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Mecanismo de modulação do sistema imune a partir da nutrição-1

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A) Inter-relação da nutrição com o sistema imunológico.
A inter-relação da nutrição com a imunologia tem início no sistema digestório onde são absorvidos os alimentos. A maioria das substancias desconhecidas vem de fora do nosso corpo, espera se uma grande concentração abaixo do epitélio externo, na movimentação de células, moléculas e tecidos que fazem parte do sistema imune.
Tem recebido nos últimos anos alguns resultados de pesquisas cientificas muito importantes, sabe se que na pratica, é indispensável ter no mínimo um estado nutricional aceitável para que possa obter uma imunidade estável, a nutrição tem se tornado um fator não só para tratar de patologias relacionadas a imunidade, mas também tem sido usada como forma de prevenção, para pessoas que estão completamente saudáveis.
Vale destacar que a relação nutrição imunidade é muito dinâmica, um excesso de nutrientes como a falta deles pode causar consequências negativas. Conseguimos observar essa dinâmica também na direcionalidade da relação, porque uma pessoa em estado de infecção pode proporcionar a má nutrição: 
A maioria das infecções altera o metabolismo de carboidratos, lipídeos e proteínas, balanço eletrolítico e níveis de micronutrientes; Infecções crônicas incrementam a glicogênese/ lipogênese; Infecções intestinais que podem alterar a absorção e a biodisponibilidade de nutrientes; As alterações das secreções hormonais (principalmente corticosteróides) durante flutuações da imunidade interferem no metabolismo de nutrientes. (BERTOLA; MENEZES, 2001) 
REFERENCIA
BERTOLA, E.; MENEZES, H. A Inter-relação entre Nutrição e Imunidade. Nutrição em pauta, São Paulo, vol.49, jul.,2001
B) Os mecanismos de modulação do sistema imune a partir da nutrição.
Já se sabe que é bem maduro o conhecimento das necessidades nutricionais e de muita importância o desemprenho produtivo e reprodutivo além de prevenir deficiências. 
Os mecanismos de modulação do sistema imune a partir da nutrição, é dividido em 5 categoria: modulação do efeito negativo causado pela resposta imune, regulação direta a partir dos nutrientes, modulação indireta pelo sistema endócrino, regulação pela disponibilidade de substrato e imunidade nutricional.
· Modulação do efeito negativo causado pela resposta imune.
AS funções efetoras dos linfócitos T citotóxicos, células natural Killer, macrófagos e neutrófilos resultam na produção de várias moléculas destrutivas para o hospedeiro.
As moléculas são citotóxicas e além de matarem bactérias, parasitas e células infectadas, causam também injúria nas células sadias do hospedeiro, resultando em várias patologias. 
· Regulação direta do sistema imune a partir dos nutrientes:
Alguns alimentos apresentam efeito regulatório direto sobre leucócitos, com isso alteram os índices de proliferação, da produção de citocinas e a diferenciação específicas dos leucócitos, deste modo, interferem na resposta imune. Podem se destacar: Ácidos graxos saturados n-3 e n-6; ácido linoleico conjugado; Vitamina E e Vitamina A. 
· Modulação indireta do sistema imune medida pelo sistema endócrino
Receptores de leucócitos podem ser regulados pelos hormônios relacionado ao status nutricional. As concentrações desses hormônios, podem influenciar no reconhecimento de antígenos pelos leucócitos, na produção de imunoglobulinas e respostas inflamatórias. Os status nutricionais que influenciam são: Sobre consumo; Subnutrição; Restrição alimentar; Deficiência proteica; Deficiência de ácidos graxos essenciais e Deficiência de mineral.
· Regulação do sistema imune pela disponibilidade de substrato
A resposta catabólica não permite que faltem substratos para o adequado funcionamento das defesas do organismo. Com uma dieta adequada, o animal pode desenvolver o crescimento compensatório e amenizar as perdas ocorridas anteriormente. Com isso, parte ou todo o crescimento que deixa de ocorrer no momento de restrição é compensado durante o período posterior.
· Imunidade nutricional
Para a replicação dos patógenos, é necessárias fontes de nutrientes do hospedeiro. O primeiro nutriente limitante para o crescimento de um patógeno é o ferro. Uma grande variedade de proteínas ligadoras de ferro e heme são produzidas pelo fígado e por macrófagos na tentativa de remover o ferro dos fluidos. 
REFERENCIA:
MOREAES, M.L. seminário de Disciplina Bioquímica do Tecido Animal. PPGCV|UFRGS, 16p, 2011.
C) Como os nutrientes podem modular o sistema imunológico das pessoas.
Alguns alimentos apresentam efeito regulatório direto sobre leucócitos, com isso, alteram os índices de proliferação, da produção de citocinas e a diferenciação específicas dos leucócitos, deste modo, interferem na resposta imune. 
Ácidos Graxos Saturados n-3 e n-6:
Sua principal forma de atuarem no sistema imune é como percursores na síntese de eicosanoides, fazendo parte a prostaglandina 9PG e os leucotrienos (LT). Estes, são produzidos pelas citocinas, endotoxinas e complexo de antígeno-anticorpo. 
O ácido linoleico e o ácido linolênico competem com os eicosanoides. Na rota metabólica da formação dessas substâncias, ocorre uma competição por sítios de ligações das enzimas desaturases e elongases, e também a competição do ácido araquidônico (n-6) e o eicosapentaenoico (EPA, n-3) pelas enzimas cicloxigenase (COX) e lipoxigenase (LOX) (Kisella et al.; 1990). Com isso, uma alimentação rica em ácidos graxos n-3, irá ocorrer uma diminuição no nível de ácido araquidônico nos fosfolipídios das membranas celulares e em consequência, a redução nos eicosanoides derivados de n-6 (PGE2 e o LBT4) e o aumento nos derivados n-3.
A PGE2 tem vários efeitos pró-inflamatórios como a indução de febre, aumento da dor e do edema, aumento da permeabilidade vascular. Eles também diminuem a produção de linfócitos, inibem a atividade da célula NK e inibem a produção de outras células. Com isso, a PGE2 também possui efeito anti-inflamatórios. O LBT4, pode aumentar a produção de citocinas pró-inflamatórias, e a permeabilidade vascular, o fluxo sanguíneo local e a atividade das células NK.
O mecanismo pelo qual os PUFAS n-3 atuam na resposta imune, ainda é indefinido. Embora já se tenha observado, em humanos, que o tratamento com óleo de peixe (rico em n-3) atua melhorando os sintomas de doenças inflamatórias crônicas como artrite reumatoide.
Ácido Linoléico conjulgado (CLA):
O CLA exerce atividade imunomoduladora de forma efetiva em diferentes modelos experimentais, incluindo respostas inflamatórias, celulares e humorais. Sendo assim, o CLA diminui o acúmulo do ácido araquidônico nos fosfolipídios das membranas celulares e seus eicosanoides derivados.
Existe uma hipótese, que o CLA tenha uma interação com o PPARy. PPARs são receptores de antígenos que regulam a expressão de genes envolvidos no sistema imune e de homeostase energética. 
Glutamina:
	É um aminoácido relativamente essencial, com efeito benéfico na função imune por meio da produção de linfócitos T e B e imunoglobulina A.
	Nos enterócitos, mantém a integridade intestinal, prevenindo a atrofia da mucosa, além de diminuir a apoptose celular. Esses efeitos reduzem a translocação bacteriana e melhoram a função imune intestinal. 
	Em situações clinicas, sua suplementação em sido indicada em situações de hipercatabolismo.
 
Vitamina E:
A Vitamina E apresenta um aumento na produção de imunoglobulinas bem parecidas com o CLA. 
Se tratando de um parâmetro imunológico, o nível e inclusão nutricional que promove melhor resposta nem sempre será o maior. 
A vitamina E é componente de membranas, mucosa e tecido epitelial sendo importante para a manutenção da integridade de tecidos, e seu déficit está associado à diminuição da resposta imunológica e de hipersensibilidade.
Vitamina A:
É capaz de aumentar a diferenciação dos linfócitos T e B, mas a sua maior contribuição para um estado saudável vem por outra propriedade. A vitamina A é de uma importância para a mucosa e para a pele, já que seus metabólitos atuam na manutenção e diferenciação das células epiteliais. Algumas deficiênciasnutricionais contribuem para a produção de muco no trato respiratório e gastrointestinal. Devido a esses fatores, o sistema imune fica debilitado, facilitando a invasão de patógenos.
D) Como o nutricionista pode atuar melhorando o sistema imunológico dos pacientes?
A alimentação tem um papel muito importante na imunidade, porque várias reações do sistema imunológico necessitam não só de energia, mas também de vários nutrientes para a formação de células e outras substâncias envolvidas no nosso sistema de defesa.
A vitamina E por exemplo, sua deficiência está ligada ao aumento da susceptibilidade às infecções, podendo causar menor atividade de células natural killer. Deficiência de piridoxina (B6) e ácido pantotênico (B5) podem levar à redução da resposta antigênica celular e humoral.
Sobre deficiências de minerais, a falta ou deficiência de Magnésio pode promover alterações no funcionamento de linfócitos e levar a menor produção de citocinas por exemplo. A falta de Zinco, causa dano nos linfócitos T e altera a síntese de linfócitos e pode causar atrofia no timo.
Logo, o nutricionista deve avaliar exames laboratoriais ou até mesmo sintomas e encontrar algumas vitaminas e minerais que o paciente pode estar ingerindo em quantidades insuficientes, causando baixa no sistema imunológico, para então recomendar alimentos ou até suplementos dependendo do caso, para normalizar os níveis de tais vitaminas no corpo e assim melhorar o sistema imunológico.
REFERENCIAS:
Chandra, R. (1999). Nutrition and immunology: From the clinic to cellular biology and back again. Proceedings of the Nutrition Society, 58(3), 681-683.
CALLADO, L. Qual é o papel da vitamina E na imunidade do organismo? C2000.Disponível em:<www.cuidadospelavida.com.br/saude-e-tratamento/baixa-imunidade/vitamina-e-imunidade>.Acesso em: 13 nov. 2017.
MURIAE
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