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4 Semana Integradora, 3 Termo de Medicina Unoeste

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Hipótese: A associação de álcool, tabaco, estresse, uso incorreto de medicamentos, falta de
resolutividade da atenção primária podem gerar agravamento de problemas gastrointestinais
1. Esquematizar os quadrantes da parede abdominal. Citar ao menos dois órgãos que se
projetam nesse quadrante (região da boca do estômago). ANATO
A parede abdominal é dividida em 9
regiões por 4 linhas, duas verticais
que são prolongamentos das linhas
hemiclaviculares e se estendem até
os pontos médios dos ligamentos
inguinais.
As duas linhas horizontais são a
linha subcostal, que liga os dois
pontos mais inferiores do rebordo
costal (margem da 10ª costela), e a
linha transtubercular, que liga os
tubérculos ilíacos.
Projeções de órgãos
No andar superior, da direita para a esquerda se tem hipocôndrio direito onde se projetam
fígado e vesícula biliar, epigástrio onde se projetam o estômago, colo transverso e parte
do fígado, e hipocôndrio esquerdo onde se projeta parte do estômago e baço.
No andar médio, da direita para a esquerda, existe a região lateral direita onde se projetam
colo ascendente e alças intestinais, região umbilical onde existem as alças intestinais e
grandes vasos abdominais, e região lateral esquerda onde se projeta colo descendente e
alças intestinais.
Por fim, no andar inferior, da direita para a esquerda, existe a região inguinal direita onde se
encontra o ceco e o apêndice vermiforme, hipogástrio onde se encontram alças
intestinais e útero, e região inguinal esquerda onde existe alças intestinais, parte do colo
descendente e colo sigmoide.
Referências Bibliográficas
TORTORA, G. J. Princípios de anatomia humana. 12ª. edição. Guanabara Koogan . Rio de Janeiro,
2013.
2. Citar a estrutura peritoneal importante para a apendicectomia. Descrever a relação
peritoneal com os intestinos. ANATO
A estrutura importante para a apendicectomia é o mesoapendice.
Peritônio é a membrana serosa, contínua e brilhante que reveste a cavidade abdominal e
recobre suas vísceras. É formado por duas lâminas contínuas de mesotélio, sendo uma o
peritônio parietal que reveste a face interna da parede abdominal, e a outra o peritônio visceral
que reveste algumas das vísceras abdominais. A função do peritônio é além de produzir líquido
peritoneal, proteger os órgãos que ele reveste, fixar/ sustentar alguns órgãos e dar mobilidade a
outros.
O peritônio parietal tem a mesma vascularização, drenagem linfática e inervação da região da
parede abdominal que ele reveste. Ele é sensível a pressão, dor, mudança de temperatura e
lacerações. Geralmente a dor nesse peritônio é bem localizada, exceto na região diafragmática
(principalmente na parte mais central) cuja irritação provoca sensações nos ombros por ser uma
região inervada pelos nervos frênicos.
O peritônio visceral tem a mesma vascularização dos órgãos que ele reveste. Ele só tem
sensibilidade à distensão e irritação química, sendo a dor mal localizada.
Existem duas divisões na cavidade peritoneal: saco menor (bolsa omental) e saco maior.
Saco menor (bolsa omental)
A bolsa omental ou saco menor é encontrada posterior ao estômago e ao fígado e anterior ao
pâncreas e ao duodeno. A função do saco menor é prover espaço para o livre movimento do
estômago. Ela tem um formato irregular com um recesso superior e um inferior. O recesso
superior é limitado pelo diafragma e pelo ligamento coronário do fígado, enquanto o recesso
inferior fica entre as dobras do omento maior.
Saco maior
O saco maior se estende do diafragma até a cavidade pélvica. Ele é dividido em compartimento
supracólico e infracólico pelo mesocólon transverso. O compartimento supracólico encontra-se
anterior e superior ao mesocólon transversos e contém o fígado, o estômago e o baço.
O compartimento infracólico é inferior e posterior ao mesocólon transverso. Olhando de uma
perspectiva anterior, o compartimento infracólico é dividido, pela raiz do mesentério do intestino
delgado, em espaços infracólicos direito e esquerdo. O compartimento infracólico contém o
intestino delgado, cólon ascendente e cólon descendente.
Relações Peritoneais
Dependendo de quão profundamente os órgãos abdominais mergulham no peritônio durante o
seu desenvolvimento, eles podem ser classificados em:
● Órgãos intraperitoneais
● Órgãos retroperitoneais (primariamente e secundariamente retroperitoneais)
Os órgãos intraperitoneais são completamente envolvidos pelo peritônio visceral. Esses órgãos
são o fígado, baço, estômago, parte superior do duodeno, jejuno, íleo, cólon transverso,
cólon sigmóide e parte superior do reto.
Os órgãos retroperitoneais são encontrados posterior ao peritônio, no espaço retroperitoneal,
com somente sua parede anterior recoberta pelo peritônio parietal. Se eles se desenvolvem e
permanecem fora do peritônio, eles são órgãos primariamente retroperitoneais: rim, glândulas
adrenais e ureter. Outros órgãos retroperitoneais se desenvolvem dentro do peritônio, mas
depois movem-se para atrás dele: pâncreas, duodeno distal e cólons ascendente e
descendente.
Referências Bibliográficas
TORTORA, G. J. Princípios de anatomia humana. 12ª. edição. Guanabara Koogan . Rio de
Janeiro, 2013.
Drake, R. L., Vogl, A. W., & Mitchell, A. W. M. (2015).
Gray’s Anatomy for Students (3rd ed.). Philadelphia, PA: Churchill Livingstone. Moore, K. L.,
Dalley, A. F., & Agur, A. M. R. (2014).
Clinically Oriented Anatomy (7th ed.). Philadelphia, PA: Lippincott Williams & Wilkins. Kasper, D.
L., Hauser, S. L., Jameson, J. L., et al. (2015).
Harrison’s Principles of Internal Medicine (19th ed.). New York, NY: McGraw-Hill Education.
3. Descrever anatomicamente a estratigrafia da parede anterolateral do abdome. ANATO
Introdução
Mesmo sendo contínua, a parede do abdome é subdividida em parede anterior, lateral direita,
lateral esquerda e posterior. Como não existe um limite entre as paredes laterais e a anterior,
geralmente se refere a elas como parede anterolateral.
Camadas
A parede anterolateral é formada por pele e tela subcutânea, que é formada por gordura,
músculos, aponeuroses e fáscias. A pele está frouxamente aderida à tela exceto na região do
umbigo onde está firmemente aderida. Enquanto na parede lateral existem 3 músculos
“horizontais”, na região medial do abdome existem 2 verticais.
*Aponeurose é um tendão plano expandido
Figura 2.3 Subdivisões da parede do
abdome. O corte transversal do
abdome mostra vários aspectos da
parede e seus componentes. [*Os
músculos latíssimo do dorso,
relativamente superficial, e psoas
maior, mais profundo, são axioapendiculares e se fixam distalmente nos membros superiores e
inferiores, respectivamente.]
Logo abaixo da pele existe o panículo adiposo superficial, também é chamado de fáscia de
Camper, que é um importante depósito de gordura. A próxima camada da tela subcutânea é o
estrato membranáceo, que é formado por muitas fibras elásticas e colágenas.
Após o estrato existe camada superficial da fáscia de revestimento revestindo a face externa do
m. oblíquo externo do abdome e sua aponeurose.
Após o músculo existe a camada intermédia da fáscia de revestimento cobrindo a face externa
do m. oblíquo interno do abdome e sua aponeurose. Agora se encontra a camada profunda da
fáscia de revestimento recobrindo a face externa do m. transverso do abdome e sua
aponeurose.
*As camadas de fáscias também podem receber o nome do m. que elas recobrem (como fáscia
do m. oblíquo interno).
Para completar a parede do abdome, se encontram ainda a fáscia parietal do abdome (ou fáscia
transversalis) e a gordura/ fáscia extraperitoneal, que é revestida pelo peritônio parietal (NÃO
faz parte da parede, apenas reveste ela internamente).
Os três músculos mencionados são músculos planos que se continuam anteriormente como
aponeuroses que formam a bainha do músculo reto abdominal.
Músculos da Parede Abdominal
Além dos 3 pares bilaterais de músculos planos já mencionados, a parede do abdome ainda é
formada por dois músculos verticais mediais e anteriores, o m. reto do abdome e o m. piramidal.
Quantoas funções, com exceção do m. piramidal, todos os outros vão comprimir, proteger e
sustentar as vísceras abdominais. Além disso, esses músculos auxiliam na movimentação e
estabilização do tronco.
Figura 2.5 Músculos da parede anterolateral do abdome.
Referências Bibliográficas
TORTORA, G. J. Princípios de anatomia humana. 12ª. edição. Guanabara Koogan . Rio de
Janeiro, 2013.
4. Listar 10 características de dor de úlcera péptica gastroduodenal. PPM
Úlcera gastroduodenal é definida como uma lesão da mucosa
com maior profundidade à endoscopia e/ou com evidência
histológica de acometimento da submucosa. A denominação
úlcera péptica reflete o fato de que, apesar de diferentes
etiologias possíveis, a pepsina tem papel relevante na lesão da mucosa.
Figura 77.1 Úlcera gástrica ativa localizada em antro e apresentando bordas edemaciadas e
elevadas e fundo recoberto por fibrina e pequena quantidade de hematina.
Início
Duração
Localização
Tipo
Ritmicidade
Periodicidade
Intensidade
Irradiação
Fatores atenuantes
Fatores agravantes
Clocking
Referências Bibliográficas
PORTO, C.C. Semiologia Médica. 8ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara, 2019.
ZATERKA, Schlioma; EISIG, Jaime N. Tratado de gastroenterologia: da graduação à
pós-graduação. São Paulo: Atheneu, FBG, 2011
5. Descrever a cicatriz de McBurney e o sinal de Jobert. PPM
A cicatriz de McBurney corresponde a cicatriz presente após a realização de uma
apendicectomia.
O ponto de McBurney, também conhecido como ponto apendicular, é uma região abdominal
descrita pelo cirurgião Charles McBurney. O ponto apendicular localiza-se na união do terço
externo, com os dois terços internos da linha que une a espinha ilíaca anterossuperior à cicatriz
umbilical. A dor nesse ponto sugere apendicite aguda, especialmente quando há sinais de
reação peritoneal. A compressão lenta da parede abdominal no ponto apendicular, seguida de
descompressão brusca, produz dor no momento da descompressão quando há inflamação do
peritônio (sinal de Blumberg).
Sinal de Jobert: Hipertimpanismo em região hepática, que indica a presença de perfuração de
víscera oca em peritônio livre (por exemplo: úlcera péptica).
Referências Bibliográficas
Kendall, J. & Moreira, M. (2020). Evaluation of the adult with abdominal pain in the emergency
department. In R Hockberger (Ed.). Uptodate.
Twonsend CM et al. SABISTON – TRATADO DE CIRURGIA. 18° Edição. Elsevier;. Rio de Janeiro – RJ.
2010.
Monteiro A, Lima C e Ribeiro E. Diagnóstico por imagem no abdome agudo não traumático. Revista do
Hospital Universitário Pedro Ernesto, UERJ, 2009.
PORTO, C.C. Semiologia Médica. 8ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara, 2019.
6. Delimitar o espaço de Traube. PPM
O espaço de Traube corresponde à região da bolha gástrica e pode ser delimitado pelos
seguintes marcos anatômicos – inferiormente pelo rebordo costal esquerdo, lateralmente pela
linha axilar anterior e superiormente pelo 6º espaço intercostal esquerdo. A percussão dessa
região deve produzir som timpânico. Em casos de macicez, deve-se suspeitar de aumento do
baço (esplenomegalia), derrame pleural extenso em base esquerda, estômago cheio
pós-alimentação, fecaloma, espessamento de parede gástrica (câncer) ou ascite volumosa.
O espaço de Traube possui os seguintes limites: (a) superior: a submacicez cardíaca, em geral a
sexta costela; (b) inferomedial: a margem costal e (c) lateral: a linha axilar anterior.
Referências Bibliográficas
PORTO, C.C. Semiologia Médica. 8ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara, 2019.
7. Interpretar os achados dos resultados do exame de Napoleão. PPM
Os achados indicam normalidade durante a palpação e ausculta da região abdominal.
Referências Bibliográficas
PORTO, C.C. Semiologia Médica. 8ª ed. Rio de Janeiro. Guanabara, 2019.
8. Citar e descrever os componentes da secreção gástrica, suas funções e as células
responsáveis pela sua produção. FISIO
O fluido secretado pelo estômago é chamado suco gástrico. O suco gástrico é uma mistura das
secreções das células da superfície epitelial e as secreções das glândulas gástricas. Um dos
componentes mais importantes do suco gástrico é o H+, secreção que ocorre em presença de gradiente
de concentração muito acentuado. Dessa forma, a secreção de H+ pela mucosa parietal é processo
energético intensivo. O citoplasma das células parietais é, densamente, preenchido com mitocôndrias,
que se estima ocupem 30% a 40% do volume celular. A principal função do H+ é a conversão do
pepsinogênio inativo (a principal enzima do estômago) em pepsinas, que iniciam a digestão proteica, no
estômago. Além disso, esses íons são importantes para impedir a invasão e a colonização do intestino
por bactérias e outros patógenos que podem ter sido ingeridos com o alimento. O estômago também
secreta quantidades significativas de HCO3 – e muco, importante para proteção da mucosa gástrica
contra o ambiente luminal acídico e péptico. No entanto, em humanos saudáveis, a única secreção
gástrica essencial é o fator intrínseco, que é necessário para a absorção da vitamina B12 (cobalamina).
As funções de outros componentes do suco gástrico são redundantes com as secreções fornecidas
distalmente no trato GI.
Composição das Secreções Gástricas
Assim como outras secreções GI, o suco gástrico tem constituintes inorgânicos e orgânicos, junto com
água. Entre os componentes importantes do suco gástrico estão HCl, sais, pepsinas, fator intrínseco,
muco e HCO3 –. A secreção de todos estes componentes aumenta após a refeição.
Constituintes Inorgânicos do Suco Gástrico
A composição iônica do suco gástrico depende da intensidade da secreção. Quanto maior a intensidade
secretória, maior a concentração de íons H+. Nas menores intensidades secretórias, a [H+] diminui e a
[Na+] aumenta. A [K+] é sempre maior no suco gástrico que no plasma. Consequentemente, vômitos
prolongados podem levar à hipocalemia. Em todas as intensidades da secreção, o Cl– é o principal ânion
do suco gástrico. Nas altas intensidades da secreção, o suco gástrico se assemelha à solução isotônica
de HCl. O HCl gástrico converte o pepsinogênio em pepsinas ativas e produz o pH ácido, em que as
pepsinas estão ativas. A intensidade da secreção gástrica de H+ varia, consideravelmente, entre os
indivíduos. Nos humanos, as intensidades basais (não estimuladas) da produção de H+ gástrico varia,
tipicamente, em torno de 1 a 5 mEq/h. Durante a estimulação máxima, a produção de HCl aumenta para
6 a 40 mEq/h. A intensidade basal é maior durante a noite e menor cedo pela manhã. O número total de
células parietais no estômago de indivíduos normais varia muito, e isso é, em parte, responsável pela
grande variação nas intensidades das secreções basal e estimulada de HCl.
Constituintes Orgânicos do Suco Gástrico
O constituinte orgânico predominante do suco gástrico é o pepsinogênio, a pró-enzima inativa da
pepsina. As pepsinas referidas coletivamente como “pepsina” são um grupo de proteases secretadas
pelas células principais das glândulas gástricas. Os pepsinogênios estão contidos em grânulos de
zimogênio ligados à membrana das células principais. Os grânulos de zimogênio liberam seu conteúdo
por exocitose quando as células principais são estimuladas a secretar (Tabela 28-2).
Os pepsinogênios são convertidos em pepsinas
ativas, pela clivagem de ligações ácido-lábeis.
Quanto menor o pH, mais rápida é a conversão.
Pepsinas também atuam, proteoliticamente,
sobre os pepsinogênios para formar mais
pepsina. As pepsinas têm maior atividade
proteolítica no pH 3 ou menores.
As pepsinas podem digerir até 20% das proteínas de refeição típica e não são necessárias para a
digestão, porque sua função pode ser substituída pelas proteases pancreáticas. Quando o pH do lúmen
duodenal é neutralizado, as pepsinas são inativadas pelo pH neutro. O fator intrínseco, uma glicoproteína
secretada pelas células parietais do estômago, é necessário para a absorção normal da vitamina B12. O
fator intrínseco é liberado em resposta aos mesmos estímulos que desencadeiam a secreção do HCl
pelas células parietais.A secreção do fator intrínseco é a única função gástrica essencial à vida humana.
Secreção
gastrintestinal
Principais
características
Estimulada por Inibida por
Secreção
gástrica
HCl Gastrina, sistema nervoso
parassimpático e
Histamina A
↓pH do estômago
Quimo no
duodeno(por meio
da secretina e do
GIP), Somatostatina
Pepsinogênio Sistema nervoso
parassimpático
Atropina, Cimetidina,
Omeprazol
Fator intrínseco Secretina
Secreções das Glândulas Oxínticas (Gástricas)
Uma glândula oxíntica típica é mostrada abaixo, ela é composta por três tipos de células: (1) células
mucosas do cólon, que secretam basicamente muco; (2) células pépticas (ou principais), que secretam
grandes quantidades de pepsinogênio; e (3) células parietais (ou oxínticas), que secretam ácido clorídrico
e o fator intrínseco. A secreção de ácido clorídrico, pelas células parietais, envolve mecanismos
especiais, descritos a seguir.
Figura 28-2. Representação da estrutura da mucosa gástrica mostrando corte pela parede do estômago
(A) e estrutura detalhada das glândulas gástricas e tipos celulares da mucosa (B).
Referências Bibliográficas
GUYTON, A.C. e Hall J.E.– Tratado de Fisiologia Médica. Editora Elsevier. 13ª ed., 2017.
BERNE, Robert M.; LEVY, Matthew N. (Ed.). Fisiologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
9. Determinar os três estímulos sobre a célula produtora de HCL. Explicar o feedback
fisiológico de controle da produção de HCL. FISIO
O ácido clorídrico do estômago é
responsável por estimular as células D,
pertencentes às glândulas pilóricas, a
produzirem somatostatina (principal forma
fisiológica de inibir a secreção de HCl).,
substância que realiza um mecanismo
indireto de inibição da secreção de HCl
inibindo as células G e células ECL. O
mecanismo direto de inibição acontece por
meio do bloqueio dos três tipos de
receptores presentes na membrana
basolateral das células parietais. Todo
esse mecanismo descrito é fisiológico.
O ácido clorídrico do estômago é
responsável por estimular as células D, pertencentes às glândulas pilóricas, a produzirem
somatostatina (principal forma fisiológica de inibir a secreção de HCl), substância que realiza um
mecanismo indireto de inibição da secreção de HCl inibindo as células G e células ECL. O
mecanismo direto de inibição acontece por meio do bloqueio dos três tipos de receptores
presentes na membrana basolateral das células parietais. Todo esse mecanismo descrito é
fisiológico
Quando a quantidade de HCl está muito aumentada e esse mecanismo de feedback negativo se
torna insuficiente, há uma condição patológica em que o ácido passa a atravessar a barreira de
muco e lesar as células da parede do estômago. Diante dessa lesão, todas as células passam a
secretar prostaglandinas, substância que exerce a mesma função da somatostatina inibindo as
células parietais de secretar HCl.
Referências Bibliográficas
BERNE, Robert M.; LEVY, Matthew N. (Ed.). Fisiologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
10. Descrever as etapas da secreção gástrica. FISIO
Assim como a secreção pancreática, a secreção gástrica possui 3 fases, a fase cefálica, fase
gástrica e fase intestinal. Enquanto as duas primeiras são responsáveis por estimular a
secreção gástrica, a última é inibitória (principalmente da secreção de HCl).
Fase Cefálica
A fase cefálica acontece durante a ingestão do alimento, é resultante da experiência
extra-sensorial proporcionada por ele como estímulos visuais, olfativos, gustativos, etc. A partir
do córtex cerebral, centros do apetite na amigdala e hipotálamo, partem sinais neurogênicos,
que seguirão pelos nervos vagos até o estômago. Cerca de 30% da secreção gástrica é fruto
dessa fase.
*Nessa fase acontece principalmente a estimulação vagal
Fase Gástrica
A fase gástrica ocorre quando o alimento entra no estômago e estimula reflexos vagais (seguem
ao SNC e retornam ao estômago), reflexos entéricos locais por distensão da parede do
estômago e o mecanismo da gastrina pela presença de alimento no estômago. Enquanto o
alimento permanecer no estômago haverá secreção de suco gástrico. Essa fase é responsável
por todo o restante da secreção gástrica.
*Os alimentos que estimulam a secreção gástrica são chamados de secretagogos, sendo os
principais exemplos os aminoácidos, álcool, cafeína, chocolates, proteínas e peptídeos.
Fase Intestinal
Por fim, a fase intestinal se inicia quando o quimo (bolo alimentar misturado com a secreção
gástrica) chega ao intestino. O intestino é muito regulatório, ele inibe o esvaziamento e a
secreção gástrica de acordo com sua própria capacidade.
O duodeno exerce sua regulação por meio do reflexo enterogástrico reverso: diante do aumento
do volume de quimo no duodeno há uma distensão da parede duodenal, o que ativa neurônios
entéricos (presentes na parede do duodeno) que enviam sinais para inibir os neurônios da
parede do estômago, o que reduz tanto a motilidade quanto a secreção gástrica
A outra forma que o duodeno inibe a motilidade e secreção gástrica é por meio da secreção de
hormônios chamados de enterogastronas, como a secretina, colecistoquinina, peptídeo inibidor
gástrico e o polipeptídeo intestinal vasoativo. São 4 hormônios de efeitos sistêmicos, porém, o
foco é na ação inibitório do estômago.
Referências Bibliográficas
GUYTON, A.C. e Hall J.E.– Tratado de Fisiologia Médica. Editora Elsevier. 13ª ed., 2017.
BERNE, Robert M.; LEVY, Matthew N. (Ed.). Fisiologia. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
11. Identificar as medidas de associação usadas em estudos epidemiológicos que
permitem verificar se há associação de álcool e tabaco para o desfecho de problemas
gastrointestinais (odds-ratio, razão de prevalência). MBE
Em uma metanálise, métodos estatísticos são utilizados para sumarizar os resultados de
diversos estudos em uma única medida denominada, genericamente, estimativa de efeito
conjunto. Simplificadamente, os métodos utilizados são:
1. Parâmetro clínico-epidemiológico de sumarização dos resultados: na utilização do parâmetro
clínico-epidemiológico, deve-se primeiramente determinar se os dados são binários (sim/não,
presente/ausente, etc.) ou contínuos (pressão arterial, peso, etc.). Variáveis binárias podem ser
combinadas em medidas como Odds Ratio (OR), risco relativo (RR), e número necessário tratar
(NNT). Tanto o OR como o RR são medidas de eficácia da intervenção, já o NNT informa o
impacto clínico. Dados contínuos podem ser sumarizados em médias entre os grupos.
As medidas de associação baseadas em razões (RR e OR) fornecem dados sobre a força da
associação entre o fator em estudo e o desfecho, permitindo que se faça um julgamento sobre
uma relação de causalidade. Assim, RR e OR são as medidas de escolha para estudarmos os
possíveis determinantes das doenças, sendo frequentemente utilizados em estudos de coorte e
de caso-controle, respectivamente. Outra medida de associação para estudos epidemiológicos é
a razão de prevalência, ela mede a prevalência da condição de interesse no grupo de expostos
em relação à prevalência no grupo dos não expostos. O método tem sido aplicado em estudos
epidemiológicos transversais.
Referências Bibliográficas
Francisco, Priscila Maria S. Bergamo et al. Medidas de associação em estudo transversal com
delineamento complexo: razão de chances e razão de prevalência. Revista Brasileira de Epidemiologia
[online]. 2008, v. 11, n. 3 [Acessado 28 Outubro 2021]
Metodologia da pesquisa [recurso eletrônico] : aplicabilidade em trabalhos científicos na área da saúde /
Organizadores: Evânia Leiros de Souza … [et al.]. – 2. ed., rev. e ampl. – Natal, RN : EDUFRN, 2019.
12. Citar o princípio ativo do Buscopan, classificar seu grupo, explicar sua interação com o
sistema parassimpático, mecanismo de ação e determinar os efeitos adversos, FARMACO
●Via de Administração: Oral ou endovenosa
●Princípio Ativo: butilbrometo de escopolamina
●Forma farmacêutica: solução injetável, drágea ou solução oral.
●Grupo farmacológico: A escopolamina é um derivado de amônio quaternárioque pertence ao
grupo de drogas anticolinérgicas.
●Mecanismo de Ação: A escopolamina produz seus efeitos tanto inibindo receptores
colinérgicos em gânglios parassimpáticos presentes dentro de vísceras ocas quanto inibindo
receptores muscarínicos de musculatura lisa. Dessa forma, exerce um efeito espasmolítico na
musculatura lisa do trato gastrointestinal, geniturinário e vias biliares.
*Escopolamina não atravessa a barreira hematoencefálica, com isso não produz efeitos
anticolinérgicos no SNC.
●Indicações de uso: Alívio de sintomas agudos como dores, cólicas ou desconfortos
abdominais, incluindo cólicas do trato gastrointestinal, vias biliares e trato geniturinário.
●Reações adversas: distúrbios da acomodação visual, taquicardia, tontura, boca seca, dispneia,
eritema, prurido, rubor, desidrose, retenção urinária, midríase e aumento da pressão intraocular.
Anticolinérgicos
Como já foi visto, antagonistas são aquelas drogas que tem afinidade por um receptor, mas que
não tem atividade intrínseca, isto é, não provocam efeito algum no interior da célula. Os efeitos
dessas drogas são fruto do impedimento dos agonistas agirem nos receptores que se
encontram ocupados.
Também chamadas de drogas parassimpatolíticas, são drogas que antagonizam os efeitos da
estimulação parassimpática e se ligam principalmente a receptores muscarínicos (onde realizam
antagonismo competitivo com a acetilcolina), por esse motivo também podem ser chamadas de
antagonistas muscarínicos.
Existem vários exemplos de drogas desse grupo, sendo os principais a atropina, escopolamina,
ipratrópio, tiotrópio, pirenzepina, biperideno, oxibutinina e benzatropina. Tanto a atropina quanto
a escopolamina podem ser encontradas em plantas, como a Atropa belladonna e a figueira do
inferno. Ambas são compostos de amônio quaternário que atravessam facilmente o TGI e a
conjuntiva.
Efeitos das drogas anticolinérgicas
●No SNC, o biperideno reduz os sintomas do mal de Parkinson, principalmente o tremor, graças
ao bloqueio dos receptores muscarínicos presentes nos músculos esqueléticos.
●Nas glândulas sudoríparas, pelo bloqueio dos receptores M3, essas drogas diminuem a
sudorese. Nos olhos, pelo bloqueio de receptores M3, há o relaxamento do músculo
esfincteriano da íris, que é a chamada midríase. Note que esse efeito diminui a drenagem do
humor aquoso por isso exige atenção em pacientes com glaucoma de ângulo estreito *Além
desses efeitos sobre o olho, essas drogas ainda causam cicloplegia, que é a paralização da
acomodação do cristalino.
●No aparelho cardiovascular, pelo bloqueio de receptores M2, anticolinérgicos aumentam a
frequência cardíaca e ainda facilitam a condução de impulsos elétricos nele. No aparelho
respiratório, pelo bloqueio de receptores M3, essas drogas causam broncodilatação (ipratrópio é
a droga usada aqui) e reduzem as secreções, o que resseca as vias respiratórias.
●No TGI há um bloqueio de receptores M3 que provoca redução da motilidade e das secreções,
principalmente a salivar. No trato geniturinário também há um bloqueio de receptores M3, que
causa relaxamento da musculatura lisa. Por fim, essas drogas também agem em receptores M3
relaxando a musculatura lisa uterina.
Os antagonistas dos colinoceptores, da mesma forma que os agonistas, são divididos em
subgrupos muscarínicos e nicotínicos com base em sua afinidade por receptores específicos.
Entretanto, para o buscopam, os receptores que nos interessam são os muscarínicos.
Os antagonistas muscarínicos são chamados às vezes de parassimpatolíticos, porque
bloqueiam os efeitos da descarga autonômica parassimpática. Entretanto, o termo
“antimuscarínico” é preferível. Compostos de ocorrência natural com efeitos antimuscarínicos
têm sido usados por milênios como remédios, venenos e cosméticos. A atropina é o protótipo
desses fármacos. Muitos alcaloides vegetais similares são conhecidos, e centenas de
compostos antimuscarínicos sintéticos têm sido preparados.
Referências Bibliográficas
Disponível em: <https://consultas.anvisa.gov.br/#/bulario/q/?nomeProduto=BUSCOPAN> Acesso
26 de out 2021.
Zanini, AC, Oga, S. Farmacologia aplicada. 6.ed.São Paulo: Atheneu ,2018
13. Conceituar inflamação crônica. Citar suas características e descrever os componentes
da inflamação granulomatosa. PATO
Inflamação crônica é aquela na qual, devido a persistência do agente inflamatório (p. ex., um
microrganismo), a exposição prolongada a agentes tóxicos (p. ex., tabagismo) ou a fenômenos
autoimunitários, o processo mantém-se por tempo maior. Embora não existam critérios rígidos,
considera-se crônica a inflamação que dura mais de seis meses. Em inflamações crônicas,
predominam os fenômenos tardios da resposta inflamatória (p. ex., fenômenos reparativos); os
sinais iniciais típicos de inflamação (eritema e edema) podem não ser aparentes. Em algumas
inflamações de duração prolongada em tecidos conjuntivos, há edema e dor com pouca
exsudação celular. É o que ocorre, por exemplo, em tendinites, fasciites, osteartrose e
fibromialgia. Ao microscópio, a inflamação crônica caracteriza-se por áreas de atividade
inflamatória, com exsudato celular predominantemente de mononucleares (macrófagos e
linfócitos) e fenômenos alterativos ao lado de áreas de regeneração e/ou de reparação (Figura
4.32). Em uma hepatite viral crônica, por exemplo, esse conjunto de achados é bem evidente:
regiões de necrose, com exsudato de linfócitos e macrófagos, e áreas de fibrose, de extensão
variável.
Em inflamações crônicas são frequentes modificações das células do exsudato. Dependendo da
etiologia, linfócitos T ativados adquirem aspecto de linfoblastos, com citoplasma abundante,
enquanto linfócitos B diferenciam-se em plasmócitos. Em certos casos, o exsudato organiza-se
simulando tecido linfoide, com folículos, centros germinativos e veias de endotélio alto (p. ex.,
artrite reumatoide e tireoidite de Hashimoto). Macrófagos podem organizar-se, adquirir aspecto
epitelioide e formar granulomas, o que caracteriza as inflamações granulomatosas.
https://consultas.anvisa.gov.br/#/bulario/q/?nomeProduto=BUSCOPAN
Inflamações granulomatosas
Caracterizam-se por modificações nas células do exsudato, que se organizam e formam
agregados circunscritos, denominados granulomas. Embora macrófagos representem o
componente comum em todo granuloma, outras células fazem parte da sua formação.
Granuloma, portanto, pode ser entendido de forma simplificada como um conjunto organizado
de células inflamatórias.
A ulcera péptica (gastrite) é uma
inflamação crônica com períodos de
agudização
Referências Bibliográficas
Robbins & Coltran – Patologia: bases patológicas das doenças. 10ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier,
2013.
BRASILEIRO FILHO, G. Bogliolo. Patologia Geral. 9a edição. Editora Guanabara Koogan S.A., Rio de
Janeiro, RJ, 2016.
14. Identificar um indicador para internação por falta de resolutividade da atenção
primária. SC
Proporção de internações de residentes por condições sensíveis à atenção básica.
Referências Bibliográficas
Disponível em: <http://idsus.saude.gov.br/detalhadas.html> Acesso 26 de out 2021.
Disponível em:
<https://datasus.saude.gov.br/acesso-a-informacao/rol-de-diretrizes-objetivos-metas-e-indicadores-2013-
2015-edicao-2015/> Acesso 26 de out 2021.

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