Buscar

CENTRO CIRÚRGICO E CME3


Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CENTRO CIRÚRGICO E CME| Página 39 de 64 
 
Quadro 2 - Processo de Enfermagem Fonte: COFEN, 2012 (Adapado). 
#PraCegoVer: A imagem mostra um esquema organizacional e didá co do processo de 
enfermagem. No primeiro momento, temos a inves gação (coleta de dados e obtenção de 
informação), no segundo momento, o diagnós co de enfermagem (interpretação dos dados), no 
terceiro momento, temos o planejamento de enfermagem (elaboração dos cuidados de 
enfermagem), no quarto momento, temos a implementação de enfermagem (realização prá co 
dos cuidados de enfermagem) e no quinto e úl mo, temos a avaliação de enfermagem (avalia os 
cuidados de enfermagem que foram prestados aos pacientes). 
O PE (processo de enfermagem) é sistema zado pelo enfermeiro, que tem o obje vo de prestar 
cuidados clínicos de acordo com a patologia do ser humano que se encontra internado ou vai se 
submeter a um procedimento cirúrgico. As orientações são fornecidas ao paciente, por meio do 
enfermeiro, a par r do momento da internação até a sua alta. 
Por meio da SAEP, o enfermeiro elabora um plano assistencial de cuidados de enfermagem para o 
paciente, o qual deverá ser executado pela equipe de auxiliares e técnicos de enfermagem. Esse 
plano assistencial foi elaborado de acordo com análise do diagnós co de enfermagem, avaliado pelo 
enfermeiro no momento inicial do PE, examinando-se os problemas sicos e mentais levantados, as 
necessidades afetadas e o grau de dependência do paciente. No decorrer dos dias de hospitalização, 
e de acordo com a melhora orgânica do paciente, é feito o planejamento da alta hospitalar. Neste 
momento, a família e o paciente são orientados pelo profissional médico e pelo enfermeiro para os 
cuidados de saúde necessários quando retornarem ao domicílio (MALAGUTTI; BONFIM, 2009). 
1.3 ADMISSÃO OU RECEPÇÃO DO PACIENTE NO CENTRO CIRÚRGICO 
A recepção e a permanência de um paciente, realizada pelo enfermeiro e a sua equipe, no setor do 
centro cirúrgico, correspondente ao período do transoperatório, é denominado de admissão no 
centro cirúrgico. 
É ro na de um centro cirúrgico, a elaboração diária de um mapa cirúrgico realizado pelo enfermeiro 
líder ou coordenador para organizar a demanda cirúrgica solicitada pelos médicos cirurgiões. Esse 
mapa deve conter o nome do paciente, dia, hora e o nome da cirurgia, equipamentos e 
instrumentais cirúrgicos, solicitação ou não de bolsa de componentes de hemoderivados, reserva 
no setor de unidade de terapia intensiva, preferência de sala operatória, de acordo com o porte e a 
demanda cirúrgica e o possível grau de contaminação da cirurgia (CARVALHO, 2016). 
A admissão do paciente no CC tem por obje vo prestar uma assistência humanizada 
mul profissional para reduzir, ao máximo possível, os riscos internos de desenvolver infecção 
hospitalar no ato anestésico-cirúrgico. Para isso, é preciso minimizar o grau de ansiedade do 
paciente para que ocorra uma melhor recuperação da disfunção orgânica. É importante recordar 
que cada ser humano que se submete a uma intervenção cirúrgica é único. Por isso, a necessidade 
de um planejamento diferenciado um do outro para melhor segurança de todos (KINGDON; 
NEWNAN, 2016). 
De acordo com estudo de SOBECC (2017), existe uma organização no ato da admissão do paciente 
no CC e, preferencialmente, deve ser realizado pela equipe de enfermagem, que recepciona o 
paciente com princípios é cos legais, iden ficando-o e se iden ficando. É indicado observar, 
detalhadamente, no prontuário documentos importantes como exames, registros e protocolos, 
CENTRO CIRÚRGICO E CME| Página 40 de 64 
 
anotando no prontuário o horário, condições e aspectos clínicos do paciente, registrar e confirmar 
a realização dos cuidados e procedimentos pré-operatórios tais como: jejum, tricotomia, 
administração medicamentosa de pré-anestésicos, re rada e armazenamento adequado de 
próteses, adornos, entre outros objetos, registrar e comunicar à equipe médica se tem alergia 
medicamentosa ou cirurgias prévias. Todas as informações precisam ser registradas, garan ndo 
e camente o sigiloso das informações, com a finalidade de garan r seguramente o andamento das 
cirurgias. 
Todas as informações e etapas cirúrgicas têm como meta a segurança dos pacientes internados que 
serão subme dos à intervenção cirúrgica, visando minimizar as intercorrências, eventos adversos e 
a mortalidade. 
2 COMPLICAÇÕES CIRÚRGICAS E CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIO 
Complicação cirúrgica pode ser definida como uma intercorrência ou evento inesperado em um 
procedimento ou intervenção médico cirúrgico, que não poderia ser, em geral, previsto pela equipe 
profissional médica. Normalmente, essas intercorrências ocorram após o ato cirúrgico em um 
período chamado de PO (pós-operatório). 
2.1 PÓS-OPERATÓRIO 
O período do PO se inicia no momento da admissão na SRPA e estende-se até o período após a alta 
do paciente do ambiente hospitalar. Esse período cirúrgico pode ser divido em três momentos: 
 POI (período pós-operatório) : Período operatório que tem início nas primeiras 24 horas 
após o ato cirúrgico. Pode ser considerado um período complexo e crí co, em que se deve 
ter muita atenção da equipe médica de anestesiologista e por parte da equipe de 
enfermagem. 
 POM (pós-operatório mediato) : Período operatório que tem início após as primeiras 24 
horas da cirurgia até o sé mo dia que o paciente se encontra internado, seguido de alta 
hospitalar. 
 POT (pós-operatório tardio) : Período operatório que tem início após os primeiros sete dias 
e pode durar até a úl ma avaliação médica. Geralmente, ocorre em ambiente domés co. 
Durante o POI, a equipe médica e de enfermagem precisa avaliar clinicamente e orientar o paciente 
quanto à homeostase dos diversos tecidos e órgãos do corpo, desconforto, dor e seu alívio, 
promoção e prevenção de complicações pós-operatórias, plano de cuidados adequados e sua alta 
hospitalar. 
A unidade ou setor de pós-operatório atende aos pacientes oriundos CC e SRPA e que foram 
subme dos a diversas categorias de cirurgias, de acordo com a necessidade e urgência. Essas 
categorias podem incluir as cirurgias de reparação de hemorragias, cálculos renais, catarata, hérnias 
simples e cirurgias plás cas, bem como cirurgias para alívio ou correção orgânica e até para 
diagnós co de doenças (SMELTZER; BARE, 2005). 
 
 
CENTRO CIRÚRGICO E CME| Página 41 de 64 
 
Categoria das cirurgias 
Reconstrutiva Cirurgia para reconstrução ou estética 
Paliativa Cirurgia para corrigir ou aliviar desconforto 
Reabilitação Recuperar parte orgânica 
Emergência Cirurgia imediata; requer atenção 
Urgência Cirurgia mediata; pode esperar de 24 a 30 horas 
Eletiva Paciente precisa ser operado; não é algo imediato 
Opcional Paciente tem o poder de decisão 
Tabela 1 - Cirurgias são categorizadas Fonte: SMELTZER; BARE, 2005 (Adaptado). 
#PraCegoVer: Nas imagens observamos uma tabela com esquema organizacional e didá co das 
categorias das cirurgias. Iniciando com cirurgia de reconstrução (finalidade de reconstruir parte do 
corpo), cirurgia palia va (finalidade de aliviar ou reparar parte do corpo), cirurgia de reabilitação 
(finalidade de recuperar parte do corpo), cirurgia de emergência (finalidade de ato cirúrgico 
imediato), cirurgia de urgência (finalidade de ato cirúrgico mediato), cirurgia ele va (cirurgia de 
ro na) e cirurgia opcional (cirurgia por opção do paciente). 
O PO pode receber pacientes portadores de doenças crônicas, com distúrbios orgânicos, podendo 
apresentar intervenções clínicas importantes no período do POI. Nas cirurgias classificadas como 
ele vas, que são aquelas que o paciente precisa ser operado, mas que não corre o risco imediato de 
evoluir para morte, estas disfunções, geralmente, são tratadas antes do ato cirúrgico. Entretanto, 
nas cirurgias emergenciais e de urgência tais alterações nem sempre são tratadas antes do ato 
cirúrgico, no período do pré-operatório. 
Pacientes que, após o ato anestésico-cirúrgico, evoluírem com asfunções orgânicas e sinais vitais 
estabilizados da SRPA, serão transferidos para o leito de uma enfermaria, do pós-operatório, para 
completar a sua recuperação sistêmica. Aqueles que evoluírem com disfunções ou instabilidade na 
SRPA deverão ser transferidos, imediatamente, para a sala operatória ou unidade de terapia 
intensiva para cuidados intensos e con nuos (MALAGUTTI; BONFIM, 2009). 
A SAEP, no POI, é direcionada para as intervenções voltadas à prevenção ou assistência imediata 
para as complicações cirúrgicas. Atuar com as prevenções imediatas das complicações, no pós-
operatório, promove rápida estabilização do quadro clínico do paciente, economizando tempo, 
reduzindo gastos desnecessários e preocupações mul profissionais, e diminuindo ou eliminando a 
dor; aumentando a sobrevida do paciente. 
Após a avaliação clínica e sistêmica realizada pelo enfermeiro dos controles orgânicos gerais, 
levando em consideração os antecedentes clínicos, a fisiopatologia da doença e as intercorrências 
do ato anestésico-cirúrgico, é possível planejar, elaborar e aplicar um plano de cuidados 
individualizado, baseado no PE (SMELTZER; BARE, 2005). 
O profissional enfermeiro precisa ter habilidade em compreender que a cirurgia pode alterar o 
equilíbrio da homeostase orgânica, ocasionando distúrbios hidroeletrolí cos com sinais vitais 
alterados, independentemente do tempo cirúrgico. Os riscos imediatos dos distúrbios pós-
operatórios estão presentes em todos os momentos da menor ou maior intervenção cirúrgica. 
CENTRO CIRÚRGICO E CME| Página 42 de 64 
 
2.2 VISÃO GERAL DOS CUIDADOS ORGÂNICOS NO POI 
Carvalho (2016) afirma, em seus estudos, que o obje vo principal da SAEP na SRPA é observar, cuidar 
e tratar do paciente para que ele se recupere dos efeitos terapêu cos dos anestésicos até que as 
funções orgânicas gerais sejam restabelecidas. Para tal, é primordial uma avaliação imediata que 
possa consis r na observação dos sistemas e cuidados orgânicos. O enfermeiro observa, 
inicialmente, de forma integral. 
 Sistema respiratório humano : É preciso observar, cuidadosamente, quanto à 
permeabilidade e abertura das vias aéreas, ven lação, frequência, amplitude e ruídos 
pulmonares. Averiguar desconforto respiratório comunicado pelo paciente ou observando 
ragem intercostal, ba mentos de asa de nariz e uso da musculatura acessória. Nesse 
sistema, faz-se necessário um exame sico, percussão e ausculta, direcionado para os 
principais achados respiratórios que possam detectar complicações respiratórias o mais 
precocemente possível. 
 Sistema cardiovascular humano : É preciso observar cuidadosamente os achados 
cardiovasculares, levando em consideração a monitorização do paciente em relação às 
sintomatologias de choque e hemorragia. Nesse sistema, faz-se necessário avaliar os sinais 
vitais, coloração cutânea e mucosas, grau de umidade, perfusão capilar, verificação dos gases 
sanguíneos e exame sico direcionado, com realização da ausculta e percussão cardíaca. 
 Sistema neurológico humano : É preciso observar e anotar os parâmetros relacionados ao 
nível de consciência, resposta e es mulos verbais e/ou a dor, foto reação pupilar, motricidade 
e mobilidade dos membros, superiores e inferiores, e da musculatura da face e efeitos do 
anestésico. 
 Sistema imunológico : É preciso observar os sinais de desenvolvimento de um processo 
infeccioso. A infecção é considerada umas das piores complicações decorrentes do ato 
anestésico-cirúrgico. O paciente no POI encontra-se debilitado, devido à agressão traumá ca 
do procedimento cirúrgico, e pode desenvolver risco elevado de ser invadido por agentes 
microscópicos através dos procedimentos invasivos, por mo vo do trauma tecidual. O 
procedimento cirúrgico, além de romper a barreira do tecido tegumentar, impede a 
distribuição de eletrólitos e água na quan dade necessária para o organismo, 
desencadeando, desta forma, uma série de reações sistêmicas orgânicas, que facilitam a 
ocorrência de um processo infeccioso. 
 Sistema excretor ou renal humano : É preciso observar e anotar as alterações da fisiologia 
renal e do equilíbrio hidroeletrolí co. É comum, nesse período pós-cirúrgico, a es mulação 
do aumento da secreção de hormônio an diuré co e da aldosterona, aumentando a 
retenção hídrica. O volume urinário diminui, independentemente da ingestão de líquidos. 
Es ma-se que o paciente em pós-operatório, com função renal normal, apresente um débito 
ou eliminação urinária em média de 50 a 60 ml por hora. 
 Acesso venoso : É preciso um acesso venoso em vasos calibrosos para a infusão dos 
medicamentos administrados ao paciente. Preferencialmente, que a infusão seja 
endovenosa ou por acesso central. 
CENTRO CIRÚRGICO E CME| Página 43 de 64 
 
 Drenos : É preciso observar e anotar o volume e o aspecto das substâncias que serão 
drenadas por tubos inseridos na região gástrica, torácica e na região do medias no. 
 Ferida cirúrgica : É preciso observar, tratar e anotar os aspectos encontrados nas lesões 
cirúrgicas. A manutenção de uma técnica assép ca, durante o transoperatório e no período 
pós-operatório, é o mais importante na promoção da cicatrização saudável do ferimento. 
Geralmente, os principais fatores que interferem na cicatrização são o local ou região da 
incisão, po de sutura cirúrgica, estado nutricional, presença de doença de base, processos 
infeciosos, drenos e po de cobertura ou cura vo. 
 Posicionamento no leito : É preciso observar e avaliar, de acordo com o po de cirurgia e 
recomendação médica, o melhor posicionamento do paciente para favorecer a sua troca 
gasosa e recuperação da intervenção cirúrgica. As posições são inúmeras, obje vando o 
conforto e a minimização da dor. 
 Dor : É preciso observar e analisar a resposta do paciente à sensação da dor. Porém, é 
considerado um processo subje vo. Essa análise é realizada por diferentes escalas 
numéricas, com score de 0 a 10, chamada de escala EVA. O enfermeiro ou médico indaga ao 
paciente a respeito da localização, intensidade e qualidade da dor, iniciando promoção do 
conforto como mudança do posicionamento e massagem com fim terapêu co para alívio da 
sensação dolorosa. A necessidade de controle da dor fazendo uso de analgésicos deve ser 
prescrito pelo médico. A dor é um sinal vital que precisa ser controlado imediatamente. 
Não se pode esquecer que as complicações no POI, ainda que tenham apresentado diminuição dos 
números de ocorrências atualmente, são consideradas intervenções preocupantes para os médicos 
anestesiologistas e cirurgiões, e podem acarretar inúmeras disfunções orgânicas ao paciente, 
inclusive incapacidade e morte (SMELTZER; BARE, 2005). 
A sistema zação da assistência de enfermagem na CC, no período do pós-operatório imediato, é de 
fundamental importância para entender o contexto do atendimento de enfermagem e da equipe 
mul profissional ao paciente crí co ou mesmo estabilizado. Planejar uma SAEP, baseada em 
evidências e achados cien ficos, é de extrema importância para a promoção do conforto e do bem-
estar do paciente. O enfermeiro deve ter conhecimento amplo de anatomia e de fisiologia para 
entender as alterações orgânicas induzidas pelo ato anestésico-cirúrgico, para perceber 
precocemente as disfunções que possam comprometer a vida do paciente. 
3 FERIDAS CIRÚRGICAS: CARACTERÍSTICAS GERAIS 
Durante décadas, o homem tentou intervir no processo de cicatrização das lesões do tecido 
tegumentar, de forma acidental ou provocada, como parte da realização de procedimentos 
demonstrando que, desde então, já se sabia da necessidade de protegê-lo de forma a evitar que se 
complique e repercuta em danos locais ou gerais para o organismo humano. 
Podemos dizer que ferida é qualquer situação que possa lesionar e prejudicar a integridade cutânea, 
seja por acidentes, traumas, doenças ou cirurgias. Essas lesões costumam ser de fácil e rápida 
cicatrização, mas outras ainda podem necessitar de tratamentos mais complexos. 
Os adultos são reves dosaproximadamente por 2m² de tecido tegumentar ou pele com 2mm em 
média de espessura. Assim, a pele é o maior órgão do corpo humano, representando 
CENTRO CIRÚRGICO E CME| Página 44 de 64 
 
aproximadamente 15% do peso corporal. Além disso, é uma estrutura do nosso corpo que exerce 
funções de proteção, percepção, termorregulação, comunicação com os ambientes externo e 
interno, absorção, excreção e síntese de vitamina D. Derme, epiderme e a hipoderme são as três 
camadas que cons tuem o tecido tegumentar humano ou pele. 
 
Quadro 3 - Funções da pele Fonte: CAMPOS et al, 2016 (Adaptado). 
#PraCegoVer: A imagem mostra um quadro com esquema organizacional e didá co das funções da 
pele de proteção (protege o organismo), de percepção (possui terminações nervosas), de 
termorregulação (conserva o calor do corpo humano), de comunicação (comunica o meio interno 
com o externo ou vice-versa), absorção (abarca substâncias) e síntese de vitamina D (produz 
vitamina D para proteger a pele por reação fotoquímica). 
A FC (ferida cirúrgica) é uma lesão traumá ca intencional, resultante de um corte ou incisão no 
tecido tegumentar produzido por instrumental cirúrgico, formando uma abertura em uma região do 
corpo, realizando-se, por conseguinte, a aproximação das bordas cutâneas, por meio de um 
procedimento chamado de sutura. 
Todo procedimento cirúrgico gera transtornos aos tecidos e sistemas orgânicos. Dentre os possíveis 
transtornos, podemos destacar: as lesões ssulares por perda da integridade do tecido cutâneo e 
tecidos subcutâneos, as perdas sanguíneas ou pequenas hemorragias, aumento da permeabilidade 
vascular, inchaço (edemas) e acúmulo de líquido linfá co no tecido gorduroso (linfedemas), 
alterações no sistema endócrino, alterações no metabolismo e funções hemodinâmicas, 
ocasionando, dessa forma, um aumento do consumo de oxigênio. Esses processos desenvolvem um 
risco potencial de processos infecciosos, comprometendo todo o organismo (CAMPOS et al, 2016). 
Podemos dizer que a FC se recupera bem rápido, por ser um trauma provocado por um cirurgião, 
em ambiente e procedimentos assép cos, em tempo adequado e esperado, quando não apresenta 
complicações, principalmente, por agentes microscópicos patogênicos. Porém, o estado nutricional, 
as doenças agudas ou crônicas, a terapia medicamentosa, a faixa etária, a hipera vidade do 
paciente, fatores psicossociais, a perfusão de oxigênio, as condições imunológicas e os tratamentos 
tópicos podem influenciar na reparação ou regeneração do tecido cutâneo. 
CENTRO CIRÚRGICO E CME| Página 45 de 64 
 
3.1 FERIDAS CIRÚRGICAS: FASES DA CICATRIZAÇÃO 
É importante dizer que o processo de reparação do tecido ssular envolve a regeneração de células 
de qualquer ferida, e iden ficam-se três fases consecu vas, que são controladas por fatores de 
crescimento e pela percepção do sistema nervoso do indivíduo. Essas fases têm o obje vo de 
reestruturar o tecido tegumentar comprome do (CAMPOS et al, 2016). 
Fase 1 : A primeira fase da reparação ou cicatrização é chamada de inflamatória ou exsuda va, e 
tem início após o trauma. Manifesta-se com inchaço (edema), dor ao toque, vermelhidão e sensação 
de calor. É comum a produção de secreção e a vação do processo de coagulação sanguínea, seguido 
de mediadores químicos para iniciar o processo de restruturação do tecido tegumentar. É um 
momento de defesa da ferida contra os microrganismos, e pode durar de 1 a 4 dias. 
Fase 2 : A segunda fase da reparação ou cicatrização é chamada 
de prolifera va ou fibroblás ca ou granulação e tem início após a primeira fase. Manifesta-se com 
a regeneração do tecido lesionado, formação do tecido de granulação, processo de reepitelização, 
deposição de colágeno e elas na. Podemos dizer que é o momento da regeneração da pele e pode 
durar em média de 12 a 14 dias. 
Fase 3 : Na terceira fase da reparação ou cicatrização é chamada de maturação ou remodelagem e 
tem início após a segunda fase, podendo durar, em média, semanas, meses ou anos, dependendo 
dos fatores múl plos que podem interferir no crescimento e reparação das células tegumentares. É 
uma fase que se caracteriza por reorganização das diversas estruturas orgânicas que foram 
lesionadas ou destruídas na primeira fase da cicatrização. 
3.2 FERIDAS CIRÚRGICAS: TIPOS DE CICATRIZAÇÃO 
Observamos que o processo de cicatrização da ferida é dividido de forma didá ca em três fases, 
com critérios e caracterís cas especificas para cada momento da reparação ssular. Podemos 
classificar as aproximações das bordas da ferida em diferentes pos de cicatrização, como veremos 
a seguir. 
Tipo 1 : Cicatrização por primeira intenção ou primária: aproximação das bordas realizadas pelos 
cirurgiões por suturas manuais. Incisão limpa, com pouca perda de tecido tegumentar e pouco ou 
nenhuma secreção ou exsudato e formação de cicatriz mínima. Pode ser comprome da por fatores 
infecciosos. 
Tipo 2 : Cicatrização por segunda intenção ou secundária: incisão potencialmente contaminada, 
aberta, com perda ssular significa va e processo inflamatório evidente. Formação de tecido de 
granulação gradual com epitelização aparente nas bordas da ferida. Existe um aumento potencial 
para o desenvolvimento de infecção. 
Tipo 3 : Cicatrização por terceira intenção ou terciária: incisão man da aberta, enquanto es ver com 
fatores predisponentes para complicação do processo de cicatrizar. Possível formação de edema, 
processo infeccioso e com presença de substâncias exsuda vas, podendo cicatrizar por terceira ou 
primeira intenção tardia. 
Tipo especial : Cicatrização por coberturas biológicas: o processo de reparação ou cicatrização, 
geralmente, está associado por aplicação de pedaços de tecido tegumentar ou pele na região 
CENTRO CIRÚRGICO E CME| Página 46 de 64 
 
superficial da lesão, ou fazendo uso de técnicas de enxertos de pele para facilitar o processo celular 
de reparação. 
Assim, no processo de reparação ssular, encontramos elementos orgânicos fundamentais para esse 
processo metabólico da ferida. É comum acharmos as células chamadas de plaquetas, neutrófilos, 
monócitos, macrófagos, quera nócitos, fibroblastos e células que formam os tegumentos dos vasos 
(endoteliais). Além das células, é comum a presença de mediadores químicos como a citocina, que 
ajuda na regulação da resposta inflamatória e imunológica, bem como a formação de uma matriz 
extra celular, cuja a função é de suporte estrutural e bioquímico para a célula (LIMA; BORGES; SILVA, 
2008). 
Existem condições que podem afetar o processo de cicatrização da ferida como o processo de 
infecção, profundidade, inchaço, contaminação e presença de exsudato, processo traumá co, pouca 
umidade no interior da ferida, substâncias estranhas, hematoma e morte tecidual (necrose). 
Geralmente, essas condições são localizadas na região do ferimento. As condições chamadas de 
sistêmicas, estão relacionadas, diretamente, aos fatores biopsicossociais do paciente como idade, 
faixa etária, nutrição, doenças crônicas, uso de fármacos sistêmicos e algum tratamento tópico na 
região da ferida, que seja inadequado como a u lização e manejo de substâncias químicas 
an ssép cas com ação citolí ca, ocasionando citotoxicidade, patologia ou morte celular, afetando a 
cicatrização (LIMA; BORGES; SILVA, 2008). 
O tratamento para o processo de cicatrização das feridas cirúrgica ou operatória ocorre com a 
regeneração ou recons tuição do tecido tegumentar lesionado. Porém, ao longo desse 
processo, podem surgir inúmeras complicações como hemorragias internas ou externas, de 
pequenos ou grandes vasos, bem como separação das bordas da pele (deiscência), que geralmente 
acontece entre o terceiro e o décimo primeiro dia, evisceração, infecção e fistulas, dificultando o 
contato com as bordas da ferida e, por sua vez, o processo de cicatrização. 
3.3 FERIDAS CIRÚRGICAS: COMPROMETIMENTO TECIDUAL 
As lesões das estruturas e das funções da pele é considerada uma ferida, como já foi discu do 
dida camentenesta unidade de ensino. Essas rupturas ou lesões podem ser classificadas em: 
 superficiais (epiderme e derme); 
 profundas (epiderme, derme, vasos sanguíneos, estruturas musculares, aponeuroses, 
tendões e sistema esquelé co); ou 
 imensuráveis. 
Para complementar os estudos das feridas cirúrgicas, o COFEN (conselho federal de enfermagem), 
através da Resolução n. 501, de 17 de dezembro de 2015, destaca no art. 1º e item 6, a classificação 
das feridas, de acordo com o comprome mento tecidual. Confirma a seguir. 
Estágio I - caracteriza-se pelo comprome mento da epiderme apenas, com formação de eritema em 
pele íntegra e sem perda tecidual. 
Estágio II - caracteriza-se por abrasão ou úlcera, ocorre perda tecidual e comprome mento da 
epiderme, derme ou ambas. 
Estágio III - caracteriza-se por presença de úlcera profunda, com comprome mento total da pele e 
necrose de tecido subcutâneo, entretanto a lesão não se estende até a fáscia muscular. 
CENTRO CIRÚRGICO E CME| Página 47 de 64 
 
Estágio IV - caracteriza-se por extensa destruição de tecido, chegando a ocorrer lesão óssea ou 
muscular ou necrose ssular (COFEN, 2015). 
Nessa etapa de classificação e avaliação de uma ferida cirúrgica, o profissional enfermeiro estabelece 
critérios de prioridades, levando em consideração o comprome mento da descon nuidade da pele. 
Entender as caracterís cas do tecido tegumentar, epiderme, derme, hipoderme, tecidos adjacentes 
(músculos e ossos) e as estruturas celulares e bioquímica presentes nessas regiões da pele facilita o 
critério do planejamento da sistema zação da assistência de enfermagem para uma cicatrização 
eficiente, rápida e com redução ou eliminação dos processos infecciosos. 
4 DESBRIDAMENTO DA FERIDA CIRÚRGICA 
A palavra desbridar significa remover ou re rar. A prá ca de limpeza, remoção ou re rada de 
tecidos desvitalizado do leito da ferida para que possa ocorrer uma preparação para o processo de 
cicatrização é chamado de desbridamento ou debridamento. 
4.1 CONCEITOS 
Observe abaixo, conceitos e algumas recomendações re rados, na integra, da Resolução n. 567, de 
29 de janeiro de 2018, do COFEN, que diz: 
 Desbridamento autolí co : Processo sele vo de remoção da necrose (preserva o tecido vivo) 
pela ação dos neutrófilos, eosinófilos e basófilos; e das enzimas diges vas do próprio 
organismo do paciente. É promovido pelo uso de produtos que garantam a umidade 
adequada na ferida. 
 Desbridamento instrumental conservador : Pode ser realizado à beira do leito ou 
ambulatorial, em lesões cuja área de necrose não seja muito extensa. Nestes casos, a 
analgesia local geralmente não é necessária visto que o tecido necró co é desprovido de 
sensação dolorosa. Nos casos de lesões extensas ou úlceras em estágio IV, o paciente deverá 
ser encaminhado ao centro cirúrgico. 
 Desbridamento mecânico : Consiste na aplicação de força mecânica diretamente sobre o 
tecido necró co a fim de facilitar sua remoção, promovendo um meio ideal para a ação de 
cobertura primarias. Pode ser fricção, irrigação com jato de solução salina à 0,9%, irrigação 
pulsá l, hidroterapia, cura vo úmido-seco, enzimá co e autólise. 
 Desbridamento químico : Processo sele vo de remoção da necrose (preserva o tecido vivo) 
por ação enzimá ca. 
Por ser uma técnica invasiva, assép ca, limpa, deve ser realizada por médicos e enfermeiros 
habilitados, em ambiente hospitalar. O processo de analgesia se faz necessário para a realização do 
procedimento, bem como monitoração dos sinais vitais e linguagem corporal. É importante o 
planejamento da sistema zação da assistência de enfermagem para prever complicações e cuidados 
gerais para com o paciente. 
4.2 LIMPEZA DA FERIDA 
A ferida cirúrgica é considerada um trauma intencional, invasivo, geralmente, planejada, limpa e que 
cicatriza por primeira intenção, dentro de um prazo preestabelecido. Contudo, quando se 
CENTRO CIRÚRGICO E CME| Página 48 de 64 
 
evidenciam fatores ou estruturas celulares ou bioquímicas estranhas ao seu desenvolvimento 
normal, pode infeccionar, e acometer o estado geral do paciente, surgindo, desta forma, 
complicações orgânicas, regionais ou sistêmicas e, por esse mo vo, merece cuidados e assistência 
específicos. Essa assistência, primária, pode ser considerada uma limpeza no leito da ferida para 
re rada de sujidade, exsudato contaminado, estruturas celulares e secreções orgânicas (MARTINS 
et al, 2015). 
O enfermeiro e a sua equipe, devem avaliar a FC e estabelecer critérios, seguir protocolos 
ins tucionais ou do Ministério da Saúde quanto às técnicas limpas, que são 
consideradas procedimentos assép cos, com eliminação total ou parcial dos microrganismos e 
diminuição de fluidos orgânicos potencialmente contaminados. Já as técnicas estéreis têm por 
obje vo eliminar totalmente as cargas microbianas do leito da ferida, exigindo, desta forma, que 
seja realizada no ambiente ou unidade hospitalar. É importante dizer que a técnica limpa pode ser 
um procedimento realizado no ambiente domés co, desde que, o paciente e a família sejam 
orientados corretamente por um profissional da equipe de enfermagem (MARTINS et al, 2015). 
5 CURATIVO DE FERIDAS CIRÚRGICAS 
Para promover uma cicatrização rápida, eficiente e resolu va, o enfermeiro precisa, através de 
procedimentos clínicos, prevenir a ocorrência de fatores infecciosos. Essa prevenção resulta em um 
excelente tratamento de recuperação dos tecidos lesionados, e pode ser chamada de cura vo. 
Tipos de curativos 
Curativo semi-oclusivo 
Considerado absorvente, utilizado em feridas exsudativas e cirúrgicas Serve de 
barreira e veda a ferida contra sujidade e microrganismo 
Curativo oclusivo 
Utilizado para reduzir sangramentos e aproxima as bordas da ferida Usado para feridas 
limpas e cirúrgicas 
Curativo compressivo 
Considerado absorvente, utilizado em feridas exsudativas e cirúrgicas Serve de 
barreira e veda a ferida contra sujidade e microrganismo 
Curativo aberto 
Utilizado para reduzir sangramentos e aproxima as bordas da ferida Usado para feridas 
limpas e cirúrgicas 
 
Quadro 4 - Tipos de cura vos Fonte: MARTINS, et al., 2015 (Adaptado). 
#PraCegoVer: A imagem mostra um quadro com um esquema organizacional e didá co dos pos 
de cura vos. Cura vo semi-oclusivo (considerado absorvente, u lizado em feridas exsuda vas e 
cirúrgicas), cura vo oclusivo (serve de barreira e veda a ferida contra sujidade e 
microrganismo), cura vo compressivo (u lizado para reduzir sangramento e aproxima as bordas da 
ferida) e cura vo aberto (utsado para feridas limpas e cirúrgicas). 
Assista aí 
Como você pode observar, existem vários pos de cura vos. Porém todos possuem uma finalidade: 
limpar o leito da ferida para a aplicação de uma cobertura com caracterís cas estéreis para acelerar 
o processo cicatricial da ferida. 
FIQUE DE OLHO 
CENTRO CIRÚRGICO E CME| Página 49 de 64 
 
O profissional enfermeiro deve avaliar detalhadamente a ferida cirúrgica e estabelecer critérios 
clínicos para a recuperação do paciente que se submeteu ao ato anestésico-cirúrgico. É importante 
seguir protocolos cien ficos hospitalares ou do Ministério da Saúde. 
Enfim, o enfermeiro, da clínica cirúrgica e do centro cirúrgico, juntamente com a sua equipe de 
enfermagem, avalia o po de incisão cirúrgica, considerando a localização e o tamanho do 
ferimento. Logo em seguida, planeja os cuidados do tratamento da FC e o po de cura vo que 
melhor se adapta a lesão, contribuindo dessa forma, para a promoção e recuperação da saúde do 
paciente. 
Assista aí 
É ISSO AÍ! 
Nesta unidade, você teve a oportunidade de: 
 conhecer noções e conceitos relacionados aos critérios de admissão do paciente no 
ambiente da clínica cirúrgica e centro cirúrgico; 
 aprender as complicações cirúrgicas e cuidados pós-operatórios; 
 compreender os cuidados gerais do pós-operatório imediato; 
 estudar e caracterizar a ferida cirúrgica; 
 compreender o processo de perda tecidual, limpeza e cura vo da ferida cirúrgica;REFERÊNCIAS 
CAMPOS, M. G. C. A. et al. Feridas Complexas e estomias: aspectos preven vos e manejo clínico. João Pessoa: Ideia, 2016. 
CARVALHO, R.; BIANCHI, E. R. F. Enfermagem em centro cirúrgico e recuperação. Barueri: Manole, 2016. 
COFEN. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução n. 567, de 29 de janeiro de 2018. Regulamenta a competência da equipe de enfermagem no cuidado às feridas e dá 
outras providências. 
COFEN. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução n. 358/2009. Dispõe sobre a Sistema zação da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de 
Enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de enfermagem, e dá outras providências. 
COFEN. Conselho Federal de Enfermagem. Resolução COFEN n. 242, de 31 de agosto de 2000. Dispõe sobre a Sistema zação da Assistência de Enfermagem e a 
implementação do Processo de Enfermagem em ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional de enfermagem, e dá outras providências. Diário 
Oficial da União, Brasília, DF, de 23 de abril de 2012. Disponível: h p://www.cofen.gov.br/resoluo-cofen-2422000-revogada-pela-resoluo-cofen-n-4212012_4282.html. 
Acesso em: 28 abr. 2020. 
KINGDON, B., NEWNAN, K. - Determining Pa ent Discharge Criteria in an Outpa ent Surgery Se ng. AORN Journal, v.83, n. 4, 898-904, 2006. 
LAUTERT, L.; ZINI, L. W.; GLANZNER, C. H. Programa de atendimento de enfermagem na admissão e alta hospitalar. Rev Gaúcha Enferm. Porto Alegre, v. 27, n. 1, 92-99, 
mar, 2006. 
LIMA, M. P.; BORGES, E. L.; SILVA, P. S. Fatores de risco para complicações das feridas cirúrgicas abdominais: uma revisão sistemá ca da literatura. Rev. Min. Enferm. 
Minas Gerais, v. 12, n. 4, 539-546, out/dez, 2008. 
MALAGUTTI, W.; BONFIM, I. M. Enfermagem no centro cirúrgico: atualidades e perspec vas no ambiente cirúrgico. São Paulo: Mar nari, 2009. 
MARTINS T. et al. Pré-operatório de cirurgias potencialmente contaminadas: fatores de risco para infecção do sí o cirúrgico. Acta Paul. Enferm. São Paulo, v. 28 n. 4, 
jul/ago. 2015. 
SMELTZER, S. C; BARE, B. G. Brunner & Suddarth: tratado de enfermagem médico-cirúrgica. v. 1. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2005. 
SOBECC. Diretrizes de prá cas em enfermagem cirúrgica e processamento de produtos para a saúde. 7. ed. São Paulo: Manole, 2017 
CENTRO CIRÚRGICO E CME| Página 50 de 64 
 
UNIDADE 4 CENTRAL DE MATERIAL E 
ESTERILIZAÇÃO: ESTRUTURA FLUXO E MÉTODOS 
 
CENTRO CIRÚRGICO E CME| Página 51 de 64 
 
INTRODUÇÃO 
Você está na unidade Central de material e esterilização: estrutura fluxo e métodos. Conheça aqui 
conceitos importantes de uma CME (central de material e esterilização) e a sua importância para os 
ambientes hospitalares. Entenda que existem etapas a serem seguidas do fluxo de trabalho e 
monitoramentos dos materiais médico-hospitalares em uma CME, bem como o dimensionamento 
de pessoas da enfermagem, estrutura da área sica e os métodos de limpeza, desinfecção e 
esterilização que ocorrem internamente em uma central de material e esterilização. Aprenda, ainda, 
técnicas que são fundamentadas em evidências cien ficas relacionadas com a equipe de 
enfermagem para a validação dos processos de eliminações parcial ou total de microrganismos dos 
materiais cirúrgicos que chegam até a central de material e esterilização. 
Bons estudos! 
1 NOÇÕES PRELIMINARES 
Apresentaremos aqui conceitos importantes e primordiais para o entendimento da dinâmica de 
pessoas, das a vidades desenvolvidas na CME (Figura 1) e da estrutura que compõe uma central de 
material de processamento e reprocessamento de PPS (produtos para a saúde), antes chamados de 
ar gos médico-hospitalares, bem como o fluxo e as etapas de recepção, expurgo, limpeza, preparo, 
esterilização, armazenamento e distribuição dos produtos para a saúde e instrumentais cirúrgicos 
até a liberação deles, conforme a necessidade dos procedimentos para os diversos setores ou 
unidades hospitalares. É de extrema importância o conhecimento do enfermeiro, profissional 
responsável pelo gerenciamento e assistência da CME, e da sua equipe em relação aos métodos e 
processos de limpeza, desinfecção e esterilização dos ar gos hospitalares. 
O entendimento desta disciplina se faz necessário diante do cenário globalizado e com novas 
tecnologias em saúde, pois o enfermeiro presta assistência indireta na central de material e 
esterilização, mas, ao mesmo tempo, o seu conhecimento deve ser obrigatoriamente baseado em 
evidências cien ficas, levando em consideração a redução das infecções hospitalares e quais os 
melhores métodos de desa vação das funções microbiológicas. Cabe lembrar que, o enfermeiro e 
a sua equipe de enfermagem são peça fundamentais para trabalhar com orientação, promoção e 
prevenção das infecções hospitalares, e contribuir para aumentar a eficácia dos métodos de 
processamentos dos PPS para uma melhor segurança do paciente e da equipe mul profissional. 
Essas ações, diante do cenário global atual, tornam-se cada vez mais complexas, pois, o enfermeiro 
precisa diariamente se qualificar para entender o universo dos microrganismos, fontes de 
contaminações e métodos empregados para eliminações dessas contaminações nos PPS. 
Assista aí 
1.1 NOÇÕES GERAIS DA CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO 
Quando se pensa no ambiente hospitalar, certamente, não recordamos ou lembramos, que existe 
uma unidade funcional, a va, formada exclusivamente pelos profissionais da enfermagem 
(enfermeiros e técnicos em enfermagem), que atuam em uma função des nada ao fluxo correto do 
processamento e reprocessamento de produtos para a saúde em serviços de saúde. Este ambiente 
(ou unidade) é chamado de CME. Veja a figura abaixo. 
CENTRO CIRÚRGICO E CME| Página 52 de 64 
 
 
Quadro 1 - Central de esterelização Fonte: OURIQUES; MACHADO, 2006 (Adaptado). 
#PraCegoVer: A imagem mostra um organograma da organização da central de material e 
esterilização, composta pelo enfermeiro (coordenador e assistente), equipe de enfermagem 
(auxiliares ou técnicos em enfermagem), que possuem as funções ou atribuições de processarem 
os produtos de saúde em um fluxo correto - desde o recebimento até a distribuição dos PPS para 
os setores hospitalares. 
Esse setor tem por obje vo principal, no âmbito hospitalar, preservar pela prevenção das 
infecções, e as prá cas adequadas dos métodos e processamentos seguros dos PPS, zelando, desta 
forma, pela segurança do paciente. 
Percebe-se a importância da CME no controle das infecções, devido à contaminação ocorrer no sí o 
cirúrgico e, por falta de atenção adequada, no processamento dos PPS, transmi ndo, dessa forma, 
a contaminação. Assim, o PPS passa a ser uma fonte de infecção. 
1.2 CONTAMINAÇÃO E INFECÇÃO 
Quando entendemos que a introdução de qualquer substância nociva que possa desenvolver 
patologia ou doenças em meio terrestre, aéreo, aquá co, ou ainda, no ambiente hospitalar, estamos 
nos referido à contaminação. Ela pode ocorrer de diversos pos como: 
 contaminação química (ocasionada por substâncias químicas); 
 contaminação sica (ocasionada por fatores sicos do ambiente); e 
 contaminação biológica (ocasionada por fungos, bactérias, vírus, helmintos, parasitas e por 
substâncias orgânicas como sague, saliva, secreções). 
Sabendo o conceito de contaminação, vamos entender o que é uma infecção. De forma geral, 
podemos dizer que, para se ter um processo infeccioso, é necessário e primordial que tenha uma 
forma de vida microscópica ou agentes agressores (bactérias, fungos, vírus, helmintos). Além disso, 
é preciso que essas formas de vida penetrem no organismo de um outro ser vivo (hospedeiro), ou 
CENTRO CIRÚRGICO E CME| Página 53 de 64 
 
fiquem se desenvolvendo e se mul plicando na super cie de materiais, como, por exemplo, os 
instrumentais cirúrgicos ou nos PPS. 
Para reduzir os níveis de contaminações e infecções devemos usar os equipamentos de proteção 
individual e fazer uso de toda biossegurança para evitar uma transferência deformas de vida 
microscópicas de uma pessoa para outra (ou objeto) para uma outra pessoa. Dessa forma, 
estaremos minimizando as contaminações e infecções cruzadas. 
Além da CME, no âmbito hospitalar, a CCIH (comissão de controle de infecção hospitalar) define 
regras e normas para controlar, minimizar, avaliar e mensurar os índices de infecções, e trabalha em 
conjunto, com a CME, na elaboração de protocolos de medidas para prevenir os processos 
infecciosos dentro de uma ins tuição de saúde. Diferente da CME, a equipe técnica, é formada por 
diversos profissionais da área da saúde e técnicos administra vos. 
De acordo com as resoluções dos órgãos competentes, a CME deve ser formada por uma área de 
lavagem e descontaminação, uma área de preparo dos materiais, área de esterilização, área de 
armazenamento e distribuição dos PPS, conforme determinado na Resolução de Diretoria Colegiada 
(RDC) - n. 50/2002. 
Já a RDC n. 15/2012 determina as boas prá cas para o processamento de produtos para a saúde, e 
classifica a CME em classe I e classe II, levando em consideração a PCNC (Conformação Não 
Complexa) e a PCC (Conformação Complexa) que, seriam produtos passiveis de métodos de 
processamentos e reprocessamentos. 
 
Quadro 2 - Estrutura sica da central de material e esterilização Fonte: Elaborado pelo autor 
(2020). 
#PraCegoVer: A imagem mostra um esquema didá co da estrutura sica da central de material e 
esterilização e a sua classificação em CME do po I (aquela com barreira técnica entre as áreas 
para processamento e reprocessamentos dos PPS) e a CME do po II (aquela com barreira sica 
entre as áreas de processamento e reprocessamento dos PPS). 
Em CME, as barreiras sicas são diferentes das barreiras técnicas. 
Barreiras sicas : Dizem respeito a estruturas naturais ou estruturais, que impedem a passagem ou 
acesso de um profissional para uma área não autorizada. 
Barreiras técnicas : São normas, protocolos, regulamentos técnicos embasados em regras 
internacionais para se evitar processos de contaminações. 
CENTRO CIRÚRGICO E CME| Página 54 de 64 
 
Para fundamentar o esquema acima será apresentado na íntegra o ar go 5º da RDC n. 15/2012 na 
parte que trata especificamente sobre as boas prá cas para o processamento de produtos para a 
saúde e das condições organizacionais. Veja abaixo. 
 Art. 5º Para cumprimento desta resolução os CME passam a ser classificados em CME Classe 
I e CME Classe II. 
 § 1º O CME Classe I é aquele que realiza o processamento de produtos para a saúde não-
crí cos, semicrí cos e crí cos de conformação não complexa, passíveis de processamento. 
 § 2º O CME Classe II é aquele que realiza o processamento de produtos para a saúde não-
crí cos, semicrí cos e crí cos de conformação complexa e não complexa, passíveis de 
processamento. 
 § 3º O CME só pode processar produtos compa veis com a sua capacidade técnica 
operacional e conforme a sua classificação. 
 § 4º Quando não especificada a classificação, as determinações desta resolução se aplicam 
aos dois pos de CME e às empresas processadoras (Anvisa, 2012, on-line). 
Os PPS que possuem lúmen inferior a 5mm e/ou fundo cegos, espaços internos inacessíveis para 
limpeza, po fricção direta, reentrâncias ou válvulas serão classificados como PCC; já os PPS cujas 
super cies internas e externas podem ser a ngidas pela limpeza, po escovação, e que tenham 
diâmetros superior a 5mm nas suas estruturas, serão classificados como PCNC. 
Em um ambiente hospitalar, unidade de saúde ou em qualquer ins tuição que preste assistência de 
saúde, temos áreas ou setores que são mais expostos, menos expostos, ou ainda, que não tem riscos 
de contaminações. Ter conhecimento dessas áreas torna-se importante para traçar planos 
necessários para se transitar ou permanecer nesse setor livre de qualquer po de agressão 
microbiológica, e evitar a propagação de agentes infecciosos e, consequentemente, quebrar a cadeia 
de transmissão e contaminação do agente agressor. 
Segundo a Anvisa (2012), a área na qual existe um maior risco para se desenvolver e propagar a 
contaminação ou agente microbiológico é chamada de área crí ca hospitalar. Podemos citar como 
exemplos: 
 a central de material e esterilização; 
 a unidade de terapia intensiva; 
 o banco de sangue; 
 o centro cirúrgico; e 
 as unidades de isolamentos. 
Enfermaria, áreas limpas hospitalares, apartamentos, consultórios clínicos são áreas 
consideradas semicrí cas, porque o risco de contaminação e propagação da infecção pode ser 
considerado baixo ou regular. E as áreas não-crí cas são as que não desenvolvem a vidades 
assistenciais de saúde, e por esse mo vo não desenvolvem e nem propagam níveis considerados de 
contaminações. Podemos citar como exemplo as áreas administra vas hospitalar. 
1.3 CONCEITOS BÁSICOS 
Quando se fala em central de material e esterilização em qualquer âmbito da área da saúde, é 
comum que alguns termos apareçam e, portanto, para os profissionais de enfermagem, a clareza 
CENTRO CIRÚRGICO E CME| Página 55 de 64 
 
desses conceitos contribui para que exerça a sua profissão com maior zelo, rigor e competência 
técnica. Confira a seguir os termos. 
 Barreira técnica : O ar go 4 da RDC n. 15/2012 dispõe que é o “conjunto de medidas 
comportamentais dos profissionais de saúde visando à prevenção de contaminação cruzada 
entre o ambiente sujo e o ambiente limpo, na ausência de barreiras sicas”. 
 Controle de qualidade do processamento dos produtos para saúde : Ainda no mesmo ar go 
4 da RDC 15/2012, também conhecida por resolução das boas prá cas para o processamento 
de produtos para a saúde, é a “avaliação sistemá ca e documentada da estrutura e do 
processo de trabalho e avaliação dos resultados de todas as etapas do processamento de 
produtos para saúde”. 
 Processamento de produto para a saúde : Segundo a RDC 15/2012, é o “conjunto de ações 
relacionadas à pré-limpeza, recepção, limpeza, secagem, avaliação da integridade e da 
funcionalidade, preparo, desinfecção ou esterilização, armazenamento e distribuição para as 
unidades consumidoras”. 
 Produtos para saúde crí cos : Insumosu lizados em procedimentos invasivos, com 
penetração do tecido epitelial, sub epiteliais, mucosas e sistema vascular, incluindo também 
todos os produtos para saúde que estejam diretamente interligados com esses sistemas do 
corpo humano. Esse conceito foi estabelecido pela RDC 15/2012. 
 Produtos para saúde não-crí cos : Por dedução esse termo reflete o oposto dos produtos 
para saúde crí cos. Portanto, é o que entra em contato com o tecido íntegro ou não entra 
em contato com o paciente. 
 Produtos para saúde semicrí cos : Produtos que entram em contato com pele não íntegra 
ou mucosas íntegras colonizadas. Esse conceito foi estabelecido pela RDC 15/2012. 
 Produtos para saúde passíveis de processamento : Produto para saúde fabricado a par r de 
matérias primas e conformação estrutural, que permitem repe dos processos de limpeza, 
preparo e desinfecção ou esterilização, até que percam a sua eficácia e funcionalidade. 
Conceito estabelecido pela RDC 15/2012. 
 Produto para saúde crí co de conformação complexa : Segundo a RDC 15/2012, “produtos 
para saúde que possuam lúmem inferior a 5 milímetros ou com fundo cego, espaços internos 
inacessíveis para a fricção direta, reentrâncias ou válvulas”. 
 Produto para saúde de conformação não complexa : Produtos para saúde cujas super cies 
internas e externas podem ser a ngidas por escovação durante o processo de limpeza e que 
tenham diâmetro superior a 5 milímetros nas estruturas tubulares. Conceito estabelecido 
pela RDC 15/2012. 
É importante salientar que, PCNC são produtos para saúde, fabricado a par r de matérias primas e 
estruturas, que permitem repe dos processos e métodos de limpeza, desinfecção ou esterilização, 
até perder o seu bene cio e funcionalidade. Já os PCC, são crí cos e complexos, seguem protocolos 
específicos dos seus fabricantes para os processos de limpeza,desinfecção e esterilização. 
Neste momento, após essa breve explanação sobre o conteúdo envolvendo processamento e 
reprocessamento dos PPS, acredita-se que seja possível ampliar a perspec va e aprofundar mais 
CENTRO CIRÚRGICO E CME| Página 56 de 64 
 
alguns conceitos e, exemplificar determinados métodos de processamentos dos produtos para a 
saúde e assim elucidar possíveis questões que ainda possam não estar esclarecidas. 
Escolher o melhor método para o processamento dos materiais exige conhecimento do profissional 
enfermeiro, bem como convencer a gestão hospitalar a enxergar que não é somente um simples 
processo de limpeza, desinfecção ou esterilização. São recomendações baseadas em ciência e de 
reconhecimento nacional e internacional. Além disso, seria interessante que os materiais, 
principalmente, considerados crí cos fossem de uso único e descartáveis. 
Assista aí 
2 FLUXO E ESTRUTURA DA CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO 
Conforme foi abordado anteriormente, é parte fundamental do trabalho do profissional enfermeiro 
e da sua equipe (auxiliares e técnicos em enfermagem), o conhecimento das resoluções dos órgãos 
competentes em relação ao funcionamento e processamento do PPS. 
Desta forma, será comentado na sequência a estrutura da CME, bem como o fluxo ou 
direcionamento dos produtos para a saúde da CME, prevenindo, desta forma, os cruzamentos dos 
PPS e possíveis disseminações das fontes contaminadas, evitando, assim, infecções cruzadas, 
garan ndo uma segurança para o paciente de forma segura e eficaz. 
2.1 FLUXOGRAMA E ESTRUTURA DA CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO 
A CME - unidade, a va e funcional, des nada a receber, expurgo (área suja), limpeza, 
descontaminação, preparo, esterilização, guarda e distribuição dos PPS u lizados nos diversos 
setores de um estabelecimento de saúde - pode se localizar dentro (centralizada) ou fora 
(descentralizada) da edificação da saúde usuária dos materiais (SOBECC, 2007). Existem serviços de 
saúde que terceirizam esta a vidade, mas, independentemente do modelo adotado, as resoluções 
vigentes devem ser contempladas. 
Qualquer ins tuição de saúde precisa estabelecer normas para controlar a infecção hospitalar. E é 
nesse contexto que a CME ocupa um papel per nente, já que o Ministério da Saúde recomenda um 
movimento em um único sen do (fluxo), sem retrocesso e sem cruzamento dos PPS limpos com os 
PPS contaminados com relação às barreiras ou separação sica dos setores. E, por este mo vo, é 
necessário o planejamento arquitetônico das edificações de saúde (BRASIL, 2002, on-line). 
Aprofundando o tema em questão e, de acordo com Resolução da Diretoria Colegiada n. 50/2002 
da Anvisa que, refere-se ao planejamento, a programação, a elaboração e avaliação de projetos 
sicos de estabelecimento de assistência à saúde, é importante dizer que os projetos, sem exceção, 
devem seguir, prioritariamente, essa resolução, para garan r qualidade dos serviços e oferecer áreas 
arquitetônicas (estruturas) adequadas para o desempenho das a vidades de enfermagem e de 
outras equipes de saúde. 
CENTRO CIRÚRGICO E CME| Página 57 de 64 
 
 
Quadro 3 - Planejamento arquitetônico da central de material e esterilização em po I e II Fonte: 
SOBECC, 2017 (Adaptado). 
#PraCegoVer: A imagem mostra um esquema didá co do planejamento arquitetônico da central de 
material e esterilização. Essa área arquitetônica é separada por barreiras sicas (que impedem o 
contato cruzado da equipe), e cada área tem as suas funções especificas: receber o PPS (área suja), 
limpar e prepara o PPS (área limpa), armazenar e distribuir os PPS (área estéril). A equipe de 
enfermagem se faz presente em todas as áreas. 
Todo o projeto sico de estabelecimento de atendimento à saúde, seja público ou privado, deverá 
ser desenvolvido e elaborado levando em consideração a RDC n. 50/2002 da Anvisa, que dispõe 
sobre o regulamento técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos 
sicos. A medida visa a garan r os serviços prestados e oferecer estrutura adequada para 
desenvolvimento das a vidades dos profissionais envolvidos (Anvisa, 2002). 
Para que você consiga entender o próximo esquema da central de material e esterilização (Figura 
- Planejamento da Estrutura Física da Central de Material e Esterilização), é importante dizer que, 
uma CME deve possuir um espaço direcionado para os serviços desenvolvidos no setor, e deve dispor 
da seguinte cadeia de gestão: recursos humanos, equipamentos para a saúde, insumos, 
gerenciamento e monitoramento geral na central de material e esterilização. 
É preciso compreender que estamos falando de um tema que exige inovação e tecnologia e, para 
isso, os inves mentos para aquisição dos PPS geram altos custos para gestão hospitalar, e para 
aquisição dos materiais, principalmente, cirúrgicos. Além disso, é necessário inves r na qualificação 
do enfermeiro e da sua equipe, com educação con nuada e conhecimento na montagem e 
desmontagem dos PPS da central de material e esterilização. 
CENTRO CIRÚRGICO E CME| Página 58 de 64 
 
 
Quadro 4 - Planejamento da estrutura sica da central de material e esterilização Fonte: SOBECC, 
2007 (Adaptado). 
#PraCegoVer: A imagem mostra um esquema didá co da composição da estrutura sica da central 
de material e esterilização. Essa composição leva em consideração os recursos humanos 
(especialização e educação constante da equipe de enfermagem), equipamentos (inves mentos e 
manutenção dos maquinários para uso da CME), insumos (aquisições dos PPS e produtos químicos, 
sicos e biológicos para testagem) e gerenciamento, pelo enfermeiro, e monitoramento por toda a 
equipe da central de material e esterilização. 
Neste momento, após essa breve explanação sobre as novas tecnologias da central de material e 
esterilização, um desafio para toda a equipe de enfermagem. Acredita-se que seja possível ampliar 
a perspec va do enfermeiro e da sua equipe para os processos inovadores, que ocorrem em uma 
central de material e esterilização. Em meio à globalização e à tecnologia avançada que nos cercam, 
os profissionais de enfermagem têm por obrigação de seguir o fluxo das inovações. Não se pode 
admi r métodos ultrapassados de processamento e reprocessamento dos PPS, expondo e 
minimizando a segurança dos pacientes no âmbito hospitalar. 
Assista aí 
3 PROCESSAMENTO DE MATERIAL PARA A SAÚDE 
Com o advento de novas tecnologias u lizadas no âmbito hospitalar e o desenvolvimento de novas 
técnicas cirúrgicas, os PPS se tornaram mais complexos e estruturalmente avançados, surgindo, 
dessa forma, a necessidade de aprimorar os cuidados e tratamentos do PPS e da equipe de 
enfermagem para o desenvolvimento dessas tarefas de limpeza, desinfecção e esterilização. 
CENTRO CIRÚRGICO E CME| Página 59 de 64 
 
3.1 LIMPEZA 
O PPS - quando chega na CME - passa por etapas para o seu processamento adequado, seguindo um 
fluxo de inspeção, limpeza, preparo, embalagem, esterilização e armazenamento e, logo em seguida, 
encaminhado para os setores hospitalares ou da unidade de saúde, de acordo com a necessidade 
dos procedimentos no âmbito hospitalar. 
Então, podemos entender que limpar é re rar a sujeira, manchas ou impurezas dos materiais que 
chegam até a CME, oriundos dos diversos setores hospitalares. Por esse mo vo, é de extrema 
importância a inspeção (observação) detalhada do PPS para, logo após, iniciar o processamento do 
material. 
Segundo a Sobecc (2007), limpeza é a remoção de sujidades e impurezas orgânicas, visíveis ou 
invisíveis, ao olho nu, em PPS ou super cies antes do processamento do material para desinfecção 
e/ou esterilização. Alguns estudiosos da área afirmam que é uma ação mecânica e necessita de água 
e substâncias ou agentes químicos. 
Esta etapa do processamento do PPS pode ser realizada de forma manual ou através de 
equipamento mecânicos ou ainda pela combinação dos métodos - manual e mecânico. A 
recomendação é a imersão total do PPS no agente químico(limpeza) para evitar que agentes 
infecciosos circulem no ambiente, através do ar, e, consequentemente, contamine o ambiente 
laboral. É importante salientar que o fabricante do PPS deve orientar a técnica adequada de limpeza 
para evitar contaminação e minimizar a dispersão de aerossóis (OURIQUES; MACHADO, 2013). 
Quando aprendemos que o conjunto de materiais médico-hospitalares ou PPS que serão des nados 
para a CME, vindos dos diversos setores hospitalares, são chamados de unidades consumidoras, 
e os que saem da CME para suprir a necessidades dos setores hospitalares, em seus 
procedimentos diários, são chamados de unidades fornecedoras, temos então um fluxograma do 
processamento do material (SOBECC, 2017). 
 
Quadro 5 - Fluxograma do processamento dos materiais para a saúde na CME Fonte: SOBECC, 2017 
(Adaptado). 
CENTRO CIRÚRGICO E CME| Página 60 de 64 
 
#PraCegoVer: A imagem mostra um esquema didá co do fluxo do processamento dos materiais 
para a saúde. Observamos a unidade consumidora - área suja ou expurgo, da CME, recebem PPS 
das unidades hospitalar e a unidade fornecedora - área limpa, de armazenamento dos PPS, na 
CME, para distribuir as diversas unidades hospitalar. 
Quando a unidade fornecedora envia os materiais para serem processados na CME, e existe o 
recebimento dele, faz-se necessário que a equipe de enfermagem, área suja, receba-o e o inspecione 
imediatamente. Inspecionar é verificar as condições do PPS para possível desmontagem e 
segurança do trabalhador. 
A limpeza do material ou PPS deve seguir protocolos ins tucionais e, de preferência, do Ministério 
da Saúde, e deve ser rigorosa, por ser uma das etapas de grande importância para o processamento 
do material, porque será removida desde simples sujidade até cargas microbianas e formas sicas 
de proteção do microrganismo (OURIQUES; MACHADO, 2013). Limpar tem por obje vo a remoção 
de sujidade (biofilme), remoção ou redução da carga microbiológica e a remoção ou redução de 
substâncias pirogênicas. 
Entendemos que biofilme são acúmulos ou colônias microbianas que contêm material celular em 
grande quan dade fixada na super cie do PPS, que ficarão imersos em líquidos orgânicos (ANVISA, 
2007). Uma vez formado, é preciso que a substância esterilizadora o penetre antes de eliminar o 
agente microscópio contaminante. Para essa eliminação, deve-se testar os insumos que irão agir no 
ato da limpeza como: escovas, pistolas e lavadoras ultrassônicas, que foram desenvolvidas para 
o mizar a etapa da lavagem no processamento dos PPS. 
3.2 SECAGEM 
E, por fim, o processamento de secagem deve ser realizado com cuidado para que a umidade 
presente não cause a corrosão ou a destruição do PPS, para não interferir em processamentos 
futuros. A execução da técnica correta de secagem do PPS pode ser realizada de diversas formas, 
como, por exemplo, com uma estufa reguladora para este fim, ar comprimido medicinal, secadora 
de ar quente/frio ou um pano limpo e seco des nado somente para essa etapa do processamento 
dos materiais. 
Seguindo o fluxo correto do processamento e reprocessamento dos PPS, devemos 
compreender: PPS sujo, exposição ao agente de limpeza, enxague, secagem, barreira sica, 
inspeção, preparo e embalagem, esterilização, armazenamento e distribuição. E, no preparo do 
material, genericamente denominado empacotamento, os invólucros u lizados para embalar os 
materiais devem estar íntegros para evitar as contaminações do ambiente nos PPS. 
4 DESINFECÇÃO 
Desinfecção é o método ( sico ou químico) de eliminar os microrganismos ou qualquer objeto que 
não tenha vida da super cie dos PPS. Não confunda esse método de processamento dos materiais 
com esterilização, visto que a desinfecção não elimina totalmente todas as formas microbianas. O 
primeiro método (desinfecção) difere do segundo método (esterilização) quanto à capacidade de 
eliminar esporos bacterianos, que são estruturas que protegem as bactérias. 
CENTRO CIRÚRGICO E CME| Página 61 de 64 
 
4.1 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL 
O Ministério da Saúde recomenda que os trabalhadores da CME ou de qualquer parte ou unidade 
hospitalar, seja pública ou privada, façam sempre uso de EPIs (equipamentos de proteção individual) 
para processar os PPS. Os EPIs devem ser adequados e relacionados com os riscos expostos no 
ambiente. É imprescindível que a equipe de enfermagem da CME faça o uso constante de luvas de 
borrachas, preferencialmente, de cano longo, máscara, óculos, avental impermeável e gorro. E, 
u lizando maquinário no setor, usem ainda protetor audi vo (MARTINS; LIBRELON, 2007). 
Para fundamentar e complementar os estudos relacionados sobre a desinfecção na CME e, de 
acordo com resolução da diretoria colegiada n. 15/2012, da Anvisa, que se refere às boas prá cas 
para o processamento de produtos para saúde e dá outras providências. Veja as definições no art. 
4, da Seção III (ANVISA, 2012, on-line): 
 desinfecção de alto nível: processo sico ou químico que destrói a maioria dos 
microrganismos de ar gos semicrí cos, inclusive microbactérias e fungos, exceto um 
número elevado de esporos bacterianos; 
 desinfecção de nível intermediário: processo sico ou químico que destrói microrganismos 
patogênicos na forma vegeta va, microbactérias, a maioria dos vírus e dos fungos, de objetos 
inanimados e super cies; 
 detergentes: produto des nado à limpeza de ar gos e super cies por meio da diminuição 
da tensão superficial, composto por grupo de substâncias sinté cas, orgânicas, líquidas ou 
pós solúveis em água, que contêm agentes umectantes e emulsificantes que suspendem a 
sujidade e evitam a formação de compostos insolúveis ou espuma no instrumento ou na 
super cie. 
Segundo os centros de controle e prevenção de doenças (centers for disease control and preven on 
- CDC), o processamento e cuidado de super cies com matéria orgânica (qualquer substância 
oriunda do corpo humano e fonte de infecção) difere de acordo com a quan dade de volume e local 
da contaminação. Esse tratamento é dividido em dois pos de técnicas de desinfecção: a primeira 
levando em consideração pequena quan dade e a segunda, levando em consideração grande 
quan dade de matéria orgânica (CDC, 2003). É importante dizer que sempre que exis r presença 
de substância orgânica em super cies, essa deverá ser removida. 
4.2 DESINFECÇÃO E CLASSIFICAÇÃO 
Seguindo o fluxo de processamento dos materiais e, logo após o processo da limpeza dos PPS, a 
próxima etapa é chamada de desinfecção. Essa etapa leva em consideração o espectro de ação 
contra o microrganismo, usando para isso os agentes químicos e sicos, e pode ser de: 
 alto nível - quando destrói todas as formas de vidas microscópicas; 
 nível intermediário - quando são eliminadas todas as bactérias vegeta vas, bactéria da 
tuberculose, fungos, vírus e substâncias gordurosas e não gordurosas, 
 nível mais baixo - quando elimina somente bactérias de pequeno potencial de contaminação 
- alguns vírus e fungos. 
Somente o alto nível de desinfecção destrói os esporos bacterianos (SOBECC, 2017). 
CENTRO CIRÚRGICO E CME| Página 62 de 64 
 
Para que o produto seja eficiente para a limpeza ou desinfecção do material, é preciso possuir um 
amplo espectro de ação germicida, ina var rapidamente os microrganismos potentes e não pode 
irritar a pele ou mucosas dos profissionais. 
FIQUE DE OLHO 
A Anvisa disponibiliza em seu endereço eletrônico as RDCs para fins de pesquisa acadêmicas e 
cien ficas e as suas inúmeras atribuições para as condutas corretas em diversas áreas do âmbito 
da saúde. 
Complementando o tema sobre a desinfecção, temos a RDC n. 14/2007, da Anvisa, que se refere 
ao regulamento técnico para produtos saneantes com ação an microbiana harmonizado no âmbito 
do Mercosul. 
Os microrganismos são as formas de vida mais difundida na natureza. Sua presença tem efeitos 
posi vos e nega vos para a vida do homem, consequentemente, seu controle é fundamental para 
evitar que estes efeitos produzam consequênciasindesejáveis, para a saúde, o meio ambiente e os 
bens que fazem à qualidade de vida do ser humano. O mencionado controle pode ser realizado 
por meio sico ou químico, os quais devem ser específicos para a ação desejada e não devem 
produzir efeitos colaterais indesejáveis (ANVISA, 2007, on-line). 
 
Quadro 6 - Tipo de desinfecção usadas em uma central de material e esterilização Fonte: BRASIL, 
2012 (Adaptado). 
PraCegoVer: A imagem mostra um esquema didá co do po processamento de material para 
saúde - desinfecção-, e podemos classificar esse método em desinfecção sica (quando o 
processamento ocorre através do calor), desinfecção química (quando a desinfecção ocorre 
fazendo uso de substâncias químicas) e, por fim, a desinfecção sico-químico (quando existem a 
associação de fatores químicos e sicos). 
CENTRO CIRÚRGICO E CME| Página 63 de 64 
 
5 ESTERILIZAÇÃO 
Esterilizar vem de eliminar. Assim, esterilização é destruir, completamente, por ação de agentes 
sicos ou químicos, todas as formas de vida microscópicas (vírus, fungos, parasitas, helmintos e 
bactéria). No âmbito hospitalar, esta etapa do processamento do PPS é executada na CME 
(FRUTUOSO, 2018). 
5.1 O MATERIAL 
O invólucro (figura - Reves mento para processamento de PPS) selecionado para proteger o PPS 
deve ter caracterís cas potentes de permeabilidade a substâncias esterilizantes, ser impermeável às 
diversas par culas microscópicas e ser resistente às condições sicas do processamento e método 
de esterilização. Esse invólucro precisa adequar-se às caracterís cas e flexibilidade do material. E é 
importante nunca esquecer de observar a selagem adequada, evitando resíduos tóxicos no interior 
do pacote (ASCARI et al.,2013). 
5.2 VALIDAÇÃO 
Logo após o material ter seguido o fluxo da esterilização, o PPS passa por uma etapa chamada 
de validação. Essa etapa dependerá da qualidade do processo de esterilizar e deve seguir 
parâmetros sicos, químicos e biológicos para avaliação adequada do processo e, somente depois 
de todas as análises, deverá seguir para o armazenamento e, posteriormente, distribuído para os 
diversos setores do âmbito hospitalar (TRIPPLE et al.,2011). 
Os materiais (PPS) que levantaram suspeita no ato de esterilizar deverão, obrigatoriamente, ser 
considerados não estéreis, e será preciso iniciar o processamento dele na CME. Por exemplo, 
presença de umidade dentro de uma caixa de instrumental subme da à esterilização por vapor 
úmido - po de processo sico para esterilizar. 
A esterilização do po sico-químico sob pressão é o processamento mais u lizado para os PPS 
crí cos, por possuir caracterís cas de serem não tóxicos, custo baixo e destruírem os esporos 
(estruturas resistentes) dos microrganismos. Porém, deve ser exclusivo para materiais crí cos que 
não sejam sensíveis aos fatores: calor e umidade. 
É importante que toda equipe de enfermagem da CME e do centro cirúrgico tenham uma preparação 
para exercer as a vidades peculiares ao preparo e recebimento correto dos materiais a serem 
processados, u lização adequada do processo de esterilização, como também manipulação 
criteriosa e acondicionamento dos ar gos esterilizados. Dessa maneira, é responsabilidade do 
enfermeiro assumir o desenvolvimento de uma educação con nuada da equipe, ao oportunizar um 
saber sistema zado contextualizado ao conhecimento gerado na prá ca co diana, possibilitando, 
assim, um aprendizado efe vo (MONTEIRO et al., 2003). 
Método sico : Esteriliza pela pressão do vapor saturado e calor úmido e seco. 
Método químico : Esteriliza por radiação gama, do elemento químico cobalto 60 e feixe de elétrons. 
Método sico-químico : Esteriliza a baixas concentrações de temperatura e vapor dos gases óxidos 
de e leno e peróxido de hidrogênio. 
CENTRO CIRÚRGICO E CME| Página 64 de 64 
 
Enfim, é sempre recomendável que o profissional enfermeiro e a equipe de enfermagem estejam 
atentos às resoluções atualizadas que envolvem os produtos para a saúde a serem processados em 
uma central de material e esterilização. 
FIQUE DE OLHO 
A Anvisa disponibiliza em seu endereço eletrônico a Resoluções Diretoria Colegiada (RDC 15/2012) 
para fins de pesquisa acadêmicas e cien ficas e as suas inúmeras atribuições para as condutas 
corretas para boas prá cas para o processamento de produtos para saúde e dá outras providências 
(ANVISA, 2012). 
O cuidado com cada etapa do processamento é primordial e fundamental para uma assistência de 
enfermagem direta ou indireta ao paciente. Sistema zar a ro na dentro de uma central de material 
e esterilização é fundamental para uma boa prá ca do enfermeiro. 
É ISSO AÍ! 
Nesta unidade, você teve a oportunidade de: 
 entender a funcionalidade da central de material e esterilização; 
 conhecer conceitos preliminares para o entendimento dos processos que ocorrem em uma 
CME; 
 aprender o fluxo e estrutura da central de material e esterilização; 
 estudar sobre as etapas de processamento e reprocessamento dos produtos para a saúde; 
 diferenciar e entender a limpeza, desinfecção e esterilização dos materiais para saúde e a 
importância desses processos para a segurança do paciente. 
REFERÊNCIAS

Mais conteúdos dessa disciplina