HISTÓRIAS EM QUADRINHOS UMA PROPOSTA PARA O ENSINO DO PRINCÍPIO DE LE CHATELIER

Prévia do material em texto

HISTÓRIAS EM QUADRINHOS : UMA PROPOSTA PARA O ENSINO DO 
PRINCÍPIO DE LE CHATELIER 
 
Vanessa Klein 
Universidade Federal de Santa Maria 
vanessaklein7@gmail.com 
Cassiano Vasconcelos dos Santos 
Universidade Federal de Santa Maria 
Cassianovs2@gmail.com 
Darliana Mello Souza 
Universidade Federal de Santa Maria 
darliana.ms@gmail.com 
Cláudia Smaniotto Barin 
Universidade Federal de Santa Maria 
claudiabarin@nte.ufsm.br 
 
RESUMO 
O presente trabalho traz um recorte da dissertação “Histórias em Quadrinhos: Uma alternativa 
pedagógica para o ensino de Química”, que teve como principal objetivo potencializar e 
inovar o ensino-aprendizagem de conceitos químicos por meio da produção de histórias em 
quadrinhos relacionadas a conteúdos abordados na disciplina de Química Agronomia, do 
curso de Agronomia da Universidade Federal de Santa Maria. Neste sentido, este recorte traz 
a elaboração de uma proposta didática, através da elaboração de quatro histórias em 
quadrinhos, abordando um tema específico da Química, o Princípio de Le Chatelier, tema 
este, que é amplamente abordado tanto no ensino médio como no ensino superior. Para a 
elaboração das histórias em quadrinhos foi utilizado a ferramenta online, o Toondoo ©, em 
que se pode editar e criar histórias em quadrinhos, além de wikis, fóruns e ebooks. Os sujeitos 
da pesquisa foram 58 estudantes ingressantes no Curso de Agronomia, sendo 39 homens e 19 
mulheres, com faixa etária entre 17-23 anos, matriculados na disciplina QMC 1032 - Química 
Agronomia. Os resultados apontam que a linguagem das histórias em quadrinhos é bem aceita 
pelos estudantes, e que estes o motivam a ler, pois por serem ilustradas se tornam mais 
interessantes que o texto convencional. A problematização por meio da HQ demonstrou ter 
resultados interessantes no contexto educacional, pois além de desmistificar o uso de 
“tirinhas” como mero elemento de recreação, as mesmas despertaram o interesse dos 
estudantes pela leitura e discussão da temática. Assim, os resultados evidenciaram uma 
grande relevância de se ter diversificação e inovação na sala de aula, pois provoca no aluno 
uma maior motivação e interesse no processo de ensino-aprendizagem. 
 
Palavras-chave: Princípio de Le Chatelier; Histórias em Quadrinhos; Ensino de Química; 
 
2 
 
INTRODUÇÃO 
No ensino de química, nota-se que, na maioria das vezes, os alunos não conseguem 
compreender os conteúdos abordados, pois os mesmos não associam o conteúdo estudado 
com a sua realidade, o que muitas vezes desestimula a aprendizagem. 
De acordo com as Orientações curriculares para o ensino médio: Ciências da natureza, 
matemática e suas tecnologias (2006), há a necessidade de se contextualizar os conhecimentos 
químicos que serão abordados no processo de ensino-aprendizagem: 
Sejam quais forem os conhecimentos químicos e a forma de inseri-los no processo 
ensino-aprendizagem, há que se garantir a base comum do currículo e o 
desenvolvimento das competências básicas da formação. Espera-se a 
contextualização referenciada nos aspectos socioculturais, bem como a explicitação 
das interrelações entre a Química, a tecnologia, a sociedade e o meio ambiente, 
ainda que no âmbito da parte diversificada da proposta curricular (BRASIL, 2006, p. 
122). 
Diante disso, Parâmetros Curriculares Nacionais Ensino médio: orientações 
educacionais complementares aos Parâmetros Curriculares Nacionais - Ciências da Natureza, 
Matemática e suas Tecnologias (2002), alegam que a Química estrutura-se como um 
conhecimento que se estabelece mediante relações complexas e dinâmicas que envolvem um 
tripé bastante específico, em seus três eixos constitutivos fundamentais: as transformações 
químicas, os materiais e suas propriedades e os modelos explicativos (BRASIL, 2002). O 
aprendizado de Química no ensino médio deve permitir ao aluno, “[...] a compreensão tanto 
dos processos químicos em si quanto da construção de um conhecimento científico em estreita 
relação com as aplicações tecnológicas e suas implicações ambientais, sociais, políticas e 
econômicas” (BRASIL, 2002). 
Atualmente, tem-se a necessidade de se falar na educação em química, priorizando o 
processo de ensino-aprendizagem de maneira contextualizada, conectando o ensino a 
realidade do aluno, para que estes percebam a verdadeira importância socioeconômica da 
química, em uma sociedade avançada, no sentido tecnológico (TREVISAN; MARTINS, 
2006). 
Em alusão aos conhecimentos químicos que podem ser obtidos pelos alunos a partir do 
cotidiano, Cardoso e Colinvaux (2000, p. 401) comentam: 
O estudo da química deve-se principalmente ao fato de possibilitar ao homem o 
desenvolvimento de uma visão crítica do mundo que o cerca, podendo analisar, 
compreender e utilizar este conhecimento no cotidiano, tendo condições de perceber 
e interferir em situações que contribuem para a deterioração de sua qualidade de 
vida. Cabe assinalar que o entendimento das razões e objetivos que justificam e 
motivam o ensino desta disciplina, poderá ser alcançado abandonando-se as aulas 
baseadas na simples memorização de nomes de fórmulas, tornando-as vinculadas 
3 
 
aos conhecimentos e conceitos do dia-a-dia do alunado (CARDOSO; 
COLINVAUX, 2000, p. 401). 
Percebe-se, portanto, a necessidade do professor de química em realizar a transposição 
de saberes, por meio da reflexão sobre o que ensinar, para quem ensinar e como ensinar, além 
de planejar como ordenar logicamente os conteúdos a serem abordados, como desenvolver os 
conteúdos adequadamente e como utilizar diferentes práticas interligadas ao conteúdo teórico. 
Neste sentido, é necessário que o professor saiba transpor o conteúdo tornando-o assimilável 
para o aluno (SILVA, 2011). 
Neste sentido, para perfazer os saberes da transposição didática optou-se pela 
utilização de um recurso pedagógico, as histórias em quadrinhos, estas constituem um meio 
de transpor os conteúdos estudados na disciplina de química, de uma maneira mais lúdica e 
mais acessível aos alunos. Além disso, as histórias em quadrinhos são universais, pois 
conseguem alcançar várias faixas etárias, o que facilita a inserção das mesmas em sala de 
aula. 
As HQ podem ser de grande valia na abordagem de conteúdos visto que sua 
linguagem alia não apenas o gênero textual, como também o imagético, despertando o 
interesse pela leitura. Assim, as HQ podem ser utilizadas não somente como uma diversão, 
mas sim, como um instrumento educacional. Há várias possibilidades de uso das histórias em 
quadrinhos no contexto educacional, podemos utilizá-las como uma situação problema, para 
avaliar os conhecimentos dos alunos ou como um tema gerador de discussão (GONÇALVES; 
MACHADO, 2005, p. 272). 
Santos e Vergueiro (2012) comentam que as histórias em quadrinhos são ótimos meios 
de divulgação científica onde se podem abordar questões inerentes à ciência. Pizarro (2009), 
contudo, comenta, que apesar das histórias em quadrinhos sejam objetos de estudos 
acadêmicos, há a necessidade de levar este tipo de material para as salas de aula, para 
apreciação e análise crítica do material. 
O autor também manifesta a ideia, de que a história em quadrinhos é um desses 
instrumentos a serviço de práticas motivadoras no ensino de Ciências que devem ser 
planejadas com o intuito de promover em seus leitores um olhar mais crítico e sistemático 
acerca das informações recebidas não só pelos quadrinhos, mas por qualquer outro meio de 
divulgação científica que seja passível de análise e equívoco. 
Já para Caruso e Silveira (2009), as histórias em quadrinhos são utilizadas para 
integralizar os conhecimentos científicos a serem estudados e a produção artística, gerando 
assim, uma estruturação do senso crítico e uma leitura da cidadania. 
4 
 
Uma das ferramentas disponíveis online, que permite a criação de HQ, é o Toondoo 
(http://www.toondoo.com). O Toondoo é um editor de quadrinhos online, portantomultiplataforma, que apresenta uma variedade de personagens, cenários, objetos, acessórios e 
balões de fala que permitem a produção de histórias em quadrinhos personalizadas sem a 
necessidade de possuir habilidades de desenho. 
Além dos personagens já disponíveis no sistema, pode-se ainda elaborar personagem 
com diferentes expressões corporais e faciais, o que possibilita a construção de histórias que 
conduzam a reflexão, por exemplo. A Figura 1 apresenta a interface gráfica dessa ferramenta 
online. 
Figura 1 - Interface do Toondoo. 
 
Fonte: http://toondoo.com/. 
Além das histórias em quadrinhos, podemos criar e construir no Toondoo, livros 
digitais (e-books), wikis, fóruns, blogs, favorecendo-se, desta forma, a interação entre os 
utilizadores da ferramenta. (LISBÔA; JUNIOR; COUTINHO, 2009). Porém, como esta 
plataforma é online, há a necessidade de ter conexão com a internet, o que pode se tornar um 
desafio a ser transposto, pois em determinados meios escolares não dispomos de acesso à 
rede. 
 
http://www.toondoo.com/
5 
 
METODOLOGIA 
 
A presente pesquisa foi aplicada em uma turma de estudantes ingressantes no ensino 
superior (58 estudantes) do 1º semestre do Curso de Agronomia, regularmente matriculados 
na disciplina de Química Agronomia (QMC1032), da Universidade Federal de Santa Maria no 
decorrer do segundo semestre letivo de 2017, sendo 39 homens e 19 mulheres, com faixa 
etária entre 17-23 anos. 
O trabalho aqui descrito visa apresentar uma proposta didática de abordagem de um 
tema específico da química, o Princípio de Le Chatelier através da elaboração de quatro 
histórias em quadrinhos. 
 
RESULTADOS 
 
Segundo a experiência das autoras uma das maiores dificuldades inerentes ao ensino 
de química se constitui não apenas na complexidade dos conteúdos, como na necessidade de 
memorizar fórmulas e realizar a transposição do conhecimento matemático para a efetivação 
de cálculos. Esse dado é corroborado por diversos autores como Paz et al. (2008), Cardoso e 
Colinvaux (2000), Almeida, Santos e Silva (2010). 
No decorrer das aulas, uma das dificuldades apontadas pelos estudantes é a dificuldade 
na compreensão dos conceitos, visto que não possuem fluência na linguagem técnica inerente 
a este ramo das ciências. 
No caso do ensino de conceitos químicos, alguns temas que são considerados de 
difícil abordagem por envolverem conhecimentos do mundo microscópico e 
exigirem dos estudantes um nível de abstração mais elevado podem ser trabalhados 
por meio dos quadrinhos associando o caráter lúdico aos aspectos cognitivos (CRUZ 
et al. 2013, p. 2). 
Conforme abordado na revisão da literatura, as histórias em quadrinhos podem assim 
contribuir para a compreensão dos conceitos químicos, visto que contém uma linguagem mais 
simples. Para isso cabe ao professor autor do seu material didático transformar o saber 
científico (saber sábio contido nos livros) para um saber que possa ser compreendido pelos 
estudantes (saber a ser ensinado). 
Luyten (2011) e Santos (2003), comentam que as HQs trazem subsídios muito 
importantes para as práticas pedagógicas, pois a utilização dos textos articulados com as 
imagens, juntamente aos conteúdos estudados permitem transformar conteúdos complexos 
mais claros para os alunos. 
6 
 
Devemos considerar que a simples transmissão de conhecimentos não é suficiente para 
os alunos construírem suas próprias ideias e saberes. É de grande importância que atividades 
que auxiliem o aluno na produção e uso de seu conhecimento sejam inseridos no processo de 
ensino-aprendizagem (BRASIL, 2002, p. 93). 
Dessa forma, foram elaboradas uma sequência de história em quadrinhos digitais que 
pudessem contribuir para o processo de ensino e aprendizagem de química. As histórias foram 
criadas numa perspectiva de HQ de caráter explicativo, ilustrativo e instigador. 
Considerando que a disciplina Química Agronomia (QMC 1032) tem como base o 
equilíbrio químico em diferentes sistemas, esse conteúdo foi a base para a produção das HQ 
seguintes. Assim, após a abordagem sobre equilíbrio químico, deu-se sequência as discussões 
sobre os fatores que o afetam (Princípio de Le Chatelier) e como o mesmo se comporta em 
relação às mudanças de temperatura, pressão e concentração. 
O conteúdo de Equilíbrio químico é um dos temas mais importantes e difíceis no 
ensino de química, tanto para o ensino médio como no superior (WILSON, 1998). Este tema 
se trata de um domínio de muitos conceitos anteriores estudados, além de ser de natureza 
muito abstrata (QUÍLEZ-PARDO; SOLAZ-PORTOLES, 1995). 
Existem várias dificuldades que os alunos encontram ao se defrontar com este 
conteúdo, dentre elas a natureza do próprio equilíbrio químico, a aplicação do princípio de Le 
Chatelier em situações conhecidas, ou a sua incorreta aplicação, também as dificuldades em 
aplicar o princípio em situações de mudança de temperatura e os outros fatores como pressão 
e concentração (BARKER, 2001; RAVIOLO; MARTÍNEZ-AZNAR, 2003). 
Mesmo utilizando relações com o cotidiano dos estudantes, como por exemplo, o 
barulho da abertura de uma garrafa de bebida gaseificada, a eructação após a ingesta de coca-
cola, entre outros, um grupo considerável dos estudantes ainda não compreendia o Princípio 
de Le Chatelier. Nesse sentido elaborou-se uma série de HQ para ilustrar tais conceitos, as 
quais são apresentadas nas Figuras de 2 a 5. 
A Figura 2 ilustra uma história em quadrinhos referente ao princípio básico de Le 
Chatelier. Classificada como caráter explicativo, esta história em quadrinhos, evidencia qual a 
questão principal deste princípio: quando se perturba um sistema em equilíbrio, ele tende a se 
ajustar de modo a remover a perturbação e restabelecer o equilíbrio. 
Diante deste princípio, o exemplo exposto pela história em quadrinhos, é a gangorra. 
Este brinquedo mostra, de maneira lúdica e simples, o que o princípio diz. Quando se tem 
duas pessoas em cima da gangorra, ela está em equilíbrio, porém quando uma das pessoas sai 
da gangorra, ela entrará em desequilíbrio, pendendo para o lado em que a pessoa está. Do 
7 
 
mesmo modo, quando a outra pessoa que ficou na gangorra, sair da gangorra, a mesma entrará 
em equilíbrio novamente, pois não haverá ninguém em cima da gangorra. 
Figura 2 - História em quadrinhos sobre o princípio de Le Chatelier. 
 
Fonte: Autora. 
A Figura 3 mostra um exemplo de história em quadrinhos, em que foi abordado o tema 
do princípio de Le Chatelier, fator Concentração. 
A presente história em quadrinhos tem caráter explicativo, e elucida como o fator 
concentração modifica as reações baseadas no princípio de Le Chatelier. A história acontece 
em uma sala de aula em que o professor mostra e questiona os alunos sobre diferentes 
concentrações de reagentes nas reações. O 2º quadro da história mostra um exemplo de reação 
em que os reagentes A e B estão em excesso, este excesso que irá favorecer uma reação 
direta, para posteriormente a reação alcançar o princípio novamente. Já no 3º quadro, o 
professor mostra um exemplo de uma reação em que os produtos estão em excesso, o que 
favorecerá uma reação inversa, gerando mais reagentes para atingir o equilíbrio novamente. 
 
8 
 
Figura 2 - História em quadrinhos sobre o princípio de Le Chatelier: fator Concentração. 
 
Fonte: Autora. 
A Figura 11 descreve uma história referente ao fator da pressão no princípio de Le 
Chatelier. 
Esta história em quadrinhos é de caráter explicativo e ilustra uma situação do 
cotidiano em que o fator da pressão, do princípio de Le Chatelier está muito presente no dia a 
dia das pessoas: quando estoura uma cerveja que previamente tinha sido retirada do freezer. 
Este fato relatado na história em quadrinhos acontece devido à perturbação do 
equilíbrio na garrafa de cerveja. Quando esquecemos uma garrafa de cerveja no freezer, a 
garrafa ao invés de estourar ela entra em um estado desupercongelamento, que é quando a 
cerveja não congela, pois seu processo e resfriamento foi muito rápido e as moléculas de 
líquido estão em equilíbrio com a pressão do freezer. Porém, quando a garrafa é retirada do 
freezer e aberta, a pressão do interior da garrafa diminui, ocasionando em um desequilíbrio na 
pressão, provocando uma perturbação no sistema e o equilíbrio que havia dentro da garrafa, 
ocasionando no estouro da garrafa de cerveja. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
Figura 4 - História em quadrinhos sobre o princípio de Le Chatelier: fator Pressão. 
 
Fonte: Autora. 
A Figura 5 elucida uma história em quadrinhos em que o fator temperatura interfere no 
princípio de Le Chatelier. 
A presente história tem caráter explicativo e demonstra um fato do dia a dia, que 
ocorre muito na casa das pessoas: o refrigerante que após um tempo dentro do copo perde seu 
gosto. 
Este caso ocorre, pois quando ao se colocar o refrigerante em um copo, o mesmo irá 
esquentar, pois a temperatura ambiente tende a ser maior, do que a temperatura de quando o 
refrigerante estava resfriado. Consequentemente irá ocorrer a liberação de gases, gerando em 
uma reação endotérmica. Quando ocorre este aumento na temperatura do refrigerante, está se 
provocando um deslocamento no equilíbrio químico, gerando no refrigerante uma 
modificação no seu gosto. 
 
10 
 
Figura 5 - História em quadrinhos sobre o princípio de Le Chatelier: fator Temperatura. 
 
Fonte: Autora. 
 
CONCLUSÃO 
O objetivo deste trabalho foi apresentar uma proposta didática através da elaboração 
de histórias em quadrinhos, para a abordagem do Princípio de Le Chatelier, tema este que é 
abordado tanto no ensino médio como no ensino superior. 
As histórias em quadrinhos aqui apresentadas e descritas, podem ser utilizadas pelos 
professores em sala de aula, como uma ferramenta para auxiliar o ensino de química, visto 
que são de fácil elaboração, necessitando apenas de um computador com internet. Neste 
11 
 
sentido, percebe-se a importância dos professores em buscarem novas alternativas, 
principalmente nesta nova era tecnológica em que estamos inseridos. 
Diante disso, nota-se a relevância de se apresentar e realizar atividades diversificadas 
em sala de aula, principalmente utilizar materiais didáticos, pois proporcionam aos estudantes 
um meio de visualizar o que está sendo estudado em sala de aula de maneira mais fácil e de 
melhor compreensão. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ALMEIDA, A. R. S.; SANTOS, F. P. L. dos; SILVA, J. dos S. da. O Ensino e Aprendizagem 
de Química na Percepção dos Estudantes do Ensino Médio. IN: CONGRESSO DE 
PESQUISA E INOVAÇÃO DA REDE NORTE E NORDESTE DE EDUCAÇÃO 
TECNOLÓGICA, 5., 2010, Maceió/AL. Anais... Maceió/ AL : IFAL, 2010. p. 1-6. 
 
BARKER, V. Beyond appearances: students misconceptions about basic chemical ideas. 
Royal Society of chemistry, 2 ed, 2001. 
 
BRASIL. Ministério da Educação (MEC), Secretaria de Educação Média e Tecnológica 
(Semtec). PCN + Ensino médio: orientações educacionais complementares aos 
Parâmetros Curriculares Nacionais - Ciências da Natureza, Matemática e suas 
Tecnologias. Brasília: MEC/Semtec, 2002. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/se-
b/arquivos/pdf/CienciasNatureza.pdf>. Acesso em 29 de set. de 2017. 
 
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Orientações curriculares 
para o ensino médio: Ciências da natureza, matemática e suas tecnologias. V. 2. Brasília: 
MEC; SEB, 2006. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/book_volu-
me_02_internet.pdf>. Acesso em 29 de set. de 2017. 
 
CARDOSO, S. P.; COLINVAUX, D. Explorando a motivação para estudar química. Revista 
Química Nova, Ijuí: Unijuí, v. 23, n. 3, p. 401-404, 2000. 
 
CARUSO, F.; SILVEIRA, C. Quadrinhos para a cidadania. História, Ciências, Saúde-
Manguinhos, v. 16, p. 217–236, 2009. 
 
CRUZ, T. M. G. dos S.; MESQUITA, N. A. da S.; SOARES, M. H. F. B. H'Química – O uso 
dos quadrinhos para o Ensino de Radioatividade. In: IX Encontro Nacional de Pesquisa em 
Educação em Ciências – IX ENPEC, 2013, Águas de Lindóia/SP. Anais... Águas de 
Lindóia/SP: 2013 
 
GONÇALVES, R.; MACHADO, D. M. Cómics : investigación de conceptos y de términos 
paleontológicos, y uso como recurso didáctico en la Educación Primaria. Enseñanza de las 
Ciencias, v. 23, n. 2, p. 263–274, 2005. 
 
LISBÔA, E. S.; JUNIOR, J. B. B.; COUTINHO, C. P. Desenho em quadrinhos online: 
vantagens e possibilidades de utilização em contexto educativo. Revista Paidéi@, UNIMES 
VIRTUAL, v. 2, n. 1, jun.2009. 
12 
 
 
LUYTEN, Sonia M. Bibe. Quadrinhos na sala de aula. TV Escola canal de educação. 2011. 
Disponível em: http://www.tvbrasil.org.br/fotos/salto/series/181213historiaemquadri-
nhos.pdf> Acesso em mar. de 2011. 
 
PAZ, G. L.; PACHECO, H. F.; NETO, C. O. C.; CARVALHO, R. D. C. P. S. Dificuldades 
no ensino-aprendizagem de química no ensino médio em algumas escolas públicas da região 
sudeste de Teresina. In: VI SEMINÁRIO DE EXTENSÃO E I ENOCNTRO PEDAGÓGICO 
DO PIBID, 2008, Teresina/PI. Anais… Teresina/PI: Universidade Estadual do Piauí, 2008. 
 
PIZZARO, M. V. As Histórias em Quadrinhos como Linguagem e Recurso Didático no 
Ensino de Ciências. IN: VIII Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências, 2009, 
Florianópolis/SC. Anais... Florianópolis/SC: Universidade Federal de Santa Catarina, 2009. 
 
QUÍLEZ-PARDO, J.; SOLAZ-PORTOLES, J. J.; CASTELLÓ-HERNABDEZ, M.; 
SANJOSÉ-LOPEZ, V. Errores conceptuales em el estúdio Del equilíbrio químico: Nuevas 
aportaciones relacionadas com la incorreta aplicación Del principio de Le Chatelier. 
Enseñanza de Las Ciencias, v. 12, p. 123-133, 1995. 
 
RAVIOLO, A.; MARTÍNEZ-AZNAR, M. Uma revisión sobre las concepciones alternativas 
de los estudiantes em la relación com el equilíbrio químico. Classificación y sínteses de 
sugerencias didáticas, Educación Química, v. 13, p. 159-165, 2003. 
 
SANTOS, R. E. A história em quadrinhos na sala de aula. In: xxvi CONGRESSO 
BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO, 26., 2003. Belo Horizonte/ MG, 
Anais... Belo Horizonte/MG: Faculdade de Comunicação e Artes - PUC Minas, 2003. 
 
SANTOS, R. E.: VERGUEIRO, W. Histórias em quadrinhos no processo de aprendizagem: 
da teoria à prática. EccoS – Revista Científica, São Paulo/SP, n. 27, p. 81-95, 2012. 
 
SILVA, A. M. Proposta para tornar o Ensino de química mais atraente. Revista de Química 
Industrial, Rio de Janeiro, RQI - 2º trimestre 2011. 
 
TREVISAN, T. S.; MARTINS, P. L. O. A prática pedagógica do professor de química: 
possibilidades e limites. UNIrevista, v. 1, n. 2, 2006. 
 
WILSON, A. Equilibrium: a teaching/learning activity. Journal of Chemical Education, v. 
75, n. 9, p. 1176-1177, 1998.