocar o travesseiro sob o ombro, de 
modo que a cabeça fique inclinada para trás (cabeça em hiperextensão); 
b. Paciente sentado: inclinar a cabeça para trás. 
2. Instilar o medicamento nas narinas evitando que o conta-gotas toque a mucosa 
nasal. 
3. Instruir o paciente para que permaneça nesta posição por 02 a 03 minutos, a 
fim de que o medicamento penetre profundamente na cavidade nasal. 
 
Via ocular: Consiste em aplicar medicamento, sob forma de colírio ou pomada, no saco 
conjuntival inferior. Com o objetivo de Combater infecção; Evitar 
ulceração da córnea; Provocar midríase (dilatação da pupila) ou miose 
(constrição da pupila); - Aplicar anestésico; Diminuir a congestão ocular. 
 
Material: medicamento (pomada ou colírio); gaze; conta-gotas se necessário; recipiente 
de lixo. 
 
Procedimentos 
1. Preparar o paciente colocando-o em decúbito dorsal ou sentado com a cabeça 
inclinada para trás. 
2. Antes da aplicação do medicamento, remover secreções e crostas. 
3. Afastara a pálpebra inferior com o dedo polegar – com auxílio da gaze – 
apoiando a mão na face do paciente. 
4. Desprezar a primeira porção da pomada ou uma gota do colírio. 
5. Pedir ao paciente que olhe para cima. Pingar o medicamento no núcleo da 
conjuntiva ocular (porção média da pálpebra inferior), sem tocar o conta-gotas 
ou o tubo de pomada na conjuntiva. 
6. Ao aplicar a pomada, deposita-la ao longo de toda extensão do saco conjuntival 
inferior. 
7. Solicitar ao paciente que feche as pálpebras e faça movimentos giratórios o 
globo ocular, a fim de dispersar o medicamento. 
8. Remover o excedente do medicamento com a gaze. 
 
Via vaginal: Consiste em introduzir o medicamento na mucosa vaginal, sob a forma de 
óvulos, pomadas, geléias, espumas ou lavagem vaginal. Com o objetivo 
de diminuir a infecção vaginal; Prevenir infecção vaginal; Preparar a 
paciente para cirurgias dos órgãos genitais. 
 
Material – medicamento (óvulos e pomadas vaginais); gaze; recipiente para lixo; 
aplicador próprio. 
 
Procedimentos 
1. Respeitar a privacidade da paciente cercando a cama com biombos. 
2. Colocar a paciente em posição ginecológica. 
3. Colocar o óvulo ou a pomada vaginal no aplicador próprio. 
4. Afastar os pequenos lábios com o dedo indicador e o polegar – com auxilio de 
gazes. 
5. Introduzir delicadamente o aplicador, 10 cm aproximadamente, e pressionar 
seu êmbolo. 
6. Retirar o aplicador e pedir que è paciente para que permaneça no leito. 
7. Lavar o aplicador com água e sabão ( o aplicador é de uso individual). 
8. Em caso de paciente VIRGEM: qualquer medicação via vaginal pode ser 
administrada utilizando-se ESPÉCULO DE VIRGEM, ou uma seringa na 
qual adapta-se uma sonda uretral nº 4 ou nº 6. 
9. Fazer higiene íntima, antes da aplicação, se necessário. 
 
ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS POR VIA PARENTERAL 
 
Conceito – É a administração de um agente terapêutico pelas vias Intradérmica (ID), 
Subcutânea (SC), Intramuscular (IM), Intravenosa ou Endovenosa (IV ou 
EV). 
 
Vantagens 
 Absorção mais rápida e completa. 
 Maior precisão em determinar a dose desejada. 
 Obtenção de resultados mais seguros. 
 Possibilidade de administrar determinadas drogas que são destruídas pelos sucos 
digestivos. 
 
Desvantagens 
 Dor, geralmente causada pela picada da agulha ou pela irritação da droga. 
 Em casos de engano pode provocar lesão considerável 
 Devido ao rompimento da pele pode ocorrer o risco de adquirir infecção. 
 Uma vez administrada a droga, impossível retirá-la. 
 
Requisitos básicos para a administração da droga 
 As soluções devem ser absolutamente estéreis, isentas de substâncias 
pirogênicas 
 O material usado na aplicação deve ser estéril e descartável. 
 A introdução de líquidos deve ser lenta, a fim de evitar rutura de capilares. 
 
Problemas que podem ocorrer na administração 
 Infecções: Pode resultar da contaminação do material, da droga ou em 
conseqüência das condições predisponentes do cliente (mal estar geral e 
presença de focos infecciosos). Podem ser 1) locais (áreas avermelhadas, 
intumescidas, ruborizada, dolorida, podendo aparecer abscesso), ou 2) 
sistêmicas (Esta infecção pode generalizar-se dando origem à infecção sistêmica 
– septicemia – provocada por microorganismos oriundos de um ou mais foco de 
infecção e multiplicação dos microorganismos na corrente sanguínea). 
 Fenômeno alérgicos: Aparecendo devido á susceptibilidade do índividuo ao 
produto usado para anti-sepsia ou ás drogas injetadas. Podendo ser local ou 
geral. 
 Má absorção das drogas: Quando a droga é de difícil absorção, ou é injetada 
em local inadequado pode formar nódulos ou abscessos, que fazem com que a 
droga não surta efeito. 
 Embolias: Resultam da introdução na corrente sangüínea de ar coágulos, óleos 
ou cristais de drogas em suspensão. É um acidente grave conseqüente da falta de 
conhecimento e habilidade do profissional (falta de aspiração antes de injetar a 
droga; introduzir ar coágulos ou substância oleosa ou suspensões por vis IV, ou 
à aplicação de pressão muito forte na injeção de drogas em suspensão ou oleosa, 
causando a rutura de capilares, com conseqüências microembolias locais ou 
gerais). 
 Traumas: Psicológico podendo ser: medo, tensão, choro, recusa do 
tratamento,lipotímia. O medo pode à contração muscular impedindo a 
penetração da agulha acarretando acidentes ou contaminação acidental do 
material. O traumas tissulares são de etiologias diversas, podendo ser 
decorrentes de agulhas romba ou de calibre muito grande, que causa lesão na 
pele ou ferimentos, hemorragias, hematomas, equimoses, dor parestesias, 
paralisias, nódulos e necroses, causado por técnica incorreta, desconhecimento 
dos locais adequados para diversas aplicações,falta de rodízio dos locais. 
 
Cuidados gerais 
 Lavar as mãos. 
 Utilizar técnica asséptica no preparo a fim de minimizar o perigo de injetar 
microorganismos na corrente sangüínea ou nos tecidos. 
 Fazer anti-sepsia da pele. 
 Manejar corretamente o material esterilizado. 
 Explicar ao paciente quanto ao procedimento. 
 Utilizar o método de administração corretamente. 
 
Via intradérmica (ID) 
 
Conceito – É a introdução de pequena quantidade de medicamento na derme, onde o 
suprimento sangüíneo é reduzido e a absorção ocorre lentamente. A droga é 
injetada, geralmente, para testes cutâneos, dessensibilazação e imunização 
(BCG). A inserção da agulha deve ser somente o bisel. Volume máximo 
permitido é de 0,5 ml. 
 
Posição da agulha – A agulha é inserida na pele formando ângulo de 15º ou paralela à 
superfície da pele. 
 
Áreas de aplicação – Face interna do antebraço, escapular, inserção inferior do 
deltóide. Locais onde há pouca pilosidade e pigmentação. 
 
Material 
 Seringa de 1cc 
 Agulha 13x3, 8 ou 4,5. 
 Etiqueta de identificação. 
 
Procedimentos 
1. Fazer anti-sepsia ampla da pele. 
2. Esticar a pele com auxílio dos dedos polegar e indicador, para facilitar a 
introdução da agulha. 
3. Introduzir somente o bisel, voltado para cima, sob a epiderme. 
4. Injetar o medicamento, lentamente , até a formação da pápula. 
5. Retirar a agulha sem fazer compressão no local, pois o objetivo é retardar a 
absorção da droga que, quando injetada por esta via, pode provocar fenômenos 
alérgicos graves dependendo das condições do cliente. 
 
Via subcutânea (SC) 
 
Conceito – É a introdução de uma droga no tecido subcutâneo ou hipoderme. É 
indicada para drogas que não necessita ser rapidamente absorvidas (absorção 
mais lenta que a via IM e EV). Administra somente de 0,5 a 1 ml de 
medicamentos. 
 
Posição da agulha – O ângulo depende da quantidade de tecido subcutâneo, local de 
aplicação e do comprimento da agulha. Em geral, a agulha 25x6 é inserida 
na pele formando ângulo de 45º. A agulha de 13x3,8 é inserida 
perpendicularmente à pele ou em ângulo de 90º. 
 
Áreas de aplicação – Face externa do braço, região glútea, face externa da coxa, região 
periumbilical, região escapular, e flanco direito ou esquerdo. 
 
Procedimentos 
1. Fazer anti-sepsia ampla no local. 
2. Fazer uma prega na pele com os dedos polegar e indicador, levemente. 
3. Introduzir a agulha com impulso. Em seguida, tracionar o êmbolo para 
certificar-se de que não tenha atingido um vaso. 
4. Aplicar lentamente o medicamento. 
5. Retirar agulha fazendo leve compressão do local, sem friccionar a pele. 
6. Evitar aplicação próxima à região inguinal, às articulações e ao umbigo, na 
cintura e na linha mediana do abdome e face anterior do antebraço (insulina). 
7. Mudar diariamente o local de aplicação (insulina). 
 
Obs.: A posição do bisel da agulha na via subcutânea é indiferente. 
 
Via intramuscular (IM) 
 
Conceito – É a introdução de medicamentos nas camadas musculares. Depois da via EV 
é a mais rápida de absorção devido a maior vascularização deste tecido. A 
quantidade a ser administrada não deve ultrapassar 05 ml. 
 
Posição da agulha – A inserção da agulha deve ser perpendicular à pele, ou formando 
ângulo de 90º, a fim de evitar o risco de lesar as fibras musculares, 
ou a droga ser injetada no tecido subcutâneo. 
 
Áreas de aplicação – A seleção de uma região para injeção intramuscular depende de 
vários fatores: idade, quantidade de tecido, natureza do 
medicamento e estado da pele. 
 
Locais utilizados 
 
DELTÓIDE 
 A aplicação do medicamento deve ser na parte mais volumosa de massa 
muscular. 
 A localização correta é importante para não lesar o nervo radial. 
 
GLÚTEO 
 Observar o local de introdução da agulha para evitar lesão do nervo ciático, 
responsável pela motricidade dos membros inferiores. 
 
 
 
DORSO GLÚTEO (MÚSCULO GLÚTEO MÉDIO) 
 Para evitar lesar o nervo ciático: divide-se a nádega em quatro partes, toma-se 
uma linha que vai da crista ilíaca posterior à borda inferior da nádega, e outra 
que vai das últimas vértebras sacrais à parte superior da articulação coxofemoral 
 A injeção é feita no quadrante superior externo. 
 
VENTROGLÚTEO OU HOCHSTETTER (MÚSCULO GLÚTEO MÉDIO) 
 Esta região é indicada para crianças ou adultos, pois não há vasos e nervos 
importantes, e tem pouco tecido adiposo. 
 Para localização correta, coloca-se a mão esquerda no quadril direito, ou vice-
versa, apoiando o dedo indicador sobre a espinha ilíaca ântero-superior e a 
palma voltada sobre a cabeça do fêmur; afastar os demais dedos formando um 
triângulo e aplicar no meio deste. 
 
COXA – MÚSCULO LATERAL DA COXA 
 Aplica-se no terço médio externo da coxa, local livre de vasos e nervos 
importantes. 
 
Procedimentos 
1. Fazer anti-sepsia ampla. 
2. Posicionar o bisel da agulha seguindo o sentido da fibra muscular para 
minimizar lesão das mesmas. 
3. Aplicar com um único impulso, sem hesitar, para diminuir o desconforto. 
4. Tracionar o êmbolo até retornar as bolhas de ar. 
5. Injetar o medicamento lentamente. 
6. Fazer massagem no local após aplicação. 
 
Acidentes na aplicação de injeção intramuscular 
 Abscesso; necrose de tecido; lesões nervosas; dores tardias. 
 
Aplicação em Z ou com desvio: É usada para evitar o refluxo da medicação, 
prevenindo irritação subcutâneas ou manchas pelo gotejamento da solução no trajeto 
da agulha. 
 Puxar a pele ou o tecido para um dos lados e manter assim até o fim da 
aplicação. 
 Com a outra mão, inserir a agulha, aspirar com a ajuda dos dedos polegar e 
indicador e empurrar o êmbolo com o polegar. 
 Retirar a agulha e só então liberar a mão não dominante, deixando o tecido SC 
e a pele voltar ao normal. 
 
Via intravenosa (IV) ou Endovenosa (EV) 
 
Conceito – É a introdução do medicamento diretamente na corrente sangüínea. 
 
Finalidade 
 Obter efeito imediato do medicamento. 
 Administração de drogas contra-indicadas pelo VO, SC, IM, por sofrerem a 
ação dos sucos digestivos ou por serem irritantes para tecidos. 
 Administração de grandes volumes de solução em casos de desidratação, 
choque, hemorragias e cirurgias. 
 Efetuar NPP 
 Instalar terapêutica com sangue. 
 
Áreas de aplicação – Veias superficiais de grande calibre da região cubital (cefálica, 
mediana e basílica), dorso da mão e antebraço. 
 
Condições da droga: sem precipitação; sem flocos; diluição correta; estéril. 
 
Posição da agulha – Ângulo de 15º ou paralelo à pele. 
 
Material 
 Bandeja contendo seringa de preferência de bico lateral. 
 Agulhas 
 Algodão e álcool à 70%. 
 Garrote 
 Toalha, papel toalha. 
 Etiqueta de identificação. 
 Luva de procedimento. 
 Saco para lixo. 
 
Procedimentos 
1. Calçar as luvas. 
2. Garrotear 4 cm acima do local escolhido para punção a fim facilitar a 
visualização e seleção das veias. 
3. Fazer antissepsia ampla obedecendo o retorno venoso. 
4. Posicionar o bisel da agulha voltado para cima. 
5. Fixar a veia e esticar a pele com auxilio do dedo polegar. 
6. Puncionar a veia. Refluindo o sangue, soltar o garrote. 
7. Aplicar a droga, lentamente, observando a reação do paciente. 
8. Retirar a agulha fazendo compressão no local, sem friccionar a pele. 
 
Obs.: Para facilitar o aparecimento de veia pode-se utilizar 
os seguintes recursos: aquecer o local; pedir ao paciente que 
faça movimentos com as mãos, com o braço voltado para 
baixo, aumentando assim o fluxo sangüíneo; fazer 
massagem no local. 
 
Acidentes na aplicação de injeção por via endovenosa 
 Infiltração; hematoma; equimose; esclerose da veia; flebite e tromboflebite; 
choque; embolia; inflamação local e abscessos. 
 
Aplicações de medicações EV em paciente com soro: 
 A aplicação através de borrachinha deve ser evitada. Devendo-se usar equipos 
com infusor lateral ou na falta deste dispositivo,desconectar o equipo do sóro e 
conectar a seringa com a medicação tendo cuidado para não contaminar o 
equipo. 
 
 
 
 
 
VENÓCLISE 
 
Conceito – É a infusão de solução dentro da veia, em quantidade relativamente 
grande.Puncionar veias que estejam, distantes de articulação para evitar que 
com o movimento transfixe a veia. 
 
Objetivos: Manter veia para medicação; Repor líquidos; Manter equilíbrio dos 
eletrólitos; Administrar nutrientes. 
 
Material: frasco com solução prescrita; equipo de soro; escalpe ou agulha; esparadrapo 
ou adesivo antialérgico; recipiente com bolas de algodão embebido em 
álcool; garrote; identificação de soro; tesoura estéril; tesoura limpa; 
recipiente para lixo. 
 
Procedimentos 
1. Orientar o paciente quanto ao procedimento. 
2. Lavar as mãos. 
3. Preparar o material. 
4. Abrir o pacote do equipo de soro. 
5. Desinfetar o gargalo e o bico do frasco de soro com algodão embebido em 
álcool. 
6. Cortar o bico do frasco de soro com tesoura estéril. 
7. Conectar o equipo no frasco de soro. 
8. Fazer o nível da câmara gotejadora e do equipo e retirar todo o ar do mesmo. 
Em seguida, fechar a presilha. 
9. Identificar o soro. 
10. Colocar escala de horário no frasco de soro. 
11. Levar todo o material na unidade do paciente. 
12. Colocar o frasco de soro no suporte. 
13. Conectar escalpe ou agulha na extremidade do equipo e retirar o ar. 
14. Puncionar a veia conforme as inscrições para injeção endovenosa. 
15. Abrir a presilha do equipo imediatamente e certificar-se de que a agulha esteja 
dentro da veia. 
16. Fixar a agulha ou escalpe com esparadrapo. 
17. Controlar o gotejamento do soro conforme a prescrição médica. 
18. Deixar o paciente confortável e a unidade em ordem. 
19. Lavar as mãos. 
20. Anotar na prescrição médica: horário de início do soro e checa-lo. 
 
Ex. de rótulo de soro: 
Nome: Manoel Silva Enf.: 03 1.05 
Soro glicosado à 5% 500ml 
Início: 08 horas 
Término: 16 horas 
Gotejamento: 21 gts/min 
Data: 08/02 
Iniciais de quem preparou 
 
 
Cuidados importantes 
1. Caso modifique a altura do frasco, controlar o gotejamento do soro para manter 
o fluxo constante. 
2. Controlar rigorosamente o gotejamento de soro para evitar desequilíbrio 
hidroeletrolítico. 
3. Verificar a infusão em intervalos regulares para manutenção do volume do 
fluxo. 
4. Evitar punções venosas em veias localizadas nas articulações. 
5. Caso haja dificuldade em puncionar a veia, anotar a freqüência e o motivo. 
6. Se a punção venosa for próxima de uma articulação aconselha-se o uso de tala 
para evitar transfixação da veia pela agulha. 
7. Observar o local da punção venosa freqüentemente, observando a presença de 
edema, rubor, infiltração de soro e queixas do paciente. 
8. Manter o equipo sem bolhas de ar. 
9. Para verificar se a agulha está dentro da veia, abaixar o frasco de soro a níveis 
inferiores ao do local da infusão. Ocorrendo retorno de sangue constata-se que 
a agulha está dentro da veia. 
10. A identificação de soro deve conter os seguintes dados: nome; enfermaria; 
leito;medicação; números de gotas; início; término; data; rubrica. 
11. Pacientes que deambulam devem ser orientados para manter o frasco elevado 
com gotejamento contínuo. 
12. Sempre que possível iniciar a punção das veias pelas extremidades do membro 
superior. 
 
Cálculo de gotejamento 
 1ml = 20 gotas 
 20 gotas = 60 microgotas. 
Para fazer o cálculo em macrogotas é só seguir a fórmula: 
Onde: V = volume em ml T = tempo em horas 
Nº de gotas/min = V/T.3 
 
Como deveríamos fazer a fita de horário, para controlar o volume infundido? 
 Marcar na fita o inicio e o fim da infusão do soro; dividir a fita em 6 partes 
iguais; 
 À medida que o soro vai sendo infundido será possível verificar se ele estará 
adiantado, atrasado ou no horário, bastando compara o seu nível com a 
marcação no horário da fita. 
 
Para fazer o cálculo em microgotas é só seguir a formula: 
 Nº microgotas/min = V/T 
 
Podemos fazer cáculo do número de microgotas de uma outra maneira como uma gota é 
igual a 3 microgotas, então temos: 
 Nº de microgotas = nº de gotas x 3 
 
Retirada de venóclise 
 
Material: recipiente com bolas de algodão seco; recipiente com bola de algodão 
embebido em álcool; benzina ou éter; recipiente para lixo; tira de 
esparadrapo. 
 
Procedimentos 
1. Lavar as mãos. 
2. Orientar o paciente quanto ao procedimento. 
3. Prepara o material. 
4. Fechar a presilha do equipo. Descolar o esparadrapo com bolas de algodão 
embebido em benzina. 
5. Comprimir o local junto ao escalpe ou agulha com algodão embebido em 
álcool e retira-lo. 
6. Pressionar o local, de onde foi retirada a agulha ou escalpe, até obter a 
hemóstase. 
a. O algodão com álcool não deve ser friccionado. 
b. Se necessário, promover a hemostasia utilizando uma tira de 
esparadrapo. 
7. Deixar o paciente confortável e a unidade em ordem. 
8. Lavar as mãos. 
9. Anotar na prescrição: horário e procedimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ASSIMILAÇAO FISIOLÓGICA DAS SOLUÇÕES SALINAS 
SALINAS 
1. PRINCIPIOS: 
 As células (por exemplo, neurônios, critrócitos) são envolvidas por uma 
membrana semipermeável. 
 A pressão osmótica é aquela que “puxa” água através da membrana 
semipermeável das células, de uma região com pequena concentração para 
outra com concentração maior de solutos (por exemplo: íons sódio, glicose 
sanguínea). O resultado final é a diluição e o equilíbrio entre os 
compartimentos intracelular e extracelular. 
 
2. TIPOS DE LÍQUIDOS: 
 ISOTÔNICO – uma solução com a mesma pressão osmótica do plasma. 
a. Solução fisiológica a 0,9%, 0,7%. 
b. Ringer com lactato. 
c. Componentes do sangue 
i. Albumina a 5% 
ii. Plasma 
d. Solução glicosada a 5% (SG 5%). 
 HIPOTÔNICO – Uma solução com pressão osmótica inferior à do plasma. 
A administração desta solução geralmente dilui a concentração de soluto do 
plasma e força a passagem de água para as células, de maneira a restabelecer 
o equilíbrio intracelular e extracelular; as células se expandirão ou incharão. 
a. Solução glicosada em 2,5% em soro fisiológico a 
0,45%. 
b. Solução fisiológica a 0,45%. 
c. Solução fisiológica a 0,2%. 
 HIPERTÔNICO – Uma solução com pressão osmótica maior do que a do 
plasma. A administração deste líquido aumenta a concentração de soluto no 
plasma, no sentido de restaurar o equilíbrio osmótico; as células encolherão. 
a. Glicose a 5% em solução fisiológica a 0,9%. 
b. Glicose a 5% em solução fisiológica a 0,45% 
(apenas levemente hipertônica porque a glicose é 
rapidamente metabolizada e só produz uma 
pressão osmótica temporária). 
c. Solução glicosada a 10%. 
d. Solução glicosada a 20%. 
e. Solução fisiológica a 3% e 5%. 
f. Glicose a 5% em Ringer lactato. 
g. Albumina a 25%. 
 
 COMPOSIÇÃO DOS LÍQUIDOS: 
a. Soluções Salinas – água e eletrólitos (Na+, Cl- ). 
b. Soluções glicosada – água glicose e calorias. 
c. Ringer lactato – água e eletrólitos (Na+, K+, Cl-, 
Ca 
++
, lactato). 
d. Isotônica balanceada – água, eletrólitos, algumas 
calorias (Na
+
, K
+
, Mg
++
, Cl
-
 gluconato). 
e. Sangue total e seus componentes. 
f. Expansores do plasma – albumina, dextran, fração 
protéica plasmática a 5% (Plasmanato), hetamido 
(Hespan), (exercem maior pressão oncótica, 
puxando o líquido do interstício para a circulação 
e aumentando temporariamente a volemia). 
g. Hiperalimentação parenteral – água, eletrólitos, 
aminoácidos e calorias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
a.

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