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RESUMO DE CONTEÚDO ALFABETIZAÇÃO 1 REVISÃO AP1 UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS ESCOLA DE EDUCAÇÃO CURSO DE PEDAGOGIA – LICENCIATURA - EAD 12/09 EQUIPE RESPONSÁVEL PELA DISCIPLINA: CARLA SASS SAMPAIO - CORDENADORA TÂNIA BARRETO - TUTORA ESTE É UM RESUMO DO CONTEÚDO TRABALHADO EM NOSSO MATERIAL DE ESTUDOS. NÃO SERÁ TUDO ISSO QUE IREMOS COBRAR NA AP1. NO FIM DO MATERIAL COLOCAMOS OS FOCOS DE ESTUDO PARA A AVALIAÇÃO. AP1 DE ALFABETIZAÇÃO 1 AVALIAÇÃO PRESENCIAL 17 de setembro (domingo), de 9h30min às 12h. AP1 DE ALFABETIZAÇÃO 1 10,0 PONTOS 4 QUESTÕES, SENDO: 1 QUESTÃO OBJETIVA 3 QUESTÕES DISCURSIVAS SOBRE O QUE IREMOS CONVERSAR: 1.Questões centrais da alfabetização na escola e na sociedade brasileira 2.Alfabetização: um conceito e sua variação histórica e social 3.Concepções epistemológicas da alfabetização: a perspectiva mecanicista BRASIL PÓS-COLONIAL O Brasil é um país em desenvolvimento, que tem como uma de suas principais características ser um país PÓS- COLONIAL. Os povos de tradição oral que conviveram com a cultura escrita alfabética, trazida pelos europeus, tiveram, ao longo da história, esse acesso negado, proibido e dificultado, já que, quem sabia ler e escrever fazia essa distinção. Muitas vezes, essa distinção ainda é utilizada como justificativa da diferença entre as classes sociais: quem estuda tem uma vida melhor, quem não estuda, por causa disso, ocupa postos subalternizados na sociedade. ALFABETIZAR PARA QUÊ? IDEB Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, que mede a "qualidade" de cada escola e de cada rede de ensino. Foi criado pelo Ministério da Educação – MEC – em 2007, com avaliações bianuais. O indicador é calculado com base no desempenho do estudante em avaliações do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) e em taxas de aprovação. O Ideb avalia e faz uma projeção futura, com cujas metas projetadas a escola compromete-se para o próximo biênio. IDEB - IDEIA DE RANQUEAMENTO E META EXEMPLO DE 2015 https://revistaeducacao.com.br/2017/12/08/dez-anos-apos-adocao-do-ideb-30-das-escolas-de-ensino-fundamental-1-atingem-meta-de-desempenho/ https://revistaeducacao.com.br/2017/12/08/dez-anos-apos-adocao-do-ideb-30-das-escolas-de-ensino-fundamental-1-atingem-meta-de-desempenho/ IDEB - IDEIA DE RANQUEAMENTO E META EX EM PL O D E M A RI CÁ - RJ https://www.marica.rj.gov.br/noticia/educacao-de-marica-avanca-no-ideb-e-sobe-para-a-10a-posicao-no-estado-do-rio/ ALFABETIZAR PARA QUÊ? IDEB AVALIAÇÕES EM LARGA ESCALA: PROVINHA BRASIL, PROVA BRASIL, ANA... PRÁTICAS PEDAGÓGICAS ORIENTADAS POR TREINOS E REPETIÇÕES AVALIAÇÕES REDUZIDAS A SIMULADOS PEDAGOGIA DE RESULTADOS - PRESSÃO DA SECRETARIA LÓGICA CLASSIFICATÓRIA A nossa preocupação é que as crianças se apropriem da linguagem escrita, não como um simples código. A escrita, mais que um código, é uma linguagem complexa que representa, de maneira indireta, o mundo. EX EM PL O A N A 20 16 https://oglobo.globo.com/brasil/educacao/mais-da-metade-dos-alunos-do-3-ano-do-fundamental-tem-nivel-insuficiente-em-provas-de-leitura-matematica-21989592 Avaliação nacional de alfabetização 2016 Mais de 2 milhões de alunos avaliados Cerca de 48 mil escolas Alunos do 3º ano do ensino fundamental, com 8 anos ou mais Avaliação nacional de alfabetização 2016 Mais de 2 milhões de alunos avaliados Cerca de 48 mil escolas Alunos do 3º ano do ensino fundamental, com 8 anos ou mais Coordenado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais – Inep foi implementado em 1990. É um sistema de coleta e análise de dados sobre o Ensino Fundamental e Médio – sobre o desempenho dos alunos e as condições intra e extraescolares que nele interferem. O Saeb busca contribuir para a universalização do acesso à escola e para a ampliação da equidade e da eficiência do sistema educacional brasileiro, fornecendo subsídios à formulação de políticas e diretrizes adequadas à diversidade educacional dos estados e regiões brasileiras. SAEB O MEC – Ministério da Educação, preocupado com os índices de alfabetização observados no país, instituiu uma política de avaliações sistemáticas que buscam diagnosticar os níveis de ensino, para, pretensamente, poder agir sobre os resultados apresentados. POLÍTICA DE DISTRIBUIÇÃO DE RECURSOS! A Provinha Brasil e o Ideb são característicos da lógica que rege as políticas públicas brasileiras hoje, visando avaliar, ranquear e distribuir recursos a partir dos méritos. Trabalha com a lógica da competição e meritocracia. "Eu acredito numa concepção humanizadora de educação. O homem se humaniza no contato com outros homens e esse contato é um processo educativo. Precisamos de outra cultura escolar, uma cultura que, de fato, promova um processo educacional de qualidade. Não essa qualidade definida pelo Ideb, mas uma qualidade socialmente referenciada, com práticas educativas comprometidas com a promoção do ser humano, ou, como diz Paulo Freire, com o ser mais”. ALFABETIZAÇÃO COMO DESENVOLVIMENTO HUMANO Página 16 Fracasso da escola em alfabetizar as crianças, jovens e adultos das classes populares. Já que a escola não dá conta dessa tarefa, criou- se um campo de explicações e de tentativas de solução, já que a alfabetização do povo é um dos principais critérios para a consideração do nível de desenvolvimento de um país. Como o Brasil pretende ingressar no rol dos países desenvolvidos, precisa alfabetizar seu povo. O FRACASSO ESCOLAR Falta de políticas públicas e investimento Descaso do governo com a educação Falta de políticas de permanência e incentivo aos estudantes Sistema educativo com metodologias ultrapassadas Avaliações padronizadas e em larga escala Não tem os alunos como centro do fazer educativo Escolas mal aparelhadas, sem infraestrutura Professores com baixa remuneração e/ou sem plano de carreira Alta concentração de terceirizados sem valorização profissional Desvalorização das práticas educativas e manifestações culturais das famílias de classes populares Falta de diálogo entre os saberes O FRACASSO ESCOLAR aumentar a renda, reduzir a pobreza, reduzir a desigualdade social na distribuição de renda no país, formar a mão de obra qualificada. - Educação como melhoria das condições de vida - Educação contribui para: EXEMPLO: políticas de avaliação como o Ideb ABORDAGEM ECONOMICISTA A escolaridade é pensada somente a partir do ponto de vista econômico A aprendizagem da leitura e da escrita está vinculada à capacidade/possibilidade de ler e interpretar o mundo criticamente, de compreender melhor a sociedade em que vive e de participar de forma responsável e crítica na construção de um mundo mais humanizado; A qualidade da educação está ligada à melhoria das condições humanas, ao desenvolvimento global do sujeito em seus aspectos físicos e culturais, que estão diretamente relacionados à concepção de mundo, valores éticos, valores estéticos, autoestima, autoconfiança, responsabilidade, sociabilidade, independência e autonomia e cuidado de si; A formação é tomada como humanização do ser humano. ABORDAGEM EDUCATIVA A aprendizagem da leitura e da escrita amplia a cultura e a visão do mundo do aprendiz, além de provocar mudanças cognitivas importantes: o sujeito passa a ter acesso a novas informações e conhecimentos, potencializa o sujeito e o torna mais autônomo. A aprendizagem da leitura e da escrita está vinculada à capacidade/possibilidade de ler e interpretar o mundo criticamente, de compreender melhor a sociedade em que vive e de participar de forma responsável e crítica na construção de um mundo mais humanizado. ALFABETIZAÇÃO COMO QUESTÃO DE CIDADANIA Alfabetização em sintonia com o contexto cultural do educando. A prática educativa e pedagógica necessita estar articulada ao contexto cultural, à realidade social e às condições de vida do educando. Alfabetização como ato político e desenvolvimento humano. A leitura do mundoprecede a leitura da palavra. Cabe ao educador crítico alfabetizar para libertar a palavra do alfabetizando. "Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão." PAULO FREIRE Educação humanizadora Alfabetização como iniciação à codificação/decodificação de palavras escritas alfabeticamente. A alfabetização como aprendizagem do sistema de escrita e da linguagem escrita em seus usos sociais. A alfabetização como meio de crescimento humano: a leitura e a escrita também são formas de interação cultural e humanização. A alfabetização como um direito do aluno e um caminho para que ele conquiste outros direitos. O conceito de alfabetização A LDB abre a possibilidade para que os sistemas de ensino se organizem sob forma de: SÉRIES CICLOS MÓDULOS SISTEMAS DE ENSINO ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA POR CICLOS A avaliação é feita ao longo do ciclo, e não ao fim do ano letivo (séries), deve ser feita no dia a dia da aprendizagem, de diversas formas, incorporando-se a educação formal à experiência de vida trazida pelo aluno do seu universo familiar e social. Regime de progressão continuada – uma perspectiva pedagógica em que a vida escolar e o currículo são assumidos e trabalhados em dimensões de tempo mais flexíveis. A LDB de 1996 concedeu autonomia a estados, municípios e escolas para adotar, ou não, o sistema de ciclos. ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA POR CICLOS O sistema ciclado muda a cultura escolar, exige e provoca: 1. uma revisão curricular e nas formas de organização do conhecimento na escola; 2. a modificação da relação professor-aluno e das relações de ensino em sala de aula; 3. a produção de práticas diferenciadas; 4. o abandono de práticas de avaliação fundadas na retenção e o exercício da avaliação como forma contínua e continuada, como a elaboração dos dossiês, por exemplo. ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA POR CICLOS “A avaliação na escola em ciclos traz como princípio a ideia que todos os alunos são capazes de aprender, que têm ritmos próprios de aprendizagem e que seus processos de aprendizagem não devem ser interrompidos ano a ano”. Página 35 DIFERENTES SENTIDOS E SIGNIFICADOS DE ALFABETIZAÇÃO AO LONGO DA HISTÓRIA Antiguidade Clássica: conhecimento era transmitido oralmente, a escrita era registro da fala e o leitor era um ouvinte. Idade Média: Somente os altos cleros, os bispos sacerdotes, e os altos membros da igreja católica sabiam ler e escrever. Na Roma e Grécia, só os homens sabiam ler, os textos deveriam ser registrados em papiros e pergaminhos. A Alfabetização era através de roda, ou seja, compartilhando o saber de forma coletiva. Séculos XII e XIII - Modelo Monástico: escrita exclusividade da igreja usada como registro e memória. Séculos XII e XIII - Modelo Escolástico: escrita escrita passou a ser como mecanismo de mão de obra intelectual. O ensino era oralizado. Transformação cognitiva: a prática de leitura silenciosa. Relacionamento mais livre e mais íntimo com a escrita. Passou-se a ler mais e mais rápido. Leitor mais autônomo. Reforma Protestante: propagada uma educação básica para o povo ler, escrever e realizar as operações de matemática básicas. O foco era a religião. Lutero traduziu a Bíblia para o alemão, assim quando aprendiam a ler "a palavra de Deus", também se estudava a língua. Primeira Revolução Industrial: criação do sistema público de ensino, por exigência do capitalismo nascente o que decorreu a valorização da escola e da alfabetização, pois necessitavam de mão de obra qualificada e especializada para a industrialização. Revolução Francesa: consolidação do projeto hegemônico burguês: educação pública laica e alfabetização universal como instrumentos de difusão de sua visão de mundo. O individuo alfabetizado é um indivíduo instruído, um cidadão capaz de cumprir seus deveres e lutar por seus direitos. Contrarreforma: Reação da Igreja Católica às novas religiões cristãs, às religiões protestantes. O monopólio da Igreja foi quebrado. Educação é conversão e alfabetizar é catequizar, é salvar almas. Os jesuítas: O sistema de ensino implantado pelos jesuítas atravessou o período colonial e imperial, sobrevivendo até os primeiros anos do período republicano. A reforma Pombalina: Instituição das aulas-régias, professores qualificados. Alterou a estrutura e a organização do sistema de ensino. Apelo à autoridade e à disciplina, inibição da originalidade, da iniciativa e a da criatividade e, fundamentado na submissão, no respeito à autoridade. SÉCULO XIX O século XIX vem aprofundar a desigualdade da educação brasileira. O desenvolvimento de uma estratificação social mais complexa e o surgimento de uma classe intermediária, que disputa com a classe oligárquico-rural o acesso à escola, aprofunda a separação entre a educação do povo e a educação da elite. SEGUNDA METADE DO SÉCULO XIX Período de grande turbulência política e efervescência cultural. Influenciada pelos ideais positivistas, a intelectualidade brasileira começou a repensar a sociedade e a nação. Sob o signo da “ordem e do progresso”, nasceu a República Federativa do Brasil. Novo modelo de educação: de massa, que incluísse o maior número possível de pessoas, era condição de evolução e garantia de liberdade do homem. FINAL DO SÉCULO XIX O MÉTODO Ao final do século XIX e ao longo das cinco primeiras décadas do século XX, até mesmo em meados da década de 1960, a grande questão que orientava os debates em torno da alfabetização era qual método seria mais eficiente para alfabetizar: os sintéticos (que partem da letra, da relação letra- som, ou da sílaba, para chegar à palavra), ou os analíticos (que partem das unidades maiores da língua, como o conto, a oração ou a frase). MOVIMENTO ESCOLA NOVA O fim da Primeira Guerra reorganizou a geopolítica mundial e cresceu a influência americana no plano internacional, em especial na América Latina. No plano educacional, os educadores liberais, adeptos das correntes norte-americanas e europeias ligadas ao movimento das Escolas Novas organizaram o movimento renovador da educação nacional, tomando como marco histórico, o Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova, publicado em 1932. Propunha que o Estado organizasse um plano geral de educação e defendia a bandeira de uma escola única, pública, laica, obrigatória e gratuita. Manifesto dos Pioneiros da Educação Nova Manifesto evidenciava o aspecto político da educação, afirmando- a como um direito e tratando-a como uma questão social. A educação é um direito de todo cidadão, não um privilégio de classe. É dever do Estado assegurá-la para todos, através de uma escola pública gratuita, obrigatória e laica, substituindo a tradicional estrutura pedagógica, artificial e verbalista, por uma PEDAGOGIA ATIVA. Com o advento do Estado Novo, a pedagogia da Escola Nova sofre um profundo esvaziamento de seu conteúdo político, priorizando conteúdos teórico-metodológicos considerados neutros, em sua implantação e difusão. ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS A alfabetização como ato político está inserida na perspectiva da educação como direito. A ascensão do fascismo na Europa, no início da década de 1940, e a implantação de ditaduras na maioria dos países latino-americanos desafiaram os ideais democráticos das nações ocidentais. Após a Segunda Guerra, o mundo ansiava por paz e democracia. A criação da ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU), em 24 de outubro de 1945, se constituiu num marco em favor da paz e da luta pela garantia dos direitos humanos. A educação deveria estar a serviço da paz e a favor da humanização. Promover a paz, lutar pelos direitos humanos, educar para a democracia. UNESCO A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) foi fundada em 16 de Novembro de 1945 com o objetivo de contribuir para a paz e segurança no mundo mediante a educação, a ciência, a cultura e as comunicações. Seu principal objetivo é reduzir o analfabetismo no mundo. Para isso, a Unesco financia a formação de professores,uma de suas atividades mais antigas, e cria escolas em regiões de refugiados. Constituição brasileira de 1946 Consagra os princípios liberais-democráticos, que asseguravam direitos individuais inalienáveis e liberdade a todos, colocando o Estado com a responsabilidade de garanti-los. A educação é vista como condição necessária ao desenvolvimento, pois o capitalismo moderno se apoia em técnicas que dependem cada vez mais do domínio da leitura, da escrita e das operações matemáticas elementares. A educação para a democracia implica necessariamente na alfabetização como direito. Alfabetização como ato político FREIRE Os primeiros anos da década de 1960 caracterizaram-se por uma forte mobilização social em torno da educação popular, em especial da alfabetização. Esse foi um período de intensa politização e mobilização em torno da educação: partidos políticos, sindicatos, estudantes e trabalhadores rurais (através das Ligas Camponesas), desenvolveram ações educativas e campanhas populares de alfabetização, com ênfase em sua dimensão política e cultural. Ao aliar a dimensão política à dimensão cultural, Paulo Freire introduz a prática alfabetizadora numa perspectiva crítica, que procura libertar e emancipar o oprimido de sua condição de opressão. Alfabetizar é um ato político, voltado para a emancipação pessoal, para a conscientização política e para a ampliação da participação social do alfabetizando. Páginas 111 E 112 TEORIAS E METODOLOGIAS DE ALFABETIZAÇÃO PARADIGMA BEHAVIORISTA (MECANICISTA) TEORIAS DE PIAGET, OS ESTUDOS DA PSICOGÊNESE DA LÍNGUA ESCRITA, DE EMÍLIA FERREIRO, E A TEORIA DE VYGOTSKY PARADIGMA COGNITIVISTA CORRENTE COMPORTAMENTAL: JOHN WATSON, IVAN PAVLOV E BURRHUS FREDERIC SKINNER A PERSPECTIVA MECANICISTA EDUCAÇÃO COMO UM PROCESSO DE TRANSFERÊNCIA DE SABER DO PROFESSOR PARA O ALUNO. PROFESSOR: AUTORIDADE, UM REPOSITÓRIO DO CONHECIMENTO, UM PERITO. PAPEL DO PROFESSOR: PASSAR AO ALUNO O CONHECIMENTO (SENTIDO ÚNICO, DO PROFESSOR PARA O ALUNO), MAXIMIZAR A APRENDIZAGEM, ENCONTRAR OS MEIOS DE PRODUZIR NA MENTE DO ALUNO ASSOCIAÇÕES NECESSÁRIAS À COMPREENSÃO E À FORMULAÇÃO DO CONHECIMENTO. ALUNO: TÁBULA RASA, TEM TUDO A APRENDER COM O PROFESSOR. ATIVIDADE “LIVRE” OU “NÃO ESTRUTURADA” É DESAPROVADA, ESPECIALMENTE AS QUE ENVOLVEM OS ALUNOS UNS COM OS OUTROS, COMO O JOGO OU A COLABORAÇÃO. PENSAMENTO BEHAVIORISTA A APRENDIZAGEM SE OPERA ATRAVÉS DA MODIFICAÇÃO NO COMPORTAMENTO REFLEXIVO DE UM SUJEITO, QUE REAGE A DETERMINADOS ESTÍMULOS. SEGUNDO ESSA TEORIA, É POSSÍVEL “MODELAR” COMPORTAMENTOS E AÇÕES DOS SUJEITOS A PARTIR DA ESTIMULAÇÃO EXTERNA. EM ESCOLAS, O COMPORTAMENTO DE ALUNOS PODE SER MODELADO PELA APRESENTAÇÃO DE MATERIAIS EM CUIDADOSA SEQUÊNCIA E PELO OFERECIMENTO DAS RECOMPENSAS OU REFORÇOS APROPRIADOS. SÉCULO XIX NO SÉCULO XIX A DEMANDA DA POPULAÇÃO POR SE ALFABETIZAR OU ALFABETIZAR SEUS FILHOS ERA CRESCENTE. O NÚMERO DE ESCOLAS ERA INSUFICIENTE PARA ATENDER A POPULAÇÃO. AS CLASSES DISPONÍVEIS ESTAVAM SUPERLOTADAS. POUCOS PROFESSORES E SEM CAPACITAÇÃO. SÉCULO XX A SITUAÇÃO SE TORNA UM PROBLEMA NACIONAL: SALAS DE AULA CHEIAS. CRESCIMENTO POPULACIONAL: A SITUAÇÃO SÓ AGRAVOU. A QUESTÃO PASSOU A GIRAR EM TORNO DA ESCOLHA DO MELHOR MÉTODO DE ENSINO. PARA SER UM BOM PROFESSOR ALFABETIZADOR BASTAVA DOMINAR DE FORMA SEGURA A APLICAÇÃO DE QUALQUER MÉTODO. ALFABETIZAÇÃO: QUESTÃO SOCIAL PROCESSO DE ESCOLARIZAÇÃO: ASCENSÃO SOCIAL PELO SABER, STATUS SOCIAL. APÓS A SEGUNDA GUERRA: A ALFABETIZAÇÃO GANHOU UMA NOVA DIMENSÃO PREOCUPAÇÃO COM OS RESULTADOS PASSARAM A ORIENTAR AS POLÍTICAS DE ALFABETIZAÇÃO. OS MÉTODOS TORNAM-SE A PRINCIPAL QUESTÃO DA ALFABETIZAÇÃO. NORMALMENTE ESSES MÉTODOS ERAM ACOMPANHADOS DE MATERIAL DIDÁTICO ESPECÍFICO – AS CARTILHAS. E TINHAM COMO REFERÊNCIA AS EXPERIÊNCIAS PESSOAIS BEM- SUCEDIDAS DE SEUS AUTORES/AS. CENTRO DA ALFABETIZAÇÃO PASSOU A SER O MÉTODO E A CARTILHA. O FOCO PASSA DE QUEM ENSINA PARA O QUE ENSINA E COMO ENSINA. AÇÃO DA PROFESSORA SECUNDARIZADA. OS MÉTODOS APRESENTAVAM PRESCRIÇÕES, TANTO QUANTO EM SUA APLICAÇÃO, O PASSO A PASSO, QUANTO A EXPECTATIVA DOS RESULTADOS. PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO NO BRASIL COM A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL: ALFABETIZAÇÃO TORNOU- SE UMA NECESSIDADE SOCIAL, SINÔNIMO DE PROGRESSO. PRÁTICAS PEDAGÓGICAS: TREINO E DA REPETIÇÃO, COMO FORMA DE DISCIPLINAMENTO MENTAL E CORPORAL DE TRABALHADORES E ALUNOS APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA ESCRITA NO MENOR TEMPO POSSÍVEL PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO NO BRASIL CONTROLAR O ENSINO: MEDIR E VERIFICAR OS RESULTADOS DA APRENDIZAGEM, ENFATIZANDO O PRODUTO E NÃO PROCESSO (PROVAS E TESTES) RESULTADO: INDIVÍDUOS COM POUCA OU NENHUMA CAPACIDADE DE PENSAR, EXPRESSAR OPINIÕES OU DE TER UM POSICIONAMENTO CRÍTICO, MAS EFICIENTES NA ARTE DE APLICAR O QUE “APRENDERAM” NOS MANUAIS DE INSTRUÇÃO. MÉTODOS SINTÉTICOS E ANALÍTICOS TRABALHAM COM A LETRA, QUE É APRESENTADA À CRIANÇA DE FORMA ISOLADA E ABSTRATA. MEMORIZAÇÃO: PRÁTICA DO TREINO E DA REPETIÇÃO, COMO CERTOS “EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO” QUE ENCONTRAMOS NAS CARTILHAS. CRIANÇAS QUE NÃO CRIAM, REPETEM OS EXERCÍCIOS MAÇANTES, PURO TREINO. PRIORIZAM OU DÃO GRANDE ÊNFASE À CALIGRAFIA. MÉTODOS SINTÉTICOS SE BASEIAM NUM PROCESSO DE SÍNTESE: DAS LETRAS PARA AS SÍLABAS, OU DAS SÍLABAS PARA AS PALAVRAS. A ÚLTIMA COISA A SER ENSINADA SÃO AS FRASES E PEQUENOS TEXTOS. SE DIVIDEM EM: ALFABÉTICO, SILÁBICO OU FÔNICO AINDA SÃO MUITO UTILIZADOS NO BRASIL, ESPECIALMENTE EM CIDADES DO INTERIOR DAS REGIÕES NORTE, NORDESTE E CENTRO-OESTE, POIS É MAIS SIMPLES DE SER APLICADO POR PROFESSORAS “LEIGAS”: EXERCEM O MAGISTÉRIO, FORMAL OU INFORMALMENTE, SEM QUE POSSUAM A HABILITAÇÃO MÍNIMA EXIGIDA. MÉTODOS ANALÍTICOS CHEGA AO BRASIL NA DÉCADA DE 1890, SOB FORTE INFLUÊNCIA DA PEDAGOGIA NORTE-AMERICANA. TÊM COMO PONTO DE PARTIDA PALAVRAS OU FRASES, CHEGANDO, POR MEIO DA DECOMPOSIÇÃO, ÀS SÍLABAS. A APRENDIZAGEM É SISTEMATIZADA POR MEIO DE EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO, TAMBÉM FUNDAMENTADOS NA CÓPIA E NA MEMORIZAÇÃO. APRESENTAVAM, COMO UMA GRANDE NOVIDADE, A INTRODUÇÃO DA LETRA MANUSCRITA NA FASE INICIAL DE APRENDIZAGEM DA ESCRITA. http://professoragabrielameireles.blogspot.com/2016/03/quais-e-diferenca-entre-metodo.html MÉTODOS MISTOS OU ECLÉTICOS TENTAM CONCILIAR AS ORIENTAÇÕES ANALÍTICO-SINTÉTICAS, POR MEIO DE PROCEDIMENTOS DIDÁTICOS VOLTADOS PARA A ACELERAÇÃO DO PROCESSO DE DECODIFICAÇÃO DA LEITURA E PARA A MELHORIA DO DESEMPENHO DA CRIANÇA NA ESCRITA. INFLUENCIADOS POR UMA CONCEPÇÃO INATISTA DE DESENVOLVIMENTO E APOIAVAM TESTES DE MENSURAÇÃO DOS NÍVEIS DE INTELIGÊNCIA, PRONTIDÃO E APTIDÕES INDIVIDUAIS, O QUE ACARRETOU O ESTABELECIMENTO DE PRÉ-REQUISITOS PARA A APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA ESCRITA (COMO OS NÍVEIS DE MATURIDADE E DE PRONTIDÃO). CARTILHA "Sendo a cartilha um espaço de ausência do texto, do leitor e do autor, não se constitui num suporte à aprendizagem da leitura e da escrita, pois limita-se ao ensino de uma técnica de leitura (decifração de elemento gráfico em um elemento sonoro) e de escrita (a codificação de sinais gráficos associados aos sons correspondentes), a partir de um modelo uniforme, cumulativo e homogêneo de aprendizagem. Tais críticas aplicam-se tanto às cartilhas tradicionais quanto às chamadas cartilhas “construtivistas” de alfabetização. No que se refere às cartilhas construtivistas, temos percebido que a maioria é construtivista apenas no nome". Página 191 METODOLOGIAS DE ALFABETIZAÇÃO QUAL O MELHOR CAMINHO? EXISTE UM MELHOR CAMINHO? OS MÉTODOS (SINTÉTICOS, ANALÍTICOS OU MISTOS) SÃO DE FATO EFICIENTES? QUAL DIDÁTICA MAIS ADEQUADA PARA ALFABETIZAR UMA CRIANÇA? PENSANDO A LEITURA: A leitura é uma atividade que envolve muitas habilidades cognitivas. Ler é mais do que decodificar palavras e sílabas. Não lemos letra por letra, sílaba por sílaba, palavra por palavra. A leitura envolve antecipação e é, antes de tudo, um processo de produção de sentido e significação. Diferentemente do que postulam os métodos de alfabetização, a aprendizagem da leitura se operaa partir da própria leitura, ou seja, as crianças aprendem a ler e a escrever lendo e escrevendo e não copiando letras, “famílias silábicas” ou palavras isoladas. Página 172 FOCO PARA A AP1 ALFABETIZAÇÃO 1 ALFABETIZAÇÃO DAS CLASSES POPULARES FRACASSO ESCOLAR AVALIAÇÕES EM LARGA ESCALA / IDEB USO DE CARTILHAS E MATERIAIS PADRONIZADOS EM SALA DE AULA EDUCAÇÃO HUMANIZADORA E O FAZER PEDAGÓGICO PRÁTICAS DE LEITURA E ESCRITA NA SALA DE AULA DICAS PARA A AVALIAÇÃO ESCRITA AUTORAL TEXTOS ACADÊMICOS, EMBASADOS TEORICAMENTE TEXTOS COERENTES, QUE RESPONDEM AO SOLICITADO NO ENUNCIADO DA QUESTÃO NÃO COMETER PLÁGIO AGORA, QUAIS SÃO AS DÚVIDAS DE VOCÊS? REFERÊNCIA: PÉREZ, C. L. V.; MELLO, M. B. de. Alfabetização: conteúdo e forma. Rio de Janeiro: Cecierj, 2016