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Semiologia cardiovascular

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Semiologia Cardiovascular
FUNDAMENTOS DE ANATOMIA E FISIOLOGIA 
Câmaras, Valvas e circulação cardíaca 
O coração é o órgão central muscular que funciona 
como uma bomba de sucção pressão: as diferenças de 
pressão causadas pela sua contração relaxamento 
determinam a circulação do sangue e da linfa. 
O coração dispõe de quatro aparelhos valvares: mitral, 
aórtico, tricúspide e pulmonar. 
 
Projeção do coração e vasos da Base 
Ventrículo direito ocupa a maior parte da superfície 
anterior do coração. Face esternocostal. 
Ventrículo esquerdo situa-se atrás e à esquerda do 
ventrículo direito, constituindo a margem lateral 
esquerda do coração. Sua extremidade inferior, mais 
estreita, é denominada ápice cardíaco ou ictus cordis 
Base cardíaca: 2º espaço intercostal à direita e 
esquerda. Constituído pelos átrios 
Ápice cardíaco: 5º espaço intercostal extremidade 
inferior do ventrículo esquerdo 
Vasos da base: aorta, artéria pulmonar, veia cava 
superior 
 
 
Ciclo cardíaco 
As fases sistólica e diastólica do ciclo cardíaco podem 
ser divididas da seguinte maneira: 
Sístole 
• Período de contração 
isovolumétrica 
• Período de ejeção 
ventricular 
∘ Ejeção rápida 
∘ Ejeção lenta 
∘ Protodiástole de 
Wiggers 
Diástole 
• Período de 
relaxamento 
isovolumétrico 
• Período de 
enchimento ventricular 
∘ Rápido 
∘ Lento 
• Período de contração 
atrial 
 
DC = FC x VS 
PA=DC x RVP 
EXAME FÍSICO DO PRECORDIO 
 
 
 
 
 
O exame físico do coração 
inclui: 
• Inspeção 
• Palpação 
• Ausculta 
INSPEÇÃO E PALPAÇÃO 
Realizam-se a inspeção e a palpação simultaneamente 
porque os achados semióticos tornam-se mais 
significativos quando analisados em conjunto. 
Parâmetros analisados: 
• Pesquisa de abaulamentos 
• Análise do ictus cordis ou choque da ponta 
• Análise de batimentos ou movimentos visíveis 
e/ou palpáveis 
• Pesquisa de frêmito cardiovascular 
Abaulamentos 
A observação da região precordial deve ser feita em 
duas incidências: tangencial, com o examinador de pé 
do lado direito do paciente, e frontal, o examinador 
ficando junto aos pés do paciente, que permanece 
deitado. 
o Aneurisma da aorta 
o Cardiomegalia (principalmente direita) 
o Derrame pericárdico 
o Alterações da caixa torácica 
Ictus Cordis 
O ictus cordis consiste em uma região do tórax na qual 
é possível sentir claramente os batimentos cardíacos, 
decorrente do choque do coração com a parede 
torácica. 
Investigar: 
o Localização 
o Extensão (utilizando as polpas digitais) 
o Mobilidade 
o Intensidade e forma de impulsão 
o Ritmo 
o Frequência 
 
 
 
Localização: varia de acordo 
com o biótipo 
• Mediolíneos: linha 
hemiclavicular esquerda 
com 5° EIC 
• Brevilíneo: desloca-se 2 
cm para fora e 4° EIC 
• Longelíneo: desloca-se 1 
ou 2 cm para dentro e 6° 
EIC 
 
Invisível e impalpável 
 
• Portadores de enfisema 
• Obesidade 
• Musculatura muito 
desenvolvida 
• Grandes mamas 
 
Deslocado 
→ Dilatação e/ou 
hipertrofia VE/VD 
• Estenose aórtica 
• Insuficiência aórtica 
• Insuficiência mitral 
• Hipertensão arterial 
• Miocardiopatias 
 
 
 
 
 
 
Extensão: número de polpas digitais para cobri-lo 
Normal: 1 ou 2 polpas digitais (aproximadamente 2-
3cm) 
Aumentos na extensão do ictus são indicativos de 
dilatação do VE. 
• Hipertrofia: 3 polpas ou mais 
• Hipertrofia + dilatação: palma da mão 
Mobilidade: 
1. Marca-se o local do choque com o paciente em 
decúbito dorsal. 
2. O paciente adota os dois decúbitos laterais 
(direito e esquerdo), e o examinador marca o 
local do ictus nessas posições. 
Normal: o ictus desloca-se 1 a 2 cm com as mudanças 
de posição; 
Intensidade: avaliada pela palpação. Repousa-se a 
palma da mão sobre a região dos batimentos. 
Forte 
• Pessoas magras 
• Após exercício 
• Emoções 
Grande intensidade 
• Insuficiência aórtica 
(hipertrofia VE) 
O paciente deve estar em decúbito dorsal ou 
decúbito lateral esquerdo (aproxima a ponta do 
coração da caixa torácica). 
A. Condições normais B. Na hipertrofia ventricular direita 
observa-se levantamento em massa da região precordial, 
mais nítido nas proximidades do esterno, que não 
corresponde ao ictus cordis. C. Na hipertrofia ventricular 
esquerda sem dilatação da câmara, o deslocamento do ictus 
cordis é mínimo ou não existe. D. Na hipertrofia ventricular 
esquerda associada à dilatação desta cavidade o ictus cordis 
está desviado para baixo e para fora, além de ser mais amplo. 
• Hipertiroidismo 
Batimentos ou movimentos visíveis e/ou palpáveis 
Retração sistólica apical: casos de hipertrofia direita. 
Retração da ponta, enquanto as regiões esternal e 
paraesternal esquerda são projetadas para diante 
Levantamento em massa do precórdio: hipertrofia do 
ventrículo direito e é percebido como um impulso 
sistólico que movimenta uma área relativamente grande 
da parede torácica nas proximidades do esterno. 
Choque valvar palpável: Quando as bulhas cardíacas 
tornam-se hiperfonéticas, podem ser sentidas pela mão 
como um choque de curta duração. 
Pulsações epigástricas: são observadas e palpadas 
em muitas pessoas, e nada mais são do que a 
transmissão das pulsações da aorta à parede 
abdominal. Todavia, podem denunciar hipertrofia 
ventricular direita; nesse caso, as pulsações são mais 
intensas no nível da região subxifoide. 
Pulsação supraesternal ou na fúrcula esternal pode 
ser observada em pessoas saudáveis e depende das 
pulsações da crossa da aorta. Quando muito intensas, 
levantam a suspeita de hipertensão arterial, aneurisma 
da aorta ou síndrome hipercinética (insuficiência 
aórtica, hipertireoidismo). 
Frêmito cardiovascular 
Sensação tátil determinada por vibrações produzidas 
no coração ou vasos 
Correspondem aos sopros intensos/ palpáveis 
(estenose aórtica, persistência do canal arterial, 
comunicação interventricular). 
Investigação de três características: 
• Localização: usando-se como referência as áreas 
de ausculta; 
• Situação no ciclo cardíaco: diferenciando-se então 
pela coincidência ou não com o pulso carotídeo, os 
frêmitos sistólico, diastólico e sistodiastólico; 
• Intensidade: avaliada em cruzes (+ a + + + +). 
AUSCULTA 
Para se auscultar corretamente o coração, devem ser 
obedecidas normas quanto: 
• Ambiente de ausculta 
• Posição do paciente e do examinador 
• Instrução adequada do paciente 
• Escolha correta do receptor 
• Aplicação correta do receptor 
• Relação dos batimentos cardíacos com a respiração. 
Objetivos: 
• Bulhas cardíacas e alterações 
• Ritmo e frequência 
• Ritmo tríplices 
• Sopros 
• Rumor venoso 
• Ruído da pericardite constritiva 
• Atrito pericárdico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FOCOS CARDÍACOS 
Os focos precordiais são pontos de referência 
utilizados para a topografia do exame físico 
cardíaco. A localização destes tem por base pontos 
que correspondem à anatomia e melhor acústica de 
sons das valvas. 
Foco ou área mitral (FM): 4º ou 5º espaço 
intercostal esquerdo da linha hemiclavicular e 
corresponde ao ictus cordis ou ponta do coração 
(coincidindo com o mamilo). 
→ Irradia para linha axilar média 
Foco pulmonar (FP): 2º espaço intercostal 
esquerdo junto ao esterno. 
→ Irradia para a região infraclavicular E, 
supraclavicular E e carótida E. 
Foco aórtica (FA): 2º espaço intercostal direito 
junto ao esterno. 
→ Irradia para a região infraclavicular direita, 
supraclavicular direita, carótida direita e fúrcula 
(arco da aorta). 
Foco aórtica acessório (ponto de Erb): 3º espaço 
intercostal esquerdo, junto ao esterno (entre FP e 
FT) 
Foco tricúspide (FT): 5º EIC com linha paraesternal 
esquerda. Corresponde à base do apêndice xifoide, 
ligeiramente para a esquerda. 
→ Irradia para borda esternal direita 
 
❖ A determinação de focos ou áreas não significa 
que o receptor do estetoscópio deve ser colocadoapenas naqueles locais. Todo o precórdio e as 
regiões circunjacentes precisam ser auscultados, 
e os focos nada mais são do que pontos de 
referência. 
 
 
 
 
 
BULHAS CARDÍACAS 
Primeira bulha (B1) 
O principal elemento na formação da 1ª bulha cardíaca 
é o fechamento das valvas mitral e tricúspide. 
A 1ª bulha coincide com o ictus cordis e com o pulso 
carotídeo. É de timbre mais grave, e seu tempo de 
duração um pouco maior que o da 2ª bulha. 
Maior intensidade no foco mitral 
Para representá-la usa-se a expressão onomatopaica 
TUM. 
 
Desdobramento de B1: Pode representar um atraso 
no fechamento d valva tricúspide na presença de BRD. 
►Outras causas: decorrem de outros ruídos 
agregados: presença de um estalido sistólico ejetivo, 
estalido mesossistólico do prolapso de valva mitral, B4. 
Hiper e Hipofonese de B1: 
A intensidade de B1 está diretamente relacionada ao 
grau de separação dos folhetos valvares no início da 
sístole ventricular. 
Quanto maior fora distância entre os folhetos no início 
da sístole mais brusca é a desaceleração da coluna de 
sangue nos folhetos mais intenso é a B1; 
Hiperfonética. 
Outras causas de B1 hiperfonéticas: hiperestimulação 
adrenérgica, síndrome de pré excitações 
Quanto mais próximo os folhetos, quando menor a 
contratilidade, VE dilatado menor é a B1. Hipofonética. 
Segunda bulha (B2) 
A segunda bulha (B2) é constituída pelo fechamento 
das valvas aórtica e pulmonar. 
Representa o início da diástole ventricular. 
No foco aórtico e na ponta do coração a segunda bulha 
é única pelo simples fato de se auscultar apenas o 
componente aórtico nestes focos. 
Durante a expiração, ambas as valvas se fecham 
sincronicamente, originando um único ruído. Durante a 
inspiração ocorre uma pequena distinção na sincronia 
das valvas gerando um desdobramento inspiratório ou 
fisiológico da segunda bulha. 
A 2ª bulha é ouvida depois do pequeno silêncio; seu 
timbre é mais agudo, soa de maneira mais seca, de tal 
modo que a designamos pela expressão TÁ. 
Desdobramento fisiológico de B2: 
Componente aórtico e pulmonar 
Inspiração →diminuição da pressão intratorácica → 
Aumenta o retorno venoso para o coração direito → 
Aumento da capacitância da vasculatura pulmonar → 
Aumenta o enchimento e o tempo de ejeção do VD 
Quando a bulha está desdobrada, seu ruído 
corresponde à expressão TLÁ. 
 
Desdobramento patológico de B2: 
Amplo 
Bloqueio de ramo direito 
Estenose pulmonar 
Regurgitação mitral 
Fixo 
Hipertensão pulmonar 
ICC direita 
Paradoxal 
Bloqueio de ramo 
esquerdo 
Estenose aórtica 
 
→ Desdobramento audível durante a expiração sugere 
cardiopatia. 
Posição do paciente para ausculta do coração. A. Decúbito 
dorsal. B. Sentado. C. Decúbito lateral esquerdo com a mão 
esquerda na cabeça, usada para tornar mais audível o ruflar 
diastólico da estenose mitral. D. Paciente de pé, com o tórax 
fletido, para ausculta do sopro da insuficiência aórtica ou 
quando as bulhas estão hipofonéticas. 
 
 
 
 
 
Terceira bulha (B3) 
A 3ª bulha é um ruído protodiastólico de baixa 
frequência, que se origina durante o enchimento 
ventricular rápido. Ou seja, ocorre após a abertura 
das valvas AV e fechamento das valvas pulmonar e 
aórtica. Por isso, ocorre logo após B2. 
A 3ª bulha normal é observada habitualmente em 
crianças e adolescentes, raramente em adultos. É mais 
audível na área mitral, em decúbito lateral esquerdo; o 
receptor mais apropriado é o de campânula, isto 
porque, esta bulha é um ruído de baixa frequência. 
Indica diminuição da complacência pulmonar 
Presente na IC descompensada, sobrecarga de volume 
por regurgitação aórtica ou mitral, exercício, febre e 
hipertireoidismo. 
Pode ser imitada pronunciando-se de modo rápido a 
expressão TU. 
Quarta bulha (B4) 
A 4ª bulha é um ruído débil, que ocorre no fim da 
diástole ou pré-sístole, e, por isso, mais difícil de ser 
percebida. Corresponde a sístole atrial para ejeção 
final de sangue para o ventrículo. Ou seja, é anterior a 
B1. 
Em condições normais, pode ser ouvida em crianças e 
adultos jovens. 
Tom baixo, melhor audível no ápice com campânula 
Contração atrial: galope atrial 
Indica complacência reduzida no ventrículo 
Presente na Hipertrofia de VE, estenose aórtica, HAS 
descompensada 
TRUM TÁ 
 
 
 
 
 
PULSO 
O pulso é a expansão e contração alternada de uma 
artéria após a ejeção de um volume de sangue na aorta 
com a contração do ventrículo esquerdo. 
Devem ser analisados o pulso radial, o pulso capilar, as 
pulsações das carótidas e das jugulares (pulso venoso) 
e pulsos periféricos. 
Verificação bilateral 
 
O reconhecimento das bulhas cardíacas é facilitado 
se estiver na mente uma sequência onomatopaica 
construída da seguinte maneira: TUM-TÁ–TUM-
TÁ–TUM-TÁ–TUM-TÁ 
Quando um paciente possui B3 e B4, e ainda se 
apresenta taquicárdico (frequência cardíaca ≥ 100 
bpm), diz-se que apresenta ritmo de galope. Em 
algumas situações, os sons de B3 e B4 podem se 
sobrepor, devido à diástole muito encurtada, 
empregando-se o termo galope de soma. 
Avaliação dos Pulsos: 
• Estado da Parede Arterial 
• Frequência 
• Ritmo 
• Amplitude ou Magnitude 
• Tensão ou Dureza 
Estado da Parede Arterial 
• Não apresenta tortuosidades 
• Facilmente depressível 
• Sinais de arteriosclerose: parede endurecida, 
irregular, tortuosa 
Frequência 
É o número de batimentos por minuto varia de 60-100 
bpm 
• Taquisfigmia: > 100 bpm 
• Bradisfigmia: < 60 bmp 
• Deficit de pulso –FC maior que frequência de pulso 
Ritmo 
É a sequência das pulsações separados por 
Intervalos iguais= ritmo regular 
Ritmo em 2 tempos: TUM-TA; TUM-TA; TUM-TA 
Ritmo em 3 tempos: TUM-TA-TU; TUM-TA-TU 
Intervalos variáveis= ritmo irregular 
→ A irregularidade do pulso indica alteração do ritmo 
cardíaco – arritmia - que pode ser fisiológica ou 
patológica. 
 
 
 
Amplitude ou Magnitude 
Sensação captada em cada pulsação- relacionada com 
enchimento durante a sístole e esvaziamento na 
diástole 
Quanto à amplitude classifica-se o pulso em amplo ou 
magnus , mediano e pequeno ou parvus . 
Ex: insuficiência aórtica produz pulso amplo ou magnus 
e estenose aórtica produz pulso pequeno ou parvus. 
Tensão ou Dureza 
Avalia-se a tensão do pulso pela compressão 
progressiva da artéria. 
Pulso mole: se for pequena a pressão necessária par 
interromper as pulsações 
Pulso duro: se a interrupção exigir forte pressão 
Tensão mediana: situação intermediária 
❖ A dureza do pulso depende da pressão diastólica e 
não deve ser confundida com eventual endurecimento 
da parede arterial. Pulso duro indica hipertensão 
arterial. 
Tipos de Onda 
Os principais tipos de onda 
Ondas de pulso normal: cujas características são 
aprendidas pelo exame de pacientes normais 
Pulso célere ou martelo d’água: a principal 
característica é aparecer e sumir com rapidez. Decorre 
do aumento da pressão diferencial e, por isso, é 
observado na insuficiência aórtica, nas fístulas 
arteriovenosas, no hipertireoidismo e nas anemias 
graves 
Pulso anacrótico: constituído de uma pequena onda 
inscrita no ramo ascendente da onda pulsátil. Ex: 
estenose aórtica. 
Pulso alternante: percebe-se de modo sucessivo uma 
onda ampla seguida de uma onda mais fraca. Constitui 
um sinal de insuficiência ventricular esquerda 
Pulso filiforme: pulso de pequena amplitude e mole. 
Indica quase sempre colapso circulatório periférico 
Pulso paradoxal: caracterizado pela diminuição da 
amplitude das ondas durante a inspiração forçada. Ex: 
pericardite constritiva, derrame pericárdico volumoso e 
enfisema pulmonar. 
 
As principais manifestações das arritmias são as 
palpitações e o desmaio, podendo ocorrer também 
opressão precordial e dispneia. 
❖ Comparação com a artéria homóloga 
Averígua-se a igualdade ou desigualdade dos pulsos, 
palpando simultaneamente as artérias periférica 
homólogas.Pode ocorrer desigualdade em casos como: dissecção 
de aorta, coarctação de aorta, ou insuficiência arterial 
aguda 
Pulso capilar 
É o rubor intermitente e sincrônico com o pulso radial 
que se observa em certas regiões principalmente nas 
unhas. 
Semiotécnica: compressão sobre a borda da unha até 
ver uma zona pulsátil que marca a transição da cor 
rósea-clara-normalmente imperceptível, em situações 
patológicas como IA-Anemia-Hipertireoidismo nítida 
pulsação. 
Enchimento capilar de 2 a 3 segundos. 
PRESSÃO ARTERIAL 
É a força exercida pelo sangue sobre as paredes dos 
vasos. 
Sofre variações continuas, dependendo da posição do 
indivíduo, das atividades e das situações em que se 
encontra. 
Finalidade: promover boa perfusão dos tecidos e com 
isto permitir as trocas metabólicas. Está relacionada 
com o trabalho cardíaco e traduz o sistema de pressão 
vigente na árvore vascular arterial. 
PA = DC x RVP 
Semiotécnica: 
Posição do paciente: O paciente deve estar deitado ou 
sentado, posto à vontade, com tempo suficiente para 
recuperar-se de um esforço recente, refeição ou 
apreensões. 
Braço nu, levemente fletido, virado para fora e relaxado 
Antebraço ao nível do coração 
Manguito cerca de 2,5 cm acima da fossa cubital. Folga 
máxima de 1 dedo. 
Método Palpatório: 
• Localizar o pulso 
• Insuflar o manguito até o desaparecimento das 
pulsações 
• Desinsuflar devagar 2-3 mmHg em cada batimento 
• O nível da pressão sistólica corresponde ao 
momento em que reaparece o pulso. 
Método Auscultatório: 
• Determina-se por este método a pressão sistólica e 
diastólica 
• Insuflar o manguito até 20-30 mmHg acima do 
método palpatório e desinsuflar gradativamente 
• O primeiro som a ser ouvido é a pressão sistólica 
• Com a diminuição da pressão no sistema, os sons 
ou ruídos audíveis vão sofrendo modificações de 
intensidade e qualidade, designados sons de 
Korotkoff. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Deve-se sempre comparar as medidas 
bilateralmente 
• O manguito deve ser adequado ao diâmetro do braço 
• Hiato auscultatório: corresponde a um intervalo 
silencioso representado pela ausência da fase II. 
Ex:pacientes com HAS 
Pressão Diferencial 
• É a diferença entre a pressão sistólica e a pressão 
diastólica 
• Varia entre 30 e 60 mmHg 
Sons de Korotkoff 
Resultam da turbulência do sangue dentro de uma 
artéria parcialmente ocluída. 
São divididos em 5 fases, nem sempre distintos: 
Fase I - representa a pressão sistólica; o batimento 
audível na artéria braquial; 
Fase II - corresponde a um período de silêncio, por 
existirem sons de muito baixa frequência; 
Fase III - reaparecimento dos sons; 
Fase IV - há alteração da intensidade dos sons, 
havendo um abafamento; 
Fase V - representação da pressão diastólica, com o 
desaparecimento dos sons. 
➢ O desaparecimento dos sons é o indicado da pressão 
Diastólica. Em casos onde os sons não desaparecem, 
mesmo após desinsuflar totalmente o manguito, a 
pressão diastólica deve ser considerada no final da fase 
III. 
 
Pressão convergente: diminuição da pressão 
diferencial- Ex: Estenose Aórtica, hipotensão aguda 
Pressão divergente: aumento da pressão diferencial- 
Ex: Insuficiência Aórtica, hipertireoidismo 
SOPRO 
Ruido produzido pela passagem do fluxo de sangue 
através das estruturas do coração. Processo de 
turbulência do sangue. 
Pode ser funcional ou fisiológica (sopro inocente), ou 
patológico em decorrência de defeitos no coração. 
Sopro sistólico X diastólico 
Sopro diastólico estão geralmente relacionados a 
valvopatias cardíacas. 
Sopros sistólicos podem ser sopros de fluxo 
fisiológicos, proveniente de valvas cardíacas normais. 
Sopros inocentes – mesossistólicos 
Comum em crianças e adultos jovens, decorrem da 
ejeção rápida de sangue do VE para a aorta. Não há 
doença cardíaca subjacente. 
Classificação 
 
❖ Sopros Sistólicos: 
Protossístole: terço inicial da sístole. 
Mesossístole: terço médio da sístole. Começa depois 
de B1 e termina antes de B2. Inocente 
Telessístole: terço final da sístole. Prolapso valva 
mitral 
Pansistólico (holossistólico): começam junto com B1 
e termina em B2. Sopro CIV, regurgitação na valva AV 
 
❖ Sopros Diastólicos: 
Protodiástole: terço inicial da diástole. Logo após B2 
sem lacuna e desaparece antes da B1. Refletem refluxo 
através das valvas semilunares incompetentes. Sopro 
da insuficiência aórtica. 
Mesodiástole: terço médio da diástole. Começam 
depois de B2. Fluxo turbulento através valva AV 
Telediástole: terço final da diástole. Persistem ate B1. 
Fluxo turbulento através das valvas AV 
 
Sopro em crescendo: 
estenose mitral 
 
Sopro em decrescendo: 
regurgitação aórtica 
Sopro em crescendo-
decrescendo: estenose 
aórtica 
Sopro em platô: 
regurgitação mitral ou 
tricúspide 
 
 
 
 
 
Intensidade do Sopro 
Classificação de Levine (6+): 
Grau I Muito suave e pouco audível 
Grau II Audível sem dificuldade 
Grau III Audível no foco e com irradiação 
Grau IV Frêmito palpável 
Grau V Audível com o estetoscópio em contato parcial 
Grau VI Audível mesmo sem estetoscópio 
 
MANOBRA HANG-GRIP: 5s. aumenta a resistência 
periférica e pós-carga, dificulta a passagem do sangue 
para a aorta, mantem o sangue no ventrículo. Se 
diminuir o sopro aórtico e aumentou o mitral = 
estenose aórtica. 
Irradiação do Sopro 
Em geral no sentido do fluxo do sangue: 
Estenose Aórtica: Pescoço 
Insuficiência Mitral: Axila e dorso 
Estenose Mitral: Linha axilar 
Insuficiência Aórtica: Linha paraesternal esquerda 
Característica do Som 
Estenose mitral: Ruflar 
Insuficiência mitral: Regurgitativo 
Estenose aórtica: Rude 
Insuficiência aórtica: Aspirativo 
MANOBRAS 
Manobra de Pachón 
Decúbito lateral esquerdo e elevação do braço 
Intensifica os sopros da valva mitral 
 
Inclinação do tórax para a frente 
Intensifica os sons da base do coração 
 
Manobra para avaliar as câmaras direitas 
Manobras que reduzam a pressão intratorácica e 
aumentam o retorno venoso ao VD 
Manobra de Müller: Inspirar contra resistência (o 
oposto de Valsalva) 
Manobra de Rivero-Carvalho: Inspiração profunda

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