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A UTILIZAÇÃO DE HISTÓRIAS EM QUADRINHOS PARA POTENCIALIZAR O ENSINO DE QUÍMICA

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A UTILIZAÇÃO DE HISTÓRIAS EM QUADRINHOS PARA POTENCIALIZAR O ENSINO DE QUÍMICA
Vanessa Klein
Universidade Federal de Santa Maria
vanessaklein7@gmail.com
Cassiano Vasconcelos dos Santos
Universidade Federal de Santa Maria
cassianovs2@gmail.com
Cláudia Smaniotto Barin
Universidade Federal de Santa Maria
claudiabarin@nte.ufsm.br
RESUMO
O atual cenário educacional tem demandado de professores e gestores da educação uma mudança urgente, visando romper com os paradigmas do ensino centrado no conteúdo. Tornar o estudante o foco do processo surge como um desafio educacional e requer dos professores um novo posicionamento frente a adversidades como a falta de recursos e/ou desinteresse de muitos estudantes em aprender. Não obstante, o ensino de química tem sido abordado numa perspectiva meramente conteudista, requerendo a memorização de fórmulas e símbolos, e não a compreensão dos fenômenos e leis que os regem. Assim, o presente trabalho apresenta o relato de uma experiência de produção e aplicação de histórias em quadrinhos produzidas pelas autoras, como elemento de flexibilização e potencialização do aprendizado de Química. Metodologicamente o trabalho está alicerçado sobre os pressupostos teóricos da DBR – Design Based Research – que prevê as etapas de definição do problema, teorização, planejamento e design, implementação, avaliação, reflexão e redesign. Foram sujeitos da pesquisa 10 estudantes do ensino médio na modalidade EJA, bem como 66 alunos ingressantes do ensino superior. Os resultados obtidos apontam que a inserção das histórias em quadrinhos no contexto educacional, modificam os papéis dos envolvidos no processo de ensino e aprendizagem, além de propiciarem a discussão e argumentação tão necessárias no cenário atual que requer cidadão críticos, que saibam interpretar e se posicionar frente as demandas da sociedade. Além disso, as histórias em quadrinhos possibilitam a flexibilização da aprendizagem à medida que apresentam uma linguagem textual simplificada que aliada à linguagem imagética, despertam o interesse dos estudantes pela leitura. Por fim, a produção de recursos educacionais de autoria do docente melhora sua performance, visto que o desafia para a transposição de saberes.
Palavras- chave: Histórias em quadrinhos. TIC. Ensino e aprendizagem de Química.
INTRODUÇÃO
De acordo com Castells (1999), estamos vivendo em uma sociedade digital designada sociedade da informação, sendo assim, é essencial à abordagem de conteúdos com auxilio de ferramentas que desempenham um papel importante nesse processo, como a utilização das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC). Estes materiais podem se tornar importantes instrumentos educacionais a medida que proporcionam uma maior flexibilidade ao docente em utilizar um materiais diversificados e em conformidade com suas necessidades e anseios, que possam contribuir para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem.
Conforme Teodoro e Freitas (1992, p.28), as TIC permitem:
Disponibilizar ferramentas que ajudam a deslocar o centro do processo ensino/aprendizagem para o aluno, favorecendo a sua autonomia e enriquecendo o ambiente onde a mesma se desenvolve. Permitem a exploração de situações, que de outra forma seria muito difícil realizar. Possibilitam ainda a professores e alunos a utilização de recursos poderosos, bem como, a produção de materiais de qualidade superior aos convencionais.
As TIC propiciam uma imersão no mundo digital, possibilitando uma maior motivação no ensino. Kenski (2004) comenta:
As mídias há muito tempo abandonaram suas características de mero suporte tecnológico e criaram suas próprias lógicas, suas linguagem e maneira particulares de comunicar-se com as capacidades perceptivas, emocionais, cognitivas, intuitivas e comunicativas das pessoas (KENSKI, 2004, p.22).
Nesse sentido, as histórias em quadrinhos, tema abordado no presente trabalho, podem ser inseridas no cotidiano dos alunos para estimular e problematizar o aprendizado, pois apresentam uma linguagem acessível e despertam a atenção dos estudantes. No entanto, as mesmas não devem ser utilizadas como mera “diversão”, mas como um instrumento educacional capaz de formar pessoas críticas.
 Há várias formas interessantes de utilizar as histórias em quadrinhos, como por exemplo usá-la como uma situação problema para avaliar os conhecimentos dos alunos ou como um tema gerador de discussão. O professor pode fazer uso deste meio de comunicação, para proporcionar um ensino mais agradável e próximo do cotidiano dos alunos e assim alcançar uma educação mais eficaz (GONÇALVES; MACHADO, 2005, p. 272).
A utilização de quadrinhos, além de evidenciar situações do cotidiano do estudante e da vida social, torna possível a reflexão de um tema proposto, o confronto entre as várias ideias, a busca por alternativas e soluções e consequentemente a autonomia na aprendizagem. Como uma ferramenta didática, os quadrinhos, além de trabalhar com diferentes situações, como narrativa, imagens ou os personagens, pode envolver o aluno a buscar conhecimento em outras áreas (ROTA; IZQUIERDO, 2003).
	Neste sentido, em que o aluno precisa estar envolvido com os conteúdos, que as histórias em quadrinhos, conseguem aproximar os alunos para o ensino, pois:
Em uma sociedade eminentemente visual, com o predomínio da televisão como mídia de massa, os quadrinhos não devem ser desprezados como uma mídia em favor da educação. Além de a linguagem das HQs ser de fácil compreensão, se comparada à dos livros, seu apelo visual é grande, e o seu timing (principalmente o das tiras), compatível com o timing da visão fragmentada dos videoclips, com os quais os jovens estão habituados. Ou seja, as HQs e, em particular, as tirinhas permitem uma leitura muito rápida e dinâmica da mensagem que se pretende transmitir; portanto, são estimulantes, num certo sentido (CARUSO; SILVEIRA, 2009).
Em síntese há ferramentas diversificadas que podem ser aplicadas em sala de aula para facilitar e auxiliar o processo de ensino e aprendizagem, assim cabe a nós professores, buscar estas alternativas.
Diante disso, este trabalho busca abordar, como a utilização de estratégias educacionais como as histórias em quadrinhos, podem auxiliar os professores e os estudantes a adquirirem conhecimentos concretos sobre os conceitos químicos, auxiliando-os em uma melhor compreensão e em uma aprendizagem significativa.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
As histórias em quadrinhos tem a facilidade de atrair os leitores, e isto motiva ainda mais os professores a utilizarem esta ferramenta didática, que consegue chamar a atenção de pessoas de diferentes faixas etárias.
Os quadrinhos e as tirinhas são importantes instrumentos capazes de motivar o aluno para a leitura e para os estudos. Eles ensinam o aluno a construir uma narrativa, imaginando e criando o que está subentendido entre um quadrinho e outro na sequência da história. Contribuem, portanto, para o desenvolvimento da própria linguagem, do poder de síntese, da criatividade e de conceitos importantes (CARUSO; SILVEIRA, 2009).
Em relação à utilização de histórias em quadrinhos em sala de aula Barbosa (2010) aponta que as mesmas podem ser utilizadas tanto para a inserção de uma temática, como para aprofundamento de um determinado assunto, ou ainda para ilustrar uma ideia de forma lúdica. Luyten (2011) e Santos (2003), comentam que as HQs trazem subsídios muito importantes para as práticas pedagógicas, pois a utilização dos textos articulados com as imagens, juntamente aos conteúdos estudados permitem transformar conteúdos complexos mais claros para os alunos.
Segundo Oliveira (2007), as HQ são partes dos materiais pedagógicos que podem ser utilizados em escolas, buscando estimular a criatividade, promover a sensibilidade, a sociabilidade, o senso crítico e a imaginação criadora, pois as mesmas são simples, curtas e são apresentadas em quadros coloridos. Segundo Barbosa e Vergueiro (2004): Palavras e imagens, juntos, ensinam de forma mais eficiente.
A relevância da HQ em sala de aula é comentada porVergueiro (2010), quando discute que o seu propósito é bem amplo e é dependente da criatividade de cada professor, pois de assuntos complexos pode-se ter histórias lúdicas e descontraídas.
Vergueiro (2010) comenta também que:
há várias décadas, as histórias em quadrinhos fazem parte do cotidiano de crianças e jovens, sua leitura sendo muito popular entre eles. Assim, a inclusão das histórias em quadrinhos na sala de aula não é objeto de qualquer tipo de rejeição por parte dos estudantes, que, em geral, as recebem de forma entusiasmada, sentindo-se, com sua utilização, propensos a uma participação mais ativa nas atividades de aula. As histórias em quadrinhos aumentam a motivação dos estudantes para o conteúdo das aulas, aguçando sua curiosidade e desafiando seu senso crítico (VERGUEIRO, 2010, p. 21).
Além disso, o autor afirma que existem vários motivos, para os professores utilizarem histórias em quadrinhos em sala de aula, como: possuem alto nível de informação, desenvolvem o hábito da leitura e enriquecem o vocabulário dos estudantes, permitem o leitor a pensar e imaginar, possuem caráter globalizador, podendo ser utilizados em qualquer nível escolar e com qualquer tema. 
Contudo, Pizzarro (2000), afirma que a história em quadrinho é um desses instrumentos a serviço de práticas motivadoras no ensino de Ciências que devem ser planejadas com o intuito de promover em seus leitores um olhar mais crítico e sistemático acerca das informações recebidas não só pelos quadrinhos, mas por qualquer outro meio de divulgação científica que seja passível de análise e equívoco.
METODOLOGIA
O trabalho tem como pressupostos metodológicos a DBR (design-based research).– que integra métodos quali e quantitativos de análise realizada em contextos reais, em colaboração entre pesquisadores e participantes, através de ciclos iterativos de design, desenvolvimento, implementação, análise e redesign, tendo por objetivos buscar soluções para os problemas/desafios da educação, criar artefatos pedagógicos e gerar e princípios de design (COLLINS ET AL., 2004; WANG & HANNAFIN, 2005; HERRINGTON ET AL., 2007).
De acordo com Mckenney e Reeves (2012), esta metodologia possui 5 características importantes: (1) Teoricamente Orientada; (2) Intervencionista; (3) envolve a colaboração de todos os envolvidos: investigador, comunidade e pessoas que se relacionam; (4) Fundamentalmente responsiva: onde o conhecimento é desenvolvido com o diálogo e a prática interagindo juntos; (5) Iterativa: como a DBR é focada na elaboração de soluções práticas, não é feita para terminar, pois cada desenvolvimento é o resultado de uma etapa, de um processo de arquitetura cognitiva, e necessariamente será o início do próximo momento de aperfeiçoamento e de melhorias.
A abordagem de pesquisa é nascida da pesquisa em educação, e em particular sobre tecnologia educacional, tendo como pretensão de produzir um produto educacional, como materiais didáticos, o que se aplica ao planejamento, produção e avaliação de materiais didáticos na forma de histórias em quadrinhos. 
O desenho de estudo pode ser visualizado no Esquema a seguir:
Os materiais desenvolvidos foram aplicados em duas turmas distintas, uma do ensino médio na modalidade de educação de jovens e adultos - EJA, e outra de ingressantes no ensino superior de instituições públicas na cidade de Santa Maria. Essa diversidade visa verificar a aplicabilidade dos materiais produzidos em diferentes níveis de ensino.
RESULTADOS
As histórias em quadrinhos foram elaboradas no Toondoo© e os conteúdos abordados nas histórias em quadrinhos foram definidos, por estes serem de difícil compreensão tanto pelos estudantes do Ensino Médio, como do ensino superior, são eles: Acidez e Basicidade, pH e Hidrólise Salina.
Assim, buscou-se abordar estes temas de uma forma lúdica para não apenas despertar o interesse dos estudantes pelo conteúdo, mas também propiciar uma contextualização da aplicabilidade desses conceitos no dia-a-dia desses estudante promovendo o debate sobre a temática e a construção coletiva de saberes.
A primeira história em quadrinhos elaborada abordava a dificuldade de um agricultor em virtude da acidez do solo, conforme pode-se observar na Figura 1.
Mas que tal tchê! Tô com problema na minha horta. O que será que tá acontecendo?
Pode ser acidez do solo. Tu já fizeste a análise do teu solo vivente?
Nunca fiz, mas já que tu estás falando irei fazer
E aí vivente o que deu?
Após 2 semanas...
Bah vizinho, chegou o resultado da análise do solo.
Mostrou que o solo tá muito ácido, o que faço agora tchê?
Baaah! Aí tu me pegaste, não sei o que fazer
E você sabe? Nos ajude a descobrir qual a substância ideal para neutralizar a acidez do solo.
Figura 1: História em quadrinhos referente ao Tema “Solo Ácido”.
A história foi criada na perspectiva da resolução de problemas, instigando os estudantes a discutirem quais as substâncias poderiam neutralizar a acidez do solo. Seu uso foi empregado em uma atividade experimental onde os estudantes do EJA deveriam averiguar, por meio de um indicador de pH, se a substância apresentava caráter ácido, básico ou neutro.
Com base nos resultados iniciais, desenvolveu-se uma outra HQ simplificada, mas que abordava a mesma temática (Figura 2). Essa produção foi incorporada em um affordance utilizado para problematizar a acidez do solo para uma turma de estudantes da graduação em uma disciplina experimental de química.
Figura 2: História em quadrinhos simplificada referente ao Tema “Acidez do solo”.
A simplificação da HQ se deu, levando em consideração os pressupostos teóricos de Mayer (2001), que afirma que o excesso de informação pode levar a sobrecarga cognitiva sobrecarga cognitiva, podendo conduzir os estudantes a desorientação, e até mesmo, ao desestimulo.
Em ambas as propostas de problematização utilizando as HQ (EJA e ensino superior), as práticas (experimentos) conduziam a avaliação de substâncias salinas, que apresentavam caráter ácido, básico ou neutro quando em solução aquosa. Após a implementação pode-se avaliar que apesar das histórias despertarem o interesse dos estudantes pelo aprendizado e o debate entre estes o professor, os mesmos tinham dificuldade em compreender os conceitos da hidrólise salina.
Assim, optou-se em produzir uma história que ao invés de contextualizar e problematizar um conceito, fosse explicativa. Nesse sentido, dentro da perspectiva das ações da DBR – avaliação, revisão e redesign – planejou-se, elaborou-se e disponibilizou-se uma HQ que abordasse os conceitos teóricos da hidrólise salina, utilizando uma linguagem simples que facilitasse a compreensão do conteúdo.
A história produzida pode ser visualizada na Figura 3. 
Figura 2: História em quadrinhos referente ao Tema “Hidrólise Salina”.
Por meio da elaboração de estratégias educacionais, como as histórias em quadrinhos, podemos observar que essas são importantes para o desenvolvimento cognitivo dos estudantes, pois são diferentes dos recursos educacionais textuais comumente encontrados em livros, visto que possuem uma linguagem de fácil assimilação, como afirma Oliveira (2007). Além disso, contribuem para despertar o interesse e a curiosidade dos estudantes em compreenderem os conceitos abordados.
As HQ proporcionam na sua leitura o melhoramento de várias ações do sistema cognitivo, como análise, interpretação, classificação, imaginação. Porém, quando há a inserção de problemas nas HQ, elas se tornam muito instigadoras, nos remetendo a uma proposta construtivista, onde a situação-problema desencadeia a discussão sobre o conteúdo e contribui para a construção de saberes (TESTONI, 2004).
CONCLUSÕES
A produção de recursos educacionais modifica a prática docente à medida que requer do professor um movimento de transposição de saberes, de forma a transformar o saber científico àquele a ser ensinado. Nesse processo o professor desenvolve habilidades que potencializando a sua performance e que reflete na melhoria do processo de ensino e aprendizagem.
A problematização por meio da HQ demonstrouter resultados interessantes no contexto educacional, pois além de desmistificar o uso de “tirinhas” como mero elemento de recreação, as mesmas despertaram o interesse dos estudantes pela leitura e discussão da temática. Por possuírem um sistema próprio de diagramação e formatação, as histórias em quadrinhos, apresentam características psicolinguísticas que atraem a atenção dos estudantes e propiciam a familiarização com o texto, que possui uma estrutura semântica simplificada favorecendo a compreensão.
Assim, concebemos que esta modalidade textual pode ser utilizada para diferentes fins, como contextualizar, problematizar, ilustrar, informar e promover o debate entre os pares, propiciando uma construção de saberes na coletividade. Por outro lado, o desenvolvimento de recursos educacionais demanda do professor a fluência pedagógica e tecnológica necessárias para produção autoral de seus recursos educacionais.
REFERÊNCIAS
BARBOSA, Alexandre. Como usar as histórias em quadrinhos na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2010.
BARBOSA, A.; VERGUEIRO, W. (orgs.). Como usar as histórias em quadrinhos em sala de aula. Contexto, 2004.
CARUSO, F.; SILVEIRA, C. Quadrinhos para a cidadania. História, Ciências, Saúde-Manguinhos, v. 16, p. 217–236, 2009.
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GONÇALVES, R.; MACHADO, D. M. Cómics : investigación de conceptos y de términos paleontológicos, y uso como recurso didáctico en la Educación Primaria . Enseñanza de las Ciencias, v. 23, n. 0212–4521, p. 263–274, 2005.
HERRINGTON, J.; MCKENNEY, S.; REEVES, T.; OLIVER, R. Design-based research and doctoral students: Guidelines for preparing a dissertation proposal. Edith Cowan University. ECU Publications: 2007. Disponível em: <http://doc.utwente.nl/93893/1/Design-based%20research%20and%20doctoral%20students.pdf> . Acesso em: 31 de abril 2017
KENSKI, V. M. Tecnologias e ensino presencial e a distância. 2. ed. Campinas: Papirus,2004. (Série Pratica Pedagógica).
LUYTEN, S. M. B. Quadrinhos na sala de aula. TV Escola canal de educação. 2011, Disponível em: <http://www.tvbrasil.org.br/fotos/salto/series/18123historiaemqua-drinhos.pdf>. Acesso em: 18/05/2016.
MAYER, R. Multimedia Learning. Cambridge: Cambridge University Press. 2001.
OLIVEIRA, R. C. O papel do gibi no processo de aprendizagem, na afetividade e nas emoções. 2007. Disponível em: http://www.ucdb.br/gibiteca/experiencia.php> Acesso em: 29 jun. 2017.
PIZARRO, M. V. As histórias em quadrinhos como linguagem e recurso didático no ensino de ciências. Encontro Nacional de Pesquisa em Educaçao em Ciencias. p. 1-12, 2000
ROTA, G.; IZQUIERDO, J. “Comics” as a tool for teaching biotechnology in primary schools. Electronic Journal of Biotechnology, v. 6, n. 2, p. 8–12, 2003.
SANTOS, R. E. A história em quadrinhos na sala de aula. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO, 26., 2003. Belo Horizonte-MG, Anais... São Paulo: Intercom, 2003. Disponível em: <http://galaxy.intercom.org.br:8180/dspace/bitstream/1904/4905/1/NP11SANTOS_ROBERTO.pdf> Acesso em 29 jun. 2017.
TEODORO, V. D.; FREITAS, J. C. Educação e Computadores. Desenvolvimento dos sistemas educativos. Lisboa: Ministério da Educação, Gabinete de Estudo e Planeamento (GEP), 1992. 28 p.
TESTONI, L. A. Um corpo que cai: As Histórias em Quadrinhos no Ensino de Física, 2004, 158 fls. Dissertação (Mestrado em Educação). Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004. 
VERGUEIRO, W. Uso das HQs no ensino In: RAMA, A.; VERGUEIRO, W. (Orgs.). Como usar as histórias em quadrinhos na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2010.
WANG, F.; HANNAFIN, M. J. Design-based Research and Technology-Enhanced Learning Environments. Educational Technology Research and Development, v. 53, n. 4, p. 5-23, 2005. Disponível em:<https://ideascale.com/userimages/sub1/898000/panel_upload_12279/3-
0221206.pdf>. Acesso em: 31 de mar. 2017.
Fases da DBR
Identificação do problema e definição do tema de pesquisa
Design de Recursos Educacionais para solução do problema da pesquisa
Ações
Definido através da vivência pessoal em sala de aula
Teorização. Planejamento e elaboração das HQ
Processos e Análises
Reflexão sobre as potencialidades e desafios
Fundamentação teórica e design da criação das HQ
Análise dos dados e definição de aspectos que requerem melhoria
Implementação da Intervenção.
Ciclos Iterativos
Reflexão e Avaliação do Curso
Avaliação , reflexão e redesign do material.
Análise, síntese e represenção dos dados quali e quantitativos.

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