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direito civil - obrigações IUS AD PERSONA O conceito de obrigações nada mais é que o vínculo jurídico pelo qual o devedor assume um compromisso para realizar algo em favor do credor, seja por meio de prestação de dar, fazer ou não fazer. ELEMENTOS DO CONCEITO DE OBRIGAÇÃO JURÍDICA Elemento subjetivo: SOLVENS quem deve pagar (devedor sujeito passivo) tem obrigação de realizar a prestação. 4 tipos: Qualquer interessado; o terceiro interessado; o terceiro não interessado e o devedor. ACCIPIENS quem deve receber (credor sujeito ativo) tem o direito de exigir a prestação. a 7 tipos: O credor; o representante de direito; o credor putativo; o credor incapaz; o portador da quitação; exequente e o impugnante. Vínculo jurídico: é preciso que seja uma relação jurídica, que possa ser levada a juízo. Caráter temporário: a obrigação nasce para ser cumprida, deve ser temporária. Elemento objetivo ou material: a prestação pode ser: próximo ou imediato (dar, fazer ou não fazer), ou então, mediato ou remoto (o objeto e não a prestação). Respeitando sempre art. 104,cc Elemento imaterial ou ideal: entende-se que o vínculo jurídico é constituído por dois elementos, quais sejam: debitum: cumprimento espontâneo da prestação pelo devedor; e Responsabilidade Patrimonial(obligation): prerrogativa conferida ao credor em caso de inadimplemento proceder à execução do patrimônio do devedor. *nexum: vínculo jurídico de caráter perpétuo entre sujeito ativo e passivo, cuja responsabilidade é pessoal. Em caso de inadimplemento, o devedor respondia com o próprio corpo pelo cumprimento da obrigação. *Obrigação PROPTER REM:Obrigação que não surge da vontade expressa ou tácita do devedor, mas decorre do fato de o devedor ser titular do direito real. Ex: taxa condominial. FONTES DAS OBRIGAÇÕES Contrato: fonte principal do direito obrigacional, nasce pelo o encontro de vontade das partes (relação bilateral) mediata. ex: compra e venda, doação, locação, comodato entre outros. Declaração unilateral: são atos humanos licitos em que uma declaração de vontade gera obrigações. Ex: promessa de recompensa, gestão de negócios, do pagamento indevido e do enriquecimento sem causa. mediata Atos ilícitos e o abuso de direito: gera o dever de indenizar por prejuízos causados por tal ato. O abuso de direito também constitui fonte de obrigações. (art’s 186 e 187).mediata Lei: principal fonte das obrigações, pois é ela que estabelece os fatos aptos para fazer nascer uma obrigação. Fonte imediata. ex: pensao alimenticia . Titulo de credito: relação obrigacional de natureza privada CLASSIFICAÇÕES DAS OBRIGAÇÕES Obrigação de dar: A depender do conceito, pode ser transferir, restituir ou pagar. A obrigação de dar é aquela em que há entrega de objeto, ou seja, a tradição. Caso o devedor entregue o objeto que está pronto a obrigação e de dar. móvel- traditio: só se transfere com a tradição, e não com o acordo de vontade imovel-registro: se transfere pelo registro no registro de imóveis. Obrigação de dar coisa certa: coisa certa é aquela individualizada, determinada ou especi�ca (movel ou imovel) desde o início da criação do vínculo obrigacional. PERDAOU PERECIMENTODACOISA CERTA Sem culpa do devedor: são hipóteses de caso fortuito ou de força maior. O devedor não arca com as perdas e danos (dano material ou moral), mas a obrigação se extingue e as partes retornam ao estado anterior (status quo ante). Com culpa do devedor: o devedor responde pelo equivalente (valor da prestação perdida) mais perda e danos (indenização). Obrigação de dar coisa incerta: obrigação genérica, que tem por objeto uma coisa indeterminada, pelo menos inicialmente, sendo ela somente indicada pelo gênero e pela quantidade, restando uma indicação posterior quanto a sua qualidade, que em regra, cabe ao devedor. Obrigação de fazer:Consiste em uma ação positiva, no cumprimento de uma tarefa ou atribuição(prestar um serviço ou um feito). EX: um quadro (obra de arte) já está pronto haverá a obrigação de dar, caso o quadro seja encomendado, devendo ainda ser pintado pelo devedor, a obrigação e de fazer ESPÉCIE DAOBRIGAÇÃODE FAZER: FUNGÍVEL: a �gura do devedor não é importante; interessa o fazer e não quem fará. Ex: lavagem do carro INFUNGÍVEL OU PERSONALÍSSIMA: E aquela em que as qualidades do devedor são essenciais. Ex: obrigação do arquiteto de realizar o projeto. INADIMPLEMENTODAOBRIGAÇÃODENÃO FAZER Sem culpa do devedor: a obrigação se extingue e não há perdas e danos, o devedor restitui ao credor as quantias que já tenha recebido, pois as partes retornam ao status quo. Com culpa do devedor: o devedor responde pelas perdas e danos, mas o direito cria mecanismo para obtenção da própria prestação descumprida: o credor pode pedir judicialmente que outra pessoa realize a prestação às custas do devedor. Obrigação de não fazer: consiste inicialmente em uma obrigação quase sempre infungível, personalíssima, sendo predominante indivisível. A prestação nas obrigações de não fazer tem um conteúdo negativo que consiste na abstenção do devedor em realizar certa conduta. É um comportamento omissivo, de tal modo que o inadimplemento da obrigação se dá justamente quando executa-se aquilo que se obrigou a não fazer. Ex.: vizinhos convencionam que o proprietário do terreno da frente não fará edi�cações, pois isso prejudicaria a visão da propriedade do outro vizinho. INADIMPLEMENTODAOBRIGAÇÃODENÃO FAZER Sem culpa do devedor: não há responsabilidade por perdas e danos, e em alguns casos a obrigação se extingue. Com culpa do devedor: o devedor responderá por perdas e danos. Além das perdas e danos, o credor pode se valer de medidas para conseguir a prestação de não fazer; e, caso a ação de não fazer for urgente, o credor pode realizá-la e depois cobrar judicialmente o devedor. MORA:Considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer. Querable: tem cumprimento no domicílio do devedor, bem como não havendo regra contratual diversa esta é a regra geral. Portable: tem cumprimento no domicílio do credor ou outro lugar indicado. Somente terá e�cácia quando estiver expressamente no contrato. Dies a quo: início Dies ad quem: �nal Sine die: sem data, mas tem prazo (imediato) noti�car judicial ou extrajudicialmente. DIREITOS DE RETENÇÕES Indenizar, reparar, reembolsar e ressarcir. DIREITOS REAIS- IURA IN RE Ius utendi→USAR Ius fruendi→GOZAR Ius abutendi→DISPOR Contrato comutativo(que já diz ser bilateral) é o “contrato bilateral oneroso em que as obrigações são equivalentes, ou eqüitativas, ou ainda aquele em que há troca de obrigações. EM RELAÇÃO AO VÍNCULO 1. Obrigação civil (debitum e obligatio) e Obrigação empresarial (atividade empresarial) 2. Obrigação moral fruto apenas da consciência (ex.: cumprir determinação de última vontade fora do testamento, como mera liberalidade) 3. Obrigação natural (vínculo sem obligatio, pagamento válido ex.: dívida de jogo).Não é objeto de novação; não pode ser compensada, não comporta �ança, e não incidem os vícios redibitórios. Não pode ser repetida. Outros exemplos: gorjeta; QUANTO À LIQUIDEZ DO OBJETO 1. Obrigação líquida (certa quanto à sua existência e determinada quanto ao seu objeto) tem que ter valor/número certo 2. Obrigação ilíquida (incerta quanto à sua quantidade). Não comporta compensação, imputação do pagamento, consignação do pagamento etc. QUANTO AOMODO DE EXECUÇÃO 1. Simples e cumulativa: simples: não tem complexidade há somente um devedor e um credor. Cumulativa: há pluralidade de prestação, cabendo ao devedor cumprir todas para se desobrigar-se. ex: A deve entregar a B um livro e um caderno. (A+B) duas coisas 2. Alternativas: há diversos objetos em prestação, sendo que o devedor, cumprindo qualquer um deles, libera-se do vínculo jurídico obrigacional (direito de escolha do devedor) A ou B. 3. Facultativa: só há um objeto a ser prestado pelo devedor, entretanto, no título obrigacional há a faculdade conferida ao credor de desobrigar-se entregandooutro objeto o equivalente em dinheiro. (A) QUANTO AO TEMPO DE ADIMPLEMENTO 1. Instantânea: São concluídas em um só ato, ou seja, são sempre cumpridas imediatamente após sua constituição. ex: compra a vista 2. Continuada: se satisfazem por meio de atos continuados. Ex: ocorrem no caso das prestações de serviços ou ainda na compra e venda a prazo. QUANTO AOS ELEMENTOS ACIDENTAIS Elementos estruturais do negócio jurídico 1. Essenciais 2. Naturais (a própria lei determina o efeito 3. Elementos acidentais Condicionais: sujeitas à condição suspensiva ou resolutiva. Exemplo: um pai compromete-se a dar um carro à �lha desde que esta conclua sua graduação. (condição é evento futuro e incerto que subordina a e�cácia de um negócio jurídico) A termo: sujeitas a evento futuro e certo, ainda que o tempo seja indeterminado. Exemplo: obrigações cujo pagamento �cou ajustado para 30 (trinta dias após a celebração do negócio). Modais: sujeitas a encargo. Exemplo: Caio doa a Tício um imóvel, desde que Tício comprometa-se a cuidar do doador enquanto este estiver vivo. o encargo é um dever imposto ao devedor em decorrência de negócios jurídicos gratuitos. QUANTO À PLURALIDADE DE SUJEITOS 1. Divisível: são as obrigações em que o objeto pode ser dividido entre os sujeitos. 2. indivisível:são as obrigações em que o objeto não pode ser dividido entre os sujeitos. 3. Solidária:não depende da divisibilidade do objeto, pois decorre da lei ou até mesmo da vontade das partes. Pode ser solidariedade ativa ou passiva, de acordo com os sujeitos que se encontram em número plural dentro da relação. QUANTO AO CONTEÚDO 1. Obrigações de meio:é aquela em que o devedor, sujeito passivo da obrigação, utiliza os seus conhecimentos, meios e técnicas para alcançar o resultado pretendido sem, entretanto, se responsabilizar caso este não se produza. 2. Obrigações de resultado: é aquela que o sujeito passivo não somente utiliza todos os seus meios, técnicas e conhecimentos necessários para a obtenção do resultado, como também se responsabiliza caso este seja diverso do esperado. Ex: cirurgia plástica estética. 3. Obrigação de garantia: visa guardar o credor do risco do negócio jurídico, tem como função tranquilizar o credor e te dar segurança para realizar determinado negócio que venha trazer algum risco como por exemplo: vício redibitório OBRIGAÇÕES RECIPROCAMENTE CONSIDERADAS 1. Principal: são aquelas que existem por si só, ou seja, não dependem de nenhuma obrigação para ter sua real e�cácia. 2. Acessória:subordinam a sua existência a outra relação jurídica, sendo assim, dependem da obrigação principal. DIREITO DAS OBRIGAÇÕES P2 ADIMPLEMENTO Pagamento art. 304-333 (pecúnia) Forma original da relação obrigacional (EXTINGUE). Conforme se veri�ca na doutrina, a principal forma de extinção da obrigação é o pagamento direito, que também detém expressões sinônimas de solução, cumprimento, adimplemento entre outros. Tal situação exonera totalmente o devedor do vínculo obrigacional. O pagamento é um negócio jurídico, possui validade e e�cacia. Elementos subjetivos do pagamento: Quem paga: solvens 304 a 307 Quem recebe: accipiens 308 a 312 Do solvens: Ao sistema interessa o pagamento, e não quem o efetua, pois o processo obrigacional tem por �nalidade o adimplemento, salvo se veri�cada obrigações personalíssima. Conforme o art. 304, terceiros podem pagar as dívidas, sejam eles interessados ou não. Os terceiros interessados (interesse patrimonial): é aquele que mesmo não sendo parte, vincula-se à obrigação, e pode ter seu patrimônio afetado caso a dívida que também se obrigou não seja paga. Quando o terceiro interessado paga a dívida, ele se sub-roga nas garantias e nos privilégios do subordinados. Ex: �ador Os terceiros não interessados (interesse afetivo): Já o terceiro não interessado não se vincula juridicamente à obrigação. Quando o terceiro não interessado paga a dívida no seu próprio nome, ele tem o direito de exigir o reembolso do que pagou, mas quando ele paga em nome do devedor não possui o mesmo direito. Do accipiens: Conforme regra estabelecida no art. 308, o pagamento deve ser feito ao credor, via de regra, porém, poderão receber seu representante legal, pais quanto ao �lho menor, convencional (mandatário) ou sucessores do credor, como herdeiros e legatários. Sendo assim, conforme regra geral, se o devedor pagar a terceiros, o pagamento é ine�caz, ou seja, não produz efeito liberatório e por tanto: “quem paga mal, paga duas vezes”, já que este continua devendo. Em continuidade, conforme o art. 309, tem-se a �gura do credor credor putativo, ou seja, aparente. Tal a�rmativa tem como fundamento que o credor é aquele que aos olhos do mundo parece ser credor quando na realidade não o é. Sendo assim, o pagamento feito de boa-fé ao credor putativo é e�caz, ou seja, libera o devedor e o credor real deve cobrar o putativo. Contudo, se o devedor agiu de má-fé, o pagamento é ine�caz e, portanto, poderá ser cobrado pelo credor real. Do objeto e da prova do pagamento Princípio da individualização do pagamento: o credor não é obrigado a aceitar prestação diversa da original, ainda que mais valiosa. Se o credor aceitar prestação diversa ocorre uma das formas indiretas de pagamento, em especial a dação em pagamento. Princípio da identidade física da prestação: mesmo sendo a obrigação divisível o credor não é obrigado a receber a obrigação em partes. Princípio do nominalismo: as dívidas em dinheiro devem ser pagas no seu vencimento pelo valor nominal, bem como emmoeda nacional corrente, ou seja, sem qualquer correção ou acréscimo, salvo revisão judicial do contrato. *O referido instituto também é conhecido como a revisão contratual por fato superveniente diante de uma imprevisibilidade somada a onerosidade excessiva. Nesta hipótese em que as prestações contratuais nascem equilibradas, mas por motivos imprevisíveis se desequilibra, poderá o juiz realizar sua revisão, ajustando o valor da prestação. A quitação constitui prova efetiva do pagamento, sendo o documento pelo qual o credor reconhece que recebeu o pagamento, exonerando o devedor da relação obrigacional. Trata-se, portanto, do meio de efetivação da prova do pagamento. Do lugar do pagamento: em regra, as dívidas são pagas no domicílio do devedor; é a chamada quesível ou quérable, contudo, o contrato ou a lei podem estabelecer pagamento em lugar diverso e a dívida será chamada de portável ou portable. *Caso conste no contrato mais de um lugar para pagamento, a escolha caberá ao credor. Tal situação é uma exceção geral. Se o pagamento consistir na tradição de um imovel ou prestações relativas a imovel, far-se-á no lugar onde está situado o bem. Do tempo do pagamento: o vencimento é o momento em que a obrigação deve ser satisfeita, cabendo ao credor a faculdade de cobrá-la. Tal situação pode ocorrer de duas formas: inicialmente pela vontade das partes ou pela disposição da lei. data inicial: dies a quo data �nal:dies ad quem sem uma data: sine die DO PAGAMENTO POR CONSIGNAÇÃO: o pagamento em consignação, regra especial de pagamento, pode ser conceituado como o depósito feito pelo devedor, da coisa devida, para liberar-se de uma obrigação assumida em face de um credor determinado. Tal depósito pode ocorrer, conforme prevê o art.334, na esfera judicial ou extrajudicial (juízo ou estabelecimento bancário). A consignação, pela letra da lei pode ter como objeto bens móveis e imóveis, estando relacionado com uma obrigação de dar. O art. 335 traz um rol de situações em que a consignação poderá ocorrer: I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma; II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos; III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil; IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento; V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento. DAÇÃOEM PAGAMENTO: ocorre a dação em pagamento quando o credor aceita prestação diversa da contratada; é a forma de pagamento indireto, em comum acordo das partes, onde ocorre a troca de um objeto por outro. *A dação em pagamento sempre extingue a dívida, sendo que a forma de pagamento negociada deverá ser aceita pelo credor e de acordo com as alterações contratuais a serem efetuadas. A dação de pagamento pode se caracterizar mediante acordo, substituição de dinheiro por bem móvel ou imóvel, de coisa por outra, de coisa por fato, de dinheiro por título de crédito, de coisa por obrigação de fazer, etc. Conforme explicado anteriormente, a dação em pagamento pode se dar de três maneiras. REM PRO RE, um exemplo dessa situação é quando a pessoa “A” deve uma casa para a pessoa “B”, então “A” propõe que o pagamento seja feito através de um terreno, caso “B” concorde, a dívida será paga. No caso de REM PRO FACTO, o objeto da dívida vai ser substituído por uma obrigação de fazer, podendo ser fungível (exercido pela pessoa ou por terceiro, e o resultado será o mesmo), como a limpeza de uma casa ou de um automóvel. E também pode ser infungível: que seria quando especi�camente as habilidades do devedor são necessárias para a quitação, por exemplo para a realização de uma dissertação. REM PRO PECUNIA Um exemplo de dação em pagamento é o caso de Maria, credora de Pedro no Valor de R$50 mil reais (art. 357 do CC), na qual aceitou receber um carro do mesmo valor na data do vencimento (art. 356 do CC). Feito isto, o automóvel - dado como pagamento -quitou a dívida e, por conseguinte, cumpriu a obrigação que Pedro tinha comMaria. INADIMPLEMENTO O inadimplemento é o descumprimento da obrigação na forma ou no modo esperado. O inadimplemento é imputável ao devedor a partir dos critérios de responsabilização expostos no art. 392 do CC/02, a depender do tipo de contrato e da parte a quem se imputa o descumprimento. Prescrição é o fato legal que impede a cobrança da dívida por decurso de prazo. *Se por motivo atribuível ao devedor, este responde. Se por motivo alheio(fortuito ou força maior) à sua vontade, a obrigação é resolvida para ambas as partes. Descumprimento involuntário: Quando a impossibilidade de cumprimento advém de caso fortuito ou força maior. Na inexecução involuntária, o devedor quer, mas não pode cumprir a obrigação por motivos alheios à sua vontade. Descumprimento voluntário: culposo, do devedor. A indenização por inadimplemento tem por �m alcançar os casos em que o descumprimento é voluntário ou quando houver mora, considerando descumprimento voluntário a partir da culpa ou da intenção, respectivamente inadimplemento culposo e inadimplemento doloso. **Em ambos os casos, haverá indenização por inadimplemento, pois, no primeiro caso, de culpa, o devedor agiu ou se omitiu, impossibilitado o cumprimento; enquanto, no segundo, intencionalmente, o devedor não cumpre a obrigação. No inadimplemento culposo a cumprimento se torna impossível, enquanto no inadimplemento intencional o cumprimento é possível. Inadimplemento absoluto: quando não se pode mais cumprir a obrigação. Inadimplemento relativo: quando o devedor pode ainda, de alguma maneira, cumprir a obrigação. Neste caso, veri�ca-se o inadimplemento relativo quando houver mora, conforme disposto no art. 394, ou quando houver cumprimento da obrigação de forma defeituosa (exceptio non rite adimpleti contractus), chamado também de violação positiva da obrigação. Conforme o art. 389, dispõe que, não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos(prejuízo efetivo e lucros cessantes), mais juros e atualização monetária segundo índices o�ciais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado. MORA (inadimplemento relativo): pode ser solvendi ou accipiendi, considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e o credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer Mora de ambos: se alguem nao pode cumprir a obrigação, a obrigação resolve-se para ambos (status quo ante). Multa moratória: corresponde a uma penalidade para aquele que incorrer em mora. Essa penalidade é pecuniária, ou seja, deve ser paga mediante o dispêndio de valor real, nas formas de pagamento previstas pelo Código Civil. Juros moratórios (convencionais e legais): Os juros moratórios podem ser: Convencionais, quando as partes estipularem a taxa de juros moratórios até 12% anuais e 1% ao mês; E legais, se as partes não os convencionarem, pois, mesmo que não se estipulem, os juros moratórios serão sempre devidos. Juros compensatórios: sao juros devidos pela utilização de capital pertencente a outrem. Fator culpa ainda que o não cumprimento obrigacional seja decorrente de caso fortuito ou força maior ocorridos durante a mora, o devedor responderá por tal impossibilidade, condição esta que será afastada se o devedor provar total isenção de culpa ou se provar que o dano ocorreria ainda que a obrigação fosse cumprida adequadamente. Purgação da mora: a mora pode ser purgada tanto pelo credor quanto pelo devedor; tem como objetivo afastar os efeitos que decorrem desta. Para o credor, este recebe a prestação devida e indenizar o devedor quanto às despesas de conservação já para o devedor este deverá pagar o valor da dívida acrescida de juros, multa e honorários. Do inadimplemento absoluto: Perdas e danos: os art. 402 e 403 determina que as perdas e danos devidos ao credor envolvem o que foi perdido efetivamente (danos emergentes ou danos positivos) e o que deixou de lucrar (lucros cessantes ou danos negativos) em decorrência de mora. Atualização moratória: consta no art.404 que se tratando de perdas e danos das obrigações cujo pagamento seja em dinheiro, deverá ocorrer a atualização monetária em conformidade com os índices o�ciais, envolvendo juros, custas e honorários advocatícios. Cláusula penal: trata-se de um pacto acessório por meio do qual as partes previamente �xam a indenização devida em caso de descumprimento total da obrigação, mora, ou descumprimento de cláusula especial do contrato. E a obrigação acessória pela qual o devedor se obriga a uma prestação em caso de inadimplemento total da obrigação (cláusula compensatória) ou de mora (cláusula moratória). Dolo: É a infração do dever legal ou contratual, cometida voluntariamente, com a consciência de não cumprir. A vontade do agente pode dirigir-se ao resultado malé�co, e, sabendo do mal que sua conduta irá gerar, quer este resultado, apesar de suas consequências conhecidas.O elemento fundamental de sua veri�cação, para a concepção tradicional, estava no animus nocendi, intenção de causar o mal. Evicção: trata da perda da coisa objeto do contrato diante de uma decisão judicial ou ato administrativo de apreensão que a atribui a um terceiro. Vício redibitório: são os defeitos ocultos ou vícios da coisa recebida em virtude de contrato comutativo ou de doação gravada de encargo que a tornam imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuem o valor, e que podem acarretar ou a rejeição dela ou o abatimento no preço. exceptio non adimpleti contractus: é uma inexecução completa exceptio non rite adimpleti contractus: é uma inexecução parcial, defeituosa e incompleta. Onerosidade excessiva: está ligada tanto a um elemento material, de troca econômica de prestações, quanto a um elemento consensual, ambos presentes em todo contrato oneroso. De plano, exclui-se do âmbito de aplicação da teoria, as obrigações provenientes das declarações unilaterais de vontade e dos atos ilícitos, posto que a presente teoria é de aplicação restrita ao campo contratual, tanto é que, foi disposta em parte, exclusivamente, contratual do Código Civil. Por questão óbvia, as indenizações decorrentes de atos ilícitos não podem ser revisadas ou resolvidas com fundamento na teoria da imprevisibilidade ou onerosidade excessiva, pelo simples motivo de que o causador do dano age com culpa, na modalidade de negligência, imprudência e imperícia (arts. 186 e 187). A responsabilidade patrimonialno processo de execução é o momento em que o patrimônio do executado responde pelas suas obrigações. Isto quer dizer que o indivíduo não pagou o valor que devia para o outro. Sendo assim, seu patrimônio será destinado a cumprir a dívida não paga. Segundo Liebman, a responsabilidade patrimonial do devedor consiste propriamente na destinação dos bens (afetação) do vencido a servirem para satisfazer o direito do credor.
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