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De acordo com César, Reis e Aliane (2015), o conteúdo abordado em química é vasto e apresenta uma linguagem muito peculiar, repleta de nomenclaturas e representações, o que sugere uema memorização, muitas vezes, sem sentido para os alunos. Com isso, os estudantes apresentam dificuldades em associar as teorias químicas ao seu cotidiano ou a conhecimentos pré-definidos. A tabela periódica é uma ferramenta valiosa para o ensino de química, sua abordagem remete ao uso de modelos atômicos e pode ser usada para relacionar o conhecimento prévio dos alunos sobre os materiais. Assim sendo, em relação ao ensino de química, ao se falar em cotidiano, implica-se o uso de uma abordagem fácil de ser posta em prática no contexto da vivência do estudante, buscando relacionar situações corriqueiras a conhecimentos científicos. CÉSAR, E. T.; REIS, R. de C.; ALIANE, C. S. de M. Tabela periódica interativa. Química Nova na Escola, São Paulo, v. 37, n. 3, p. 180-186, ago. 2015. Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc37_3/05-EQM-68-14.pdf. Acesso em: 19 nov. 2020. Nesse sentido, considerando as informações presentes e os conteúdos abordados ao longo da unidade, disserte sobre as metodologias e propostas para viabilizar a associação do conteúdo de química ao cotidiano dos estudantes, criando oportunidades e relações que facilitem o aprendizado e a memorização de informações relevantes. A complexidade do aprendizado da disciplina de Química pelos estudantes, deve- se tanto à dificuldade de relacionar a teoria à prática cotidiana do alunado quanto à metodologia aplicada pelos docentes, com conhecimentos difíceis de serem entendidos, principalmente aos conceitos complexos necessários e ao rápido crescimento do conjunto de conhecimentos que a envolvem. Na maioria das instituições de ensino os educadores, muitas vezes, têm se resumido a metodologias baseadas na aplicação e memorização de conteúdos sem valorizar os aspectos conceituais, históricos e socioculturais, tanto dos estudantes quanto de suas realidades. Contudo, as aulas expositivo-memorizativas não são as únicas alternativas para se ensinar Química, nem são as melhores. Buscar alternativas, no entanto, envolve mudanças de hábitos, e alguns deles estão bem arraigados. É necessário ainda fazer uma reflexão para decidir o quanto ensinar Química, como ordenar os assuntos tratados, de que maneira utilizar as atividades práticas e como proceder a uma avaliação justa e rigorosa do que foi aprendido (SOUZA, 2018, p. 53). Uma metodologia utilizada atualmente para melhorar o interesse e o aprendizado pelos educandos em sala é a metodologia ativa, cujo objetivo é focar no aprendizado do aluno contando com uma maior participação deste, ou seja, o professor age como um supervisor, enquanto o estudante aprende na prática. Um dos exemplos dessa metodologia ativa é a aula invertida, que é um dos exemplos de ensino híbrido. O professor, por exemplo, poderá solicitar aos alunos para assistir um determinado filme, em sala, pode-se ser feito uma roda de conversar, seguida por uma resenha crítica escrita e por fim, uma avaliação do trabalho solicitado. Nas aulas, os professores têm espaço para expor a teoria, mas, na maior parte do tempo, o aluno é o protagonista, o responsável por executar trabalhos em grupo, práticas laboratoriais e saídas a campo. Como resultado, o estudante tem, por exemplo, seu tempo de aprendizagem e preferências curriculares respeitados. Um outro aliado do aprendizado são as mídias digitais, desde que utilizadas conscientemente. No YouTube, por exemplo, é possível assistir a aulas sobre determinados assuntos antecipadamente, e ir para o ambiente escolar, não com o objetivo de apenas aprender, mas também discutir e sanar dúvidas. Além desta metodologia citada, uma forma clara e simples de estimular o interesse do estudante pelo assunto da química é a aula prática. A prática laboratorial simples, os jogos pedagógicos, as gincanas temáticas e pesquisas científicas, instigam o estudante a procurar respostas para as reações químicas demonstradas em sala e incita a discussão mesmo fora do ambiente estudantil, uma vez que, o aluno curioso irá levar este conhecimento para o âmbito familiar e para o seu espaço social. Portanto, o uso de metodologias alternativas tende a minimizar as diferenças e diversidades entre os alunos, por conta do envolvimento que proporciona o trabalho coletivo, e pela motivação que proporciona os momentos de interação e aprendizagem, focando sempre em um ensino de Química contextualizado. No entanto, é necessária uma mudança na mentalidade dos alunos, gestores e professores para aceitarem as novas ferramentas educacionais. SOUZA, J. R. T. Práticas Pedagógicas em Química: oficinas Pedagógicas para o Ensino de Quimica. 1º edição, editAEDI, Belém/PA, 2018.
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