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1 
 
 
POLÍTICAS E GESTÃO NA EDUCAÇÃO 
1 
 
 
 
Sumário 
 
FACULESTE ........................................................................................... 2 
INTRODUÇÃO ........................................................................................ 3 
POLÍTICA E GESTÃO DA EDUCAÇÃO NO CONTEXTO BRASILEIRO
 ........................................................................................................................... 4 
POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO: QUAIS SÃO E QUEM FAZ.
 ......................................................................................................................... 13 
GESTÃO ESCOLAR DE QUALIDADE ................................................. 29 
PROJETO POLITICO PEDAGOGICO .................................................. 33 
A LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL E AS 
POLÍTICAS PARA EDUCAÇÃO BÁSICA ....................................................... 42 
CONCLUSÃO ........................................................................................ 45 
REFERÊNCIA ....................................................................................... 46 
 
 
2 
 
 
 FACULESTE 
 
 
A história do Instituto FACULESTE, inicia com a realização do sonho de 
um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para 
cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a FACULESTE, 
como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A FACULESTE tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas 
de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
A legislação da educação é o corpo ou conjunto de leis referentes à 
educação. Contribui para a organização do ensino e às questões da matéria 
educacional, como, por exemplo, a profissão de professor, a democratização de 
ensino etc. 
A política pública é um sistema de ações sociais que compreende um 
esforço da sociedade principalmente das instituições para garantir de forma 
permanente, os direitos de cidadania a todos, fundamentalmente os mais 
necessitados que estão na zona de pobreza e esquecido pelos políticos. Daí a 
necessidade da promoção de políticas publicas adequada seja na saúde ou na 
educação, aéreas estas que devem ter maior atenção. 
A escola é uma instituição cujo papel na sociedade é de responsabilizar-
se pela educação formal dos cidadãos, se posicionando como um dos agentes 
em condições de contribuir para a transformação destas, sendo dever do Estado 
garantir a estrutura e a qualidade de ensino nas escolas. Sabemos que a 
educação pública é responsabilidade do governo federal, estadual e municipal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
 
POLÍTICA E GESTÃO DA EDUCAÇÃO NO 
CONTEXTO BRASILEIRO 
 
 
O Estado, as políticas 
educacionais e a escola no Brasil, 
historicamente têm se constituído 
como um marco regulador e 
reforçador de uma educação que 
divide, ou seja, marcada pela 
exclusão. Entretanto, a racionalidade 
que se impõe pelos distintos 
governos brasileiros aponta para a 
necessidade de acompanhamento e 
reforma no campo da educação, seguindo agendas internacionais, num esforço 
de superação das diferenças. O ser humano, mais do que nunca, precisa tomar 
consciência de sua humanidade. 
A escola, como a maioria há de concordar, é uma instituição dedicada, 
sobretudo, à educação. Além da escola, não se pode negar a força educativa do 
convívio familiar. Além destes, há outros espaços de saber, cujos conteúdos e 
mensagens podem e devem ser questionados. 
Por isso, torna-se necessário compreender as relações de poder 
intrínsecas às relações sociais, uma vez que é clara a percepção de que a 
melhoria na qualidade de vida, o desenvolvimento das comunidades e a 
transformação do Brasil em uma nação desenvolvida, com uma população 
saudável em todos os aspectos, somente será possível com uma educação de 
qualidade. 
Para alcançar essa qualidade, entretanto, mudanças precisam acontecer 
no contexto macro da educação brasileira. É importante que o Brasil, como 
nação, possa participar do processo de globalização econômica e técnico-
científica. Ressalte-se aqui que nenhuma ação local, por si, é suficiente para 
5 
 
 
promover avanços consistentes e que perdure na área de ensino. Aí reside a 
importância da gestão educacional, na determinação desse novo destino, uma 
vez que, tendo por base a mobilização de pessoas articuladas em equipe, 
permite articular ações e estabelecer a devida mobilização de sujeitos e 
instituições. 
Desse modo, falar de gestão educacional, é falar em âmbito macro, a 
partir dos órgãos superiores dos sistemas de ensino e em âmbito micro, a partir 
das escolas. Precisamos, necessariamente desses dois âmbitos de ação; não 
se pode focalizar unicamente a escola. 
 
 Gestão da educação: conceito 
 
 De origem latina, a palavra 
gestão, deriva-se do verbo latino 
gero, que significa levar sobre si, 
carregar, chamar a si, executar, 
exercer (CURY, 2001). Gestão, 
então, implica um sujeito. Dessa 
maneira, a gestão pode ser 
exercida de forma democrática, ou 
seja, as ações de gerenciamento podem ser compartilhadas com todos, ser 
resultado de um trabalho coletivo; ou ainda de forma não democrática, cujas 
políticas podem ser pensadas para atender a interesses de grupos específicos. 
Pode-se pensar, então, a partir do exposto, o que significa gestão da 
educação. Essa gestão, como em muitos outros casos, está altamente 
condicionada por seu objeto (a educação), e pode estar restrita mais ou menos 
ao dia-a-dia, aos problemas do cotidiano escolar, conforme o entendimento que 
se tenha de educação seja mais ou menos amplo. 
Gerir é tomar decisões. Outro aspecto importante da gestão da educação, 
além da preocupação sobre quais as decisões são tomadas, é quem toma as 
decisões. Por muito tempo, naturalizou-se, sem questionamentos, uma 
6 
 
 
hierarquia de poder, na gestão educacional. No comando, encontram-se os 
pequenos grupos que decidem sobre as importantes orientações. 
Se, nas esferas hierárquica de poder, as grandes orientações da 
educação são definidas por pequenos grupos restritos, há um nível de decisões 
(portanto, de gestão) inferior a elas, no qual se situam os/as educadores/as que 
atuam mais diretamente com os/as alunos/as. E o nível intermediário de gestão 
é ocupado por professores/as e técnicos/as nas redes escolares. 
Há ainda um outro nível, preenchido por aquelas pessoas que, mesmo 
diretamente implicadas nas práticas educacionais, mantêm-se 
predominantemente na condição de educandos/as. Nessa condição, em relação 
à gestão da educação, as pessoas estão, sobretudo, excluídas das grandes 
decisões. Os/as alunos/as são, na maioria das vezes, afastados/as da gestão da 
educação, continuando apenas como objeto do empenho educativo dos 
educadores. 
Segundo Lück (2008), no contexto da educação brasileira as questões de 
gestão educacional receberam bastante atenção nos meados da década de 
1990, quando se configurou um conceito relativamente novo, superando a 
limitação do conceito de administração. Para esta autora: 
 
 
Caracterizadas as relaçõesde poder que configuram a gestão da 
educação, dela decorre um juízo sobre o aspecto da participação. Alguns dos 
7 
 
 
principais problemas quanto à participação em educação dizem respeito à 
existência de grupos de pessoas excluídos de certas práticas e espaços 
educativos, como escolas, mas também por uma diversidade de outros, tais 
como praças públicas, centros esportivos, centros de convivência, salas de 
exibição de cinema, de teatro, de apresentações artísticas, de debate científico 
ou político em geral. Além dessas pessoas que não participam dessas práticas 
educativas, há uma grande quantidade daquelas que participam e, nesse caso, 
o problema está em não poderem decidir de quais ou de poderem decidir sobre 
as orientações que tais práticas seguem. Assim, a gestão compreende arte de 
pensar, de agir e de fazer acontecer. 
 
 
 
 UMA EDUCAÇÃO PATA TODOS/AS 
 
 
8 
 
 
As lutas das vertentes mais progressivas em educação voltam-se e, foi 
sempre assim, contra a exclusão. Estudos em diferentes abordagens buscam 
saber sobre os processos que fazem permanecer os mecanismos geradores 
dessa exclusão. 
Nos tempos atuais, a política da inclusão vem substituir a política da 
integração. Autores/as diferenciam essas duas políticas. A inclusão seria uma 
iniciativa ligada à modificação das estruturas e do funcionamento das escolas 
regulares, de forma a garantir lugar para todas as diferenças. 
A legislação brasileira ampara legalmente o caminho da inclusão através 
da Constituição de 1988 a qual incorporou vários dispositivos sobre o direito das 
pessoas com deficiência, nos espaços da saúde, educação, trabalho e 
assistência. 
A gestão da educação está direta e indiretamente ligada à dimensão 
pública e legal do fazer educativo, ou seja, à Política Educacional. Assim como 
ocorre em outros setores de governo, as decisões são tomadas por grupos muito 
reduzidos, especificamente dois tipos de autoridades: as do poder executivo e 
as acadêmicas. É bastante comum a ocorrência de combinações ou de 
coincidências entre esses dois tipos de autoridades, uma vez que integrantes de 
universidades compõem equipes ou assumem postos no ministério ou em 
secretarias de educação. 
No contexto da educação, em geral, ao se falar em participação, pensa-
se logo no espaço da escola e esquece-se do segmento de maior impacto sobre 
o sistema de ensino como um todo: a gestão de sistema, realizada por 
organismos centrais – as secretarias de educação e respectivos órgãos 
regionais (LÜCK, 2008). 
 
 DECLARAÇÃO MUNDIAL DE EDUCAÇÃO PARA TODOS 
 
Um importante marco de referência de propostas participativas é a 
Declaração Mundial de Educação para Todos, firmada na conferência da 
Tailândia, em 1990. Cada palavra desse documento sugere extrair conclusões 
9 
 
 
e, sobretudo, a partir de cada uma delas, inventar novas ações. Um exemplo 
disso é a determinação de que se reduzam gastos militares para ampliar 
investimentos em educação ou, com a mesma finalidade, efetuar renegociações 
de dívidas externas entre países credores e devedores. Esta Declaração vai 
muito além quanto ao caráter inovador presente em sua visão de educação. 
Dentre suas muitas proposições desafiadoras, três se sobressaem pelo estímulo 
que fazem à criatividade, especialmente pelas implicações quanto à gestão da 
educação. São proposições facilmente aceitas em palavras e dificilmente 
traduzidas em atos. Uma delas é a de um conceito amplo de educação, 
entendida como aquela que se inicia com o nascimento e dura ao longo de toda 
a vida. Com uma concepção tão ampla cabe, à gestão da educação, a tarefa de 
constituir sistemas educacionais que não se resumem a redes escolares, mas 
que articulem estas a um alargado registro de agentes educativos. 
A outra proposição a destacar é a que desloca o ensino da posição central 
que convencionalmente veio ocupando, para colocar em seu lugar a 
aprendizagem. Não se trata de um mero jogo de palavras, mas da admissão de 
que a aprendizagem é plural e que não decorre de forma linear das atividades 
de ensino. É suficiente, para perceber essa mudança de enfoque, notar que se 
costuma chamar as redes escolares de sistemas de ensino – é incomum referir-
se a elas como sistemas de aprendizagem – e uma expressão utilizada 
abundantemente nos meios pedagógicos é “processo de ensino-aprendizagem” 
(com o hífen), o que deixa implícita a relação direta e exclusiva de causa e efeito 
entre esses dois termos. 
 Não menos importante na Declaração é a ligação que ela estabelece 
entre educação e necessidades básicas. Afirmar tal vínculo – a Declaração utiliza 
a expressão “necessidades básicas de aprendizagem” – significa inclusive 
destituir de fundamento a crença de que a simples oferta de escolarização deva 
ser a meta das políticas educacionais. Essa crença dá por suposto que tudo o 
que se ensina e que se exige aprender na escola responde a necessidades das 
populações. 
10 
 
 
 
Uma concepção de educação nesses moldes - ampla e provocadora - é 
incompatível com os costumes mais arraigados que compõem as práticas 
educativas, destacadamente os que se apoiam na ideia reduzida de gestão da 
educação como gestão da educação escolar e, mais precisamente, como gestão 
de unidades escolares. 
As políticas educacionais adotadas por variados governos, em seus três 
níveis, algumas vezes incorporaram a diretriz da democratização da gestão. Isso 
ocorreu nitidamente a partir da primeira metade dos anos de 1980, com a 
retomada das eleições para governadores dos estados, no declínio do regime 
militar. Aquela diretriz chegou a fazer parte da Constituição, em seu artigo 206, 
como um dos princípios que “regem o ensino”: “gestão democrática do ensino 
em estabelecimentos públicos na forma da lei”. 
Os esforços empreendidos nessa direção permaneceram em grande 
medida no leito da tradição que entende a educação estritamente como 
educação escolar, esta como ensino e o ensino dissociado (ou condição remota) 
da satisfação de necessidades básicas. Em consequência, a participação na 
gestão passou a referir-se a cada unidade escolar e não ao universo muito mais 
amplo da política educacional. 
Mesmo para a democratização da gestão da escola, os governos que a 
ela deram alguma atenção concentraram-se na criação de meios institucionais 
de participação nas decisões, envolvendo funcionários/as das escolas 
(docentes, técnicos/as e funcionários/as não docentes), os/as alunos/as e os 
familiares destes/as, em geral, compreendidos na categoria “pais”. Esses 
mecanismos institucionais consistiram principalmente de conselhos escolares ou 
da escolha de diretoras de escolas com alguma forma de eleições nas quais 
11 
 
 
também votam alunos/as e pais. A informação disponível sobre o funcionamento 
desses mecanismos não é muito abrangente nem sistemática. Mas as pesquisas 
que se fizeram a respeito indicaram efeitos muito tímidos da existência desses 
mecanismos ou seu caráter demasiadamente formal. Mais recentemente, 
algumas iniciativas vêm sendo tomadas para tratar a gestão da educação em 
seu sentido amplo. 
 
 GESTÃO DEMOCRÁTICA 
 
 
Conhecida como sociedade do 
conhecimento, a exigência atual é tanto da 
inclusão (a educação como direito de todos/as 
e dever do Estado), quanto de um padrão de 
qualidade que ponha o conhecimento no 
centro das preocupações de uma nação 
emancipada pela pesquisa científica séria, 
crítica e compromissada com os valores democráticos. 
Não precisamos somente de ideias; o debate da educação precisa ser 
principalmente prático, no sentido de refletir, seja através de críticas ou 
proposituras, sobre demanda e compromissos, os quais podem mobilizar 
educadores/as e instituições, na decisão, planejamento e execução de políticas 
de educação. 
Sabe-se, entretanto que aspectos políticos são predominantes quando a 
discussão é educação, uma vez que quereralgum projeto de vida ou algum 
projeto que envolva a sociedade necessita tanto do saber-fazer quanto do poder-
fazer. Afinal, “os saberes, quanto mais universais se proclamam, mais legitimam 
e forçam as concentrações de poderes em políticas autoritárias” (CUNHA, 2006). 
O conceito de gestão democrática pressupõe a ação participativa em que 
as pessoas identificam o problema e procuram resolver esse problema de forma 
12 
 
 
conjunta. Assim, todos constroem as soluções para os problemas identificados 
de forma coletiva a partir da experiência e da partilha de conhecimento. 
Assim, a gestão da escola deve estar orientada e comprometida com o 
processo democrático, ético da educação e com uma sociedade mais justa e 
igualitária. A preocupação maior deve ser uma escola de qualidade para todos, 
ou seja, uma escola inclusiva. Isto porque segundo Skliar (2003, p. 29) “sem o 
outro não seríamos nada [...] porque a mesmidade não seria mais do que um 
egoísmo apenas travestido [...], só ficaria a vacuidade e a opacidade de nós 
mesmos [...].”. 
Muito a sociedade lutou para garantir a gestão democrática como princípio 
constitucional, mas implantá-la é um longo processo que requer diálogo e 
participação coletiva de todos/as os/as envolvidos/as: pais, mães alunos/as, 
docentes, direção colegiada, enfim, a sociedade como um todo, já que os rumos 
da educação transcendem a um governo, são decisões de Estado, em todas as 
suas instâncias – escola, conselhos de educação, secretarias municipais e 
estaduais, Ministério da Educação. 
 
 
Dessa forma, buscar a Gestão Democrática, requer conquistar a própria 
autonomia escolar, visto que, sua trajetória traz a descentralização, o 
crescimento profissional e a valorização da escola, da comunidade e, 
consequentemente, do Gestor e da equipe que está envolvida no processo, que 
13 
 
 
precisa fundamentalmente, de parcerias sólidas e comprometidas com uma 
educação inovadora, no sentido de proporcionar maiores opções de elevar o 
conhecimento de seus alunos, com objetivos pautados em valores humanos que 
engrandeçam ideais e ações humanizadores. 
 
POLÍTICAS PÚBLICAS NA EDUCAÇÃO: QUAIS 
SÃO E QUEM FAZ. 
 
As políticas públicas de educação são programas ou ações que são 
criadas pelos governos para colocar em prática medidas que garantam o acesso 
à educação para todos os cidadãos. 
Além de garantir a educação para todos também é função das políticas 
públicas avaliar e ajudar a melhorar a qualidade do ensino do país. 
As políticas públicas educacionais são ligadas a todas as medidas e 
decisões que são tomadas pelo governo em relação ao ensino e à educação no 
país. 
 
 Quem faz as políticas públicas de educação? 
As políticas educacionais são propostas, estudadas e criadas a partir de 
leis que são votadas pelos membros Poder Legislativo (deputados federais e 
estaduais, senadores e vereadores) em cada uma das esferas de governo: 
federal, estadual e municipal. 
Os membros do Poder Executivo (presidente da República, governadores 
e prefeitos) também podem propor medidas que possam fazer melhorias na área 
da educação. 
A população também pode participar da formação das políticas públicas 
de educação? 
Sim. Os cidadãos podem e devem participar da formação das políticas 
públicas. Em muitos casos a origem das políticas públicas de educação vem de 
14 
 
 
pedidos ou de necessidades que são sugeridas pela população através de 
processos de participação popular. 
Uma das maneiras de participar da criação das políticas públicas é pela 
participação nos conselhos de políticas públicas. Os conselhos são formados por 
representantes do governo e por cidadãos. São espaços de discussão em que 
as pessoas podem dar sua opinião, falar sobre suas necessidades e sugerir 
mudanças que possam trazer mais benefícios para a educação. 
Se na sua cidade não existe um conselho de políticas públicas é possível 
pedir a formação de um, já que a existência dos conselhos é um direito previsto 
na Constituição Federal. 
Política pública são ações sociais coletivas que têm por objetivo à garantia 
de direitos perante a sociedade, envolvendo compromissos e tomadas de 
decisões para determinadas finalidades. É importante saber como são definidas 
algumas atividades que requerem uma avaliação nas etapas de planejamento 
das políticas e instruções governamentais, que geram informações que 
possibilitam novas escolhas na análise para possíveis necessidades de 
reorientações de ações para se alcançar os objetivos traçados. 
Por isso é preciso compreender que: 
“Programa – é um conjunto de atividades constituídas para serem 
realizadas dentro de um cronograma e orçamento específicos disponíveis para 
a criação de condições que permitam o alcance de metas políticas desejáveis” 
(SILVA, 2002, p. 18). 
“Projeto – é um instrumento de programação para alcançar os objetivos 
de um programa, envolvendo um conjunto de operações, das quais resulta um 
produto final que concorre para a expansão ou aperfeiçoamento da ação do 
governo” (GARCIA, 1997, p. 6). 
 
 Políticas públicas de educação no Brasil 
Conheça alguns exemplos de políticas públicas de educação que existem 
no país. 
15 
 
 
 Programa Brasil Alfabetizado 
Desde o ano de 2003, o Programa Brasil Alfabetizado (PBA) vem 
servindo como porta de acesso à cidadania para jovens, adultos e idosos; 
visando combater o analfabetismo no país. 
O programa, que funciona em todo o território nacional tem como seu 
objetivo reverter os índices de analfabetismo, desde jovens de 15 anos a idosos, 
contribuindo com a universalização do Ensino Fundamental no Brasil. 
Se você ainda não conhece a fundo o programa, continue lendo este 
artigo, e saiba como é o funcionamento do Programa Brasil Alfabetizado. 
 
A principal finalidade do PBA é a promoção do combate ao analfabetismo 
entre adolescentes a partir de 15 anos, adultos e idosos. A intuição do programa 
reconhece a educação como direito humano e o donativo público da 
alfabetização como ingressão à escolarização de indivíduos ao longo da vida. 
O Brasil Alfabetizado, por meio de ações também oferece ações, por meio 
de apoios financeiros e técnicos de projetos de alfabetização a este público, 
apresentados pelas cidades, Estados e Distrito Federal. 
As secretarias de Educação dos Estados brasileiros, Distrito Federal e de 
municípios aderem ao programa através do Sistema Brasil Alfabetizado. 
Onde o Brasil Alfabetizado atua 
O PBA está presente em todo o território nacional, com foco em atender 
aos municípios prioritários caracterizados pela alta taxa de analfabetismo. Boa 
16 
 
 
parte das cidades ficam situadas na região Nordeste, abrangendo 90% dos 
locais atendidos. 
Deste modo, os municípios recebem apoio técnico para implantar as 
ações do programa, sempre com a ideia de dar continuidade aos estudos de 
jovens e idosos na categoria de analfabetos. 
A adesão ao programa tem resoluções especificas, apresentadas pelo 
Diário Oficial da União em estados, municípios e no Distrito Federal. 
Números obtidos pelo PBA 
Desde sua criação, em 2003, o programa vem apresentando bons 
números e alfabetizando milhares de brasileiros, com idade entre 15 até à cima 
dos 60 anos. Isso é positivo, pois auxilia na busca de emprego, por exemplo, 
visto que o jovem com o ensino médio completo tem mais chances dentro do 
mercado. 
Até 2012, o Brasil Alfabetizado conseguiu atender mais de 14 milhões de 
jovens e adultos, quantidade essa atendida desde que o programa foi iniciado 
pelo Governo Federal. Somente nesse ano, aproximadamente 1,2 milhões 
alfabetizando com idades variadas foram atendidos pelo PBA, concluindo as 
fases de ensino sabendo ler e escrever. 
Os alfabetizadores 
O Governo Federal dá preferência em contratar professores da rede 
pública de ensino, que recebem uma bolsa auxílio por parte do Ministério da 
Educação. No entanto, qualquer cidadão interessadopode participar do PBA 
como alfabetizador, desde que tenha concluído o ensino médio. 
Para isso, professores e interessados devem efetuar um cadastro junto a 
prefeitura de seus municípios ou com a secretaria de Estado. Eles recebem 
formação adequada para poder trabalhar pelo programa. 
Em 2007 o sistema de bolsas foi reformulado, passando a ser pego pelo 
Governo Federal diretamente na conta corrente do bolsista, tanto para os 
alfabetizadores como também para aqueles que atuam como coordenadores do 
programa. 
17 
 
 
 
 
As bolsas de remuneração são classificadas de I a V, com valores que 
variam de R$ 400,00 a R$ 750,00. O cargo mais alto dentro do programa é 
alfabetizador voltado as turmas em estabelecimentos penais, como a Fundação 
Casa, que se enquadra na bolsa classe V. 
O MEC ainda repassa recursos financeiros aos estados e municípios que 
participam do programa, para financiamento das ações desenvolvidas por que 
englobam a formação dos alfabetizadores, aquisição de material escolar para 
apoio do aluno e professor, itens para alimentação, entre outros. 
Além disso há algumas outras ações complementares voltadas a 
alfabetização e educação para jovens e adultos, como o Programa Educação 
nas Prisões, por exemplo. 
 
 
 
 
 
18 
 
 
 
 Educação para Jovens e Adultos (EJA) 
 
 
A Educação de 
Jovens e Adultos (EJA) é 
uma modalidade de 
ensino, que perpassa 
todos os níveis da 
Educação Básica do 
país. Essa modalidade é 
destinada a jovens e 
adultos que não deram 
continuidade em seus 
estudos e para aqueles que não tiveram o acesso ao Ensino 
Fundamental e/ou Médio na idade apropriada. 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB 9394/96), em seu artigo 
37º § 1º diz: 
Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos 
adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades 
educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus 
interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames. 
Os antigos Cursos Supletivos particulares, que até alguns anos eram a 
única opção para que jovens e adultos cursassem principalmente o Ensino Médio 
(2º grau na época), perderam espaço, embora algumas Instituições continuem 
sendo referência. 
Porém, algumas dessas Instituições (que se dizem reconhecidas pelo 
MEC) passaram a oferecer cursos relâmpagos (com o mesmo currículo do EJA), 
não presencias, ou seja, a distância, com custos elevados. Ao final do prazo 
“prometido” pela Instituição, o educando presta os “exames”. Não são poucas as 
denúncias de fraudes e venda de diplomas falsos. 
19 
 
 
Segundo a LDB, em seu artigo 38º, “os sistemas de ensino manterão 
cursos e exames supletivos, que compreenderão a base nacional comum do 
currículo, habilitando ao prosseguimento de estudos em caráter regular”. 
No mesmo artigo, é definida a idade mínima para a realização dos 
exames: 
- Maiores de 15 anos podem prestar exames para a conclusão do Ensino 
Fundamental. 
- Maiores de 18 anos podem prestar exames para a conclusão do Ensino Médio. 
Adolescentes com idades inferiores as estabelecidas acima devem 
freqüentar as escolas regulares. 
As Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos 
no Ensino Fundamental foram publicadas em três segmentos e estão disponíveis 
no site do MEC. Já o currículo para o EJA no Ensino Médio utiliza como 
referência a Base Nacional Comum, que deve ser complementada por uma parte 
que atenderá a diversidade dos estudantes. 
Muitas vezes as pessoas que se formam nessa modalidade de educação 
são vítimas de diversas espécies de preconceitos. É importante lembrar que a 
maioria das pessoas que frequentam a Educação de Jovens e Adultos são 
comprometidas com a aprendizagem, entendem a importância da educação, 
portanto estão lá por que desejam e/ou precisam. 
Geralmente, as pessoas que se formam nessa modalidade de educação, 
assim como as formadas pelo ensino regular, podem apresentar desempenho 
satisfatório no mercado de trabalho, assim como na continuidade dos estudos, 
inclusive no Ensino Superior. 
 
 
 
 
 
20 
 
 
 Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego 
(PRONATEC) 
 
Programa Nacional de 
Acesso ao Ensino Técnico e 
Emprego (Pronatec) tem como 
objetivo expandir, interiorizar e 
democratizar a oferta de cursos 
técnicos e profissionais de nível 
médio, e de cursos de formação 
inicial e continuada para 
trabalhadores. A medida intensifica 
o programa de expansão de 
escolas técnicas em todo o país. Além das 81 unidades que estão em execução 
e devem ser inauguradas neste e no próximo ano, o Governo Federal deve 
anunciar nos próximos dias outras 120. Com as 140 existentes até 2002, mais 
as 214 inauguradas no governo anterior, a rede federal deverá contar com cerca 
de 600 unidades escolares administradas pelos 38 institutos federais de 
educação, ciência e tecnologia e um atendimento direto de mais de 600 mil 
estudantes, em todo o país. 
Além disso, o Pronatec visa a ampliação de vagas e expansão das redes 
estaduais de educação profissional. Ou seja, a oferta, pelos estados, de ensino 
médio concomitante com a educação profissional. Esta ação será abarcada pelo 
programa Brasil Profissionalizado, parte do Plano de Desenvolvimento da 
Educação (PDE), que teve a adesão das 27 unidades da federação. Os recursos 
serão repassados para construção, reforma, ampliação de infraestrutura escolar 
e de recursos pedagógicos, além da formação de professores. 
 
 Programa Universidade Para Todos (PROUNI) 
O PROUNI – Programa Universidade Para Todos promove o acesso às 
universidades particulares brasileiras para estudantes de baixa renda que 
21 
 
 
tenham estudado o ensino médio exclusivamente em escola pública, ou como 
bolsista integral em escola particular. 
 
Criado em 2004 e oficializado em 13 de janeiro de 2005 pelo Governo 
Federal, com a Lei 11.096, o PROUNI realiza importante trabalho de inclusão 
social pela concessão de bolsas de estudos de 50% e de 100% em instituições 
de ensino superior privadas, em cursos de graduação e sequenciais de formação 
específica. Para requerer uma bolsa do PROUNI o candidato é obrigado a 
prestar o ENEM – Exame Nacional de Ensino Médio (que avalia as habilidades 
e competências dos estudantes que concluíram o ensino médio) e obter média 
mínima de 450 pontos e nota maior que zero na redação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
 
 MEDIOTEC 
 
 
É um programa que oferece cursos 
de ensino técnico dedicado aos 
estudantes que estão cursando ensino 
médio nas escolas públicas estaduais. 
O MEDIOTEC é uma ação do 
Pronatec/Bolsa Formação que visa a 
oferta de cursos técnicos concomitantes 
ao ensino médio para alunos 
regularmente matriculados nas redes 
públicas de educação. A oferta será 
realizada no contra turno em que o aluno 
cursa o ensino médio regular. 
Os alunos matriculados no Ensino Médio das escolas públicas de 22 
municípios mineiros já podem se inscrever para um dos 10 cursos técnicos que 
serão ofertados a distância pela Universidade Federal de Viçosa – Campus 
Florestal. Os cursos são gratuitos e serão realizados em concomitância com a 
Rede Estadual de Educação. 
A parceria faz parte do Programa MEDIOTEC lançado pelo Governo 
Federal. O Ministério da Educação foi o responsável pela definição dos 
municípios e cursos que compõe a oferta de cada instituição. 
A Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais foi a responsável 
pela seleção dos alunos. 
 
 
 
 
http://www.ead.caf.ufv.br/wp-content/uploads/MEDIOTEC-FINAL-1.png
23 
 
 
 Programa Escola Acessível 
 
 
 
O programa foi criado aumentar a acessibilidade no ambiente escolar da 
rede pública de ensino. Oferece informação e recursos de ensino para melhorar 
o aprendizado de estudantes com necessidades especiais. 
Objetivo: Promover condições de acessibilidadeao ambiente físico, aos 
recursos didáticos e pedagógicos e à comunicação e informação nas escolas 
públicas de ensino regular. 
Ações:O Programa disponibiliza recursos, por meio do Programa 
Dinheiro Direto na Escola - PDDE, às escolas contempladas pelo Programa 
Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais. No âmbito deste programa 
são financiáveis as seguintes ações: 
Adequação arquitetônica: rampas, sanitários, vias de acesso, instalação 
de corrimão e de sinalização visual, tátil e sonora; 
Aquisição de cadeiras de rodas, recursos de tecnologia assistiva, 
bebedouros e mobiliários acessíveis; 
 
Como acessar: As escolas contempladas, conforme relação anual publicada 
em Resolução FNDE/PDDE – Escola Acessível, efetivam cadastro no Sistema 
Integrado de Monitoramento, Execução e Controle do Ministério da Educação - 
24 
 
 
SIMEC, onde inserem o plano de atendimento contendo o planejamento de 
utilização dos recursos. 
 
 Apoio à Formação Superior e Licenciaturas Interculturais 
Indígenas (PROLIND) 
 
 
O Programa de Apoio à Formação 
Superior e Licenciaturas Interculturais 
Indígenas (PROLIND) é 
um programa realizado pelo Ministério da 
Educação (MEC), numa iniciativa conjunta de 
duas de suas secretarias, a Secretaria de 
Educação a Distância, Alfabetização e Diversidade (Secad) e a Secretaria de 
Ensino Superior (SESU). O principal objetivo do programa é apoiar 
financeiramente cursos de licenciatura especificamente destinados à formação 
de professores de escolas indígenas, as chamadas licenciaturas indígenas ou 
licenciaturas interculturais. 
O processo de criação do programa envolveu a ação de diversos atores 
durante o início da década de 2000. A Comissão Nacional de Educação Escolar 
Indígena (CNEEI), na época denominada Comissão Nacional dos Professores 
Indígenas (CNPI) passou a reivindicar junto ao MEC a criação de políticas de 
apoio à formação universitária de professores de escolas indígenas. Tais 
reivindicações consistiam principalmente na demanda por introduzir 
no Programa Diversidade na Universidade (primeira iniciativa do MEC no 
sentido de criar uma política pública ligada ao acesso diferenciado de minorias 
étnico-raciais, iniciado no ano de 2003 a partir da participação do governo 
brasileiro na Conferência de Durban no ano anterior) mecanismos de apoio à 
formação superior indígena, para além do financiamento de cursos pré-
vestibulares a alunos indígenas realizado até então. 
25 
 
 
O movimento pela criação dessa política ganhou corpo no ano de 2004, a 
partir da contratação pela SESU de Renata Bondim, assessora da Organização 
das Nações Unidas, para a Educação, a Ciência e a Cultura 
(UNESCO) responsável por promover o debate com universidades, movimentos 
sociais e governo em torno do tema do ensino superior indígena e da criação, 
pelo MEC, da Comissão Especial para Formação Superior Indígena (CESI), 
composta por organizações governamentais e não governamentais. Tal 
comissão foi responsável por elaborar no ano de 2005 as diretrizes político 
pedagógicas do PROLIND, que passou a vigorar a partir da publicação do edital 
n.º 5/2005/ SESU/Secad-MEC. 
O PROLIND não constitui uma política de apoio permanente, sendo a 
liberação de fluxos financeiros condicionada pela criação de editais que 
selecionam os projetos das universidades públicas interessadas. Foram 
lançados até hoje três instrumentos jurídicos desse tipo (o já mencionado edital 
de 2005, o edital de 2008 e o edital de 2009), que por sua vez já contemplaram 
20 institutos de ensino superior. O MEC estima que 1564 professores indígenas 
estavam em formação no ano de 2010 em cursos financiados pelo PROLIND. A 
seleção dos projetos é feita por um Comitê Técnico Multidisciplinar, formado por 
representantes da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), da Associação 
Brasileira de Antropologia (ABA), da Associação Brasileira de Lingüística 
(ABRALIN), do Fórum Brasileiro de Pró-Reitores de Graduação e, no edital 
de 2005, pelo ex-conselheiro do Conselho Nacional de Educação (CNE), Jamil 
Cury. 
Inicialmente, o edital de 2005 previa também o apoio a projetos que 
visassem a permanência de estudante indígenas em cursos regulares, mas nos 
editais seguintes tal eixo de financiamento deixou de existir. Os recursos 
financeiros desse primeiro edital vieram, em parte do Programa Diversidade na 
Universidade, apoiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e 
em parte com recursos da SESU. 
No ano de 2006, o MEC realizou, juntamente com o Programa Trilhas de 
Conhecimentos, a FUNAI, a Universidade de Brasília (UnB), e outros 
parceiros, o Seminário Nacional de Avaliação do PROLIND, onde foram 
26 
 
 
discutidas as primeiras experiências de cursos de licenciatura indígena e 
elaboradas demandas para políticas públicas na área. 
 
 Programa Caminho da Escola 
 
 
 
 
 
O Programa criado para melhorar e aumentar a frota de veículos que faz 
o transporte escolar nas redes de ensino estaduais e municipais. 
O programa Caminho da Escola objetiva renovar, padronizar e ampliar a 
frota de veículos escolares das redes municipal, do DF e estadual de educação 
básica pública. Voltado a estudantes residentes, prioritariamente, em áreas 
rurais e ribeirinhas, o programa oferece ônibus, lanchas e bicicletas fabricados 
especialmente para o tráfego nestas regiões, sempre visando à segurança e à 
qualidade do transporte. 
A quem se destina? 
Estudantes da rede pública de educação básica. Gestores educacionais 
são os responsáveis pela aquisição dos veículos. 
Como acessar? 
Existem três formas para entes federativos adquirirem veículos do 
Caminho da Escola: assistência financeira do FNDE no âmbito do Plano de 
27 
 
 
Ações Articuladas (PAR), conforme disponibilidade orçamentária consignada na 
Lei Orçamentária Anual; recursos próprios; e linha de crédito do BNDES (exceto 
para bicicletas). 
De qualquer forma, devem aderir à ata respectiva no Sistema de 
gerenciamento de Adesão a Registro de Preços – Sigarp 
(www.fnde.gov.br/sigarpweb). 
 
 Educação em Prisões 
 
 
É um programa 
educativo de apoio financeiro 
e técnico para dar ensino a 
jovens e adultos que 
cumprem pena no sistema 
prisional. Assegurar à 
pessoa em situação de 
privação de liberdade no 
sistema prisional paulista o 
direito à educação básica é o objetivo da Secretaria da Educação por meio do 
programa de Educação nas Prisões. O ensino é oferecido em unidades prisionais 
do Estado em parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP). 
A modalidade de ensino é a Educação de Jovens e Adultos (EJA), em 
consonância com a legislação nacional. São utilizados os materiais da EJA da 
rede estadual, “EJA Mundo do Trabalho”, em articulação com o Currículo do 
Estado de São Paulo. 
As classes de EJA, de Ensino Fundamental e Ensino Médio, que 
funcionam nas unidades prisionais são vinculadas a uma escola estadual mais 
próxima à unidade prisional, como prevê a Resolução Conjunta SE-SAP 2/2016. 
 
28 
 
 
 Programa Brasil Profissionalizado 
 
 
 
 
O Programa Brasil Profissionalizado tem por objetivo conceder apoio 
financeiro às redes públicas de ensino dos estados e do Distrito Federal, com 
vistas a contribuir para o fortalecimento e expansão da educação profissional e 
tecnológica. 
Por meio do Programa é viabilizada a construção, a reforma e a 
modernização de unidades escolares, incluindo a aquisição de equipamentos, 
mobiliários e laboratórios. 
Além disso, propicia o financiamento de recursos pedagógicos e de 
formação e qualificação dos profissionais da educação. 
Todo o suporte do Programa tem por propósito criar as condições para a 
articulação entre formação geral e educação profissional no contexto dos 
arranjos produtivos e das vocações locais e regionais. 
Público 
 
Criado em 2007, por meio do Decreto nº 6.302 de 12 de dezembro, seu público-
29alvo são os jovens e adultos que acessam escolas públicas estaduais e distritais 
ofertantes de ensino médio integrado com a educação profissional e tecnológica. 
Como funciona 
 
O Programa presta assistência financeira às ações de expansão e fortalecimento 
das redes estaduais ofertantes do ensino médio integrado à educação 
profissional e tecnológica, mediante seleção e aprovação de propostas, 
formalizadas por meio de acordo, na forma da legislação aplicável, viabilizando: 
 a construção e ampliação de unidades escolares; 
 a reforma e modernização de unidades escolares; 
 a aquisição de equipamentos, mobiliários e laboratórios e; 
o financiamento de recursos pedagógicos e de formação e qualificação 
dos profissionais da educação. 
No âmbito de sua execução, cabe à Secretaria de Educação Profissional 
e Tecnológica do Ministério da Educação (Setec/MEC), a coordenação, o 
monitoramento e a avaliação das ações do Programa. 
Ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) compete a 
responsabilidade pelo acompanhamento da execução físico-financeira dos 
convênios. 
 
GESTÃO ESCOLAR DE QUALIDADE 
 
Sabemos que, na hora de administrar uma instituição de ensino, cabe ao 
gestor escolar tomar as decisões corretas para que os resultados positivos 
apareçam. Portanto, as mudanças necessárias em uma escola que beneficiem 
os alunos e professores que passam sempre pelas mãos de quem faz uma 
gestão escolar de qualidade. 
30 
 
 
De fato, a manutenção dos dados, informações, relatórios, e demais 
questões que envolvem a gestão de uma instituição de ensino faz parte da rotina 
do gestor escolar, que precisa adotar em seus processos algumas 
características que levem seu trabalho rumo à eficiência. 
A Gestão escolar é um sistema de organização da escola que envolve 
todos os setores que se relacionam com as práticas escolares. 
Seu foco principal está no desenvolvimento socioeducacional eficaz da 
instituição, com orientação voltada para atingir resultados, motivar equipes e 
lideranças, e alcançar os objetivos com ênfase na qualidade do currículo. 
A seguir, vamos falar dos seis principais pilares que constituem a gestão 
das escolas e cursos, cujas atuações visam autonomia administrativa, financeira, 
pedagógica e otimização de tempo e processos nas instituições de ensino. 
 
 
 Gestão pedagógica 
Nada mais é que a 
organização, planejamento e 
administração da área educativa. 
Uma vez que se relaciona 
diretamente à atividade fim do setor 
educacional, é o pilar mais 
importante da gestão de escolas e 
cursos. Sejam eles 
profissionalizantes, cursos livres, 
cursos de idiomas ou de ensino superior. 
 
 
 
 
31 
 
 
 
 Gestão administrativa 
 
Cuida da instituição como 
estrutura física, como o prédio, os 
equipamentos, materiais necessários 
para o funcionamento das aulas e dos 
projetos propostos pela gestão 
pedagógica. Esta parte tem também a 
missão de zelar pelos bens e garantir 
que sejam bem utilizados em prol do 
ensino. 
 
 
 Gestão financeira 
 
Ela organiza o orçamento da 
instituição e se responsabiliza em 
distribuir de forma ordenada a verba 
para os diferentes setores da escola. 
Cuida da parte financeira da instituição, 
como o cálculo de custos, o fluxo de 
caixa e a inadimplência sob controle. 
Ela deve andar de mãos dadas com a 
gestão administrativa para que todos os 
gastos sejam dimensionados de 
maneira correta. 
 
 
 
32 
 
 
 Gestão de recursos humanos 
 
 É responsável pela 
organização e distribuição de 
tarefas de pessoal, e por manter o 
bom relacionamento entre todas 
as partes. A principal missão da 
gestão de recursos humanos é 
motivar as equipes e garantir que 
todos estejam satisfeitos. 
Consequentemente, terão um 
bom rendimento de suas 
atividades. 
 Gestão da comunicação 
 
Está diretamente relacionada 
com a gestão escolar de recursos 
humanos, mas ela não se basta 
apenas em garantir que os 
colaboradores estejam satisfeitos e 
motivados. Ela se projeta para além 
dos muros das instituições e envolve 
toda a comunidade escolar, como os 
responsáveis dos alunos. É também 
competência desta área mantê-los informados sobre as atividades da instituição. 
 
 
 
 
 
33 
 
 
 Gestão de tempo e eficiência dos processos 
 
Todos os setores da escola 
funcionam como uma engrenagem 
de um relógio. Se algo não funciona 
ou funciona mal, gera atrasos ou até 
a parada dos ponteiros. Manter os 
olhos e ouvidos bem atentos, prestar 
atenção e planejar todas as etapas 
dos processos é importante para os 
gestores conseguirem identificar quais engrenagens atrasam ou prejudicam 
cada setor. A gestão de tempo e eficiência dos processos está diretamente 
relacionada com a produtividade dos setores. 
 
PROJETO POLITICO PEDAGOGICO 
 
Em termos gerais, trata-se de um documento que norteia as bases de 
ações da instituição. Ele assumirá as diretrizes da instituição como compromisso 
de gestão escolar participativa. Esse documento tem uma longa história. 
Simultaneamente, tem comprovada importância para o bom desenvolvimento 
das diretrizes de educação. 
A partir da década de 1980 o Fórum Nacional em Defesa da Escola 
Pública iniciou um processo que pudesse instituir uma gestão democrática no 
ensino. Isto proporcionou uma autonomia escolar. Além de ter gerado diversas 
consequências positivas, como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação 
Nacional (LDB), em 1996. 
De acordo com os artigos 12 a 14 da LDB, a escola tem autonomia para 
determinar qual será o seu PPP e a estrutura que será seguida. O documento é 
encaminhado posteriormente para a secretaria de ensino e deverá ser revisado 
pela instituição de ano em ano. 
34 
 
 
O nome se refere aos planos de ações futuros que a escola pretende 
executar quanto às situações apresentadas, seja em curto, médio ou longo 
prazo. Outro ponto são as diretrizes políticas, partindo do princípio que o 
ambiente forma cidadãos conscientes de suas responsabilidades. E por fim com 
a parte acadêmica, mostrando quais serão os recursos necessários para suprir 
essa demanda. 
O PPP vai contemplar todo o trabalho desenvolvido na instituição ao longo 
do ano letivo. Ele é o norte, a direção a seguir, e, por isso, deve ser elaborado 
de acordo com a realidade da escola. Posteriormente é necessário ver a 
realidade da comunidade na qual ela está inserida. O objetivo é garantir que ele 
seja útil e possa servir a seu propósito. 
É fundamental que o PPP seja anualmente atualizado para que possa ser 
mantido vivo dentro da instituição, pois é a partir dos indicadores trazidos por ele 
que a escola terá a consciência empresarial da verdadeira necessidade de 
determinar e executar um plano de ação que lhe traga reais vantagens. 
Entretanto, infelizmente, é comum vê-lo engavetado e tornando-se um 
instrumento meramente burocrático. 
Uma situação comum que merece atenção é que os indicadores precisam 
servir para identificar os problemas e trabalhar em soluções. Quer dizer, a escola 
precisa saber o que fazer com os dados que consegue obter para chegar em 
melhores resultados. 
Uma escola que pretende proporcionar uma educação eficiente e de 
qualidade deve ter a consciência da importância que o PPP tem. É um caminho 
flexível e que se adapta às necessidades que os alunos e a própria instituição 
apresentam e pode ajudar bastante na tomada de decisões estratégicas. 
Em princípio, o PPP deve conter as informações gerais que identificam a 
escola. É essencial, também, que descreva a missão, caracterização da 
clientela, informações sobre a aprendizagem, recursos, composição do corpo 
administrativo e docente, composição do conselho de pais e mestres, e planos 
de ação estratégicos. 
35 
 
 
Deve reunir, ainda, outras informações igualmente importantes, como a 
forma de avaliação dos alunos, os projetos que serão desenvolvidos ao longo do 
ano,temas geradores de debates e as aulas ou redes temáticas para serem 
desenvolvidas nas aulas ministradas pelos professores. 
Como complemento, deve conter o método de ensino, os nomes dos 
autores em que se baseia o processo de aprendizagem, qual o modelo 
pedagógico da escola e como esse trabalho será desenvolvido por ela. Ou seja, 
o PPP vai desenvolver tanto uma avaliação geral da educação, como as etapas 
a serem seguidas durante o ano. 
Importante lembrar que o Projeto Político-Pedagógico da escola é um guia 
para a execução das atividades e deve manter a flexibilidade necessária para 
lidar com imprevistos. Além disso, é relevante conter os métodos da escola para 
gerenciamento de crises e especificações para lidar com eventuais problemas 
que são possíveis de serem previstos. 
 Basicamente, o Projeto Político Pedagógico vai reunir sete 
itens, que podem ser divididos em capítulos da seguinte 
forma: 
36 
 
 
 
 
 
Identificação da escola 
Nessa parte inicial, devem constar os dados gerais sobre a escola, tais 
como CNPJ, endereço, entidade mantenedora, nome do diretor e do 
coordenador pedagógico, membros da equipe de elaboração do PPP, além da 
caracterização: se a escola atende ao ensino fundamental, médio e/ou técnico, 
horários de atendimento, turnos etc. 
A identificação da escola é essencial, visto que o Projeto Político-
Pedagógico é um documento oficial que deverá ser registrado na Secretaria de 
Educação da unidade federativa da escola. Logo, é parte integrante dos 
requisitos mínimos para a validade do documento. 
 
 
37 
 
 
 
Missão 
A missão se refere aos valores e princípios sobre os quais a escola se 
baseia. Essa parte do documento pode iniciar com um histórico da instituição, 
desde a sua fundação, por quais mudanças passou, entre outras informações 
relevantes que reforcem as suas diretrizes. 
A missão em si costuma se resumir a uma frase que designa o objetivo 
primário da instituição, considerando o modelo pedagógico utilizado e o que se 
deseja alcançar em relação aos alunos, comunidade e própria equipe. 
Como os valores e princípios tendem, ao longo do tempo, a se consolidar, 
essa é uma parte do PPP que não precisa ser reajustada anualmente — a não 
ser que a escola passe por mudanças significativas em sua missão naquela 
comunidade. No entanto, não se deve engessar a instituição com base no seu 
histórico, pois toda escola precisa estar aberta a evolução e melhorias. 
 
 
Contexto 
O contexto no qual a escola está inserida influencia diretamente no seu 
PPP. Conhecer a realidade no seu entorno é fundamental para definir metas e 
objetivos do projeto. É preciso ter um panorama da comunidade, e isso envolve 
a análise de dados e pesquisa de campo demográfica, assim como colher 
informações relevantes entre os próprios alunos. 
A equipe de elaboração do PPP pode, por exemplo, fazer um 
levantamento de informações básicas, utilizando as fichas de matrícula dos 
alunos e, a partir daí, elaborar uma pesquisa para obter informações mais 
específicas, como a situação socioeconômica das famílias e da comunidade ao 
redor. 
É o momento, também, de firmar compromisso com as famílias, deixando 
claro o que a escola tem a oferecer e o que espera da comunidade escolar. Isso 
38 
 
 
também fornece importantes informações para eventuais ações de marketing 
educacional e subsídios para lidar melhor com questões externas. 
Indicativos sobre aprendizado 
Essa parte do documento interessa diretamente aos pais, que procuram 
indicativos para saber de que qualidade é o ensino na instituição. Portanto, 
entram nesse tópico o número atualizado de alunos na escola (total e por 
segmento), as taxas de reprovação, a média de notas, o desempenho nas 
avaliações governamentais, os prêmios recebidos (quando houver) entre outros. 
Os indicativos sobre aprendizado são igualmente importantes para 
delimitar planos de ação da gestão escolar e pedagógica da instituição de 
ensino. Com base neles, é possível verificar o que é passível de melhora, as 
áreas de risco e os campos de incentivo, por exemplo. 
 
Recursos 
Os recursos, nesse caso, não se referem apenas às questões e métricas 
financeiras. Esses podem estar citados, mas o importante são os recursos 
humanos, ou seja, quantos e quem são os professores e demais funcionários, 
qual a infraestrutura da escola e os recursos tecnológicos para atender à 
necessidade de aprendizado dos alunos. 
Isso ajuda no mapeamento de alocação de recursos e nas formas de 
otimizar os gastos. É possível, por meio desse tópico, tornar os gastos e 
despesas mais eficientes, planejar melhor as compras, ser mais eficaz na 
construção dos horários de aulas etc. 
Diretrizes pedagógicas 
Aqui são detalhadas as diretrizes da escola, tais como o modelo 
pedagógico: tradicional, democrático, construtivista etc. Deve-se explicar o que 
está previsto no currículo para cada nível ou etapa escolar, o que permite uma 
construção mais sólida da estrutura pedagógica da instituição. 
Cabe lembrar que a base curricular é nacional, porém, devido às 
características regionais, cada instituição também tem liberdade para construir 
39 
 
 
sua grade de disciplinas e focar mais ou menos em determinados temas. Nessa 
hora, a participação dos professores de cada área na elaboração do documento 
é fundamental, com coordenações atuantes. 
Plano de ação 
Por último, mas não menos importante, entra o plano de ação. O PPP 
deve conter as propostas de ações que serão executadas para que a instituição 
alcance seus objetivos e metas. Qual o caminho que será percorrido para que, 
no final do ano, haja 100% de aprovação, por exemplo. Ou que índices de 
qualidade precisam superados, são exemplos dessa reflexão. 
O conjunto desses dados é que vai determinar quais são os caminhos que 
a instituição pretende seguir e os prazos que serão estipulados para isso. O 
documento deve ficar disponível para as pessoas que participaram e na 
incumbência dos diretores de compilar os dados e concluir essa documentação. 
 
 Como elaborar o PPP? 
Para que o Projeto Político-Pedagógico tenha a eficiência desejada para 
o desenvolvimento da escola, é preciso saber de que forma deve ser elaborado. 
Ou seja, quais as melhores práticas que devem ser adotadas. Veja abaixo! 
 
40 
 
 
 
 
Conhecimento regional 
Toda escola nasce com o propósito de instruir e formar cidadãos dentro 
da comunidade que está sendo inserida. Sendo assim, é imprescindível que seja 
feita uma análise dos motivos da existência de uma instituição de ensino naquele 
ambiente. 
A equipe escolar deve verificar se a comunidade é carente ou não. Isto é, 
qual o poder aquisitivo das famílias, assim como os costumes, moradias, enfim! 
Tudo que indique o contexto socioeconômico do entorno da escola. 
Estando isso claro, passa a ser observado qual o contexto social que 
aquela instituição pode proporcionar à comunidade que se encontra. Os 
objetivos estratégicos devem ter total clareza para que a instituição consiga 
alcançá-los, considerando ainda prazos de implantação. 
 
Participação colaborativa 
Na teoria, esse documento deveria ser elaborado por todos que 
contribuem para o crescimento e desenvolvimento da instituição. Ou seja: pais, 
41 
 
 
mestres, coordenação, diretoria etc. Isso acontece naturalmente em uma gestão 
participativa. 
Infelizmente, é comum muitos gestores optarem pela elaboração por meio 
de consultores externos ou cópias compradas de outros estabelecimentos 
estudantis. O ideal seria que sua execução fosse algo colaborativo. Por mais que 
a escola tenha a autonomia de fazer o que acha necessário dentro da construção 
desse documento. Isto é, de responsabilidade de várias pessoas e de diferentes 
competências e atribuições. 
 
Plano de ação a partir da matrícula 
Vários indicadores podem ser formulados a partir do momento em que 
a matrícula é efetivada. Esses dados,por conseguinte, serão muito úteis na 
confecção do Projeto Político-Pedagógico da escola. 
Por meio da matrícula, a escola consegue mapear a localização dos 
alunos para prever, por exemplo, se pode ou não ocorrer evasão escolar e quais 
as ferramentas necessárias para controlar isso. 
Além disso, o plano de ação pode lidar com a potencial inadimplência 
escolar, ao já estabelecer meios e táticas para melhor cobrança. Aqui entram as 
diversas estratégias usadas para aumentar a adimplência. 
A escola deve fazer um diagnóstico interno. Portanto, é necessário 
identificar em qual contexto aquela instituição está inserida perante a sociedade 
e o papel dela como ambiente de ensino. Além de quais serão as ações a serem 
tomadas para galgar resultados melhores. 
Lembre-se de que o PPP deve ser flexível. Ele apenas indica qual direção 
seguir, mas deve ser aberto à críticas e contribuições. 
 
42 
 
 
 
A LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO 
NACIONAL E AS POLÍTICAS PARA EDUCAÇÃO BÁSICA 
 
 
As políticas de educação são garantidas pela Constituição Federal e por 
outras leis, como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (lei nº 
9.394/96). 
O direito dos cidadãos de ter acesso à educação é garantido pela 
Constituição Federal no artigo 205: 
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será 
promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno 
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua 
qualificação para o trabalho. 
 
A (LDB 9394/96) é a legislação que regulamenta o sistema educacional 
(público ou privado) do Brasil (da educação básica ao ensino superior). 
Na história do Brasil, essa é a segunda vez que a educação conta com 
uma Lei de Diretrizes e Bases da Educação, que regulamenta todos os seus 
níveis. A primeira LDB foi promulgada em 1961 (LDB 4024/61). 
43 
 
 
A LDB 9394/96 reafirma o direito à educação, garantido pela Constituição 
Federal. Estabelece os princípios da educação e os deveres do Estado em 
relação à educação escolar pública, definindo as responsabilidades, em regime 
de colaboração, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios. 
Segundo a LDB 9394/96, a educação brasileira é dividida em dois níveis: a 
educação básica e o ensino superior. 
Educação básica: 
 Educação Infantil – creches (de 0 a 3 anos) e pré-escolas 
(de 4 e 5 anos) – É gratuita, mas não obrigatória. É de competência dos 
municípios. 
 Ensino Fundamental – anos iniciais (do 1º ao 5º ano) e anos 
finais (do 6º ao 9º ano) – É obrigatório e gratuito. A LDB estabelece que, 
gradativamente, os municípios serão os responsáveis por todo o ensino 
fundamental. Na prática os municípios estão atendendo aos anos iniciais 
e os Estados os anos finais. 
 Ensino Médio – O antigo 2º grau (do 1º ao 3º ano). É de 
responsabilidade dos Estados. Pode ser técnico profissionalizante, ou 
não. 
 
Ensino Superior: 
 É de competência da União, podendo ser oferecido por 
Estados e Municípios, desde que estes já tenham atendido os níveis pelos 
quais é responsável em sua totalidade. Cabe a União autorizar e fiscalizar 
as instituições privadas de ensino superior. 
A educação brasileira conta ainda com algumas modalidades de 
educação, que perpassam todos os níveis da educação nacional. São elas: 
 Educação Especial – Atende aos educandos com 
necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino. 
44 
 
 
 Educação a distância – Atende aos estudantes em tempos 
e espaços diversos, com a utilização de meios e tecnologias de 
informação e comunicação. 
 Educação Profissional e Tecnológica – Visa preparar os 
estudantes a exercerem atividades produtivas, atualizar e aperfeiçoar 
conhecimentos tecnológicos e científicos. 
 Educação de Jovens e Adultos – Atende as pessoas que não 
tiveram acesso à educação na idade apropriada. 
 Educação Indígena – Atende as comunidades indígenas, de 
forma a respeitar a cultura e língua materna de cada tribo. 
Além dessas determinações, a LDB 9394/96 aborda temas como os 
recursos financeiros e a formação dos profissionais da educação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
 
A educação brasileira está longe de chegar ao seu objetivo de se igualar 
ao patamar mundial, mas devemos fazer a nossa parte em ajudar e a lutar para 
que as leis sejam postas em pratica. Muitos programas para escola e professor 
estão disponíveis pelo governo, para que possamos fazer nossa parte e melhorar 
o rumo da educação. Ao governo cabe investir cada vez mais na educação, pois 
o investimento feito até agora não foi o suficiente para melhorar a qualidade de 
educação brasileira. 
Se não foi possível afirmar que os problemas da educação no país podem 
ser resolvidos com as mudanças adotadas, entretanto não se pode afirmar que 
também nada tem foi e tem sido feito para alterar a situação. Com as reformas 
educacionais destacamos que as crianças têm a oportunidade de estar na escola 
por um período maior de tempo, se socializam melhor com as outras crianças, 
criando maiores oportunidades de brincar e inserir-se num contexto cultural 
novo. O ensino médio tem como principal objetivo ser um complemento do 
ensino fundamental e preparar o jovem para o mercado de trabalho e ensino 
superior, entretanto muito ainda deve ser feito para que haja menos evasão 
escolar nesse período. 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
 
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DEFICIÊNCIA 
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DESSAS PESSOAS, DISCIPLINA A ATUAÇÃO 
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