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Camila Gondo Galace – GO (Andrea) FASES CLÍNICAS DO TRABALHO DE PARTO FASE DE PARTURIÇÃO E FASES CLINICAS DO PARTO Quiescência (fase 1): da concepção ao início da parturição. Útero não responsivo Ativação (fase 2): início da parturição ao início do trabalho de parto. - Preparação para o trabalho de parto - Contrações de Braxton Hicks - 6 a 8 semanas antes do início do trabalho de parto Estimulação (fase 3): início da parturição – início do trabalho de parto - Dilatação - Expulsão - Dequitação Involução (fase 4): involução uterina PARTO É a expulsão do concepto e seus anexos do organismo materno. Trabalho de parto adequado: 2-5 contrações/10min de 30-90 minutos com frequência de 20-60mmHg. Interação de 3 fatores: objeto do parto (feto), canal do parto (trajeto duro e trajeto mole), motor (contração uterina e prensa abdominal). Eutócico: parto harmonioso Distócico: desvio das diferentes fases do parto, ou seja, parto disfuncional. PERÍODOS CLÍNICOS DO PARTO 1º PERÍODO – DILATAÇÃO A dilatação cervical ocorre de maneira diferente entre as primiparturientes e as multíparas. Nas primiparturientes inicia pelo orifício cervical interno pois o externo tem mais resistência, portanto tem o apagamento antes de iniciar a dilatação. Nas multíparas o apagamento e a dilatação ocorrem concomitantemente. Contração uterina colo uterino apagamento e dilatação cervical Fase latente: duração de 8hrs e dilatação 0,35cm/h Fase ativa: Primiparturiente – duração de 6h e dilatação de 1,2cm/h Multípara – duração de 3h e dilatação de 1,5cm/h Contrações uterinas regulares: mínimo de 2/10min de observação com padrão persistente por mais de 2 horas. Toque vaginal: transformações plasmáticas de colo uterino com apagamento e dilatação de 2cm em primiparturientes e 3cm em multíparas. Ocorrências: rotura das membranas ovulares, perdas sanguíneas, síndrome dolorosa (segmento cervical). 2º PERÍODO – EXPULSÃO Dilatação total até saída do feto, com 4-5 contrações/10min, fazendo a progressão do feto pelo canal do parto, com presença de puxos. Duração: Primiparturiente – 60 min até 2h Multípara – 30 min até 1h Ocorrências: sangramento e lacerações do trajeto SÍNDROME DOLOROSA: região vagina-perineal prensa abdominal 3º PERÍODO – DEQUITAÇÃO/SECUNDAMENTO Expulsão da placenta em 3 fases (descolamento, descida, expulsão) Duração: 10min até 1h Perda sanguínea: 300 a 500ml Ocorrências: acretização placentária (inserção exagerada da placenta), retenção de fragmentos placentários, retenção placentária, inversão uterina aguda. Descolamento – contração uterina com retração do volume uterino. Envolve 2 mecanismos chamados Baudelocque Schultze (75%) que é central, onde a face fetal sai primeiro e Baudelocque Duncan (25%) que é marginal, onde a face materna sai primeiro. Descida – contrações uterinas associadas à força da gravidade, segmento inferior do útero + vagina. Expulsão – puxos vaginais 4º PERÍODO – PÓS-PARTO IMEDIATO Duração: 1h Fenômenos toco-hemorrágicos: ligaduras vivas de Pinard Ocorrências: sangramento podendo levar à atonia uterina. INDUÇÃO DO TRABALHO DE PARTO É a estimulação de contrações uterinas em paciente fora do trabalho de parto por meio de métodos específicos e com o objetivo de promover o parto. INDICAÇÕES: Síndromes hipertensivas, RPMO, corioamnionite, RCF, aloimunização Rh, pós-datismo. CONTRA-INDICAÇÕES: gestação múltipla, placenta prévia, macrossomia fetal, sofrimento fetal, apresentação anômala, malformações uterinas, herpes genital (infecção ativa), HIV, carcinoma cervical invasivo. MATURAÇÃO CERVICAL É o processo pelo qual o colo uterino se altera de uma estrutura fechada (determinada a manter a gestação intrauterina) para uma estrutura complacente capaz de se dilatar e acomodar a passagem do feto. MÉTODOS PARA MATURAÇÃO CERVICAL Métodos farmacológicos: PGE1, PGE2, Relaxina, Óxido nítrico, Hialuronidase. Métodos mecânicos: balão, laminária, descolamento de membranas. MATURAÇÃO CERVICAL COM PROSTAGLANDINAS Condições de utilização: indução do parto, índice de Bishop < 5, gestação única, peso fetal > 1500, apresentação cefálica, vitalidade preservada, ausência de DCP, ausência de cirurgia uterina prévia. Contraindicações: febre, asma grave, trabalho de parto, sangramento vaginal, glaucoma, alergia, doença cardiovascular, doença hepática, doença materna que se beneficie da interrupção imediata da gestação.
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