Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

RESUMO DE CONTEÚDO
ALFABETIZAÇÃO 1
REVISÃO AP1
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS
ESCOLA DE EDUCAÇÃO
CURSO DE PEDAGOGIA – LICENCIATURA - EAD 12/09
EQUIPE RESPONSÁVEL PELA DISCIPLINA:
CARLA SASS SAMPAIO - CORDENADORA
TÂNIA BARRETO - TUTORA
ESTE É UM RESUMO DO
CONTEÚDO TRABALHADO
EM NOSSO MATERIAL DE
ESTUDOS.
NÃO SERÁ TUDO ISSO QUE
IREMOS COBRAR NA AP1.
NO FIM DO MATERIAL
COLOCAMOS OS FOCOS
DE ESTUDO PARA A
AVALIAÇÃO. 
AP1 DE
ALFABETIZAÇÃO 1
AVALIAÇÃO PRESENCIAL
17 de setembro (domingo),
de 9h30min às 12h.
AP1 DE
ALFABETIZAÇÃO 1
10,0 PONTOS
4 QUESTÕES, SENDO:
1 QUESTÃO OBJETIVA
3 QUESTÕES DISCURSIVAS
SOBRE O QUE IREMOS
CONVERSAR:
1.Questões centrais da
alfabetização na escola e na
sociedade brasileira
2.Alfabetização: um conceito e
sua variação histórica e social
3.Concepções epistemológicas
da alfabetização: a perspectiva
mecanicista
BRASIL PÓS-COLONIAL
 O Brasil é um país em desenvolvimento, que tem como
uma de suas principais características ser um país PÓS-
COLONIAL. 
Os povos de tradição oral que conviveram com a cultura
escrita alfabética, trazida pelos europeus, tiveram, ao longo
da história, esse acesso negado, proibido e dificultado, já
que, quem sabia ler e escrever fazia essa distinção. 
Muitas vezes, essa distinção ainda é utilizada como
justificativa da diferença entre as classes sociais: quem
estuda tem uma vida melhor, quem não estuda, por causa
disso, ocupa postos subalternizados na sociedade.
ALFABETIZAR PARA QUÊ?
IDEB
 Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, que mede a
"qualidade" de cada escola e de cada rede de ensino. Foi
criado pelo Ministério da Educação – MEC – em 2007, com
avaliações bianuais. O indicador é calculado com base no
desempenho do estudante em avaliações do Inep (Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira)
e em taxas de aprovação. O Ideb avalia e faz uma projeção
futura, com cujas metas projetadas a escola compromete-se
para o próximo biênio.
IDEB - IDEIA DE RANQUEAMENTO E META
EXEMPLO DE 2015
https://revistaeducacao.com.br/2017/12/08/dez-anos-apos-adocao-do-ideb-30-das-escolas-de-ensino-fundamental-1-atingem-meta-de-desempenho/
https://revistaeducacao.com.br/2017/12/08/dez-anos-apos-adocao-do-ideb-30-das-escolas-de-ensino-fundamental-1-atingem-meta-de-desempenho/
IDEB - IDEIA DE RANQUEAMENTO E META
EX
EM
PL
O
 D
E 
M
A
RI
CÁ
 - 
RJ
https://www.marica.rj.gov.br/noticia/educacao-de-marica-avanca-no-ideb-e-sobe-para-a-10a-posicao-no-estado-do-rio/
ALFABETIZAR PARA QUÊ?
IDEB
AVALIAÇÕES EM LARGA ESCALA: PROVINHA BRASIL, PROVA
BRASIL, ANA...
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS ORIENTADAS POR TREINOS E
REPETIÇÕES
AVALIAÇÕES REDUZIDAS A SIMULADOS
PEDAGOGIA DE RESULTADOS - PRESSÃO DA SECRETARIA
LÓGICA CLASSIFICATÓRIA
A nossa preocupação é que as crianças se apropriem da linguagem
escrita, não como um simples código. A escrita, mais que um
código, é uma linguagem complexa que representa, de maneira
indireta, o mundo.
EX
EM
PL
O
 A
N
A 
20
16
https://oglobo.globo.com/brasil/educacao/mais-da-metade-dos-alunos-do-3-ano-do-fundamental-tem-nivel-insuficiente-em-provas-de-leitura-matematica-21989592
Avaliação nacional de alfabetização 2016
Mais de 2 milhões de alunos avaliados
Cerca de 48 mil escolas
Alunos do 3º ano do ensino fundamental, com 8 anos ou mais
Avaliação nacional de alfabetização 2016
Mais de 2 milhões de alunos avaliados
Cerca de 48 mil escolas
Alunos do 3º ano do ensino fundamental, com 8 anos ou mais
Coordenado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas
Educacionais – Inep foi implementado em 1990. 
É um sistema de coleta e análise de dados sobre o Ensino
Fundamental e Médio – sobre o desempenho dos alunos e as
condições intra e extraescolares que nele interferem. 
O Saeb busca contribuir para a universalização do acesso à
escola e para a ampliação da equidade e da eficiência do
sistema educacional brasileiro, fornecendo subsídios
 à formulação de políticas e diretrizes adequadas à 
diversidade educacional dos estados e regiões brasileiras.
SAEB
 O MEC – Ministério da Educação, preocupado com os índices
de alfabetização observados no país, instituiu uma política de
avaliações sistemáticas que buscam diagnosticar os níveis de
ensino, para, pretensamente, poder agir sobre os resultados
apresentados.
POLÍTICA DE DISTRIBUIÇÃO DE RECURSOS!
A Provinha Brasil e o Ideb são característicos da lógica que
rege as políticas públicas brasileiras hoje, visando avaliar,
ranquear e distribuir recursos a partir dos méritos. Trabalha
com a lógica da competição e meritocracia.
"Eu acredito numa concepção humanizadora de
educação. O homem se humaniza no contato com
outros homens e esse contato é um processo
educativo. Precisamos de outra cultura escolar,
uma cultura que, de fato, promova um processo
educacional de qualidade. Não essa qualidade
definida pelo Ideb, mas uma qualidade
socialmente referenciada, com práticas educativas
comprometidas com a promoção do ser humano,
ou, como diz Paulo Freire, com o ser mais”.
ALFABETIZAÇÃO COMO
DESENVOLVIMENTO HUMANO
Página 16
 Fracasso da escola em alfabetizar as crianças,
jovens e adultos das classes populares. 
Já que a escola não dá conta dessa tarefa, criou-
se um campo de explicações e de tentativas de
solução, já que a alfabetização do povo é um dos
principais critérios para a consideração do nível de
desenvolvimento de um país. 
Como o Brasil pretende ingressar no rol dos países
desenvolvidos, precisa alfabetizar seu povo. 
O FRACASSO ESCOLAR
 Falta de políticas públicas e investimento 
Descaso do governo com a educação
Falta de políticas de permanência e incentivo aos estudantes
Sistema educativo com metodologias ultrapassadas
Avaliações padronizadas e em larga escala
 Não tem os alunos como centro do fazer educativo
Escolas mal aparelhadas, sem infraestrutura
Professores com baixa remuneração e/ou sem plano de carreira
Alta concentração de terceirizados sem valorização profissional
Desvalorização das práticas educativas e manifestações culturais das
famílias de classes populares
Falta de diálogo entre os saberes
O FRACASSO ESCOLAR
 aumentar a renda, 
reduzir a pobreza, 
reduzir a desigualdade social na distribuição de renda no
país,
formar a mão de obra qualificada. 
- Educação como melhoria das condições de vida 
- Educação contribui para:
EXEMPLO: políticas de avaliação como o Ideb 
ABORDAGEM ECONOMICISTA
A escolaridade é pensada somente a
partir do ponto de vista econômico
A aprendizagem da leitura e da escrita está vinculada à
capacidade/possibilidade de ler e interpretar o mundo
criticamente, de compreender melhor a sociedade em que vive e
de participar de forma responsável e crítica na construção de um
mundo mais humanizado; 
A qualidade da educação está ligada à melhoria das condições
humanas, ao desenvolvimento global do sujeito em seus aspectos
físicos e culturais, que estão diretamente relacionados à
concepção de mundo, valores éticos, valores estéticos,
autoestima, autoconfiança, responsabilidade, sociabilidade,
independência e autonomia e cuidado de si; 
A formação é tomada como humanização do ser humano.
ABORDAGEM EDUCATIVA
A aprendizagem da leitura e da escrita amplia a cultura e a visão do
mundo do aprendiz, além de provocar mudanças cognitivas
importantes: o sujeito passa a ter acesso a novas informações e
conhecimentos, potencializa o sujeito e o torna mais autônomo.
A aprendizagem da leitura e da escrita está vinculada à
capacidade/possibilidade de ler e interpretar o mundo
criticamente, de compreender melhor a sociedade em que vive e
de participar de forma responsável e crítica na construção de um
mundo mais humanizado.
ALFABETIZAÇÃO COMO
QUESTÃO DE CIDADANIA
Alfabetização em sintonia com o contexto cultural do educando. 
A prática educativa e pedagógica necessita estar articulada ao
contexto cultural, à realidade social e às condições de vida do
educando.
Alfabetização como ato político e desenvolvimento humano.
A leitura do mundoprecede a leitura da palavra.
Cabe ao educador crítico alfabetizar para libertar a palavra do
alfabetizando.
"Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no
trabalho, na ação-reflexão." 
PAULO FREIRE
Educação humanizadora
 Alfabetização como iniciação à codificação/decodificação de
palavras escritas alfabeticamente.
A alfabetização como aprendizagem do sistema de escrita e da
linguagem escrita em seus usos sociais. 
A alfabetização como meio de crescimento humano: a leitura e a
escrita também são formas de interação cultural e humanização.
A alfabetização como um direito do aluno e um caminho para
que ele conquiste outros direitos.
O conceito de alfabetização
A LDB abre a possibilidade para
que os sistemas de ensino se
organizem sob forma de:
SÉRIES
CICLOS
MÓDULOS
SISTEMAS DE ENSINO
ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO
BÁSICA POR CICLOS
 A avaliação é feita ao longo do ciclo, e não ao fim do ano letivo
(séries), deve ser feita no dia a dia da aprendizagem, de diversas
formas, incorporando-se a educação formal à experiência de
vida trazida pelo aluno do seu universo familiar e social. 
Regime de progressão continuada – uma perspectiva pedagógica
em que a vida escolar e o currículo são assumidos e trabalhados
em dimensões de tempo mais flexíveis. 
A LDB de 1996 concedeu autonomia a estados, municípios e
escolas para adotar, ou não, o sistema de ciclos.
ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO
BÁSICA POR CICLOS
O sistema ciclado muda a cultura escolar, exige e provoca: 
1. uma revisão curricular e nas formas de organização do
conhecimento na escola; 
2. a modificação da relação professor-aluno e das relações de
ensino em sala de aula; 
3. a produção de práticas diferenciadas; 
4. o abandono de práticas de avaliação fundadas na retenção e o
exercício da avaliação como forma contínua e continuada, como a
elaboração dos dossiês, por exemplo.
ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO
BÁSICA POR CICLOS
“A avaliação na escola em ciclos traz como
princípio a ideia que todos os alunos são
capazes de aprender, que têm ritmos
próprios de aprendizagem e que seus
processos de aprendizagem não devem ser
interrompidos ano a ano”. 
Página 35
DIFERENTES SENTIDOS E
SIGNIFICADOS DE
ALFABETIZAÇÃO 
AO LONGO DA HISTÓRIA
Antiguidade Clássica: conhecimento era transmitido
oralmente, a escrita era registro da fala e o leitor era
um ouvinte. 
Idade Média: Somente os altos cleros, os bispos
sacerdotes, e os altos membros da igreja católica
sabiam ler e escrever. Na Roma e Grécia, só os homens
sabiam ler, os textos deveriam ser registrados em
papiros e pergaminhos. A Alfabetização era através de
roda, ou seja, compartilhando o saber de forma
coletiva.
Séculos XII e XIII - Modelo Monástico: escrita
exclusividade da igreja usada como registro e memória.
Séculos XII e XIII - Modelo Escolástico: escrita escrita
passou a ser como mecanismo de mão de obra
intelectual. O ensino era oralizado. Transformação
cognitiva: a prática de leitura silenciosa. Relacionamento
mais livre e mais íntimo com a escrita. Passou-se a ler
mais e mais rápido. Leitor mais autônomo.
Reforma Protestante: propagada uma educação básica
para o povo ler, escrever e realizar as operações de
matemática básicas. O foco era a religião. Lutero
traduziu a Bíblia para o alemão, assim quando
aprendiam a ler "a palavra de Deus", também se
estudava a língua.
Primeira Revolução Industrial: criação do sistema público
de ensino, por exigência do capitalismo nascente o que
decorreu a valorização da escola e da alfabetização, pois
necessitavam de mão de obra qualificada e especializada
para a industrialização.
Revolução Francesa: consolidação do projeto
hegemônico burguês: educação pública laica e
alfabetização universal como instrumentos de difusão de
sua visão de mundo. O individuo alfabetizado é um
indivíduo instruído, um cidadão capaz de cumprir seus
deveres e lutar por seus direitos.
 Contrarreforma: Reação da Igreja Católica às novas religiões
cristãs, às religiões protestantes. O monopólio da Igreja foi
quebrado. Educação é conversão e alfabetizar é catequizar,
é salvar almas.
Os jesuítas: O sistema de ensino implantado pelos jesuítas
atravessou o período colonial e imperial, sobrevivendo até os
primeiros anos do período republicano. 
A reforma Pombalina: Instituição das aulas-régias,
professores qualificados. Alterou a estrutura e a organização
do sistema de ensino. Apelo à autoridade e à disciplina,
inibição da originalidade, da iniciativa e a da criatividade e,
fundamentado na submissão, no respeito à autoridade.
SÉCULO XIX
O século XIX vem aprofundar a desigualdade da educação brasileira. 
O desenvolvimento de uma estratificação social mais complexa e o
surgimento de uma classe intermediária, que disputa com a classe
oligárquico-rural o acesso à escola, aprofunda a separação entre a
educação do povo e a educação da elite. 
SEGUNDA METADE DO SÉCULO XIX
Período de grande turbulência política e efervescência cultural.
Influenciada pelos ideais positivistas, a intelectualidade brasileira começou
a repensar a sociedade e a nação. Sob o signo da “ordem e do progresso”,
nasceu a República Federativa do Brasil. Novo modelo de educação: de
massa, que incluísse o maior número possível de pessoas, era condição de
evolução e garantia de liberdade do homem. 
FINAL DO SÉCULO XIX
O MÉTODO
Ao final do século XIX e ao longo das cinco primeiras décadas
do século XX, até mesmo em meados da década de 1960, a
grande questão que orientava os debates em torno da
alfabetização era qual método seria mais eficiente para
alfabetizar: os sintéticos (que partem da letra, da relação letra-
som, ou da sílaba, para chegar à palavra), ou os analíticos (que
partem das unidades maiores da língua, como o conto, a oração
ou a frase).
MOVIMENTO ESCOLA NOVA
O fim da Primeira Guerra reorganizou a geopolítica mundial e
cresceu a influência americana no plano internacional, em
especial na América Latina. 
No plano educacional, os educadores liberais, adeptos das
correntes norte-americanas e europeias ligadas ao movimento
das Escolas Novas organizaram o movimento renovador da
educação nacional, tomando como marco histórico, o
Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, publicado em
1932. Propunha que o Estado organizasse um plano geral de
educação e defendia a bandeira de uma escola única, pública,
laica, obrigatória e gratuita.
Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova
Manifesto evidenciava o aspecto político da educação, afirmando-
a como um direito e tratando-a como uma questão social. 
A educação é um direito de todo cidadão, não um privilégio de
classe. 
É dever do Estado assegurá-la para todos, através de uma escola
pública gratuita, obrigatória e laica, substituindo a tradicional
estrutura pedagógica, artificial e verbalista, por uma PEDAGOGIA
ATIVA.
Com o advento do Estado Novo, a pedagogia da Escola Nova sofre
um profundo esvaziamento de seu conteúdo político, priorizando
conteúdos teórico-metodológicos considerados neutros, em sua
implantação e difusão.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS
A alfabetização como ato político está inserida na perspectiva da
educação como direito. 
A ascensão do fascismo na Europa, no início da década de 1940, e a
implantação de ditaduras na maioria dos países latino-americanos
desafiaram os ideais democráticos das nações ocidentais. 
Após a Segunda Guerra, o mundo ansiava por paz e democracia. A
criação da ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU), em 24 de
outubro de 1945, se constituiu num marco em favor da paz e da luta
pela garantia dos direitos humanos.
 A educação deveria estar a serviço da paz e a favor da
humanização. Promover a paz, lutar pelos direitos humanos, educar
para a democracia.
UNESCO
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura (UNESCO) foi fundada em 16 de
Novembro de 1945 com o objetivo de contribuir para a
paz e segurança no mundo mediante a educação, a
ciência, a cultura e as comunicações. 
Seu principal objetivo é reduzir o analfabetismo no mundo.
Para isso, a Unesco financia a formação de professores,uma de suas atividades mais antigas, e cria escolas em
regiões de refugiados.
Constituição brasileira de 1946
Consagra os princípios liberais-democráticos, que
asseguravam direitos individuais inalienáveis e liberdade a
todos, colocando o Estado com a responsabilidade de
garanti-los.
A educação é vista como condição necessária ao
desenvolvimento, pois o capitalismo moderno se apoia em
técnicas que dependem cada vez mais do domínio da
leitura, da escrita e das operações matemáticas
elementares.
A educação para a democracia implica necessariamente na
alfabetização como direito.
Alfabetização como ato político
FREIRE
Os primeiros anos da década de 1960 caracterizaram-se por uma forte
mobilização social em torno da educação popular, em especial da
alfabetização. Esse foi um período de intensa politização e mobilização em
torno da educação: partidos políticos, sindicatos, estudantes e trabalhadores
rurais (através das Ligas Camponesas), desenvolveram ações educativas e
campanhas populares de alfabetização, com ênfase em sua dimensão política
e cultural. Ao aliar a dimensão política à dimensão cultural, Paulo Freire
introduz a prática alfabetizadora numa perspectiva crítica, que procura
libertar e emancipar o oprimido de sua condição de opressão. Alfabetizar é
um ato político, voltado para a emancipação pessoal, para a conscientização
política e para a ampliação da participação social do alfabetizando.
Páginas 111 E 112
TEORIAS E METODOLOGIAS DE 
ALFABETIZAÇÃO
PARADIGMA
BEHAVIORISTA
(MECANICISTA) TEORIAS DE PIAGET, OS
ESTUDOS DA PSICOGÊNESE DA
LÍNGUA ESCRITA, DE EMÍLIA
FERREIRO, E A TEORIA DE
VYGOTSKY
 PARADIGMA
COGNITIVISTA
CORRENTE
COMPORTAMENTAL: JOHN
WATSON, IVAN PAVLOV E
BURRHUS FREDERIC SKINNER 
A PERSPECTIVA MECANICISTA
EDUCAÇÃO COMO UM PROCESSO DE TRANSFERÊNCIA DE SABER DO
PROFESSOR PARA O ALUNO.
PROFESSOR: AUTORIDADE, UM REPOSITÓRIO DO CONHECIMENTO, UM
PERITO. PAPEL DO PROFESSOR: PASSAR AO ALUNO O CONHECIMENTO
(SENTIDO ÚNICO, DO PROFESSOR PARA O ALUNO), MAXIMIZAR A
APRENDIZAGEM, ENCONTRAR OS MEIOS DE PRODUZIR NA MENTE DO
ALUNO ASSOCIAÇÕES NECESSÁRIAS À COMPREENSÃO E À FORMULAÇÃO
DO CONHECIMENTO. 
ALUNO: TÁBULA RASA, TEM TUDO A APRENDER COM O PROFESSOR.
ATIVIDADE “LIVRE” OU “NÃO ESTRUTURADA” É DESAPROVADA,
ESPECIALMENTE AS QUE ENVOLVEM OS ALUNOS UNS COM OS OUTROS,
COMO O JOGO OU A COLABORAÇÃO. 
PENSAMENTO
BEHAVIORISTA
A APRENDIZAGEM SE OPERA ATRAVÉS DA
MODIFICAÇÃO NO COMPORTAMENTO
REFLEXIVO DE UM SUJEITO, QUE REAGE A
DETERMINADOS ESTÍMULOS. SEGUNDO
ESSA TEORIA, É POSSÍVEL “MODELAR”
COMPORTAMENTOS E AÇÕES DOS
SUJEITOS A PARTIR DA ESTIMULAÇÃO
EXTERNA.
EM ESCOLAS, O COMPORTAMENTO DE ALUNOS
PODE SER MODELADO PELA APRESENTAÇÃO DE
MATERIAIS EM CUIDADOSA SEQUÊNCIA E PELO
OFERECIMENTO DAS RECOMPENSAS OU
REFORÇOS APROPRIADOS.
 
SÉCULO XIX
NO SÉCULO XIX A DEMANDA DA POPULAÇÃO POR SE
ALFABETIZAR OU ALFABETIZAR SEUS FILHOS ERA
CRESCENTE. 
O NÚMERO DE ESCOLAS ERA INSUFICIENTE PARA
ATENDER A POPULAÇÃO. 
AS CLASSES DISPONÍVEIS ESTAVAM SUPERLOTADAS. 
POUCOS PROFESSORES E SEM CAPACITAÇÃO.
SÉCULO XX
A SITUAÇÃO SE TORNA UM PROBLEMA NACIONAL: SALAS
DE AULA CHEIAS. 
CRESCIMENTO POPULACIONAL: A SITUAÇÃO SÓ
AGRAVOU. 
A QUESTÃO PASSOU A GIRAR EM TORNO DA ESCOLHA DO
MELHOR MÉTODO DE ENSINO. 
PARA SER UM BOM PROFESSOR ALFABETIZADOR BASTAVA
DOMINAR DE FORMA SEGURA A APLICAÇÃO DE
QUALQUER MÉTODO.
ALFABETIZAÇÃO: QUESTÃO SOCIAL
PROCESSO DE ESCOLARIZAÇÃO: ASCENSÃO SOCIAL PELO
SABER, STATUS SOCIAL.
APÓS A SEGUNDA GUERRA: A ALFABETIZAÇÃO GANHOU UMA
NOVA DIMENSÃO
PREOCUPAÇÃO COM OS RESULTADOS PASSARAM A ORIENTAR
AS POLÍTICAS DE ALFABETIZAÇÃO. 
OS MÉTODOS TORNAM-SE A PRINCIPAL QUESTÃO DA
ALFABETIZAÇÃO.
NORMALMENTE ESSES MÉTODOS ERAM ACOMPANHADOS DE
MATERIAL DIDÁTICO ESPECÍFICO – AS CARTILHAS. E TINHAM
COMO REFERÊNCIA AS EXPERIÊNCIAS PESSOAIS BEM-
SUCEDIDAS DE SEUS AUTORES/AS.
CENTRO DA ALFABETIZAÇÃO PASSOU A SER O MÉTODO E A
CARTILHA. O FOCO PASSA DE QUEM ENSINA PARA O QUE
ENSINA E COMO ENSINA.
AÇÃO DA PROFESSORA SECUNDARIZADA.
OS MÉTODOS APRESENTAVAM PRESCRIÇÕES, TANTO QUANTO
EM SUA APLICAÇÃO, O PASSO A PASSO, QUANTO A
EXPECTATIVA DOS RESULTADOS.
PROCESSO DE
INDUSTRIALIZAÇÃO NO BRASIL
COM A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL: ALFABETIZAÇÃO TORNOU-
SE UMA NECESSIDADE SOCIAL, SINÔNIMO DE PROGRESSO.
PRÁTICAS PEDAGÓGICAS: TREINO E DA REPETIÇÃO, COMO
FORMA DE DISCIPLINAMENTO MENTAL E CORPORAL DE
TRABALHADORES E ALUNOS
APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA ESCRITA NO MENOR
TEMPO POSSÍVEL
PROCESSO DE
INDUSTRIALIZAÇÃO NO BRASIL
CONTROLAR O ENSINO: MEDIR E VERIFICAR OS
RESULTADOS DA APRENDIZAGEM, ENFATIZANDO O
PRODUTO E NÃO PROCESSO (PROVAS E TESTES)
RESULTADO: INDIVÍDUOS COM POUCA OU NENHUMA
CAPACIDADE DE PENSAR, EXPRESSAR OPINIÕES OU DE
TER UM POSICIONAMENTO CRÍTICO, MAS EFICIENTES NA
ARTE DE APLICAR O QUE “APRENDERAM” NOS MANUAIS
DE INSTRUÇÃO. 
MÉTODOS 
SINTÉTICOS E ANALÍTICOS
TRABALHAM COM A LETRA, QUE É APRESENTADA À CRIANÇA DE
FORMA ISOLADA E ABSTRATA.
MEMORIZAÇÃO: PRÁTICA DO TREINO E DA REPETIÇÃO, COMO
CERTOS “EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO” QUE ENCONTRAMOS NAS
CARTILHAS.
CRIANÇAS QUE NÃO CRIAM, REPETEM OS EXERCÍCIOS
MAÇANTES, PURO TREINO.
PRIORIZAM OU DÃO GRANDE ÊNFASE À CALIGRAFIA.
MÉTODOS SINTÉTICOS
SE BASEIAM NUM PROCESSO DE SÍNTESE: DAS LETRAS PARA AS
SÍLABAS, OU DAS SÍLABAS PARA AS PALAVRAS. A ÚLTIMA COISA A
SER ENSINADA SÃO AS FRASES E PEQUENOS TEXTOS.
SE DIVIDEM EM: ALFABÉTICO, SILÁBICO OU FÔNICO
AINDA SÃO MUITO UTILIZADOS NO BRASIL, ESPECIALMENTE EM
CIDADES DO INTERIOR DAS REGIÕES NORTE, NORDESTE E
CENTRO-OESTE, POIS É MAIS SIMPLES DE SER APLICADO POR
PROFESSORAS “LEIGAS”: EXERCEM O MAGISTÉRIO, FORMAL OU
INFORMALMENTE, SEM QUE POSSUAM A HABILITAÇÃO MÍNIMA
EXIGIDA.
MÉTODOS ANALÍTICOS
CHEGA AO BRASIL NA DÉCADA DE 1890, SOB FORTE INFLUÊNCIA DA
PEDAGOGIA NORTE-AMERICANA.
TÊM COMO PONTO DE PARTIDA PALAVRAS OU FRASES, CHEGANDO,
POR MEIO DA DECOMPOSIÇÃO, ÀS SÍLABAS. 
A APRENDIZAGEM É SISTEMATIZADA POR MEIO DE EXERCÍCIOS DE
FIXAÇÃO, TAMBÉM FUNDAMENTADOS NA CÓPIA E NA MEMORIZAÇÃO.
APRESENTAVAM, COMO UMA GRANDE NOVIDADE, A INTRODUÇÃO DA
LETRA MANUSCRITA NA FASE INICIAL DE APRENDIZAGEM DA ESCRITA.
http://professoragabrielameireles.blogspot.com/2016/03/quais-e-diferenca-entre-metodo.html
MÉTODOS 
MISTOS OU ECLÉTICOS
TENTAM CONCILIAR AS ORIENTAÇÕES ANALÍTICO-SINTÉTICAS,
POR MEIO DE PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS VOLTADOS PARA A
ACELERAÇÃO DO PROCESSO DE DECODIFICAÇÃO DA LEITURA E
PARA A MELHORIA DO DESEMPENHO DA CRIANÇA NA ESCRITA.
INFLUENCIADOS POR UMA CONCEPÇÃO INATISTA DE
DESENVOLVIMENTO E APOIAVAM TESTES DE MENSURAÇÃO DOS
NÍVEIS DE INTELIGÊNCIA, PRONTIDÃO E APTIDÕES INDIVIDUAIS, O
QUE ACARRETOU O ESTABELECIMENTO DE PRÉ-REQUISITOS
PARA A APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA ESCRITA (COMO OS
NÍVEIS DE MATURIDADE E DE PRONTIDÃO).
CARTILHA
"Sendo a cartilha um espaço de ausência do texto, do leitor e do
autor, não se constitui num suporte à aprendizagem da leitura e da
escrita, pois limita-se ao ensino de uma técnica de leitura (decifração
de elemento gráfico em um elemento sonoro) e de escrita (a
codificação de sinais gráficos associados aos sons correspondentes), a
partir de um modelo uniforme, cumulativo e homogêneo de
aprendizagem. 
Tais críticas aplicam-se tanto às cartilhas tradicionais quanto às
chamadas cartilhas “construtivistas” de alfabetização. No que se
refere às cartilhas construtivistas, temos percebido que a maioria é
construtivista apenas no nome".
Página 191
METODOLOGIAS DE
ALFABETIZAÇÃO
QUAL O MELHOR CAMINHO? 
EXISTE UM MELHOR CAMINHO? 
OS MÉTODOS (SINTÉTICOS, ANALÍTICOS OU MISTOS) SÃO DE
FATO EFICIENTES? 
QUAL DIDÁTICA MAIS ADEQUADA PARA ALFABETIZAR UMA
CRIANÇA?
PENSANDO A LEITURA:
A leitura é uma atividade que envolve muitas habilidades
cognitivas. Ler é mais do que decodificar palavras e sílabas.
Não lemos letra por letra, sílaba por sílaba, palavra por
palavra. A leitura envolve antecipação e é, antes de tudo, um
processo de produção de sentido e significação.
Diferentemente do que postulam os métodos de
alfabetização, a aprendizagem da leitura se operaa partir da
própria leitura, ou seja, as crianças aprendem a ler e a
escrever lendo e escrevendo e não copiando letras, “famílias
silábicas” ou palavras isoladas.
Página 172 
FOCO PARA A AP1
ALFABETIZAÇÃO 1
ALFABETIZAÇÃO DAS CLASSES
POPULARES
FRACASSO ESCOLAR
AVALIAÇÕES EM LARGA ESCALA /
IDEB
USO DE CARTILHAS E MATERIAIS
PADRONIZADOS EM SALA DE AULA
EDUCAÇÃO HUMANIZADORA E O
FAZER PEDAGÓGICO
PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA NA
SALA DE AULA
DICAS PARA A
AVALIAÇÃO
ESCRITA AUTORAL
TEXTOS ACADÊMICOS,
EMBASADOS TEORICAMENTE
TEXTOS COERENTES, QUE
RESPONDEM AO SOLICITADO
NO ENUNCIADO DA
QUESTÃO
NÃO COMETER PLÁGIO
AGORA, QUAIS SÃO
AS DÚVIDAS DE
VOCÊS?
REFERÊNCIA: 
PÉREZ, C. L. V.; MELLO, M. B. de. Alfabetização: conteúdo e
forma. Rio de Janeiro: Cecierj, 2016

Mais conteúdos dessa disciplina