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Planejamento Tributário Responsável pelo Conteúdo: Prof.ª Esp. Graziela de Faria Santos Soares Revisão Textual: Prof. Me. Luciano Vieira Francisco Formas de Tributação • Contextualização; • Formas de Tributação. · Aprender sobre as formas de tributação existentes na legislação brasileira: Simples Nacional, Lucro Presumido; Lucro Arbitrado e Lucro Real. · Aprender sobre a sistemática de cálculo dos tributos sobre o lucro das empresas, para auxiliar no Planejamento Tributário, indicando a forma de tributação menos onerosa e que mais se ajuste para cada tipo em empresa OBJETIVO DE APRENDIZADO Formas de Tributação Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você também encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Formas de Tributação Contextualização Muito se ouve dizer sobre o Simples Nacional, todavia, nem sempre sua adesão traz os melhores resultados financeiros à empresa. O ideal é, antes de aderir a qualquer forma de tributação, efetuar cálculos e aná- lises. O contabilista é a pessoa mais indicada para promover tais estudos, mas é indicado também que o empresário compreenda e tenha conhecimento dos assun- tos tributários. Acesse este link: https://goo.gl/meKYVB e veja a reportagem que descreve de forma simpli- ficada o que é o sistema de tributação do Simples Nacional que demonstra as desvantagens de sua adesão. Ex pl or 8 9 Introdução Atualmente, as empresas podem recolher seus tributos de 4 maneiras: • Simples nacional; • Lucro presumido; • Lucro arbitrado; • Lucro real. A escolha é confirmada por meio do recolhimento da primeira guia de Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), no caso de se optar entre lucro real, presumido ou arbitrário, e valerá para todo aquele ano-calendário. Todavia, algumas empre- sas são obrigadas a calcular os seus tributos pela sistemática do lucro real, o que veremos mais adiante. Já o simples nacional possui uma lista de atividades permitidas, onde a empresa deve solicitar o seu enquadramento até o último dia útil do mês de janeiro. Uma vez deferida, produz efeitos a partir do primeiro dia do ano-calendário da opção. Vamos detalhar um pouco mais sobre cada uma dessas formas de apuração do lucro. Vale ressaltar que compreender cada sistemática já é um planejamento tributário, isto porque por meio dos cálculos de cada um dos modelos disponíveis, conseguimos identificar a melhor forma de tributação a ser adotada, visando sem- pre à redução financeira. Por este motivo, ao fim de cada ano-calendário é interessante a empresa promo- ver um estudo simulando as diversas formas de calcular os tributos para analisar e verificar a forma mais econômica – claro que de acordo com a legislação, levando em consideração as regras e vedações impostas. Simples Nacional O simples nacional é um regime compartilhado de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicável às microempresas e empresas de pequeno porte, previsto na Lei Complementar n.º 123, de 14 de dezembro de 2006. Abrange a participação de todos os entes federados (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). É administrado por um Comitê Gestor composto por oito integrantes: quatro da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), dois dos Estados e do Distrito Federal e dois dos Municípios. Para o ingresso no simples nacional é necessário o cumprimento das seguin- tes condições: • Enquadrar-se na definição de microempresa ou de empresa de pequeno porte; • Cumprir os requisitos previstos na legislação; • Formalizar a opção pelo simples nacional. 9 UNIDADE Formas de Tributação Características principais do regime do simples nacional: • Ser facultativo; • Ser irretratável para todo o ano-calendário; • Abrange os seguintes tributos: IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins, IPI, ICMS, ISS e a contribuição para a seguridade social destinada à previdência social a Cargo da Pessoa Jurídica (CPP); • Recolhimento dos tributos abrangidos mediante Documento Único de Arreca- dação (DAS); • Disponibilização às ME/EPP de sistema eletrônico para a realização do cálculo do valor mensal devido, geração do DAS e, a partir de janeiro de 2012, para constituição do crédito tributário; • Apresentação de declaração única e simplificada de informações socioeconô- micas e fiscais; • Prazo para recolhimento do DAS até o dia 20 do mês subsequente para aquele em que houver sido auferida a receita bruta; • Possibilidade de os Estados adotarem sublimites para EPP em função da res- pectiva participação no PIB. Os estabelecimentos localizados nesses Estados cuja receita bruta total extrapolar o respectivo sublimite deverão recolher o ICMS e ISS diretamente ao Estado ou ao Município. Fonte: RFB (2013). Importante! Que para enquadramento no Simples Nacional serão consideradas microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário que aufiram, em cada ano calendário, receita bruta: ** Microempresa: até R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) ** Empresa de pequeno porte: acima de R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais) Você Sabia? Essa é a primeira regra para adotar o simples nacional, a questão do faturamen- to, mas, uma regra que deve ser analisada em conjunto, diz respeito a algumas características da empresa. Assim, é vedada a adesão ao simples empresas nas seguintes situações: • Impedimentos formais » Tiver como sócio outra pessoa jurídica; » For filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no exterior; » Tiver sócio ou titular inscrito como empresário ou sócio de outra empresa que receba o tratamento jurídico diferenciado previsto no estatuto nacional; 10 11 » Tiver titular ou sócio com participação maior que 10% do capital de outra empresa não beneficiada pelo estatuto nacional, se a receita bruta global ultrapassar o limite de R$ 4.800.000,00; » Tiver sócio ou titular como administrador ou equiparado de outra pessoa jurídica com fins lucrativos, se a receita bruta global ultrapassar o limite de R$ 4.800.000,00; » Estiver constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo; » Participar do capitalde outra pessoa jurídica; » Exercer atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimen- to, de caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investi- mento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de seguros privados e de capitalização ou de previdência complementar; » For resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de des- membramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 anos- -calendário anteriores; » Estiver constituída sob a forma de sociedade por ações. Fonte: IOB • Impedimentos quanto à atividade exercida » Que explore atividade de prestação cumulativa e contínua de serviços de asses- soria creditícia, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, gerenciamento de ativos, compras de direitos creditórios re- sultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring); » Que tenha sócio domiciliado no exterior; » Cujo capital participe de entidade da administração pública, direta ou indire- ta, federal, estadual ou municipal; » Que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), ou com as Fazendas Públicas federal, estadual ou municipal, cuja exigibilidade não esteja suspensa; » Prestar serviço de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros; » Ser geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de energia elétrica; » Exercer atividade de importação ou fabricação de automóveis e motocicletas; » Exercer atividade de importação de combustíveis; » Exercer atividade de produção ou venda no atacado de cigarros, cerveja sem álcool, bebidas alcoólicas, exceto aquelas produzidas ou vendidas no atacado por micro e pequenas cervejarias, micro e pequenas vinícolas, produtores de licores e micro e pequenas destilarias, registradas no Ministério da Agricultu- ra, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e que obedeçam à regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da RFB quanto à produ- ção e comercialização de bebidas alcoólicas; » Realizar cessão ou locação de mão de obra; 11 UNIDADE Formas de Tributação » Dedicar-se ao loteamento e à incorporação de imóveis; » Exercer atividade de locação de imóveis próprios, exceto quando se referir à prestação de serviços tributados pelo ISS; » Possuir ausência de inscrição ou com irregularidade em cadastro fiscal fede- ral, municipal ou estadual quando exigível. Fonte: IOB Alíquotas e Anexos O simples nacional é dividido em tabelas de acordo com cada segmento de empresa: comércio, indústria, serviços, serviços gerais e locação de bens móveis, entre outros. Para cada atividade, há aplicação de um anexo que contém faixas de faturamento acumulado, uma alíquota nominal e o valor de parcela a deduzir. Estes anexos auxiliarão no cálculo do DAS. Os anexos também trazem o percentual de destinação entre os tributos que são recolhidos no DAS (IRPJ, CSLL, Cofins, PIS/ Pasep, CPP, ISS e ICMS). De acordo com a Resolução CGSN n.º 137/2017, com vigência a partir de 2018, os anexos são os seguintes: • Anexo I, que deverá ser utilizado para as atividades de venda de mercadorias, tais como comércio de vestuários, calçados, lojas de conveniência, bares, entre outras empresas comerciais. Anexo I – Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Comércio (vigência a partir de 1º.01.2018) RECEITA BRUTA EM 12 MESES ALÍQUOTA VALOR A DEDUZIR (EM R$) 1ª Faixa Até a 180.000,00 4,00% - 2ª Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 7,30% 5.940,00 3ª Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 9,50% 13.860,00 4ª Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 10,70% 22.500,00 5ª Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,30% 87.300,00 6ª Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 19,00% 378.000,00 FAIXAS PERCENTUAL DE REPARTIÇÃO DOS TRIBUTOS IRPJ CSLL CONFINS PIS/PASEP CPP ICMS (*) 1ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 41,50% 34,00% 2ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 41,50% 34,00% 3ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50% 4ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50% 5ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50% 6ª Faixa 13,50% 10,00% 28,27% 6,13% 42,10% - (*) Com relação ao ICMS, quando o valor da receita bruta total dos útimos 12 meses (RBT12) for superior ao limite da 5ª faixa, para a parcela que não ultrapassar o sublimite, o percentual efetivo desse imposto será calculado conforme segue: {[(RBT12 x 14,30%) - R$ 87.300,00]/RBT12} x 33,5%. (Resolução CGSN nº 94/2011, art. 25-A, § 1º. I; Resolução CGSN nº 135/2017) 12 13 • Anexo II, que deverá ser utilizado para as atividades de venda de mercadorias industrializadas pelo contribuinte. Anexo II – Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Indústria (vigência a partir de 1º.01.2018) RECEITA BRUTA EM 12 MESES ALÍQUOTA VALOR A DEDUZIR (EM R$) 1ª Faixa Até a 180.000,00 4,50% - 2ª Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 7,80% 5.940,00 3ª Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 10,00% 13.860,00 4ª Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 11,20% 22.500,00 5ª Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,70% 85.500,00 6ª Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 30,00% 720.000,00 FAIXAS PERCENTUAL DE REPARTIÇÃO DOS TRIBUTOS IRPJ CSLL CONFINS PIS/PASEP CPP IPI ICMS 1ª Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00% 2ª Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00% 3ª Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00% 4ª Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00% 5ª Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00% 6ª Faixa 8,50% 7,50% 20,96% 4,54% 23,50% 35,00% - Para atividade com incidência simultânea de PI e ISS: (inciso VIII do art. 25-A) Com relação ao ISS, quando o porcentual efetivo do imposto for superior a 5%, o resultado limitar-se-á a 5%, transferindo- -se a diferença para os tributos federais, de forma proporcional aos porcentuais a seguir especificados. Os percentuais redistribuídos serão acrescentados aos porcentuais efetivos de cada tributo federal a respectiva faixa. Quando o valor da RBT12 for superior ao limite da 5ª faixa, para a parcela que não ultrapassar o sublimite, o porcentual efetivo do ISS será calculado conforme segue: {[(RBT12 x 21%) - R$ 125.640,00]/RBT12} x 33,5%. O percentual efetivo resultante também ficará limitado a 5%, redistribuindo-se eventual diferença para os tributos federais, na forma anteriormente prevista, de acordo com os seguintes percentuais: RESDISTRIBUIÇÃO DO ISSS EXCEDENTE IRPJ CSLL CONFINS PIS/PASEP CPP IPI TOTAL 8,09% 5,15% 16,93% 3,66% 55,14% 11,03% 100% (Resolução CGSN nº 94/2011, art. 25-A, § 1º. I; Resolução CGSN nº 135/2017) • Anexo III, que deverá ser utilizado para as atividades de prestação de serviços, tais como creche, pré-escola, estabelecimento de Ensino Fundamental, escolas técnicas, profissionais e de Ensino Médio, de línguas estrangeiras, de artes, cursos técnicos, preparatórios para concurso, agências terceirizadas de cor- reios, agências de turismo, autoescolas, agências lotéricas, serviços de reparos e de manutenção em geral, transporte municipal de passageiros e de cargas em qualquer modalidade, escritórios de serviços contábeis, produções cinema- tográficas, audiovisuais, artísticas e culturais, sua exibição ou apresentação, corretagem de seguros, corretagem de imóveis de terceiros, as atividades de prestação de serviços de comunicação, entre outras. 13 UNIDADE Formas de Tributação Anexo III – Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas de locação de bens móveis e de prestação de serviços não relacionados no § 5º-C do art. 18 da Lei Complementar nº 123/2006 (vigência a partir de 1º.01.2018) RECEITA BRUTA EM 12 MESES ALÍQUOTA VALOR A DEDUZIR (EM R$) 1ª Faixa Até a 180.000,00 6,00% - 2ª Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 11,20% 9.360,00 3ª Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 13,50% 14.640,00 4ª Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 16,00% 35.640,00 5ª Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 21,00% 125.640,00 6ª Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 33,00%648.000,00 FAIXAS PERCENTUAL DE REPARTIÇÃO DOS TRIBUTOS IRPJ CSLL CONFINS PIS/PASEP CPP ISS (*) 1ª Faixa 4,00% 3,50% 12,82% 2,78% 43,40% 30,50% 2ª Faixa 4,00% 3,50% 14,05% 3,05% 43,40% 32,00% 3ª Faixa 4,00% 3,50% 13,64% 2,96% 43,40% 32,50% 4ª Faixa 4,00% 3,50% 13,64% 2,96% 43,40% 32,50% 5ª Faixa 4,00% 3,50% 12,82% 2,78% 43,40% 33,50% (*) 6ª Faixa 35,00% 15,00% 16,03% 3,47% 30,50% - (*) Quando o percentural efetivo do ISS for superior a 5%, o resultado limitar-se-á a 5%, transferindo-se a diferença para os tributos federais, de forma proporcional aos percentuais a seguir. Os percentuais redistribuídos serão acrescentados aos percentuais efetivos de cada tributo federal da respectiva faixa. Quando o valor da RBT12 for superior ao limite da 5ª faixa, para a parcela que não ultrapassar o sublimite, o porcentual efetivo do ISS será calculado conforme segue: {[(RBT12 x 21%) - R$ 125.640,00]/RBT12} x 33,5%. Esse percentual efetivo resultante também ficará limitado a 5%, redistribuindo-se eventual diferença para os tributos federais, na forma anteriormente prevista, de acordo com os seguintes percentuais: RESDISTRIBUIÇÃO DO ISSS EXCEDENTE IRPJ CSLL CONFINS PIS/PASEP CPP TOTAL 6,02% 5,26% 19,28% 4,18% 65,26% 100% (Resolução CGSN nº 94/2011, art. 25-A, § 1º. I; Resolução CGSN nº 135/2017) • Anexo IV, que deverá ser utilizado para as atividades de prestação dos serviços de construção de imóveis e obras de Engenharia em geral, inclusive sob a forma de subempreitada, execução de projetos e serviços de paisagismo, decoração de interiores, serviço de vigilância, limpeza ou conservação, serviços advocatícios. Anexo IV – Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas de prestação de serviços não relacionados no § 5º-C do art. 18 da Lei Complementar nº 123/2006 (vigência a partir de 1º.01.2018) RECEITA BRUTA EM 12 MESES ALÍQUOTA VALOR A DEDUZIR (EM R$) 1ª Faixa Até a 180.000,00 4,50% - 2ª Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 9,00% 8.100,00 3ª Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 10,20% 12.420,00 4ª Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 14,00% 39.780,00 5ª Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 22,00% 183.780,00 6ª Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 33,00% 828.000,00 14 15 FAIXAS PERCENTUAL DE REPARTIÇÃO DOS TRIBUTOS IRPJ CSLL CONFINS PIS/PASEP ISS (*) 1ª Faixa 18,80% 15,20% 17,67% 3,83% 44,50% 2ª Faixa 19,80% 15,20% 20,55% 4,45% 40,00% 3ª Faixa 20,80% 15,20% 19,73% 4,27% 40,00% 4ª Faixa 17,80% 19,20% 18,90% 4,10% 40,00% 5ª Faixa 18,80% 19,20% 18,08% 3,92% 40,00% (*) 6ª Faixa 53,50% 21,50% 20,55% 4,45% - (*) O percentural efetivo máximo devido ao ISS será de 5%, transferindo-se a diferença, de forma proporcional, aos tributos federais, da mesma faixa de receita bruta anual. Sendo assim, na 5ª faixa, quando a alíquota efetiva for superior a 12,5%, a repartição será: FAIXA IRPJ CSLL CONFINS PIS/PASEP ISS (*) 5ª Faixa, com alíquota efetiva superior a 12,5% (Alíquota efetiva - 5%) x 31,33% (Alíquota efetiva - 5%) x 32,00% (Alíquota efetiva - 5%) x 30,13% (Alíquota efetiva - 5%) x 6,54% Percentual de ISS fixo em 5% (*) Quando o percentural efetivo do ISS for superior a 5%, o resultado limitar-se-á a 5%, transferindo-se a diferença para os tributos federais, de forma proporcional aos percentuais a seguir. Os percentuais redistribuídos serão acrescentados aos percentuais efetivos de cada tributo federal da respectiva faixa. Quando o valor da RBT12 for superior ao limite da 5ª faixa, para a parcela que não ultrapassar o sublimite, o porcentual efetivo do ISS será calculado conforme segue: {[(RBT12 x 22%) - R$ 183.780,00]/RBT12} x 40%. Esse percentual efetivo resultante também ficará limitado a 5%, redistribuindo-se eventual diferença para os tributos federais, na forma anteriormente prevista, de acordo com os seguintes percentuais: RESDISTRIBUIÇÃO DO ISSS EXCEDENTE IRPJ CSLL CONFINS PIS/PASEP TOTAL 31,33% 32% 30,13% 6,54% 100% (Resolução CGSN nº 94/2011, art. 25-A, § 1º. I; Resolução CGSN nº 135/2017) • Anexo V, que deverá ser utilizado para as atividades de prestação de serviços, tais como, medicina, inclusive laboratorial e enfermagem, medicina veterinária, odontologia e prótese dentária, psicologia, psicanálise, terapia ocupacional, acupuntura, podologia, fonoaudiologia, clínicas de nutrição e de vacinação e bancos de leite, serviços de comissária, de despachantes, de tradução e de in- terpretação, engenharia, medição, cartografia, topografia, geologia, geodesia, testes, suporte e análises técnicas e tecnológicas, pesquisa, design, desenho e agronomia, representação comercial e demais atividades de intermediação de negócios e serviços de terceiros, perícia, leilão e avaliação, auditoria, eco- nomia, consultoria, gestão, organização, controle e administração, jornalismo e publicidade, agenciamento exceto de mão de obra, desde que seu fator “r” (que será explicado adiante) seja inferior a 28%, pois quando igual ou superior a este percentual as atividades passarão a se enquadrar no Anexo III. Anexo V – Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas de prestação de serviços relacionados no § 5º-C do art. 18 da Lei Complementar nº 123/2006 (vigência a partir de 1º.01.2018) RECEITA BRUTA EM 12 MESES ALÍQUOTA VALOR A DEDUZIR (EM R$) 1ª Faixa Até a 180.000,00 15,50% - 2ª Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 18,00% 4.500,00 3ª Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 19,50% 9.900,00 15 UNIDADE Formas de Tributação RECEITA BRUTA EM 12 MESES ALÍQUOTA VALOR A DEDUZIR (EM R$) 4ª Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 20,50% 17.100,00 5ª Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 23,00% 62.100,00 6ª Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 30,50% 540.000,00 FAIXAS PERCENTUAL DE REPARTIÇÃO DOS TRIBUTOS IRPJ CSLL CONFINS PIS/PASEP CPP ISS (*) 1ª Faixa 25,00% 15,00% 14,10% 3,05% 28,85% 14,00% 2ª Faixa 23,00% 15,00% 14,10% 3,05% 27,85% 17,00% 3ª Faixa 24,00% 15,00% 14,92% 3,23% 23,85% 19,00% 4ª Faixa 21,00% 15,00% 15,74% 3,41% 23,85% 21,00% 5ª Faixa 23,00% 12,50% 14,10% 3,05% 23,85% 23,50% 6ª Faixa 35,00% 15,50% 16,44% 3,56% 29,50% - (*) Quando o percentural efetivo do ISS for superior a 5%, o resultado limitar-se-á a 5%, transferindo-se a diferença para os tributos federais, de forma proporcional aos percentuais a seguir. Os percentuais redistribuídos serão acrescen- tados aos percentuais efetivos de cada tributo federal da respectiva faixa. Quando o valor da RBT12 for superior ao limite da 5ª faixa, para a parcela que não ultrapassar o sublimite, o porcentual efetivo do ISS será calculado conforme segue: {[(RBT12 x 22%) - R$ 183.780,00]/RBT12} x 40%. Esse percentual efetivo resultante também ficará limitado a 5%, redistribuindo-se eventual diferença para os tributos federais, na forma anteriormente prevista, de acordo com os seguintes percentuais: RESDISTRIBUIÇÃO DO ISSS EXCEDENTE IRPJ CSLL CONFINS PIS/PASEP CPP TOTAL 30,07% 16,34% 18,43% 3,99% 31,17% 100% (Resolução CGSN nº 94/2011, art. 25-A, § 1º. I; Resolução CGSN nº 135/2017) Cálculo do DAS O recolhimento dos tributos unificados no Simples Nacional é feito através do DAS. Seu cálculo deve ser efetuado, de forma on-line, no Portal do Simples Nacio- nal, pelo site da Receita Federal do Brasil (RFB) através do Programa Gerador do Do- cumento de Arrecadação do Simples Nacional – Declaratório (PGDAS-D), todavia, deve-se entender a sistemática de cálculo para que se possa realizar um bom plane- jamento tributário. Porém, antes faz-se importante contextualizar alguns conceitos: • Base de cálculo – será a receita bruta auferida mensalmente pelas vendas de serviços e produtos (regime de competência), podendo o contribuinte optar por fazer a apuração sobre a receita recebida no mês (regime de caixa), sendo esta opção irretratável para todo o ano-calendário. • Opção pelo regime de caixa ou competência – a opção pelo regime será feita por meio do aplicativo da Receita Federal. • Receita bruta – para fins do simples, compõem a receita bruta o produto da venda de bens e serviços nas operações, o preçodos serviços prestados, ex- cluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos. Não compõem a receita bruta a venda de bens do ativo imobilizado, os juros mo- ratórios, as multas e quaisquer outros encargos auferidos em decorrência do atraso no pagamento de operações ou prestações, a remessa de mercadorias a título de bonificação, doação ou brinde, a remessa de amostra grátis, os 16 17 valores recebidos a título de multa ou indenização por rescisão contratual. Deverão ser segregadas da receita bruta as receitas de exportação e produtos em substituição tributária para que sejam observadas as regras específicas de acordo com a Lei n.º 123/2006. • Prazo de recolhimento do DAS – os tributos apurados no simples nacional terão como prazo para pagamento o dia 20 do mês subsequente ao da apuração. Quan- do a empresa tiver filiais, estas deverão recolher de forma centralizada na matriz. Fica vedada a emissão de DAS menor que R$ 10,00 – quando a apuração resultar em valor menor, este deverá ser diferido para recolhimento no mês subsequente. • Fator R (folha de salários) – a partir de 2018 as empresas que exerçam as atividades sujeitas ao Anexo V deverão observar o percentual do fator R, pois, se este for igual ou superior a 28% será utilizado o Anexo III, mas se for inferior a 28%, o Anexo V. O fator R é obtido no cálculo da razão entre a folha de salários e receita bruta em relação à prestação de serviço. Serão considerados para cálculo o RBT12 e as folha de salários, incluídos encargos, o montante pago nos 12 meses anteriores ao período de apuração, a título de remunerações a pessoas físicas decorrentes do trabalho (salários e retiradas de pró-labore), acrescidos do montante efetivamente recolhido a título de contri- buição patronal previdenciária e FGTS, incluídas as retiradas de pró-labore. A seguir, vamos ver um exemplo de cálculo do simples nacional: A loja de roupas Sempre Bonita Ltda., empresa de pequeno porte optante pelo simples nacional, exerce a atividade de comércio de revenda de roupas e no mês de abril de 2018, obteve uma receita bruta de R$ 100.000,00 (cem mil reais). Considere que não houve receitas com exportação ou produtos em substituição tributária. • 1º passo – segregar as receitas no mês de apuração, em nosso exem- plo não é necessário fazer segrega- ção, pois as receitas são compostas apenas pela atividade comercial. Abril/2018 – Comércio = R$ 100.000,00 • 2º passo – encontrar a receita bru- ta total dos 12 meses anteriores ao da apuração, chamado de RBT12. Para isso, vamos admitir os seguin- tes valores: • 3º passo – localizar na tabela do Anexo apropriado para as atividades empresariais desenvolvidas a faixa de faturamento do RBT12: MÊS RECEITA MARÇO/2018 R$ 99.900,00 FEVEREIRO/2018 R$ 100.000,00 JANEIRO/2018 R$ 113.041,00 DEZEMBRO/2017 R$ 108.000,00 NOVEMBRO/2017 R$ 102.600,00 OUTUBRO/2017 R$ 105.613,00 SETEMBRO/2017 R$ 100.000,00 AGOSTO/2017 R$ 102.779,00 JULHO/2017 R$ 95.442,00 JUNHO/2017 R$ 82.745,00 MAIO/2017 R$ 99.880,00 ABRIL/2017 R$ 90.000,00 TOTAL (RBT12) R$ 1.200.000,00 17 UNIDADE Formas de Tributação Anexo I – Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Comércio (vigência a partir de 1º.01.2018) RECEITA BRUTA EM 12 MESES ALÍQUOTA VALOR A DEDUZIR (EM R$) 1ª Faixa Até a 180.000,00 4,00% - 2ª Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 7,30% 5.940,00 3ª Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 9,50% 13.860,00 4ª Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 10,70% 22.500,00 5ª Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,30% 87.300,00 6ª Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 19,00% 378.000,00 FAIXAS PERCENTUAL DE REPARTIÇÃO DOS TRIBUTOS IRPJ CSLL CONFINS PIS/PASEP CPP ICMS (*) 1ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 41,50% 34,00% 2ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 41,50% 34,00% 3ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50% 4ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50% 5ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50% 6ª Faixa 13,50% 10,00% 28,27% 6,13% 42,10% - (*) Com relação ao ICMS, quando o valor da receita bruta total dos útimos 12 meses (RBT12) for superior ao limite dam 5ª faixa, para a parcela que não ultrapassar o sublimite, o percentual efetivo desse imposto será calculado conforme segue: {[(RBT12 x 14,30%) - R$ 87.300,00]/RBT12} x 33,5%. (Resolução CGSN nº 94/2011, art. 25-A, § 1º. I; Resolução CGSN nº 135/2017) Comércio: quarta faixa com alíquota nominal de 10,70% e parcela a deduzir de R$ 22.500,00. • 4º passo – calcular a alíquota efetiva: Fórmula: [(RBT12 x Aliq. Nominal) - PD] / RBT12 Sendo que: RBT12 é a receita bruta acumulada nos 12 meses anteriores ao período de apuração. Aliq. Nominal é a porcentagem constante na tabela dos anexos de I a V. PD é a parcela a deduzir constante na Tabela dos anexos de I a V. Cálculo: [( . . , , %) . , ] / . . , [ . , 1 200 000 00 10 70 22 500 00 1 200 000 00 128 400 00 � � � �� � � � 22 500 00 1 200 000 00 105 900 00 1 200 000 00 0 0882 1 . , ] / . . , . , / . . , , 000 8 82� �, % Alíquota Efetiva • 5º passo – calcular o DAS devido: Fórmula = RBT mensal x Aliq. Efetiva Sendo que, o RBT mensal representa o faturamento do mês de apuração, que no exemplo será Abril/2018. 100.000,00 x 8,82% = R$ 8.820,00 → Valor do DAS a pagar 18 19 Importante! A receita bruta acumulada dos últimos 12 meses é composta de abril de 2017 a março de 2018, ok? E assim por diante, ou seja, na apuração de maio/2018, a receita bruta acumulada será de maio de 2017 a abril de 2018, ok? Importante! Outro ponto importante é que a tabela reproduzida apresenta todos os tributos e o percentual de distribuição entre eles, assim você consegue identificar o valor de cada tributo. Rateio por tributo – 4ª faixa do Anexo I TRIBUTO VALOR A RATEAR (EM R$) PERCENTUAL (%) VALOR DEVIDO (EM R$) IRPJ R$ 8.820,00 5,50% R$ 485,10 CSLL R$ 8.820,00 3,50% R$ 308,70 COFINS R$ 8.820,00 12,74% R$ 1.123,67 PIS/PASEP R$ 8.820,00 2,76% R$ 243,43 CPP R$ 8.820,00 42,00% R$ 3.704,40 ICMS R$ 8.820,00 33,50% R$ 2.954,70 TOTAL 100,00% R$ 8.820,00 Assim, as contribuições e os tributos abrangidos por esse sistema são: • Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ); • Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL); • Imposto sobre Produto Industrializado (IPI); • Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins); • Programa de Integração Social (PIS/Pasep); • Imposto sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISS); • Contribuição Patronal Previdenciária (CPP); • Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Trans- porte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS). Observações: • IRPJ, exceto rendimentos ou ganhos líquidos auferidos em aplicações de renda fi xa ou variável; ganhos de capital auferidos na alienação de bens do ativo permanente e pagamentos ou créditos efetuados pela pessoa jurídica à pessoa física; • IP, Cofi ns e PIS/Pasep, exceto o incidente na importação; • ISS, exceto serviços sujeitos à substituição tributária, retenção na fonte e importação de serviços; • CPP, exceto no caso da microempresa ou da empresa de pequeno porte que se dedique às atividades de prestação de serviços referidas no Parágrafo 5º C do Artigo 18 da Lei Complementar n.º 123/2006. Dispensa pagamento de salário educação, seguro acidente e contribuições para o sistema S; 19 UNIDADE Formas de Tributação • ICMS, exceto o Artigo 13, Parágrafo 1º, XIII, alíneas de a a g – substituição tribu- tária, diferencial de alíquota, por ocasião de desembaraço financeiro, sobre estoque desacobertado de documentação fiscal, operações ou prestações desacobertadas de documento fiscal, regime de antecipação do recolhimento do imposto, nas aquisições em outras unidades da Federação etc. É importante ressaltar que algumas empresas possuem mais de um tipo de recei- ta como, por exemplo, receitas de comércio e de venda de produtos industrializa- dos, desta forma, deve-se segregar as receitas para a aplicação do Anexo correto. Vejamos um exemplo:Uma empresa, no ramo de indústria e comércio, auferiu receitas no mês de julho de 2014, no valor de R$ 50.000,00 referente à atividade de comércio e R$ 32.000,00 à atividade de indústria, totalizando, no mês, R$ 82.000,00. Nesses valores não há receitas de exportação e não há substituição tributária. Para apurar o valor do DAS referente ao mês de julho de 2014, com vencimen- to em 20 de agosto de 2014, primeiramente devemos segregar as receitas do mês de julho de 2014 de indústria e comércio. • 1º passo – segregar as receitas no mês de apuração: » Julho de 2014 – Comércio = R$ 50.000,00 » Julho de 2014 – Indústria = R$ 32.000,00 Posteriormente, precisaremos encontrar a receita bruta total dos 12 meses an- teriores ao mês da apuração, chamado de RBT12. Para isso vamos admitir os seguintes valores: MÊS COMÉRCIO INDÚSTRIA TOTAL MÊS Julho/13 R$ 54.000,00 R$ 57.000,00 R$ 111.000,00 Agosto/13 R$ 67.900,00 R$ 45.670,00 R$ 113.570,00 Setembro/13 R$ 26.500,00 R$ 35.600,00 R$ 62.100,00 Outubro/13 R$ 17.600,00 R$ 57.800,00 R$ 75.400,00 Novembro/13 R$ 45.230,00 R$ 42.300,00 R$ 87.530,00 Dezembro/13 R$ 23.780,00 R$ 34.650,00 R$ 58.430,00 Janeiro/14 R$ 63.400,00 R$ 78.690,00 R$ 142.090,00 Fevereiro/14 R$ 54.890,00 R$11.540,00 R$ 66.430,00 Março/14 R$ 9.870,00 R$ 33.678,00 R$ 43.548,00 Abril/14 R$ 32.456,00 R$ 22.670,00 R$ 55.126,00 Maio/14 R$ 11.750,00 R$ 76.560,00 R$ 88.310,00 Junho/14 R$ 25.660,00 R$ 55.650,00 R$ 81.310,00 TOTAL R$ 984.844,00 20 21 • 2º passo - apurar o RBT12: » R$ 984.844,00 Posteriormente, devemos localizar na tabela do Anexo apropriado para as ativi- dades empresariais desenvolvidas a faixa de faturamento do RBT12. As alíquotas para cálculo do imposto a ser pago no simples nacional não são fi xas; variam a cada mês em função do RBT12, da aplicação das faixas dos anexos de I a V, e do cálculo da alíquota efetiva. Anexo I – Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Comércio (vigência a partir de 1º.01.2018) RECEITA BRUTA EM 12 MESES ALÍQUOTA VALOR A DEDUZIR (EM R$) 1ª Faixa Até a 180.000,00 4,00% - 2ª Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 7,30% 5.940,00 3ª Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 9,50% 13.860,00 4ª Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 10,70% 22.500,00 5ª Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,30% 87.300,00 6ª Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 19,00% 378.000,00 FAIXAS PERCENTUAL DE REPARTIÇÃO DOS TRIBUTOS IRPJ CSLL CONFINS PIS/PASEP CPP ICMS (*) 1ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 41,50% 34,00% 2ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 41,50% 34,00% 3ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50% 4ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50% 5ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50% 6ª Faixa 13,50% 10,00% 28,27% 6,13% 42,10% - (*) Com relação ao ICMS, quando o valor da receita bruta total dos útimos 12 meses (RBT12) for superior ao limite da 5ª faixa, para a parcela que não ultrapassar o sublimite, o percentual efetivo desse imposto será calculado conforme segue: {[(RBT12 x 14,30%) - R$ 87.300,00]/RBT12} x 33,5%. (Resolução CGSN nº 94/2011, art. 25-A, § 1º. I; Resolução CGSN nº 135/2017) Anexo II – Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Indústria (vigência a partir de 1º.01.2018) RECEITA BRUTA EM 12 MESES ALÍQUOTA VALOR A DEDUZIR (EM R$) 1ª Faixa Até a 180.000,00 4,50% - 2ª Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 7,80% 5.940,00 3ª Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 10,00% 13.860,00 4ª Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 11,20% 22.500,00 5ª Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,70% 85.500,00 6ª Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 30,00% 720.000,00 21 UNIDADE Formas de Tributação FAIXAS PERCENTUAL DE REPARTIÇÃO DOS TRIBUTOS IRPJ CSLL CONFINS PIS/PASEP CPP IPI ICMS 1ª Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00% 2ª Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00% 3ª Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00% 4ª Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00% 5ª Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00% 6ª Faixa 8,50% 7,50% 20,96% 4,54% 23,50% 35,00% - Para atividade com incidência simultânea de PI e ISS: (inciso VIII do art. 25-A) Com relação ao ISS, quando o porcentual efetivo do imposto for superior a 5%, o resultado limitar-se-á a 5%, transferindo- -se a diferença para os tributos federais, de forma proporcional aos porcentuais a seguir especificados. Os percentuais redistribuídos serão acrescentados aos porcentuais efetivos de cada tributo federal a respectiva faixa. Quando o valor da RBT12 for superior ao limite da 5ª faixa, para a parcela que não ultrapassar o sublimite, o porcentual efetivo do ISS será calculado conforme segue: {[(RBT12 x 21%) - R$ 125.640,00]/RBT12} x 33,5%. O percentual efetivo resultante também ficará limitado a 5%, redistribuindo-se eventual diferença para os tributos federais, na forma anteriormente prevista, de acordo com os seguintes percentuais: RESDISTRIBUIÇÃO DO ISSS EXCEDENTE IRPJ CSLL CONFINS PIS/PASEP CPP IPI TOTAL 8,09% 5,15% 16,93% 3,66% 55,14% 11,03% 100% (Resolução CGSN nº 94/2011, art. 25-A, § 1º. I; Resolução CGSN nº 135/2017) • 3º passo – encontrar a faixa de faturamento do RBT12: » Comércio: 4ª faixa com alíquota nominal de 10,70% e parcela a deduzir de R$ 22.500,00. » Indústria: 4ª faixa com alíquota nominal de 11,20% e parcela a deduzir de R$ 22.500,00. Em seguida, deve-se calcular a alíquota efetiva para o DAS. • 4º passo – calcular a alíquota efetiva: Fórmula: [(RBT12 x Aliq. Nominal) - PD] / RBT12 Sendo que: RBT12 é a receita bruta acumulada nos 12 meses anteriores ao período de apuração. Aliq. Nominal é a porcentagem constante na tabela dos anexos de I a V. PD é a parcela a deduzir constante na Tabela dos anexos de I a V. Cálculo para a atividade de Comércio: [( . , , %) . , ] / . , [ . , . 984 844 00 10 70 22 500 00 984 844 00 105 378 31 22 5500 00 984 844 82 878 31 984 844 0 0841 100 8 42 , ] / . . , / . , , % Alíquotta Efetiva 22 23 Cálculo para a atividade de Indústria: [( . , , %) . , ] / . , [ . , . 984 844 00 11 20 22 500 00 984 844 00 110 302 53 22 5500 00 984 844 87 802 53 984 844 0 0891 100 8 92 , ] / . . , / . , , % Alíquotta Efetiva Por fim, devemos efetuar o cálculo do DAS. • 5º passo – calcular o DAS devido: Fórmula = RBT mensal x Aliq. Efetiva Sendo que o RBT mensal representa o faturamento do mês de apuração, que no nosso exemplo será julho de 2014. Cálculo para a atividade de comércio 50.000,00 x 8,41% = 4.205,00 Cálculo para a atividade de indústria 32.000,00 x 8,91% = 2.851,20 Vejamos agora um exemplo do fator R para determinar o enquadramento de algumas atividades no Anexo III ou V: Suponhamos que uma empresa de fisioterapia (atividade sujeita ao cálculo da razão entre a folha de salários e a receita bruta), optante pelo simples nacional, que apresente os seguintes dados: • Esteja apurando o mês de janeiro/2018, cuja receita no mês tenha sido de R$ 60.000,00; • Tenha auferido receita bruta nos 12 meses anteriores ao período de apuração (janeiro a dezembro/2017), no valor de R$ 500.000,00; • Tenha como montante pago a título de folha de salários e encargos sociais (janeiro a dezembro/2017): » Folha de salários efetivamente pagas nos últimos 12 meses anteriores ao período de apuração, no valor de R$ 100.000,00; » Pró-labores efetivamente pagos nos últimos 12 meses anteriores ao período de apuração, no valor de R$ 30.000,00; » FGTS efetivamente pagos nos últimos 12 meses anteriores ao período de apuração, no valor de R$ 8.000,00; » Contribuições Previdenciárias Patronais (CPP) efetivamente pagas nos últi- mos 12 meses anteriores ao período de apuração, no valor de R$ 12.000,00. 23 UNIDADE Formas de Tributação Fórmula: Fator Folha de salários + encargos sociais pagos Receita b R = rruta (nos 12 meses anteriores) Fator 100.000,00 + 30.000,R = 000 + 8.000,00 + 12.000,00 = 150.000,00 500.000,00 = Fator R = 0,3 x 100 = 30% Nesse exemplo, a razão resultou em 30%, portanto, maior que 28%, será apli- cado no mês de janeiro/2018 o Anexo III. Suponhamosagora que uma empresa recém-aberta atuando no ramo de comér- cio tenha demonstrado as seguintes receitas: • Janeiro/2018 = R$ 150.000,00 • Fevereiro/2018 = R$ 180.000,00 • Março/2018 = R$ 225.000,00 Neste exemplo, nota-se que não temos valores para a apuração do RBT12, assim fique atento(a) à metodologia do cálculo neste caso: Anexo I – Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Comércio (vigência a partir de 1º.01.2018) RECEITA BRUTA EM 12 MESES ALÍQUOTA VALOR A DEDUZIR (EM R$) 1ª Faixa Até a 180.000,00 4,00% - 2ª Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 7,30% 5.940,00 3ª Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 9,50% 13.860,00 4ª Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 10,70% 22.500,00 5ª Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,30% 87.300,00 6ª Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 19,00% 378.000,00 FAIXAS PERCENTUAL DE REPARTIÇÃO DOS TRIBUTOS IRPJ CSLL CONFINS PIS/PASEP CPP ICMS (*) 1ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 41,50% 34,00% 2ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 41,50% 34,00% 3ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50% 4ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50% 5ª Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50% 6ª Faixa 13,50% 10,00% 28,27% 6,13% 42,10% - (*) Com relação ao ICMS, quando o valor da receita bruta total dos útimos 12 meses (RBT12) for superior ao limite dam 5ª faixa, para a parcela que não ultrapassar o sublimite, o percentual efetivo desse imposto será calculado conforme segue: {[(RBT12 x 14,30%) - R$ 87.300,00]/RBT12} x 33,5%. (Resolução CGSN nº 94/2011, art. 25-A, § 1º. I; Resolução CGSN nº 135/2017) 24 25 Dado o Anexo I, vamos às apurações: Apuração Janeiro Receita comércio R$ 150.000,00 RBT12 R$ 1.800.000,00 (R$ 150.000,00 X 12)* Valor a Deduizir R$ 22.500,00 (conforme tabela do Anexo I) Alíquota Anexo I 10,70% (4ª faixa da tabela do Anexo I: De 720.000,01 a 1.800.000,00) Alíquota Efetiva 9,45% [(1.800.000,00 x 10,70%) - 22.500] / 1.800.000,00 Valor devido do DAS R$ 14.175,00 (150.000,00 x 9,45%) * Para determinar a alíquota no 1º mês de atividade, a empresa utilizará como RBT acumulada, a receita auferida no próprio mês de apuração, multiplicada por 12. Rateio por tributo - 4ª faixa do Anexo I Tributo Valor ratear (em R$) Percentual (%) Valor devido (em R$) IRPJ R$ 14.175,00 5,50% R$ 779,63 CSLL R$ 14.175,00 3,50% R$ 496,13 COFINS R$ 14.175,00 12,74% R$ 1.805,90 PIS/PASEP R$ 14.175,00 2,76% R$ 391,23 CPP R$ 14.175,00 42,00% R$ 5.953,50 ICMS R$ 14.175,00 33,50% R$ 4.748,63 TOTAL 100,00% R$ 14.175,00 Apuração Fevereiro Receita comércio R$ 180.000,00 RBT12 R$ 1.800.000,00 (R$ 150.000,00 / 1) X 12* Valor a Deduizir R$ 22.500,00 (conforme tabela do Anexo I) Alíquota Anexo I 10,70% (4ª faixa da tabela do Anexo I: De 720.000,01 a 1.800.000,00) Alíquota Efetiva 9,45% [(1.800.000,00 x 10,70%) - 22.500] / 1.800.000,00 Valor devido do DAS R$ 17.010,00 (180.000,00 x 9,45%) * Para efeito de determinação da alíquota, nos 11 meses seguintes ao do início de atividade, a empresa utilizará a média aritmética da RBT auferida nos meses anteriores ao do período de apuração, multiplicada por 12. Rateio por tributo - 4ª faixa do Anexo I Tributo Valor ratear (em R$) Percentual (%) Valor devido (em R$) IRPJ R$ 17.010,00 5,50% R$ 935,55 CSLL R$ 17.010,00 3,50% R$ 595,35 COFINS R$ 17.010,00 12,74% R$ 2.167,07 PIS/PASEP R$ 17.010,00 2,76% R$ 469,48 CPP R$ 17.010,00 42,00% R$ 7.144,20 ICMS R$ 17.010,00 33,50% R$ 5.698,35 TOTAL 100,00% R$ 17.010,00 25 UNIDADE Formas de Tributação Apuração Março Receita comércio R$ 225.000,00 RBT12 R$ 1.980.000,00 (R$ 150.000,00 + R$ 180.000,00) / 2] X 12* Valor a Deduizir R$ 87.300,00 (conforme tabela do Anexo I) Alíquota Anexo I 14,30% (5ª faixa da tabela do Anexo I: De 1.800.000,01 a 3.600.000,00) Alíquota Efetiva 9,89% [(1.980.000,00 x 14,30%] / 1.980.000,00 Valor devido do DAS R$ 22.252,50 (225.000,00 x 9,89%) * Para efeito de determinação da alíquota, nos 10 meses seguintes ao do início de atividade, a empresa utilizará a média aritmética da RBT auferida nos meses anteriores ao do período de apuração, multiplicada por 12. Rateio por tributo - 5ª faixa do Anexo I Tributo Valor ratear (em R$) Percentual (%) Valor devido (em R$) IRPJ R$ 22.252,50 5,50% R$ 1.223,89 CSLL R$ 22.252,50 3,50% R$ 778,84 COFINS R$ 22.252,50 12,74% R$ 2.834,97 PIS/PASEP R$ 22.252,50 2,76% R$ 614,17 CPP R$ 22.252,50 42,00% R$ 9.346,05 ICMS R$ 22.252,50 33,50% R$ 7.454,59 TOTAL 100,00% R$ 22.252,50 Em vigor desde 1 de julho de 2009, pode-se optar pelo Sistema de Recolhi- mento em Valores Fixos Mensais dos Tributos abrangidos pelo Simples Nacional (Simei) ao microempreendedor Individual (MEI), que o governo federal criou com o objetivo de tirar da informalidade diversos trabalhadores, possibilitando, assim, a legalização daquele que trabalha por conta própria como pequeno empresário. Poderá optar por esse sistema: 1. O empresário que exerça profissionalmente atividade econômica orga- nizada para a produção ou para a circulação de bens ou serviços (Lei n.º 10.406/2002 – Código Civil, Art. 966); 2. O empresário individual que exerça atividade de comercialização e proces- samento de produtos de natureza extrativista; 3. O empreendedor que exerça as atividades de industrialização, comercia- lização e prestação de serviços no âmbito rural (vigência a partir de 1 de janeiro de 2018); 4. Tenha auferido receita bruta de até R$ 81.000,00 no ano-calendário anterior; 5. Exerça tão somente atividades constantes do Anexo XIII da Resolução CGSN n.º 94/2011, observadas as alterações posteriores; 6. Possua um único estabelecimento; 7. Não participe de outra empresa como titular, sócio ou administrador; 8. Seja empresário individual e possua um único empregado que receba exclusi- vamente 1 salário-mínimo ou o piso salarial da categoria profissional. 26 27 O optante pelo Simei deverá recolher, por meio do DAS gerado pelo Programa Gerador do DAS para o MEI (PGMEI) o valor fixo mensal de acordo com a seguinte tabela, além dos montantes de tributos sobre a folha quando tiver funcionário. ATIVIDADE INSS ICMS ISS Total Comércio e indústria R$ 47,70 R$ 1,00 R$ 0,00 R$ 48,70 Serviços R$ 47,70 R$ 0,00 R$ 5,00 R$ 52,70 Comércio e serviços R$ 47,70 R$ 1,00 R$ 5,00 R$ 53,70 Apesar de ser um sistema prático e muito mais simples do que os demais, nem sempre é indicado a todas as atividades/empresas. É necessário efetuar outros cál- culos nas demais formas de apuração, a escolha pelo simples nacional. Desse modo, é preciso aprender as demais formas de apuração do lucro para efetuarmos um planejamento tributário correto, assim, passamos agora à explica- ção do lucro presumido. Lucro Presumido O nome lucro presumido já sugere a sistemática desta modalidade, ou seja, pre- sume-se o lucro da pessoa jurídica aplicando um percentual, estipulado pela Receita Federal do Brasil, sobre a sua receita bruta e de outras receitas sujeitas à tributação. As pessoas jurídicas que podem optar por essa sistemática devem se atentar às seguintes regras: • Sua receita bruta total tenha sido igual ou inferior a R$ 78.000.000,00 (seten- ta e oito milhões de reais), no ano-calendário anterior, ou a R$ 6.500.000,00 (seis milhões e quinhentos mil reais) multiplicado pelo número de meses em atividade no ano-calendário anterior; • Não estejam obrigadas à tributação pelo lucro real em função da atividade exercida ou de sua constituição societária ou natureza jurídica. Por outro lado, existem vedações expressas para algumas empresas proibindo a adoção do lucro presumido. São aquelas pessoas jurídicas que, por determinação legal, estão obrigadas à apuração do lucro real: • Cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperati- vas de crédito, empresas de seguro privado e de capitalização e entidadesde previdência privada aberta; • Que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior; • Que, autorizadas pela legislação tributária, queiram usufruir de benefícios fis- cais relativos à isenção ou redução do imposto de renda; • Que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado o recolhimento mensal com base em estimativa; 27 UNIDADE Formas de Tributação • Que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, admi- nistração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resul- tantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring). ESPÉCIES DE ATIVIDADES GERADORAS DE RECEITA PERCENTUAIS SOBRE A RECEITA - Revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural. 1,6% - Vendas de mercadorias ou produtos (exceto revenda de combustíveis para consumo) - Transporte de cargas - Serviços hospitalares - Atividade rural - Industrialização - Atividades imobiliárias - Construção por empreitada, qaundo houver emprego de materiais próprios, em qualquer quantidade - Qualquer outra atividade (exceto prestação de serviços) para a qual não esteja previsto percentual especificado - Industrialização de produtos em que a matéria-prima, ou o produto intermediário ou o material de embalagem tenham sido fornecidos por quem encomendou a industrialização. 8% - Serviços de transporte (exceto o de cargas) - Serviços (exceto hospitalares, de transporte e de socieda- des civis de profissões regulamentadas) prestados com exclusividade por empresas com receita bruta anual não superior a R$ 120.000,00. 16% - Serviços em geral para os quais não esteja previsto percentual específico, inclusive os prestados por socie- dades civis de profissões regulamentadas (que, de acordo com o Novo Código Civil, passam a ser chamadas de sociedade simples) - Intermediação de negócios - Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza - Serviços de mão de obra de construção civil, quando a prestadora não empregar materiais de sua propriedade nem se responsabilizar pela execução da obra. 32% Além disso, a legislação elaborou uma listagem indicando os percentuais de pre- sunção para o cálculo do IRPJ, vejamos: A adoção dessa sistemática pode ser benéfica para as empresas altamente lu- crativas; assim, que tal analisarmos os dados na visão de um consultor tributário? Imaginemos uma empresa revendedora de produtos, olhando a tabela aqui apre- sentada e identificando que o seu percentual para o IRPJ será de 8%. Suponha também que essa empresa tenha uma rentabilidade muito superior a 8% e pouco custo, logo, adotar a forma presumida de apuração do lucro provavelmente lhe trará benefício econômico. Mas vamos prosseguir, afinal, existem outros tributos que devem ser calculados e como já conversamos, devemos fazer os cálculos de forma global – e não olhando apenas um tributo. A opção pela tributação com base no lucro presumido será manifestada por ocasião do pagamento da primeira quota, ou quota única do imposto devido no pri- meiro trimestre do ano-calendário, vencível no último dia útil de abril (RIR/1999, Art. 516, § 4º; Art. 856). É definitiva para todo o ano-calendário. Diferente do simples nacional, que os recolhimentos são mensais, no lucro pre- sumido o imposto de renda e a contribuição social são apurados trimestralmente, assim, soma-se a receita bruta e demais receitas de 3 em 3 meses, obtendo ao final do exercício quatro trimestres. Quanto ao pagamento, o vencimento será no último dia útil dos três meses subsequentes ao de encerramento do período de apuração a que corresponder: 28 29 • Janeiro, fevereiro e março = 1º trimestre = 30 de abril; • Abril, maio e junho = 2º trimestre = 30 de julho; • Julho, agosto e setembro = 3º trimestre = 30 de outubro; • Outubro, novembro e dezembro = 4º trimestre = 30 de janeiro. Outro benefício da forma presumida é que a empresa pode efetuar o pagamento por meio de uma quota única, conforme as datas mencionadas, ou pode dividir o valor a pagar em até três vezes. Importante! Nenhuma quota poderá ter valor inferior a R$ 1.000,00 (um mil reais), e o imposto de valor inferior a R$ 2.000,00 (dois mil reais) só poderá ser pago em quota única, conforme previsto no Artigo 5º da Lei n.º 9.430/96. Vale ressaltar que haverá incidência da taxa Selic na segunda e terceira parcela. Importante! Já a contribuição social sobre o lucro líquido possui outros percentuais. O Artigo 22 da Lei n.º 10.684/2003 indica que a base de cálculo da CSLL devida pelas pessoas jurídicas optantes pelo lucro presumido corresponderá a: • 12% da receita bruta nas atividades comerciais, industriais, serviços hospitala- res e de transporte; • 32% para a prestação de serviços em geral, exceto os hospitalares e de trans- porte; intermediação de negócios; administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza. Após identificar a base de cálculo aplicando os percentuais indicados conforme cada atividade, o segundo passo para calcular os tributos devidos é aplicar os per- centuais efetivos do imposto de renda e da contribuição. Vejamos: Alíquota Tributo 15% IRPJ 10% de adicional A base de cálculo que exceder o valor resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo número de meses do respectivo período de apuração, sujeita- -se à incidência de adicional de imposto à alíquota de 10% (dez por cento). 9% CSLL Vamos a um exemplo prático, pois isso facilitará o entendimento das premissas apresentadas: A empresa Tudo Pronto Ltda., tributada pelo lucro presumido, exerce atividade de pres- tação de serviços e obteve o seguinte faturamento: janeiro R$ 50.000,00 (a), fevereiro R$ 80.000,00 (b) e março R$ 120.000,00 (c), totalizando (a + b + c) R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais). A empresa possui rendimentos fi nanceiros e neste trimestre apurou um rendimento dessa aplicação no valor de R$ 5.000,00. 29 UNIDADE Formas de Tributação Apuração de lucro presumido – IRPJ Valor da receita – 1º trimestre de 201x R$ 250.000,00 (x) Alíquota de presunção para o IRPJ 32% (=) Base de cálculo R$ 80.000,00 (+) Receitas financeiras R$ 5.000,00 (=) Base de cálculo total (presumido + demais receitas) R$ 85.000,00 (x) Alíquota de 15% – IRPJ R$ 12.750,00 Base para o adicional do IRPJ (85.000 - 60.000)* R$ 25.000,00 (x) Alíquota de 10% – adicional IRPJ R$ 2.500,00 (=) Total do IRPJ a pagar em 30 de abril de 201x R$ 15.250,00 *A base para o adicional do IRPJ será o valor que exceder a R$ 20.000,00 por mês no trimestre, assim, R$ 20.000,00 x 3 = R$ 60.000,00. Agora calcularemos a CSLL – lembrando que para este tributo não existe a figura do adicional: Apuração de lucro presumido – CSLL Valor da receita – 1º trimestre de 201x R$ 250.000,00 (x) Alíquota de presunção para CSLL 32% (=) Base de cálculo R$ 80.000,00 (+) Receitas financeiras R$ 5.000,00 (=) Base de cálculo total (presumido + demais receitas) R$ 85.000,00 (x) Alíquota de 9% – CSLL R$ 7.650,00 (=) Total da CSLL a pagar em 30 de abril de 201x R$ 7.650,00 Perceba que neste caso, prestação de serviço, ambas as alíquotas de presunção são iguais (32%), mas isso não ocorre sempre. Você deve sempre analisar o segmen- to da entidade e verificar na tabela qual é o percentual para promover os cálculos. Há um benefício no lucro presumido para as prestadoras de serviço, veja: As empresas exclusivamente prestadoras de serviço em geral, que não sejam de profissão regulamentada e cuja receita bruta não exceder R$ 120.000,00, pode- rão utilizar, para determinação da base do imposto, o percentual de 16% ao invés dos 32%, ou seja, metade do percentual fixado. Atenção às condições: • Não ser profissão regulamentada; • Exclusivamente de serviço; • Receita bruta acumulada não pode ultrapassar R$ 120.000,00. Exemplo: No primeiro trimestre de2006, a empresa utilizou o percentual de 16% sobre o valor da receita bruta acumulada de R$ 90.000,00 para determinar o valor do imposto. A partir do segundo trimestre de 2006, passou a utilizar o percentual de 32% tendo em vista que o valor acumulado ultrapassou o limite de R$ 120.000,00. 30 31 Nesta hipótese, a empresa deve recolher a diferença de imposto referente ao primeiro trimestre de 2006, ou seja, mais 16% (totalizando os 32%) sobre os R$ 90.000,00, todavia, neste complemento não incidirá acréscimos legais. Vale lembrar que temos também a figura de outros tributos, tais como PIS, Co- fins, ISS, IPI, entre outros – nas próximas Unidades discutiremos sobre os quais em tópicos próprios. A princípio, vamos calcular apenas o IRPJ e a CSLL para a sistemática dos lu- cros presumido, arbitrado e real – conforme você se familiarizar com os cálculos, agregaremos mais conhecimentos. Vejamos, então, os conceitos do lucro arbitrado. Lucro Arbitrado A utilização do lucro arbitrado pode ocorrer nas seguintes situações: A escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar evidentes indícios de fraudes ou contiver vícios, erros ou deficiências que a tornem imprestável para: • Identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive bancária; • Ou determinar o lucro real; • O contribuinte deixar de apresentar à autoridade tributária os livros e documen- tos da escrituração comercial e fiscal, ou deixar de apresentar o livro caixa, no qual deverá estar escriturada toda a movimentação financeira, inclusive bancária, quando optar pelo lucro presumido e não mantiver escrituração contábil regular; • O contribuinte optar indevidamente pelo lucro presumido; • O comissário ou representante da pessoa jurídica estrangeira deixar de escri- turar e apurar o lucro de sua atividade separadamente do lucro do comitente, residente ou domiciliado no exterior; • O contribuinte não mantiver, em boa ordem e segundo as normas contábeis recomendadas, livro razão ou fichas utilizadas para resumir, totalizar, por conta ou subconta, os lançamentos efetuados no diário; • O contribuinte não mantiver escrituração na forma das leis comerciais e fiscais, ou deixar de elaborar as demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal, nos casos em que o mesmo se encontre obrigado ao lucro real; • O contribuinte não escriturar ou deixar de apresentar à autoridade tributária os livros ou registros auxiliares de que trata o § 2º do Artigo 177 da Lei n.º 6.404/76 e § 2º do Artigo 8º do Decreto-Lei nº 1.598/77. Fonte: RFB (2013) Desse modo, tanto a autoridade fiscal por meio de uma fiscalização, ou o con- tribuinte através da denúncia espontânea pode utilizar a forma arbitrada do lucro. Veja o significado de arbitrar, conforme o dicionário on-line Priberam: 31 UNIDADE Formas de Tributação Arbitrar: conjugar (latim arbitro, -are) v. tr. 1. Decidir por arbitragem. 2. Julgar, sentenciar ou avaliar por meio de (ou como) arbitrador. 3. Estipular. 4. Propor meios. 5. Determinar por arbítrio. Ex pl or Assim, conhecida a receita bruta, e, desde que ocorrida qualquer das hipóteses de arbitramento previstas na legislação fiscal, o contribuinte poderá efetuar o paga- mento do imposto de renda correspondente com base nas regras do lucro arbitrado (RIR/1999, Art. 532). Porém, quando desconhecida a receita bruta, sobre valores (bases) expressamente fixados pela legislação fiscal (RIR/1999, Art. 535). A tributação com base no lucro arbitrado será manifestada mediante o paga- mento da primeira quota ou da quota única do imposto devido, correspondente ao período de apuração trimestral em que o contribuinte, pelas razões determinantes na legislação, encontrar-se em condições de proceder ao arbitramento do seu lucro. A apuração do imposto de renda com base no lucro arbitrado abrangerá todo o ano- calendário, ficando assegurada, nos trimestres não submetidos ao arbitramen- to, a tributação com base no lucro real ou lucro presumido, desde que atendidos os requisitos de cada regime de tributação. A forma de recolhimento para esta sistemática é idêntica ao lucro presumido. Mas, atenção, mesmo sendo tributadas com base no lucro arbitrado, persiste a obrigatoriedade de comprovação das receitas efetivamente recebidas ou auferidas. O arbitramento de lucro em si, por não ser uma sanção, mas uma forma de apura- ção da base de cálculo do imposto, não exclui a aplicação das penalidades cabíveis. A base de cálculo será a receita bruta, de modo que sobre essa base será aplica- do um dos percentuais para estimativa sobre a receita, conforme Quadro a seguir, perceba que a base corresponde aos percentuais de presunção acrescidos de 20%: Atividades Percentuais Atividades em geral, atividade rural, venda de mercadorias ou produtos (exceto revenda de com- bustíveis para consumo), industrialização com materiais fornecidos pelo encomendante, qualquer outra atividade (exceto prestação de serviços) para a qual não esteja previsto percentual específico (RIR/1999, Art. 532) 9,6% Revenda para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural 1,92% Serviços de transporte (exceto transporte de carga) 19,2% Serviços de transporte de carga 9,6% Serviços em geral (exceto serviços hospitalares) 38,4% Serviços hospitalares 9,6% Intermediação de negócios 38,4% Administração, locação ou cessão de bens e direitos de qualquer natureza (inclusive imóveis), pres- tação de serviços pelas sociedades civis, relativos ao exercício de profissão legalmente regulamen- tada, construção por administração ou por empreitada unicamente de mão de obra, prestação de qualquer outro tipo de serviço não mencionado anteriormente. 38,4% Factoring 38,4% Bancos, instituições financeiras e assemelhados 45% Fonte: Fisconet 32 33 Sobre a base de cálculo apurada de acordo com as normas examinadas no item anterior, será calculado o imposto de renda mediante aplicação de alíquota: de 15% (quinze por cento) sobre a base de cálculo apurada; adicional sobre a parcela do lucro arbitrado que exceder o valor resultante da multiplicação de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) pelo número de meses do respec- tivo período de apuração. A contribuição social sobre o lucro líquido terá os seguintes percentuais: • 12% para as receitas das atividades comerciais, industriais, imobiliárias e hos- pitalares: • 32% no caso de receitas de serviços em geral, exceto serviços hospitalares. Perceba que a partir do momento em que se descobre a base de cálculo com a utilização dos percentuais do Quadro anterior, o cálculo para apurar o lucro arbitra- do é idêntico ao apresentado pelo lucro presumido, por este motivo, vamos utilizar o mesmo exemplo. A empresa Tudo Pronto Ltda., tributada pelo lucro presumido, exerce atividade de pre- stação de serviços e obteve o seguinte faturamento: janeiro R$ 50.000,00 (a), fevereiro R$ 80.000,00 (b) e março R$ 120.000,00 (c), totalizando (a + b + c) R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais). A empresa possui rendimentos fi nanceiros e neste trimestre apurou um rendimento dessa aplicação no valor de R$ 5.000,00 Apuração de lucro arbitrado – IRPJ Valor da receita – 1º trimestre de 201x R$ 250.000,00 (x) Alíquota de arbitramento para o IRPJ 38,4% (=) Base de cálculo R$ 96.000,00 (+) Receitas financeiras R$ 5.000,00 (=) Base de cálculo total (presumido + demais receitas) R$ 101.000,00 (x) Alíquota de 15% – IRPJ R$ 15.150,00 Base para o adicional do IRPJ (101.000-60.000) R$ 41.000,00 (x) Alíquota de 10% – adicional IRPJ R$ 4.100,00 (=) Total do IRPJ a pagar em 30 de abril de 201x R$ 19.250,00 Apuração de lucro arbitrado – CSLL Valor da receita – 1º trimestre de 201x R$ 250.000,00 (x) Alíquota de presunção para o CSLL 32% (=) Base de cálculo R$ 80.000,00 (+) Receitas financeiras R$ 5.000,00 (=) Base de cálculo total (presumido + demais receitas) R$ 85.000,00 (x) Alíquota de 9% – CSLL R$ 7.650,00 (=) Total da CSLL a pagar em 30 de abril de 201x R$ 7.650,00 33UNIDADE Formas de Tributação Nos exemplos demonstrados, conhecíamos a receita bruta. Por outro lado, se o contribuinte desconhecer e não comprovar a totalidade de sua receita, essa base de cálculo será determinada por meio de um procedimento de ofício, e serão utilizadas as seguintes bases tanto para o IRPJ quanto para a CSLL: Bases alternativas Percentuais Lucro real referente ao último período em que a pessoa jurídica manteve escrituração de acordo com as leis comerciais e fiscais. 150% Soma dos valores do ativo circulante, realizável a longo prazo e permanente, existentes no último balanço patrimonial conhecido. 40% Valor do capital, inclusive correção monetária contabilizada como reserva de capital, constante do último balanço patrimonial conhecido ou registrado nos atos de constituição ou alteração da sociedade. 70% Valor do patrimônio patrimonial líquido constante do último balanço conhecido. 50% Valor das compras de mercadorias efetuadas no mês. 40% Soma, em cada mês, dos valores da folha de pagamento dos empregados e das compras de matérias-primas, produtos intermediários e materiais de embalagem. 40% Soma dos valores devidos no mês aos empregados. 80% Valor mensal do aluguel. 90% Fonte: Fisconet O lucro arbitrado não representa uma punição para a empresa, mas um meio de o fisco exigir o tributo quando essa empresa não atende às condições para determi- nar a base de cálculo pelo lucro real, lucro presumido ou pelo simples. No entanto, no lucro arbitrado, os percentuais de lucratividade utilizados para determinar a base de cálculo do imposto de renda são 20% superiores aos utilizados para o lucro presumido, o que pode tornar a utilização desse sistema extremamente onerosa. Muito bem, agora que você já conhece a sistemática do simples, do presumido e do arbitrado, deixaremos para o nosso próximo encontro as explicações para o lucro real, isto porque é um sistema mais detalhado e que exige mais explicações. Assim, para treinar o que aprendemos, realizaremos as atividades e os exercícios propostos apenas dessas sistemáticas e posteriormente nos aprofundaremos mais com o lucro real. 34 35 Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Sites Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo https://goo.gl/5QY6jd Livros Planejamento tributário: teoria e pratica CREPALDI, S. Lucro real, presumido ou simples? In: Planejamento tributário: teoria e pratica. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2017. Imposto de renda das empresas: interpretação e prática HIGUCHI, H. Lucro real, trimestral ou anual. In: Imposto de renda das empresas: interpretação e prática. [S.l.: s.n.], 2017. p. 29. Leitura Imposto de Renda das Empresas https://goo.gl/JtzX47 As micro e pequenas empresas, o simples nacional e o problema dos créditos de ICMS https://goo.gl/Z4Ay33 35 UNIDADE Formas de Tributação Referências BRASIL. Regulamento do Imposto de Renda (RIR). Decreto n.º 3.000, de 26 de março de 1999. Brasília, DF, 2009. Disponível em: http://www.receita.fazen- da.gov.br/Legislacao/rir/default.htm. Acesso em: 31 ago. 2018. ______. Portal simples nacional. [20--a]. Disponível em: http://www8.receita. fazenda.gov.br/SimplesNacional. Acesso em: 31 ago. 2018. ______. Portal do empreendedor. [20--b]. Disponível em: https://www.portal- doempreendedor.gov.br. Acesso em: 31 ago. 2018. IMPOSTO de renda: lucro arbitrado, normas gerais. [20--]. Disponível em: http:// www.fisconet.com.br/site/pub/colecao/2. Acesso em: 31 ago. 2018. SIMPLES nacional: principais alterações do simples nacional a partir de 2018. 2018. Disponível em: http://www.iobonline.com.br. Acesso em: 31 ago. 2018. 36
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