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E-book BSC e OKRs Sumário 1. Planejamento estratégico 2. O que é balanced scorecard (BSC)? 3. Introdução a objetivos e resultados-chave (OKRs) 4. Os prós dos OKRs 5. OKRs e estratégia 6. Construindo OKRs 7. Gestão dos OKRs 8. OKRs e agilidade 9. OKR ou BSC: qual escolher? Capítulo 1 – Planejamento estratégico 1.1 O que é planejar? 1.2 Diferença entre planejamento e planejamento estratégico 1.3 Planejamento estratégico e projetos organizacionais • Fazer ao mesmo tempo que se planeja; na prática, é fazer sem planejar; execução direta. • Fingir que se planeja, ou fazer de conta que está planejando ao mesmo tempo que se realiza. • Momento em que o executivo é tomado por repentina síndrome aguda do bombeiro, vulgo: apagar incêndio. O que vemos por aí afora? • Tanto em nossas vidas quanto no mundo dos negócios, vemos com frequência o ato do FAZEJAMENTO. “Fazejamento” é: É TUDO O QUE NÃO QUEREMOS E O QUE MAIS VEMOS... 1.1 O que é planejar? 1.1 O que é planejar? • Planejamento é um plano de trabalho detalhado. • Ação de preparar um trabalho, ou um objetivo, de forma sistemática; planificação. • Ação ou efeito de planejar, de elaborar um plano. • É a determinação das etapas, procedimentos ou meios que devem ser usados no desenvolvimento de um trabalho, festa ou evento. O que o dicionário diz? Processo desenvolvido para o alcance de uma situação desejada de modo mais eficiente, eficaz e efetivo, com a melhor concentração de esforços e recursos pela organização. Como conceituamos? 1.2 Diferença entre planejamento e planejamento estratégico Você acha que existe diferença entre planejamento e planejamento estratégico? Planejamento estratégico: Conjunto de providências tomadas pelos executivos olhando a situação do ponto de vista do futuro, que tende a ser diferente do passado; considerando que a empresa tem condições e meios de agir sobre as variáveis e fatores, exercendo alguma influência. 1.2 Diferença entre planejamento e planejamento estratégico Você acha que existe diferença entre planejamento e planejamento estratégico? Planejamento: É um processo contínuo, um exercício mental que é executado pela empresa independentemente da vontade específica de seus executivos. A partir do planejamento estratégico, as ações precisam ser planejadas de modo a ter um passo a passo consistente para atingir os objetivos futuros. PREVISÃO •Esforço para verificar quais serão os eventos que poderão ocorrer, com base no registro de uma série de probabilidades. PROJEÇÃO •Situação em que o futuro tende a ser igual ao passado, em sua estrutura básica. PREDIÇÃO •Situação em que o futuro tende a ser diferente do passado, mas a empresa não tem nenhum controle sobre o seu processo e desenvolvimento. RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS •Aspectos imediatos para a correção de certas descontinuidades e desajustes entre a empresa e as forças externas que lhe sejam potencialmente relevantes. PLANO • Documento formal que se constitui na consolidação das informações e atividades desenvolvidas no processo de planejamento; formalização do planejamento. • Uma visão estática do planejamento. Não confunda planejamento com: Simulação de cenários 1.2 Diferença entre planejamento e planejamento estratégico • Como queremos estar no futuro? • Especificação do estado futuro desejado, ou seja, a visão, a missão, os propósitos, os objetivos, os objetivos setoriais, os desafios e as metas. Planejamento dos fins • Macroestratégias, macropolíticas, estratégias, políticas, procedimentos e processos. • Proposta de caminhos para a empresa chegar ao estado futuro desejado. Ex.: expansão da capacidade produtiva de uma unidade para diversificar produtos. Planejamento dos meios • Como a organização vai se organizar para poder realizar os meios propostos. Exemplo: a estruturação da empresa em unidades estratégicas de negócios. Planejamento organizacional • Dimensionamento e determinação da aplicação dos recursos humanos, financeiros e materiais. • Estabelecimento de programas, projetos e planos de ação necessários para o alcance dos objetivos futuros. Planejamento dos recursos • Planejamento do gerenciamento da implantação do empreendimento. Planejamento da implantação e controle Planejamento estratégico 1.2 Diferença entre planejamento e planejamento estratégico Planejamento e os níveis estratégicos Quais níveis são responsáveis pelo planejamento ? Nível estratégico Nível tático Nível operacional • Toma decisões estratégicas – responsável pelo planejamento estratégico. • Conselheiros, presidente, diretores executivos. Planejamentos táticos e operacionais devem atender o planejamento estratégico • Toma decisões táticas – responsável pelo planejamento tático. • Diretores, gerentes executivos, gerentes etc. • Toma decisões operacionais – responsável pelo planejamento operacional. • Supervisores, coordenadores e funcionários. 1.2 Diferença entre planejamento e planejamento estratégico Quais níveis são responsáveis pelo planejamento? Você já deve ter ouvido frases do tipo: Vamos definir nossos projetos para estruturar nossa estratégia! O que temos de errado nessa frase? Os projetos não definem a estratégia da empresa, e sim o contrário. Como vimos, a estratégia direciona a empresa sobre como organizar e utilizar seus recursos a fim de atingir um resultado futuro. 1.3 Planejamento estratégico e projetos organizacionais Projetos são meios táticos de se atingir a estratégia organizacional. É uma forma de colocar a estratégia em ação! O planejamento estratégico visa ao crescimento da empresa, e os projetos devem ser um desdobramento dos objetivos estratégicos através de atividades e iniciativas que buscam atingir as metas da empresa. 1.3 Planejamento estratégico e projetos organizacionais É fundamental que os projetos estejam alinhados à estratégia organizacional. Ou seja, ele deve estar atrelado a um objetivo estratégico, caso contrário, não faz sentido a organização alocar recursos escassos como tempo, dinheiro, força de trabalho e insumos em projetos que não estão conectados com a construção do futuro almejado pela organização. 1.3 Planejamento estratégico e projetos organizacionais Estratégia Projetos Com as rápidas mudanças no mundo, o que as organizações mais precisam é que seus projetos sejam executados de forma ágil e efetiva. Com isso, a estratégia organizacional pode ser atingida mais rapidamente, gerando os resultados esperados. 1.3 Planejamento estratégico e projetos organizacionais Capítulo 2 – O que é BSC? 2.1 A origem do balanced scorecard (BSC) 2.2 O que é o BSC? 2.3 BSC e o alinhamento estratégico 2.4 Como aplicar o BSC 2.1 A origem do balanced scorecard • Pós Revolução Industrial: as medições de indicadores das empresas eram voltadas a índices financeiros. Como resultado, as ações tomadas pelas empresas eram baseadas nos cenários passados e não olhando o futuro. 2.1 A origem do balanced scorecard • Na década de 1990, os professores Robert S. Kaplan e David P. Norton, da Harvard Business School, observaram que os métodos existentes de medição de desempenho empresarial eram insuficientes. • Em 1992, percebendo a falta de ferramentas de medição e planejamento estratégico dentro das empresas, publicaram um artigo na Harvard Business Review expondo uma nova metodologia, o balanced scorecard. Robert Kaplan: professor de desenvolvimento de liderança na Harvard Business School e presidente da Balanced Scorecard Collaborative. David Norton: é cofundador e presidente da Balanced Scorecard Collaborative. Finanças Processos internos Aprendizagem e crescimento Clientes 2.2 O que é o BSC O balanced scorecard é um método que busca um olhar além da perspectiva financeira das organizações, dando uma visão 360° de toda a empresa. Seu principal produto é a construção de um mapa estratégico, uma visão globaldas estratégias da organização, permitindo a definição de objetivos futuros e métricas além das financeiras. Visão e estratégia Organização orientada para a estratégia - BSC Criar o alinhamento organizacional Traduzir a estratégia Motivar – estratégia é tarefa de todos Mobilizar a liderança executiva Gerenciar – estratégia é um processo contínuo 2.2 O que é o BSC A aplicação do balanced scorecard permite mensurar os ativos intangíveis: aqueles que não possuem existência física, mas que podem ser chave para o sucesso de uma organização. O BSC também busca o alinhamento estratégico, ou seja, proporciona que as ações e projetos da organização estejam alinhados com a visão de longo prazo através da estratégia traçada. Mais de 90% das organizações falham na implementação da estratégia 2.3 BSC e o alinhamento estratégico Muitas organizações dizem ter um planejamento estratégico, mas, mesmo assim, falham em implementar as suas estratégias e seus projetos não refletem a visão de longo prazo que se pretende alcançar. Por que isso acontece? Somente 5% do nível operacional compreende a visão de futuro VISÃO 78% das empresas brasileiras não vinculam o orçamento com a estratégia RECURSOS Somente 32% das organizações brasileiras possuem mecanismos eficazes para monitorar e controlar sua evolução GESTÃO ESTRATÉGICA Mais de 75% das organizações brasileiras não vinculam incentivos e remuneração com a estratégia PESSOAS As ferramentas de gestão atuais foram concebidas para gerenciar taticamente e não estrategicamente SYMNETICS. O Balanced Scorecard. Disponível em . <http:// www.symnetics.com.br>Acesso em: 25 maio 2003. Os fatores não financeiros são os que mais influenciam na avaliação das empresas pelos acionistas: Exemplos: • governança corporativa; • êxito na execução da estratégia; • estratégias e capacidade administrativa; • políticas de desclosure; • relações com investidores; • capacidade de lançar novos produtos; • crescimento de base de clientes; • participação no mercado – market share; • respeito ao meio ambiente; e • responsabilidade social corporativa. Fonte: Estudo de percepção do Investidor, 2005, Instituto Brasileiro de Economia, (IBE), FGV Resultado reforça a importância da gestão estratégica Mais importante que ter uma estratégia é conseguir executá-la 2.3 BSC e o alinhamento estratégico OBJETIVOS PESSOAIS GESTÃO DE PROCESSOS E PROJETOS ESTRATÉGIA VISÃO VALORES MISSÃO Mundo das ideias Por que existimos? Em que acreditamos? O que queremos ser? Sem o BSC, existe uma lacuna entre a missão, a visão e a estratégia e as ações cotidianas das pessoas Nosso plano de jogo: o que está dentro e o que está fora Mundo dos fatos O que precisamos fazer? O que preciso fazer? 2.3 BSC e o alinhamento estratégico Visão organizacional sem BSC OBJETIVOS PESSOAIS MAPA ESTRATÉGICO ESTRATÉGIA VISÃO VALORES MISSÃO Por que existimos? Em que acreditamos? O que queremos ser? Nosso plano de jogo: O que precisamos fazer? O que preciso fazer? BALANCED SCORECARD GESTÃO DE PROCESSOS E PROJETOS RESULTADOS ESTRATÉGICOS ACIONISTAS SATISFEITOS CLIENTES SATISFEITOS PROCESSOS EFICAZES PESSOAS MOTIVADAS Estratégia traduzida Implementação e foco 2.3 BSC e o alinhamento estratégico Visão organizacional com o BSC Gestão da estratégia: para buscar o sucesso na implementação da estratégia, as organizações devem instituir o ciclo de gestão estratégica. 2.4 Como aplicar o BSC Este ciclo deve: • buscar a construção de um plano estratégico alinhado com a visão e a missão da empresa; • fazer com que a estratégia da organização seja conhecida por todos; • desdobrar os objetivos estratégicos determinados pela empresa em esforços individuais; 2.4 Como aplicar o BSC • alinhar ações e projetos com os objetivos estratégicos; • instituir metas alinhadas com a estratégia; e • reconhecer e bonificar os colaboradores com base no sucesso atingindo pela empresa que é refletido pelos esforços individuais. 2.4 Como aplicar o BSC Metas devem refletir os desafios organizacionais para os quais os colaboradores devem direcionar suas energias e recursos. O balanced scorecard permite traduzir a missão e a estratégia das organizações em um conjunto de objetivos (mapa estratégico) monitorados por um conjunto de indicadores, que são desdobrados em metas. Fo rm u la çã o ▪ Objetivos: para onde nossos esforços devem convergir? ▪ Indicadores de performance: como vamos medir nosso sucesso? ▪ Metas: qual será a intensidade das nossas ações? ▪ Inciativas estratégicas: o que vamos fazer prioritariamente? ▪ Desafios individuais: qual será o nosso nível de comprometimento com os resultados? ▪ Missão: qual a essência do nosso negócio? ▪ Visão: o que queremos ser? ▪ Valores: o que queremos ser? ▪ Proposta de valores: o que nos torna únicos? ▪ Portfólio de produtos e serviços: em quais negócios vamos atuar e como vamos crescer em cada um deles? ▪ Mercados-alvo: quais mercados vamos atender? ▪ Marca: qual será a nossa estratégia de marca para cada mercado? Tr ad u çã o Mapa BSC Institucional e dashboard Portfólio de projetos estratégicos Contrato de metas e PPR 2.4 Como aplicar o BSC Formulação e tradução da estratégia Gestão da estratégia organizacional Gestão de performance e desenvolvimento Mapa estratégico institucional Dashboard das áreas Contrato de gestão dos executivos 2.4 Como aplicar o BSC O principal produto do metodologia balanced scorecard é a construção do mapa estratégico. • O mapa estratégico é uma representação gráfica das conexões entre as dimensões do balanced scorecard e os objetivos e indicadores estratégicos. • Representa uma relação de causa e efeito entre os componentes da estratégia de uma organização que equilibra forças contraditórias. 2.4 Como aplicar o BSC Construir o mapa elimina ambiguidades e torna clara as responsabilidades CONSELHO E RESPONSABILIDADE Comunicar e educar conselho, acionistas e analistas PROMOVER TRANSPARÊNCIA Comunicar e educar a força de trabalho acerca da estratégia EDUCAR E COMUNICAR Cada unidade e indivíduo vincula seus objetivos ao mapa CRIAR ALINHAMENTO Mapa estratégico 2.4 Como aplicar o BSC Vantagens de se ter um mapa estratégico: Estrutura do mapa estratégico: quatro dimensões traduzem a estratégia PERSPECTIVA FINANCEIRA CLIENTE S Se formos bem-sucedidos, como seremos percebidos pelos acionistas? O que eles esperam? Para realizar a visão, como devemos cuidar de nossos clientes? Como somos vistos pelo mercado? Para satisfazer os clientes, em que processos temos que ter excelência? Para realizar nossa missão, como a organização deve se estruturar, aprender e melhorar? PERSPECTIVA DO CLIENTE PERSPECTIVA INTERNA SUSTENTAÇÃO ESTRATÉGIA 2.4 Como aplicar o BSC 2.4 Como aplicar o BSC Exemplo de modelo de mapa estratégico Fonte: Kaplan e Norton (2004, p 11. ). Objetivos estratégicos Indicadores Objetivos estratégicos: especificam o que a empresa quer conseguir em cada uma das quatro perspectivas no futuro. Metas: quantitativamente, quais são as metas da empresa com o objetivo proposto? Cada meta deve estar relacionada com um objetivo estratégico. Indicadores: como será feita a mensuração das metas? Iniciativa: como a empresa se colocará em movimento para alcançar o objetivo? Iniciativas 2.4 Como aplicar o BSC O que são objetivos estratégicos? • Os objetivos são os resultados que a organização pretende atingir. • São utilizados como base para o planejamento estratégico das empresas, para que depois a organização pense nas estratégias específicas através do desdobramento de metas. 2.4 Como aplicar o BSC Objetivos estratégicos devem ser SMART Específicos, mensuráveis, adequados, realistas e temporais (SMART). Exclusiva, especial, particulareSpecífico Que possa medir, quantificar, dimensionarMensurávelPossível, realizável, alcançávelAtingível Importante, merece atençãoRelevante Prazo definidoTemporal 2.4 Como aplicar o BSC 2.4 Como aplicar o BSC O que são indicadores de desempenho ou KPIs (key performance indicators)? Indicadores de desempenho e controle de gestão formam sistemas que permitem monitorar de forma contínua as variáveis classificadas como fatores críticos de sucesso, bem como as variáveis que exigem controle para atingir a melhoria nas tomadas de decisões, tanto no presente quanto em relação ao futuro da organização. Por que precisamos dos indicadores de desempenho ou key performances? Medir e controlar o desempenho de uma organização é importante para: • cumprir os objetivos e metas propostos; • proteger os recursos da organização; • prevenir erros e as suas reincidências; • monitorar os processos de gerenciamento e planejamento; • identificar as causas dos desvios; e • verificar o cumprimento das políticas e dos procedimentos. 2.4 Como aplicar o BSC E as metas? 2.4 Como aplicar o BSC Meta é a quantificação do indicador, o quanto eu quero atingir naquele indicador para cumprir um objetivo estratégico. Desdobramento de metas Várias metodologias de gestão indicam o desdobramento de metas para conseguir fazer com que o alinhamento estratégico chegue em todos os níveis da empresa, mobilizando os colaboradores no cumprimento dos objetivos organizacionais. Vicente Falconi, um dos – senão o mais importante – consultores de gestão do Brasil, defende que não adianta ter metas estipuladas para o topo da companhia se elas não descerem até a base. O grande poder está em descobrir, todos os anos, o que você pode e precisa fazer melhor – e depois desdobrar para a empresa. Isso é o que gera os grandes resultados. 2.4 Como aplicar o BSC Desdobramento de metas é dividir a meta em várias outras diretrizes sob responsabilidade de outras pessoas Além do desdobramento de metas, o BSC vincula o atingimento das metas ao ciclo de performance do colaborador. Isso culmina com o pagamento de remuneração variável, em que se reconhece financeiramente aqueles que contribuíram para o sucesso da empresa. 2.4 Como aplicar o BSC Perspectiva Financeira 80% 90% 100% 110% 120% 80% 90% 100% 110% 120% Ampliar a receita Objetivo estratégico Perspectiva de Mercado Ve nd asAmpliar vendas novas Relacio nament oReter os clientes Fina nças Operaçõe s / Técnica Perspectiva de Sustentação Inovações inteligentes para clientes Ser viço s Garantir arrecadação bruta de 100 MM no ano Vender 50 MM no ano em novos produtos dentro da carteira existente : . Aumentar em 50% as vendas Meta do diretor comercial/ financeiro Meta do gerente comercial Executivo de vendas/ consultor de vendas Exemplo de desdobramento Para que o resultado da aplicação do BSC nas organizações seja positivo, não basta desdobrar metas. É fundamental que existam ritos mensais de acompanhamento de metas para avaliar se as estratégias estão evoluindo ou se são necessárias correções de rumo, tratando desvios através de planos de ação. Acompanhamento de metas 2.4 Como aplicar o BSC Normalmente não existem alterações de metas, de modo que as metas contratadas no ano permanecem as mesmas. Existe um momento no meio do ano de revisão de metas, em que elas só podem ser excluídas ou alteradas em função de mudança no escopo do business ou alteração da estratégia macro. Capítulo 3 – Introdução a objetivos e resultados- chave (OKRs) 3.1 Introdução a OKRs 3.2 A história dos OKRs 3.3 O que é diferente nos OKRs É uma das ferramentas de gestão para orientar e colocar em ação a estratégia de uma organização. A sigla OKRs significa objectives and key results (objetivos e resultados-chave). 3.1 Introdução a OKRs É considerado um protocolo colaborativo de definição de metas para empresas, equipes e indivíduos. OKR são alvos bastante precisos que necessitam de indicadores de desempenho para medir os resultados de determinada organização. No processo de definição dos objetivos, é importante que sejam criados critérios quantificáveis (fatia de mercado, faturamento total, número de clientes) que possam depois ser medidos por indicadores, pois assim os resultados podem ser avaliados na etapa de controle. 3.1 Introdução a OKRs No OKRs, o objetivo é traduzido pelo resultado que o negócio/organização precisa atingir. 3.1 Introdução a OKRs Vamos falar dos objetivos • Ele não deve ter um número associado a ele, sua descrição deve ser qualitativa. KPI Valor- base Meta a ser atingida Key results • Assemelham-se ao conceito de metas SMART: mensuráveis, atingíveis, relevantes e temporais. 3.1 Introdução a OKRs Vamos falar dos key results • Combina um KPI, ou indicador-chave, um valor base, que deve ser o atual, e um valor-alvo, que é a meta a ser atingida. A metodologia do OKR foi criada na década de 1970 por Andrew Grove. Grove foi CEO da Intel por mais de 10 anos, escreveu livros de negócios de sucesso, como High output management e Only the paranoid survive, e mais tarde ensinou estratégias para empresas de alta tecnologia em Stanford. 3.2 A história dos OKRs Como as metas eram estabelecidas na Intel? 3.2 A história dos OKRs O processo se chamava IMBO: Intel Management Objectives. • A definição das metas tinha participação de todos da equipe do escritório. • As metas seguiam o modelo SMART. • Eram estabelecidas com prazos trimestrais e anuais. O que ele fez de diferente? 3.2 A história dos OKRs Incentivou os colaboradores a atrelar planos de ação às metas, e as ações individuais do plano foram chamadas de key results. Para Grove, os key results seriam os marcos ou meios pelos quais as metas seriam atingidas. OKRs deveriam ser definidos do topo da organização para baixo, assim como de baixo para cima, de modo que o funcionário definiria suas próprias metas com base nos objetivos da empresa. A disseminação dos OKRs 3.2 A história dos OKRs No final da década de 1990, John Doerr, um ex-funcionário da Intel, onde conheceu o OKR, era sócio de uma empresa de investimentos. Doerr começou a aplicar o método em algumas empresas do seu portfólio de investimentos. Uma dessas empresas era o Google. A disseminação dos OKRs 3.2 A história dos OKRs Doerr definia OKRs como: “Uma metodologia de gestão que ajuda a garantir que a empresa concentre esforços nas mesmas questões importantes em toda a organização.” Ele ainda dizia: “Ideias são fáceis, execução é tudo.” 3.3 O que é diferente nos OKRs? Os OKRs são ferramentas coringa, porque são adaptáveis a qualquer ambiente. São de ampla utilização na área de tecnologia, pois nesse ambiente a agilidade e o trabalho em equipe são essenciais para a sobrevivência. 3.3 O que é diferente nos OKRs Com um cenário mundial cada vez mais globalizado, economia interligada e a informação a um clique, as mudanças estão cada vez mais rápidas. O que funcionou ontem pode rapidamente não funcionar mais. O “sempre fizemos assim e deu certo” não cabe mais nesse ambiente volátil. 3.3 O que é diferente nos OKRs Os OKRs vêm para direcionar mudanças rápidas e alinhar a organização, respondendo a perguntas como: O que precisamos fazer (e rápido)? e Quem está trabalhando nisso? O alinhamento proporcionado tem se mostrado uma poderosa ferramenta para combater os isolamentos, cultivando conexões entre os colaboradores distantes. 3.3 O que é diferente nos OKRs Outro ponto é a autonomia gerada na linha de frente, o que frequentemente resulta em novas soluções. Uma organização que sente o poder de realização através dos OKRs se esforça cada vez mais em busca de melhoria contínua. Gera uma busca constante pela entrega de valor. Depois de falarmos um pouco sobre planejamento estratégico, BSC e introduzir os conceitos preliminares e a história dos OKRs, você deve estar se questionando: OKRs e BSC seguem basicamente o mesmo propósitoe linha de raciocínio, então no que eles diferem? Você está certo! Ambas as ferramentas não são novas. Os OKRs são até mais antigos que o BSC, porém, principalmente no Vale do Silício, berço das empresas de tecnologia, alguns paradigmas de aplicação foram rompidos. 3.3 O que é diferente nos OKRs No Vale do Silício, os OKRs, na sua aplicação, diferem sob alguns aspectos em relação aos demais métodos de gestão de metas: 3.3 O que é diferente nos OKRs Sua definição varia tanto de cima para baixo da organização como de baixo para cima Alinhadas, promovem a participação ativa dos colaboradores no processo Estão menos ligadas a planos de remuneração variável, PLR etc. São reestabelecidas em ciclos mais curtos, de 3, 4 ou 6 meses de duração São públicas para todos os membros da empresa e transparentes, exceto quando possuem aspectos confidenciais OKRs focam em aprimoramento , compartilhamento aberto e medição exata, e proporcionam aos colaboradores liberdade para decidir o melhor caminho no estabelecimento de metas. Gestores assumem a figura de capacitadores, mentores e arquitetos. As ações e os dados falam mais alto do que os discursos. 3.3 O que é diferente nos OKRs • OKRs do Vale do Silício consideram que ter objetivos melhora o desempenho da empresa. Gastar horas e horas cascateando metas precisamente por toda a organização não é produtivo. • Essa é uma crítica dos OKRs “raízes” em relação aos demais métodos de gestão de desempenho. • Os defensores dessa linha argumentam que o processo de desdobramento demora muito tempo e é muito difícil garantir que todos os objetivos se alinhem perfeitamente. 3.3 O que é diferente nos OKRs 3.3 O que é diferente nos OKRs Conforme citado por Homem de Mello (2018, p. ), em seu livro OKRs: da missão às métricas: “Objetivos convergem, porque as principais OKRs da empresa são conhecidas por todos e as OKRs de todos são visíveis aos outros times e indivíduos. Equipes que estão totalmente fora de alinhamento se destacam negativamente, e as poucas iniciativas importantes que tocam a todos são fáceis de gerenciar diretamente.” Transparência: OKRs são públicos e de acesso fácil por toda a organização. S. Homem de Mello, Francisco. OKRs, da Missão às Métricas: Usando as OKRs para criar uma cultura de execução e inovação na sua empresa . leanpub.com. Edição do Kindle Posição 250. Capítulo 4 – Os prós dos OKRs 4.1 Foco e priorização 4.2 Comunicação e alinhamento 4.3 Acompanhamento da responsabilidade Ao falarmos de organizações de alto desempenho, falamos de organizações com a capacidade de se concentrar no trabalho que realmente precisa ser realizado. Saber manifestar a habilidade de definir e selecionar o que importa é igualmente importante quanto saber dizer o que não importa fazer. Isso se assemelha muito ao conceito de estratégia, que especifica o que uma organização faz ou escolherá deixar de fazer. 4.1 Foco e priorização Os OKRs fazem com que os líderes realizem escolhas difíceis de uma forma orientada. A primeira pergunta a se fazer segundo John Doerr, autor do livro Avalie o que importa (2004), é: Qual a coisa mais importante para os próximos 3, 6 ou 12 meses? Organizações que trazem cases de sucesso aprenderam a focar poucas iniciativas, priorizando aquelas que são capazes de fazer a diferença real, adiando aquelas menos urgentes. 4.1 Foco e priorização Nesse caso, os líderes se comprometem com essas escolhas, não só com sua palavra, mas com o emprego de ações. • Quais são as nossas prioridades para o próximo período? • Em que as pessoas devem concentrar seus esforços? Dentro da metodologia dos OKRs, estabelecer metas de forma eficaz se inicia com um pensamento disciplinado no topo da liderança, investindo tempo e energia para selecionar e avaliar o que realmente importa. 4.1 Foco e priorização Uma organização de sucesso foca em poucas iniciativas, mas causa um impacto capaz de fazer uma diferença real, priorizando ações. 4.1 Foco e priorização Por excelência, um OKR deve proporcionar foco! Conforme o entendimento de Steve Jobs: “Inovação significa dizer não a mil coisas”. Como prática, o número ideal de OKRs trimestrais varia entre três e cinco. Se forem mais objetivos do que isso, costumam não ser produtivos. Muitos objetivos podem confundir e tirar o foco daquilo que realmente conta, ou se tornar uma distração ao se perseguir a próxima etapa importante. 4.1 Foco e priorização 4.2 Comunicação e alinhamento “Em uma pesquisa com 11 mil executivos e gerentes seniores, a maioria deles não conseguia identificar as prioridades da empresa. Apenas metade conseguia dizer uma.” Fonte: Doerr, John. Avalie o Que Importa . Alta Books. Edição do Kindle posição 992. OKRs se apresentam como uma ferramenta comunicativa de precisão para departamentos, equipes e colaboradores individuais. Ajuda a dissipar a confusão entre o que deve ser focado na organização, esclarecendo dúvidas, obscuridades e proporcionando foco para que a organização atinja os objetivos identificados. 4.2 Comunicação e alinhamento 4.2 Comunicação e alinhamento Um dos desafios para conseguir uma tomada de decisão acertada é desenvolver no time um espírito de equipe e desencadear um desempenho de alto nível entre os membros. Para garantir o sucesso de um OKR, as metas prioritárias devem ser claramente compreendidas por toda a organização. 4.2 Comunicação e alinhamento Esse processo em uma OKR começa pelo líder compreendendo por que algo deve ser feito e o que é este algo. A equipe precisa encontrar significado, entender os objetivos e como eles se relacionam com a missão da empresa. 4.2 Comunicação e alinhamento O segredo está em como objetivos e resultados- chave se conectam no estabelecimento das metas: Objetivos são inspiracionais. Key results são concretos e métricos. Objetivos: inspiração e horizontes distantes Key results: métricas aos indicadores 4.2 Comunicação e alinhamento A comunicação e o alinhamento proporcionado pelos OKRs está diretamente relacionado com o processo de feedback. Logo após a ocorrência da atividade, o feedback deve ser aplicado. 4.2 Comunicação e alinhamento Para evitar que OKRs ambiciosos sejam buscados através de seus resultados quantitativos sem considerar critérios vitais que envolvem ética e qualidade, os key results devem ser combinados para medir tanto o efeito quanto o efeito contrário. Isso deve ser claramente alinhado com as contrapartes, transparecendo que o resultado, custe o que custar, não faz parte do jogo. 4.2 Comunicação e alinhamento Metas que permanecem em segredo não promovem alinhamento e comprometimento da organização. Levie, fundador e CEO da Box, uma empresa de nuvem virtual corporativa dizia : “A todo momento uma porcentagem significativa de pessoas está trabalhando nas coisas erradas. O desafio é saber que coisas são essas.” Fonte: Doerr, John. Avalie o Que Importa . Alta Books. Edição do Kindle posição 1373 Williams Edwards Deming foi um estatístico, professor universitário e consultor que se tornou uma referência no mundo da gestão. Mais conhecido por ter criado o ciclo de Deming, famoso PDCA, ele dizia: “Em Deus, confiamos; nos outros, só com base em dados.” — W. Edwards Deming Giardelli,Gil Como o big data está mudando mercado, 2015. Disponível em: https://exame.com/carreira/como-o-big-data-esta- mudando-mercado, acesso em 18 de agosto de 2020 4.3 Acompanhamento da responsabilidade https://www.ufrgs.br/fce/in-god-we-trust-all-others-must-bring-data https://exame.com/carreira/como-o-big-data-esta-mudando-mercado Todo ciclo de metas deve ser mensurado e acompanhado. Isso não é diferente nos OKRs. A principal diferença entre os OKRs e outras metodologias de gestão de metas como o BSC é a frequência com que são revisados e a possibilidade de serem revistos ou adaptados em função das circunstâncias. 4.3 Acompanhamento da responsabilidadeA experiência de empresas que tentaram controlar seus OKRs por arquivos de Word ou Excel, como a AOL, mostrou-se desastrosa! Isso porque essas ferramentas dificultam a escalabilidade, a transparência e a busca pela organização para entender os OKRs da empresa. 4.3 Acompanhamento da responsabilidade Objetivos se tornam obsoletos quando não sofrem atualizações frequentes de status, pois se cria uma lacuna entre o plano e a realidade. O acompanhamento é essencial, pois os colaboradores se tornam mais engajados quando conseguem ver como o trabalho deles contribui para o sucesso da empresa. Por isso, à medida que aumenta o nível de referência de metas estruturadas, mais organizações procuram algum software robusto, dedicado e baseado na nuvem para gerenciar OKRs. Essas plataformas incluem aplicativos móveis, atualizações automáticas, relatórios analíticos, workflows, alertas em tempo real e integração com Salesforce, JIRA e Zendesk. 4.3 Acompanhamento da responsabilidade O estabelecimento dos key results, ou resultados- chave, empurra a organização para além da zona de conforto. Embora os OKRs sejam conceitualmente simples, eles exigem rigor, compromisso, pensamento claro e comunicação intencional, conforme citado por Doerr em Avalie o Que Importa . Alta Books. Edição do Kindle posição 457. São primordiais para o sucesso: uma liderança forte e estável, a riqueza de recursos técnicos e uma cultura baseada em valores de transparência e trabalho em equipe. 4.3 Acompanhamento da responsabilidade Capítulo 5 – OKRs e Estratégia 5.1 Visão e OKRs 5.2 Ciclos curtos 5.3 Desdobramento de OKRs Uma crítica dos OKRs aos métodos de planejamento estratégicos é o fato de eles serem plurianuais. O problema disso nos tempos atuais, em que as dinâmicas de negócios mudam muito rápido, é que em muitos casos passamos a medir o que já não faz mais sentido, existindo pouca flexibilidade para mudanças. 5.1 Visão e OKRs Ainda assim, mesmo em uma organização regida pelos OKRs, ter um plano é essencial. E o que se propõe é que, mais do que um plano rígido, milimetricamente traçado, principalmente na visão de médio e longo prazos, é importante estabelecer uma missão e uma visão inspiradoras. 5.1 Visão e OKRs Todo o ciclo de planejamento estratégico deveria iniciar pela revisão da missão e visão das empresas, mesmo na aplicação do BSC. Mas a grande pergunta é: 5.1 Visão e OKRs Nossa missão e visão são inspiradoras? 5.1 Visão e OKRs Propósito da empresa missionária/visionária, que levará vários anos para ser alcançado. Desdobrada a partir da missão, deve ser concreta e vislumbrar horizonte de 3 a 10 anos futuros. OKRs traduzem essa visão em objetivos e key results mensuráveis Missão inspiradora alinha a organização em torno de um propósito O grande objetivo é traduzir a visão em OKRs estratégicos. Os OKRs podem e devem ser desafiadores e inovadores, desde que sejam mensuráveis. A partir da visão, com aspectos mais inspiradores e qualitativos, derivam os objetivos que devem ser atingidos. Isso deve permitir que a organização feche as lacunas entre sua realidade atual e sua visão. 5.1 Visão e OKRs Nesse ponto, OKRs e BSC não diferem muito. Ambas as metodologias visam a traduzir a missão e a visão das empresas em resultados concretos e proporcionar o alinhamento dessas estratégias para que todos trabalhem em prol do mesmo resultado. Mas então o que difere os dois? Principalmente os ciclos curtos e a liberdade de definição das metas (OKRs). 5.1 Visão e OKRs BSC OKR Na gestão tradicional de metas, raramente são empregados ciclos curtos de gestão. O ciclo é anual, e realizado em paralelo com o ciclo orçamentário e fiscal da organização, com a possibilidade de uma revisão de metas no meio do ano, que na maioria das vezes não acontece. Uma das grandes vantagens dos OKRs é possibilitar o aumento da velocidade com que a empresa e seus colaboradores corrigem suas rotas e respondem ao mercado e à inovação. 5.2 Ciclos curtos OKRs têm dois tipos de tempos. Os OKRs estratégicos miram no horizonte de 3 a 10 anos futuros. Para concretizar a visão de longo prazo, o ideal é a estruturação de OKRs de um ano. Uma ótima forma de realizar essa estruturação é alinhar os OKRs anuais com o balanced scorecard da empresa, olhando ela como um todo. 5.2 Ciclos curtos O ambiente de negócio da empresa deve ser observado para entender qual OKR é mais pertinente em cada momento. Empresas com modelos de negócios mais estáveis podem entender que um modelo de OKRs anuais é suficiente para atendê-la; em contrapartida, empresas de dinâmicas mais instáveis ou que requerem grande nível de experimentação e inovação costumam ver com grande interesse a utilização de OKRs de ciclo curto, geralmente trimestrais. 5.2 Ciclos curtos 3 a 10 anos Anuais Trimestrais ou semestrais OKRs ESTRATÉGICOS OKRs OKRs DE CICLO CURTO Vale frisar que o grande chamariz da metodologia dos OKRs está nos ciclos curtos e o fato de não estar atrelada à remuneração variável. Os demais aspectos são apenas pequenas modificações de métodos já existentes, porém a ideia de flexibilizar metas em ciclos mais curtos com o objetivo de comportar as mudanças desse ambiente volátil ainda mexe com a zona de conforto de muitos executivos. 5.2 Ciclos curtos 2 Tri 4 Tri3 Tri 1 Tri Um ciclo curto está contido no ciclo anual. Ele pode variar por conta de inúmeros fatores, como o ritmo do mercado em que a empresa está inserida, a estratégia da empresa e os níveis de indefinição que a rodeiam. Empresas de desenvolvimento de tecnologia e inovação tendem a investir mais nos ciclos curtos, que podem ser mensais. Isso permite que os seus planos táticos sejam ajustados mais rapidamente. 5.2 Ciclos curtos Ciclos aninhados de OKRs Os ciclos curtos apresentam três fases: 5.2 Ciclos curtos Ciclos aninhados de OKRs Planejamento Monitoramento Debriefing Detalharemos melhor essas três fases no capítulo Gestão dos OKRs. 5.3 Desdobramento de OKRs Embora existam pontos de vista divergentes sobre desdobrar ou não OKRs, tanto nos modelos de gestão de metas – como o BSC – quanto nos OKRs, desdobrar metas é uma ação muito importante. Muitas empresas que tentaram implementar o método Google de não desdobrar metas tiveram que se adaptar ao modelo para que os resultados fossem positivos. O desdobramento proporciona o alinhamento e senso de união na busca dos resultados, o que faz com que “todos remem o barco na mesma direção”. 5.3 Desdobramento de OKRs Com o desdobramento, metas passam a ser o norte para toda a organização, orientando e priorizando os esforços. Pensando que os recursos que uma organização tem para atingir seus objetivos são limitados, escassos e que a concorrência está cada vez mais feroz, é preciso direcionar um esforço conjunto de trabalho da empresa para que ela não se perca na falta de clareza sobre quais são as reais prioridades a perseguir. O desdobramento de OKRs consiste no processo de transformar os objetivos da organização, que são por definição os objetivos do CEO, em key results. Com as OKRs, a estratégia da empresa é reduzida de maneira muito simples a um ou a alguns pares de objetivos e key results. Estratégia Objetivo Key results Ação 5.3 Desdobramento de OKRs A maioria dos especialistas em OKRs defende que não existe um processo formal e centralizado de desdobramento de metas em toda a organização. A recomendação e prática de empresas como o Google , uma referência no assunto, é de que 60% das metas devam ser estabelecidas de “baixo para cima”, ou seja, pelos colaboradores em conjunto com seus gestores. Nesse formato, os próprios colaboradores, com base no seu entendimento das OKRs estratégicas, divulgadas de forma transparente, propõem as suas próprias OKRs. 5.3 Desdobramento de OKRs É preciso cuidado para não tomar o Google – ou qualquer outra empresa– como verdade absoluta. Conforme muito bem posicionado pelo autor Homem de Mello em seu livro (2018), em primeiro lugar, nada que funciona para o Google necessariamente funcionará para sua empresa. 5.3 Desdobramento de OKRs Não adianta pegarmos um determinado modelo de negócio e imputar seu método de forma copiada. Cada negócio tem suas características e necessidades específicas. O sucesso está muito atrelado ao bom senso de observar e analisar o seu ambiente e sua visão para determinar o que cabe e o que não cabe ser aplicado; se forem necessárias adaptações, experimente-as, pois podem fazer toda a diferença. 5.3 Desdobramento de OKRs Capítulo 6 – Construindo OKRs 6.1 Construindo OKRs 6.2 Construindo objetivos 6.3 Key results 6.4 Principais erros ao construir OKRs Já vimos um pouco da história dos OKRs e seus conceitos preliminares. Agora, vamos falar um pouco de como OKRs são construídos. A estrutura de um OKR é composta por um objetivo e pelos resultados-chave, ou key results. Veja um exemplo de como podemos estruturar um OKR: Queremos atingir XXXXXXXXXX, que será medido por YYYYYYYYYY. 6.1 Construindo OKRs OBJETIVO RESULTADO- CHAVE OKRS compromissados × OKRs ambiciosos Essas são duas variações de tipos de OKRs e entender as suas diferenças é fundamental no seu processo de construção. 6.1 Construindo OKRs OKRS compromissados: Existe concordância no fato de que serão alcançados e, por isso, a organização está disposta a ajustar cronogramas e recursos para garantir que sejam entregues. OKRS compromissados: formas de medir Os OKRs compromissados são medidos em uma escala de 0 a 1. 6.1 Construindo OKRs Espera-se que um OKR compromissado obtenha uma pontuação de 1. Quando a pontuação for menor que 1, é necessário que se apresente uma explicação para a falha. Uma pontuação abaixo de 1 sugere que aconteceram erros de planejamento ou de execução do OKR. OKRS ambiciosos 6.1 Construindo OKRs OKRs ambiciosos retratam o resultado perfeito, ou seja, como gostaríamos que nossa organização ou negócio fosse. Isso não significa que tenhamos uma ideia clara de como chegar lá, ou do que precisamos para conquistar esse cenário. Esse tipo de OKR busca uma pontuação média esperada de 0,7, com predomínio de alta variação. OKRs estratégicos ou organizacionais: são aqueles que guiarão toda a empresa para que os resultados desejados sejam atingidos. Devem traduzir as prioridades e as estratégias. 6.1 Construindo OKRS OKRs podem ser estruturados em níveis OKRs departamentais: estruturam as metas que buscam direcionar a atuação de cada time; portanto, geralmente, são mais específicos na formulação desses objetivos. Devem estar alinhados com o propósito da companhia, pois seus resultados afetarão diretamente a performance do negócio. OKRs individuais: são focados na performance do colaborador, porém também precisam refletir nos OKRs estratégicos. Os objetivos são os “sonhos” da empresa, times e colaboradores. São definidos em frases simples de acordo com a visão e as expectativas do negócio. A principal função do objetivo é comunicar: a linguagem é a principal ferramenta para mobilizar as equipes, através de propostas de ações concretas. Devem sempre ser qualitativos e aspiracionais, possuir prazo de conclusão e responsável, além de poder ser questionado pelas equipes. 6.2 Construindo objetivos Objetivos 6.2 Construindo objetivos Características dos objetivos • Ser qualitativo. • Ser aspiracional é recomendado. • Ter responsável • Ter prazo para ser concluído. • A equipe pode participar e opinar na construção do objetivo. Uma maneira de se traçar o objetivo é se perguntar: O que você deseja alcançar? A resposta será o seu objetivo. 6.3 Key results Após a definição dos objetivos, o próximo passo é determinar os key results. Key results são os critérios de sucesso dos objetivos. Devem permitir que se possa medir ou comprovar que um objetivo foi atingido. 6.3 Key results Características dos key results Por serem os key results os resultados-chave que medem os critérios de sucesso do objetivo, eles precisam ser mensuráveis. O conceito SMART ajuda na confecção correta de KRs. Os dados medidos precisam ser quantitativos, eliminando dúvidas em relação ao progresso. Isso evita a subjetividade, pois são utilizados para entender de forma mais direta se estamos evoluindo ou não. Outra questão importante é que os KRs devem ser ambiciosos e desafiadores, tirando os colaboradores e times da zona de conforto. 6.3 Key results Criando bons key results Específico Foram bem definidos e todos podem entendê-los? Mensurável Conseguimos mensurar seu progresso? Alcançável É realmente possível realizá- los? Relevante São realmente importantes para o propósito da empresa? Temporal Estabelecemos um prazo para atingi-los. Com base no modelo SMART, podemos aplicar cinco perguntas para nos ajudar a construir um bom KR. 6.3 Key results Criando bons key results sejam baseados em indicadores quantitativos sejam plotáveis em um gráfico (KPIs) sejam fáceis de se medir sejam ambiciosos e desafiadores estejam diretamente sobre a ação do responsável Para ter um resultado efetivo, é importante que os KRs: Fonte: elaborado pelo autor. 6.3 Key results Conceito de stretch goal Um conceito utilizado nos OKRs é baseado no termo em inglês stretch goals ou “metas elásticas”. Isso significa que a construção da estratégia é bilateral e não apenas determinada pelo alto escalão. Dessa forma, os colaboradores participam das discussões, tendo abertura para propor novas formas de atingir determinado objetivo da companhia ou do time. Como geralmente isso está desassociado da remuneração variável, o colaborador se sente motivado e desafiado a buscar novas estratégias para atingir determinado objetivo, sentindo-se mais apto a se arriscar, sabendo que seu bônus não será prejudicado. 6.3 Key results Conceito de stretch goal É importante deixar claro que nem todo KR deve ser um stretch goal. É necessário considerar os desafios e tomar alguns riscos para se conquistar resultados únicos, mas um ganho importante é o poder que o colaborador sente ao ver seus objetivos sendo atingidos. Lembre-se: desafiador não significa impossível! 6.3 Key results KRs desafiadores Mas o quão desafiador deve ser um KR? Se o stretch goal não deve ser deliberadamente utilizado, existe uma divisão correta de nível de desafio dos KRs? O que é considerado como uma atribuição eficiente de OKRs dentro de uma organização? Quando são 100% atingidos? A resposta é não para todas as perguntas, existe uma régua para balizar como o sucesso da atribuição de um KR deve ser medido. Se este foi o nível de atingimento, é provável que os OKRs definidos não tenham sido de fato desafiadores. Se este foi o nível de atingimento, significa que os OKRs estabelecidos foram desafiadores, mas atingíveis; é o ponto desejável. Houve progresso, mas insuficiente. Não houve progresso. Os OKRs estabelecidos podem ter sido desafiadores demais, a ponto de serem inatingíveis. 6.3 Key results KRs desafiadores 6.3 Key results Tipos de KRs: de valor Esses KRs retratam alavancas que permitem à organização gerar valor a partir de um objetivo. Uma alavanca de valor reflete uma ação que impulsiona os resultados. Exemplo de um KR de valor Uma empresa quer dominar o mercado de vendas online de roupas. Uma forma de conquistar mais clientes seria aumentar o número de usuários de seu APP. A construção de um OKR seria: Queremos dominar o mercado de vendas online de roupas. Para isso, vamos atingir 700 mil novos usuários ativos em nosso APP. OBJETIVO KR de valor 6.3 Key results Tipos de KRs: de qualidade Seguindo o exemplo da mesma empresa que quer dominar o mercado de vendas online de roupas, pensando que para isso é necessário ter um processo de qualidade, um KRpossível para esse caso é ter a porcentagem de satisfação dos clientes. Não devemos pensar apenas no valor total adquirido, mas sim na qualidade do progresso. OBJETIVO KR de qualidade Queremos dominar o mercado de vendas online de roupas. Para isso, garantiremos 95% de índice de satisfação dos clientes que compram pelo APP. 6.3 Key results Tipos de KRs: de eficiência Agora, se quiséssemos que um desses KRs refletisse a eficiência dessa empresa para impactar na preferência dos clientes, poderíamos pensar em uma métrica de tempo de entrega dos produtos: OBJETIVO KR de qualidade Queremos dominar o mercado de vendas online de roupas. Para isso, garantiremos tempo médio de entrega dos produtos de 72 horas. 6.3 Key results Tipos de KRs: marco de entrega ou milestone Os KRs também podem representar marcos de entrega ou atividades que estejam ligadas com seus objetivos e que sejam essenciais para o progresso da empresa. Esse tipo de KR é binário, ou seja, não tem meio termo: ou entregou ou não entregou. Vejamos o exemplo aplicado a seguir: OBJETIVO KR por entrega Queremos dominar o mercado de vendas online de roupas. Para isso, garantiremos a entrega de uma nova interface, mais simples, do APP. 6.3 Key results O que os KRs não são Os KRs não devem ser confundidos com tarefas. São indicadores de performance, de modo que mostram: o que temos que entregar e o que não; e como vamos fazer, como vamos entrar em ação para entregar o resultado. De nada adianta cumprir as tarefas se elas não resultarem em progresso para a empresa. O quadro a seguir exemplifica bem a diferença: Fonte: OKR: guia definitivo (COBLUE, 2016, p. 56). 6.4 Principais erros ao construir OKRs Tempo é um recurso escasso para todos. Por isso, OKRs malfeitos ou mal gerenciados constituem em uma perda de tempo e recursos. Em compensação, quando bem-feitos, tornam-se uma poderosa ferramenta de gerenciamento motivacional, que contribui na comunicação, deixando claro para as equipes o que focar, como otimizar e quando realizar concessões no seu trabalho diário. Doerr (2004) aponta seis armadilhas que resultam em OKRs mal construídos: 6.4 Principais erros ao construir OKRs Erro 1: não diferenciar OKRs compromissados de OKRs ambiciosos. • Não saber diferenciar os dois tipos de OKRs pode levar a uma falha. Por quê? Porque os times podem questionar a credibilidade e não levar o sistema a sério. Isso pode impactar a flexibilidade em querer mudar suas outras prioridades para se concentrar no cumprimento dos OKRs compromissados. • Estabelecer um OKR ambicioso como OKR compromissado deixa o time defensivo, pois não conseguem encontrar uma maneira de cumprir com o OKR. • Inversão de prioridades: quando OKRs compromissados são deixados de lado para que se foque no OKR ambicioso. 6.4 Principais erros ao construir OKRs Erro 2: OKRs padronizados e regulares. • Ao padronizar ou deixar OKRs regulares, a equipe geralmente atribui os OKRs com base no que ela acredita que pode conseguir, sem mudar nada do que está fazendo, ou seja, o desafio e o que os clientes realmente precisam deixam de ser capturados em prol de uma postura mais cômoda. 6.4 Principais erros ao construir OKRs Erro 3: OKRs ambiciosos sem ousadia. • Um OKR ambicioso deve responder a perguntas do tipo: “Como seria o meu mundo (ou dos meus clientes) daqui a alguns anos se fôssemos libertados da maioria das restrições?” • Por definição, não se sabe como alcançar esse objetivo no momento em que o OKR é formulado. É justamente isso que o torna um OKR ambicioso. • As incertezas não devem impedir que o OKR seja ambicioso. Se não houver capacidade de visualizar o estado final desejado, ele nunca será possível de ser alcançado; sempre se pergunte se o OKR estabelecido reflete de fato o desejo dos clientes e se atende às suas expectativas. 6.4 Principais erros ao construir OKRs Erro 4: subestimar recursos para os OKRs. • A utilização dos recursos disponíveis para o atingimento de OKRs compromissados de uma equipe deve ser quase que total para que ele não perca a credibilidade. Se isso não ocorre, eles serão comprometidos. • Quando uma equipe consegue atender a todos os seus OKRs sem precisar de todo o efetivo ou investimento destinados, dá a entender que não está forçando os limites necessários para atingir resultados diferenciais. • A observação desse ponto é um alerta para que a gestão realoque recursos em grupos que farão uso mais eficiente deles. 6.4 Principais erros ao construir OKRs Erro 5: OKRs abandonados. • OKRs precisam entregar um valor claro para justificar todo o emprego de recursos. • Um dos piores erros ao se criar OKRs é estabelecer objetivos de baixo valor, que também são conhecidos como OKRs “abandonados”. • Esses objetivos são aqueles que, mesmo cumpridos com nota 1, não são notados por ninguém, ou seja, não geram valor para a organização 6.4 Principais erros ao construir OKRs Erro 6: resultados-chave insuficientes para os objetivos compromissados. • Dividimos os OKRs entre resultado desejado (o objetivo) e os passos mensuráveis necessários para alcançar esse resultado (os resultados-chave). Queremos que os KRs conquistem uma pontuação de 1 em todos os resultados-chave atrelados ao objetivo. • Evitar compromissos difíceis e necessários para atingir os KRs faz com que os esforços sejam insuficientes para que, coletivamente, atinja-se o objetivo. 6.4 Principais erros ao construir OKRs • Uma forma de se evitar isso é se perguntar: É razoavelmente possível obter uma pontuação 1 em todos os resultados-chave e, ainda assim, não atingir a intenção do objetivo? • Se a resposta for positiva, reveja ou acrescente KRs ao seu objetivo arte, inspirador, até que o resultado garanta o atingimento do OKR. Erro 6: resultados-chave insuficientes para os objetivos compromissados. Capítulo 7 – Gestão dos OKRs 7.1 Cadência 7.2 Gestão de OKRs 7.3 Monitoramento 7.4 Debriefing A cadência é o que dita o ritmo de um OKR. É um atributo importante para que a metodologia se adapte às necessidades e características de cada organização. Isso pode diferenciar o sucesso na aplicação do método por uma organização. Para isso, é importante entender e conhecer o modelo de negócio e o ambiente em que ele está inserido. 7.1 Cadência Empresas mais voláteis e de negócios mais instáveis, como as de tecnologia, deveriam investir em ciclos de OKRs mais curtos, para enfrentar as constantes inovações e tecnologias do mercado. A grande maioria das empresas que adota a metodologia OKR utiliza o que conhecemos como dupla cadência: OKRs estratégicos: seguem ciclo anual. OKRs organizacionais e individuais: seguem, geralmente, ciclos trimestrais. Esse modelo permite que as empresas equilibrem abordagens de curto e longo prazos para a formatação de objetivos. 7.1 Cadência 7.1 Cadência Exemplo de ciclo básico de OKRs Fonte: OKR: guia definitivo (COBLUE, 2016, p. 67). 7.2 Gestão de OKRS Quantidade de objetivos e key results recomendados 7.2 Gestão de OKRS • Não basta atribuirmos OKRs e achar que eles por si só garantirão os resultados organizacionais. • Os ritos de gestão e acompanhamento dos OKRs são os momentos que propiciam visualizar os seus verdadeiros benefícios. • Constroem o caminho para a produção de melhores resultados em toda a empresa. Desempenho Excelência Alinhamento Aprendizagem 7.2 Gestão de OKRS Rompendo com o medo de errar Claramente vemos na maioria das organizações uma cultura em que não se pode errar. Errar resulta em uma “caça às bruxas”, em procurar culpados. OKRs focam em uma forma de pensar que busca romper com esse tipo de pensamento. Encaram os problemas como oportunidades e metas a serem batidas, ou metas que falhamos em bater. Isso cria um clima focado na aprendizagem e crescimento, contribuindo para uma mudança de cultura que busca resolução e contribuição. 7.3 Monitoramento Check-inReuniões de acompanhamento: check-in É a primeira etapa, considerada a mais importante do processo de monitoramento de OKRs. As reuniões de acompanhamento são oportunidades de a organização promover uma cultura de aprendizagem com as metas como ponto central. Devemos, no rito das reuniões de acompanhamento, romper com o medo de falar sobre resultados que não estão favoráveis, buscando, em conjunto, encontrar soluções. 7.3 Monitoramento Reuniões de acompanhamento – Check-in As reuniões de check-in acontecem semanalmente com o objetivo de analisar e discutir o andamento dos OKRs, avaliar as dificuldades e balizar o desenvolvimento dos próximos objetivos. São utilizadas como termômetro para avaliar se a gestão dos objetivos está sendo efetiva, ou se são necessárias ações corretivas. A disciplina é um dos fatores cruciais para o bom andamento dos objetivos: ao incluir OKRs na rotina, nota-se uma grande diferença em termos de organização e resultados. No Google, por exemplo, todos se reúnem uma vez por semana para rever o progresso dos objetivos. 7.3 Monitoramento Reuniões de transição Sempre ocorrem próximo aos fins de ciclos, sejam eles anuais ou trimestrais. Esse rito pode tornar os resultados ainda mais expressivos em relação aos atingidos no ciclo passado. É recomendado que as reuniões de avaliações anuais e trimestrais aconteçam separadamente, ocorrendo a cada duas semanas antes do fim de um ciclo de OKR. 7.3 Monitoramento Para um encontro efetivo, recomendamos abordar os pontos a seguir: 1. avaliação dos resultados do último período; 2. definição das diretrizes estratégicas; 3. criação dos OKRs anuais; e 4. apresentação do planejamento anual para a empresa. 7.3 Monitoramento • Plano de ação executado corretamente, mas a OKR não foi atingida Fato • Plano de ação estava errado, ou uma nova variável surgiu após a criação do plano de ação, afetando o resultado Provável causa • Equipe precisa levantar por que o plano estava errado e ajustá-lo para o próximo ciclo, considerando novas variáveis existentes Ação Recomendações de análises de OKRs 7.3 Monitoramento • Plano de ação NÃO foi executado corretamente e a OKR não foi atingida Fato • Fatores impediram a execução do plano, porém não foram neutralizados pela equipe ao longo do monitoramento através de novas ações Provável causa • Equipe precisa traçar novas ações e garantir que caminhos alternativos serão executados em caso de desvios para atingir os objetivos Ação Recomendações de análises de OKRs 7.3 Monitoramento • Plano de ação foi executado corretamente e a OKR foi atingida Fato • A equipe deve, mesmo nos casos de sucesso, avaliar as realizações e diagnosticar se são consequências diretas do plano ou de fatores externos Recomendação • No caso de o sucesso estar relacionado a fatores externos e não aos planos, a equipe deve entender por que esses fatores não estavam previstos no plano Ação Recomendações de análises de OKRs 7.4 Debriefing Debriefing é um termo usado para reunião de reporte de execução de uma tarefa. Existem algumas discussões sobre como os OKRs devem ser medidos e reportados. É onde o ciclo OKR termina e um novo ciclo é iniciado. Seu objetivo principal é finalizar a apuração das OKRs e promover aprendizado sobre o que aconteceu durante o ciclo. Abordagem Google Existem apenas 5 percentuais possíveis de atingimento dos OKRs, combinados no ato do planejamento entre gestor e liderado. A avaliação ocorre no processo de término do ciclo através de uma média simples. 7.4 Debriefing Abordagem Google × demais organizações O Google não considera atrelar os resultados dos OKRs às avalições de desempenho e aos processos de remuneração. A despeito do Google, muitas organizações empregam esses processos e a força de trabalho vê algum valor neles. Então, como possibilitar ao profissionais de RH calibrar de forma justa? Pelo fato de essa escala de classificação ser um pouco subjetiva, algumas adaptações vêm sendo feitas. A proposta é uma variação na forma de mensuração de OKRs, tornando-a mais objetiva, medindo o progresso dos KRs de forma numérica. 7.4 Debriefing Abordagem Google × demais organizações A sugestão é medi-los com base no progresso matemático obtido ou com base em elementos binários (concluído ou não concluído etc.). • Ex.: medir o KR “aumentar a retenção de clientes em 15% ao mês”: se na sua medição final de ciclo esse número foi atingido, entende-se que essa OKR foi atingida em 100%. • Ex. binário: “desenvolver um novo produto até o fim do ano”: a medição do KR resultante seria produto desenvolvido ou não: • Se o produto for desenvolvido, o OKR será atingido em 100% se não, o atingimento do KR foi de 0%. 7.4 Debriefing Não existe criação de uma cultura de alto desempenho e organização voltada para resultados sem ritos de acompanhamento das OKRs e seus key results. Daí a importância dos KPIs atrelados. Não existe razão para ter metas se elas não serão acompanhadas. A importância do acompanhamento 7.4 Debriefing A autonomia e a cultura de resultados só pode ser conquistada se os colaboradores cultivarem o senso de donos de seus OKRs, que devem ser monitorados de maneira contínua, a fim de verificar se os objetivos organizacionais estão sendo atingidos. É essencial promover uma reavaliação contínua e uma classificação honesta e objetiva dos OKRs que comece pelo topo. Tudo muda quando os líderes admitem abertamente seus erros, pois isso proporciona conforto aos colaboradores e os motiva a assumir riscos de forma saudável. A importância do acompanhamento 7.4 Debriefing Executando o debriefing A fase de debriefing dura um nível de dificuldade e tem velocidade proporcional ao quão bem executada foi a fase de monitoramento. Como próxima etapa, é importante realizar as reflexões, fazer com que os times reflitam sobre o que funcionou bem e o que deu errado nas execuções dos OKRs. Para essa avaliação, existe a sugestão do seguinte roteiro a ser executado em conjunto com as equipes: A OKR foi alcançada (sim/não)? Por que essas coisas deram certo ou errado? O que aprendi com esse ciclo que vou levar comigo e com a empresa? Capítulo 8 – OKRs e agilidade 8.1 OKRs e agilidade 8.2 OKRs, métricas e projetos 8.3 Transparência e acompanhamento 8.1 OKRs e agilidade Quando falamos de agilidade, falamos de inspeção, adaptação e transparência como pilares. Isso é visto tanto em ambientes de agilidade quanto em ambientes de negócios e projetos. Ser ágil não significa “sair fazendo”, sem planejamento, controle e correção de caminhos. Nesse contexto, medir o objetivo almejado continua sendo essencial. Inspeção TransparênciaAdaptação 8.1 OKRs e agilidade Falamos que, tradicionalmente, metas são medidas em um ciclo anual com pouca flexibilidade de mudança. Olhando esse cenário, fica a pergunta: como podemos aplicar uma cultura ágil, em que a adaptação é um ponto essencial para responder às mudanças e volatilidade do ambiente sem penalizar as metas? Como fazer com que as mudanças nas metas não sejam usadas de forma leviana para justificar o não atendimento dos resultados necessários? 8.1 OKRs e agilidade OKR: aplicando a gestão nas práticas ágeis Quando aplicamos as práticas ágeis em empresas tradicionais, com uma cultura de comando, controle e visão de longo prazo, é natural que a principal forma de desdobrar metas seja em cascata, ou o conhecido método waterfall. São feitas de cima para baixo e com pouquíssima flexibilidade para mudanças. 8.1 OKRs e agilidade OKR: Aplicando a gestão nas práticas ágeis Aplicar gestão às práticas ágeis é permitir testar o modelo de negócio da empresa. Para acompanhar o dinamismo – a adaptação proposta pelas práticas ágeis –, precisamos também mudar o olhar das métricas e torná-las mais ágeis sem prejudicar o compromisso com a estratégia de longo prazo daorganização. 8.1 OKRs e agilidade A agilidade traz a questão da experimentação para promover uma adaptação que gere valor ao cliente. Por meio de ciclos curtos, são promovidas melhorias contínuas. OKRs vêm para viabilizar um acompanhamento de metas de uma forma mais ágil, uma vez que um de seus principais diferenciais é justamente a agilidade na revisão dos objetivos. A lógica de OKRs é justamente ser dinâmico, com ciclos curtos de metas e entregas. 8.1 OKRs e agilidade Liderança Métodos ágeis necessitam de figuras de referência que disseminem internamente os seus valores, princípios e práticas da cultura ágil. Tanto nos OKRs quanto nas metodologias ágeis, as figuras de liderança se assemelham por assumirem uma postura mais de coach do que de comando e controle. A missão da liderança é garantir que todos os processos e rituais sejam praticados de forma eficiente, a fim de promover a motivação e o engajamento com os projetos e objetivos definidos. São agentes de mudanças, propondo melhorias e mitigando eventuais problemas. 8.2 OKRs, métricas e projetos OKR como opção de métrica Em empresas cujo centro de seus negócios é a inovação e tecnologia, a flexibilidade é fundamental para executar, reinventar e explorar. Geralmente essas empresas trabalham por projetos e, muitas vezes, medir e estabelecer metas para projetos se torna um grande desafio. Como fugir do subjetivo e concretizar a aferição de resultados? É um erro achar que todo PMO (Project Management Office ou escritório de projetos) sabe com consciência o que é valor para o cliente final. O principal foco da agilidade é a entrega de valor. 8.2 OKRs, métricas e projetos OKR como opção de métrica Recursos são escassos e não devem ser desperdiçados com caminhos errados. Não adianta ser rápido se o projeto não deveria nem ser realizado. Quando se fala em projetos, torna-se mais importante ainda medir o valor deles. Precisam estar alinhados a estratégias com fatos e dados. Para evitar a alta taxa de insucesso nos projetos, é preciso buscar um business case com validações, fechar o ciclo e realizar medições. 8.2 OKRs, métricas e projetos Ciclos dinâmicos de gestão Métodos tradicionais e métodos ágeis diferem principalmente no planejamento. Nos métodos ágeis, não se planeja todos os passos do projeto ou do negócio de forma imediata, mas sim de forma incremental, aperfeiçoando os processos conforme o trajeto e a necessidade do cliente. Projetos geridos de forma ágil são divididos em sprints, entregas constantes de valor, de forma incremental, e em ciclos curtos. Ser ágil é mais do que um método, é gerir mudanças de forma ágil, respondendo rapidamente às necessidades de ajustes. 8.2 OKRs, métricas e projetos Ciclos dinâmicos de gestão OKRs são ótimas métricas para projetos, pois em sua gestão são adotados períodos dinâmicos e curtos muito similares às sprints. Em contraponto ao processo anual, estático, de avaliação de metas, os OKRs viabilizam uma atuação rápida, facilitando a tomada de decisões. Isso possibilita que a organização e seus projetos respondam rapidamente aos fatores externos e internos em constante mudança, como oscilações econômicas, mudanças de câmbio, novos concorrentes e respostas dos clientes que exigem mudanças. 8.2 OKRs, métricas e projetos OKRs e métodos ágeis buscam consenso e participação em vez de imposição de projetos e processos. O objetivo de ambos é buscar uma cultura de foco em resultados e na geração de valor. O desenvolvimento dos projetos ocorre em prol de um objetivo maior. Foco no resultado e no valor dos projetos 8.2 OKRs, métricas e projetos Objetivo: melhorar a jornada do cliente através de novo APP de compras. Sugestão de KRs Entrega (milestone) Valor da entrega (satisfação do cliente) Qualidade Eficiência Objetivo: melhorar a jornada do cliente através de novo APP de compras. KR 1: Alcançar 80 de NPS 80 KR 2: Entrega de 4 relatórios de uso KR 3: Manter taxas de bugs abaixo de 7% KR 4: Corrigir falhas em 4 horas Exemplo de OKR para modelos ágeis OKR e os métodos ágeis possuem muitos pontos em comum e, por isso, OKRs se tornam uma métrica muito promissora para projetos ágeis. A seguir, vemos exemplos de OKRs para gestão de projetos. Suponhamos que uma organização inicie um projeto de novo APP de compras que melhore a experiência do usuário. 8.3 Transparência e acompanhamento Tanto para os OKRs quanto para as práticas ágeis, temos pilares muito claros que envolvem: • comunicação; • alinhamento estratégico; • transparência; e • trabalho colaborativo. Esses são elementos indispensáveis para práticas ágeis e OKRs. 8.3 Transparência e acompanhamento Reuniões periódicas de performance Os ritos de gestão são presentes tanto nos OKRs quanto nos métodos ágeis. Para que os ciclos dinâmicos não se tornem um grande elefante branco na organização, o monitoramento ativo e de alta frequência é importante para garantir que a rota traçada seja cumprida. 8.3 Transparência e acompanhamento Reuniões periódicas de performance Aqui vemos a semelhança entre as metodologias: nos métodos ágeis, vemos os daily meetings ou reuniões diárias de acompanhamento das sprints. Na gestão de OKRs, vemos as reuniões semanais de check-in. Ambas têm o objetivo de monitorar as ações, promover o andamento e corrigir rotas quando necessário. Capítulo 9 – OKRs e BSC: qual escolher? 9.1 OKRs e BSC: como escolher? 9.2 OKRs e BSC: vantagens e desvantagens 9.3 Resumo BSC × OKRs 9.4 Avalie sua necessidade 9.1 OKRs e BSC: como escolher? Depois de conhecer o BSC e os OKRs, você deve estar se perguntando: qual desses métodos é o melhor para implantar na organização? BSC e OKRs não são metodologias novas, mas os OKRs viraram febre após a explosão de startups e do Google. Mas qual o melhor modelo de gestão empresarial para a sua empresa? 9.1 OKRs e BSC: como escolher? A melhor resposta é: depende! Você precisa analisar o ambiente e o contexto da organização. As duas metodologias buscam o mesmo propósito: fazer com que todos da organização, do mais baixo ao mais alto nível, trabalhem pelo mesmo objetivo. A variação entre elas está no nível de complexidade e profundidade com que cada uma aborda a gestão, bem como as ferramentas utilizadas. 9.2 OKRs e BSC: vantagens e desvantagens BSC: vantagens • Visão abrangente e sistêmica da organização, avaliando de forma global o desempenho organizacional. • A definição das perspectivas possibilita às organizações o direcionamento sobre os principais pontos a serem observados no momento de definição das estratégias. • A relação de causa-efeito proporciona melhor alocação dos recursos da organização. BSC: vantagens • O mapa estratégico proporciona de forma simples, clara e rápida a compreensão dos objetivos e estratégias. • Proporciona sinergias na organização através da visualização clara e objetiva da estratégia – conceito de “todos no mesmo barco, remando na mesma direção.” 9.2 OKRs e BSC: vantagens e desvantagens BSC: desvantagens • Embora essa seja a maior proposta, algumas organizações podem sentir dificuldade em definir medidas de desempenho não financeiras para as perspectivas de: mercado, processos internos, aprendizagem e crescimento. • Estabelecer a relação de causa-efeito entre os objetivos pode ser bastante complexo e demorado. Os desdobramentos precisam garantir que as metas estejam conectadas com as estratégias do mapa. • Dificuldade de aplicação: o BSC requer um envolvimento contínuo de todos os colaboradores em prol da execução da estratégia. 9.2 OKRs e BSC: vantagens e desvantagens BSC: desvantagens • Demora para desdobrar metas: dependendo do tamanho da organização, o desdobramento de metas pode ser um processo árduo e demorado, além de pouco participativo. • Pouca flexibilidade para alteração de metas: originalmente, as metas estabelecidas no início do ano não se alteram. 9.2 OKRse BSC: vantagens e desvantagens OKRs: vantagens • O desdobramento é participativo, envolve todas as áreas e indivíduos da empresa e há bastante espaço para discussão colegiada. • Ciclo mais curto com acompanhamentos semanais e replanejamento a cada três meses, tornando as adaptações mais favoráveis. • Desdobramento mais simples considerando apenas três níveis: empresa, times e indivíduos, e não funções como o BSC. 9.2 OKRs e BSC: vantagens e desvantagens Imagem de <a href="https://pixabay.com/pt/users/peggy_marco-1553824/?utm_source=link- attribution&utm_medium=referral&utm_campaign=image&utm_content=2339843">Peggy und Marco Lachmann-Anke</a> por <a href="https://pixabay.com/pt/?utm_source=link- attribution&utm_medium=referral&utm_campaign=image&utm_content=2339843">Pixabay</a> OKRs: vantagens • O foco estratégico está apenas nos fatores importantes para o crescimento da empresa. • Gera senso de dono, pois as equipes definem seus papéis para o crescimento da companhia como um todo, com autonomia para traçar os objetivos individuais a partir dos objetivos globais, por meio de metas agressivas. 9.2 OKRs e BSC: vantagens e desvantagens OKRS: desvantagens • Não garante que todas as áreas da organização estejam cobertas por desafios e metas, de modo que a concentração pode ser apenas nas áreas de maior valor. • Dificuldade de implementação em empresas com modelos de negócios tradicionais, por ser muito aberto e dar margem à subjetividade. • Devido à abertura e ousadia e por prever a possibilidade de mudanças e adaptações das metas, não pode ser usado para fins de remuneração variável. 9.2 OKRs e BSC: vantagens e desvantagens OKRS: desvantagens • Pode ser usado de forma leviana devido à flexibilidade. • Requer alta maturidade dos colaboradores para definir metas impactantes. 9.2 OKRs e BSC: vantagens e desvantagens 9.3 Resumo BSC × OKRs • O BSC é mais abrangente e efetivo em determinar objetivos olhando a empresa como um todo, sistemicamente. • O BSC resume a estratégia, facilitando sua compreensão e alinhamento por meio do mapa estratégico, balizando toda a organização; já o OKR foca em áreas específicas. • O ciclo do OKR é mais curto, perfeito para empresas com maior volatilidade de ambiente e modelo de negócios. BSC OKR 9.3 Resumo BSC × OKRs • O OKR é mais simples e objetivo, enquanto o BSC é mais abrangente e complexo. • O OKR não pode ser utilizado para fins de remuneração variável (PLR). • Ambos melhoram a comunicação e o alinhamento estratégico. BSC OKR 9.4 Avalie a sua necessidade • Entenda a cultura organizacional, analise a estrutura da empresa, os desafios futuros, os processos e identifique a importância que os objetivos estratégicos bem planejados representam para cada colaborador. • Identifique como a gestão e acompanhamento de metas são realizados na sua organização e quais aspectos precisam ser melhorados. • Muitas empresas têm aplicado modelos híbridos em que se emprega o melhor do BSC e dos OKRs em conjunto, promovendo perfeita adaptação e grande sinergia entre os métodos. 9.4 Avalie a sua necessidade • O mais importante é começar a implementar uma cultura em gestão de resultados. • Temos empresas na lista da Forbes e líderes de mercado que conquistaram sua posição usando puramente BSC, e temos empresas que se alavancaram por meio dos OKRs. • Essa decisão deve levar em conta principalmente as características da organização, como modelo de negócios, perfil dos colaboradores, concorrentes e incerteza de mercado. • É difícil uma metodologia pura se adequar a todas as necessidades. Assim, use o bom senso. Referências bibliográficas • OLIVEIRA, D. de P. R. de. Planejamento estratégico: conceito, metodologias e práticas. 20. ed. São Paulo: Atlas, 2004. • MINTZBERG, H.; QUINN, J. B. O processo da estratégia. Porto Alegre: Artes Médicas Sul Ltda, 1998. • KAPLAN, R.; NORTON, D. Mapas estratégicos: convertendo ativos intangíveis em resultados tangíveis. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. • DOERR, J. Avalie o que importa. Rio de Janeiro: Alta Books, 2004. E-book. • HOMEM DE MELLO, F. S. OKRs, da missão às métricas: usando as OKRs para criar uma cultura de execução e inovação na sua empresa. São Paulo: Kindle, 2018. E- book. • COBLUE ORK MANAGEMENT. OKR: guia definitivo. São Paulo: Coblue OKR, 2016. Disponível em: https://promo.coblue.com.br/ebook-okr-1. Acesso em: 11 set. 2020. • SCHWABER, K.; SUTHERLAND, J. The Scrum Guide. 2017. Disponível em: https://www.scrumguides.org/docs/scrumguide/v2017/2017-Scrum-Guide-US.pdf. Acesso em: 11 set. 2020. • SUTHERLAND, J. Scrum: a arte de fazer o dobro do trabalho na metade do tempo. São Paulo: Leya, 2014. https://promo.coblue.com.br/ebook-okr-1 https://www.scrumguides.org/docs/scrumguide/v2017/2017-Scrum-Guide-US.pdf Créditos das imagens slide 1: rawpixel.com/freepik.com slide 4: freepik/freepik.com slide 5: rawpixel.com/freepik.com slide 6: rawpixel.com/freepik.com slide 7: rawpixel.com/freepik.com slide 11: macrovector/freepik.com slide 12: stories/freepik.com slide 13: rawpixel.com/freepik.com slide 14: katemangostar/freepik.com slide 16: http://www.blsistemas.com.br/wcm-e-tpm-da- segunda-guerra-ate-a-automacao-industrial/o-tpm-do-japao- para-o-mundo/ slide 17: https://thinkers50.com/biographies/robert-kaplan- david-norton/ slide 24: mindandi/freepik.com slide 25: flaticon/freepik.com slide 26: ijeab/freepik.com slide 28: Criado pelo autor slide 33: adaptado pelo autor com rawpixel.com/freepik.com slide 35: flaticon/freepik.com slide 37: pch.vector/freepik.com slide 38: katemangostar/freepik.com slide 39: https://www.falconi.com/flcn_book/true-power/ slide 41: mindandi/freepik.com slide 43: Criado pelo autor slide 44: Royalty Free Image/rawpixel.com slide 45: Waewkidja/freepik.com slide 46: rawpixel.com/freepik.com slide 47: High Output Management e Only The Paranoid Survive, 1995 slide 48: https://www.intel.com.br/content/www/br/pt/products/process ors.html slide 49: freepik/freepik.com slide 50: https://www.intel.com.br/content/www/br/pt/products/process ors.html; google.com slide 51: https://en.wikipedia.org/wiki/John_Doerr slide 53: rawpixel.com/freepik.com slide 54: freepik/freepik.com slide 55: vectorpouch/freepik.com slide 56: Criado pelo autor com flaticon/freepik.com slide 58: pikisuperstar/freepik.com slide 59: katemangostar/freepik.com slide 60: fullvector/freepik.com slide 63: vectorpouch/freepik.com slide 64: starline/freepik.com slide 65: macrovector/freepik.com slide 66: macrovector/freepik.com slide 67: freepik/freepik.com slide 68: freepik/freepik.com slide 69: stories/freepik.com slide 70: upklyak/freepik.com slide 71: flaticon/freepik.com slide 72: rawpixel.com/freepik.com slide 73: pikisuperstar/freepik.com slide 74: 272447/pixabay.com slide 75: https://www.bl.uk/people/w-edwards-deming slide 76: snowing/freepik.com slide 77: freepik/freepik.com slide 78: rawpixel.com/freepik.com slide 79: macrovector/freepik.com slide 81: 1335365/pixabay.com slide 82: rawpixel.com/freepik.com slide 83: geralt/pixabay.com slide 84: Criado pelo autor com freepik/freepik.com slide 85: rawpixel.com/freepik.com slide 87: mohamed_hassan/pixabay.com Créditos das imagens slide 88: jcomp/freepik.com slide 91: S. HOMEM DE MELLO, 2019, p. 53 slide 93: Burst/shopify.com slide 94: freepik/freepik.com slide 96: stories/freepik.com slide 98: wayhomestudio/freepik.com slide 101: jcomp/freepik.com slide 102: Ake/rawpixel.com slide 103: peggy_marco/pixabay.com slide 104: flaticon/freepik.com slide 105: freepik/freepik.com slide 106: adaptado de ibrandify/freepik.com slide 107: freepik/freepik.com slide 108: katemangostar/freepik.com slide 111: iconicbestiary/freepik.com slide 112: stories/freepik.com slide 113: macrovector/freepik.com slide 119: OKR Guia definitivo, p. 56 slide 120: geralt/pixabay.com slide 121: freepik/freepik.com slide
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