Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ASMA: ● Asma é uma doença inflamatória crônica, em que temos uma hiperresponsividade das vias aéreas (via aérea e os brônquios apresentam respostas anormais a diferentes estímulos - alérgenos, alteração climática, ansiedade, depressão - gerando uma obstrução ao fluxo aéreo. ● Tem uma redução do lúmen - por conta de uma hiperplasia das células musculares lisas, produção de muco espesso, inflamação e edema na parede. ● Esse processo é variável, pois após tais exposições o paciente tem uma piora dos sintomas (são as exacerbações). ● É um comprometimento obstrutivo, contudo diferente do DPOC ele é um processo que melhora após o uso de broncodilatadores. Nesse processo obstrutivo o que está sendo afetado é a expiração e não a inspiração. QUADRO CLÍNICO: ● Tosse seca, intolerância ao exercício, dispneia, dor torácica e sibilância. ● Sintomas pioram mais a noite e no início da manhã - pois o cortisol cai a noite e ele tem um efeito broncodilatador, então como ele cai fecha o brônquio. ESPIROMETRIA: ● Usamos o VEF1 (que é a velocidade de fluxo expirado no primeiro segundo) e o CVF (capacidade vital forçada - todo ar exalado de forma máxima, após inspiração também máxima). ● Quando a relação VEF1/CVF (ÍNDICE DE TIFFENEAU) < 0,70 em uma situação pós broncodilatação, podemos definir isso como um distúrbio ventilatório obstrutivo. ● OBS: Para diferenciar entre a asma e o DPOC - NA ASMA TEM O AUMENTO DO VEF1 APÓS A BRONCODILATAÇÃO (indicando que a obstrução do fluxo na asma é variável). ● Em pacientes maiores de 12 anos é importante que o VEF1 aumente 12% e esteja maior ou igual a 200 mL. ● Se quer fechar o diagnóstico do paciente, mas ele está em um momento da doença que está em baixa atividade, você pode induzir esse paciente a ter um broncoespasmo com a metacolina (nesse caso vai fazer com que o VEF1 caia mais de 20% e isso feche o diagnóstico). ● *Na asma não precisa necessariamente ter a espirometria para o diagnóstico. TRATAMENTO: ● ASMA LEVE → ETAPA 1 + 2: ○ Não vai precisar usar remédio todo dia. ○ Vai usar CORTICOIDE + FORMOTEROL (LABA - longa duração - só que o formoterol é de ação rápida) em baixas doses se necessário. ● ASMA MODERADA → ETAPA 3: ○ Aqui vai usar todo dia (de manutenção) - FORMOTEROL + CI de dose baixa ● ASMA MODERADA → ETAPA 4: ○ Usar todo dia - FORMOTEROL + CI em doses médias. ● ASMA GRAVE →ETAPA 5: ○ FORMOTEROL + CI em doses altas. ○ Podemos adicionar o LAMA ● SE O PACIENTE ESTÁ EM CRISE VAMOS UTILIZAR DE “RESGATE” - O CI E O FORMOTEROL (LABA). *** Não existe mais indicação de usar SALBUTAMOL isolada para tratamento da asma. TEM UM TRATAMENTO ALTERNATIVO: ● Que é quando usamos o CI + SABA (se necessario). ● No tratamento de resgate nunca usar o SABA sozinho. CRISE DE ASMA: ● É uma hiperreatividade (uma piora aguda ou subaguda dos sinais e sintomas) onde tem uma contração da musculatura lisa , produção excessiva de muco e espessamento da parede das vias aéreas pela inflamação. ● PIORA DA EXPIRAÇÃO. CAUSAS: ● Alérgenos (como poeira com resíduos de ácaro). ● Temperatura mais baixas. ● Infecções de vias aéreas. ● Poluição. ● Tabagismo (ativo ou passivo). SINTOMAS: ● Piora da dispneia. ● Dificuldade de fala - completar frases. ● Acessos de tossse. ● Sibilância. ● Dor torácica. ● Taquicardia, acompanhados ou não de dessaturação. ● Prolongamento do tempo expiratório. ● Sinais de desconforto respiratório. CLASSIFICAÇÃO: ● LEVE A MODERADA: ○ Frases completas. ○ Sem uso de musculatura acessória. ○ FC < 120 bpm. ○ FR < 30 irpm. ○ SAT em torno de 100%. ● GRAVE: ○ Frases entrecortadas, agitação. ○ Uso de musculatura acessória. ○ FC > 120 bpm. ○ FR > 30 irpm. ○ SAT < 90%. ○ Pico de fluxo < 50%. ● MUITO GRAVE: ○ Confusão. ○ Sonolência. ○ Tórax silencioso. ○ Pulso paradoxal (queda de PAS > 10 mmHg na inspiração). MEDICAÇÕES DA CRISE: ● SABA - Beta 2 agonista de curta ação - gera a broncodilatação. ● SAMA - anticolinérgico de curta duração - estimula a contração da musculatura lisa e também diminui a secretividade. ● Corticoide. TRATAMENTO DA CRISE: ● LEVE A MODERADA: ○ Oxigênio - se necessário para manter a meta de 93-95%. ○ SABA - ciclos de 20 minutos (4-10 puffs), por 3 vezes, ao longo de 1 hora. Tem que usar o espaçador, pois paciente em crise não consegue fazer a técnica correta. ○ Corticóide - Prednisolona 40-50 mg/dia. ● GRAVE: ○ O2 - se necessário. ○ Beta2-agonista. ○ Corticoide. ○ Ipratrópio - a cada 20 minutos, junto com o Beta 2. ■ Em nebulização devemos usar 40 gotas. ■ Em spray - 2 jatos de 6/6 horas (max 12 jatos por dia). ○ Sulfato de magnésio - quando o esquema acima não deu certo após 1 hora. ● MUITO GRAVE: ○ Suporte ventilatório - IOT + VM. ○ Beta2-agonista. ○ Ipratropio. ○ Corticoide EV. ○ Sulfato de magnésio. NA ALTA: ● Manter corticóide VO por 5 – 7 dias ● Manter salbutamol como resgate, por cerca de 5 dias de horário, para terapia de alívio, até que todos os sintomas se resolvam. ● Se não usava tratamento de manutenção, iniciar! Se já usava, progredir 1 Step. ● Checar técnica, reforçar adesão ao tratamento, minimizar exposições ambientais (Tabaco, poeira, mofo). ● Marca o retorno precoce, em 5-7 dias, para reavaliação
Compartilhar