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Júlia Assis Silva - Turma IV alfa Intestino primitivo Embriologia ● Dobramento embrionário: estrutura trilaminar alongada que sofre dois dobramentos ○ Céfalo caudal: formação das pregas cefálica e caudal devido ao crescimento do tubo neural ○ Dobramento lateral: formação da prega lateral direita e esquerda, induzido pela formação dos somitos pelo mesoderma paraxial. ● Consequência do dobramento: estrangulamento do saco vitelino. ○ O intestino primitivo deriva dessa incorporação do saco vitelino. ● Intestino primitivo: surge a partir da porção dorsal da vesícula umbilical na 4° semana, quando ocorre o dobramento embrionário ○ O saco vitelínico era revestido internamente por endoderma assim como o intestino primitivo. ○ Por fora desse intestino primitivo existe mesoderma esplâncnico. ○ Dividido em três porções: ■ Anterior: formado a partir da prega cefálica. ■ Médio e posterior ● Endoderma: revestimento epitelial e glandular do trato digestório, exceto nas porções cranial e caudal que vem do ectoderma do estomodeu e da membrana cloacal ● Mesênquima esplâncnico: dá origem ao tecido muscular e conjuntivo Intestino anterior ● Localização: da membrana bucofaríngea até o divertículo hepático. ● Todos os órgãos formados por essa região são irrigados por ramos do tronco celíaco. ○ Tronco celíaco: derivado da aorta dorsal. ● Estruturas formadas por ele: ○ Faringe primitiva e seus derivados ○ Sistema respiratório inferior, divertículo laringotraqueal ○ Esôfago: se forma juntamente com a laringe, quando ocorre a fusão do septo traqueoesofágico. ○ estômago ○ Duodeno ○ Fígado e aparelho biliar ○ Pâncreas Júlia Assis Silva - Turma IV alfa Estômago ● Dilatação fusiforme do intestino primitivo e crescimento maior da região dorsal do que da ventral ○ Esse crescimento maior da região dorsal origina a curvatura maior. ● Região gástrica. ● Rotação do estômago ● Ocorre devido ao alargamento do mesentério e dos órgãos adjacentes e ao crescimento das paredes do estômago. ○ Rotação de 90° no sentido horário, no eixo longitudinal. ■ Desloca a parte dorsal para a esquerda e a ventral para a direita, por isso a curvatura maior fica mais à esquerda. ○ Rotação anteroposterior: deslocamento do mesogástrio dorsal, se desloca inicialmente à esquerda e depois se posiciona na parte de baixo, formando o omento maior. E o mesogástrio ventral se desloca inicialmente a direita e depois é tracionado para cima, formando o omento menor. ● Mesogástrio dorsal: folheto derivado do mesoderma, que prende o tubo a parede dorsal do abdome. Forma o omento maior. ● Mesogástrio ventral: prende o tubo à parede anterior. Forma o omento menor. ● Bolsa omental: fendas isoladas se desenvolvem no mesênquima formando o mesogástrio dorsal e depois essas fendas vão coalescer para uma cavidade única, formando a bolsa omental. ● Problemas na rotação do estômago causam problemas na fusão do pâncreas, podendo causar uma falta de fusão dos brotos pancreáticos. Fígado ● De onde surge? ● Derivado da porção caudal do intestino anterior a partir de uma evaginação ventral dessa porção, chamada divertículo hepático. ● Divertículo hepático: crescimento do revestimento epitelial endodérmico do intestino anterior. ○ Se ramifica em duas porções: cefálica e caudal. ● Área nua do fígado: surge do crescimento da porção cefálica que se encontra com o septo transverso (responsável pela formação de parte do diafragma). ● Cordões hepáticos: proliferação das células endodérmicas (que também vão originar o epitélio da porção intra-hepática). ● Desse mesmo tronco do divertículo hepático surge o broto da vesícula biliar e o broto pancreático ventral. ○ Surgem da porção caudal. ● O fígado tem crescimento rápido e acaba influenciando no crescimento das estruturas do intestino médio. ○ Isso devido a sua função hematopoiética, que começa na 6° semana ○ Na 9° semana essa função passa para a medula óssea. ● Hepatócitos: derivados do endoderma do divertículo hepático e produz bile. Júlia Assis Silva - Turma IV alfa ● Quando o estômago rotaciona o fígado fica em uma posição mais cranial. Pâncreas ● Origem ● Broto pancreático ventral: caudal ao fígado, ao lado da vesícula biliar. Forma um pedaço da cabeça e o processo uncinado. ○ Ducto pancreático principal: ducto do broto pancreático ventral + parte distal do ducto do broto dorsal ● Broto pancreático dorsal: surge direto do intestino anterior, na parte dorsal (atrás) do cordão umbilical (canal vitelínico). Forma a maior parte da cabeça, corpo e cauda. ○ Ducto pancreático acessório: parte proximal do ducto do broto dorsal. ● São dois brotos pancreáticos formados por células endodérmicas ● Fusão dos brotos ● Esses brotos se fusionam quando o duodeno rotaciona ● Como eles se tornam um único pâncreas? Quando o intestino anterior cresce a região de duodeno também cresce, aumentando a área e extensão do tubo, com esse crescimento ele faz uma alça em C, rotaciona o estômago e junta os dois brotos pancreáticos ● Pâncreas endócrino e exócrina ● Ácinos serosos: derivação endodérmica. Porção exócrina. ● Ilhotas pancreáticas: endoderma dos brotos pancreáticos, a diferença é que as células se proliferam na região de ducto e perdem contato com estes, sendo invadidos por capilares e virando glândulas endócrinas. Duodeno ● Origem ● Tem dupla origem ● Porção caudal: intestino anterior ● Porção cranial: intestino médio ● Irrigação ● Pelo fato de ter duas origens, tem duas irrigações: ● Tronco celíaco: porção proximal ● Artéria mesentérica superior: porção distal ● Crescimento ● Alça em C que se projeta centralmente → Ocorre a rotação do estômago → Alça duodenal é pressionada contra a parede posterior e assume posição retroperitoneal. ● Rotações: 90° no sentido horário e rotação anteroposterior do estômago que faz com que ele assuma o formato em C. ● Obliteração ● 5° e 6° semanas: a luz do duodeno diminui e fica obstruída devido à proliferação das células epiteliais, formando uma espécie de tampão. ● Vacuolização: formação de vacúolos à medida em que as células epiteliais se degeneram, ocorrendo uma recanalização. Júlia Assis Silva - Turma IV alfa ● Obstrução intestinal congênita ● Estenose duodenal: oclusão parcial do duodeno. Recanalização incompleta, vacuolização defeituosa. ○ Conteúdo do estômago frequentemente vomitado. Essa estenose ocorre por uma diminuição da área de luz e proximidade das paredes do tubo. ● Atresia duodenal: oclusão completa da luz do duodeno. Recanalização incompleta. Ocorre a formação de uma espécie de septo. ● Essas malformações não causam problemas na vida pré-natal pois a nutrição é via cordão umbilical Intestino médio ● Localização ● Do divertículo hepático até parte do colo transverso ● Origina ● Intestino delgado, incluindo o duodeno distal até a abertura do ducto biliar ● O ceco, o apêndice, o colo ascendente e a metade direita do colo transverso ● Esses derivados são supridos pela artéria mesentérica superior Hérnia de alça ● Hérnia umbilical fisiológica ● Ocorre na 6° semana devido ao pouco espaço na cavidade abdominal associado ao rápido crescimento do intestino médio. ● Essa escassez de espaço ocorre pelo fato de o fígado e os rins serem muito volumosos ● Comunicação com a vesícula umbilical (saco vitelínico) pelo ducto onfaloentérico da 6° a 10° semanas ● Crescimento acelerado do intestino médio provoca um rápido alongamento ventral da alça intestinal, em forma de U. ○ Parte cranial: forma os órgãos do intestino delgado ○ Parte caudal: órgãos do intestino grosso. ● Essa alça se projeta para dentro dos remanescentes do celoma extraembrionário na parte proximal do cordão umbilical quando ocorre a rotação do estômago ● Alça irrigada pela artéria mesentérica superior que é ramo da aorta dorsal ● Rotação das alças ● 270° no sentido anti-horário, ao redor do eixo da artéria mesentérica superior, porém é uma rotação fracionada. ● 1° rotação) 6° semana: primeira rotação de 90° no sentido anti-horário. Júlia Assis Silva - TurmaIV alfa ● Posição da alça cranial mais a direita e a caudal à esquerda ● 2° rotação) Ocorre após as alças se posicionarem ● 3° rotação) Quando ocorre a dilatação cecal ● Essa alça roda 3 vezes para transformar o ramo que era caudal em cranial e o que era cranial vira caudal ● 4° rotação) 10° semana: quando as alças retornam a cavidade abdominal há mais uma rotação de 90° que posiciona o ceco em seu local anatômico. ○ Momento de expansão da cavidade abdominal, essa alça intestinal que estava herniada vai retornar a cavidade abdominal, o ceco vai tomar uma posição superior no abdome por conta dessa tração ● 5° rotação) Ocorre apenas no intestino grosso e é de 180° no sentido anti-horário para o ceco assumir a posição adequada no quadrante inferior direito ● A porção cranial retorna primeiro ● Rotações adicionais de 90° apenas na parte caudal. Alças do intestino delgado e intestino grosso ● Formadas pela porção cranial dessa alça de intestino. ● Dilatação cecal: surge na porção caudal e indica onde vai se formar o ceco, separando o intestino delgado do grosso. O que está anterior a ela é intestino delgado e o que está posterior é intestino grosso. ○ Elevação na margem antimesentérica do ramo caudal da alça do intestino médio ● Um pequeno divertículo vai surgir da dilatação cecal, formando o apêndice vermiforme. Intestino posterior ● Origina ● Cerca de um terço da metade esquerda do colo transverso, o colo descendente, colo sigmoide, reto e porção superio do canal anal ● Epitélio da bexiga urinária e maior parte da uretra ● Supridos pela artéria mesentérica inferior. ● Cloaca ● Câmara onde o intestino posterior e o alantóide desembocam, porção terminal expandida do intestino posterior revestida por endoderma que fica em contato com o ectoderma superficial na membrana cloacal. ○ Membrana cloacal: endoderma da cloaca + ectoderma da fosseta anal ○ Após a ruptura da membrana cloacal por morte apoptotica a luz anorretal é temporariamente fechada por um tampão epitelial chamado de membrana anal ○ Essa membrana vai ser degenerada após a formação do canal anal ○ A cloaca se diferencia e dá origem a porção caudal ao seio urogenital, contribuindo para a formação de sistema urinário e da genitália Júlia Assis Silva - Turma IV alfa ○ É região compartilhada entre seio urogenital e sistema intestinal ● O mesoderma esplâncnico cresce, sendo denominado em septo urorretal, em direção a cloaca dividindo a porção cranial da caudal isolando o seio urogenital do reto ○ Cranialmente: seio urogenital ○ Caudalmente: reto Canal anal ● ⅔ superiores: derivado do intestino posterior ○ Irrigação: artéria retal superior, ramo da mesentérica inferior ● ⅓ inferior: fosseta anal. ○ Irrigação: artéria retal inferior, ramo da pudenda interna. ● A cloaca contribui, na extremidade caudal, com a formação do anus ● Linha pectínea: epitélio derivado do ectoderma da fosseta anal + endoderma do intestino posterior.
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