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Maria Eduarda de Souza Trigo Fernandes - 8º Semestre 
Varizes de Membros Inferiores 
Varizes são caracterizadas pela dilatação, alongamento, 
tortuosidade com perda funcional, com insuficiência 
valvar, das veias dos membros inferiores. Conjunto de 
manifestações clínicas causadas pela anormalidade 
(refluxo, obstrução ou ambos) do sistema venoso 
periférico (superficial, profundo ou ambos), geralmente 
acometendo os membros inferiores. 
 
- Prevalência: 30% homens e 45% em mulheres; 
- Fluxo venoso: distal-proximal, no sentido ascendente; 
- O sentido do fluxo é mantido pelo funcionamento das 
válvulas, que impedem o refluxo venoso, a bomba 
muscular da panturrilha, batimentos arteriais e 
contrações musculares que comprimem as veias 
profundas correspondentes; 
- O fluxo de todas as veias profundas ou superficiais faz-
se sempre em direção cranial, e nas perfurantes da 
perna, do sistema superficial para o profundo; 
- Quando o indivíduo está em ortostase, a pressão é a 
da coluna líquida da altura da distância da aurícula 
direita até o pé; 
- Na posição ereta, o fluxo cranial na veia safena magna 
é ZERO, ou discretamente retrógrado; 
- Quando há contração da musculatura, o fluxo desta 
mesma veia se faz em sentido cranial; durante o 
relaxamento, o fluxo se faz retrogradamente; nas 
perfurantes o fluxo é bidirecional durante a 
deambulação; 
 
• Fatores de Risco 
- Idade > 50 anos 
- Hormônios sexuais feminino (↑ progesterona ↑ 
relaxamento de m.lisa = dilatação venosa) 
- Hereditariedade 
- Força hidrostática gravitacional 
• Varizes Primárias (essenciais) 
- Postura: ocupação; 
- Idade: > 60 anos; 
- Sexo feminino: devido estrogênio, hormônios de 
forma geral e gravidez; 
- Raça: brancos; 
- Dieta e constipação; 
- Tabagismo, sedentarismo e obesidade. 
• Varizes Secundárias 
- Fatores congênitos: agenesia ou displasia 
- Fistula arteriovenosa congênita ou traumática; 
- Síndrome pós trombótica. 
Maria Eduarda de Souza Trigo Fernandes - 8º Semestre 
 
• Classificação 
1. Telangectasias: 0,1-2mm 
2. Microvarizes: 2-4mm 
3. Varizes: > 4mm 
• Classificação Clínica CEAP 
Essa classificação é baseada nos sinais clínicos [C], 
etiologia [E], anatomia [A] e fisiopatologia [P]. 
Classe 0: Sem sinais visíveis ou palpáveis de doença 
venosa, pode ter sintomas (dor, sensação e aperto, 
irritação na pele, cãibras musculares) 
 
Classe 1: Telangectasias e/ou veias reticulares; 
 
Classe 2: veias varicosas (varizes). Definição: dilatação, 
alongamento, tortuosidade, com perda funcional. -> 
São ASSINTOMÁTICOS 
 
Classe 3: Edema + varizes 
 
Classe 4: Alterações de pele (dermatite ocre, 
lipodermatosclerose); 
 
 
Maria Eduarda de Souza Trigo Fernandes - 8º Semestre 
Classe 5: Classe 4 + Úlcera cicatrizada; 
 
Classe 6: Classe 4 + Úlcera ativa; 
 
• Avaliação do paciente varicoso 
Investigar idade (se <14 anos sugere alguma patologia 
congênita), profissão, tempo de surgimento, histórico 
de traumatismo, cirurgias e outras doenças graves. 
- Quadro Clínico: Dor, cansaço, sensação de peso, 
sensação de desconforto, cãibras noturnas, parestesia, 
ardor e/ou prurido, síndrome da perna inquieta, fadiga. 
Dor ocorre no final da tarde. Melhora com a elevação e 
meias elástica. 
- Fatores de Melhora: Elevação dos membros e 
exercício físico. 
- Fatores de Piora: Ortostatismo, calor, período pré e 
perimenstrual. 
O quadro de varizes leva a um represamento de sangue 
no vaso, levando a uma adesão de leucócitos ao 
endotélio, liberação de mediadores inflamatórios, 
inflamação endotelial, dor e alteração de 
permeabilidade. Todo esse quadro resulta numa perda 
de líquido para o 3º espaço, causando edema, aumento 
de volume, distensão cutânea e sensação de 
peso/incômodo. 
• Diagnóstico: Anamnese e Exame Físico 
- Avaliar cicatrizes, fistulas arteriovenosas e cirurgias 
prévias; 
- Presença de varicoflebite, úlceras; 
- Presença de varizes palpáveis e edema; 
- Verificar pulsos. 
• Exames Complementares 
1. Ecografia Vascular com Doppler Colorido (USG 
Doppler) 
2. Flebografia (padrão ouro) 
3. Duplex Scan 
• Complicações 
Úlcera, tromboflebite, varicorragia, TVP e TEP. 
• Tratamento Clínico 
- Medidas gerais; 
- Terapia compressiva (elastocompressão com meias 
elásticas 20-30mmHg) 
- Medicamentos venotônicos ou flebotônicos; 
- Curativos (casos de úlceras); 
- Cuidados: adesão do paciente ao tratamento, não 
subestimar a doença varicosa, custo da medicação, 
incomodo e custo das meias. 
- Elevação dos MMII 
- Bota de Unna 
- Escleroterapia 
• Tratamento Cirúrgico 
- Ponderar risco-benefício; 
- Contraindicado em: agenesia de sistema profundo, 
TVP com oclusão persistente, gestação, presença de 
ulcera de estase ativa/infectada, varizes em membro 
isquêmico, infecção sistêmica, linfedema, doença grave 
associada, diátese hemorrágica, idade avançada. 
- Indicações: varizes com diâmetro > 4mm, sintomáticas 
ou com complicações prévias. 
Pode ser realizado: Safenectomia, esclerose (laser ou 
radiofrequência), reconstrução venosa direta.

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