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Semana 16 - Infecções do sistema reprodutor feminino

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Letícia Lima
Faculdade de Medicina de Itajubá – 2021
Laboratório de Análises clínicas – Semana 16
Infecções do sistema reprodutor feminino 
· Quais exames podem diagnosticar estas infecções?
· Colpocitologia oncótica ou exame de Papanicolau ou exame citológico 
· Colposcopia 
· Análise das secreções vaginais 
· Exames diretos (pesquisa de ácido nucleico)
· Exames sorológicos 
Colpocitologia oncótica ou Exame de Papanicolau 
· Coleta, coloração e análise microscópica do material do trato genital inferior 
· Identifica alterações morfológicas das células coletadas (neoplásicas e não-neoplásicas)
· Identifica microrganismos que podem causar infecção como: Trichomonas vaginalis, Candida spp., bactérias vaginais como Gardnerella vaginallis
· Identifica modificações celulares consistentes com vírus herpes simples e citomegalovírus 
· Coloração de Papanicolau 
· Utiliza um conjunto de corantes:
· Hematoxilina → cora as estruturas ácidas da célula (núcleo)
· Orange G → cora as estruturas básicas da célula (citoplasma das células queratinizadas)
· EA-65 (corante policromático) → oferece tonalidades de cores diferentes no citoplasma das células 
· Evidencia as variáveis na morfologia e dos graus de maturidade e de atividade metabólica celular 
Colposcopia 
· Permite o exame do colo do útero, da vagina, da vulva e do ânus 
· Complementação do rastreamento citológico por meio da utilização de reagentes, como o ácido acético e a solução de Schiller → permite a identificação da área de alteração mais significativa para biopsia 
· Alterações celulares e infecções → mudança na coloração do tecido após a aplicação dos reagentes 
· É possível bater fotos após a aplicação dos reagentes → orienta o melhor local para se efetuar uma biopsia, se necessária 
Solução de ácido acético 
· Após a coleta da amostra para o exame citológico 
· Aplicar ácido acético 3 – 5% com gase estéril embebida em todo o colo e vagina 
· Aguardar 1 minuto 
· Pesquisar lesões acetorreativas (lesões aceto brancas) em todo o colo com o auxílio do foco clínico comum direcionado para a abertura do espéculo 
· Teste com ácido acético positivo → lesões acetobrancas 
· Exemplo: candidíase, processos inflamatórios metaplásicos 
Solução de Schiller 
· Após a coleta do material para o exame citológico, aplicar solução iodo-iodetada (lugol) no colo do útero e as paredes vaginais com um algodão embebido 
· Teste positivo → se alguma região ficou branca pois não houve a fixação do iodo 
· Teste negativo → se toda extensão tingiu de marrom é porque houve a fixação do iodo
· Exemplo: presença de alterações celulares (células displásicas ou carcinomatosas)
Análise das secreções vaginais 
· Indicação: suspeita de vulvovaginites 
· Material: secreção vaginal 
Teste de Wiff 
· Indicação → presença de corrimento vaginal 
· Coleta-se uma pequena quantidade do corrimento, depositando-o em uma lâmina e, logo após, adiciona-se 1 a 2 gotas do KOH (hidróxido de potássio) a 10% 
· Existem as aminas putrescina e cadaverina na amostra. Em meio básico, ocorre a liberação delas 
· Resultado positivo: ocorrência de odor fétido (odor de ‘’peixe podre’’)
· Vaginoses bacterianas (ex: Garnederella vaginallis) e Trichomonas vaginalis
Determinação do pH da secreção vaginal 
· Avalia o equilíbrio da microbiota local 
· Auxilia no diagnóstico das infecções vaginais causadas por microrganismos que alteram o pH local 
· Com uma alça bacteriológica aplica-se um pouco da secreção vaginal na área de teste da fita e faz a leitura 
· pH secreção vaginal normal = 3,5 – 4,5 
· Infecções por Gardnerella vaginalis, que, em geral, elevam o pH vaginal para níveis superiores a 4,5 
Exame direto a fresco (microscopia)
· Coleta-se o corrimento vaginal 
· Coloca-se uma pequena quantidade na lâmina 
· Adiciona-se 1 a 2 gotas de soro fisiológico 
· Colocar a lamínula 
· Observar no microscópico 
Exames diretos 
· Identificação do patógeno na coloração de Gram 
· Cancroide – Haemophilus ducreyl 
· Gonorreia – Neisseria gonorrhoeae 
· Identificação do patógeno pela pesquisa do seu DNA no sítio da infecção 
· Captura híbrida → HPV 
· Reação em cadeia da polimerase (PCB) → HPV, Herpes vírus, Chlamydia trachomatis, Trichomonas vaginallis 
Exames sorológicos 
· Baseados na pesquisa de anticorpos contra o patógeno 
· Utilizado no diagnóstico de: 
· HPV (pouco empregada)
· Herpesvírus 
· Sífilis – Treponema pallidum (VDRL)

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