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GRAMÁTICA - 01 - Formação de palavras

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1. (Unicamp 2017)
Do ponto de vista da norma culta, é correto afirmar que
“coisar” é
a) uma palavra resultante da atribuição do sentido conotativo
de um verbo qualquer ao substantivo “coisa”.
b) uma palavra resultante do processo de sufixação que
transforma o substantivo “coisa” no verbo “coisar”.
c) uma palavra que, graças a seu sentido universal, pode ser
usada em substituição a todo e qualquer verbo não lembrado.
d) uma palavra que resulta da transformação do substantivo
“coisa” em verbo “coisar”, reiterando um esquecimento.
2. (Unifesp) Casimiro de Abreu pertence à geração dos
poetas que morreram prematuramente, na casa dos vinte
anos, como Álvares de Azevedo e outros, acometidos do
“mal” byroniano. Sua poesia, reflexo autobiográfico dos
transes, imaginários e verídicos, que lhe agitaram a curta
existência, centra-se em dois temas fundamentais: a saudade
e o lirismo amoroso. Graças a tal fundo de juvenilidade e
timidez, sua poesia saudosista guarda um não sei quê de
infantil.
(Massaud Moisés. A literatura brasileira através dos textos, 2004.)
Os substantivos do texto derivados pelo mesmo
processo de formação de palavras são:
a) juvenilidade e timidez.
b) geração e byroniano.
c) reflexo e imaginários.
d) prematuramente e autobiográfico.
e) saudade e infantil.
3. (Unifesp 2018) Leia um trecho do artigo “Reflexões
sobre o tempo e a origem do Universo”, do físico
brasileiro Marcelo Gleiser, para responder à próxima
questão.
Qualquer discussão sobre o tempo deve começar com uma
análise de sua estrutura, que, por falta de melhor expressão,
devemos chamar de “temporal”. É comum dividirmos o tempo
em passado, presente e futuro. O passado é o que vem antes
do presente e o futuro é o que vem depois. Já o presente é o
“agora”, o instante atual. Isso tudo parece bastante óbvio,
mas não é. Para definirmos passado e futuro, precisamos
definir o presente. Mas, segundo nossa separação estrutural,
o presente não pode ter duração no tempo, pois nesse caso
poderíamos definir um período no seu passado e no seu
futuro. Portanto, para sermos coerentes em nossas
definições, o presente não pode ter duração no tempo. Ou
seja, o presente não existe! A discussão acima nos leva a
outra questão, a da origem do tempo. Se o tempo teve uma
origem, então existiu um momento no passado em que ele
passou a existir. Segundo nossas modernas teorias
cosmogônicas, que visam explicar a origem do Universo,
esse momento especial é o momento da origem do Universo
“clássico”. A expressão “clássico” é usada em contraste com
“quântico”, a área da física que lida com fenômenos atômicos
e subatômicos. [...] As descobertas de Einstein mudaram
profundamente nossa concepção do tempo. Em sua teoria da
relatividade geral, ele mostrou que a presença de massa (ou
de energia) também influencia a passagem do tempo, embora
esse efeito seja irrelevante em nosso dia a dia. O tempo
relativístico adquire uma plasticidade definida pela realidade
física à sua volta. A coisa se complica quando usamos a
relatividade geral para descrever a origem do Universo.
(Folha de S.Paulo, 07.06.1998.)
O processo de formação de palavras verificado em
“estrutural”
(2.° parágrafo) também está presente em
a) “futuro” (1o parágrafo).
b) “portanto” (2o parágrafo).
c) “momento” (3o parágrafo).
d) “plasticidade” (4o parágrafo).
e) “origem” (3o parágrafo).
4. (Unifesp) Examine a tira.
O efeito de humor na situação apresentada decorre do
fato de a personagem, no segundo quadrinho, considerar
que “carinho” e “caro” sejam vocábulos
a) derivados de um mesmo verbo.
b) híbridos.
c) derivados de vocábulos distintos.
d) cognatos.
e) formados por composição.
@study_perform - 1
5. (UFSM - Adaptada) Leia o fragmento a seguir.
[...] a capoeira, a guardiã do jogo, da 1 brincadeira, do faz de
conta que 2 luta, mas joga com o outro, que simula um 3
golpe e tira o outro para dançar e que tem uma vinculação
étnica e racial com o percurso e o lugar da negritude em
nosso país, acabou, em algumas escolas, ensinada sob o 4
controle da 5 esportivização, com regras e pontuações.
(Orientações Curriculares para o Ensino Médio. Secretaria de Educação
Básica. Brasília: Ministério da Educação, v. 1, 2008, p. 231.)
O substantivo que, formado com o auxílio de um sufixo,
conota no fragmento um processo desvantajoso à prática
da capoeira na escola é
a) brincadeira (ref. 1).
b) luta (ref. 2).
c) golpe (ref. 3).
d) controle (ref. 4).
e) esportivização (ref. 5).
6. (ESPCEX) Ao se alistar, não imaginava que o combate
pudesse se realizar em tão curto prazo, embora o
ribombar dos canhões já se fizesse ouvir ao longe.
Quanto ao processo de formação das palavras
sublinhadas, é correto afirmar que sejam,
respectivamente, casos de
a) prefixação, sufixação, prefixação, aglutinação e
onomatopeia.
b) parassíntese, derivação regressiva, sufixação, aglutinação
e onomatopeia.
c) parassíntese, prefixação, prefixação, sufixação e derivação
imprópria.
d) derivação regressiva, derivação imprópria, sufixação,
justaposição e onomatopeia.
e) parassíntese, aglutinação, derivação regressiva,
justaposição e onomatopeia.
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO
O Assinalado
Tu és o louco da imortal loucura,
O louco da loucura mais suprema.
A Terra é sempre a tua negra algema,
Prende-te nela a extrema Desventura.
Mas essa mesma algema de amargura,
Mas essa mesma Desventura extrema
Faz que tu’alma suplicando gema
E rebente em estrelas de ternura.
Tu és o Poeta, o grande Assinalado
Que povoas o mundo despovoado,
De belezas eternas, pouco a pouco…
Na Natureza prodigiosa e rica
Toda a audácia dos nervos justifica
Os teus espasmos imortais de louco!
(Cruz e Souza. Últimos sonetos, 2002.)
7. (UNIFAE MED – UNESP) Há derivação prefixal e sufixal
na palavra destacada em:
a) “O louco da loucura mais suprema.”
b) “Mas essa mesma algema de amargura,”
c) “Mas essa mesma Desventura extrema”
d) “Na Natureza prodigiosa e rica”
e) “Tu és o louco da imortal loucura,”
8. (Unicamp) Os textos abaixo foram retirados da coluna
“Caras e bocas”, do Caderno Aliás, do jornal O Estado de
S. Paulo:
“A intenção é salvar o Brasil.” Ana Paula Logulho, professora
e entusiasta da segunda “Marcha da Família com Deus pela
Liberdade”, que pede uma intervenção militar no país e
pretendeu reeditar, no sábado, a passeata de 19 de março
de 1964, na capital paulista, contra o governo do Presidente
João Goulart. “Será um evento esculhambativo em
homenagem ao outro de São Paulo.” José Caldas,
organizador da “Marcha com Deus e o Diabo na Terra do
Sol”, convocada pelo Facebook para o mesmo dia, no Rio de
Janeiro.
(O Estado de S. Paulo, 23/03/2014, Caderno Aliás, E4. )
a) Descreva o processo de formação de palavras
envolvido em “esculhambativo”, apontando o tipo de
transformação ocorrida no vocábulo.
b) Discorra sobre a diferença entre as expressões
“evento esculhambado” e “evento esculhambativo”,
considerando as relações de sentido existentes entre os
dois textos acima.
9. (Unicamp 2018) Enquanto viveu em Portugal, o escritor
Mário Prata reuniu centenas de vocábulos e expressões
usados no portguês falado na Europa que são diferentes dos
termos correspondentes usados no português do Brasil.
Reproduzimos abaixo um dos verbetes de seu dicionário.
Descapotável é outra palavra que em português faz muito
mais sentido do que em brasileiro. Não é mais claro dizer que
um carro é descapotável, do que conversível?
(Mário Prata, Dicionário de português: schifaizfavoire. São Paulo: Editora
Globo, 1993, p. 48.)
a) Identifique os dois afixos que formam a palavra
“descapotável” a partir do substantivo “capota”
(cobertura de um automóvel) e explique a função de cada
um.
b) Explique por que o autor considera, com certo humor,
que a palavra “descapotável” do português europeu faz
mais sentido de que o termo“conversível”, usado no
português brasileiro.
10. (Fuvest) Leia com atenção o seguinte texto:
A onipresença do olho mágico da televisão no centro da vida
doméstica dos brasileiros, com o 1poder (imaginário) de tudo
mostrar e tudo ver que os espectadores lhe atribuem, vem
provocandocuriosas alterações nas relações entre o público
e o privado. Durante pelo menos dois séculos, o bom gosto
burguês nos ensinou que algumas coisas não se dizem, não
se mostram e não se fazem em público. Essas mesmas
coisas, até então reservadas ao espaço da privacidade, hoje
ocupam o centro da cena televisiva. Não que o bom gosto
burguês deva ser tomado como referência indiscutível da 2
@study_perform - 2
ética que regula a vida em qualquer sociedade. Mas a
inversão de padrões que pareciam tão convenientemente
estabelecidos nos países do Ocidente dá o que pensar. No
mínimo, podemos concluir que a burguesia do terceiro milênio
já não é a mesma que ditou o bom comportamento dos dois
séculos passados. No máximo, supõe-se que os fundamentos
do contrato que ordenava a vida social entre os séculos XIX e
XX estão profundamente abalados, e já vivemos, sem nos dar
conta, em uma sociedade pós-burguesa, num sentido
semelhante ao do que chamamos uma sociedade
pós-moderna.
Maria R. Kehl, in Bucci e Kehl, Videologias: ensaios sobre televisão.
a) O que a autora do texto quer dizer, quando se refere ao
“poder de tudo mostrar e tudo ver” (ref.1), atribuído à
televisão, como “imaginário”?
b) Indique a palavra do primeiro período que tem o
mesmo significado do prefixo que entra na formação da
palavra “onipresença”.
c) Indique uma palavra ou expressão do texto que
corresponda ao sentido da palavra “ética” (ref.2).
GABARITO
1. B
2. A
3. D
4. D
5. E
6. B
7. E
8. a) Trata-se de uma derivação sufixal: “esculhambativo” é
uma palavra formada pelo acréscimo de um sufixo (-ivo) ao
verbo “esculhambar”.
b) Apesar de derivarem do mesmo verbo (“esculhambar”), os
adjetivos mencionados diferem quanto ao seu significado.
Evento “esculhambado” é sinônimo de “desorganizado,
desmoralizado”; já evento “esculhambativo” é aquele que
“desmoraliza, satiriza” o evento anterior.
9. a) A palavra descapotável se constitui a partir do seguinte
processo:
• derivação parassintética (des + capota + ar);
• derivação sufixal (sufixo vel encaixado ao elemento
anterior);
A agregação do sufixo vel faz cair o r da desinência verbal.
b) O adjetivo descapotável, usado no português europeu, faz
referência a um veículo cuja capota pode ser recolhida. Em
português brasileiro, a referência ao mesmo tipo de veículo é
dada pela palavra conversível. O autor considera que a
primeira opção apresenta um sentido mais adequado, pois
ela indicaria de modo mais adequado o fato de o veículo
possuir uma capota. Já a segunda opção, poderia nos dar a
sensação de que o veículo, por ser conversível, pode ser
inteiramente modificado.
10. a) O uso dos parênteses destaca o termo “imaginário” no
contexto da frase, para enfatizar que a televisão produz o
efeito ilusório de que as imagens transmitidas ao espectador
passivo representam a realidade.
b) O prefixo “oni” significa “tudo”, termo que é repetido na
frase “tudo mostrar e tudo ver”.
c) Define-se ética como o conjunto de princípios, normas e
regras que visem a um comportamento moral exemplar, o que
é sugerido na expressão “bom comportamento”.
@study_perform - 3

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