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Exame físico geral

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Exame Físico 
Inicia-se com a observação do paciente desde o 
primeiro contato e é com posto por duas partes: uma 
quantitativa e outra qualitativa. 
O exame físico quantitativo consiste em avaliar 
dados precisos, como medidas da altura, peso, 
circunferência abdominal e quadril, pressão arterial, 
pulso arterial, frequência respiratória e temperatura. Já 
o exame físico qualitativo representa a avaliação 
subjetiva do examinador em relação ao paciente, como 
tipo morfológico, o estado geral, o grau de consciência, 
a fácies, a atitude, a marcha, a presença de palidez, 
icterícia e cianose, o estado de hidratação e a presença 
de edema. 
HABILIDADES 
Inspeção: É a exploração feita a partir do sentido da 
visão. Investigam-se a superfície corporal e as partes 
mais acessíveis das cavidades em contato com o 
exterior. A inspeção começa no momento em que se 
entra em contato com o paciente, realizando-se uma 
“inspeção inicial”, procurando vê-lo em sua totalidade e 
atento para não deixar de ver algo que “salta à vista”. 
Palpação: A palpação recolhe dados por meio do tato 
e da pressão. O tato fornece impressões sobre a parte 
mais superficial, e a pressão, sobre as mais profundas. 
Percebe-se modificações de textura, temperatura, 
umidade, espessura, consistência, sensibilidade, 
volume, dureza, além da percepção de frêmito, 
elasticidade, reconhecimento de flutuação, crepitações, 
vibração, pulsação e verificação da existência de 
edema e vários outros fenômenos. 
Percussão: ao se golpear um ponto qualquer do corpo, 
originam-se vibrações que têm características próprias 
quanto a intensidade, timbre e tonalidade, dependendo 
da estrutura anatômica percutida. Deve-se observar 
não apenas o som obtido, mas também a resistência 
oferecida pela região golpeada. A movimentação da 
mão se fará apenas com a do punho. O cotovelo 
permanece fixo, fletido em ângulo de 90° e com o braço 
em semiabdução. 
• Som maciço: é obtido percutindo-se a cabeceira da 
cama, o tampo de uma mesa, uma parede ou um 
bloco de madeira. É o que se obtém ao percutir 
regiões desprovidas de ar (na coxa, no nível do 
fígado, do coração e do baço) 
• Som pulmonar: é obtido ao se percutir um colchão 
de mola. É o que se obtém quando se golpeia o tórax 
normal. Depende da existência de ar dentro dos 
alvéolos e demais estruturas pulmonares. 
• Som timpânico: é o que se consegue percutindo 
uma caixa vazia ou um pequeno tambor. É o que se 
consegue percutindo sobre os intestinos ou no 
espaço de Traube (fundo do estômago) ou qualquer 
área que contenha ar, recoberta por uma membrana 
flexível. 
Ausculta: o receptor deve ficar levemente apoiado 
sobre a pele, procurando-se obter uma perfeita 
coaptação de suas bordas na área que está sendo 
auscultada. A aplicação correta do receptor impede a 
captação de ruídos do ambiente, que interferem na 
percepção dos sons 
EXAME FÍSICO GERAL QUALITATIVO – Ectoscopia 
Avaliação global do paciente iniciado ao primeiro 
contato com paciente. 
Tipo morfológico 
O ser humano é classificado em três tipos morfológicos 
baseado na relação dos três segmentos formados na 
divisão da distância entre a fúrcula esternal e a sínfise 
púbica, ou seja, entre a fúrcula e o apêndice xifoide (1); 
entre o apêndice xifoide e o umbigo (2); e entre o 
umbigo e a sínfise púbica (3). 
 
❖ Brevilíneo/endomorfo 
São características físicas: 
• O segmento 2 é o maior; os membros 
são curtos em relação ao tronco; 
• O pescoço é curto e grosso; 
• A musculatura é desenvolvida e o panículo adiposo, 
espesso; 
• O tórax é alargado por aumento do diâmetro 
anteroposterior, tendendo a cilíndrico; 
• Há diminuição dos espaços intercostais; 
• Ângulo de Charpy maior que 90° (junção das 
rebordas costais com o apêndice xifoide) 
 
❖ Longilíneo/ectoformo 
São características físicas: 
• O segmento 1 é o maior; 
• Os membros são longos em relação ao 
tronco; 
• Pescoço é delgado e longo; 
• A musculatura é delgada e o panículo adiposo, 
pouco desenvolvido; 
• O tórax é alongado e estreito, principalmente no 
diâmetro anteroposterior; 
• Há alargamento dos espaços intercostais; 
• Ângulo de Charpy menor que 90° 
 
❖ Normolíneo/ Esoformo 
Intermediário entre os outros dois tipos 
morfológicos, apresenta: 
• Equilíbrio entre os membros e o tronco; 
• Desenvolvimento harmônico da 
musculatura e do panículo adiposo; 
• Ângulo de Charpy em torno de 90° 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estado Geral 
Avaliação subjetiva do que aparenta o paciente em sua 
totalidade. Pode ser descrito como bom (BEG), regular 
(REG) ou mau estado geral (MEG). 
Nível de consciência 
Deve ser avaliada a consciência vertical, que é a nitidez 
das vivências psíquicas, ou seja, o próprio grau de 
vigília. A consciência pode estar preservada 
(consciente) ou rebaixada (obnubilação, sonolência, 
torpor e coma). 
Lúcido? 
Orientado no tempo e no espaço? 
Alerta: acordado e com respostas adequadas 
Confuso: acordado, porém com respostas confusas 
“incorretas" 
Sonolência: acorda ao chamado e respostas 
adequadas 
Obnubilação: sonolência profunda, responde quando 
chamado em voz alta ou com estímulo moderado 
Torpor: sonolência profunda, responde geralmente a 
estímulos dolorosos 
Coma: não abre os olhos, não emite sons (nem com 
estímulos dolorosos). 
 
ESCALA DE GLASGOW 
 
escore 3 representa o máximo de gravidade, e escore 
15 o mínimo. 
Atualização 2018: Após avaliarr todos os parâmetros 
da escala, faz-se a avaliação da reatividade pupilar com 
estímulo luminoso: se ambas as pupilas estiverem 
fotorreagentes, não se altera o somatório da escala já 
feito pelos passos acima; se somente uma das pupilas 
não estiver reagente, subtrai-se 1 ponto da escala; e se 
nenhuma das 2 pupilas estiverem reagentes, subtrai-se 
2 pontos da escala. Assim, a não reação da pupila 
indica uma maior gravidade e pior prognóstico. 
Esquematizando: 
ECG-P = ECG – (no de pupilas não reagentes) 
ATENÇÃO! 
 
Postura 
Postura Ativa: é aquela assumida espontaneamente 
Postura Passiva: impossibilidade do paciente em 
mudar de posição sem auxílio de outra pessoa 
Postura Antálgica: adotada para alívio de dor 
Dependência 
Veio a consulta: 
• Sozinho 
• Acompanhado 
• Em cadeira de rodas, de muletas ou bengalas 
ÂNGULO DE CHARPY 
 
Fácies 
Compreende o conjunto de sinais exibidos na face do 
paciente, resultante dos traços anatômicos e da 
expressão fisionômica, o que permite a avaliação 
imediata do seu estado emocional, intelectual e de 
saúde. Ideal: Fácies normal ou atípica. 
Fácie Acromegálica: 
aumento do volume da 
face em relação ao crânio 
(aspecto agigantado). 
Observam-se o aumento 
do nariz, dos lábios, das 
orelhas, das arcadas supraorbitárias, da região malar e 
do mento. Pacientes com acromegalia. 
Fácies de Hutchinson: 
presença de ptose palpebral 
bilateral em virtude do 
acometimento dos músculos 
elevadores das pálpebras 
em pacientes com miastenia 
grave e outras miopatias. O paciente, no intuito de abrir 
os olhos, acaba elevando o supercílio, franzindo a 
fronte e inclinando a cabeça para trás. 
Fácies hipertireóidea 
(basedowiana): presença de olhos 
salientes (exoftalmia) gerando uma 
fisionomia de espanto e presença 
de bócio (aumento do volume 
tireoidiano). Pacientes com 
hipertireoidismo. 
Fácies mixedematosa: tipo de fácies encontrado em 
pacientes com hipotireoidismo. O paciente apresenta 
fácies apagada, sem expressão (apatia). Observa-se 
infiltração do tecido celular subcutâneo por edema 
gerando face arredondada, 
edema palpebral, acentuação 
dos sulcos faciais, nariz e lábios 
grossos, supercílios escassos, 
pele e cabelos secos e sem 
brilho. 
Fácies cushingoide ou de lua 
cheia: presença de face 
arredondada (moon face), 
rubor facial, acne e hirsutismo. 
Pacientes portadores da 
síndrome de Cushing (aumento 
dos níveis sérios de cortisol). 
Fáciesleonina: aspecto de 
cara de leão. Pacientes com 
hanseníase. 
 
Fácies adenoidiana ou 
respirador bucal: observada 
em pacientes com hipertrofia 
das adenoides dificultando a 
respiração pelo nariz. Com 
isso, esses pacientes 
apresentam nariz fino e 
pequeno, boca entreaberta com os dentes à mostra e 
lábio inferior pendente. 
 
Fácies renal: presença de edema em 
região periorbital associada a palidez em 
pacientes com comprometimento renal. 
Fácies Hipocrática: 
apresenta olhos fundos, 
paradas e inexpressivos, 
afinamento de nariz, rosto 
com suor e palidez cutânea. 
Esse tipo de fácies indica 
doença grave. 
Fácies parkinsoniana: presente em quadros de 
parkinsonismo, caracterizada por 
hipomimia (mímica pobre) - fácies fixa, 
imóvel, inexpressiva, fronte enrugada, 
cabeça para a frente, pouca mobilidade 
palpebral. 
 
Marcha 
A avaliação da marcha deve ser observada desde a 
entrada do paciente no local da consulta. 
O observador deve avaliar a marcha tanto de frente 
quanto de perfil. Durante a marcha, devem-se observar, 
além das fases (fases de apoio e sem apoio), o balanço 
dos membros superiores, a flexibilidade e simetria do 
tronco, o comprimento dos membros inferiores e a 
função do quadril, joelho e pé. 
A marcha normal deve manter o equilíbrio do corpo com 
movimentos sinérgicos, isométricos e diadococinésicos 
(contínuos, apostos, rápidos e complexos). 
 
 
 
 
 
 
Atitude e Posição 
É a posição adotada pelo paciente do ponto de vista 
estático, também denominada de postura. 
Atitude ortopneica: também denominada de 
ortopneia. Pode aparecer em qualquer 
doença que cause dispneia, sendo mais 
comum em pacientes com insuficiência 
cardíaca, asma brônquica, enfisema 
pulmonar, atelectasia pulmonar, ascites 
volumosas, acidentes vasculares, etc. 
Atitude genupeitoral: também conhecida como atitude 
em prece maometana. As causas comuns são os 
derrames pericárdicos e alguns 
casos de abdome agudo ou 
pancreatite aguda. 
Atitude em cócoras (“squatting”): mais 
comumente vista em crianças e tendo como 
causa mais frequente as cardiopatias 
congênitas cianóticas (tetralogia de Fallot 
em particular). 
Pleuróstono: adotado na meningite, 
na raiva e no tétano. O corpo se 
curva para um dos lados 
Atitude em opistótono: o 
paciente se apoia apenas nos 
calcanhares e região occiptal 
com o dorso encurvado. Arco para trás. 
Atitude em emprostótono: os pacientes se encurvam 
para a frente. É determinada 
pela contratura generalizada 
dos músculos flexores do 
tronco. O paciente se apoia 
apenas na região frontal e ponta dos pés. Arco para 
frente. 
Atitude em Ortótono: corpo reto, 
rígido e estirado. 
Atitude antálgica: as variações são diversas, posição 
de alivio da dor. Mais comumente, o paciente coloca a 
mão no local da dor. 
 
Coloração da Pele e lesões cutâneas 
o Pele: 
• Alteração da cor 
• Umidade/temperatura/textura 
• Turgor 
o Lesões: 
• Localização anatômica e distribuição pelo corpo 
• Tipo de lesões cutâneas 
• Cor 
• Quantidade 
• Padrões e formatos 
 
Ictericia: Coloração amarelada da pele e mucosas 
resultante do acúmulo de bilirrubina no sangue. Pode 
ser generalizada ou ser 
detectada na mucosa conjuntival 
ocular, no ângulo pálpebro-
ocular. A icterícia dá-se quando 
a dosagem plasmática de 
bilirrubina ultrapassa 2 mg/100 
mL. 
Palidez: diminuição ou desaparecimento da cor rósea 
(descoramento) da pele e das mucosas. O grau de 
palidez é avaliado a partir da observação de toda a 
superfície corporal, principalmente nas regiões 
palmoplantares e na face, da mucosa palpebral, das 
conjuntivas e da mucosa oral. As linhas das palmas das 
mãos normalmente são róseas e tornam-se pálidas 
quando existe 
redução da 
hemoglobina 
inferior a 7 g%. 
Aumento do tempo 
de enchimento da 
microcirculação. 
Cianose: Coloração azulada ou arroxeada da pele e 
das mucosas que ocorre sempre que houver aumento 
da hemoglobina reduzida - a hemoglobina não ligada ao 
oxigênio - em valores superiores a 5 g/100 mL. É 
avaliada principalmente nas áreas 
onde há maior rede capilar, como 
lábios, ponta do nariz, língua, 
região sublingual (avaliar essa 
região nos indivíduos de pele 
negra), eminências malares, lobos 
das orelhas, leitos ungueais e 
polpas digitais. 
Hidratação 
Sua avaliação é feita a 
partir da observação da 
umidade das mucosas, 
principalmente lingual e 
oral, e do turgor, 
elasticidade e umidade 
da pele. 
Pode ainda ser avaliada nas fontanelas (em crianças), 
pela localização dos olhos nas órbitas e no estado geral 
do paciente. 
Classificação: hidratados ou desidratados, 
subdividido em cruzes (1+ a 4+) de acordo com 
gravidade. 
 
EXAME FÍSICO GERAL QUANTITATIVO 
Altura 
A altura do indivíduo vai da planta dos pés até o vértice 
da cabeça (distância planta-vértice). Deve ser 
determinada por meio de haste milimetrada, fixada na 
parede ou que acompanha as balanças. O paciente 
deve ficar sem sapatos e com o queixo posicionado 
paralelamente ao solo. 
Outras medidas: 
1. distância pubovértice: distância entre a sínfise 
púbica e o vértice da cabeça; 
2. distância puboplantar: distância entre a sínfise 
púbica e a planta dos pés; 
3. envergadura: distância entre os extremos dos dedos 
em paciente com abdução dos 
braços de 90°, sendo 
aproximadamente igual à altura (1+ 
2) do paciente. 
 
Peso 
O peso do indivíduo corresponde à sua massa total, que 
deve ser avaliada em uma balança antropométrica em 
quilogramas e em frações de 100 gramas. O paciente 
deve estar descalço e com roupas leves (se possível ou 
necessário, somente com as roupas íntimas). 
 
 
 
IMC 
𝐼𝑀𝐶 =
𝑃
𝐴2
 𝐾𝑔/𝑚2 
Exemplo: homem com 1,75 m e 75 kg: IMC = 75/1,75 x 
1,75 = 24,5 kg/m2 
 
Circunferência abdominal e quadril 
As medidas de circunferência abdominal e quadril são 
importantes para a avaliação da obesidade, no que diz 
respeito à gordura visceral (gordura intra-abdominal 
entre as vísceras), e complementam os dados obtidos 
pelo IMC. 
A fita métrica é posicionada no ponto médio entre a 
última costela e a crista ilíaca, sem fazer pressão, em 
plano horizontal. 
 
 
 
 
 
 
 
Já o quadril é medido com uma fita métrica no nível do 
trocânter femoral. A medida do quadril é utilizada no 
cálculo da relação cintura-quadril (RCQ), no qual se 
divide o valor da cintura abdominal pelo quadril. 
 
 
 
O valor dessa 
relação define 
dois padrões 
de obesidade: 
 
 
 
 
Pacientes com ganho de peso superior a 1 kg em 24 
horas podem sugerir quadro de retenção hídrica, como 
insuficiência renal, cardíaca, hepática ou desnutrição. 
Perda de peso rápida pode sugerir neoplasia, 
tuberculose, diabetes ou hipertireoidismo. 
 
A obesidade androide/maça (mais comum em 
homens) é a mais preocupante, já que está associada 
à gordura visceral. Nesse caso, a gordura se acumula 
mais no tórax e abdome, com deposição subcutânea e 
intra-abdominal e é fator de risco independente para 
doença isquêmica do coração, doença vascular 
cerebral, diabetes mellitus tipo 2, hiperlipidemia, 
hipertensão arterial e litíase biliar. 
Já na obesidade ginecoide/pera (mais comum em 
mulheres), a gordura se acumula mais nas coxas, 
nádegas e regiões próximas à pelve com deposição 
somente subcutânea, relacionando-se com celulite, e 
não com as comorbidades da obesidade androide. 
 
Estado Nutricional 
O estado de nutrição deve ser sistematicamente 
avaliado de acordo com os seguintes parâmetros: 
• Peso 
• Altura 
• Cintura abdominal 
• Musculatura 
• Panículo adiposo 
• Desenvolvimento físico 
• Estado geral 
SINAIS VITAIS 
Pulso Arterial 
Entende-se como pulso arterial os batimentos de uma 
artéria superficial que podem ser percebidos pela 
palpação. Para a medida de frequência, ritmo, 
amplitude e tensão, podem ser usados alguns pulsos, 
como o radial e o carotídeo.Frequência: obtida pela observação do número de 
pulsações por minuto. Adultos = 60 e 100 
pulsações/minuto. 
Ritmo: dividido em pulsos rítmicos (intervalos iguais) ou 
arrítmicos (intervalos diferentes). 
Amplitude: caracterizado pela sensação palpatória do 
examinador, que pode sentir: o pulso mais cheio do que 
o normal (conhecido como pulso amplo), um pulso 
mediano ou pouco amplo. 
 
 
 
Pressão Arterial (PA) 
Força exercida pelo sangue sobre as paredes arteriais 
ocasionada pelas contrações cardíacas. 
Para a aferição da pressão arterial, o paciente deve 
estar sentado ou deitado, com o braço na altura do 
coração, ou, no caso de estar deitado, com o braço 
apoiado. 
Deve-se explicar o procedimento ao paciente e deixá-lo 
em repouso por pelo menos 5 minutos em ambiente 
calmo e certificar-se de que ele não está com a bexiga 
cheia, não praticou exercícios físicos há pelo menos 60 
minutos, não ingeriu bebidas alcoólicas, alimentos ou 
café nem fumou nos 30 minutos anteriores. 
O manguito deve ser colocado 2 cm acima da fossa 
cubital. O uso da palpação do pulso radial auxilia na 
insuflação do manguito, isso porque após o 
desaparecimento desse pulso deve-se insuflar o 
aparelho até atingir uma pressão de 20-30 mmHg 
acima. Logo após, com o início da desinsuflação é 
marcado como pressão sistólica o aparecimento do 
primeiro som, e como pressão diastólica deve ser 
considerado quando há o desaparecimento do som. 
A PA deve ser avaliada em uma primeira consulta nas 
seguintes situações: nos dois braços, na perna, deitado 
e em pé e pelo menos mais de uma vez. 
OBS: Normalmente, o pulso arterial é somente 
palpado na sístole, porém, se a pressão diastólica 
apresentar valor maior do que 100 mmHg, a artéria 
passa a ser palpável em todo o ciclo cardíaco. 
 
 
 
 
Pressão diferencial 
Também conhecida como pressão de pulso, refere-se à 
diferença entre as pressões sistólica e diastólica, valor 
que, normalmente, encontra-se entre 30 e 60 mmHg. 
Pressão convergente é aquelaem que a pressão 
diferencial está diminuída, como nos casos de 
hipotensão arterial aguda, insuficiência cardíaca grave, 
estenose aórtica, derrame pericárdico, pericardite 
constritiva e durante o sono. 
Pressão divergente é aquela em que a pressão 
diferencial está aumentada, situação vista no 
hipertireoidismo e na insuficiência aórtica (síndromes 
hipercinéticas). 
Frequência respiratória (FR) 
Medida pela contagem do número de movimentos 
respiratórios que o paciente realiza — incursões 
diafragmáticas - em 1 minuto. 
Caso a expansibilidade pulmonar esteja diminuída, 
pode-se colocar a mão sobre o tórax do paciente para 
facilitar a percepção dos movimentos respiratórios. É 
necessário que o paciente não perceba que se está 
avaliando a FR para que não altere conscientemente o 
ritmo respiratório. 
• FR normal, eupneia, é de 16 a 20 incursões por 
minuto (irpm). 
• Aumento da FR (taquipneia) 
• Diminuição (bradipneia) 
Temperatura 
Em nosso meio, a temperatura corporal é avaliada por 
uso de termômetro clínico graduado em graus Celsius. 
 
O tempo da aferição é variável em virtude da 
sensibilidade do termômetro utilizado, porém é comum 
que dure um tempo m ínim o de 3 minutos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O diagnóstico de hipertensão arterial nunca deve ser 
baseado em uma única medida isolada da PA, sendo 
necessária a confirmação em pelo menos mais duas 
aferições em dias diferentes. 
OBS: Se a temperatura retal for 1°C maior que axilar 
(Sinal de Lenander), pode ser decorrente de um 
processo inflamatório abdominal e pélvico, como 
apendicite, anexite, pelveperitonite.

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