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Aula HEMATOLOGIA CLINICA I

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Profa. Dra. Maristela Tsujita
UNIDADE I
Hematologia Clínica
 Células do sangue: morfologia, funções e local de produção.
Objetivos
É um tipo especial de tecido conjuntivo:
 plasma;
 células sanguíneas.
Sangue 
Figura – Composição do sangue. Fonte: adaptado de: 
https://conteudoonline.objetivo.br/imagens/aula_14901/02.png
Os leucócitos (glóbulos
brancos) são responsáveis
pela defesa do organismo.
As hemácias (eritrócitos
ou glóbulos vermelhos)
transportam oxigênio.
As plaquetas
agem na
coagulação.
Sangue
HemáciasLeucócitos
Plaquetas Parte
sólida
93%
de água
Plasma
parte líquida
55% do
volume
total45%
 Medula óssea.
 Hematopoiese: processo dinâmico
e hierárquico, no qual as
células-tronco (CTH) se autorrenovam
e/ou se diferenciam em células
do sistema sanguíneo.
Local de produção
Célula-tronco
hematopoiética
Linfoblasto B Linfoblasto T Monoblasto Mieloblasto Megacarioblasto Proeritroblasto
Megacariócito Eritroblasto
HemáciaLinfócito B Linfócito T Monócito Eosinófilo BasófiloNeutrófilo Plaqueta
Plasmócito Macrófago
Hematopoese. 
Fonte: adaptado de: 
https://labtestsonline
.org/sites/aacc-
lto.us/files/styles/me
dia_modal_large/pub
lic/stem%20blood%2
0cell%20NHGRI-
85194.jpg?itok=OHu
GUhLB
 São células anucleadas em formato de disco bicôncavo com halo central mais claro.
 Uma vez na circulação, o tempo de vida da hemácia é em média de 120 dias.
 Transporte de gases.
Hemácias
Hemácia humana cortada ao meio. 
Fonte: 
https://conteudoonline.objetivo.br/imagens/cont
eudo_2071/A_26_1.gif
Hemácias em extensão sanguínea. 
Fonte: autoria própria.
 Realizam defesa celular: contra vírus, bactérias, fungos, parasitas, células neoplásicas.
 Mononucleares ou polimorfonucleares.
 Agranulócitos e granulócitos.
Leucócitos
Linfócito Monócito
Leucócitos mononucleados
Leucócitos polimorfonucleados
Neutrófilo
Eosinófilo
ou acidófilo
Basófilo
Figura – Leucócitos. Fonte: adaptado de: 
https://conteudoonline.objetivo.br/imagens/aula_17606/02.png
 Bastonetes (1 a 5%) e segmentados (60 a 65%).
 Bastonetes: núcleo sem lóbulos, formando um segmento único.
 Segmentados: 2 a 5 lóbulos, ligados entre si por uma fina cromatina.
 A vida média dos neutrófilos é de cerca de 7 horas na circulação. 
 Defesa contra bactérias e certos fungos por meio da fagocitose.
Neutrófilos
Figura – Neutrófilos: bastonete e segmentado. 
Fonte: autoria própria.
 Representam 2 a 4% dos leucócitos.
 O núcleo é bilobulado e as granulações acidófilas ao serem coradas pela eosina. 
 Grânulos: enzimas hidrolíticas que participam da destruição de parasitas. 
 Defesa no combate a agentes parasitários.
 Apresentam receptores para citocinas: IL-5, uma interleucina produzida por linfócitos Th2 e 
relacionada com a produção de IgE, por isso, a eosinofilia é observada também nos 
processos alérgicos.
Eosinófilos
Figura – Eosinófilo. Fonte: autoria própria.
 Raramente são encontrados no sangue (< de 1%).
 O núcleo apresenta um formato sinuoso.
 Granulações ricas em heparina e histamina cobrem todo o citoplasma e o núcleo que tem cor 
violeta-escuro.
 Apresentam receptores para IgE, que participam da ativação celular em casos de alergia.
Basófilos
Figura – Basófilo. Fonte: autoria própria.
 Representam cerca de 4 a 8% dos leucócitos circulantes.
 São células de tamanho grande, o núcleo apresenta cromatina fina, rendilhada
e é pleomórfico.
 Vacúolos no citoplasma basofílico.
 Finas granulações inespecíficas (lisossomos).
 Nas infecções/inflamações, os monócitos são recrutados para o tecido lesionado e se 
diferenciam em macrófagos.
Monócitos
Figura – Monócito. Fonte: autoria própria.
 Os linfócitos correspondem entre 20 e 30% dos leucócitos circulantes.
 Podem ser de 3 tipos: linfócitos B, T e NK (natural killer).
 São morfologicamente indistinguíveis. 
 Apresentam tamanhos variados, mas, de forma geral, são células esféricas de contorno 
regular e o núcleo ocupa quase toda área do citoplasma. A cromatina é extremamente 
condensada, com ausência de nucléolos e basofilia acentuada (roxo intenso). 
 B: produtoras de anticorpos.
 T: CD4 ou CD8.
 NK: vírus e tumores.
Linfócitos
Figura – Linfócito. Fonte: autoria própria.
 Apresentam formato discoide e circulam durante 7 a 10 dias na corrente sanguínea, sendo 
então removidas pelos macrófagos. 
 O número de plaquetas circulantes é de 150.000 a 450.000/mm3. 
 Corpúsculo cor púrpura que devem estar homogeneamente distribuídos pelo esfregaço.
Plaquetas
Figura – Plaquetas. Fonte: 
https://conteudoonline.objetivo.br/imagens
/conteudo_8391/03.jpg
Figura – Plaquetas. Fonte: autoria própria.
 A membrana plaquetária é formada por dupla camada de fosfolipídios em que estão 
incorporados: colesterol, glicolipídios e glicoproteínas.
 No citoplasma há: mitocôndrias e grânulos. 
 Participam da formação do coágulo no processo de hemostasia, estando também envolvidas
na vasoconstricção, no reparo tecidual, entre outros.
Plaquetas
Zona
periférica Grânulo
denso
Membranas
Externa e
Trilaminar
Sistema
Tubular
Denso
Área
submembranar
contendo
filamentos
especializados
Zona
Sol-Gel
Mitocôndria
Grânulo
alfa
Glicogênio Zona de
organelas
Sistema
Canalicular
Aberto
Figura – Componentes e 
organização plaquetária. 
Fonte: adaptado de: 
https://www.scielo.br/j/jbpml/
a/gkRFTcXD7TYxCJYtXjLvs
sy/?lang=pt&format=pdf
Sobre a morfologia e a função dos leucócitos circulantes no sangue periférico, assinale a 
alternativa correta:
a) Os neutrófilos são as células mais numerosas encontradas no sangue periférico e são 
consideradas granulócitos.
b) Os linfócitos B, T e NK podem ser distinguidos morfologicamente.
c) Os eosinófilos apresentam vacúolos no citoplasma que realizam a morte dos parasitas por 
meio da fagocitose.
d) Os basófilos apresentam grânulos alaranjados que têm alta afinidade pela eosina.
e) Os monócitos são produtores de imunoglobulinas.
Interatividade
Sobre a morfologia e a função dos leucócitos circulantes no sangue periférico, assinale a 
alternativa correta:
a) Os neutrófilos são as células mais numerosas encontradas no sangue periférico e são 
consideradas granulócitos.
b) Os linfócitos B, T e NK podem ser distinguidos morfologicamente.
c) Os eosinófilos apresentam vacúolos no citoplasma que realizam a morte dos parasitas por 
meio da fagocitose.
d) Os basófilos apresentam grânulos alaranjados que têm alta afinidade pela eosina.
e) Os monócitos são produtores de imunoglobulinas.
Resposta
 Hemograma: linhagens e parâmetros avaliados.
Objetivos
 É o exame mais solicitado
nas análises clínicas.
 Constituído por eritrograma,
leucograma e plaquetograma.
 Fornece informações quantitativas
e qualitativas. 
 Considerar idade e gênero
do paciente.
Hemograma
SÉRIE VERMELHA
RESULTADO
VALOR REFERÊNCIA
Masc: acima de 16 anos
ERITRÓCITOS 6,57 milhões/mm3
13,1 g/dL
41,8%
19,9 pg
63,5 fL
31,3 g/dL
18,1%
4,30 a 5,70
HEMOGLOBINA 13,5 a 15,5
HEMATÓCRITO 39,0 a 50,0
HCM 26,0 a 34,0
VCM 81 a 95
CHCM 31 a 36
RDW 11,8 a 15,6
CARACTERES MORFOLÓGICOS:
Microcitose moderada; poiquilocitose discreta
SÉRIE BRANCA
RESULTADO
VALOR REFERÊNCIA
(Masc. acima de 16 anos)
%mm3
% /mm3
LEUCÓCITOS 8.120 3.500 a 10.500
Neutrófilos 51,1 4.150 1.700 a 7.000
Eosinófilos 1,2 100 50 a 500
Basófilos 0,6 50 0 a 300
Linfócitos 37,9 3.080 900 a 2.900
Monócitos 9,2 750 300 a 900
CARACTERES MORFOLÓGICOS:
Granulações tóxicas pouco abundantes em alguns neutrófilos; não foram observadas
atipias linfocitárias
PLAQUETAS
RESULTADO
VALOR REFERÊNCIA
(Masc. acima de 16 anos)
%mm3
TOTAL DE PLAQUETAS 300.000/mm3 150.000 a 450.000/mm3
VPM 10,6 9,2 a 12,6 fL
Exemplo de 
hemograma. 
Hemoglobina 
corpuscular média 
(HCM), volume 
corpuscular médio 
(VCM), 
concentração de 
hemoglobina 
corpuscular média 
(CHCM), volume 
plaquetário médio 
(VPM).
Fonte: autoria 
própria.
 Sangue coletadoem EDTA.
 Manual ou automatizado.
 Manual: câmara de Neubauer, diluentes, microscópio, centrífuga de micro-hematócrito
e espectrofotômetro.
 Automatizado: equipamentos.
Hemograma
Figura – Sistema de Hematologia ADVIA® 
2120i. 
Fonte: 
https://centerlabsp.com.br/images/equipame
ntos/siemens/sistema-analise-hematologica-
advia-2120i-autoslide-siemens-2.png
Figura – Câmera de Neubauer. 
Fonte: https://kasvi.com.br/wp-
content/uploads/2016/06/camara-768x531.jpg
 Número de hemácias.
 Hemoglobina.
 Hematócrito: é o percentual de hemácias que ocupam um determinado volume de sangue. 
 Índices hematimétricos: HCM, VCM e CHCM.
SÉRIE VERMELHA
RESULTADO
VALOR 
REFERÊNCIA
Masculino adulto
ERITRÓCITOS 6,57 milhões/mm3
13,1 g/dL
41,8%
19,9 pg
63,5 fL
31,3 g/dL
18,1%
4,30 a 5,70
HEMOGLOBINA 13,5 a 15,5
HEMATÓCRITO 39,0 a 50,0
HCM 26,0 a 34,0
VCM 81 a 95
CHCM 31 a 36
RDW 11,8 a 15,6
CARACTERES MORFOLÓGICOS:
Microcitose moderada; poiquilocitose discreta
Exemplo de hemograma. Hemoglobina corpuscular 
média (HCM), volume corpuscular médio (VCM), 
concentração de hemoglobina corpuscular média 
(CHCM), volume plaquetário médio (VPM).
Fonte: autoria própria.
 HCM é a média do conteúdo (peso) de 
hemoglobina de uma população de hemácias. 
 VCM corresponde à média dos volumes de 
uma população de hemácias.
 CHCM é a média da concentração de 
hemoglobina.
Índices hematimétricos
Figura – Fórmulas dos índices hematimétricos. Hemoglobina Corpuscular 
Média (HCM), Volume Corpuscular Médio (VCM) e Concentração de 
Hemoglobina Corpuscular Média (CHCM). Fonte: autoria própria.
HCM = x 10
VCM = x 10
CHCM = x 100
Hb 
He
Ht 
He
Hb 
Ht
 Paciente apresenta 4,8 x 106 hemácias/mm3, hemoglobina igual a 14 g/dL e hematócrito
de 42%. 
 HCM = Hb/He x 10, obtemos HCM = 14/4,8 x 10. HCM = 29 pg.
 VCM = Ht/He x 10, obtemos VCM = 42/4,8 x 10. VCM = 88 fL
 CHCM = Hb/Ht x 100, obtemos CHCM = 14/42 X 100. CHCM = 33 pg/dL ou %.
Cálculo dos índices hematimétricos
SÉRIE VERMELHA
RESULTADO
VALOR 
REFERÊNCIA
Masculino adulto
ERITRÓCITOS
6,57 milhões/mm3
13,1 g/dL
41,8%
19,9 pg
63,5 fL
31,3 g/dL
18,1%
4,30 a 5,70
HEMOGLOBINA 13,5 a 15,5
HEMATÓCRITO 39,0 a 50,0
HCM 26,0 a 34,0
VCM 81 a 95
CHCM 31 a 36
RDW 11,8 a 15,6
Exemplo de hemograma. Hemoglobina corpuscular 
média (HCM), volume corpuscular médio (VCM), 
concentração de hemoglobina corpuscular média 
(CHCM), volume plaquetário médio (VPM).
Fonte: autoria própria.
 VCM diminuído nas hemácias microcíticas, normal nas hemácias normocíticas e elevado nas 
hemácias macrocíticas.
VCM
Figura – Hemácias microcíticas, normocíticas e macrocíticas. Volume 
corpuscular médio (VCM). Fonte: autoria própria.
Microcítica
VCM < 80 fL
Normocítica
80 < VCM > 100 fL
Macrocítica
VCM > 100 fL
 CHCM avalia a cor dos eritrócitos e corresponde à média das concentrações internas de 
hemoglobina em uma população de eritrócitos.
 Hemácias hipocrômicas possuem baixa concentração de hemoglobina, já hemácias como 
esferócitos e drepanócitos são superconcentradas de hemoglobina (hipercrômicos), ou seja, 
apresentam CHCM elevado.
CHCM
 O peso (conteúdo) de hemoglobina em uma hemácia depende do seu volume e da 
concentração de hemoglobina.
 Assim, ocorre aumento de HCM nos casos de macrocitose com CHCM normal (anemia 
macrocítica e normocrômica) ou simplesmente macrocíticas.
 É errado denominar anemia macrocítica e hipercrômica, apenas por apresentarem HCM 
aumentado (células maiores e mais pesadas), pois são células com concentrações normais 
de hemoglobina (CHCM normal) e, portanto, normocoradas.
HCM
 É a amplitude de distribuição dos eritrócitos (RDW) (red distribution widht).
 Não pode ser calculado.
 É fornecido pelo equipamento.
 Valores elevados de RDW indicam a presença de população eritrocitária heterogênea,
ou seja, formada por células de diferentes tamanhos.
RDW
 Análise realizada por microscopia: (+) presença discreta, (++) presença moderada, (+++) 
presença intensa. 
 Anisocitose: alterações de cor (hipocrômicas ou normocrômicas).
 Anisocromia: alterações de tamanho (microcitose ou macrocitose).
 Poiquilocitose: alterações de formato.
Alterações qualitativas
SÉRIE VERMELHA
RESULTADO
VALOR REFERÊNCIA
Masc: acima de 16 anos
ERITRÓCITOS 6,57 milhões/mm3
13,1 g/dL
41,8%
19,9 pg
63,5 fL
31,3 g/dL
18,1%
4,30 a 5,70
HEMOGLOBINA 13,5 a 15,5
HEMATÓCRITO 39,0 a 50,0
HCM 26,0 a 34,0
VCM 81 a 95
CHCM 31 a 36
RDW 11,8 a 15,6
CARACTERES MORFOLÓGICOS:
Microcitose moderada; poiquilocitose discreta
Figura – Exemplo de hemograma. 
Fonte: autoria própria.
 Contagem global (total)/mm3.
 Contagem diferencial: relativa (%) e absoluta (/mm3).
 Avaliação qualitativa.
Leucócitos
SÉRIE BRANCA
RESULTADO
VALOR REFERÊNCIA
(Masculino adulto)
%mm3
% /mm3
LEUCÓCITOS 8.120 3.500 a 10.500
Neutrófilos 51,1 4.150 1.700 a 7.000
Eosinófilos 1,2 100 50 a 500
Basófilos 0,6 50 0 a 300
Linfócitos 37,9 3.080 900 a 2.900
Monócitos 9,2 750 300 a 900
CARACTERES MORFOLÓGICOS:
Granulações tóxicas pouco abundantes em alguns neutrófilos; não foram 
observadas atipias linfocitárias
Figura – Exemplo de hemograma. 
Fonte: autoria própria.
 Importante para o diagnóstico das plaquetopenias, monitoramento da quimioterapia
e cirurgias. 
 Volume Plaquetário Médio (VPM): indica presença de plaquetas com volume aumentado.
As plaquetas maiores apresentam maior facilidade de agregação plaquetária e formação de 
trombo, ou seja, favorecem os processos trombóticos.
Plaquetas
PLAQUETAS
RESULTADO
VALOR REFERÊNCIA
(Masculino adulto)
%mm3
TOTAL DE
PLAQUETAS
300.000/mm3 150.000 a 450.000/mm3
VPM 10,6 9,2 a 12,6 fL
Figura – Exemplo de hemograma. 
Fonte: autoria própria.
Trombocitose
Plaquetose
Trombocitopenia
Plaquetopenia
150.000 – 450.000/mm3
 Plaqueta normal: 1,5 a 3 µm de diâmetro.
 Macroplaquetas: 3 e 7 µm.
 Plaquetas gigantes: 10 a 20 µm.
Plaquetas
Figura – Macroplaqueta (ponta da seta). Fonte: autoria própria.
Em relação à execução e à interpretação do hemograma, assinale a alternativa correta:
a) O hematócrito representa a proporção de plasma em relação ao número de células totais.
b) A contagem diferencial leucocitária pode ser realizada em câmara de Neubauer.
c) Os índices hematimétricos fornecem subsídio para diagnóstico das principais
causas de anemia.
d) Não há necessidade de reportar no laudo do hemograma a presença de
alterações plaquetárias.
e) A partir dos valores dos índices hematimétricos calcula-se o RDW.
Interatividade
Em relação à execução e à interpretação do hemograma, assinale a alternativa correta:
a) O hematócrito representa a proporção de plasma em relação ao número de células totais.
b) A contagem diferencial leucocitária pode ser realizada em câmara de Neubauer.
c) Os índices hematimétricos fornecem subsídio para diagnóstico das principais
causas de anemia.
d) Não há necessidade de reportar no laudo do hemograma a presença de
alterações plaquetárias.
e) A partir dos valores dos índices hematimétricos calcula-se o RDW.
Resposta
 Anemias: definição e classificações.
Objetivos
 Anemia é uma condição em que se detecta diminuição de hemoglobina abaixo dos valores 
de referência, considerando-se gênero, idade, altitude e condição fisiológica (por exemplo, 
na gestação) (WHO, 1994).
Anemia
Diagnóstico de anemia Hemoglobina
Homens adultos < 13 g/dL
Mulheres adultas < 12 g/dL
Gestantes e crianças < 11 g/dL
Quadro – Valores de hemoglobina para diagnóstico de anemia. Fonte: adaptado de WHO. 
Haemoglobin concentrations for the diagnosis of anaemia and assessment of severity. Vitamin and 
Mineral Nutrition Information System. Geneva, World Health Organization, 2011 
(WHO/NMH/NHD/MNM/11.1) (http://www.who.int/vmnis/indicators/haemoglobin. pdf. Acesso em: 27 
mar. 2021.
 A anemia ainda é um dos principais problemas de saúde pública no mundo e afetaprincipalmente as crianças e as gestantes.
 Em 2020, de acordo com a OMS, 42% das crianças menores que 5 anos e 40% das 
gestantes ao redor do globo são anêmicas, sendo a anemia por deficiência de ferro a mais 
prevalente no mundo.
 Em países em desenvolvimento observam-se indivíduos obesos que apresentam 
desnutrição.
Epidemiologia das anemias
 Quanto menor o valor da hemoglobina, mais graves são os sintomas.
 Fraqueza, mal-estar e cansaço.
 Palidez: mucosas da boca, conjuntivas e leito ungueal.
 Palpitação (especialmente aos esforços), dispneia, tontura e fadiga.
 Esplenomegalia e icterícia.
 Perversão do apetite, úlceras nas pernas,
problemas neurológicos.
Sintomas
Quanto ao tempo de instalação:
 Aguda.
 Crônica.
Classificação das anemias
Quanto ao mecanismo fisiopatológico:
 Eritropoiese ineficaz.
 Perda de sangue.
 Hemólise excessiva.
Classificação das anemias
Figura – Esquema medula óssea e sangue periférico.
Fonte: autoria própria.
Medula óssea 
Sangue periférico
Nutrientes Ambiente sadio
Hormônios
Aumento da destruição
Aumento da destruição
Anemias por deficiência de nutrientes:
 Deficiência de ferro.
 Deficiência de B12 e/ou de ácido fólico.
Anemias hipoproliferativas com comprometimento da medula óssea:
 Leucemias, linfomas e mieloma.
 Aplasia de medula óssea.
 Infecções que comprometem a medula óssea.
 Mielodisplasia.
Mecanismos fisiopatológicos das anemias
Anemias por doenças que comprometem a proliferação e a maturação das hemácias:
 Insuficiência renal.
 Anemia de doença crônica.
Anemias causadas por mutações que diminuem a produção e o tempo de vida
das hemácias:
 Anemia falciforme, talassemias, defeitos de membrana: esferocitose e eliptocitose.
 Deficiência de enzimas: glicose-6-fosfato-desidrogenase (G6PD) e piruvato quinase (PK).
Mecanismos fisiopatológicos das anemias
Anemias causadas pela redução do tempo de vida das hemácias na circulação:
 Sem participação de sistema imune.
 Com participação de sistema imune.
Mecanismos fisiopatológicos das anemias
 Quanto à classificação laboratorial. 
 Nos casos de aumento de HCM (macrocitose) com CHCM normal: anemia macrocítica e 
normocrômica ou simplesmente macrocíticas. 
 É errado denominar anemia macrocítica e hipercrômica apenas por apresentarem HCM 
aumentado (células maiores e mais pesadas), pois são células com concentrações normais 
de hemoglobina (CHCM normal) e, portanto, normocoradas.
Classificação das anemias
Microcítica/
hipocrômica
Normocítica/
normocrômica
Macrocítica
Hemácias ↓ ou N ↓ ↓
Hemoglobina ↓ ↓ ↓
Hematócrito ↓ ↓ ↓
VCM ↓ N ↑
HCM ↓ N N
CHCM ↓ ou N N N
RDW ↑ ↑ ↑
Quadro – Classificação laboratorial 
das anemias. Fonte: autoria própria.
 Importante avaliar o RDW.
A alteração indica a presença 
de alterações morfológicas, 
características das anemias.
Alterações morfológicas em hemácias
Figura – Alterações em hemácias. 
Fonte: autoria própria.
Normal Macrócito
Micrócito Em alvo
Eliptócito Hemácia
“mordida”
Dacriócito Equinócito
(crenada)
Estomatócito
Drepanócito
(falciforme)
Esquizócito Acantócito
Sobre os mecanismos fisiopatológicos que causam as anemias, assinale a alternativa correta:
a) A anemia por perda de sangue crônica pode ocorrer em decorrência de úlceras no 
estômago ou no intestino delgado ou ainda fluxo menstrual abundante.
b) A anemia se desenvolve minutos após a perda aguda de sangue.
c) A deficiência de vitamina B12 provoca anemia de doença crônica.
d) A deficiência de ferro provoca destruição aumentada das hemácias circulantes.
e) A anemia hemolítica autoimune é do tipo hipoproliferativa.
Interatividade
Sobre os mecanismos fisiopatológicos que causam as anemias, assinale a alternativa correta:
a) A anemia por perda de sangue crônica pode ocorrer em decorrência de úlceras no 
estômago ou no intestino delgado ou ainda fluxo menstrual abundante.
b) A anemia se desenvolve minutos após a perda aguda de sangue.
c) A deficiência de vitamina B12 provoca anemia de doença crônica.
d) A deficiência de ferro provoca destruição aumentada das hemácias circulantes.
e) A anemia hemolítica autoimune é do tipo hipoproliferativa.
Resposta
 Anemias: microcíticas-hipocrômicas, macrocíticas e normocíticas-normocrômicas.
Objetivos
Anemias microcíticas – hipocrômicas 
Microcítica/
hipocrômica
Normocítica/
normocrômica
Macrocítica
Hemácias ↓ ou N ↓ ↓
Hemoglobina ↓ ↓ ↓
Hematócrito ↓ ↓ ↓
VCM ↓ N ↑
HCM ↓ N N
CHCM ↓ ou N N N
RDW ↑ ↑ ↑
Quadro – Classificação laboratorial das anemias. Fonte: autoria própria.
Figura – Hemácia microcítica e 
hipocrômica (ponta da seta). 
Fonte: autoria própria.
Quais exames complementares devem ser solicitados?
Anemias microcíticas – hipocrômicas 
Figura – Investigação das anemias 
microcíticas. Fonte: autoria própria.
VCM < 80 fL
Anemia microcítica
Perfil férrico
Ferro sérico normal ou elevado
Ferritina normal ou elevada
TIBC normal ou diminuída
Ferro sérico diminuído
Ferritina diminuída
TIBC elevada
Anemia
de doenças
crônicas
Anemia
ferropriva
Ferro sérico normal
Ferritina normal
Eletroforese de Hb alterada
Hemoglobinopatias
 Carência alimentar de ferro: crianças, gestantes e idosos.
 Presença de parasitas: exame parasitológico das fezes.
Sangramentos: menstruação abundante, hemorragia digestiva. Medicamentos?
 Má-absorção: histórico de cirurgia gástrica, síndrome de má-absorção ou ressecção do 
intestino delgado.
Principais causas de anemia ferropriva
 Ferro sérico ↓
 Ferritina N ou ↑
 TIBC ↓
 Sugerem a presença de processo inflamatório crônico, doença autoimune (principalmente 
artrite reumatoide), neoplasias, lesões provocadas por traumas ou cirurgia de grande porte 
ou reações autoimunes.
 No início do quadro, as hemácias são normocíticas, mas, com 
o tempo, tornam-se microcíticas.
Anemia de doenças crônicas
 O mecanismo que desencadeou a anemia é o sequestro de ferro pelas
células reticuloendoteliais. 
 O ferro fica indisponível para a síntese de hemoglobina. 
 Aumento da produção de citocinas derivadas de macrófagos que contribuem para a redução 
da produção de eritropoietina (EPO) e induzem a síntese hepática de hepcidina.
Anemia de doenças crônicas
Baixa hepcidina Alta hepcidina
Captura de ferro Captura de ferro
Células exportadoras
de ferro (enterócitos,
duodenal, macrófagos,
hepatócitos)
Ferro Ferro
ferritina
Fpn
Fpn
hepcidina
Figura – Mecanismo de 
regulação celular do ferro pela 
hepcidina. Fonte: adaptado de: 
LEMOS, A. dos R. et al. A 
hepcidina como parâmetro 
bioquímico na avaliação da 
anemia por deficiência de ferro. 
Revista da Associação Médica 
Brasileira, v. 56, n. 5, p. 596-
599, 2010.
 Hipoproliferativas: associadas aos distúrbios 
que diminuem a produção de hemácias. 
 Hiperproliferativas: incluem a anemia 
hemolítica microangiopática, anemia 
hemolítica autoimune ou causadas por 
medicamentos (anti-inflamatórios não 
esteroidais, penicilina, metildopa, levodopa, 
cefalosporinas, clopidogrel, ciclosporina e 
pílulas contraceptivas), infecções, reações 
transfusionais ou queimaduras.
Anemias normocíticas-normocrômicas
Figura – Investigação das anemias normocíticas. Fonte: autoria própria.
VCM 80 – 100 fL
Anemia normocítica
Reticulócitos
ElevadoNormal
Anemia hemolítica
Hemorragia
Leucemias
Anemia aplásica
Anemia pura da série vermelha
 Anemias macrocíticas: megaloblásticas
e não megaloblásticas.
Anemias macrocíticas
Figura – Investigação das anemias macrocíticas. Fonte: autoria própria.
VCM > 100 fL
Anemia macrocítica
Mielograma
Não megaloblásticoMegaloblástico
Alcoolismo
SMD
Hepatopatias
Deficiência de
vitamina B12
e/ou folato
As principais causas de anemia megaloblástica são:
 Deficiência de vitamina B12 e/ou folato. 
 Uso de medicamentos que interferem na síntese de DNA. O paciente apresenta histórico de 
uso de medicamentos análogos da purina, metotrexato, anticonvulsivante, entreoutros.
 Anemia perniciosa: realizar pesquisa de anticorpos contra fator intrínseco e para células 
parientais que são positivas na anemia perniciosa.
Anemias macrocíticas
 Anemias macrocíticas sem anemia megaloblástica.
São anemias secundárias a outras patologias e se verifica discreta macrocitose VCM entre 100 
e 110 fL. As principais causas de anemias não megaloblásticas são:
 Abuso de álcool. O paciente apresenta histórico de alcoolismo.
 Síndrome mielodisplásica. Exposição ocupacional aos destilados de petróleo (por exemplo, 
benzeno), realizou quimioterapia ou radioterapia.
Anemias macrocíticas
Paciente, masculino, 20 anos, apresenta cansaço, palidez e palpitações. Realizou hemograma 
que apresentou os seguintes exames: hemoglobina 6,7 g/dL, hematócrito 22,5% e
hemácias 3,5 x 106/mm3. Valores de referência: HCM (26 a 34 pg), VCM (81 a 95 fL)
e CHCM (31 a 36%). Quais exames complementares são indicados nesse caso?
a) Mielograma e citogenética.
b) Vitamina B12 e folatos.
c) Contagem de reticulócitos e mielograma.
d) Contagem de plaquetas e eletroforese de hemoglobina.
e) Perfil férrico: ferro sérico, ferritina e TIBC.
Interatividade
Paciente, masculino, 20 anos, apresenta cansaço, palidez e palpitações. Realizou hemograma 
que apresentou os seguintes exames: hemoglobina 6,7 g/dL, hematócrito 22,5% e
hemácias 3,5 x 106/mm3. Valores de referência: HCM (26 a 34 pg), VCM (81 a 95 fL)
e CHCM (31 a 36%). Quais exames complementares são indicados nesse caso?
a) Mielograma e citogenética.
b) Vitamina B12 e folatos.
c) Contagem de reticulócitos e mielograma.
d) Contagem de plaquetas e eletroforese de hemoglobina.
e) Perfil férrico: ferro sérico, ferritina e TIBC.
Resposta
 CANÇADO, R. D.; CHIATTONE, C. S. Anemia ferropênica no adulto: causas, diagnóstico e 
tratamento. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, v. 32, n. 3, p. 240-246, 2010. 
 HOFFBRAND, A. V. Fundamentos em hematologia. Porto Alegre: ArtMed, 2011. 
 HOFFBRAND, P. A. H.; MOSS, J. E.; PETTIT. Fundamentos em Hematologia. 6. ed. São 
Paulo: Artmed, 2013. 
 OLIVEIRA, R. A. G. Hemograma: como fazer e interpretar. 2. ed. São Paulo: Editora LMP, 
2007.
Referências 
ATÉ A PRÓXIMA!