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introdução
Introdução
Olá, caro(a) aluno(a)! Seja bem-vindo(a) à primeira unidade do livro Literatura Infantil. Nesta
unidade, discutiremos temas importantes e introdutórios. Iniciaremos com um breve panorama da
Literatura Infantil. Voltaremos no tempo e descobriremos como se deu o início da literatura voltada
para as crianças e os seus desdobramentos ao longo dos séculos.
Na sequência de nossos estudos, faremos uma parada e conversaremos sobre o trabalho de La
Fontaine, um dos primeiros fabulistas. Faremos, então, uma viagem ao Oriente Médio para
abordaremos o clássico Mil e Uma Noites e as adaptações dessa obra aqui no Brasil, em especial.
LITERATURALITERATURA
INFANTILINFANTIL
Me. Hellyery Agda Gonçalves da S ilva
INICIAR
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Por �m, conversaremos sobre um gênero muito importante e diretamente relacionado à criança: os
Contos de Fadas, os quais são revisitados, adaptados e readaptados, contribuindo para o ensino-
aprendizagem, por terem um caráter pedagógico.
Convido você, caro(a) aluno(a), a mergulhar nesta aventura pela história comigo. Vamos nessa?
Desejo-lhe bons estudos!
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Caro(a) aluno(a), iniciaremos nossa unidade comentando sobre a importância da Literatura Infantil
para o desenvolvimento da leitura nas crianças. Também, discutiremos os meios que o docente
pode utilizar para a promoção da leitura em sala de aula. Considerando que toda a �cção pode ser
considerada literatura, o texto literário cria a �cção. Este texto liga-se ao mundo real, porém é capaz
de criar seres, universos, situações imaginárias etc.
No que se refere à Literatura Infantil, trata-se de uma fonte inesgotável de conhecimento e
informação, visto que traz ao pequeno leitor momentos de alegria, imaginação e aprendizado. Nas
últimas décadas, a Literatura Infantil vem sendo objeto de estudo, cujo intuito é apresentar
re�exões sobre a importância da leitura desde as etapas iniciais de escolarização, bem como
apresentar alternativas e orientações aos docentes de como realizar um trabalho mais sistemático
e interacionista, com obras literárias voltadas ao público infantil.
Para um trabalho efetivo de leitura com crianças, faz-se necessário propiciar a elas momentos
lúdicos e prazerosos no manuseio e na apreensão dos textos literários, tendo em vista o estímulo à
alfabetização e ao letramento, já nos anos escolares iniciais. Considerando esse processo, a
Literatura Infantil pode ser vista como um recurso fundamental para a formação do indivíduo,
tornando-o mais crítico e desenvolvendo nele valores morais.
Ler o mundo, ouvir histórias são fatores que in�uenciam na formação do leitor, uma vez
que a formação do leitor se inicia nas suas primeiras leituras de mundo, na prática de
ouvir histórias narradas oralmente ou a partir de textos escritos, na elaboração de
signi�cados e na descoberta de que as marcas impressas produzem linguagem
(CORSINO, 2009, p. 57).
Assim, a literatura é uma grande auxiliadora no processo de alfabetização e letramento, pois facilita
o aprendizado e contribui para o desenvolvimento da criatividade, da imaginação e do prazer pela
leitura. Quando o docente insere a literatura como um meio de promoção da aprendizagem,
concomitantemente está inserindo a criança em um mundo de aprendizagem lúdica e prazerosa.
Segundo o ponto de vista de Zilberman (1985, p. 22):
A literatura sintetiza, por meio dos recursos da �cção, uma realidade, que tem amplos
pontos de contato com o que o leitor vive cotidianamente. Assim, por mais exacerbada
que seja a fantasia do escritor ou mais distanciadas e diferentes as circunstâncias de
espaço e tempo dentro das quais uma obra é concebida, o sintoma de sua
Panorama da Literatura InfantilPanorama da Literatura Infantil
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sobrevivência é o fato de que ela continua a se comunicar com o destinatário atual,
porque ainda fala de seu mundo, com suas di�culdades e soluções, ajudando-o, pois, a
conhecê-lo melhor.
Considerando o exposto, é imprescindível que o docente consiga despertar o gosto pela leitura na
criança, uma vez que é dimensão essencial na vida de todo o indivíduo, pelo único fato de que “[...]
quando lemos estamos exercitando a mente, aguçando nossa inteligência” (TELES; SOARES, s/d., p.
3), bem como desenvolvendo nossa concepção de mundo.
Figura 1.1 - Estratégia para a promoção da leitura em sala de aula
Fonte: Graham Oliver / 123RF.
Por meio da literatura, a criança é estimulada a vivenciar situações que estão, muitas vezes, fora de
sua realidade. Nas palavras de Pinati et al. (2017, p. 51):
A criança precisa habituar com a variedade de textos e estilos desde o começo da vida
na escola, isso acontece porque nessa fase da escola, a criança se encontra em
processo de aprendizado e de desenvolvimento de suas capacidades, mesmo que não
tenha domínio da língua, ela necessita dessa relação com a literatura para no futuro,
serem leitores críticos.
Para isso que isso ocorra, é preciso que o docente estabeleça situações em que a criança seja
capaz de realizar suas próprias leituras, visando ao desenvolvimento da criticidade, por meio de
textos e leituras adequadas e diversas para a sua faixa etária. Ainda conforme Pinati et al. (2017, p.
51):
A atuação do professor com o propósito de fomentar a alfabetização no ambiente
escolar, utilizando várias vertentes oferecidas pela Literatura Infantil, necessita ser uma
ação de maneira a propiciar divertimento e uma leitura signi�cativa para as crianças,
sem dispor do ensino da tradicional gramática ou da ortogra�a como ênfase principal,
mas sempre dando estímulo ao prazer de ouvir, ver e ler.
A partir do momento em que a criança tem acesso à leitura, toda a equipe pedagógica (professores
e coordenadores pedagógicos) deve atuar em conjunto e sintonia, a �m de assegurar que o
trabalho com a Literatura Infantil aconteça de forma dinâmica e proveitosa, tendo em vista as
práticas docentes que estimulam os pequenos a desenvolverem as habilidades orais, leitoras e
escritoras.
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Um exemplo disso é a contação de histórias, que traz um momento prazeroso e educativo, além de
trabalhar com os eixos: leitura, escrita e oralidade, imprescindíveis para o desenvolvimento
cognitivo infantil (MELO, 2015).
Para que a leitura seja signi�cativa, formadora de opinião e proporcione um ensino-aprendizagem
de qualidade, faz-se necessário seguir algumas estratégias:
a) Atividades antes da leitura:
I) Levantamento do conhecimento prévio sobre o assunto;
II) Antecipação do tema ou ideia principal como: título, subtítulo, do exame de imagens.
III) Expectativas em função do autor ou instituição responsável pela publicação.
b) Atividades durante a leitura:
I) Reti�cação, con�rmação ou rejeição das idéias antecipadas ou expectativas criadas
antes do ato de ler;
II) Utilização do dicionário para consulta, esclarecendo sobre possíveis dúvidas do
vocabulário;
III) Identi�cação de palavras-chave;
IV) Suposições sobre as conclusões implícitas no texto, com base em outras leituras,
valores, experiências de vida, crenças;
V) Construção do sentido global do texto;
VI) Busca de informações complementares;
VII) Relação de novas informações ao conhecimento prévio;
VIII) Identi�cação referencial a outros textos.
c) Atividades para depois da leitura:
I) Construção dosentido sobre o texto lido;
II) Troca de opiniões e impressões a respeito do texto;
III) Relacionar informações para concluir ideias;
IV) Avaliar as informações ou opiniões expressas no texto lido;
V) Avaliar criticamente o texto abordado (SOLÉ, 1998 apud ARANA; KLEBIS, 2015, p. 11-
12).
Acreditamos, caro(a), aluno(a), que o docente é a peça fundamental para instigar e auxiliar o
discente ao longo do processo de leitura. Além das estratégias apresentadas, deve-se prestar
atenção a alguns detalhes e tomar algumas medidas pedagógicas, como:
[...] convívio contínuo com histórias, livros e leitores; valorização do momento da leitura;
disponibilidade de um acervo variado; tempo para ler, sem interrupções; espaço físico
agradável e estimulante; ambiente de segurança psicológica e de tolerância dos
educadores em relação às singularidades e às di�culdades de aprendizagem de cada
criança; oportunidades para que expressem, registrem e compartilhem interpretações e
emoções vividas nas experiências de leitura; acesso à orientação quali�cada sobre por
que ler, o que ler, como ler e quando ler (MELO, 2015, on-line).
reflita
re�ita
“Os contos populares possuem conteúdo transpassado por sabedoria ancestral
e tradição popular, e sua temática é universal e atemporal, assim, o ato de
contar histórias confere intimidade e encontro do imaginário com o real”
(SOUZA, 2016, p. 28).
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Dessa forma, o docente deve preparar um momento para a realização da leitura, tendo em vista o
espaço, o tempo e o tipo de texto, em conformidade com a faixa etária das crianças (recomenda-se
a utilização de contos de fadas, fábulas, poesias etc.). Além disso, deve-se pensar em estratégias
que despertem a curiosidade e o imaginário do aluno. A leitura de história pode provocar (e essa é
a intenção) as mais diversas sensações (riso, choro) e também a formulação de perguntas e
respostas. A leitura deve ser entendida como uma prática social.
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atividade
atividade
Leia o excerto a seguir:
“A criança que possui contato com a literatura enquanto obra de arte, acaba por participar de uma ação
pedagógica ainda que não seja essa a função do texto; e nesta ação elas alargam sua capacidade de
convivência no plano social e coletivo, sua percepção de tempo e espaço, seu mecanismo de comunicação,
seu conhecimento de diversidade estética, e [...] desenvolvem-se nos campos emocional, histórico e
cultural”.
SOUZA, D. L. de. Literatura Infantil: origens e contribuições na Educação Infantil. 2016. 47 f. Trabalho de
Conclusão de Curso (Licenciatura em Pedagogia) - Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
(UNESP), Rio Claro-SP, 2016, p. 30.
A partir do excerto apresentado e do conteúdo discutido a respeito das contribuições da Literatura Infantil
para as crianças, analise as a�rmativas a seguir:
I. A leitura auxilia na assimilação de informações, bem como ajuda a criança a encontrar os signi�cados na
vida.
II. A Literatura Infantil contribui para o desenvolvimento da imaginação, da criatividade e da criticidade.
III. A Literatura Infantil contribui para o desenvolvimento moral, pois apresenta resoluções de con�itos
internos da criança.
IV. A Literatura Infantil e a leitura capacitam a criança para que ela seja capaz de produzir opiniões,
justi�cativas e julgamento sobre o que é certo ou errado, bom ou mau.
A partir das a�rmativas apresentadas, assinale, a seguir, a alternativa correta:
a) Apenas a a�rmativa IV está correta.
b) Apenas as a�rmativas I e II estão corretas.
c) Apenas as a�rmativas III e IV estão corretas.
d) Apenas as a�rmativas I, II e III estão corretas.
e) Todas as a�rmativas estão corretas.
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O homem, desde os primórdios, utilizava a contação de histórias para transmitir, de geração para
geração, as histórias de suas origens e de seu povo. De acordo com Souza e Feba (2011, p. 153):
As primeiras civilizações utilizavam a linguagem oral para repassar aos seus
descendentes a sabedoria deixada por seus antepassados, para solucionar problemas e
manter viva as tradições e segredos de seus povos. Nesse sentido, ao olharmos para a
história da humanidade, constatamos que ela está fortemente marcada pelo uso que os
homens �zeram das narrativas para que pudessem se descobrir enquanto pessoas e
para repassar às gerações futuras sua identidade e as descobertas realizadas em
consequência de suas necessidades, ou seja, o fazer-se ser humano foi construído no
decorrer da história narrada.
Com a aquisição da escrita, as histórias contadas oralmente foram passadas para o papel; assim, a
literatura imortalizou-se. No que se refere aos textos da Literatura Infantil, estes se alimentavam de
obras destinadas a um público adulto e, nas palavras de Souza e Feba (2011, p. 100), “[...]
circulavam entre as pessoas do povo da Idade Média e eram utilizados como forma de
entretenimento dos adultos. [Com o tempo] foram compilados e, posteriormente, adaptados para o
público infantil”.
O que de�ne e distingue a literatura infantil é, justamente, seu leitor implícito, ou melhor,
o que marca sua especi�cidade é o público a que se destina, pois é a única
manifestação literária que [...] tem um público bem determinado (SIMÕES, 2013, p. 219).
Uma literatura pensada para crianças teve origem no século XVII com François Fénelon (1651-1751),
que objetivava educar moralmente as crianças. Antes desse século, porém, não havia uma visão
especial da infância, ou seja, adultos e crianças conviviam de modo igualitário, compartilhando os
mesmos ambientes, o mesmo tipo de vestimenta, trabalho etc. As crianças não eram
compreendidas como crianças; logo, não havia uma literatura voltada para este público. De acordo
com Zilberman (1985, p. 13):
[...] a concepção de uma faixa etária diferenciada, com interesses próprios e
necessitando de uma formação especí�ca, só acontece em meio à Idade Moderna. Esta
mudança se deveu a outro acontecimento da época: a emergência de uma nova noção
de família, centrada não mais em amplas relações de parentesco, mas num núcleo
Base Histórica da Literatura InfantilBase Histórica da Literatura Infantil
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unicelular, preocupado em manter sua privacidade (impedindo a intervenção dos
parentes em seus negócios internos) e estimular o afeto entre seus membros.
Na Idade Média, a escola era uma instituição precária e instável, muito ligada à Igreja. Além das
escolas eclesiásticas medievais, voltadas à formação dos clérigos, existiam ainda os estudos livres,
ministrados por professores que não eram livres para determinar o próprio currículo. Esses
estudos podiam ser frequentados por qualquer pessoa que precisasse ler e escrever; não havia um
trabalho pedagógico voltado à faixa etária e as turmas poderiam chegar a 200 alunos. Poucas
crianças frequentavam a escola e não havia uma permanência.
Tendo em vista a concepção de criança, estas participavam efetivamente da vida comunitária e
social. Assim, não havia assuntos dos quais as crianças não poderiam saber e discutir sobre, e tais
assuntos giravam em torno de temáticas como: luta pela sobrevivência, sexualidade, morte,
transgressão das regras sociais etc. Em outras palavras, não havia um “�ltro”, pois tudo era
comentado, independentemente da faixa etária do indivíduo. Nas palavras de Cortez (2011, p. 2):
A concepção de infância que conhecemos hoje vem evoluindo e se desenvolvendo desde
o século XV; foi no �m desse século que começarama acontecer as mudanças. Até
então, o que denominamos de primeira infância (três ou quatro anos), a criança era
acompanhada pelos pais e tinha seus momentos de criança, isoladamente ou brincando
e jogando com outras crianças. Logo depois, passam a jogar e brincar com os adultos e
com jogos de adultos; até mesmo das festividades esses pequenos participavam até
acabar. As famílias não desenvolviam afetividade pelas crianças e não havia a
preocupação em cuidar delas com sentimentos fraternos.
Qualquer criança com mais de sete anos já era vista como um adulto, mesmo pequena, possuindo
o direito de manifestar sua identidade própria em sociedade.
Foi durante o Classicismo Francês, especi�camente na monarquia de Luís XIV, que houve certa
preocupação com uma literatura voltada para crianças. A partir daí, criaram-se histórias
direcionadas ao público infantil, as quais foram editadas no período de 1668 a 1697. Como
exemplo temos: “As Aventuras de Telêmaco”, de Fénelon; e as “Fábulas de La Fontaine” e os “Contos
da Mamãe Gansa”, de Charles Perrault.
saiba mais
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Em relação ao seu marco inicial, ao menos para o Ocidente,
pode-se a�rmar que a Literatura Infantil surgiu no século
XVII com François Fénelon (1651-1715), um padre, teólogo,
poeta e escritor francês. Dentre seus escritos, os
considerados infantis surgiram a pedido da Duquesa de
Beauviller, justamente com a função de educar moralmente
as crianças (de modo particular, as meninas). As narrativas
propostas tinham estrutura maniqueísta, a �m de
demarcarem claramente o bem a ser aprendido e o mal a
ser desprezado. A maioria dos contos de fadas, das fábulas
e de muitos textos contemporâneos inclui-se nessa tradição
(CARVALHO, 2015).
Para saber mais, acesse:
ACESSAR
A partir do século XVII, a criança passou a ser considerada um indivíduo diferente do adulto;
portanto, com necessidades e características próprias. Desse modo, houve uma mudança na
https://www.paulus.com.br/portal/colunista/alexandre-carvalho/literatura-infantil-revisitando-suas-origens.html#.XKa8uphKjIV
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concepção de indivíduo e um distanciamento da vida adulta. Com isso, nesse século, a criança
começou a receber uma educação diferenciada, com a função de prepará-la para a vida.
Em 1697, Charles Perrault (1628-1703), escritor e poeta francês considerado o “Pai da Literatura
Infantil”, estabeleceu as bases para um novo gênero literário: o Conto de Fadas. Perrault criou
grandes clássicos da literatura, como “Chapeuzinho Vermelho”, “O Gato de Botas”, “Cinderela”, “A
Bela Adormecida” etc.
Figura 1.2 - Chapeuzinho Vermelho
Fonte: neftali77 / 123RF.
A respeito da história de vida de Perrault, sabe-se que era um nobre da alta sociedade francesa e
que integrou a corte do rei Luís XVI, exercendo atividades ligadas ao Direito. Voltou-se para as
Letras quando já tinha mais de 60 anos de idade e estava aposentado.
Charles Perrault, coletor de contos populares, realiza seu trabalho após a Fronde,
movimento popular contra o governo absolutista no reinado de Luís XIV, cuja repressão
deixou marcas de terror na França. Os contos chegam à família Perrault através de
contadores que, na época, se integravam à vida doméstica como servos. Considere-se
que se trata de um momento histórico de grande tensão entre as classes. O burguês
Perrault despreza o povo e as superstições populares e, como homem culto, as ironiza.
Seus contos, em alguns momentos, caracterizam-se por um certo sarcasmo em relação
ao popular. Ao mesmo tempo, são marcados pela preocupação de fazer uma arte
moralizante através de uma literatura pedagógica (CADEMARTORI, 1987, p. 35-36).
Perrault teve o cuidado de editar as narrativas folclóricas contadas pelos camponeses, adaptando-
as para o público infantil. Desse modo, retirou as cenas de violência e sexo. Em outras palavras,
Perrault deu acabamento literário às histórias que, até então, transitavam de forma oral entre as
classes sociais.
ib i
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saiba mais
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Houve, na história do Ocidente, grandes autores de fábulas.
Na Grécia Antiga, o mais famoso deles foi Esopo, que viveu
entre os séculos VII e VI a. C. Diz a tradição que Esopo era
um grande contador de histórias, mas que não deixou
nenhuma fábula escrita. Seus apólogos foram registrados
de forma literária mais tarde, por outros autores, e o mais
importante deles foi o romano Fedro (15 a.C. – 50 d.C.), que
se declarava admirador e imitador de Esopo. Algumas
fábulas de Fedro que se tornaram extremamente
conhecidas são: “O lobo e o cordeiro”, “A raposa e o corvo”,
“A rã e os bois” e “A raposa e as uvas”. No século XVII, na
França, viveu o mais importante fabulista da Era Moderna:
Jean de La Fontaine (1621-1695). Esse autor, além de
compor suas próprias fábulas, também reescreveu em
versos franceses muitas das fábulas antigas de Esopo e de
Fedro. É dele a fábula mais conhecida de todo o Ocidente:
“A cigarra e a formiga” (CARVALHO; MENDONÇA, 2006).
Para saber mais, acesse:
ACESSAR
Vejamos, a seguir, ainda na mesma temática de adaptação de obra para o público infantil, as
contribuições de La Fontaine, contemporâneo de Charles Perrault.
O Estudo das Fábulas de La Fontaine
Jean de La Fontaine nasceu em Château-Thierry, na França, em 8 de julho de 1621 e faleceu em 13
de abril de 1695, em Paris, deixando para as gerações futuras um legado repleto de lições sobre a
condição humana.
A primeira obra importante de La Fontaine foi publicada em vários volumes, a partir de 1665, e foi
chamada de “Contos”, cujo propósito era a diversão do leitor. O primeiro volume foi nomeado
“Novelas em versos extraídos de Bocaccio e Ariosto”, e o último saiu em 1667.
Em um outro momento de sua produção, La Fontaine inspirou-se nas literaturas clássicas (gregas) e
na Oriental, começando a escrever fábulas (relato �ctício, com �m didático e moralizante, cujas
personagens são animais). Na Antiguidade, o fabulista mais famoso foi o grego Esopo, grande
inspiração de La Fontaine. La Fontaine visitou também as histórias medievais, as parábolas bíblicas
e as coletâneas orientais, as quais possuíam a mesma característica: pertencer à memória popular.
Com toda essa referência, La Fontaine desenvolveu as suas histórias. No ano de 1684, tornou-se
membro da Academia Francesa, por ter atuado no classicismo francês, fato que o tornou uma das
mais belas expressões literárias do período.
http://files.brejodigital.webnode.com/200000056-b7398b833c/livro_salto_praticas_de_leitura_e_escrita.pdf#page=51
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reflita
re�ita
“Sirvo-me de animais para instruir os homens. [...] Procuro tornar o vício,
ridículo. Por não poder atacá-lo com braço de Hércules. [...] Algumas vezes
oponho, através de uma dupla imagem, o vício à virtude, a tolice ao bom senso.
[...] Uma moral nua provoca o tédio: O conto faz passar o preceito com ele.
Nessa espécie de �ngimento, é preciso instruir e agradar. Pois, contar por contar
me parece de pouca monta” (LA FONTAINE, 1668 apud COELHO, 2000, p. 166).
Contabilizando a produção literária de La Fontaine, chegamos aos números de:
[...] 64 contos, um romance em prosa entremeado de versos, um idílio heroico, dois
libretos de ópera, duas tragédias (uma lírica e outra incompleta), duas comédias, um
balé cômico, fragmentos de um sonho, um poema cientí�co, três epístolas críticas em
verso, um poema cristão, duas paráfrases de textos sagrados, um relato de viagem, seis
elegias, sátiras, odes, baladas, madrigais, sonetos, canções, epitálamos e epigramas, um
pastiche, traduções de versos latinos, de cartas, muitos versos de circunstância e outras
obras perdidas(CARDOSO, 2015, p. 53).
Apesar da quantidade, a coletânea de fábulas é ainda maior, sendo composta por 240, as quais
foram distribuídas em doze livros, em 1694. A primeira edição, lançada em dois volumes no ano de
1668, continha um total de 124 fábulas, divididas em seis livros.
La Fontaine tem suas fábulas tidas como modelo até os dias de hoje. Nelas, o referido autor aborda
princípios básicos que movem os homens, como o comportamento humano e o sentido da vida. As
temáticas são apresentadas por meio da exempli�cação, podendo conter humor e comicidade,
uma vez que as fábulas trazem por personagens, conforme exposto, os animais. Com isso, o
fabulista apresenta valores de seres racionais transmitidos por seres irracionais, a �m de transmitir
um ensinamento por meio da moral da história.
Por meio da fábula, o ser humano pode satisfazer sua necessidade natural de usar a
comparação e a imagem para explicar melhor seu pensamento, suas ideias. O
importante das fábulas de La Fontaine não é somente o que se conta, pois os temas já
faziam parte do imaginário coletivo desde Esopo (620 a.C. – 564 a.C.), mas sim como se
conta. A unicidade da obra de La Fontaine está no modus dicendi e não nos temas
(CARDOSO, 2015, p. 57).
Diante do exposto, podemos a�rmar, caro(a) aluno(a), que La Fontaine foi um grande entendedor e
criador de fábulas e que, por meio dessa produção ,consagrou-se, entrando para o rol de escritores
que produziram literaturas universais. Por isso, o poder moralizante de suas fábulas continua forte
ainda nos dias atuais.
O Uso das Fábulas no Processo de Ensino-aprendizagem
Considerando que as fábulas possuem um �m moralizante, autores como Esopo, Perrault e La
Fontaine utilizaram as fábulas como um meio para criticar e denunciar as injustiças e as maldades.
Desse modo, trazer esse gênero para a sala de aula é uma forma de mostrar às crianças a vida
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como ela é, além de esse ser um tipo de texto propício para o desenvolvimento das habilidades de
leitura.
A fábula também é uma excelente atividade de re�exão sobre o comportamento
humano, exigindo do professor uma participação crítica, levando os educandos a
realizarem uma leitura re�exiva de forma que percebam a ação dos personagens,
relacionando-as aos acontecimentos do dia a dia e do seu próprio contexto social. Pela
sua versatilidade, a criança enxerga com maior facilidade as diversas situações,
orientações e aprendizado (LIMA; MARTINS; RODRIGUES, 2016, p. 41).
De acordo com o exposto, a leitura de fábulas em sala de aula desencadeia no aluno o interesse
em conhecer novas histórias, bem como contribui para a formação do hábito de leitura e,
consequentemente, escrita. Considerando o caráter pedagógico, a fábula é organizada em duas
partes: primeiro, apresenta-se a história, que ocorre em um mundo �ctício, e as personagens, na
maioria das vezes, são animais; segundo, trata-se da moral da história, que aparece, normalmente,
no �nal, acentuando o signi�cado do que foi narrado.
A moral costuma estar separada da história. Vejamos o exemplo a seguir
Figura 1.3 - Estrutura da Fábula
Fonte: Adaptada de Chagall (2004).
A Fábula, segundo La Fontaine:
[...] possui duas partes distintas: o corpo e a alma, sendo a narrativa a parte sensível, o
corpo dinâmico e �gurativo da narração; enquanto a alma é a moralidade, implícita no
corpo, embora sem ser destacada materialmente, ela opera com conceitos que revelam
as verdades mais sutis (UBIALI, 2014. p. 8).
O “corpo” refere-se ao tipo textual narrar, já a “alma” refere-se à moralidade. Assim, o texto
moralizante tem por função regular o comportamento e as ações em sociedade. Tendo isso em
vista, as fábulas podem suscitar, em sala de aula, boas discussões. Então, o professor pode
apresentar aos alunos alguns temas importantes, como: bondade, ganância, solidariedade,
injustiça social, vaidade, amizade etc. Desse modo, para a exploração das fábulas no contexto
escolar, o docente deve seguir os seguintes passos:
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1. Qual é o repertório de leitura necessário para a compreensão da fábula?
2. Resgatar os aspectos culturais trabalhados pela fábula.
3. Desenvolver uma escuta ativa, orientada e colaborativa para que o aluno perceba as
nuances da fábula.
4. Analisar o aspecto temático trabalhado pela fábula e trazê-lo para a realidade do
aluno.
5. Elaborar um roteiro com as palavras mais relevantes retiradas da fábula para a
discussão logo após o encerramento da leitura.
6. Isolar um fato da fábula para analisá-lo a partir da experiência vivida ou não, pelo
aluno.
7. Considerar os elementos não verbais apresentados pela fábula.
8. Veri�car as interferências das vozes e de outras imagens para a compreensão �nal
da fábula (ALMEIDA, 2010, p. 114).
Ao analisar a fábula junto aos alunos, o docente consegue veri�car o processo interacional autor -
texto - leitor, bem como o modo como o contexto e os conhecimentos individuais in�uenciam no
momento da interpretação do texto, os quais afetam, e muito, na compreensão dos sentidos.
Por �m, vale salientar, já antecipando o que veremos adiante, que a fábula “[...] é uma fórmula
especí�ca de comunicar pensamentos críticos. [...] dirige-se à inteligência, provoca discussões,
desa�a a crítica e fomenta capacidade dos alunos de analisar e julgar” (LIMA; ROSA, 2012, p. 160).
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atividade
atividade
Leia o excerto a seguir:
“A história da literatura infantil tem relativamente poucos capítulos. Começa a delinear-se no início do
século XVIII, quando a criança passa a ser considerada um ser diferente do adulto, com necessidades e
características próprias, pelo que deveria distanciar-se da vida dos mais velhos e receber uma educação
especial, que a preparasse para a vida adulta”.
CUNHA, M. A. A. Literatura Infantil : teoria e prática. São Paulo: Ática, 1987, p. 19.
A respeito da história da Literatura Infantil, analise as a�rmativas a seguir:
I. Após o século XVIII, há uma fase de descoberta da infância, na qual a criança passa a receber uma
atenção especial, que foca em sua existência.
II. Com a nova percepção da criança, ocorre uma separação do mundo adulto e a escola passa a se
responsabilizar por uma educação voltada ao público infantil.
III. Os contos, a partir do século XVIII, passaram a ser selecionados, além de conterem valores morais e
regras a serem seguidas.
IV. Com a nova visão de criança, surgia uma preocupação com seu o desenvolvimento moral e intelectual,
mesmo a literatura sendo igual para adultos e crianças.
A partir das a�rmativas apresentadas, assinale, a seguir, a alternativa correta:
a) Apenas a a�rmativa IV está correta.
b) Apenas as a�rmativas I e II estão corretas.
c) Apenas as a�rmativas III e IV estão corretas.
d) Apenas as a�rmativas I, II e III estão corretas.
e) Todas as a�rmativas estão corretas.
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Tendo em vista que a Literatura Infantil, desde seu surgimento, é considerada um instrumento
pedagógico e signi�cativo na formação de leitores, partiremos agora, caro(a) aluno(a), para as
adaptações literárias, as quais são um recurso muito interessante para despertar o gosto pela
leitura. Antes de iniciarmos essa temática, é necessário ter em mente que:
[...] a adaptação literária para crianças e jovens é um processo instável, tendo em vista
que o uso de procedimentos narrativos tais como o corte, a segmentação, a redução de
elementos, a mudança ou manutenção da perspectiva narrativa, a simpli�caçãodas
ações, a representação do tempo e do espaço mais próxima ou mais distante do
original, depende do cruzamento da leitura da obra e do leitor-alvo que o adaptador
realiza, tendo como parâmetro o caráter emancipatório da obra fonte (CARVALHO,
2006, p. 381).
As adaptações literárias re�etem, decisivamente, na formação de leitores; desse modo, são práticas
que merecem estudo e procedimentos bem delineados. O uso dos textos literários adaptados em
sala de aula justi�ca-se, pois é um tipo de texto que facilita o acesso ao texto literário, bem como
contribui para o processo de ensino-aprendizagem. De que forma as adaptações podem ser
trabalhadas no contexto escolar? Vejamos:
Fonte: Adaptado de Weller (2013).
As Adaptações do Clássico “As MilAs Adaptações do Clássico “As Mil
e uma Noites” Para o Mundoe uma Noites” Para o Mundo
Infanto-JuvenilInfanto-Juvenil
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As adaptações podem facilitar o acesso dos alunos aos clássicos, funcionando como porta de
entrada. Assim sendo, com o uso dos textos adaptados, pode-se incluir ao ensino de língua
portuguesa o objetivo de ampliar o repertório e a bagagem do aluno, para formar leitores.
Também, podem ser ampliados os objetivos relacionados à re�exão sobre recursos linguísticos.
É de adaptações de textos clássicos e de contos de fadas que provém e se fortalece a
literatura para jovens leitores. Compilados pelo francês Charles Perrault, no século XVII,
adaptando-os de narrativas populares e revestindo-as de valores da burguesia, e pelos
famosos alemães Jacob e Wilhelm, conhecidos irmãos Grimm, no século XIX, os contos
de fadas não foram escritos especialmente para as crianças bem como não faziam
parte da educação burguesa. Esses contos, anônimos e, portanto, recolhidos do seio do
povo – do folclore popular –, eram ligados às camadas inferiores e estabeleciam
conexões entre a situação social e a condição servil. Assim, por meio desses materiais
preexistentes, como os clássicos e os contos de fadas, essa literatura começou a
constituir o seu acervo (CORSO, 2012, on-line).
Tendo em vista o exposto, centralizaremos nossos estudos no que se refere às adaptações da obra
“As mil e uma noites”. A respeito dessa obra, sabe-se que não há um único autor, mas vários
narradores anônimos, e que suas histórias foram reunidas ao longo de séculos, formando uma
coletânea, que é considerada pelos especialistas um clássico da literatura fantástica. Estima-se que
parte desses contos teria surgido na Índia, em torno do século 3, em decorrência da aparição de
semideuses, gênios e animais diversos, os quais remontam o panteão hinduísta.
Da Índia, as histórias chegaram à Pérsia por meio da transmissão oral de viajantes e mercadores, e
uma obra chamada de Hezar Afsaneh , que signi�ca “Os Mil Contos”, teria formado a primeira
compilação dessas histórias. Essa versão já continha personagens importantes, como o sultão
Shariar e sua esposa Sherazade, da versão �nal de “As Mil e Uma Noites”.
Os pesquisadores acreditam que, por volta do século 8, já havia uma tradução de Hezar Afsaneh ,
realizada pelos povos árabes, bem como uma espécie de adequação da linguagem, incluindo os
valores islâmicos, o erotismo e palavras de calão. O título “As Mil e Uma Noites” também foi
substituído no mesmo período, uma vez que há uma superstição do povo árabe a respeito dos
números redondos, os quais trazem azar. Nos séculos seguintes, houve a incidência de diferentes
manuscritos, cada um com uma versão da história.
No Ocidente, a história “As Mil e Uma Noites” só �caria conhecida após 1702, por intermédio do
trabalho de Antoine Galland, que traduziu um manuscrito do ramo sírio do século 13. Em seu
trabalho de tradução, Galland eliminou o erotismo e as ofensas a outros povos. Além disso,
pesquisadores apontam que o tradutor acrescentou novos contos árabes à obra, como “Ali Babá e
os Quarenta Ladrões”, “Aladim” e “As Viagens de Simbá”. É a partir da versão francesa que a maioria
das adaptações dessa obra nasceu, surgindo, assim, um processo de adaptação a partir de uma
fonte secundária.
“As mil e uma noite” conta a história de um sultão, chamado de Shariar, que surpreendeu sua esposa
traindo-o com outro homem e mandou matá-los. A partir daí, resolveu se casar todos os dias com uma
nova mulher, que seria degolada no dia seguinte à noite de núpcias. Assim, nenhuma outra mulher o
trairia de novo. Até que se casou com Sherazade e, na primeira noite, ela contou uma história, a
interrompendo sob a promessa de seguir na noite seguinte, deixando o sultão curioso. Todas as noites,
ela começava a contar uma história e a interrompia na melhor parte. Desse modo, o sultão era obrigado
a esperar a noite seguinte para ouvir a continuação. Passando as mil e uma noites, o sultão resolveu
continuar casado com Sherazade e suas histórias foram escritas. Sherazade pediu para ser entregue ao
Rei, pois sabia que havia descoberto uma forma de escapar da morte (RIBEIRO, 2018).
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A respeito das adaptações de “As mil e uma noite”, a de maior sucesso é a dos britânicos Sir
Richard Burton e Andrew Lang, na qual foi retirado o conteúdo erótico, deixando o contexto menos
sexual em alguns contos. Entretanto, a tradução, diretamente do árabe, feita por Mamede Jarouche,
da Editora Globo, recolocou o conteúdo erótico que antes havia sido censurado, apresentando as
histórias como eram contadas na época. Desse modo, esse não é um livro recomendado para as
crianças.
Para o público infantil, temos a adaptação realizada pela Publifolhinha, que apresenta as histórias
contadas pela protagonista Sherazade ao marido, a �m de se manter viva. Dentre as histórias
contadas, aparecem, por exemplo, “Aladim e a Lâmpada Maravilhosa, “Ali Babá e os Quarenta
Ladrões” e “O Cavalo encantado”, compostas por ilustrações.
Temos também uma versão de “As mil e uma noites” organizada por Ruth Rocha, pela Editora
Salamandra, constituída por uma reunião de contos populares do Oriente Médio e do Sul da Ásia.
Nesse material, há três das histórias lendárias, como “Aladim e a Lâmpada Mágica”, “O Pescador e
o Gênio” e “Ali Babá e os Quarenta Ladrões”.
Outra adaptação voltada ao público infantil é a obra “Scherazade Das Crianças - Histórias de As Mil
e Uma Noites - Série Infantil”, de Jordi Sierra I Fabra. Nessa obra, há uma compilação de contos que
abordam hábitos, valores, crenças, visão de mundo e cultura da civilização árabe, apresentando ao
leitor o povo do Oriente. É uma obra que compõe a série “Mundo Árabe”, da coleção Clássicos do
Mundo.
Assim, uma adaptação consiste em, basicamente, realizar uma releitura de um texto primário e
reescrevê-lo sob uma nova ótica, por meio de uma seleção de léxico em consonância com o
objetivo proposto: alcançar determinado público especí�co e promover sua formação.
Vale mencionar também que os livros voltados ao público infantojuvenil apresentam imagens junto
ao texto escrito, principalmente nas obras que são destinadas à primeira e à segunda infância, pois
essa união (texto + imagem) tem o intuito de chamar a atenção das crianças.
Caro(a) aluno(a), as adaptações literárias são imprescindíveis para o desenvolvimento do gosto pela
leitura, bem como da arte. Além disso: contribuem no processo de formação de leitores;
aproximam as obras clássicas dos leitores; promovem a circulação dos textos e, assim, mantêm as
referências culturais; atuam como um estímulo para a leitura do original, que pode ser a tradução;
e, por �m, tornam a leitura diferente e mais prazerosa (CORSO, 2012).
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atividade
atividade
Considere a citaçãoa seguir:
“Adaptações de clássicos de literatura para o público escolar consistem em: [...] textos novos, construídos
sobre enredos antigos; são apropriações”.
FEIJÓ, M. O prazer da leitura : como a adaptação de clássicos ajuda a formar leitores. São Paulo: Ática,
2010, p. 42.
A respeito da adaptação, analise as a�rmativas a seguir:
I. É um meio de facilitar o acesso dos alunos aos clássicos.
II. Trata-se de um texto derivado, que é resultado de um texto primário.
III. São paráfrases, “recontos”, uma vez que contam uma história de forma resumida, com as palavras do
parafraseador.
IV. É uma releitura de um texto primeiro, reescrito sob uma nova ótica, por meio de uma seleção de léxico.
A partir das a�rmativas apresentadas, assinale, a seguir, a alternativa correta:
a) Apenas a a�rmativa IV está correta.
b) Apenas as a�rmativas I, II e IV estão corretas.
c) Apenas as a�rmativas I e II estão corretas.
d) Apenas as a�rmativas I, II e III estão corretas.
e) Todas as a�rmativas estão corretas.
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Caro(a) aluno(a), chegando ao �m desta unidade, iremos nos debruçar sobre o estudo de mais um
gênero da narrativa: o conto de fadas. Vejamos, a seguir, sua de�nição:
Os contos de fadas são narrativas onde aparecem seres encantados e elementos
mágicos pertencentes a um mundo imaginário, maravilhoso. Estes contos têm quase
sempre uma estrutura simples e �xa. Tem uma característica bem marcante como na
sua fórmula inicial: “Era uma vez... ’’ e �nal: “... foram felizes para sempre’’. Há neles
uma ordem na sequência narrativa, ou seja, uma situação inicial, uma ordem
perturbadora, quando a situação de equilíbrio inicial se desestabiliza, gerando uma
série de con�itos que só se interrompem com o aparecimento de uma força maior que
restabelece a ordem. Geralmente há personagens do bem e do mal, e a vitória, apesar
do sofrimento, sempre é do personagem do bem (PORTELA, 2013, p. 7-8).
Os contos de fadas surgiram por intermédio da tradição oral há muitos séculos, porém sua
valorização só se concretizou mais tarde, quando os contos se voltaram para o público infantil. Nas
palavras de Pinheiro (2012), essas narrativas eram chamadas de primordiais, pois surgiram
anonimamente e tinham por intuito a transmissão e o entretenimento.
Os contos de fadas são, basicamente, narrativas antigas – uma espécie de mito que era difundido
pelos povos – que apresentavam os con�itos entre a natureza e o homem. Assim, em um
determinado momento, as narrativas começaram a trazer como tema os problemas cotidianos,
como: poder, fome, família, trabalho, dentre outros. As obras literárias ligam-se, sempre, ao seu
contexto de produção. Nos contos de fadas não era diferente, pois eles conservavam uma visão de
mundo do período, além de suas ideologias.
É no século XVII que o interesse dos intelectuais pelo conto popular nasceu, principalmente após a
publicação da obra “Contos da Mamãe Ganso”, de Charles Perrault, cujo trabalho foi reproduzir em
papel os contos que transitavam entre os componentes franceses.
Os Contos de Fada e suasOs Contos de Fada e suas
CaracterísticasCaracterísticas
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A Mamãe Ganso era uma personagem dos velhos contos
populares, muito familiar entre os franceses. Sua função era
contar histórias para os seus “�lhotes fascinados”. Com o passar
do tempo, o nome da Mamãe Ganso passou a designar não a
personagem dos contos populares, mas uma velha contadora de
histórias (PINHEIRO, 2012, p. 41).
Para leitura na íntegra, acesse:
ACESSAR
No século XIX, com os Irmãos Grimm, os contos populares foram concebidos como objeto de
estudo capaz de apresentar aspectos linguísticos, psicológicos, históricos, sociais etc. - em outras
palavras, apresentar o modo de pensar e agir dos homens do passado (PINHEIRO, 2012). Os contos
de fada podem ser encontrados em todas as culturas, porém com outra roupagem. Nas próximas
unidades, iremos nos dedicar ao estudo das obras de Perrault e dos Irmãos Grimm.
reflita
re�ita
“É preciso que o conto seja velho na memória do povo, anônimo em sua
autoria, divulgado em seu conhecimento e persistente nos repertórios orais”
(CASCUDO, 2001, p. 11).
Os contos de fada podem apresentar algumas características, como:
[...] colocar um dilema existencial de forma breve e categórica. Isto permite à criança
aprender o problema em sua forma mais essencial, onde uma trama mais complexa
confundiria o assunto para ela. O conto de fadas simpli�ca todas as situações. Suas
�guras são esboçadas claramente; e detalhes, a menos que muito importantes, são
eliminados. Todos os personagens são mais típicos do que únicos (BETTELHEIM, 2002.
p. 7).
Além disso, os contos de fada contêm também uma simbologia �xa e estruturada. Suas
personagens são simples, apresentam qualidades e defeitos e são representadas por pais, avós,
camponeses e até animais, como lobos, porquinhos etc.; porém, tais personagens possuem
problemas reais, desenvolvendo, assim, a identi�cação da criança. Quanto ao tempo e ao espaço,
são como que indeterminados, pois é comum os contos iniciarem com “Num certo reino”, “Em um
reino muito distante” e “Era uma vez”. Há um narrador que detém todo o conhecimento da história
e que é “dono da vida” das personagens.
Estruturalmente, a narrativa inicia-se com uma situação de equilíbrio que, logo na sequência, é
alterada pelo con�ito, por parte de um herói. Adiante, com o auxílio de seres mágicos e poderosos,
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8156/tde-29102012-122544/pt-br.php
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consegue vencer o con�ito, saindo vitorioso(a) e com um �nal feliz: - “E viveram felizes para
sempre…”.
Os contos de fadas podem ser divididos em quatro etapas. Vejamos o quadro a seguir:
1ª etapa 2ª etapa 3ª etapa 4ª etapa
Travessia
Ocorre alguma
situação
constrangedora/
embaraçosa/
desagradável que
faz com que a
personagem
principal
(herói/heroína) saia
em busca de uma
solução para esse
problema. Assim,
em seu percurso,
depara-se com uma
paisagem
desconhecida,
contendo
acontecimentos
mágicos e criaturas
estranhas. Esse
lugar desconhecido
costuma ser
caracterizado como
�orestas e bosques,
lugar onde residem
animais perigosos,
bruxas más e
magias.
Encontro
No ambiente inóspito, a
personagem depara-se
com algum ser maligno e,
para que a jornada tenha
sucesso, é preciso que esse
“obstáculo” seja
ultrapassado. Enfrentar o
mal signi�ca um ato de
autorreconhecimento.   O
ser maligno pode ser
representado por bruxas,
madrastas más, magos etc.
Conquista
O herói/ heroína
entram em um
combate de
sobrevivência,
vida ou morte,
com o ser
maligno, que
morre no �nal.
Com a morte do
mal, a
personagem
principal
consegue garantir
a erradicação das
partes más do
próprio eu e a
superioridade das
partes boas.
Celebração
Para comemorar o
triunfo do bem,
costuma acontecer
um casamento ou
uma reunião de
família. O bem
sempre vence e
todos vivem felizes
para sempre.
Quadro 1.1 - Saga do(a) herói/heroína
Fonte: Elaborado pela autora.
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A respeito das sagas dos heróis nos contos de fadas, vale pontuar que costumam ser mais
universais e podem estar além ou aquém das divisões entre masculino e feminino, uma vez que,
por mais que os contos respeitem essas questões na de�nição de seus personagens, a feminina
costuma ser mais valorizada, em decorrência da in�uência celta; desse modo, surgem mais
heroínas (como Aurora,Mulan, Branca de Neve etc.). De qualquer modo, é interessante
percebermos que há diferenças nas narrativas das histórias clássicas de heróis e dos contos de
heroínas (por exemplo Cinderela ou Chapeuzinho Vermelho), pois tanto o herói quanto a heroína
passam pelos mesmos percalços; no entanto, terminam a jornada de modo diferente.
saiba mais
Saiba mais
A palavra “conto” origina-se do latim, sendo que seu
signi�cado remete a duas dimensões: por um lado, à
oralidade; e, por outro, à �ccionalidade, isto é, trata-se de
um relato que não tem compromisso com a realidade,
utilizando-se do maravilhoso com a função de entreter e
possibilitar a verbalização das di�culdades humanas
(HILLESHEIM E GUARESCHI, 2006).
Para leitura na íntegra, acesse:
ACESSAR
https://seer.ufrgs.br/educacaoerealidade/article/viewFile/22976/13260
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atividade
atividade
Leia o excerto a seguir:
“Talvez um dos temas mais recorrentes nas histórias seja o mito da jornada do herói. Ele aparece desde
�lmes até os contos de fadas. Como toda narrativa de herói, o conto de fadas vai apresentar o seu
protagonista. Esse protagonista pode ser homem ou mulher, herói ou heroína”.
ASSIS, P. de. Os contos de fadas e o caminho do herói. Pablo de Assis , 14 out. 2011. Disponível em:
<http://pablo.deassis.net.br/2011/10/os-contos-de-fadas-e-o-caminho-do-heroi/>. Acesso em: 02 abr. 2019.
A respeito da saga do herói, é correto a�rmar que:
a) No encontro, o protagonista encontra o seu desa�o, seu inimigo ou antagonista, que o ameaça
de alguma forma.
b) É na celebração que o protagonista inicia suajornada; normalmente, há o bordão: Era uma vez.
c) Nos mitos clássicos,predominam protagonistas femininas.
d) Na travessia, o protagonista chega à sua terranatal por meio de magia.
e) É na conquista que há embate de vida ou morte entre o protagonista e o antagonista, no qual o
herói morre.
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indicações
Material Complementar
L IVRO
Um estudo sobre asfábulas e os contos de fadas
Maria Viana
Editora: Eureka
ISBN: 978-85-693-7755-9
Comentário: É uma obra que estuda as origens, os usos e as
transformações das fábulas e dos contos de fadas ao longo dos
séculos. Objetiva orientar e sensibilizar os docentes no sentido de
atribuir à leitura o valor devido, colocando-a como escopo do processo
educacional e de letramento. A obra apresenta algumas fábulas de La
Fontaine, Charles Perrault, Irmãos Grimm e Hans Christian Andersen.
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F ILME
Cinderela
Ano: 2015
Comentário: Este �lme é uma recriação da animação de 1950, da
Disney. A crítica a�rma que o �lme funciona como uma “homenagem à
animação original”, visto que o estilo e o humor fantásticos tomam
conta desta história em live action . Como em todos os contos de fada,
o �lme apresenta uma moral, repetida pela protagonista ao longo do
�lme: Tenha coragem e seja gentil. Além disso, esta Cinderela conserva
a visão romântica do mundo, característica dos �lmes antigos do
gênero.
Para conhecer melhor o �lme, assista ao trailer disponível em: <
https://www.youtube.com/watch?v=KsnlU2y-Lz0 >. Acesso em: 05 abr.
2019.
TRAILER
https://www.youtube.com/watch?v=KsnlU2y-Lz0
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conclusão
Conclusão
Caro(a) aluno(a), chegamos ao �m da primeira unidade. Espero que tenha aprendido bastante. Não
sei você, mas eu acredito que é essencial conhecermos as histórias do mundo e as coisas, para
vermos se houve evolução e de que modo ela ocorreu.
Em um primeiro momento, abordamos questões e conceitos sobre literatura e literatura infantil.
Conversamos também sobre a história e apresentamos algumas referências no gênero, como La
Fontaine, Perrault, Irmãos Grimm etc. Adianto que nos aprofundaremos nos estudos desses
autores e suas respectivas contribuições nas próximas unidades.
Nesta primeira parte, discutimos os conceitos de fábula e de contos de fadas, que são os gêneros
mais indicados e trabalhados em sala de aula, pois em ambos conseguimos depreender uma
moral, que pode promover grandes discussões e ensinamentos aos discentes.
Até as próximas unidades!
referências
Referências Bibliográ�cas
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