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Semiologia Veterinária Linfonodos, mucosa e hidratação Resenha Identificação dos equinos: Coloração, pelagem, marcar (tatuagem): Alazão, alazão avermelhado, alazão fígado. Castanho, castanho claro, castanho escuro. Baio claro, castanho marrom, marrom. Tordinho apatacado, malhado tobiano, palomínio. Ruão vermelho, preto, tordilho. Linfonodos: São gânglios linfáticos, pequenas estruturas que funcionam como filtros para substâncias nocivas. Eles contêm células do sistema imunológico que ajudam a combater infecções atacam e destroem agentes infecciosos que são transportados pelo líquido linfático. - Linfonodos geralmente palpáveis e áreas de drenagem. Tipos: • Linfonodo pré-parotídeo área de drenagem é a parte superior da cabeça. • Linfonodo retro-faríngeo área de drenagem é parte interior da cabeça, incluindo a palato, faringe, laringe e esôfago proximal. • Linfonodo pré-crural área de drenagem é a parte posterior do tronco e da região craniolateral da coxa. • Linfonodo retromamário (fêmeas) e inguinal superficial (machos) área de drenagem é o úbere (escroto) e as partes interna e posterior da coxa. Importância dos linfonodos: • as alterações que ocorrem no sistema linfático podem identificar o órgão ou a região que está acometida. • Doenças específicas: linfoma, garrotilho, leishmaniose visceral canina. • O aumento dos linfonodos, que ocorre na maioria dos processos infecciosos e inflamatórios pode comprometer a função de órgãos vizinhos e piorar o quadro geral do animal: Disfagia e timpanismo – linfonodos mediastínicos Dispnéia- Linfonodos retrofaríngeos Tosse – Linfonodos mediastínicos (traquéia e árvore brônquica). • mandibular ou submaxilar: drenam metade ventral da cabeça (cavidade nasal, lábios, língua, glândulas salivares). • cervical superficial ou pré-escapular: drenam pavimento auricular, pescoço, ombro e membros torácicos, terço proximal do tórax. • poplíteos: drenam pele, músculos, tendões e articulação de membros posteriores. • Linfonodos inguinais superficiais ou escrotais drenam órgãos sexuais masculinos (cães). Linfonodos palpáveis (+) nas diferentes espécies domésticas: Alguns linfonodos só são palpáveis se reativos: ex- Linfonodos axilares. Linfonodos palpáveis em Cães: Linfonodos palpáveis em Ruminantes: Linfonodos palpáveis em equinos: Exame dos linfonodos: Inspeção: Direta ou indireta. - Biopsia: excisional (histopatologia) - Citologia: capilaridade ou aspirativa. Palpação: Melhor avaliação. - Bilateralmente (processo localizado/sistêmico). Palpação dos linfonodos - Parâmetros avaliados: 1. Tamanho: varia com a idade (estímulo antigênico) e estado nutricional. Enfartamento nos processos agudos e normais nos crônicos. Aumento pode comprimir estruturas vizinhas. - Não palpação: forte indício de normalidade. 2. Sensibilidade: aumentada nos processos inflamatórios agudos e normal nos crônicos, há dor na linfadenopatia reativa, ± neoplásica. 3. Consistência: normal = firme. Processos agudos com abscessos = flutuante. Processos crônicos e neoplásicos = dura. 4. Mobilidade: processos agudos = diminuída (inflamação localizada fixa o linfonodo no tecido vizinho). Processos crônicos = diminuída (aderências ao tecido vizinho). 5. Temperatura: processos agudos = aumentada. Processos crônicos = Normal. 6. Superfície: lisa, multilobular... Linfonodos (gânglios linfáticos): • geralmente envolvidos secundariamente em processos: • infecciosos- leucose bovina, leishmaniose visceral... • inflamatórios- reacional. • neoplásicos- linfomas. • identificam região ou órgão acometido. Avaliação mucosas: • Mucosas aparentes: locais bem iluminados, preferentemente sob a luz do sol, luz branca. Exame das mucosas: Mucosas avaliadas: • Óculo palpebrais: conjuntiva palpebral superior, conjuntiva palpebral inferior, terceira pálpebra e esclerótica. • oral ou bucal: labial superior e inferior, lingual, gengival, jugal e palato. • nasal: apenas secreções. • vulvar, prepucial e peniana. Exame das mucosas: • Coloração. • Presença de secreções Serosas, mucosas, purulentas, sanguinolentas. • Tempo de preenchimento capilar (TPC) Normal = 2-3 seg.; Tempo maior = desidratação ou vasoconstrição periférica. • Presença de lesões, sialorreia. Coloração das mucosas: • Normal: rosa-pálido • pálida: esbranquiçada (anemia) • Hiperêmicas/congestas (infecções): aumento da permeabilidade vascular. • cianóticas: azulada (cianose) Transtorno na hematose. • Ictéricas: amarelada hiperbilirrubinemia. Coloração branca: • Denominação: pálida ou anêmica/perlácea. • Significado: anemia, hemorragia, hemólise, baixa produção eritrócitos, vasoconstrição periférica, choque, stress ou insuficiência cardíaca congestiva. Coloração vermelha: • Denominação: congesta ou hiperêmica. • Significado: aumento da permeabilidade vascular. Processos inflamatórios e/ou infecciosos locais ou sistêmicos. Coloração amarela: • Denominação: ictérica • Significado: hiperbilirrubinemia, icterícia pré-hepática, hepática ou pós-hepática. Coloração azul: • Denominação: cianótica. • Significado: transtornos na hematose, insuficiência cardíaca ou respiratória. Avaliação da hidratação: Como realizar esse exame? 1. Elasticidade ou turgor da pele. 2. Mucosas: brilhantes ou secas. 3. Tempo de preenchimento capilar (TPC). 4. Olhos: profundidade (enoftalmia). 5. Pulso arterial. Tempo de preenchimento capilar: • 1-2 segundos: normal (até 3 segundos). • > 3 segundos: desidratação, vasoconstrição periférica, diminuição do débito cardíaco. Estimativa do grau de desidratação: Desidratação Achados no exame físico Mínima perda do turgor de pele, olhos na posição adequada nas órbitas e mucosas discretamente ressecadas. Discreta (5%) Moderada (8%) Perda moderada do turgor de pele, mucosas secas ou sem brilho, enoftalmia, pulso rápido e fraco. Intensa ou grave (>10%) Considerável perda de turgor na pele, taquicardia, enoftalmia acentuada, mucosas secas, hipotensão, alteração do nível de consciência, pulso filiforme e fraco.