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Patologia Especial II Aula 02 p2

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Patologia Especial II – Aula 02 p2:
· Doenças do Colo Uterino:
 Colo do útero – Diferenças no orifício Externo:
· Nulípara = colo arredondado. 
· Multípara = colo em fenda (não é mais arredondado). 
· Somente se tiver parto vaginal (cesárea continua arredondado). 
· Ectocérvice = epitélio escamoso estratificado. 
· Parte externa do colo do útero. 
· Epitélio mais espesso, que conta com varias camadas de células. 
· Endocérvice = epitélio colunar simples.
· Esse epitélio é um epitélio mucossecretor responsável por secretar muco. 
· Formado por uma única camada de células, dispostas uma ao lado da outra. 
· Junção do epitélio escamoso estratificado com o colunar simples = Junção Escamocolunar (JEC). 
 Endocérvice:
· Vai formar glândulas endocervicais = que nao são glândulas verdadeiras. 
· Na verdade, ocorre uma invaginação do epitélio em direção á lamina própria. 
· Então, esse epitélio colunar simples muco secretor começa a invaginar para dentro da lamina própria. 
· Essa invaginação pode ser tão profunda que acaba formando as glândulas endocervicais. 
· Epitélio colunar simples
· Secretam muco e esse muco consegue chegar á superfície. 
 Ectocérvice:
· Recobre o colo do útero externamente. 
· Estará em contato com a vagina. 
· Epitélio escamoso estratificado não queratinizado. 
· É considerado um epitélio mais resistente, quando comparado com o epitélio colunar simples, principalmente pelo fato de ser mais espesso. 
 Alteração de localização da JEC:
· Fisiológico – varia com a idade e mudança hormonal. 
· Até os 10 – 11 anos JEC dentro do orifício interno, não sendo visível. 
· A partir da menarca (fase pós púbere), pode ocorrer a reversão do epitélio colunar simples para a Ectocérvice, passando a ser expresso para fora da Ectocérvice = JEC sai para o orifício externo. 
· Essa eversão do epitélio endocervical pode ocorrer em 45% das mulheres, em idade acima de 13 anos. 
· Meninas que já passaram pela menarca. 
· Isso é chamado de Ectopia. 
· 45% apresentam essa ectopia e 55% não apresentam. 
· Essa mudança é considerada patológica. 
· Ectopia ou Ectópico cervical = Fisiológico. 
Obs.: Tudo que está mais rosado é Ectocérvice e o mais vermelho é Endocérvice. 
 Zona de Transformação:
· Epitélio da Endocérvice indo para fora (atravessou para o canal externo = ectopia ou eversão), por ser mais fino e delgado, ele estará mais sujeito a alteração do tipo epitelial. 
· Essa JEC que agora se localiza fora do orifício externo é chamada de JEC original (que não é aquela que a criança nasceu e sim a JEC que foi evertida). 
· Então essa eversão, esse tipo de epitélio mais delgado, acaba favorecendo a transformação do tipo do epitélio. 
· O epitélio colunar simples que se everteu para fora do orifício externo vai ser transformado em epitélio escamoso estratificado (semelhante ao da Ectocérvice, que é mais resistente). 
· Também é considerado um processo fisiológico. 
· A partir do momento em que é evertido durante a puberdade, ele nao consegue sobreviver em seu novo local como um epitélio colunar simples, e acaba se transformando em um epitélio mais resistente, que é o epitélio escamoso estratificado. 
· Essa transformação é chamada de Metaplasia Escamosa. 
· As glândulas cervicais continuam abaixo da Metaplasia escamosa. 
· Essa transformação do epitélio colunar simples, que foi evertido pôs puberdade, para um epitélio escamoso estratificado: ´PROVA
· Colunar simples é mais delgado e menos resistente as agressões. 
· Na vagina, teremos a presença de microrganismo, principalmente bactérias. 
· Como temos a eversão do epitélio colunar simples, ele acaba ficando mais exposto, tendo maior risco de infecções. 
· Para proteger esse epitélio contra as infecções, ocorre essa transformação. 
· Além da proteção contra infecções, essa transformação também ocorre pela presença de bactérias que transformam o pH da vagina em um pH ácido, e esse epitélio colunar simples não suporta esse tipo de pH = transformação para epitélio escamoso estratificado 
· E por fim, esse epitélio colunar é mais fácil de ser agredido durante relações sexuais. Logo, se essa transformação for constante, o epitélio se transforma. 
 Como ocorre essa transformação de Epitélio:
· Células próximas a membrana basal = células de reserva ou multipotentes. 
· Quando estimuladas podem se proliferar em qualquer tipo celular. 
· Se receber um estimulo para proliferar em colunar simples, se prolifera, se recebe estimulo ´para se transformar em escamoso estratificado, também se transforma.
· Tudo depende do estimulo que lhe é dado. 
 Qual é UM dos possíveis “problemas” dessa transformação epitelial (colunar para escamoso):
· Cistos de Naboth interrupção da passagem das glândulas cervicais pelo epitélio escamoso metaplásico. 
· Epitélio superficial sofreu uma Metaplasia escamosa, impedindo a saída do muco que está sendo produzido pelas glândulas endocervicais para o meio extracelular (= para fora da glândula endocervical).
· É a retenção de muco dentro de uma glândula endocervical devido a Metaplasia escamosa do epitélio de superfície. 
· Epitélio fica tão espesso com a transformação que acaba impedindo o extravasamento de muco, que acaba ficando retido dentro das glândulas endocervicais que acabam se tornando os cistos de naboth. 
 Cervicite:
· É uma inflamação do colo do útero que acomete especialmente mulheres em idade fértil (16 a 30 anos). 
· Normalmente não apresentam alterações clínicas visíveis. 
· Pode ser de origem não infecciosa ou infecciosa:
· Não infecciosa = irritantes químicos (absorvente interno, sabonetes, camisinha) ou traumas mecânicos (relação sexual). 
· Infecciosa = principalmente bactérias, vírus e fungos.
· Origem infecciosa:
· Estafilococos, Estreptococos, Enterococos, Candida. 
· Neisseria gonorrhaeae, Gardnerella vaginalis, Treponema pallidum, Papilomavírus humano (HPV)**, Chlamydia trachomatis. 
· Estas são fontes de infecções sexualmente transmissíveis (IST = antiga DST). 
· Esses microrganismos podem ultrapassar o canal endocervical e acabar desenvolvendo diferentes tipos de inflamações. 
· Inflamação nas trompas e endométrio. 
· Ascensão de microrganismos durantes a gravidez = isso pode geral complicações tanto para o feto quanto para mãe. 
· Parto prematuro
· Aborto espontâneo. 
· Inflamação do córion Córion Amionite. 
· Podem até ser ingeridos pelo feto e gerar uma pneumonia nesse feto dentro da gestante. 
· Cervicite AGUDA:
· Mucosa edemaciada, eritematosa e friável (sangra facilmente, pois está intensamente inflamado), podendo haver corrimento purulento. 
· Se intenso (se a agressão for muito intensa) pode haver erosões (quando tiver perda superficial do epitélio) e ulcerações. 
· Cervicite CRÔNICA:
· Erosões ou ulcerações e hiperemia. 
· Por mais que a inflamação seja persistente, o agente agressor as vezes não provoca inflamação tão intensa que provoque sinais e sintomas (pode até incomodar, mas nao incapacitar a mulher). 
· Cervicite AGUDA e CRÔNICA Histologia:
· Aguda: 
· Hiperemia – vasos congestos. 
· Edema – mucosa pode estar edemaciada. 
· Infiltrado inflamatório com a presença abundante de neutrófilos. 
· Crônica:
· Infiltrado inflamatório com muitos linfócitos, plasmócitos e macrófagos Células MONONUCLEARES (ausência de neutrófilos). 
· Tecido de granulação (isso em uma fase de resolução da Cervicite crônica) e consequentemente fibrose. 
· Cervicite crônica Ativa:
· Reagudização. 
· Presença de NEUTRÓFILOS (além das células inflamatórias crônicas) em meio de um infiltrado inflamatório mononuclear.
 Carcinoma de Células Escamosas ou Carcinoma Escamoso:
· Mulheres de 30 a 50 anos
· 85 – 90% de todas as neoplasias cervicais. 
· Relacionando a infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV). 
· Atualmente no Brasil:
· 3º tumor mais frequente, atrás de câncer de mama e colorretal. 
· 4º causa de morte de mulheres por câncer. 
· 1990 70% dos casos diagnosticados eram da doença invasiva (estagio avançado e agressivo da doença). 
· Atualmente 44% dos casos são de lesão precursora localizada (in situ).· O avanço no diagnóstico precoce e rastreamento PAPANICOLAU**
· Citologia Oncótica ou Citologia Esfoliativa – considera as características citoplasmáticas e nucleares. 
· Agente etiológico:
· Papilomavírus humano
· Existem 200 genótipos dos quais apenas 100 infectam humanos.
· 40 genótipos infectam a região anogenital. 
· Genótipo 16 55 – 60%
· Genótipo 18 10-15%
· Demais tipos 25 – 35%. 
· Os que mais estão relacionados ao aparecimento de células escamosas são os genótipos 31 e 35 (também 34,39,51... mas estes não são predominantes). 
· Vírus DNA replicação depende do DNA da célula hospedeira. 
· IST mais comum no mundo maior em mulheres (18 a 30 anos – 30%)
· Câncer principalmente em mulheres acima de 35 anos de idade. 
· Infecção e Ciclo reprodutivo do HPV:
· Células da camada basal
· Conforme vão subindo para superfície, as células vão sofrendo uma maturação epitelial normal. 
· Para a infecção ocorrer, as células da membrana basal precisam ser lesionadas. 
· Logo, a infecção pelo HPV ocorre pela lesão das células na camada basal. 
· Se esse vírus permanece apenas no citoplasma da célula basal = infecção latente. 
· Se o esse vírus se integra ao DNA da célula hospedeira = inicio da replicação viral. 
· Célula da membrana basal infectada se divide e produz células filhas uma permanece na camada basal e outra caminha para o processo de maturação esta vai subindo até a superfície onde teremos uma expressão de células infectadas = libera partículas virais. 
· Morfologia – Célula Infectada com HPV:
· Camadas superficiais:
· Coilocitose
· Células binucleadas
· Cariomegalia
· Hiper ou normocromatismo. 
· Sistema de Classificação das lesões Pré cancerosas do Colo do útero:
	Nomenclatura 
	Alterações das células epiteliais escamosas. 
	Richart (1967) Neoplasia Intraeptelial Cervical (NIC)
	NIC 1
	NIC 2 
	NIC 3
	OMS (1961) Sistema de Displasia
	Displasia Leve
	Displasia Moderada 
	Displasia Acentuada ou Carcinoma in situ
	Sistema Bethesda (1988) Lesão Intraepitelial escamosa (LIE)
	Baixo grau (LIEBG)
	Alto grau (LIEAG)
	Alto grau (LIEAG)
· Classificação das lesões Pré cancerosas do Colo do Útero:
· HPV infecta as células da camada basal. 
· A partir do momento que as células basais estão infectadas pelo HPV, elas vão se dividir e vão começar a se amadurecer. 
· Inicio de alterações histológicas – Coilócitos. 
· Presentes em Lesão de baixo grau, NIC 1 ou Displasia Leve. 
· Células infectadas começam a se dividir, começam a apresentar graus diferentes de displasia (diferenciação). 
· Temos uma lesão de Alto grau, que engloba NIC 2 (displasia moderada), NIC 3 (Displasia acentuada ou Carcinoma in situ). 
· Se o carcinoma acaba rompendo membrana basal e invade lamina própria = temos um Carcinoma Invasivo.
· Lesão Intraeptelial Escamosa de Baixo Grau (LIEBG) = NIC 1 (Displasia Leve). 
· Lesão no Terço inferior do epitélio *** células indiferenciadas. 
· Maioria representa infecção transitória por HPV. 
· Coilócito células escamosas superficiais e intermediárias. 
· Atipia nuclear:
· Cariomegalia
· Hipercromasia ou normo
· Contorno nuclear variável: lisa e irregular. 
· Multinucleação. 
· Observamos de diferente no Papanicolau:
· Coilocitose – presença de Coilócitos. 
· Lesão Intraeptelial Escamosa de Alto Grau (LIEAG) = NIC 2 (Displasia moderada)
· Dois terços do epitélio inferior células escamosas displásicas. 
· Terço superior diferenciação e maturação. 
· Atipia nuclear na superfície: 
· Cariomegalia
· Hipercromasia ou normo
· Contorno nuclear variável: lisa e irregular.
· Multinucleação.
· Podem apresentar Coilócitos. 
· Lesão Intraeptelial Escamosa de Alto Grau (LIEAG) = NIC 3 (Displasia Acentuada)
· Proliferação de células escamosas displásicas por quase ou toda a espessura do epitélio (carcinoma in situ). 
· Atipia nuclear: 
· Cariomegalia
· Hipercromasia
· Aumento da relação do núcleo com citoplasma. 
· Citoplasma reduzido, células mais ovaladas e núcleo picnótico. 
· Sabemos que é uma célula da superfície principalmente pela coloração do núcleo. 
· Células menores em comparação as células normais. 
Importante:
· Muitas mulheres entram em contato com HPV
· Poucas manifestam LIEBG – Coilocitose. 
· Poucas das mulheres que possuem LIEBG evoluem para LIEAG. 
· E poucas mulheres que tem alteração de LIEAG desenvolvem Carcinoma de células Escamosas. 
 Carcinoma de Células Escamosas Invasor:
· Carcinoma que rompeu a membrana basal e acabou se infiltrando na lamina própria. 
· Muitas das mulheres que são diagnosticadas com Carcinoma de Células Escamosas Invasora nao fazem Papanicolau regularmente. 
· Pessoas que possuem baixa condição socioeconômica e que não realizam o rastreamento por Papanicolau. 
· Macroscopicamente:
· Pode se apresentar como uma lesão vegetante (crescimento exofítico – para fora do tecido) como pode ser também uma lesão infiltrativa (endofítica – crescimento para dentro). 
· Pior prognóstico = lesão infiltrativa, devido a mais chances de alcançar tecidos adjacentes. 
· Evolução:
· Pode invadir órgãos da região pélvica (bexiga, ureter, vagina e reto). 
· Classificação do tumor:
· Pouco diferenciado indiferenciado das suas células de origem. 
· Moderadamente diferenciado
· Bem diferenciado muito parecido com suas células de origem. 
· Apresenta PÉROLAS CÓRNEAS. 
· A maioria das neoplasias desse tipo se apresentam da forma pouco diferenciada ou moderadamente diferenciada (maioria). São poucos carcinomas que aparentam forma bem diferenciada (por isso são agressivos). 
· Citologia Oncótica – Papanicolau:
· Hipercromasia intensa – núcleo muito roxo. 
· Pleomorfismo celular – células diferentes umas das outras. 
· Células Bizarras – formatos de fuso, formato de girino (cabeçona e caudinha) ou aspecto ameboide. 
· Diátese Tumoral – conjunto de alterações ou componentes que podem estar presentes em meio as essas células pleomórficas sangue, fibrina, células inflamatórias, células necróticas e material proteico.

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