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TVP e Embolia CONCEITO E DEFINIÇÕES TROMBOSE VENOSA PROFUNDA (TVP): Formação aguda de trombos em veias profundas, sendo o principal sítio os membros inferiores e a veias pélvicas. EMBOLIA PULMONAR (EP); Oclusão parcial ou completa das veias pulmonares, por êmbolos vindos de veias trombosadas. TROMBOEMBOLISMO VENOSO (TEV): Trombose venosa profunda e embolia pulmonar INSUFICIÊNCIA VENOSA CRÔNICA (IVC): Doença caracterizada pela hipertensão venosa crônica em membros inferiores, nesse contexto secundária a TVP e também chamada SÍNDROME PÓS-TROMBÓTICA (SPT). Mais comum em veias dos membros inferiores, porém acomete também veias de membros superiores e veias de outros órgãos. A embolia pulmonar pode acometer veias centrais do pulmão (hilares) ou veias lobares e segmentares. Fisiologia Retorno venoso – manutenção hemodinâmica Endotélio Equilíbrio entre fatores pró-coagulantes, anticoagulantes e fibrinolíticos. Biomecânica venosa: Sistema de capacitância venosa - controle do volume sanguíneo e do tônus. Manter o débito cardíaco e compensar as mudanças posturais. Paredes mais finas, com camada muscular pouco definida e adventícia mais desenvolvida. Endotélio: Camada interna dos vasos sanguíneos. Peso no adulto de 1 kg, área de 4.000 a 7.000 metros quadrados. Determinante primário da fisiopatologia ou um alvo de dano colateral na maioria dos processos patológicos. Regulador da homeostase tromboseXtrombólise. Coagulação vitamina K coagulação muito ligada ao figado, pois é ai que os fatores são produzidos. Tríade de Virchow (1844): lesão vascular do endotélio vascular, estase venosa e hipercoagulabilidade. LESÃO ENDOTELIAL: Fatores externos ( traumas). Ativação de células endoteliais por citocinas ou mediadores inflamatórios de liberação local ou distância. Isquemia relativa secundária à estase e a hiperdilatação venosa dos seios valvares. ESTASE VENOSA: Isoladamente é incapaz de causar trombose. Amplifica os efeitos trombogênicos por dificultar o clearance e por aproximar os elementos figurados do endotélio lesado. Estudo de Joseph Lister em 1863 ( ligadura de veia jugular de cavalos). Fatores de risco Idade (aumento dos níveis dos marcadores da ativação da trombina – estado pró-trombótico), imobilização (estase em veias da panturrilha (soleares e gastrocnêmicas) – cúspide venosas, pico acontece entre 3 dias a 2 semanas), malignidade (multifatorial, resposta sistêmica pró-trombótica), lúpus (anticorpos antifosfolípides anticoagulante lúpico), varizes (pós operatórios, pós AVC, pós IAM; tromboflebites prévias aumentam 4x o risco de TVP), doença inflamatória intestinal, viagens (síndrome da classe econômica; associada a outros fatores de risco – TVP prévia, trauma recente, varizes, obesidade, imobilidade. Uso de compressão elástica, movimentação ativa, hidratação), síndrome de may-thurner, trombofilias, desfiladeiro torácico, doenças cardíacas, cirurgias (depende do tipo de cirurgia, duração, imobilidade pós operatória), trauma, gestação (estado de hipercoagulabilidade), terapia hormonal (estrógeno diminui a PAI-1 aumenta a viscosidade do sangue, fibrinogênio, fator II e X, adesão e agregação plaquetária), tipo sanguíneo (A>O), fatores geográficos étnicos (2x mais na Europa que nos EUA), aprisionamento de veia poplítea, cateteres venosos centrais, anomalias de VCI, obesidade. DIAGNÓSTICO – TVP CLÍNICO: 50% assintomáticos. Dor insidiosa, dependente do esforço. Edema assimétrico. Dorsiflexão dolorosa (Homans) Empastamento muscular da panturrilha (Bandeira) Dor à compressão da musculatura da panturrilha sobre o osso (Bancroft) Distensão das veias superficiais ( veias sentinelas de Pratt). Febre baixa, mal-estar inespecífico. Phlegmasia Alba Dolens: Edema difuso e intenso Dor moderada Palidez Phlegmasia Cerulea Dolens: Exacerbação da Alba Cianose, petéquias, diminuição de pulsos e síndrome compartimental. Choque Gangrena Venosa - amputação. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Distensão muscular, trauma fechado; Rotura muscular (hematoma subfascial); Rotura de cisto sinovial; Artrite, sinovite, miosite; Celulite, linfangite; Flebites; Insuficiência arterial (phlegmasia); Linfedema; Lipedema; Insuficiência venosa crônica; Compressão venosa extrínseca; Edema sistêmico; Edema postural; Fístulas arteriovenosas. DIAGNÓSTICO – EP Dispnéia; Dor torácica ( irritação pleural ou tipo angina); Síncope ou pré-síncope; Hemoptise; Taquipnéia; Taquicardia; Turgor jugular; Febre; Choque cardiogênico. DIAGNÓSTICO TVP DÍMERO D; Inespecífico Pode estar aumentado em câncer, inflamação, trauma, cirurgia, sangramentos e varia com a idade. Em casos de baixa e intermediária probabilidade pode ajudar a excluir. Para >50 anos = idade x 10mg/L ESCORE DE WELLS; DUPLEX SCAN Análise morfofuncional; Compressibilidade do vaso; Material intravascular; Fasicidade respiratória; FLEBOGRAFIA (Padrão ouro) DIAGNÓSTICO EP DÍMERO D; DHL; TGO TROPONINA; PEPTÍDEO NATRIURÉTICO LEUCOCITOSE HIPOXEMIA; ESCORE DE WELLS CT PROTOCOLO TEP; MULTISLICE RX; CINTILOGRAFIA V/Q; ANGIOGRAFIA RNM. Tratamento - profilaxia! Anticoagulação, fibrinólise, cuidados locais, analgesia, compressão elástica. A trombose, a síndrome pós-trombótica e até a embolia pulmonar são diferentes fases da mesma doença. TRATAMENTO ANTAGONISTA DA VITAMINA K VIA ORAL Warfarina (Marevam ®) Ação pela inibição da produção dos fatores vitamina K dependentes (fator II, fator X, proteína C e S). Ação pró-coagulante nos primeiros 3 dias. Monitorização contínua pelo TP (INR entre 2 e 3). PROFILAXIA – MEDIDAS GERAIS: Hidratação adequada, analgesia, deambulação precoce, movimentação ativa dos membros. Profilaxia passiva – compressão elastica P. Ativa: compressão pneumática intermitente e foot pump Farmacologia (AAS, DOACS, heparinas).
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