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Hemorragia Digestiva 1 🤢 Hemorragia Digestiva Tags Casos clínicos Paciente de 50 anos com cirrose pelo vírus da hepatite C é submetido à endoscopia digestiva alta pela primeira vez e tem o diagnóstico de varizes esofágicas de médio calibre sem fragilidade vascular. Qual deve ser a conduta do médico assistente? Estamos diante de um paciente com varizes esofágicas primárias (nunca sangraram). A prevenção primária das varizes é feita com betabloqueador na maioria dos casos. A escolha deve ser um não-seletivo, como o propranolol. 💡Profilaxia primária das varizes esofágicas ➡ BB ou ligadura elástica (menos usada). 💡Profilaxia secundária das varizes esofágicas ➡ BB + ligadura elástica. A profilaxia para varizes que já sangraram (secundária) é feita com betabloqueador + ligadura elástica. Adalto, 50 anos, masculino, branco, casado, pedreiro desempregado, natural e procedente de região metropolitana da capital do estado da Bahia, é levado pela esposa para emergência do Hospital Universitário da capital com história de hematêmese volumosa, com início há cerca de 12 horas. Refere vômito borráceo, odor de ferro, sem presença de restos alimentares ou outros elementos. Nega febre, dispneia, tonturas, desmaios, cefaleia ou outras queixas álgicas no momento. Antecedentes Médicos: Diagnóstico, há 2 anos, de doença parenquimatosa crônica do fígado e hipertensão portal (HVPG=11). Diante do caso quais outros pontos importantes devem ser investigados nos antecedentes médicos? Os hábitos de vida desse paciente interferem no pensamento clínico? se sim, quais fatores devem ser investigados? Hemorragia Digestiva 2 Dados vitais: Pressão arterial 110×70 mmHg, FC 84 bpm, FR 18 ipm, temperatura axilar: 37,3 °C, SpO2: 98%. Exame geral: Paciente em regular estado geral, lúcido e orientado no tempo e espaço, mucosas anictéricas, hidratadas e hipocoradas (+/++++), fácies atípicas. Qual a principal suspeita diagnóstica? e os diagnósticos diferenciais? Quais sinais você espera encontrar no exame físico (em especial abdominal) diante dessa suspeita? Há necessidade de exames complementares? se sim, quais? Quais medicações devem ser administradas ? Mais alguma medida deve ser tomada para além da farmacológica? É o distúrbio gastrointestinal que mais causa internação nos EUA. Pensar que se tem uma redução nas últimas décadas da quantidade de hemorragias digestivas altas (HDA), justamente por se tem uma redução das HD causadas por úlceras. Se tem uma razão de HDA/HDB de 1,3, pensar que a taxa de mortalidade dos pacientes hospitalizados com HD também diminuiu e fica abaixo dos 3% nos EUA. É uma realidade que ainda é um pouco diferente do Brasil, mas é essencial para pensar que podemos também chegar em um momento em que teremos pacientes que falecem por descompensação de outras doenças subjacentes, em vez de em razão da perda sanguínea, o que altera totalmente a forma como enxergar as morbidades e de como lidar para com elas Pode se apresentar tanto como uma hemorragia evidente ou como oculta e divide no tocante a localização também: HD Evidente HD Oculta HDA -Local HDB-Local HD-Obscura Hematêmese (Vômito de sangue vivo ou “borra de café”) Sintomas de Perda de Sangue ou anemia Esófago, estômago e duodeno Cólon Ou do Intestino Delgado, quando não se é possível determinar a origem Melena (Fezes negras ou escuras) Tontura, síncope, angina, dispneia Hemorragia Digestiva 3 Hematoquezia (Eliminação de sangue vivo ou marrom pelo reto) Anemia Ferropriva ou teste positivo para sangue oculto nas fezes Fontes de Hemorragia Digestiva Fontes de Hemorragia Digestiva Alta Úlceras Pépticas Hemorragia Digestiva 4 Fisiopatologia Úlceras duodenais, gástricas e de estoma são as pépticas. A mucosa gástrica secreta ácido clorídrico e pepsinogênio, logo se tem um ambiente ácido que é essencial para que se tenha a digestão de proteínas. O mecanismo compensatório é a secreção de HCO3 pelo duodeno, logo um equilíbrio extremamente delicado. Quando se perturba meio, com predomínio ácido, se forma a úlcera, então se tem como fatores de risco os AINES, Tabagismo, Ingesta Excessiva de Álcool e Estresse São as causas mais comuns de HDA e são responsáveis por 50% das internações por sangramento gastrointestinal. Ao exame endoscópico: Observar bem as características, pois elas vão orientar decisões terapêuticas subsequentes 20% dos pacientes com úlceras hemorrágicas tem alterações sugestivas de risco mais alto para sangramento ativo ou um vaso visível sem hemorragia ou coágulo aderente, sendo que 1/3 apresenta episódios adicionais de hemorragia que requerem intervenção cirúrgica de urgência se forem tratados de forma conservadora Logo uma úlcera hemorrágica, alto risco, beneficia o tratamento com: 1. Tratamento Endoscópico (Eletrocoagulação) 2. Sonda térmica 3. Injeções (Epinefrina ou álcool absoluto) 4. Clipes 5. Referências evidenciam que: Infusão IV contínua de altas doses de IBP (Bolus de 80mg e infusão de 8mh/h) para manter pH intragástrico >6 e aumentar a estabilidade do coágulo diminui a mortalidade em pacientes de alto risco Diferente de uma úlcera de base limpa que apresentam taxas de sangramento recorrente próximas de zero, logo alta pós-endoscopia → Achados de risco baixo como mancha pigmentada plana ou base limpa não necessitam de tratamento endoscópico e recebem doses convencionais de um IBP oral. Profilaxia é essencial e pensar em 3 pilares: H.Pylori + AINES + Acidez (Controle dos três) Hemorragia Digestiva 5 Duodenal e Gástrica A causa mais comum de hemorragia digestiva alta de fato é a doença ulcerosa péptica, no entanto, o local mais comum de sangramentos é o duodeno, na sua porção posterior, sendo, portanto, a úlcera duodenal a principal causa de sangramento maciço. Além disso, a úlcera gástrica é mais comum em pacientes idosos e/ou pacientes mais debilitados! Sabe-se que o local mais frequente de sangramento na doença ulcerosa péptica é o duodeno, na sua porção posterior, além de que a úlcera gástrica é mais comum em pacientes idosos e/ou debilitados! Lacerações de Mallory-Weiss Fisiopatologia Distúrbio esofágico com lacerações longitudinais na junção gastresofágica. Vomitos intensos e prolongados podem causar essas lacerações, que, em seguida. levam ao sangramento arterial. Acomete mais idosos Hemorragia Digestiva 6 2-10% de internações por HDA Clássico: Vômitos, ânsia de vômitos ou tosse que antecedem a hematêmese, especialmente em um paciente alcoolista. Sangramento originado dessas lacerações, em especial estão na junção gastresofágica (80-90% Cura - 0-10% reicinde) Sangramento ativo com tratamento endoscópico. Porção baixa do esófago Varizes Esofágicas Fisiopatologia Varizes esofágicas e gástricas são veias que se tornaram dilatadas em consequência de pressão crescente que provoca dano às veias e enfraqueze suas estruturas. Resistência do fluxo na passagem pelo fígado, o que chamos de Hipertensão Portal → Fluxo Retrógrado de sangue nas veias da parede do esôfago. Associação com uso crônico de álcool Em geral são assintomáticas até sofrerem ruptura e sangramento, que resulta em perda massiva de sangue Probabilidade de 70% de sangrar novamente, pela segunda vez 30% dos casos resultam em morte Incidência amplamente variada de 2-40%, pois depende da população Prognóstico pior que as HDA de outras origens Endoscopia de urgência (12horas) para pacientes cirróticos → Encontrou varizes faz ligadura e em seguida um fármaco vasoativo intravenoso (Octreotida, somastostatina, vapreotida ou terlipressina) durante 2 a 5 dias, endoscópico e clínico é mais eficaz que somente um isolado Pode ter uso de b-block ou de shunt intra-hepático transjugular portossistêmico Hemorragia Digestiva 7 A hipertensão portal também é responsável pela hemorragia de varizes gástricas, varizes dos intestinos delgado e grosso, gastropatia hipertensiva portal e enterocolopatia. A hemorragia de varizes gástricasdevidas à cirrose é tratada com injeção endoscópica de adesivo tissular Tratamento farmacológico Há duas modalidades básicas de tratamento farmacológico para as varizes de esôfago. Os beta-bloqueadores não seletivos (propranolol e nadolol, sendo que o primeiro é o rotineiramente utilizado no Brasil) reduzem a frequência cardíaca e consequentemente a pressão no sistema porta, diminuindo a pressão sanguínea no interior das varizes e o risco de sangramento. Seu uso é apenas preventivo (profilático) para o sangramento, pois durante um episódio de hemorragia o coração precisa aumentar a sua freqüência para contrabalançar a perda de sangue e manter o fluxo do mesmo para os tecidos. A administração de beta bloqueadores durante o sangramento de varizes esofagogástricas, portanto, aumenta o risco de choque hemorrágico grave. Como a medida do gradiente de pressão portal (parâmetro de medida da pressão no interior das varizes) envolve técnicas pouco práticas (sendo melhor aplicadas apenas a protocolos de pesquisa), considera-se que a dose efetiva dos beta bloqueadores é a suficiente para reduzir a freqüência cardíaca em 25%. Os principais efeitos colaterais do tratamento são queda de pressão arterial, fraqueza, sonolência e descompensação do diabetes. Eles são parcialmente contra-indicados em pacientes com broncoespasmo (asma e bronquite) pelo risco de piora do quadro pulmonar. A outra classe farmacológica utilizada é a dos vasodilatadores esplâncnicos (terlipressina, vasopressina, somatostatina e octreotide). Eles dilatam as veias pertencentes ao sistema esplâncnico, reduzindo drasticamente a pressão no interior das varizes e, na maioria dos casos, levando à Hemorragia Digestiva 8 interrupção do sangramento. Pelo perfil de efeitos colaterais (que incluem risco de infarto agudo do miocárdio) e necessidade de administração por via endovenosa, são adequados apenas para o tratamento da hemorragia. Tratamento endoscópico Enquanto o tratamento farmacológico tem como objetivo reduzir a pressão no interior das varizes para interromper ou diminuir o risco de sangramento, os tratamentos endoscópicos visam eliminar as varizes no esôfago e/ou no estômago. Como a causa dos surgimento das varizes, a hipertensão portal, não é alterada pelo tratamento endoscópico, há o risco de surgimento de novas varizes. A escleroterapia é o tratamento endoscópico onde injeta-se um agente esclerosante (irritante) ou uma cola biológica (cianoacrilato) no interior da variz. através de uma agulha. No caso do agente esclerosante, há um risco pequeno, mas significativo, de sangramento (afinal, a variz é perfurada) e outras complicações. Como esses riscos são maiores do que os da ligadura elástica, a escleroterapia com agentes esclerosantes atualmente só é recomendada em casos de emergência, quando não há disponibilidade da ligadura elástica. A escleroterapia com cianoacrilato, no entanto, é especialmente útil no tratamento das varizes de fundo gástrico, onde apresenta melhores resultados do que a ligadura elástica, ou em casos de cirrose avançada (Child-Pugh C), onde há um distúrbio mais severo da coagulação e o risco de ressangramento das varizes é maior. A escleroterapia com cianoacrilato, no entanto, é pouco disponível e apresenta entre as suas potenciais complicações a migração da cola para os vasos pulmonares, onde pode levar a disfunção respiratória aguda e severa, embora mesmo quando ocorra a migração ela seja clinicamente de pouca importância. Escleroterapia de varizes esofágicas. O objeto branco à esquerda é o cateter com agulha, que está no interior da variz (Gastrocentro - Unicamp) A ligadura elástica é um tratamento onde aspira-se e coloca-se um anel elástico ao redor da variz, provocando a coagulação de sangue no seu interior e o desaparecimento progressivo da variz ao longo de 2-5 sessões. Após poucos dias, forma-se uma úlcera e cai o anel, tornando essa fase de pequeno risco de hemorragia. Mesmo assim, a ligadura elástica é equivalente à escleroterapia em eficácia e superior em segurança. http://www.hepcentro.com.br/varizes.htm#ligaduraelastica Hemorragia Digestiva 9 Ligadura elástica de varizes (Gastrocentro - Unicamp) Esquerda: varizes após ligadura - Direita: úlceras após ligadura Hemorragia Digestiva 10 Tratamento radiológico/hemodinâmico O TIPS (derivação intra-hepática portossistêmica transjugular) é um procedimento radiológico no qual é realizado um "desvio" entre a veia porta e a veia cava inferior, através da colocação de uma prótese (stent) que é instalado no local por um cateter que foi introduzido pela veia jugular, no pescoço, até a veia cava. Com essa derivação, há redução na hipertensão portal, levando a redução na ascite, diminuição do risco de hemorragia por varizes esôfago-gástricas e melhora nas síndromes hepatorrenal e hepatopulmonar. Há o risco de desencadeamento de encefalopatia hepática ou piora da mesma se o paciente já a apresentava, mas que geralmente pode ser controlada se for leve. Os principais papéis do TIPS são servir como "ponte" até a realização de transplante hepático, uma vez que há o risco de obstrução da prótese com o passar do tempo, ou como http://www.hepcentro.com.br/ascite.htm http://www.hepcentro.com.br/s%C3%ADndrome_hepatopulmonar.htm http://www.hepcentro.com.br/encefalopatia_hepatica.htm http://www.hepcentro.com.br/encefalopatia_hepatica.htm http://www.hepcentro.com.br/encefalopatia_hepatica.htm Hemorragia Digestiva 11 opção de tratamento da hemorragia por varizes onde não foi possível o controle com os tratamentos farmacológicos e endoscópicos. Entre as contra-indicações para o TIPS estão a presença de encefalopatia hepática antes do procedimento, fígado policístico, abscesso hepático, doença hepática severa, insuficiência cardíaca, hipertensão pulmonar severa e sepse. TIPS Tratamento cirúrgico O tratamento cirúrgico tem como objetivo reduzir a hipertensão portal desviando sangue da veia porta para outra veia onde o sangue pode fluir com menor resistência, como a veia cava ou a azigos. O risco de complicações, incluindo deiscência ("abertura dos pontos"), infecções, hemorragias e, principalmente, de encefalopatia hepática são significativos, especialmente no portador de cirrose avançada. Mesmo assim, permanece uma opção quando há sangramento não controlado por medidas farmacológicas ou endoscópicas e quando o TIPS não estiver disponível, for contra-indicado ou se mostrou ineficaz. Hemorragia Digestiva 12 Oclusão mecânica Quando ocorre uma hemorragia por varizes esofágicas fora dos grandes centros, freqüentemente não há a opção de tratamento farmacológico com vasodilatadores esplâncnicos, endoscopia de urgência e muito menos a disponibilidade de TIPS ou cirurgia de grande porte. Uma medida de emergência é a colocação de um balão no esôfago, chamado de Sengstaken-Blakemore, com o objetivo de manter a pressão do balão sobre a variz acima da pressão da mesma, interrompendo o sangramento. É um procedimento extremamente desconfortável, mas pode ser utilizado por um curto período (menor que 24 horas) até que o paciente seja transferido para um centro com opções de tratamento. O uso prolongado (e ocasionalmente até o uso por curtos períodos) pode levar a aspiração seguida de pneumonia, úlceras esofágicas e de asa de nariz e outras complicações. ESTRAGÉGIAS DE TRATAMENTO Hemorragia Digestiva 13 Com base nos conhecimentos sobre a fisiopatologia da cirrose e da hipertensão portal e nas opções atualmente disponíveis de tratamento, a Sociedade Brasileira de Hepatologia se reuniu em 2009 em Salvador para elaborar um Consenso sobre o tratamento da hemorragia varicosa na hipertensão portal. As recomendações foram as seguintes, de acordo com a situação: Doença Erosiva Fisiopatologia A gastrite e a esofagite erosivas, como o próprio nome sugere, resultam da erosão e da inflamação da mucosa gástrica e esofágica. A condição pode ter início agudo ou crônico, e há váriaspossíveis causas. As causas inespecíficas incluem consumo de álcool, AINEs, agentes corrosivos e exposição à radiação. Em geral, a gastrite e a esofagite erosivas causam menos sangramento do que a doença ulcerosa péptica, e a condição é autolimitada. Erosões são lesões detectadas à endoscopia, que se limitam à mucosa e não causam sangramento significativo, por que não há artérias e veias na mucosa. As erosões do esôfago, estômago ou duodeno causam HDA leve. Em geral ocorre por uso de AINES Lesão da Mucosa gástrica também pode ser relacionada com o estresse e ocorre em pacientes extremamente enfermos Víscera Perfurada Constitu uma situação de emergência. Ocorre com frequência quando uma úlcera duodenal perfura a serosa (Camada mais externa) → Conteúdo abdominal invade a cavidade abdominal e ocorre peritonite. A ruptura do intestino grosso, do intestino delgado, de divertículos colônicos ou da vesícula biliar é possível, porém constitui um evento raro. Os fatores de risco incluem idade avançada, doença diverticular, uso de AINEs e história de doença ulcerosa péptica. Síndrome de Boerhaave Ruptura do Esôfago em consequência de hiperêmese gravídica, parto, tosse violenta, convulsões, estado asmático e levantamento de peso, distúrbios http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-28032010000200017 Hemorragia Digestiva 14 Neurológicos ou vômitos explosivos após o consumo excessivo de alimentos e bebidas Outras causas OUTRAS CAUSAS Causas menos comuns de HDA são neoplasias, ectasias vasculares (inclusive telangiectasias hemorrágicas hereditárias [Rendu- OslerWeber] e ectasias vasculares do antro gástrico [“estômago de melancia”]), lesão de Dieulafoy (na qual um vaso anômalo da mucosa sangra a partir de uma falha puntiforme da mucosa), gastropatia por prolapso (prolapso do segmento proximal do estômago para dentro do esôfago causando regurgitação, especialmente nos pacientes alcoolistas), fístulas aortomesentéricas e hemofilia ou hemossuco pancreático (sangramento originado do ducto biliar ou pancreático). Fontes de Hemorragia do Intestino Delgado Antigamente era uma denominação para quem não tinham causa detectável de HD à endoscopia digestiva alto ou colonoscopia Com novos meios, 75% do que era obscuro, hoje é atribuído ao delgado, fora do alcance da EDA convencional Em adultos as causas mais comuns são: Ectasias vasculares, neoplasias (Tumor estromal do TGI, carcinoide, adenocarcinoma, linfoma ou metástases) e erosões causadas por AINES, causa comum é o divertículo de Meckel, pode se ter a doença de Crohn, síndromes de polipose ou neoplasias Fontes de Hemorragia do Cólon Destaque para hemorroidas, sendo provavelmente a causa mais frequente de HDB; As fissuras anais também causam sangramento leve e dor Diverticulose, ectasias vasculares, neoplasias (adenocarcinoma), colite Tempo para EDA Pacientes em uso crônico de AINES ou anticoagulantes devem ser submetidos a uma endoscopia digestiva alta IMEDIATAMENTE ou em até 6 horas, pois são Hemorragia Digestiva 15 considerados pacientes de alto risco! Pacientes de baixo risco, por outro lado, podem receber a endoscopia em até 24h. São considerados de alto risco: Idade superior a 60 anos; Choque, instabilidade hemodinâmica e hipotensão postural; Comorbidades associadas (cardiorrespiratória, renal, hepática e coagulopatia); Uso de medicações como anticoagulantes e AINEs; Hematêmese volumosa; Melena persistente; Hemorragia em pacientes internados; Ressangramentos em pacientes já tratados endoscopicamente; Necessidade de transfusão sanguínea; Aspirado nasogástrico com sangue vivo.