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GAGUEIRA DO DESENVOLVIMENTO E A CONTRIBUIÇÃO FONOAUDIOLÓGICA
STITCH OF DEVELOPMENT AND SPEECH THERAPY CONTRIBUTION
Alana Janine Medeiros¹
Ana Rafaela de Andrade Souza¹
Jirlane Santos dos Anjos¹
Renata Santos Almeida[footnoteRef:1] [1: Trabalho realizado pelo quarto semestre do curso de Fonoaudiologia da Universidade Jorge Amado, a fins de avaliação da disciplina Fluência, discente Maíra Moreira.
 Aluna de Fonoaudiologia da Universidade Jorge Amado – UNIJORGE – Bahia (BA), Brasil.
] 
RESUMO: 
A gagueira é um distúrbio da fluência de fala. O tipo desenvolvimental surge na infância durante o desenvolvimento da fala. Fatores emocionais, físicos, genéticos e de gênero contribuem para a gagueira do desenvolvimento. Foram analisados artigos com enfoque nas características da gagueira desenvolvimental e em como a terapia fonoaudiológica pode contribuir para amenizar o problema. Através dos estudos, foi comprovado que a prevalência da gagueira é mais comum no gênero masculino. A abordagem terapêutica apresentou sucesso nos casos abordados pela pesquisa.
Palavras-chave: Transtorno da fluência na infância. Fonoterapia. Fonoaudiologia. Gagueira. Fluência. 
ABSTRACT:
Stuttering is a speech fluency disorder. The developmental type appears in childhood during speech development. Emotional, physical, genetic, and gender factors all contribute to developmental stuttering. Articles were analyzed focusing on the characteristics of developmental stuttering and on how speech therapy can contribute to alleviate the problem. Through studies, it was proven that the prevalence of stuttering is more common in males. The therapeutic approach was successful in the cases covered by the research.
Keywords: Childhood fluency disorder. Speech therapy. Speech therapy. Stuttering. Fluency.
INTRODUÇÃO
A fala fluente consiste naquela que apresenta um encadeamento de sílabas no tempo adequado, com mínimas interrupções, uma fala suave, rápida e contínua. Entretanto, a gagueira é um distúrbio da fluência de fala, o mais comum, caracterizado por interrupções involuntárias e atípicas no fluxo da fala. É uma desordem que afeta as características temporais de subsistemas envolvidos na produção de fala.
Gagueira desenvolvimental ou do desenvolvimento é aquela em que o surgimento acontece na infância, durante a fase de aquisição e desenvolvimento da linguagem. Ela pode ser transitória, quando a criança se recupera naturalmente, ou persistente, quando se não tratada a criança gagueja durante anos. A gagueira afeta 5% das crianças, com uma média de prevalência de 1% na população, as disfluências frequentemente aparecem em um período compreendido entre dois e cinco anos. A sintomatologia da gagueira é caracterizada por excessiva repetição de sons e palavras monossilábicas, prolongamentos e bloqueios, rupturas estas chamadas de disfluências gagas, que são fundamentais para a realização do diagnóstico. É considerada um distúrbio multifatorial, ou seja, causada por diversos fatores, isso colabora para a possibilidade de diversas abordagens terapêuticas. Alguns dos fatores que contribuem para a gagueira são:
· Fatores estressantes físicos ou o histórico mórbido pré, peri e pós-natal, podem ser advindos de danos cerebrais precoces, traumas, doenças no nascimento ou no desenvolvimento.
· Os fatores genéticos, ocorrem em aproximadamente metade dos casos de gagueira desenvolvimental.
· Os fatores estressantes emocionais que podem ocorrer próximos ao surgimento das disfluências, também podem interagir com os outros fatores acima e colaborar para o surgimento do distúrbio.
· O gênero também influencia na prevalência da gagueira, pois o maior risco para o desenvolvimento deste distúrbio ocorre em meninos.
O objetivo da terapia fonoaudiológica, é promover a fluência ou reduzir a gagueira. A redução na quantidade de disfluências irá propiciar um maior fluxo de informação e uma fala mais rápida. O processo de intervenção também visa uma fala mais natural possível, que soe normal, tanto para o falante como para o ouvinte. Logo, o diagnóstico adequado e precoce, irá propiciar uma intervenção mais eficaz às crianças que gaguejam. Crianças antes dos seis anos de idade respondem melhor à terapia, prevenindo a evolução do distúrbio para um quadro mais crônico e com pior prognóstico. É importante que a intervenção na gagueira infantil envolva os familiares como figuras fundamentais que poderão facilitar a transferência da fluência e ajudarão a criança a lidar com as possíveis recaídas. Por este motivo, os familiares vêm sendo incluídos cada vez mais como parte do processo.
MÉTODO
Trata-se de uma revisão de literatura narrativa, na qual foi definido um tema, Gagueira do desenvolvimento e a contribuição fonoaudiológica, após a definição do tema, escolhemos os descritores através do DeSC - Descritores em Ciências da Saúde, sendo esses: Transtorno da fluência com início na infância; Fonoterapia; Fonoaudiologia; Gagueira; Fluência e Infância. Em seguida, realizamos a busca dos artigos na base de dados do portal de periódicos CAPES, onde foram utilizadas as palavras: gagueira; gagueira AND fonoterapia; gagueira AND infância; gagueira AND fonoaudiologia; gagueira do desenvolvimento. O critério de inclusão estabelecido foi a gagueira do desenvolvimento e o planejamento terapêutico fonoaudiológico, portanto os artigos relacionados a gagueira adquirida não foram selecionados. Por fim, foram escolhidos quatro artigos com até 10 anos de publicação. Numeramos eles de acordo com a ordem alfabética: Ensaio clínico de tratamento - em três modalidade - para crianças com distúrbios da fluência e gagueira (Artigo 1); Fatores de risco para gagueira em crianças disfluentes com recorrência familial (Artigo 2); Gagueira desenvolvimental persistente: Avaliação da fluência pré e pós-programa terapêutico (Artigo 3). Habilidades fonológicas em crianças com gagueira (Artigo 4). Cada artigo foi analisado individualmente com enfoque nas características da gagueira desenvolvimental e como a terapia fonoaudiológica pode contribuir para amenização precoce do problema, a fim de transformar em uma fala mais fluente e evitar alguns problemas sociais e emocionais na vida do indivíduo. 
RESULTADOS
O Artigo 1, consiste em um ensaio clínico de tratamento que verifica se os tratamentos testados para gagueira crônica do desenvolvimento. Todos os programas terapêuticos apresentaram melhora pós-tratamento. Foram eficientes para ampla maioria dos participantes.
O Artigo 2, busca caracterizar a tipologia das disfluências e os fatores de risco para gagueira com recorrência familial. Com isso pode-se concluir que crianças com um período maior de 12 meses de duração com disfluências apresentam algum fator estressante emocional, essas são as que apresentam maior risco para o desenvolvimento da gagueira persistente.
O Artigo 3, compara a fluência de crianças com gagueira em situação pré e pos-aplicação do programa de intervenção fonoaudiológica. Apresentou melhora relevante no perfil da fluência após o programa terapêutico, houve redução nas rupturas, e aumento no fluxo de fala.
O Artigo 4, estuda o desenvolvimento fonológico em crianças gagas e não gagas, houve indícios de que o grupo de crianças gagas tenha a presença de pelo menos um processo fonológico.
Por se tratar de uma gagueira desenvolvimental, ou seja, que o surgimento acontece na infância, nos artigos selecionados a realização das pesquisas foram em crianças que possuem entre 2 e 12 anos. 
Em todas as literaturas foi usado como critério inclusão da pesquisa, que nenhuma das crianças apresentasse doenças neurológicas, e todas foram submetidas a uma avaliação audiológica, pois caso apresentassem uma perda condutiva ou sensorioneural não poderiam fazer parte da pesquisa.
Através do estudo foi comprovado que a prevalência da gagueira é mais comum no gênero masculino. No artigo 1 houve a participação de 66 crianças do gênero masculino e 27 do gênero feminino. No artigo 2, 48 sendo masculino e 17 feminino. No artigo 3, participou da pesquisa09 crianças do gênero masculino e apenas uma do gênero feminino. E por fim no artigo 4, fizeram parte do estudo 09 crianças do gênero masculino e 04 do gênero feminino. Totalizando na revisão de literatura, a participação de aproximadamente 73% de crianças com gênero masculino e 27% com gênero feminino.
A abordagem terapêutica apresenta-se com sucesso nos casos abordados pela pesquisa. É utilizada para recuperação espontânea, embora haja risco que as rupturas de fala se tornem permanentes, o foco é sempre a melhor qualidade de comunicação da criança. O estudo demonstra resultados bons e seguros, após o programa terapêutico observou-se uma melhora relevante no perfil da fluência, na descontinuidade de fala, disfluências gagas, fluxo de sílabas por minuto e na gravidade da gagueira. Os achados indicaram que houve uma melhora em todas as medidas apresentada acima, confirmando a eficácia terapêutica e a contribuição fonoaudiológica para amenização do impacto da gagueira na vida de uma criança.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os estudos analisados mostram a influência da gagueira no comportamento social e na autoestima das crianças, sendo que algumas vezes essa gagueira pode fazer com que a vida de uma criança seja extremamente desgastante, mas pode-se perceber que é possível a interrupção precoce do problema através da terapia fonoaudiológica, para que a fluência retorne o mais rápido possível. A intervenção fonoaudiológica mostrou-se segura e eficaz, a fim de que as vivencias da criança sejam amenizadas. 
Em relação a qualidade baseada, a pesquisa foi controlada, o que significa que os autores da pesquisa buscaram elaborar um trabalho contínuo através do envolvimento de outras pessoas. A revisão de literatura não apresentou falhas crônicas que possibilitassem o contágio do estudo para outros artigos semelhantes.
REFERÊNCIAS
1. ÁVILA, N. DOS S. F. DE et al. Ensaio clínico de tratamento – em três modalidades – para crianças com distúrbios da fluência e gagueira. CoDAS, v. 34, n. 2, 2022.
2. OLIVEIRA, CRISTIANE MOÇO CANHETTI DE; CUNHA, D.; ANA, S. Fatores de risco para gagueira em crianças disfluentes com recorrência familial. Audiology - Communication Research, v. 18, p. 43–49, mar. 2013.
3. OLIVEIRA, Cristiane; PEREIRA, Larissa. GAGUEIRA DESENVOLVIMENTAL PERSISTENTE: AVALIAÇÃO DA FLUÊNCIA PRÉ E PÓS-PROGRAMA TERAPÊUTICO. CEFAC. São Paulo, 2021. 11 p. (REV; CEFAC, 2014)
4. ‌ROSSI, R. et al. Habilidades fonológicas em crianças com gagueira. Revista CEFAC, v. 16, n. 1, p. 167–173, mar. 2014.
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