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Arboviroses - Dengue

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Arboviroses
 PATOLOGIAS - 1 Dengue
 DEFINIÇÃO
 doença infecciosa causada por qualquer 
 um dos vírus dengue transmitidos a 
 indivíduos suscetíveis 
 Picada de fêmeas infectadas de mosquitos 
 do gênero Aedes
 Para completar o ciclo de transmissão da 
 doença
 fêmea do mosquito ingerir o vírus 
 encontrado no sangue de um paciente 
 durante a fase aguda
 vírus deve ser capaz de se replicar no 
 organismo do mosquito migrar para as glândulas salivares
 então ser inoculado em indivíduo 
 suscetível
 • Sobre o vírus:
 DENV
 Flaviviridae
 quatro sorotipos DEV1, 2, 3 e 4
 Estrutura
 • Possuem envelope de membrana do 
 hospedeiro.
 • A superfície da partícula viral é formada 
 por duas proteínas: E e M
 • Internamente ao capsídeo proteico 
 encontra-se a 
 proteína core (C) que envolve o genoma 
 viral → fita simples de RNA
 • Outras proteínas que compõem o vírus: NS1 
 forma o nucleocapsídeo e participa do 
 processo de maturação viral
 É essa proteína que se procura no teste de 
 antígeno teste rápido
 TRANSMISSÃO
 Aedes aegypti e Aedes albopictus
 Não há transmissão por contato direto de 
 um doente ou de suas secreções com uma 
 pessoa sadia, nem de fontes de água ou 
 alimento
 picada do Aedes aegypti, no ciclo homem → Aedes aegypti → homem
 Após se alimentar de sangue infectado mosquito fica apto a transmitir o vírus, depois de 8 a 12 dias de incubação • Período de incubação
 De 3 a 15 dias.
 A transmissão homem → mosquito ocorre no período de viremia (vírus presente no sangue)
 Começa um dia antes da febre e vai até o 
 6º dia
 FISIOPATOLOGIA
 Inoculado entra nas células
 estimula lifócitos e monócitos a 
 produzirem citocinas
 TNF-alfa
 IL-6
 Essas citocinas Pró-ínflamatórias febre
 Outras citocinas estimulam a produção de anticorpos
 que se ligam aos antígenos virais imunocomplexos
 IGM anti-dengue
 começam a ser produzidos 5-6 dia
 capazes de neutralizar o vírus de forma que seu aparecimento marca o declínio da viremia
 teorias da fisiopatologia da FEBRE 
 HEMORRÁGICA DA DENGUE (FHD)
 • Teoria da facilitação dependente de 
 anticorpos
 • Teoria de Halstead: infecção num período 
 de 3-5 anos.
 em pacientes que já foram previamente 
 infectados por outros sorotipos infecção secundária
 Anticorpos de uma primeira exposição 
 não seriam neutralizantes 
 ou possuiriam títulos baixos para 
 diferentes sorotipos (imunidade cruzada)
 Dessa forma os anticorpos se ligam aos vírus
 porém não neutralizam
 Quando esse complexo é reconhecimento 
 pelos monócitos e macrófagos 
 entrada do vírus na célula imune é 
 facilitada
 resultando em maior carga viral e 
 intensidade da resposta imune • Liberação de citocinas + mediadores inflamatórios → quadro grave
 • Teoria da virulência viral Relaciona o aparecimento de FHD à virulência da cepa infectante
 de modo que as formas mais graves sejam 
 resultantes de cepas extremamente 
 virulentas
 • Tempestade de citocinas
 • Resposta imune exacerbada induzida 
 pela infecção do vírus da dengue.
 Formas mais brandas respostas predominantemente Th1
 Formas graves
 respostas predominantemente Th2
 níveis aumentados de 
 IL4
 IL3 
 IL10
 níveis reduzidos de 
 IFN-gama 
 IL12
 A supressão da resposta Th1 relacionada à imunoamplificação 
 ou amplificação da infecção mediada por 
 anticorpos 
 isso a partir da infecção heterotípica e à 
 supressão da produção de IFN-γ
 EVOLUÇÃO E QUADRO CLÍNICO
 Alguns casos são assintomáticos
 • Dengue clássica:
 • Sintomas
 Febre alta (39-40ºC) 
 primeiro sintoma
 início abrupto
 Comumente seguido por: 
 cefaléia
 mialgia
 prostração
 artralgia
 anorexia
 astenia
 dor retroorbital
 náuseas
 vômitos
 exantema 
 prurido cutâneo
 Pode ocorrer hepatomegalia dolorosa
 • Manifestação pode varia com a idade:
 Crianças dor abdominal generalizada pode ocorrer
 Os adultos podem apresentar pequenas manifestações hemorrágicas
 petéquias
 epistaxe
 gengivorragia
 sangramento gastrointestinal
 hematúria 
 metrorragia
 Duração em média de 5-7 dias
 Sintomas costumam melhorar após 
 desaparecimento da febre
 Astenia pode permanecer
 • Três fases clínicas podem ocorrer: febril, 
 crítica de recuperação
 Febril:
 Febre alta com os demais sintomas.
 50% dos casos ocorre exantema 
 máculo-papular 
 face, tronco e membros inclusive na planta dos pés e palmas das mãos
 • Crítica:
 Os pacientes que não evoluem com 
 melhora gradativa podem evoluir para 
 formas graves
 Ocorre com a queda da febre (3-7 dia) 
 somada a sinais de alarme
 • Recuperação:
 Ocorre com os pacientes que passaram 
 pela fase crítica
 Ocorre a reabsorção gradual do conteúdo 
 extravasado e melhora clínica
 • Febre hemorrágica
 Sintomas iniciais de dengue clássica → rápida evolução para manifestações hemorrágicas 
 e/ou derrames cavitários 
 e/ou instabilidade hemodinâmica 
 e/ou choque
 O choque ocorre comumente entre o 3-º 
 dia da doença.
 Sinais e sintomas típicos: 
 febre alta
 fenômenos hemorrágicos
 hepatomegalia 
 insuficiência circulatória
 Achado laboratorial importante trombocitopenia.
 Manifestações hemorrágicas: a principal é a Prova do Laço +
 Consiste em obter, através do 
 esfigmomanômetro
 o ponto médio entre a pressão arterial 
 máxima e mínima do paciente mantendo-se esta pressão por 5 minutos
 Quando positiva 
 aparecem petéquias sob o aparelho ou 
 abaixo do mesmo
 se número de petéquias for de 20 ou mais 
 em um quadrado desenhado na pele com 
 2,3 cm de lado
 essa prova é considerada fortemente 
 positiva
 • Choque:
 É decorrente do aumento da 
 permeabilidade vascular seguido de 
 hemoconcentração e falência circulatória
 ATENDIMENTO AO PACIENTE
 Anamnese: Pesquisar a presença de febre, referida ou medida, incluindo o dia anterior à consulta
 Dados importantes:
 Data de início da febre e de outros 
 sintomas
 Presença de sinais de alarme
 Alterações gastrointestinais náuseas, vômitos, diarreia, gastrite
 Alterações do estado da consciência: irritabilidade, sonolência, letargia, lipotimias, tontura, convulsão e vertigem
 Diurese
 frequência nas últimas 24 horas
 volume e hora da última micção
 Histórico de possível transmissão
 Se existem familiares com dengue ou 
 dengue na comunidade
 história de viagem recente para áreas 
 endêmicas de dengue 14 dias antes do início dos sintomas
 Condições preexistentes
 lactentes menores (29 dias a 6 meses de 
 vida)
 adultos maiores de 65 anos
 gestante
 obesidade
 asma
 diabetes mellitus
 hipertensão
 Exame físico:
 Atenção aos sinais vitais (temperatura, 
 pulso, FC, FR, PA).
 Avaliar estado de consciência, hidratação, 
 estado hemodinâmico, alterações 
 respiratórias, dores abdominais, exantema, 
 manifestações hemorrágicas.
 DIAGNÓSTICO
 • Clínico:
 Considerando a situação epidemiológica.
 Suspeita: Paciente com febre 
 entre 2-7 dias de duração
 e 
 + dois sintomas pelo menos 
 náusea, vômitos, exantema, mialgia, 
 artralgia, cefaleia, dor retro-orbital, 
 petéquias, prova do laço positiva, 
 leucopenia
 • Laboratorial:
 Hemograma:
 Leucopenia é achado usual, embora possa 
 ocorrer leucocitose.
 Pode estar presente linfocitose com atipia 
 linfocitária.
 A trombocitopenia é observada 
 ocasionalmente
 NA FDH
 Trombocitopenia (<100.000)
 aumento do hematócrito (crianças >38% e 
 adultos >45%)
 Específicos:
 � Hemocultura durante os sintomas.
 � Sorologia após o sexto dia da doença.
 � Teste antígeno NS1 (teste rápido da 
 dengue)
 pode ser feito até o quinto dia 
 ideal é até o treceiro
 CLASSIFICAÇÃO DE RISCO E MANEJO
 1 - Suspeita de dengue
 • Paciente com febre (entre 2-7 dias de 
 duração) e + duas, pelo menos (náusea, 
 vômitos, exantema, mialgia, artralgia, 
 cefaleia, dor retro-orbital, petéquias, prova 
 do laço positiva, leucopenia). 
 Se criança: 
 suspeito em caso febril agudo com 
 duração de 2-7 dias, sem foco de infecção 
 aparente
 2 - Avaliar se existem sinais de alarme ou 
 choquepara classificar o grupo de risco
 • Seguimento do grupo A:
 Definição:
 Caso suspeito de dengue + Ausência de 
 sinais de alarme + Ausência de 
 comorbidades, grupo de risco ou 
 condições clínicas especiais.
 Acompanhamento ambulatorial
 Solicitar exames complementares (a 
 critério médico)
 Conduta:
 Retorno:
 Imediato na presença de sinais e alarme 
 ou no dia da melhora da febre (possível início da fase crítica)
 Caso não haja Diminuição da febre retornar no 5º dia de doença
 Entregar cartão de acompanhamento da 
 dengue
 • Seguimento do grupo B:
 Definição:
 Caso suspeito de dengue + Ausência de 
 sinais de alarme + petéquias ouprova do 
 laço positiva e/ou Condições clínicas 
 especiais e/ou de risco social ou 
 comorbidades
 Manter o paciente em observação até o 
 resultado dos exames para reavaliação 
 clínica
 É obrigatória a solicitação de hemograma 
 completo
 Conduta
 Retorno:
 Manter reavaliação clínica e laboratorial 
 diária até 48 horas após a queda da febre
 Manter hidratação oral e sintomática 
 conforme grupo A
 Preencher cartão de dengue e orientar 
 sobre os sinais de alarme
 • Seguimento do grupo C
 Definição
 Caso suspeito + sinal de alarme
 Dor abdominal intensa (referida ou à 
 palpação) e contínua.
 Acompanhamento por internação até 
 estabilização por no mínimo 48 horas
 Exames complementares:
 Obrigatórios: 
 hemograma completo
 dosagem de albumina sérica 
 transaminases
 Recomendados: 
 rx de tórax (PA, perfil e incidência de 
 Laurell) 
 USG abdome
 Outros exames conforme necessidade
 glicemia
 ureia
 creatinina
 eletrólitos
 gasometria
 TPAE 
 ecocardiograma
 Exames específicos para confirmação de 
 dengue são obrigatórios mas não são 
 essenciais para conduta clínica
 Conduta
 • Seguimento do grupo D - dengue grave
 Definição:
 Caso suspeito + sinais de choque, 
 sangramento grave ou disfunção orgânica 
 grave
 Sinais de choque: Acompanhar em leito de UTI até estabilização por, no mínimo, 48 horas
 Exames complementares
 Obrigatórios: hemograma completo, dosagem de albumina sérica e transaminases
 Recomendados: rx de tórax (PA, perfil e incidência de Laurell) e USG abdome.
 Outros exames conforme necessidade: glicemia, ureia, creatinina, eletrólitos, gasometria, TPAE e ecocardiograma.-
 Exames específicos para confirmação de 
 dengue são obrigatórios mas não são 
 essenciais para conduta clínica
 Conduta
 ORIENTAÇÕES IMPORTANTES
 Não utilizar AINES e salicilatos
 Orientar sinais de alerta
 NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
 Os exames específicos para confirmação 
 não são necessários para condução clínica 
 → realização deve ser orientada de acordo 
 com a situação epidemiológica
 PATOLOGIAS - 2
 FEBRE AMAR ELA
 DEFINIÇÃO
 Doença infecciosa aguda, causada pelo 
 vírus amarílico e considerada a doença 
 prototípica das febres hemorrágicas virais.
 Características virais:
 O vírus amarílico é o vírus RNA de fita 
 única, sentido positivo
 pertencente à família Flaviviridae
 gênero Flavivirus
 vírus prototípico do gênero.
 Existem 7 genótipos dois deles são encontrados nas américas
 TRANSMISSÃO E CICLO
 Possui dois ciclos de transmissão:
 silvestre 
 que ocorre entre primatas não humanos, 
 onde o vírus é transmitido por mosquitos 
 silvestres
 urbano
 Período de incubação: 3 a 6 dias
 Período de transmissão: 24h até 3-5 dias do início dos sintomas → viremia
 FISIOPATOLOGIA
 inoculação pelo vetor partículas virais são fagocitadas pelas células dendríticas da pele 
 transportadas pelo sistema linfático até o 
 linfonodo adjacente se multiplica inicialmente ganha acesso à corrente sanguínea
 A viremia aumenta rapidamente até 96 h declinando também rapidamente a seguir sendo praticamente indetectável após 120 h da infecção
 Ocorre resposta imune exacerbada
 Viscerotrópico fígado é o órgão primariamente afetado na febre amarela
 O vírus chega às células de Kupffer em 
 menos de 24h
 lá se multiplicando e voltando à corrente 
 sanguínea 
 infecta e afeta também o baço, o coração 
 e os rins, principalmente
 • Fígado e rins: causa necrose eosinofílica
 • Causa dano intenso à microcirculação → lesão tecidual por hipóxia alteração hemodinâmica extravasamento do plasma
 ATENDIMENTO AO PACIENTE
 • Anamnese:
 Queixa atual e duração, para identificar 
 caso suspeito.
 Identificar sinais de gravidade questionar especificamente sobre 
 presença de hemorragias
 características da diurese (volume e cor)
 presença e frequência de vômitos
 História pregressa
 histórico vacinal para febre amarela 
 dados epidemiológicos que possam 
 indicar a necessidade de investigar 
 diagnósticos diferenciais
 • Exame físico: Exame físico completo especial atenção para 
 presença de icterícia
 grau de hidratação
 perfusão periférica
 características da pulsação
 sinais de hemorragias
 avaliação do nível de consciência
 Exame complementar:
 Realização de exames laboratoriais 
 inespecíficos: 
 hemograma
 transaminases (TGO e TGP)
 bilirrubinas
 uréia 
 creatinina
 provas de coagulação
 proteína urinária
 Coleta de amostras para exames 
 específicos e envio para laboratórios de 
 referência
 QUADRO CLÍNICO
 • Quadro clássico, que varia de leve a 
 moderado
 Surgimento súbito de febre, cefaléia 
 intensa e duradoura, inapetência, náusea e 
 mialgia
 Sinal de Faget: bradicardia + febre alta
 Duração de 2-4 dias Responde aos sintomáticos
 • Quadro grave ou maligno:
 Cefaleia e mialgia de alta intensidade
 náusea e vômitos frequentes
 icterícia
 oligúria diminuição de produção de urina, abaixo de 400 mL por cada 24 horas
 manifestações hemorrágicas (epistaxe, hematêmese e metrorragia, por ex)
 DIAGNÓSTICO
 Clínico
 Suspeito:
 Indivíduo com exposição em área afetada 
 recentemente (em surto) 
 ou em ambientes rurais e/ou silvestres 
 destes indivíduos 
 com até sete dias de quadro febril agudo (
 febre aferida ou relatada) 
 acompanhado de 2/+ dos seguintes sinais 
 e sintomas: cefaleia 
 (principalmente de localização supra 
 orbital)
 mialgia
 lombalgia
 mal-estar
 calafrios
 náuseas
 icterícia 
 e/ou manifestações hemorrágicas 
 que não tenha comprovante de vacinação 
 de febre amarela ou que tenha recebido a 
 primeira dose há menos de 30 dias
 Exames complementares:
 O diagnóstico específico de febre amarela
 forma direta pela detecção do vírus em 
 amostras clínicas (sangue e/ou tecidos) 
 forma indireta pela detecção de anticorpos
 Os exames são realizados em laboratórios 
 de referência em diversos estados 
 brasileiros
 secretaria de saúde de cada estado e 
 município pode informar sobre como 
 encaminhar o material biológico e como 
 receber o resultado
 CONDUTA
 • Ambulatorial:
 Indicação:
 Formas leves e moderadas
 Pacientes 
 REG
 hidratado ou levemente desidratado
 sem vômito
 sem sinais de hemorragia 
 consciência normal
 Pessoas com rápido acesso à UBS, caso 
 necessário.
 Prescrição:
 Sintomáticos
 Hidratação oral
 Retorno:
 Piora dos sintomas existentes
 persistência de febre alta (>39ºC) por mais 
 de quatro dias 
 e/ou qualquer dos seguintes sinais aparecimento de icterícia, hemorragias, vômitos, diminuição de diurese
 7 dias para reavaliação
 • Internação em enfermaria:
 Pacientes graves ou moderados com 
 fatores de risco.
 RuimEG ou MauEG, desidratado, vômito 
 intenso, sem hemorragia ativa e com 
 consciência normal.
 Alterações laboratoriais discretas ou 
 moderadas.
 Leucopenia, plaquetopenia, 
 hemoconcentração <20% do valor de 
 referência.
 Prescrição
 Sintomáticos
 Hidratação oral ou parenteral
 Controle diurese
 Exames laboratoriais diários, inclusive 
 proteinúria
 • Internação em UTI: Indicação:
 Alteração clínica ou laboratorial grave ou 
 maligna
 Cuidados devem ser implementados o 
 mais brevemente possível
 Ventilação mecânica protetora, 
 hemodiálise e suporte hematológico
 Manutenção da nutrição e prevenção de 
 hipoglicemia
 Sondagem nasogástrica para evitar 
 distensãogástrica e aspiração
 Uso de omeprazol e cimetidina para 
 prevenção de hemorragia gástrica
 Ressuscitação hídrica e uso de drogas 
 vasoativas
 Administração de oxigênio
 Correção de acidose metabólica
 Plasma fresco congelado no caso de 
 hemorragias
 • Em caso de coagulopatia:
 decorre da diminuição de produção de 
 fatores de coagulação por 
 comprometimento hepático
 podendo estar associada a coagulação 
 intravascular disseminada (CIVD).
 Provas de coagulação gravidade de tempo de coagulação 
 >20 min 
 e INR acima de 1,5 da referência
 Relação entre o tempo de protrombina do 
 doente e um valor padrão do tempo de 
 protrombina
 Conduta:
 Evitar procedimentos invasivos
 Aplicação de vitamina K (10 ml/kg/dia) por 
 três dia
 Proteção gástrica (ex.: omeprazol, 
 cimetidina, ranitidina)
 Transfusão de concentrado de hemácias e/
 ou plasma fresco congelado.
 Heparina não é indicada
 Transfusão de hemácias: Indicações:
 Queda acentuada do hematócrito
 Choque hipovolêmico refratário
 Hemorragia intensa
 CRITÉRIOS DE ALTA
 Após dez dias de doença, para pacientes 
 sem febre nas últimas 24 horas
 aspectos clínicos melhorados 
 exames laboratoriais com índices 
 decrescentes das transaminases e 
 estabilização das plaquetas
 OU Após três dias sem febre independente do tempo de doença
 índices decrescentes das transaminases e 
 estabilização das plaquetas
 Orientar, caso os sintomas voltem, retornar 
 ao posto de atendimento.
 VACINAÇÃO
 • Vírus vivo atenuado.
 • 1ª dose aos 9 meses + 2ª dose aos 24 
 meses.
 • Doses de reforço podem ser 
 recomendadas conforme epidemiologia 
 da região e necessidade de visitar regiões 
 ou países endêmicos
 Zika
 DEFINIÇÃO agente etiológico:
 O vírus zika é da família Flaviviridae
 relacionada com os vírus da dengue e 
 febre amarela.
 É um RNA de fita única, sentido positivo
 EPIDEMIOLOGIA
 Em 2015 foi identificado pela primeira vez 
 no Brasil, na região do nordeste.
 Casos de zika já foram encontrados em 
 todos os estados do Brasil
 TRANSMISSÃO
 É transmitido primariamente pela picada 
 de mosquitos do gênero Aedes Aedes aegypti e o Aedes albopictus
 O RNA do vírus da zika já foi detectado no 
 sangue, urina, sêmen, saliva, líquor, líquido 
 amniótico e leite materno 
 não há confirmação de transmissão
 Viremia: do início dos sintomas até o 5º dia
 Incubação de 2-14 dias
 FISIOPATOLOGIA O primeiro o vírion se liga à célula 
 hospedeira através da glicoproteína E endocitose da partícula viral.
 A membrana viral se funde com a 
 membrana do endossoma 
 RNA do genoma viral é liberado no 
 citoplasma da célula
 Inicia-se a translação da poliproteína viral subsequentemente quebrada nas proteínas estruturais e não estruturais A replicação inicia-se resultando em um genoma dsRNA 
 O genoma é então transcrito em novas 
 cópias do genoma ssRNA A organização e montagem do vírion 
 e os novos vírions são então transportados 
 para o complexo de Golgi
 de onde são excretados para o meio 
 intracelular podem infectar novas células
 QUADRO CLÍNICO
 Cerca de 80% dos casos são 
 assintomáticos
 Quadro típico:
 Exantema maculopapular com prurido
 febre baixa 37,8-38,5ºC
 artralgia especialmente nos pés e mãos 
 conjuntivite não purulenta
 Pode ocorrer 
 mialgia
 cefaléia dor retro orbitária
 astenia
 edema periarticular
 linfonodomegalia
 úlceras orais
 dor abdominal
 náuseas 
 diarreia
 • Comumente são sintomas leves que se 
 resolvem entre 2-7 dias
 • A artralgia pode persistir por 1 mês
 DIAGNÓSTICO
 Caso suspeito:
 Pacientes que apresentam exantema 
 maculopapular pruriginoso acompanhado 
 de dois ou mais dos seguintes sinais e 
 sintomas:
 Febre
 Hiperemia conjuntival sem secreção e 
 prurido
 Poliartralgia
 Edema periarticular
 Caso confirmado:
 Caso suspeito com um dos seguintes 
 testes positivos/reagentes específicos para 
 diagnóstico de zika:
 Isolamento viral
 Detecção de RNA viral por reação da 
 transcriptase reversa (RT-PCR)
 Sorologia IgM 
 em populações onde existe a co circulação 
 do vírus da dengue há uma alta chance de 
 ocorrer reações falso positivas
 CONDUTA
 Não existe tratamento antiviral específico 
 para ZIKAV ou outros flavivírus, à exceção 
 do vírus da hepatite C
 Assim, o tratamento é sintomático e de 
 suporte geral
 dependendo da gravidade do quadro 
 clínico e disfunções ou insuficiências 
 orgânicas presentes
 Definição
 Arboviroses são as doenças causadas pelos 
 chamados arbovírus
 vírus da dengue, Zika vírus, febre 
 chikungunya e febre amarela. 
 A classificação "arbovírus" engloba todos aqueles transmitidos por artrópodes
 insetos e aracnídeos (como aranhas e 
 carrapatos) 
 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
 Chikungunya
 DEFINIÇÃO arbovirose causada pelo vírus 
 chikungunya (CHIKV) família Togaviridae do gênero alphavirus
 Transmissão
 Picada da fêmea do Aedes aegypti e A. 
 albopictus infectados pelo vírus.
 Transmissão vertical:
 Intraparto de gestantes virêmicas;
 Transfusional
 EPIDEMIOLOGIA No Brasil a transmissão autóctone foi 
 confirmada no segundo semestre de 2014 estados do Amapá e da Bahia
 FISIOPATOLOGIA
 QUADRO CLÍNICO
 Incubação: 3-7 dias
 Viremia: 10 dias, iniciando dois dias antes dos sintomas.
 70% dos casos são sintomáticos.
 Manifestações típicas:
 Febre de início agudo;
 Poliartralgia e mialgia
 Normalmente é bilateral e simétrica pode haver assimetria
 Mais frequente nas distais
 Cefaléia, náuseas, fadiga.
 Dor retro-ocular
 calafrios
 conjuntivite sem secreção
 faringite
 diarreia
 dor abdominal 
 neurite
 Exantema (>50% dos casos)
 Maculo-papular
 Atinge principalmente o tronco e as 
 extremidades 
 (incluindo palmas e plantas)
 podendo atingir a face
 Clinicamente semelhante à dengue Principal diferença: artralgia intensa comumente acompanhada por edema
 Evolução:
 A fase febril ou aguda dura até 14 dias.
 Fase subaguda: persistência da artralgia após 14 dias, durante até 3 meses.
 Crônica: 
 artralgia por mais de 3 meses.
 Exantema, vômitos, sangramento e úlceras 
 orais parecem estar mais associados ao 
 sexo feminino.
 Dor articular, edema e maior duração da 
 febre são mais prevalentes quanto maior a 
 idade do paciente.
 Manifestações atípicas
 • Gestantes
 A infecção pelo CHIKV, no período 
 gestacional
 não está relacionada a efeitos 
 teratogênicos
 há raros relatos de abortamento 
 espontâneo
 Mães que adquirem chikungunya no 
 período intraparto 
 podem transmitir o vírus a recém-nascidos 
 por via transplacentária
 DIAGNÓSTICO
 Laboratorial inespecífico:
 Leucopenia com linfopenia menor que 1.000 cels/mm3 é a observação mais frequente
 A trombocitopenia inferior a 100.000 cels/mm3 é rara
 A velocidade de hemossedimentação e a 
 Proteína C-Reativa
 geralmente elevadas
 podendo permanecer assim por algumas 
 semanas
 Laboratorial específico:
 Pode ser de forma direta: isolamento viral e pesquisa de RNA viral em diferentes amostras
 Indireta: intermédio de anticorpos específicos
 CLASSIFICAÇÃO e CONDUTA
 Casos sem gravidade Retornar:
 Persistência da febre por mais de 5 dias
 Aparecimento de sinais de gravidade
 Persistência dos danos articulares
 Pacientes do grupo de risco:
 Maior chance de complicação, portanto 
 devem ser observados ambulatorialmente 
 quanto aos sinais de gravidade
 Pacientes com sinais de gravidade (
 internação)
 Para pacientes com instabilidade 
 hemodinâmica é necessário avaliar
 funções renal
 hepática 
 cardíaca
 sinais e sintomas neurológicos
 hemoconcentração e a trombocitopenia 
 se necessário
 iniciar de imediato
 terapia de reposição de volume e tratar as 
 complicações conforme o quadro clínico
 Para alta desses pacientes
 melhora do estado geral
 aceitação de hidratação oral
 ausência de sinais de gravidade 
 melhora dos parâmetros laboratoriais
 • Observações:
 Até o momento, não há tratamento 
 antiviral específico para chikungunya.
 A terapia utilizada é de suporte 
 sintomático, hidrataçãoe repouso.
 AINES não devem ser receitados na fase 
 aguda pelo risco de sangramento.
 Não utilizar corticóide na fase de aguda da 
 viremia, devido ao risco de complicações
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL

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