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DAYSE RODRIGUES Aspectos juridicos da reprodução humana

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Centro Universitário Estácio Fase De Sá
Aluna Dayse Rodrigues da Silva
Matrícula 201703185099
Curs: Biomedicina
Turma 1026 (SDE3801)
Professora Larissa Rodrigues Gomes
Matéria Fundamentos da Reprodução Humana
Aspectos juridicos da Reprodução Humana Assistida
 Em abordagem fundamentada, este trabalho teve a intenção principal de pesquisar acerca dos Aspectos juridicos da reprodução humana assistida, lembrando que as técnicas de reprodução humana assistida, não estão normatizadas em nosso ordenamento jurídico, mas no Brasil, suas normas éticas, são regulamentadas através da Resolução do Conselho Federal de Medicina nº 1358/92, essas diretrizes éticas foram atualizadas pela Resolução CFM n° 2013/2013.
 Foi a Resolução CFM n° 2013/2013, que direcionou os médicos com as normas éticas para a utilização das técnicas de reprodução assistida. Mesmo não tendo normas em nosso ordenamento jurídico que regulamentam as técnicas de reprodução assistida, essas técnicas devem respeitar o Princípio da Dignidade Humana. O principio da dignidade da pessoa humana tem sua garantia fundamentada na Constituição Federal, no artigo 1°, inciso III o qual dispõe: Art. 1° a República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: (...) III – a dignidade da pessoa humana
 Neste sentido manifesta-se Camargo (2007, p. 160): A dignidade da pessoa humana, em si, não é um direito fundamental, mas sim um atributo a todo ser humano. Todavia, existe uma relação de mútua dependência entre ela e os direitos fundamentais. Ao mesmo tempo em que os direitos fundamentais surgiram como uma exigência de dignidade de proporcionar um pleno desenvolvimento da pessoa humana, somente através da existência desses direitos a dignidade poderá ser protegida.
 Desta forma, a dignidade já nasce com a pessoa, mas para ter uma vida digna é necessário, ter seu direito assegurado na Constituição Federal. após leitura sobre impactos juridicos da reprodução assitida foi observado que embora a codificação Civil se refira as técnicas de repodução assistida como um projeto parental e de extrema decisição do casal há controversisas juridicas, ou seja, técnicas da reprodução assistida, ao mesmo tempo que permitem o uso de esquemas parentais, também geram inúmeras disputas legais sobre quais parentesco e relações afetivas e as limitações impostas por várias regras de herança, a ausência de regulamentação específica deixa inúmeras dúvidas referentes à filiação e à reprodução assistida sem soluções, corroborando para a existência de opiniões divergentes na doutrina.
 Com relação a filiação juridica brasileira, é esclarecido que: A família como base da sociedade, tem uma especial proteção do Estado, proteção prevista na Constituição Federal de 1988, disposto no artigo 226, § 7° onde dispõe sobre o planejamento familiar. Senão vejamos: Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado proporcionar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.
 Desta forma poodemos conceituar o planejamento familiar como disposto no artigo 2° da Lei 9.263/1996 (Lei do planejamento familiar): “(...) Conjunto de ações de regulação da fecundidade que garanta direitos iguais de constituição, limitação ou aumentando da prole pela mulher, pelo homem, ou pelo casal”.
 Apesar do esclarecimento da constituição com relação a abordagem familiar dos aspcectos juridicos do planejamento falimiar diz que a reprodução humana assistida ainda assim é dada como um grande tabu para as leis vigentes, essas leis que possibilitaram mães solo e ate pai solo em ter acesso a uma familia sem que haja a presença de um outro conjugue ativo, ainda assim esse imenso avanço no campo da medicina reprodutiva trouxe consigo inúmeros questionamentos, tanto de ordem ética como jurídica, como por exemplo: doações de gametas e o destino dos embriões excedentários.
 O presente trabalho busca analisar algumas das legislações estrangeiras sobre reprodução assistida, bem como os Projetos de Lei existentes no Brasil, expondo ainda a opinião da doutrina bem antes da Constituição de 1988, tínhamos uma distinção entre filhos legítimos e ilegítimos. Filhos legítimos seriam aqueles que advinham da união dos pais. Filhos Ilegítimos seriam aqueles que foram concebidos fora do casamento, quando os pais não eram casados, podendo ter ou não uma proibição para essa união, no nosso ordenamento jurídico não há mais distinções entre filhos, estes havidos ou não no decorrer de um casamento, todos os filhos são iguais e tem os mesmos direitos. 
 Na Constituição Federal no artigo 227, §6° e no Código Civil em seu artigo 1596, estão disciplinados o principio da igualdade dos filhos: “Os filhos, 19 havidos ou não da relação da relação de casamento, ou por adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação”. Portanto, não mais podemos diferenciar filiação legítima de filiação ilegítima, uma vez que todos são iguais com direito constitucional assegurados, sendo a filiação um fato da vida de fazer parte de uma família.
 Por tanto podemos classificar os principais aspectos éticos e juridicos da reprodução humana assistida como: anonimato do doador do material (quando for material de terceiro), impossibilidade de manipulação genética para escolha do sexo do bebe, número máximo de embriões que pode ser utilizado, e proibição no caso de gravidez múltipla o uso de procedimentos que visem a redução embrionária. Concluimos que nos dias atuais, é possível que uma criança, tenha em seu registro civil o nome de um pai e uma mãe, dois pais ou ate mesmo duas mães, esse registro pode ser ocasionado por uma adoção ou, quando a criança é concebida com auxilio da reprodução assistida, sendo filhos biológicos desse casal.

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