Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos thiago.santos@docente.unip.br DROPBOX: http://bit.ly/unip2019 PORTOS E VIAS NAVEGÁVEIS Universidade Paulista Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 7 Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 9 1. INTRODUÇÃO AO SISTEMA DE TRANSPORTES Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 1 0 O Engenheiro civil e a área de transporte Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 11 O que é o transporte? É o deslocamento de bens de um ponto a outro da rede logística, respeitando as restrições de integridade da carga e de confiabilidade de prazos. O que é o engenharia de transporte? A aplicação de princípios tecnológicos e científicos ao planejamento, operação, e gerenciamento de instalações para qualquer modo de transporte de forma que permita a movimentação de pessoas e bens de modo seguro, rápido e econômico com um mínimo de interferência com o meio ambiente. O Engenheiro civil e a área de transporte Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 12 Atividades de comércio; Definição do custo final da mercadoria; Atendimento das condições de prazo e entrega. A área de transporte Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 13 Atividades de comércio; Definição do custo final da mercadoria; Atendimento das condições de prazo e entrega. Componentes do sistema de transporte Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 14 Modais de transporte Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 15 Possui Cinco Modais básicos: Modais de transporte Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 16 Matriz de transportes Modais de transporte Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 17 Modais de transporte Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 19 Modais de transporte Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 20 Modais de transporte Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 21 Modais de transporte Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 22 Modais de transporte Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 23 Modais de transporte Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 24 Modais de transporte Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 25 Modais de transporte Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 26 Dados de Março de 2018. Modais de transporte Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 27 Matriz de transportes Modais de transporte Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 28 Matriz de transportes Mundo O transporte rodoviário pode ser utilizado em território nacional ou internacional, inclusive utilizando estradas de vários países na mesma viagem. É o meio mais adequado para o transporte de mercadorias a curtas e médias distancias. É também um meio de transporte bastante eficaz por sua agilidade e rapidez no deslocamento de cargas. Modais de transporte Rodoviário Os veículos movimentam-se em caminhos pavimentados. Não apresentam necessidade de terminais. A infra-estrutura é propriedade pública. Apresentam uma legislação organizada pelo estado. Modais de transporte Rodoviário - Características Flexibilidade do serviço e no deslocamento de cargas. Rapidez (Ponto-a-Ponto). Menores custos de embalagem. Manuseamento de pequenos lotes. Elevada cobertura geográfica. Competitividade em curtas e médias distâncias. Modais de transporte Rodoviário - Vantagens Unidades de carga limitadas; Dependente das infra estruturas; Dependente do trânsito; Dependente da regulamentação; Mais caro em grandes distâncias. Modais de transporte Rodoviário - Desvantagens O transporte ferroviário não é tão ágil e não possui tantas vias de acesso quanto o rodoviário, porém é mais barato. Modais de transporte Ferroviário Menor custo de transporte para grande distâncias; Sem problemas de congestionamento; Terminais de carga próximo das fontes de produção; Adequado para produto de baixo valor acrescentado e alta densidade e grandes volumes; Possibilita o transporte de vários tipos de produtos; Independente das condições atmosféricas; Eficaz em termos energéticos; Modais de transporte Ferroviário - Vantagens Não possui flexibilidade de percurso; Necessidade maior de transbordo; Elevada dependência de outros transportes; Pouco competitivo para pequenas distâncias; Horários poucos flexíveis; Elevados custos de manuseamento. Modais de transporte Ferroviário - Desvantagens Modais de transporte Ferroviário - Foi no século. XVIII que o Homem voou pela primeira vez. Modais de transporte Aéreo Utiliza o ar como meio de navegação. Serviço terminal a terminal (aeroportos). Obedecem a um conjunto de regulamentos extremamente rígido. A capacidade de carga dos aviões tem aumentado significativamente. Modais de transporte Aéreo - Características Ideal para o envio de mercadorias com pouco peso e volume. Maior rapidez. Eficácia comprovada nas entregas urgentes. Acesso a mercados difíceis de serem alcançados por outros meios de transporte. Redução dos gastos de armazenagem. Agilidade no deslocamento de cargas. Não necessita embalagem mais reforçada (manuseamento mais cuidadoso). Modais de transporte Aéreo - Vantagens Menor capacidade de carga; Custos bastante elevados em relação aos outros meios de transporte; Pouco flexível por trabalhar terminal a terminal; Modais de transporte Aéreo - Desvantagens Efetuado no interior de um de tubos ou dutos´→ é realizado por pressão ou por arraste do produto a ser transportado. A diferença deste modal para os demais → é fixo enquanto que o produto a ser transportado é o que se desloca, não necessitando assim, na maior parte dos casos, de embalagens para o transporte. Modais de transporte Dutoviário Não existe o problema da viagem de retorno; Não há necessidade de se usar embalagens; Indicada para o transporte de produtos perigosos; -Baixo custo de operação; Não sofre influência do congestionamento; Demanda pouca mão de obra Modais de transporte Dutoviário - Vantagens Necessidade de grande investimento; Inflexibilidade quanto à rota de distribuição; Seu uso só pode ser estendido a certos grupos de mercadoria dentro de um mesmo duto; Modais de transporte Dutoviário - Desvantagens É o transporte hidroviário e marítimo, o hidroviário utiliza bacias hidrográficas do país (balsas), e o marítimo utiliza o comércio internacional (navios). Modais de transporte Aquaviário Bastante econômico, versátil, e possui grande capacidade de carga, por isso é muito confiável e eficiente. Durante o século XIX foram dados grandes avanços graças à tecnologia da energia a vapor. O motor diesel trouxe um suposto funcionamento mais econômico para as embarcações modernas. Modais de transporte Aquaviário ➢ Transporte através de meios aquáticos (mares e rios); ➢ Os transportes representam um importante elo de ligação entre o continentes; ➢ Os portos absorvem o impacto do fluxo de cargas do sistema; ➢ Existe uma grande variedade de navios (Tanques, Porta- Conteineres, Cargueiros, entre outros). Modais de transporte Aquaviário - Características Competitivo para produtos com baixo custo de tonelada por quilômetro transportado; Qualquer tipo de carga; Maior capacidade de carga; Menor custo de transporte. Modais de transporte Aquaviário - Vantagens Baixa Velocidade. Disponibilidade limitada. Maior exigência de embalagens. Necessidade de transbordo nos portos. Distância aos centros de produção. Menor flexibilidade nos serviços aliados a frequentes congestionamentos nos portos Modais de transporte Aquaviário - Desvantagens Modais de transporte Algumas Comparações Fonte: Autor, 2019. Hidrovias – Obras Hidroviárias Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos PORTOS E VIAS NAVEGÁVEIS Universidade Paulista Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Novo e-mail: thiago.santos@docente.unip.br PORTOS E VIAS NAVEGÁVEIS Universidade Paulista 2. MODO HIDROVIÁRIO Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 3 Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos 2. MODO HIDROVIÁRIO Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos4 O Brasil possui potencial de 63.000 km vias navegáveis (necessitando de obras de infraestrutura); 29.000 km naturalmente disponíveis; 13.000 km de vias navegáveis (utilizada economicamente para o transporte de cargas e passageiros); Hidrovias – Navegação Interior Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Hidrovias – Navegação Interior Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Principais Hidrovias Brasileiras Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Principais Hidrovias Brasileiras Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Principais Hidrovias Brasileiras Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Principais Hidrovias Brasileiras Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Principais Hidrovias Brasileiras Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Principais Hidrovias Brasileiras Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Principais Hidrovias Brasileiras Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Hidrovias – Obras Hidroviárias Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Derrocagem, dragagem e sinalização Terminais hidroviários de carga e passageiros Elaboração de estudos hidroviários Redução dos custos de fretes com o crescimento do modal hidroviário Aumento na segurança da navegação Planejamento do crescimento da navegação nos rios brasileiros Hidrovias – Obras Hidroviárias Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Expansão e melhoramento da navegabilidade nos rios brasileiros Hidrovias – Obras Hidroviárias Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Expansão e melhoramento da navegabilidade nos rios brasileiros Hidrovias – Obras Hidroviárias Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Hidrovias – Obras Hidroviárias Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Expansão e melhoramento da navegabilidade nos rios brasileiros Hidrovias – Obras Hidroviárias Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Expansão e melhoramento da navegabilidade nos rios brasileiros Hidrovias – Obras Hidroviárias Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Rios Madeira/ Guaporé / Mármore Hidrovias – Obras Hidroviárias Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Rios Teles Pires / Tapajós Hidrovias – Obras Hidroviárias Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Rios Araguaia / Tocantins Hidrovias – Obras Hidroviárias Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Rios Tiête / Paraná Hidrovias – Obras Hidroviárias Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Rios São Francisco Hidrovias – Obras Hidroviárias Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Paraguai / Paraná Hidrovias – Obras Hidroviárias Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Hidrovias – Obras Hidroviárias Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Classificação dos cursos d’Àgua–morfologia: Rios de alto curso; Rios de médio curso; Rios de baixo curso; Sistema de Navegação Fluvial Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Classificação dos cursos d’Àgua–morfologia: Rios de alto curso; - Regiões altas e/ou acidentadas; - Quedas rápidas e corredeiras; - Grande velocidade de escoamento; - Margens altas; - Condições de navegabilidade ; Sistema de Navegação Fluvial Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Rios de médio curso (rios planaltos) - Apresentam obstáculos para navegação pouco frequentes (rápidos, corredeiras, trechos com pedra e pouca profundidade) - Permitem a navegação nos estirões; - Alguns rios de planalto no Brasil: rio Paraná e seus afluentes; o São Francisco, o Tocantins. Sistema de Navegação Fluvial Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Classificação dos cursos d’Àgua–morfologia: Rios de baixo curso (rios de planície) - Favoráveis a navegação; - Navegação fácil (obstáculos como banco de areia) - Alguns rios de planície no Brasil: a maior parte dos rios da Amazônia; o rio Paraguai. Sistema de Navegação Fluvial Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Classificação dos cursos d’Àgua–morfologia: Canais Sistema de Navegação Fluvial Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Principais classes de hidrovias: Rios de Corrente Livre Rios Canalizados Rios de correntes livres - Naturalmente navegáveis (sem barragens); - Obras de melhoramento: Regularização do leito; Regularização da descarga; Dragagem; - Outros serviços: Cartas náuticas; Balizamento; Sistema de divulgação do nível do rio; Sistema de Navegação Fluvial Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Principais classes de hidrovias: Rios de correntes livres Principais característica para que um rio seja navegável: Vazão Mínima: 50m³/s Declividade máxima: 25cm/km Sistema de Navegação Fluvial Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Principais classes de hidrovias: Declividade de 3,0 cm/km Rios canalizados (rios represados) -Série de barragens (eclusas); -Sem limitações de vazões mínimas e declividade; -Rios de pequeno porte: Hidrovias (novas áreas de navegação); -Rios naturalmente navegáveis: Melhora as condições navegabilidade. Sistema de Navegação Fluvial Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Principais classes de hidrovias: Rios canalizados (rios represados) Sistema de Navegação Fluvial Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Principais classes de hidrovias: Rios canalizados (rios represados) - Processos de transposição de desnível: Elevadores verticais: Cuba (paralelepípedo) Movimento vertical Cabos e contrapesos Sistema de Navegação Fluvial Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Principais classes de hidrovias: Rios canalizados (rios represados) - Processos de transposição de desnível: Elevadores inclinados: São rampas inclinadas por onde desliza caixas cheias de água puxadas por cabos de aço Sistema de Navegação Fluvial Principais classes de hidrovias: Elevador com plano inclinado. Canais - São vias interiores completamente artificiais em oposição às vias navegáveis naturais podendo ser: Canais Laterais Canais de Partilha Sistema de Navegação Fluvial Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Principais classes de hidrovias: Canais Laterais (obras de melhoramento difíceis ou onerosas) Sistema de Navegação Fluvial Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Principais classes de hidrovias: Grande Canal da Alsácia–Canal lateral do Rio Reno Canais de Partilha (ou canais de ponto de partilha) são os de interligação de hidrovia (ou de bacias hidrográficas) Sistema de Navegação Fluvial Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Principais classes de hidrovias: Canal do Norte. Canal Pereira Barreto. Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos PORTOS E VIAS NAVEGÁVEIS Universidade Paulista Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Novo e-mail: thiago.santos@docente.unip.br PORTOS E VIAS NAVEGÁVEIS Universidade Paulista Deficiência de profundidade; Deficiência planimétrica (larguras e raios abaixo do mínimo requerido p/ passagem segura e evolução segura da embarcação); Correntes (velocidades excessivas ou direção inconveniente). Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Embaraço à navegação Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Classificação das obras: Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Ordem de complexidade e custo Baixo custo Simples de executar; Vida útil (menor); Grandes manutenção Energia natural do rio (não utiliza) Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Obras de Gerais ou de Normalização Objetivo: Melhorar trechos restritos d’água sem alterar significativamente o regime fluvial. Desobstrução e limpeza; Limitação dos leitos de inundação; Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Obras de Normalização Obras de proteção a pilares de pontes Obras de proteção ou defesa de margens Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Obras de Normalização Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Obras de Regularização de leito Objetivos: Transporte eficaz dos sedimentos em suspenção e dos depósitos de fundo; Estabilidade do curso com mínima erosão da margem; Orientação da corrente líquida(em trecho determinado de rios); Profundidade suficiente e percurso satisfatório (p/ a navegação); Permitir a utilização das águas para outros propósitos. Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Obras de Regularização de leito O que é derrocamento? Desagregação e remoção de materiais submersos (reconhecidos pelo processo de sondagem-embarcações varredoras); Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Derrocamento Obras definitivas (aumentam a velocidade e a declividade da linha d’água.) Fases do derrocamento: Desmonte, retirada, transporte e deposição; Desmonte mecânico e desmonte com explosivo. Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Derrocamento Desmonte mecânico (energia de impacto por percursão–dureza, espessura, profundidade da camada e dimensões máximas do agregado) Equipamentos: -Derrocador de queda livre; -Perfuratriz Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Derrocamento – Métodos de Derrocagem Desmonte mecânico (energia de impacto por percursão–dureza, espessura, profundidade da camada e dimensões máximas do agregado) Equipamentos: -Derrocador de queda livre; Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Derrocamento – Métodos de Derrocagem Percussão de uma haste de grande peso / energia de impacto em função da altura de queda -2 a 5 m; Pilão: 4 a 25 toneladas; Espessuras a desmontar de 1 a 1,5 m (profundidade de operação de 4 a 15 m – profundidade 2/3 a ¾ do comprimento do pontalete); Produção do equipamento 5 a 20 m³/h. Desmonte mecânico (energia de impacto por percursão–dureza, espessura, profundidade da camada e dimensões máximas do agregado) Equipamentos: -Perfuratriz; Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Derrocamento – Métodos de Derrocagem O desmonte por perfuração utiliza tubulões em que água é expulsa por instalações pneumática de ar comprimido, permitindo operações a seco com perfuratrizes, martelos, por ação manual, somente em serviço a seco (perfurações –20m, força de choque de 3 a 10ton, camadas <1,5m). Desmonte com explosivo (resistência a água); -Fatores que influenciam –profundidade da lâmina d’água, movimento das mares, distância da margem, localização geográfica, se as águas são calmas ou turbulentas, visibilidade subaquática. Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Derrocamento – Métodos de Derrocagem Desmonte com explosivo (resistência a água); -Rebaixo de calados de portos e rios (melhorar a navegabilidade dos rios); -Escavações de estruturas submersas para obra de fundação; -Aberturas de canais através de recifes e rochas expostas; Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Derrocamento – Métodos de Derrocagem Assim como nas rodovias, os rios também precisam de orientação para serem devidamente operados. Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Balizamento e Sinalização náutica Conjunto de sistemas e recursos visuais, sonoros, radioelétricos, eletrônicos ou combinados, destinados a proporcionar ao navegante informações para dirigir a sua embarcação com segurança e economia. Demarcação da área (canal) de navegação, da foz para montante, através de dispositivos luminosos ou cegos, compostos por faróis, faroletes, balizas e bóias. Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Balizamento Farol de sinalização no rio Amazonas Boia fluvial no rio Guamá -Belém Basicamente as placas colocadas nas margens dos rios, nas pontes e no próprio rio (afixadas em boias), para orientação dos navegantes. Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Sinalização Placas em pilares de pontes Sinalização nas margens Considera-se como direção convencional do balizamento: De Jusante para Montante(subindo o rio) Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Balizamento e Sinalização náutica Convenção Básica as cores das placas dependem da margem. Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Balizamento e Sinalização náutica Vermelho –Bombordo de quem desce (esquerda) Verde –Estibordo (boroeste) de quem desce (direita) Placas de cores neutras podem ser colocadas em ambas as margens Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Balizamento e Sinalização náutica Sinalização Margem direita Sinalização Margem Esquerda Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Sinalização náutica em pontes Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Sinalização náutica em pontes Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Sinalização náutica em pontes Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Sinalização náutica em pontes Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Sinais demarcatórios de rotas -Placas nas margens Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Sinais sonoros e luminosos para embarcações à vista uma da outra Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Sinais sonoros e luminosos para embarcações à vista uma da outra Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Sinais sonoros e luminosos para embarcações à vista uma da outra Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos PORTOS E VIAS NAVEGÁVEIS Universidade Paulista Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Novo e-mail: thiago.santos@docente.unip.br PORTOS E VIAS NAVEGÁVEIS Universidade Paulista Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Classificação das obras: O que é dragagem? - Escavação e remoção (retirada, transporte e deposição); - Solos, camadas rígidas desagregáveis - Equipamentos (mecânico ou hidráulico); - Mares, estuários e rios. Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Dragagem Processo de relocação de sedimentos para fins de construção e manutenção de vias aquáticas, aprofundando periodicamente os pontos altos do canal navegável. Tipos de dragagem: -Dragagem de investimento ou aprofundamento; -Dragagem de manutenção; -Dragagem de mineração; -Dragagem de controle ambiental; Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Dragagem Tipos de dragagem: Dragagem de investimento ou aprofundamento; - Ampliar a seção transversal do canal (condições de navegabilidade); - Escoamento de maiores vazões (impedindo enchentes); Dragagem de manutenção - Preservar a profundidade de projeto; - Retira os sedimentos oriundos do processo de assoreamento; Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Dragagem Tipos de dragagem: Dragagem de mineração - Usada para extração de minerais (argila, aréia, cascalho); Dragagem de controle ambiental - Remoção de material contaminado para fins de proteção ao ambiente; - Remoção na linha da água óleo ou derivados do petróleo no meio aquático (acidentes). Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Dragagem Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Dragagem - Draga de pá de arrasto - Draga de colher - Dragas de caçamba de mandíbulas - Draga de pá escavadeira - Draga de alcatruzes - Dragas estacionárias de sucção e recalque - Dragas auto transportadora de sucção e arrasto - Dragagem por injeção de água Pá de arrasto Equipamento mecânico terrestre; Desloca sobre esteira; Conjunto de plataforma giratória (cabine de operação, treliça do guincho, motor e cabos para movimento da lança); Utilização: - Terrenos moles; - Serviços de abertura de calha (várzea ou mangue); - Manutenções; - Equipamento de baixa produtividades Ciclo de funcionamento: Lançamento Arrasto pela cabresteira Içamento Giro Descarga Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Draga mecânicasDraga de colher É um equipamento mais robusto Permite penetração e cortes em materiais mais duros. Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Draga mecânicas Dragas de caçamba de mandíbulas Solos moles (clamshell); Solos duros (caçamba Orange peel) É um equipamento operado por três cabos (movimentar a lança e a caçamba verticalmente e abrir e fechar as mandíbulas); Características: Vantajosa em canais muito movimentados ou portos (locais onde não é possível utilizar dragas estacionárias, embarcações auxiliares); Rápidas mobilização (autoproplusão); Baixa capacidade Não é indicado para material fluído Ciclo de funcionamento: Giro Lançamento Fechamento das mandíbulas Içamento Giro de retorno Abertura da caçamba para descarga Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Draga mecânicas Dragas de pá escavadeira Draga mecânica de colher montada em barcaça Equipamento de custo médio; Baixa a moderada capacidade em área de operação; Indicada: - Argila, - Areia grossa, - Pedregulho, -Locais com agitações (ondulações); -Locais profundos; -Dragagem de material fluído Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Draga mecânicas Dragas de alcatruzes A draga de alcatruzes estacionária opera posicionando-se com cabos presos em ancoras ou em pontos nas margens. Características: - Aplicação em grandes projetos de implantação de canais; - Boa capacidade de escavação (trechos fluviais de rios de grande portes); - Operação continua; - Alta força de corte - Mínima diluição; - Alto custo de mobilização; - Sensibilidade à ação de ondulação; Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Draga mecânicas Dragas estacionárias de sucção e recalque Forma mais simples de draga hidráulica Draga com desagregador rotatório mecânico (envolve a linha de sucção); Draga sem desagregador (escava materiais moveis ou fluídos -bombas de hidro jatos de alta velocidade na boca e dragagem); Deslocam em maiores distâncias com auxílio de rebocadores (aterro sanitário); Operação de avanço e dragagem (charutos –apoio giro da draga – movimento responsável pelo ciclo de corte de dragagem); Duas ancoras de fixação (ligadas a guinchos de giro); Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Draga Hidráulicas Dragas auto transportadora de sucção e arrasto -Consiste em uma embarcação marítima auto propelida em que os dragados são armazenados na cisterna para despejo posterior; -Possui um dois tubos de sucção ligados às cabeças de arrasto; Características: - Empregadas para um elevado número de operações; - Flexibilidade de materiais dragados (areias, argilas, silte, cascalhos) e locais e forma de deposição; - Operação (águas calmas e protegidas ou em águas mais turbulentas); - Portos movimentados – autopropulsoura (não tem âncoras, nem cabos); - Profundidades grandes ou pouco profundas; - Taxa de produção relativamente alta (material, profundidade do mar e condições atmosféricas); Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Draga Hidráulicas Dragagem por injeção de água Caracterizada pela ação de um jato com baixa pressão manométrica e grande volume de água, fluidificando os sedimentos de fundo e gerando uma turbidez próxima do leito, devendo correntes favoráveis afastar esse material inconsolidado da área de dragagem. -Áreas estuarinas (dragagem próxima a embocaduras e na vazante); Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Draga Hidráulicas Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Obras de Transposição de Nível É o sistema mais conhecido e utilizado de transposição de embarcações em locais onde haja desníveis que impeçam a continuação da navegação. O funcionamento desse tipo de sistema consiste no enchimento e esvaziamento de uma câmera delimitada por duas comportas (de montante e de jusante) que dão acesso às embarcações. Quando o nível da eclusa atinge a cota de montante ou de jusante, a respectiva comporta é aberta para permitir a entrada ou saída da embarcação. A operação de enchimento ou esvaziamento pode ser efetuada por bombeamento ou por gravidade. Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Eclusas As eclusas de navegação podem ser: Câmara única (eclusa simples); Câmara múltiplas; Escada de eclusas; Eclusas geminadas Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Eclusas As eclusas de navegação podem ser: Câmara única (eclusa simples): Utilizadas para desníveis até pouco mais de 40 m. Obras de melhoramento hidroviário Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Eclusas Eclusa de Barra Bonita As eclusas de navegação podem ser: Câmara múltiplas: A porta de jusante da câmara de montante coincide com a porta de montante da câmara de jusante, e o enchimento da câmara inferior é feito com o esgotamento da câmara superior. Obras de melhoramento hidroviário Eclusas As eclusas de navegação podem ser: Escadas de eclusas: Formada por uma série de câmaras simples ligadas por canais de navegação intermediários. Obras de melhoramento hidroviário Eclusas As eclusas de navegação podem ser: Eclusas geminadas : Constituídas de duas câmaras em paralelo, ligadas por um circuito hidráulico que permite o enchimento de uma a partir do esvaziamento da outra. Obras de melhoramento hidroviário Eclusas Classificação quanto á queda hidráulica Queda hidráulica de uma eclusa É a diferença entre os níveis d’água a montante e jusante. Ela define: Obras de melhoramento hidroviário Eclusas Classificação quanto á queda hidráulica Obras de melhoramento hidroviário Eclusas O tamanho da queda influência em fatores: Maior ou menor propensão à formação de turbulência; Tempo de enchimento e esvaziamento; Velocidade de condução nos tubos de enchimentos; Tamanho da queda complexidade da eclusa Eclusas de baixa queda d’água: Obras de melhoramento hidroviário Eclusas - Para melhorias de navegação; - O controle de nível pode ser realizado diretamente pela abertura e fechamento das portas a montante e a jusante. Sistema de eclusagem de enchimento e esvaziamento frontal Eclusas de alta queda d’água: Obras de melhoramento hidroviário Eclusas - Sistema de enchimento e esgotamento é hidrodinâmicamente balanceado; - Sistema hidrodinâmicamente balanceado É capaz de atenuar os movimentos de agitação no interior da câmera; - Aqueduto (entrada no ponto médio); Sistema de eclusagem hidrodinamicamente balanceado Eclusas de alta queda d’água: Obras de melhoramento hidroviário Representação esquemática de um sistema de eclusagem–alta queda (a) Vista Frontal e (b) Vista superior Obras de melhoramento hidroviário Eclusas Alguns componentes das esclusas: - Câmara da eclusa É, geralmente, de forma retangular, constituída de dois muros verticais paralelos, fechada nas extremidades por soleiras e portas onde entram e saem as embarcações Obras de melhoramento hidroviário Eclusas Alguns componentes das esclusas: - Cabeça da eclusa São as extremidade da câmera onde são instaladas as portas. (Duas cabeças uma a montante e outra a jusante da câmara da eclusa) Obras de melhoramento hidroviário Eclusas Alguns componentes das esclusas: - Portas As portas são estruturas que visam permitir a entrada e saída das embarcações na câmera e manter os desníveis entre o interior e exterior da câmara das eclusas. Normalmente construída de aço; Busco (vicianas): 2 folhas planas com eixo vertical, que formam um ângulo com vértice para montante Verticais: levadiças ou baixadiças Obras de melhoramento hidroviário Eclusas Alguns componentes das esclusas: - Válvulas de enchimento e esgotamento São dispositivos que regulam e interrompem o fluxo da água. São geralmente os equipamentos mais delicadosda eclusa (operam com grande frequência - desgastes das vedações e articulações requerendo mais manutenção). Adufa nas portas: movimentação manual, elétrica ou hidráulica. Movimentação das portas Obras de melhoramento hidroviário Eclusas Alguns componentes das esclusas: - Válvulas de enchimento e esgotamento Obras de melhoramento hidroviário Eclusas Alguns componentes das esclusas: - Cabine de comando • Local de onde são comandados todas as operações e principais equipamentos; • Estrategicamente localizada (deve fornecer visibilidade de todo o conjunto da obra – principalmente da câmara); Obras de melhoramento hidroviário Eclusas Alguns componentes das esclusas: - Equipamentos Complementares • Escada para acesso às embarcações no interior da câmara. • Guarda-corpos de proteção no alto dos muros de ala. • Sistema de início e fim de operação: Sinais Sonoros, rádios, telefones, semáforos. • Sistema de iluminação Obras de melhoramento hidroviário Eclusas Alguns componentes das esclusas: - Equipamentos Complementares Obras de melhoramento hidroviário Eclusas Detalhamento Obras de melhoramento hidroviário Estudo de Concepção de Eclusas - Avaliação do tráfego esperado; - Definição da embarcação tipo; - Gabarito da via navegável na região abrangida pela obra de transposição; - Condicionantes básicos de projeto; •Níveis de água a montante e a jusante; •Condição de acesso; •Geologia e topografia dos possíveis locais de implementação; - Definição do sistema de transposição a ser adotado; •Câmara única •Câmara múltiplas •Escada de eclusas •Eclusas geminadas - Análise e escolha de viabilidade preliminar das alternativas a serem detalhadas; Obras de melhoramento hidroviário Estudo de Concepção de Eclusas - Avaliação do tráfego esperado; • Elaborada com base nas estatísticas do transporte fluvial existente no rio; • Estimativas das demandas atuais e futuras da região (cargas hidroviárias, indicação dos tipos e da tonelagem transportada prevista por ano) Obras de melhoramento hidroviário Estudo de Concepção de Eclusas - Definição da embarcação tipo (informação fornecida pela ANA ou empreendedor pode obter do Ministério dosTransportes); • Deve ser definida pelas características básicas: - tipo; - número de componentes (comboios); - dimensões - sistema de propulsão Obras de melhoramento hidroviário Estudo de Concepção de Eclusas - Gabarito da via navegável na região abrangida pela obra de transposição • Deve ser indicadas as dimensões geométricas mínimas a serem atendidas pelo canal: - Profundidade mínima; - Largura mínima; - Raios de curvatura mínimo - Luz livre vertical Obras de melhoramento hidroviário Estudo de Concepção de Eclusas - Condicionantes básicos de projeto • Níveis de água a montante e a jusante (condições extremas); Em numerosas vias navegáveis tem sido adotado como nível d'água mínimo de navegação o que é igualado ou ultrapassado em 95% do ano médio de período de recorrência de 10 anos; e, com o nível máximo, o que é ultrapassado em um dia no ano médio. Obras de melhoramento hidroviário Estudo de Concepção de Eclusas - Condições de acesso • Devem ser levadas em conta as condições de acesso da embarcação tipo a montante e a jusante da obra de transposição de forma que os gabaritos mínimos sejam atendidos nos canais de acessos e eventuais canais intermediários. - Geologia e topografia dos possíveis locais de implementação • A localização da obra de transposição de nível depende características geológicas e topográfica do terreno. Obras de melhoramento hidroviário Estudo de Concepção de Eclusas - Escolha de alternativas a serem detalhadas • Pelo menos duas alternativas de arranjo (se possível uma considerando a implantação do sistema durante a construção do barramento e outra a qualquer tempo). Obras de melhoramento hidroviário Eclusas Brasileiras Eclusas na hidrovia do Paraná-Tietê Obras de melhoramento hidroviário Eclusas Brasileiras Eclusas na hidrovia do Paraná-Tietê Oito eclusas no rio Tietê: Barra Bonita, Bariri, Ibitinga, Promissão, Nova Avanhandava (dupla) e Três Irmãos (dupla); Duas no rio Paraná: em Jupiá e em Porto Primavera. Obras de melhoramento hidroviário Eclusas Brasileiras Eclusas na hidrovia do Rio São Francisco Obras de melhoramento hidroviário Eclusas Brasileiras Eclusas na hidrovia do Rio Tocantins Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos PORTOS E VIAS NAVEGÁVEIS Universidade Paulista Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Novo e-mail: thiago.santos@docente.unip.br PORTOS E VIAS NAVEGÁVEIS Universidade Paulista O que é uma Embarcação Tipo? Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Embarcações Fluviais As rodovias são projetadas veículo rodoviário, ou seja, para um veículo tipo; As pontes são projetadas considerando que esse veículo tipo tenha no máximo “x” toneladas; Os vãos sob os viadutos e passarelas ou os túneis, são projetados para que esse veículo tenha no máximo “y” metro de altura. As dimensões da embarcação tipo (dimensionamento das obras de engenharia) não é necessariamente a maior embarcação que pode navegar na via. O que é uma Embarcação Tipo? Embarcações Fluviais Nas hidrovias, o mesmo se sucede com as Embarcações Tipo. Dimensões das embarcações fluviais: - Características das hidrovias (dimensões, correnteza e obras); - Características das embarcações (tipo de carga, capacidade de carga, local de operação, manobrabilidade e velocidade); - Forma hidrodinâmica. O que é uma Embarcação Tipo? Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Embarcações Fluviais A embarcação tipo é uma abstração que reúne as características para as quais a hidrovia é projetada. Sendo projetada para: -Um comprimento “x” da embarcação; -Uma boca “y”; -Um calado máximo “z”. Dimensões projetadas (x, y e z) situação de águas mínimas, definindo uma embarcação hipotética chamada tipo. Características gerais desejáveis Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Embarcações Fluviais -Calado compatível com a hidrovia; -Dimensões adequadas aos raios e curvaturas da hidrovia; -Boa manobrabilidade; -Ampla visibilidade; -Recursos para desencalhe; -Capacidade de armazenamento de combustível; -Tratamento da água do rio; -Radar; -Ecobatímetro (sondagem–profundidade da água); Características das embarcações Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Embarcações Fluviais -Comprimento total (L): corresponde a dimensão longitudinal do navio, em metros; -Comprimento entre perpendiculares: Comprimento medido entre as perpendiculares que passam pelos pontos que correspondem ao eixo do leme e a intersecção da linha de água na proa; -Comprimento na linha de água: É o comprimento do navio na linha da água (linha deflutuação); -Boca (B): É a dimensão máxima transversal do navio, em metros;. -Pontal (P): É a dimensão que corresponde à altura total do navio, entre aquilha e a linha de vau, em metros. Características das embarcações Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Embarcações Fluviais Características das embarcações Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Embarcações Fluviais -Bordo livre do vau (FL): Distância em metros, a meio comprimento entre perpendiculares, no navio na condição descarregado, entre a linha de água e a linha de vau; -Bordo livre do lastro (FB): Distância em metros, a meio comprimento entre perpendiculares, no navio na condição de lastro, entre a linha de água e a linha de vau. Características das embarcações Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Embarcações Fluviais - Distância ao fundo do navio carregado (KC): Medida perpendicular da distância da quilha ao fundo oceânico, como navio na condição de carregado. - Distância ao fundo do navio em lastro (KL): Medida perpendicular da distância da quilha ao fundo oceânico, como navio na condição de lastro. - Calado (T ): é a distância entre a quilha e a linha de água, quando o navio flutua. Existem dois tipos de calados:* Calado máximo (TL) com o navio carregado; * Calado mínimo (TB) com o navio não carregado e em condição de lastro. Características das embarcações Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Embarcações Fluviais - Calado aéreo Dimensão, em metros, medida entre o ponto mais alto do navio (mastro, antenas de rádio ou radar) e a linha de água (dA). O conhecimento desta dimensão é importante para que o navio passe, em condição de segurança, sob pontes ou outros tipos de obstáculos. Dependendo do calado real (dependendo, portanto, da carga do navio) e dependendo também do nível das marés. Características das embarcações Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Embarcações Fluviais Outras Características Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Embarcações Fluviais - Deslocamento total Peso do volume de água deslocado pela embarcação. - Porte bruto ou capacidade de carga Corresponde a diferença entre o deslocamento total e o peso do casco, motor, tripulação e equipamentos. Costuma ser dado em Tonelada de Peso Bruto (tpb). Embarcações Fluviais Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Embarcações Fluviais Tipos de embarcações fluviais Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Embarcações Fluviais Automotores - Automotoras assemelham-se à marítima pela total independência de tráfego, por disporem de propulsão própria. -Diferenças: Tipos de embarcações fluviais Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Embarcações Fluviais Automotores Tipos de embarcações fluviais Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Embarcações Fluviais Automotores Embarcação automotora operando no Rio Taquari (RS) na Hidrovia Taquari- Jacuí- Lagoa dos Patos. Embarcação automotora operando no Rio Taquari (RS) na Hidrovia Taquari- Jacuí- Lagoa dos Patos. Tipos de embarcações fluviais Embarcações Fluviais Empurradores -Embarcações dotadas de meios próprios de propulsão e manobra; -Destinadas a deslocar chatas de empurra num comboio de empurra; -Dispõem de uma ampla plataforma (estruturas de suportes de sustentação compostas por perfis verticais, articulados com as embarcações que deverão ser movimentadas pela pressão do barco automotor). Empurrador com dois motores de alta performance –Rio Amazonas Empurrador com dois motores de alta performance –Rio Amazonas Tipos de embarcações fluviais Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Embarcações Fluviais Empurradores Tipos de embarcações fluviais Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Embarcações Fluviais Empurradores Empurrador fluvial para o sistema Tocantins-Araguaia Tipos de embarcações fluviais Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Embarcações Fluviais Chatas - Formas predominantemente retilíneas; - Facilidade de construção abaixo custo; - Favorecendo o acoplamento em conjunto para o transporte de cargas; - Dispensam propulsão, leme e tripulação; - Três tipos básicos (navegação de empurra): •comboios não integrados •comboios semi integrados •comboios integrados Tipos de embarcações fluviais Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Embarcações Fluviais Chatas •Comboios não integrados -As chatas para comboios não integrados tem proa e popa carenada, e na fila apresentam em cada junta de linha uma descontinuidade que reduz significativamente o rendimento propulsivo do conjunto, fazendo com as dimensões das chatas tenham importância por definirem o maior ou menor número de descontinuidades do casco conjunto. Tipos de embarcações fluviais Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Embarcações Fluviais Chatas •Comboios semi integrados - As chatas para comboios semi integrados tem uma face carenada e outra vertical, visando a redução do número de juntas com descontinuidade. As faces verticais são acopladas uma às outras Tipos de embarcações fluviais Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Embarcações Fluviais Chatas •Comboios integrados • Comboios integrados melhor aproveitamento de volume, menor custo de chatas, maior rendimento propulsivo; • Empregados transporte especializado entre destinos determinados (minérios e grãos – combustíveis líquidos ); • Comboios semi integrados e não integrados cargas diversas (vários terminais); Comboio Graneleiro de 32000 toneladas - Rio Madeira Tipos de embarcações fluviais Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Embarcações Fluviais Comboio de Empurra • Agrupamento de um ou mais empurradores e de uma ou várias chatas de empurra (conjunto rígido). • Os empurradores (capacidade e manobra de um comboio integrado). Comboio para transporte comercial de cargas. Tipos de embarcações fluviais Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Embarcações Fluviais Comboio de Empurra • Maior comprimento possível do comboio (maior velocidade para a mesma potência – limitado pela geometria da hidrovia (raio de curvatura e vãos de pontes); •Largura admissível da via (características da via –largura, vãos livres das pontes e largura das obras de transposição). Comboio fluvial Paraguai Tendência das embarcações empregadas na navegação interior: Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Embarcações Fluviais Uniformização das embarcações (por causa modificações dos gabaritos das vias que trafegam); Utilização, cada vez mais intensa, de comboios de empurra (maior dimensão compatível com a via); Especialização das embarcações; Utilização dos modernos meios eletrônicos (facilitar e a segurança radar, ecobatímetro, radiotelefonia, cartas eletrônicas, ...); Navegação ininterrupta (balizamento apropriado e emprego de vários tripulantes (rodizio)); Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Embarcações Fluviais Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Embarcações Fluviais Diretrizes dimensionais (requisitos): • Profundidade mínima; • Largura mínima; • Área mínima da seção molhada; • Raio de curvatura; • Vão e alturas livres nas pontes; • Velocidade máxima das águas; • Bacia de evolução; Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Embarcações Fluviais Diretrizes dimensionais (requisitos): • Profundidade mínima; C + Folga mínima (0,3m a 0,5m – Apenas em trechos restritos da hidrovia); -Profundidade < 2C: Reduzem o rendimento propulsivo; Onerando o custo do transporte (maior consumo de combustível para a manutenção de uma mesma via). Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Embarcações Fluviais Diretrizes dimensionais (requisitos): Largura mínima (cruzamento seguros em redução de velocidade) • Sem cruzamento (mão simples) • Com cruzamento (mão dupla) Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Embarcações Fluviais Diretrizes dimensionais (requisitos): Área mínima da seção molhada • Área da seção mestra p/ evitar perda de rendimento propulsivo. Canal de mão simples Canal de mão dupla Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Embarcações Fluviais Diretrizes dimensionais (requisitos): Raio de curvatura • Sem restrição de velocidade nas curvas, o raio mínimo deverá ser de 10xL ; • Para curvas mais fechadas sobre largura (s) Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Embarcações Fluviais Diretrizes dimensionais (requisitos): Vãos e alturas livres nas pontes • Em trechos retilíneo as faces internas dos pilares devem ter distância mínima: -4,4B + 5m ou 2 x(2,2B +5m) => com cruzamento -2,2B + 5m => sem cruzamento •Nas curvas, cada caso deve ser avaliado. Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Embarcações Fluviais Diretrizes dimensionais (requisitos): Alturas livres •Desejável 15 m para passagem de grandes comboios de empurra; •Pontes levadiças; •Cabine dos empurradores retrátil. Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Embarcações Fluviais Diretrizes dimensionais (requisitos): Velocidade máxima • Embarcação com V = 8 nós (14,82 km/h) considera que a Vmax da água em contracorrente ao rumo é igual a 4 m/s; • Em média a Vmáx = 2m/s (não se torne antieconômico). Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Embarcações Fluviais Diretrizes dimensionais (requisitos): Bacia de evolução •Canais hidroviários deve–se prever bacias de evolução/espera; •Localizadasnas margens, espaçadas de 15 a 30 km; Necessárias: •Canais de mão dupla (inversão de curso, cruzamento, manobras); Porto do Riacho –Espirito Santo bacia de evolução com 180m de raio e calado de 12mda Barra Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Embarcações Fluviais Segundo a ANA (Agência Nacional de Águas) Classe A Via navegável interior disciplinada pelo Poder Público, tendo sido dimensionada, preparada e mantida para receber o tráfego de uma “embarcação-tipo”. Exemplos: Amazonas,Paraguai, Paraná, Tietê, São Francisco, etc. Classe B Rio naturalmente navegado e que possui um mínimo de presença do Poder Público, porém não tendo definido ainda seu padrão de navegação. Exemplos: Baixo Tapojós, Baixo Xingu, etc. Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos Embarcações Fluviais Segundo a ANA (Agência Nacional de Águas) Classe C Rio sem nenhuma infraestrutura de transporte e apoio governamental, utilizada por embarcações de pequeno porte e que trafeguem ao seu próprio risco. Exemplo: Alto Tapojós, Alto Xingu, etc. Prof. M.e Thiago Lopes dos Santos PORTOS E VIAS NAVEGÁVEIS Universidade Paulista
Compartilhar