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Atividade Avaliativa I Cirurgia e Obstetrícia de Grandes

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Universidade Estadual de Santa Cruz
Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais
Curso: Medicina Veterinária
Disciplina: Cirurgia e Obstetrícia de Grandes Animais
Data: 02/02/2023
Discente: ANA LUÍSA SILVA COSTA
ATIVIDADE AVALIATIVA I
1. Sobre as alternativas terapêuticas do ferimento cutâneo, o que é necessário para se proceder um fechamento secundário (também chamado de terceira intenção)?
Fechamento por terceira intenção: designa a aproximação das margens da ferida (pele e subcutâneo) após o tratamento aberto inicial. Isto ocorre principalmente quando há presença de infecção na ferida, que deve ser tratada primeiramente, para então ser suturada posteriormente. (TAZIMA et al., 2008) Ou seja, para se proceder esta abordagem é necessária uma avaliação do tipo de lesão, profundidade e se mesma é contaminada não, pois for contaminada e/ou profunda é necessário um tratamento prévio para que posteriormente haja a sutura dessa lesão.
2. Vaca Girolando, 450kg, apresenta relutância ao movimento e disfagia. Na auscultação, percebeu-se movimentação ruminal discreta. Os parâmetros hematológicos encontram-se normais, porém a concentração de fibrinogênio está elevada. Sob o ponto de vista cirúrgico, qual seria a melhor conduta terapêutica e como fazê-la.
O mais indicado é uma laparotomia exploratória juntamente com uma rumenotomia, caso haja necessidade. O procedimento consiste em uma incisão paralombar esquerda com o animal em estação. Após abrir e fazer a exploração sistemática da cavidade peritoneal, é necessário ancorar o rúmen à incisão para evitar contaminação da musculatura abdominal e do peritônio durante o procedimento de rumenotomia. (SOARES et al., 2017)
De modo ideal, para que seja realizada a incisão do rúmen com menores chances de contaminação, se indica que o órgão seja suturado à pele antes da rumenotomia. Outras técnicas alternativas para isolar o rúmen podem ser utilizadas, como utilização de suturas fixas, um protetor de borracha para rumenotomia, um anel de fixação ou uma prancha de rumenotomia, sendo estas alternativas mais rápidas que suturar o rúmen. O rúmen é incisado e o cirurgião deve utilizar luvas longas para proceder a exploração e retirada de conteúdo. O interior do rúmen e retículo devem ser explorados e se houver presença de corpo estranho, o mesmo deve ser retirado. Para proceder o fechamento do rúmen e da cavidade abdominal as luvas do cirurgião são trocadas. A incisão do rúmen é fechada através de suturas contínuas invertidas com categute nº2 ou nº 3, sendo neste caso utilizado categute nº2 em uma única linha de sutura. Normalmente uma única camada de sutura é suficiente, porém uma linha dupla pode ser necessária quando o rúmen se apresenta muito distendido. Para fechamento da musculatura foi utilizado categute nº2 em padrão simples contínuo em duas camadas, inicialmente o peritônio e os músculos abdominais transversos são fechados juntos, em seguida são fechados os músculos oblíquos abdominais interno e externo, sendo esta sutura ancorada ao músculo transverso para obliterar o espaço morto. Por último foi realizado o fechamento do subcutâneo e pele com nylon padrão simples interrompido. (SOARES et al., 2017)
3. Cavalo, 8 anos, com distensão abdominal e sinais de cólica. Tratamento conservativo há 48h, sem sucesso. No exame retal, não foi identificado conteúdo fecal, porém percebe-se uma intumescência importante na região pélvica esquerda. Qual possível diagnóstico, e como seria a abordagem cirúrgica nesse caso?
O provável diagnóstico é compactação na flexura pélvica, contudo deve-se realizar uma USG para descartar hérnia inguinoescrotal. A abordagem cirúrgica nesse caso deve proceder da seguinte forma: A incisão é realizada com cerca de 12 cm a 15 cm de comprimento. A enterotomia deve realizar-se proximal à impactação e a colocação de uma mangueira (de preferência com água morna) no lúmen intestinal, permite desfazer a massa. Posteriormente move-se a mangueira mais profundamente no lúmen intestinal e simultaneamente massaja-se o intestino que se encontra mais profundamente no abdómen, em direção à região da enterotomia. Para resolução de impactação no cólon menor, a incisão é realizada através da banda longitudinal antimesentérica, que quando comparada com a incisão realizada através das saculações, é de execução mais rápida e fácil, causa menos hemorragia e inflamação, mantêm o diâmetro do lúmen intestinal mais largo. Para encerramento da zona da enterotomia, várias técnicas estão descritas e a técnica utilizada dependerá da preferência do cirurgião. Enterorrafia com uma sutura de Lembert seguida de uma sutura de Cushing, utilizando fio 2-0 de polidioxanona é o método mais utilizado. Este método expõe menos material de sutura à cavidade abdominal, reduzindo o risco de adesões. A segunda sutura pode alternativamente ser executada com fio 3-0. Alguns cirurgiões por sua vez preferem começar pelo encerramento apenas da mucosa isolada. A sutura de Lembert é realizada com os pontos penetrando acerca de 1 mm a 2 mm do bordo da incisão, com cerca de 8 mm de largura e 10 mm de distância. Há que ter atenção com a sutura de Cushing, para que fique próxima da sutura de Lembert levando a inversão do tecido e estenose intestinal mínimas. O local da enterotomia é lavado com solução fisiológica estéril, antes, durante e após o seu fechamento. (MORA, 2009).
REFERENCIAS
TAZIMA, Maria de Fátima, G. S. et al. Biologia da ferida e cicatrização. Biblioteca Escolar em Revista, v. 41, n. 3, p. 259-264, 2008.
SOARES, Carolina Carneiro et al. RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA: Área de Cínica e Cirurgia de Bovinocultura de Leite. 2017.
MORA, Sara Cristina Farrajota. Resolução cirúrgica de cólicas em equinos: critérios, desenvolvimento e pós-operatório. 2009. Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade Técnica de Lisboa. Faculdade de Medicina Veterinária.