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Alimentos tóxicos

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Alimentos tóxicos 
Intoxicação alimentar
Metilzantinas – exposição 
- Café ou principalmente, o chocolate. - A intoxicação por chocolate 
é mais comum próximo a datas comemorativas (Páscoa, 
aniversários, Natal, etc.). 
Toxicidade: leves sinais de intoxicação ocorrem com ingesta de 20 
mg/kg e severos com 40-50 mg/kg. – 
Em cães a DL50 é de 60 mg/kg em gatos 80-150 
mg/kg. 
A quantidade de teobromina (mg/100g) é cerca de 0,88 
no chocolate branco, 204,7 no ao leite, 458,9 no preto doce, 
487,1 no semi-doce, 1387,3 no amargo e 2118 nos grãos de cacau, 
480,08 no cacau em pó instantâneo e 2601,6 no cacau em pó 
seco. 
Metilxantinas podem atravessar a placenta e afetar os 
fetos ou ainda, podem passar para o leite 
 
Mecanismo de ação: inibem o sequestro intracelular de cálcio, 
aumentando a atividade do músculo cardíaco e esquelético. – 
Antagonizam competitivamente os receptores celulares 
de adenosina, resultando em estimulação do SNC, vasoconstrição, 
taquicardia e acúmulo de nucleotídeos cíclicos (especialmente 
AMPc). 
Também aumentam a irritabilidade do córtex sensorial, 
resultando em aumento do estado de alerta mental. 
 
Toxicocinética 
Absorção: são rapidamente absorvidas por via oral 
Distribuição: amplamente distribuídas pelo corpo, principalmente 
nos tecidos muito vascularizados e ricos em líquidos. – 
Biotransformação: hepática pelas oxidases de função mista 
microssomais, por desmetilação e conjugação. 
Excreção: renal. São alcalinas, consequentemente, são mais 
rapidamente excretadas quando a urina é acidificada. 
 
Sinais clínicos: vômitos, diarreia, agitação, hiperatividade, rigidez, 
contração muscular súbita, hiper-reflexia, tremores e convulsões, 
incontinência urinária ou poliúria, taquipneia, polipneia, taquicardia 
(grandes ingestas) ou bradicardia (pequenas ingestas). 
 
Mortes podem ocorrer de 6-24 horas da ingesta, por arritmia ou 
falência respiratória, exposição crônica pode conduzir a 
insuficiência cardíaca. 
Diagnóstico laboratorial: as metilxantinas e seus metabólitos podem 
ser medidos pelo alto desempenho da cromatografia líquida em 
soro, plasma, tecidos, urina e conteúdo estomacal. 
 Permanecem estáveis no soro ou plasma, refrigerados 
por 14 dias, em temperatura ambiente por 7 dias e congelado por 
4 meses. 
Tratamento: descontaminação oral por indução de vômito (4 a 6 
horas da ingesta), carvão ativado a cada 3 a 4 horas (1-5g/kg) 
pode reduzir a meia-vida das metilxantinas. 
 Aumento da eliminação por fluidoterapia e acidificação 
urinária, assistência respiratória, Diazepam ou fenobarbital para 
as convulsões, tremores e ansiedade. 
 Tratar hipertermia, monitorar eletrólitos e ECG, evitar o uso 
de antibióticos da família dos macrolídeos, Cimetidina, Ranitidina e 
corticoides, já que interferem na excreção das metilxantinas. 
 Não utilizar lidocaína em felinos.

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