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TRABALHO DE CURSO ENFERMAGEM DO TRABALHO

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FAVENI 
 FACULDADE DE VENDA NOVA DO IMIGRANTE
ENFERMAGEM DO TRABALHO
PANDEMIA DA COVID-19 E OS IMPACTOS NO TRABALHO DOS PROFISSIONAIS DA ENFERMAGEM 
CAMPINA VERDE/MG
2022
FAVENI 
 FACULDADE DE VENDA NOVA DO IMIGRANTE
ENFERMAGEM DO TRABALHO
Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial à obtenção do título especialista em ENFERMAGEM DO TRABALHO.
 
CAMPINA VERDE/MG
2022
ENFERMAGEM DO TRABALHO
ALUNO
Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de violação aos direitos autorais.
RESUMO
A pandemia do COVID19, afetou o cotidiano laboral da Enfermagem que é caracterizado pela deficiência e/ou inconformidade de classes seguras de trabalho e ausência de recursos humanos e materiais para assistência e cuidado seguro. As condições dos profissionais de saúde torna-se caótica em todo o território nacional. Vale ponderar que a COVID-19 favoreceu para mostrar a importância da Enfermagem como profissão que prima pelo cuidado humano. Nessa circunstância de pandemia, o cuidar é agravado mais do que nunca, de forte carga emocional em que vida e morte se embaralham a todo o momento compondo um cenário desgastante, com obrigação de ritmos exagerados, com jornadas laborais sobrecarregada de trabalho infligidas ao trabalhador da Enfermagem, seguida regularmente por uma remuneração sem exceção apropriado com a natureza do trabalho efetivado. A rotina de trabalho da Enfermagem brasileira, com as Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) apresentou taxas altas de ocupação de leitos em grande parte do território nacional, desperta e reaviva o sinal de alerta de que os trabalhadores da saúde, principalmente os que trabalhão na linha de frente ao combate à COVID-19, de tratamento, assistência e cuidado humano, necessitam incluir especialmente afiançado o direito do uso protegido e apropriado dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), que precisam ser afiançado e disponibilizado pelo empregador em número suficiente e qualidade assegurada. O objetivo deste artigo é analisar sobre a condição de trabalho dos profissionais de enfermagem no enfrentamento ao COVID19 apontar os efeitos negativos na vida desses profissionais em meio à pandemia
PALAVRAS - CHAVE: COVID19. Enfermagem. Saúde. 
INTRODUÇÃO
No Brasil o registro de aumento de casos de COVID19, fez com que atuação dos trabalhadores de saúde, principalmente para os profissionais de enfermagem intensificasse. Em síntese, independente de relacionar a crise nos serviços de saúde em virtude da doença, o trabalhador de enfermagem vivenciavam os resultados da precarização imposta pelo imaginário e flexível processo laboral.
O objetivo deste artigo é reconsiderar sobre a qualidade de trabalho dos profissionais de enfermagem no enfrentamento ao novo coronavírus e enfatizar o consequência na vida desses profissionais decorrente da pandemia. 
As indefensabilidades distintas no dia-a-dia laboral dos profissionais de enfermagem são ilustradas pela literatura nacional e internacional, onde estão descritas as condições de trabalho, sobrecarga física e mental, baixa remuneração e ausência de Equipamentos de Proteção Individual apropriados para o enfrentamento desse agravo. 
Este estudo pode fornecer elementos indispensáveis para reexaminar a saúde e segurança dos profissionais de enfermagem objetivando uma assistência com qualidade e segurança aos pacientes frente a esta doença.
Neste sentindo, a ausência de responsabilidade do Estado, do arrefecimento das políticas sociais e do enxugamento da máquina pública como parte da política do Estado ínfimo, estes trabalhadores vivem no cotidiano sérios problemas básicos, organizacionais e de condições laborais.
Neste cenário reflete-se na insuficiência de equipamentos e insumos, na ausência de pessoal, no ritmo de trabalho excessivo, na falta de estabilidade laboral, entre outras decorrências, que totalizavam com um quadro alarmante de aflição psicofísico dos trabalhadores, da qual são causas básicas para o afastamento do trabalho e adoecimentos, e até, de suicídios e morte. Contudo, o enfrentamento da pandemia da Covid-19 evidência de maneira forte as reivindicações históricas da enfermagem em relação as condições de trabalho, à extensão da jornada laboral, ao dimensionamento de pessoal, à remuneração e, até então relevância social da categoria. 
Assim sendo, demonstra da mesma maneira o descuido imensurável que ocasiona o adoecimento psíquico dos trabalhadores de enfermagem em causa do isolamento social que os separam de familiares e entes queridos; de observaram elevado quantitativo de óbitos de pacientes sob seus cuidados; de vivenciarem o processo de morte inclusive de morte de colegas de trabalho em consequência da contaminação pelo SARV-CoV-2. Adiciona-se a este panorama, a configuração de um conflito da economia mundial e o adensamento da instabilidade financeira do Brasil, que resultou em extenso desemprego tanto de profissionais da saúde quanto de seus familiares. 
Deste modo, tem-se uma situação de transtorno de ansiedade e de pânico, depressão, estresse, insônia, irritabilidade, raiva, indícios de comportamentos suicidas, entre outras manifestações que deterioram a saúde mental dos trabalhadores da saúde e, em particularmente, da enfermagem.
A enfermagem, assim como os demais profissionais da saúde que exercem suas atividades assistindo pacientes infeccionados, tem alto risco de contágio e precisam ter prioridades perante a qualquer iminência de contagio ou prenúncio. 
Nestes casos como enfatiza Almeida (2012), a sobrecarga prévia existente na maioria das realidades e contextos de saúde, além daquela imposta pela situação pandêmica, eleva os riscos de adoecimento físico e emocional dos profissionais e de seus familiares, contribuindo para a formação de um cenário de estresse, medo e até mesmo pânico.
Diante dessa contextualização, esta revisão de escopo teve como objetivo: Identificar os desafios, potencialidades e dificuldades enfrentadas pela enfermagem em setores críticos durante a pandemia da COVID 19. Acredita-se que, a partir desse reconhecimento, seja possível propor medidas de moderação de danos.
CAPITULO I – O TRABALHO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM NO ENFRENTAMENTO A COVID-19.
Geralmente, as condições de trabalho dos Profissionais de Enfermagem abrangem extensas jornadas, ritmo intenso, desvalorização profissional, conflitos interpessoais, entre outros fatores desencadeantes de desgastes físicos e psíquicos. No momento de pandemia, estas condições foram potencializadas pelo número de pessoas infectadas e pela escassez de EPIs adequados, situações que elevam os desgastes devido ao medo de infectar-se ou de transmitir o assustador pela insegurança pessoal.
Destaca-se que:
É fundamental para evitar a transmissão de Covid-19 nos estabelecimentos de saúde e nos domicílios dos mesmos, sendo necessário adotar protocolos de controle de infecções (padrão, contato, via aérea) e disponibilizar EPIs, incluindo máscaras N95, aventais, óculos, protetores faciais e luvas. Além disso, deve-se proteger a saúde mental dos profissionais e trabalhadores de saúde, por conta do estresse a que estão submetidos nesse contexto. (TEIXEIRA et al., 2020, p. 3466).
 Os Profissionais da Enfermagem vivenciam um dilema ético e moral: ao assistir os pacientes sem a utilização dos EPI adequados colocamem risco a sua vida, a dos pacientes, da equipe de saúde e dos entes queridos. Entretanto, ao negar atendimento aos pacientes em estado de urgência/emergência, podem ser responsabilizados criminalmente, conforme Art.135 do Código Penal Brasileiro, ainda que amparados pelos conselhos de classe.
De acordo com o Código de Ética dos profissionais de enfermagem, em seu Art. 13, é direito dos Profissionais da Enfermagem:
[...] suspender as atividades, individuais ou coletivas, quando o local de trabalho não oferecer condições seguras para o exercício profissional e/ou desrespeitar a legislação vigente, ressalvadas as situações de urgência e emergência, devendo formalizar imediatamente sua decisão por escrito e/ou por meio de correio eletrônico à instituição e ao Conselho Regional de Enfermagem(10:26).
O Art. 76, em que são abordadas as proibições, assegura ao PE a possibilidade de “negar assistência de enfermagem em situações de urgência, emergência, epidemia, desastre e catástrofe (10:32)” se o exercício da função oferecer risco à sua integridade física(10). Esses artigos asseguram aos Profissionais da Enfermagem o direto de negar atendimento aos pacientes com a COVID-19 sem os EPIs adequados ou em condições inseguras de trabalho. Entretanto, esse é o dilema ético e moral enfrentado no cotidiano do trabalho por esses profissionais, que arriscam suas vidas em prol de seus pacientes.
A lei n° 8.080 de 19 de setembro de 1990 também conhecidas como LEI ORGÂNICA DA SAÚDE (BRASIL, 1990), afirma que a saúde é um direito de todos e dever do estado, como também possui definições em relação à promoção, proteção e recuperação da saúde.
A lei n° 8.080 de 19 de setembro de 1990 também conhecidas como LEI ORGÂNICA DA SAÚDE (BRASIL, 1990), afirma que a saúde é um direito de todos e dever do estado, como também possui definições em relação à promoção, proteção e recuperação da saúde. Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício. § 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação. § 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família, das empresas e da sociedade (BRASIL, 1990, documento on-line).
Neste cenário, o valor da vida dos PE e sua responsabilidade civil entram em conflito, podendo trazer consequências para sua saúde e segurança no desempenho de suas atividades laborais. Faz-se necessário e urgente que os PE tenham EPIs adequados e sejam capacitados em serviço para o seu uso correto.
Da mesma forma, é necessário ter cautela na definição de ações emergenciais, de forma que o trabalhador de saúde não seja penalizados e ainda mais expostos aos riscos. 
A exemplo da publicação da Medida Provisória (MP) nº 927/2020, que flexibilizam as leis trabalhistas para o enfrentamento dessa emergência na Saúde Pública. Entre as disposições desta MP, está a permissão da prorrogação da jornada de trabalho dos profissionais de saúde contratados em regime celetista.
O Art. 26 permite ao empregador prorrogar a jornada de trabalho; adotar escalas de horas suplementares que variam da 13ª até a 24ª hora do intervalo inter jornada, e prevê a compensação da carga horária suplementar por meio de banco de horas ou hora extra, com um prazo de até 18 meses para que seja realizada.
É prudente repensar as escalas de trabalho dos PE de modo a diminuir o desgaste físico e emocional. É preciso considerar que a paramentação rigorosa e adequada, bem como a necessidade de economizar EPIs, dificulta a realização de funções fisiológicas como alimentar-se, hidratar-se ou ir ao banheiro, devido ao tempo dispendido para a paramentação e desparamentação entre os procedimentos. 
A literatura reforça que o aumento da conscientização sobre a proteção pessoal, fornecimento de EPI adequado, em número suficiente, com treinamento de acordo com protocolos nacionais e internacionais, podem contribuir para a redução do risco de infecção em profissionais de saúde. Apesar de treinamento intenso e de procedimentos técnicos corretos, ainda existe o risco da exposição biológica durante a atividade profissional, muitas vezes culminando na contaminação do trabalhador. Devido à característica das atividades técnicas, a sobrecarga e o cansaço, tal exposição pode ocorrer e causar afastamento laboral temporário ou até evoluir para óbito do profissional.
CAPITULO II - A PRECARIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO, A SOBRECARGA DE TRABALHO NA PANDEMIA DA COVID-19 E A SAÚDE DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM.
O valor social da enfermagem ganhou certa atenção para além das convicções da classe, formuladas durante este período diante de condições materiais concretas vivenciadas no trabalho e na vida. Em grande medida, os valores sociais decorrem dos valores econômicos, porém, foi neste momento de crise da saúde coletiva, que as contradições da correlação negativa de fatores trabalhistas que convivem com a extrema responsabilidade exigida do exercício da enfermagem, se mostraram geradoras de formulações críticas sociais, com maiores espaços de discussão e repercussão na mídia, porém com nenhum evidente impacto impeditivo para continuidade de vínculos empregatícios fragilizados, baixos salários e uma carga horária extremamente elevada de trabalho.
Se este conhecido cenário, onde a força de trabalho de enfermagem se desenvolve e se mantém em condições inferior do seu valor já havia e agora em reação a crise pandêmica, se tornou imperativo o olhar sobre a saúde ocupacional, nas suas dimensões psicossociais, físicas e ergonômicas. O adoecimento no trabalho também pode ser caracterizado como a síndrome de Burnout, fenômeno atribuído aos ambientes de trabalho altamente estressantes, refletindo em um esgotamento pessoal e diminuição da realização profissional, que pode resultar em um cuidado de enfermagem ineficaz capaz de ocasionar iatrogênicas.
Com a disseminação da Covid-19, os serviços de saúde ficaram sobrecarregados e os profissionais estão lidando diariamente com estresses ainda maiores e enfrentam o aumento intenso de riscos a sua própria saúde como pouco antes visto na ciência da enfermagem moderna. 
Embora as pesquisas sobre os efeitos da pandemia na saúde e no bem-estar da equipe de enfermagem ainda sejam esparsas, em resumo, os estudos existentes trazem como fatores contribuintes ao esgotamento profissional, o medo da infecção para si e para familiares e amigos, o medo dos efeitos relativamente desconhecidos da doença, os níveis de estresse relacionado ao trabalho e a carga horária de trabalho extremamente longa, exigindo maior tempo beira-leito por aumento da complexidade, a falta de EPI adequado e a constante tensão de informar familiares que não poderão estar junto aos pacientes dentro dos serviços, assim como, dar suporte emocional a estes pacientes em isolamento.
Devido à pandemia a demanda de pacientes tem aumentado de forma rápida, o que requer mais esforços por parte dos trabalhadores, muitas vezes os profissionais já se acostumaram tanto com a rotina exaustiva, que não se dão conta dos sinais e sintomas apresentados de exaustão psíquica (FERREIRA et al., 2020).
Ferreira e seus colaboradores ressaltam que:
Concomitante as possibilidades apresentadas que auxiliam na manutenção da saúde mental, o profissional deve estar ciente do momento em que a ajuda especializada torna-se necessária, uma vez que o monitoramento e o cuidado continuo subjugam-se as únicas formas de prevenção. De uma forma geral, conhecer a própria mente e entender como reagir diante desse momento tão delicado é de fundamental importância para atuar de maneira saudável e produtiva. (FERREIRA et al., 2020, p.14).
Na medida em que os hospitais têm atingido sua capacidade máxima, os suprimentos, como por exemplo, de EPI, que são essenciaispara a proteção e indispensáveis para evitar o contágio, foram se tornando escassos assim como diversos outros artigos. Diante o desafio da oferta e demanda destes equipamentos no mercado interno e externo e a até mesmo a conduta predadora de alguns países para absorção deste fornecimento no mercado mundial, a enfermagem brasileira vivencia riscos potenciais biológicos.
Destaca-se ainda que o uso destes artigos de proteção, antes pontual, agora está sendo utilizado de forma contínua, existindo insegurança sobre a real biossegurança dos equipamentos neste novo extenso formato de uso, assim como dificuldades a própria respiração, comunicação e demais necessidades fisiológicas entre os profissionais, além de também estarem ocasionando lesão por pressão relacionada.
O fato de prestar assistência em situações inéditas de saúde coletiva como a atual e a respeito de uma fisiopatologia ainda não completamente explicada, condiz, por vezes, com a prática de enfermagem não baseada em evidências devido ao avanço ainda incipiente da ciência sobre esta doença emergente e a inexistência de um consenso “padrão ouro” para dar suporte no manejo das diversas variáveis que podem existir dentro desta condição clínica.
Fazer uso da prática do empirismo pode ser também um grande fator estressor adicional ao profissional no enfrentamento das adversidades, estejam elas relacionadas aos aspectos da gestão assistencial, do fármaco terapêutica do paciente ou mesmo da prescrição de cuidados de enfermagem, implicando muitas vezes em ansiedade e insegurança. Para suprir esta necessidade, os profissionais ainda precisam se colocar à atualização constante sobre novas informações científicas.
Em destaque, observa-se que a exposição frequente ao cuidado direto de pacientes com a doença tem elevado o adoecimento de profissionais devido a alta transmissibilidade do “Novo Corona Vírus”, bem como ao óbito. Dados obtidos a partir do Conselho Federal de Enfermagem no dia 16 de janeiro de 2021 apontam que até essa data, foram registrados no Brasil 46.775 casos de Covid-19 em profissionais de enfermagem, dos quais 519 evoluíram para óbito, com uma taxa de letalidade de 1,94%.
Dessa maneira, é possível entender que quanto maior a força produtiva do trabalho, tanto maior a pressão dos trabalhadores sobre seus meios de ocupação, e tanto mais precária, portanto, a venda da própria força com vistas ao aumento da riqueza alheia ou à autovalorização do capital, menor a qualidade de assistência em saúde, que receberá a população que vivencia o enfrentamento deste crítico cenário,. Ao mesmo tempo em que a população mundial requer cuidados exigentes e os profissionais de enfermagem protagonizam estes cuidados em tempo integral, atuando tanto em medidas de prevenção da disseminação da doença, quanto na promoção da saúde, diagnósticos de enfermagem, tratamento, recuperação e reabilitação de pacientes sintomáticos ou confirmados para a Covid-19, além de todo acompanhamento e suporte, tanto para estes como para seus familiares, mesmo assim, o que se observa são as baixas garantias das condições adequadas de trabalho.
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Este trabalho possibilitou entender que antes da pandemia a rotina desses profissionais já era estressante e a carga horária desgastante. A equipe de enfermagem é responsável pelos cuidados aos pacientes e familiares e organiza ações de modo autônomo ou em conjunto com os demais profissionais. 
É preciso garantir o direito a remuneração justa e condições de trabalho adequadas para que possam exercer a profissão livre de danos. 
Os baixos investimentos em recursos humanos da enfermagem vêm agravando o aumento de profissionais desqualificados, achatamento salarial, e não reposição de pessoal. 
A precarização nos processos de contratação contribuiu com aumento de sobrecarga de trabalho que impacta diretamente na saúde dos colaboradores, ficando com altos níveis de estresse, Burnout, sintomas depressivos e ansiosos. 
As pessoas que tiveram que aumentar sua jornada de trabalho durante a pandemia apresentaram ansiedades bem como preocupações excessivas e estresse intenso. A saúde mental deles precisa ser priorizada. Todos os profissionais tiveram medo por deficiência dos EPI e contaminar e levar as doenças para a família. 
Adverte-se a necessidade de atuação dos órgãos responsáveis e fiscalizadores COREN/COFEN na supervisão e luta pelas melhorias nas condições de saúde desses profissionais
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