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Bovinocultura de corte Introdução: situação atual do Brasil → Brasil é o maior exportador de carne; Brasil possui o maior rebanho comercial; Segundo maior produtor de carne bovina do mundo de 17% do mercado; O Brasil apresenta grande capacidade de produzir carne competitiva → Possui o 2º maior rebanho do mundo; Possui uma enorme variedade de forragens tropicais com alto potencial produtivo em massa verde; Possui vasta extensão territorial (163 milhões/ha), representado por 85% de pastagens cultivadas; Pôr outro lado à pecuária de corte nacional ainda enfrenta uma série de problemas: • Falta de política agropecuária definida a longo prazo (Preços ou de crédito); • Tradicionalismo na produção extensiva não tecnificada com baixo emprego de capital, tecnologia e trabalho, sempre calcado no fator terra; • Melhoramento do potencial genético do nosso rebanho bovino (Zebu) – ocorre de maneira mais precisa; • Produção sazonal de forragens (80-85% no verão e 15- 20% no inverno) gera períodos de safra e entressafra no comércio e na produção da carne bovina; • Manejo sanitário inadequado, o que leva a um alto índice de doenças infectocontagiosas e parasitárias; • Falta de mão de obra capacitada; • Meio Ambiente; • Cadeia produtiva ainda desorganizada, sem elo de ligação entre produtores, indústria e governo; • Pouca aderência ao cooperativismo; • Degradação dos solos; • Falta de um sistema de tipificação e classificação de carcaças. Cota Hilton: estabelece um volume limite de exportação de cortes bovinos de alta qualidade, provenientes de países credenciados, para a União Europeia (UE). A característica é de que seja composta por cortes especiais do quarto traseiro de novilhos precoces, desossada, fresca ou resfriada, com alto padrão de qualidade. Características dos bovinos para Cota Hilton: deverão ser criados a pasto e identificados até a desmama (no máximo 9 meses e 29 dias). Antes do abate é conferida a tipificação dos animais e os itens avaliados são: Sexo e maturidade: as novilhas e os machos castrados deverão ter no máximo quatro dentes incisivos permanentes, enquanto que, os machos inteiros deverão ter somente dentes de leite; Conformação de carcaça: as carcaças podem se enquadrar em três classificações, sendo → (A) Convexa, (B) Subconvexa ou (C) Retilínea. Carcaças com conformação (D) Sub-retilínea e (E) Côncava são desclassificadas; Acabamento: É a distribuição e a quantidade de cobertura de gordura da carcaça, sendo descrita através dos seguintes números: 1. Ausente - 0 mm; 2. Escassa - de 1 a 3 mm; 3. Mediana - de 4 a 6 mm; 4. Uniforme - de 7 a 10 mm; 5. Excessiva - acima de 10 mm. As carcaças devem se enquadrar na classificação dois e três; Peso: as carcaças para Cota Hilton devem atender os limites mínimos: • Macho - mínimo de 240 kg de carcaça (16@); • Fêmea - mínimo de 195 kg de carcaça (13@). Fatores que influenciam na atividade: Produtividade: é a razão da produção física, obtida num determinado período de tempo, por fatores (físicos, econômicos e culturais) empregados na atividade produtiva; Capacidade genética dos animais em aproveitar os alimentos, - Adaptação ao meio em que vivem; Apresentar desempenhos produtivos (crescimento, ganho de peso e idade ao abate); Desempenho reprodutivos (IEP, IPP e serviços por concepção) compatíveis com um sistema de produção lucrativo e tecnificado; O desfrute (taxa de desfrute) é um índice de produtividade que mede o grau de aproveitamento zootécnico e econômico do rebanho. A taxa de desfrute mede a capacidade que o rebanho teve para gerar excedente, ou seja, representa a produção (em @, kg, ou cabeças) que teve em um ano em relação ao rebanho inicial. Quanto maior a taxa de desfrute, maior a produção interna do rebanho. Cálculo da Taxa de Desfrute: EF – EI – C + V = PD; PD / EI = TD • Estoque final (EF); • Estoque inicial (EI); • Compras (C); • Vendas (V); • Produção do rebanho (PD); • Taxa de desfrute (TD). A taxa de abate é a razão percentual entre o número de animais abatidos + animais vendidos, pelo número total de animais existentes numa localidade (fazenda, município, estado, país, etc.). Os índices de produtividade servem para produtor diagnosticar os pontos de estrangulamento do seu sistema de produção. Servem para corrigir erros de manejo, de sanidade e de nutrição, a fim de impulsionar sua performance em direção às metas estabelecidas. Kg de bezerro desmamado/vaca/ha/ano; Causas dos baixos índices zootécnicos: • Nutrição: afeta reprodução e o crescimento, dois dos principais formadores do desfrute (afeta o • bezerro); • Sanidade: doenças de produção e reprodução afetando o aproveitamento do rebanho; • Genética: a melhor genética não atinge rápida e eficazmente as fazendas produtoras; • Capacidade humano: existe e é mal aproveitado. Atividades das empresas: • Cria; • Recria; • Engorda; • Abate. Fases da pecuária de corte: Cria: nascimento até o desmame dos bezerros, o qual é feito com o peso aproximadamente de 7 arrobas; A cria é considerada a etapa de produção pecuária que envolve a produção de bezerros e de novilhas para reposição das vacas velhas de descarte. Um rebanho de cria constitui-se de touros, vacas, bezerros mamados, novilhas para reposição. Fase na qual matrizes e reprodutores são acasalados, objetivando a produção de bezerros desmamados, com aproximadamente 6 a 7 @, com 7 – 8 meses idade. Geram renda a fazenda, além dos bezerros, os animais de descarte e novilhas excendentes. Sendo o bezerro o produto final, torna-se necessária a obtenção de maior quantidade e de melhor qualidade possível de bezerros. As tecnologias citadas que vem transfigurando a produtividade de cria são: mineralização (melhora nos índices de fertilidade), sanidade (redução na mortalidade e prejuízos causados por endo e esctoparasitas), inseminação artificial e creep feeding com o uso da tecnologia; Recria: do desmame, com o peso aproximadamente de 7 arrobas até as 14 arrobas. É a fase mais desafiadora e extensa do gado de corte (fase mais longa). Período em que o bezerro desmamado cresce até tornar-se adulto, ou seja, atingir a maturidade sexual. Quanto maior a evolução tecnológica da pecuária, mais rápido os bezerros desmamados chegarão a maturidade sexual, quando inicia o período de engorda. O objetivo da fase de recria é desenvolver o animal para que ele possa expressar o máximo do seu potencial genético, imprimindo conformação e estrutura e consequentemente, ganho de peso no menor tempo possível. Engorda: fase que vai de 14 arrobas até o abate, geralmente feito com 18 arrobas. É o período posterior a maturidade sexual. Caracterizado pela redução na taxa de produção de músculos e o aumento da deposição de gordura pelo organismo animal. Fase de acabamento: boi magro – boi gordo Fase de terminação pode ser feita em pastagem ou confinamento, nessa fase, há deposição de carne e o acabamento de carcaça com gordura subcutânea. Sistemas de produção na pecuária: Semi-confinamento → animais a pasto e suplementar com ração. Associação entre o sistema de pastejo e alimento no cocho em diferentes períodos do dia e época do ano. Requer menores investimentos em instalações e maquinários, se comparado ao confinamento. Confinamento → fornecimento de ração no cocho (volumoso e concentrado) para animais em currais de engorda. Obtem-se altas produtividades! Ciclo completo → Menor dependência comercial. Sustentabilidade: genética e sanitária e adaptação dos animais. Alta complexidade de manejo (três atividades). Tendência em propriedades de maior porte. Permite setorização da propriedade, de acordo com a aptidão da área (exemplo: áreas acidentadas, diferença de fertilidade do solo, etc.).Pontos essenciais para a modernização e intensificação dos sistemas de produção de bovinos de corte: • Redução da idade e produção do novilho precoce; • Aumento na eficiência reprodutiva das fêmeas; • Melhoria nutricional de todo o rebanho; • Seleção e melhoramento genético; • Controle do sistema de produção; • Melhor organização da cadeia produtiva; • Aumento do poder aquisitivo e/ou exportação de carne bovina; Desafios da pecuária de corte: • Organização e integração com outras atividades na propriedade; • Aumento da taxa de natalidade; • Redução da idade reprodutiva; • Redução da idade de abate; Cadeia produtiva da pecuária bovina de corte: Algumas características fazem com que a pecuária bovina movimente uma gama expressiva de estruturas: • Na produção; • Transformação; • Transporte e comércio de seus produtos; • O fluxo de insumos e produtos e a interação entre as estruturas envolvidas compõem a cadeia produtiva da pecuária bovina de corte. Os principais produtos do sistema de produção de bovinos são os animais: bezerros (as); novilhas em recria; garrotes (12 - 24 meses); novilhos (24 - 36 meses); vacas descarte; touros-descarte; animais acabados - novilhos (as), vacas e bois gordos. A pecuária de corte, pode parecer uma atividade de baixa produção e, quase independente de outros setores produtivos. No entanto, a visualização de sua cadeia produtiva mostra exatamente o inverso. Ciclo pecuário: podemos dizer que o MERCADO é o patrão, mas o mercado não é confiável, portanto, a gente tem que fazer uma avaliação permanente das questões de mercado. Pensando nesse tipo de análise observamos que na pecuária temos três fenômenos de preço: • Sazonalidade; • Ciclo; • Tendencia de longo prazo. Sazonalidade → com a produção dependendo das variações climáticas, que pode ser minimizada com uso de tecnologia reduzindo a sazonalidade e diminuindo as diferenças de preço entre safra e entressafra; Tendencia de longo prazo → quando analisadas, apontam declínio dos preços ao longo dos anos, graças aos progressivos ganhos de produtividade; No ciclo pecuária há 4 tipos de condicionantes • Índices zootécnicos; • Clima; • Variáveis econômicas (oferta x demanda); • Dupla aptidão das fêmeas – a matriz pode ser considerada uma “máquina” destinada a produção de bezerros, mas também se torna um bem de consumo quando enviada ao abate para que suacarne seja consumida como produto final. A pecuária de corte apresenta um caráter cíclico: Fase de declínio nas cotações (fase de baixa) do preço da arroba, que reflete em prejuízos aos pecuaristas. Fase de recuperação de preços (fase de alta), onde os consumidores passam a sentir os ajustes de preço no novo mercado. Fase de Alta: caracteriza-se pela supervalorização dos bezerros e das fêmeas sobre o boi gordo. A relação de troca do boi gordo pelo bezerro piora muito e o preço do Kg de bezerro pode chegar a valer 20- 30% mais do que o Kg do boi gordo. A atividade de cria encontra-se nesta fase a sua maior lucratividade enquanto que a engorda a sua pior. Fase de Baixa: a relação de troca de boi gordo por bezerro é favorável, podendo o Kg de bezerro valer menos que o de boi. Ganham nesta fase a atividade de recria e de engorda. Conclusão → o melhor momento para investir na pecuária é durante a fase de baixa, pois as terras e os insumos também são influenciados pela variação de preços durante o ciclo pecuário. Safra e entressafra: o Ciclo Anual de Preços Pecuários, ou popularmente Ciclo de Safra e Entressafra, são 2 períodos de difícil delimitação no calendário. • Safra é o período onde ocorre a maior oferta de gado (1º semestre - geralmente a maior oferta de carne se dá nos meses de abril e maio); • Entressafra o período de menor oferta (em geral é de junho a novembro). Isto é resultado da capacidade de suporte das pastagens. Na seca a redução na quantidade e na qualidade das forragens, ocasionando perda de peso nos animais criados em regime extensivo, e consequentemente, redução na oferta de animais para o abate, principalmente entre setembro e novembro. O que é animal precoce? tipo capaz de crescer e se reproduzir em curto período de tempo. Raças de bovino de corte Existem duas Subespécies → Bos taurus taurus (gado taurino, de origem européia) e Bos taurus indicus (gado zebuíno, de origem asiática). Bos Indicus: Zebu, Bos Indicus, começou a entrar no Brasil no século XIX e por volta de 1930 já predominava na grande maioria da nossa pecuária. Mostrou ser um gado rústico e mais produtivo nos trópicos, dada sua adaptação milenar nos climas da Índia. Desvantagem persiste até hoje → pronto para o abate aos 4 anos em média. A carne apresenta pouca cobertura de gordura, mas não possui a maciez exigida, devido à falta de precocidade do zebu e ao sistema rotineiro de produção do novilho. O gado zebu tem alta tolerância ao clima tropical (adaptabilidade ou rusticidade); boa resistência aos endo e ectoparasitas, parição praticamente sem nenhum auxílio (excelente habilidade materna). Raças zebuínas (Bos Indicus): Gir; Guzerá; Nelore; Indubrasil; Tabapuã; Sindi; Cangayan; Brahman; Bos Taurus: raças Européias ou raças Britânicas → boa taxa de sobrevivência. Apresentam taxas reprodutivas e de crescimento suficientes para produzir carcaças de ótima qualidade. Maturidade precoce ao abate (24 – 30 MESES). Como desvantagens → Muita gordura em altos pesos de abate. Taxa de crescimento e a conversão alimentar são menores que das raças européias continentais. Raças Taurinas: Raças Britanicas: Hereford; Shorthorn; Devon; Aberdeen angus (Red Angus); Red polled; Raças continentais: alto potencial de crescimento, boa conversão alimentar, altos pesos de abate e carcaça com pouca gordura. Desvantagens: são animais que apresentam problemas de parto distócicos e grande exigência de energia para manutenção devido o peso adulto. Raças continentais: Normanda; Charolês; Simental; Gelbvieh; Chianina; Marchigiana; Piemontesa; Limousin; Blonde-D’Aquitaine; Caracu (Adaptado); Blanc-Bleu Belge; Pardo Suíço; Raças sintéticas e compostas: • Santa Gertrudes (5/8 Shorton + 3/8 Zebu); • Canchin (5/8 Charolês + 3/8 Zebu); • Brangus (5/8 Aberdeen + 3/8 Nelore/Brahman); • Pitangueiras (5/8 Red Pooled + 3/8 Guzerá); • Lavínia (5/8 Pardo Suíço + 3/8 Guzerá); • Braford (5/8 Hereford + 3/8 Nelore); • Simbrah (5/8 Simental + 3/8 Brahman); • Montana (Nelore + Bonsmara + Red Angus + Simental); • Tropicana ( 5/8 Caracu + 3/8 Blonde D ́Aquitane); • Bonsmara (Africander + Hereford + Shorthorn); Raças zebuínas: Raça Gir: originária da Índia, ao Sul da Península de Kathiawar. No Brasil ocupa o 2º. Lugar em número de animais na ABCZ. Raça de porte mediano com 12 tonalidades de pelagens: chitada, malhada de vermelho sobre fundo mais claro e cupim colocado sobre a cernelha. Aptidões: dupla aptidão: Carne e leite. Tem boa conformação para corte entre as raças zebuínas, porém tem menor peso, a qualidade leiteira das vacas é bem pronunciada. Raça Guzerá: animais de porte grande com pelagem variando do cinza claro ao cinza escuro, havendo tons pardos e prateados. A pelagem da cabeça, pescoço, quartos posteriores e extremidades são mais escuras. Raça Nelore: no Brasil ocupa o 1º lugar em número de animais na ABCZ. Animais de grande porte, pelagem branca a cinza claro, os bezerros nascem sadios, fortes e espertos, dispensam a atenção de peões, pois o aleitamento se processa com facilidade. A perda de bezerros é mínima, sabidamente inferior à de outras raças indianas. Fertilidade, longevidade, rusticidade, excepcional habilidade materna, resistência ao calor bem como aos endo e ectoparasitas (berne, carrapato e mosca do chifre). Raça matrizpara o cruzamento industrial e vem recebendo grande evolução no aprimoramento genético do rebanho nacional. Raça InduBrasil: primeira raça formada no Brasil por criadores do Triângulo Mineiro, resultante de cruzamentos espontâneos das raças Gir, Guzerá e Nelore. Pelagem variando do branco ao cinza destacando-se a tonalidade fumaça, apresenta orelhas bastante grandes e caídas, com face interna do pavilhão voltada p/ frente. Raça Tabapuã: animais com pelagem branca ou cinza, são animais mansos, boa produção leiteira, fertlidade, qualidade de carne e adaptabilidade. Raça Sindi: origem no Paquistão, pelagem vermelha, podendo apresentar pequenas pintas brancas na barbela. É um animal de pequeno porte, tendo sua capacidade de engorda prejudicada pelo porte reduzido. Tem boa aptidão leiteira. Raça Brahman: boa adaptação ao ambiente como os outros zebuínos. Boa capacidade de produção e fertilidade, capacidade de ganho de peso: em algumas regiões chegam a ser superiores que as raças européias. Raças europeias britânicas Raças Taurinas: maior especialização para produção de carne, pequena tolerância ao calor tropical, pouco resistentes aos ecto e endoparasitos, mais exigentes em relação a nutrição, são bastante precoces, excelente habilidade materna, boa conversão alimentar e boa fertilidade. Raças britânicas → HEREFORD; SHORTHORN; DEVON; ABERDEEN ANGUS E RED POLLED; Raça Hereford: originária da Inglaterra, tem a Var. Polled Hereford que é mocha. Pelagem vermelha e cara branca, especializada para corte, apresenta porte médio e grau de musculatura moderada, animais rústicos e precoces, boa fertilidade e precocidade sexual. Raça Aberdeen Angus: originária da Escócia. Pelagem negra e mocha (var. vermelha Red Angus), especializada para carne, animais rústicos e vigorosos, apresenta porte pequeno e grau de musculatura moderada, grande precocidade, boa fertlidade e longevidade e boa habilidade materna. Wagyu – Kobe Beef: raça japonesa, excelência em carne de qualidade, alto grau de marmoreio, a coloração da carne e da gordura como referência para classificar a carne de maior qualidade. Atualmente, o rebanho de animais PO conta com quase 5.000 exemplares e o rebanho de animais cruzados (1/2 sangue; 3/4 sangue; 7/8 sangue, 15/16 sangue; etc.) ultrapassa 30.000 cabeças. Raças Europeias Continentais Raças continentais: NORMANDA; CHAROLESA; CHIANINA; MARCHIGIANA; SIMENTAL; GELBVIEH; PIEMONTESA; LIMOUSIN; BLONDE D’AQUITAINE; BELGIAN BLUE; PARDO-SUIÇO E CARACU. Raça Charolesa: originária da França, a pelagem é branca, especializada para carne, apresenta porte grande e grau de musculatura grossa, alto rendimento de carcaça, menor teor de gordura e é utilizada em cruzamentos terminais. Raça Chianina: originária da Itália, pelagem branca, especializada para carne, apresenta porte grande e grau de musculatura grossa, animais rústicos, boa fertilidade, alto rendimento de carcaça, boa qualidade da carne, utilizada em cruzamentos terminais. Raça Marchigiana: originária da Itália, sua pelagem é cinza-clara, apresenta porte grande e grau de musculatura grossa, grande rusticidade, crescimento rápido, bom rendimento de carcaça, utilizada em cruzamentos terminais. Raça Simental: originário da Suiça, pelagem castanho-amarelo ou vermelha, especializada em carne e leite, apresenta porte grande e grau de musculatura grossa, animais rústicos, boa fertilidade e precocidade, habilidade materna, bom rendimento de carcaça, utilizada em cruzamentos maternais. Raça Piamontesa: é originária da Itália, especializada para carne, apresenta porte médio e grau de musculatura grossa, rusticidade e adaptabilidade, habilidade materna, alta libido, rendimento de carcaça, menos colesterol, utilizada em cruzamentos terminais. Raça Limousin: originária da França, especializada para carne, apresenta porte médio e grau de musculatura grossa, rústica, produtiva e eficiente, boa fertilidade e habilidade materna, precocidade para ganho de peso, bom rendimento de carcaça, baixo teor de gordura, utilizada em cruzamentos terminais. Raça Belgian Blue: originária da Bélgica, apresenta porte médio e grau de musculatura grossa, grande massa muscular, precocidade, habilidade materna, bom rendimento de carcaça, menos colesterol, boa conversão alimentar, utilizada em cruzamentos terminais. Raça Caracu: raça formada no Brasil, provenientes de raças taurinas, especializada para carne, pelagem baia a amarelo claro, apresenta porte médio e grau de musculatura fina, animais rústicos, boa fertilidade e habilidade materna, bom ganho de peso, rendimento de carcaça, utilizada em cruzamentos terminais. Raças Sintéticas: SANTA GERTRUDES; CANCHIN; BRANGUS-IBAGÉ; PITANGUEIRAS; BRAFORD; SIMBRASIL; MONTANA; SISTEMA FRISCH; TROPICANA; BONSMARA. Formação de raças sintéticas “5/8” => 5/8 Europeu 3/8 Zebu (alvo). Raça Santa Gertrudes: originária dos Estados Unidos, 5/8 Shorthorn + 3/8 Brahman, pelagem vermelho-cereja, especializada para carne, apresenta porte médio e grau de musculatura moderada, animais rústicos e precoce, fertilidade e habilidade materna, boa conversão alimentar, bom rendimento de carcaça, utilizada em cruzamentos terminais. Raça Canchin: formada no Brasil, na Faz. Canchin, EMPRAPA, São Carlos, SP, especializada para carne, 5/8 Charolês + 3/8 Nelore, apresenta porte médio e grau de musculatura moderada, animais rústicos, precoce e produtivos, habilidade materna, rendimento de carcaça e conversão alimentar. Raça Brangus Ibagé: formada no Brasil, na Faz. Cinco Cruzes, EMBRAPA, Bagé, RS, 5/8 Aberdeen Angus + 3/8 Nelore, apresenta porte médio e grau de musculatura moderada, boa rusticidade, fertilidade e habilidade materna, velocidade de ganho de peso, rendimento de carcaça e conversão alimentar. Raça Pitangueiras: formada na Faz. Três Barras, Pitangueiras, SP, 5/8 Red Polled + 3/8 Guzerá, especializada em carne e leite, apresenta porte pequeno e grau de musculatura fina, boa rusticidade, fertilidade, habilidade materna e precocidade sexual. Raça Braford: originária dos Estados Unidos, criada no RS e Brasil Central, 5/8 Hereford + 3/8 Nelore, apresenta porte médio e grau de musculatura moderada, animais rústicos, precocidade, fertilidade, habilidade materna e qualidade da carcaça. Raça SimBrasil: formada no Brasil, 5/8 Simental + 3/8 Nelore, animais rústicos, boa fertilidade, precocidade, habilidade materna, rendimento de carcaça e qualidade de carcaça. Raças Montana: originária no Brasil, composta de várias raças (Nelore + Bonsmara + Red Angus + Simental), apresenta porte médio e grau de musculatura moderada, animais rústicos, precocidade, fertilidade, habilidade materna e qualidade da carcaça. Intensificação na Pecuária de Corte O que é confinamento? Fornecimento de alimento em ambiente fechado (piquetes), onde se controla a ingestão para obter-se o ganho de peso esperado (projetado). Manejo: Planejar, gerenciar e executar. Precisa dar lucro! Por que confinar? Antecipar o abate, antecipar dinheiro, aumentar lotação, boa época para repor os animais e utilizar subprodutos ou resíduos industriais da região! Ganhos no confinamento: aumento do desfrute da fazenda, aliviar a pressão de pastejo, receita no período de entressafra, lotação maior, principalmente no período das águas, reposição de animais em um período mais favorável e ganho em rendimento de carcaça. Mudança de conceitos: confinamento produz alimento, produção de carne padronizada em grande escala, alta produtividade, confinar exige técnica e tecnologia. Confinamento ainda é ótima ferramenta de manejo, mas tem que dar lucro (então precisa buscar uma equipe técnica para dar suporte e não jogar dinheiro fora). Alimentação e Instalações do confinamento Alternativa para confinamento:Bagaço de cana cru pois tem fibra de qualidade - efetiva (proteína 0, pouca energia – quase desprezível) *A fibra é o principal componente que da motilidade no rúmen. Por que fazer o concentrado na fazenda? menor custo, qualidade dos produtos e subprodutos, flexibilidade de matérias primas durante o confinamento, utilização de núcleos minerais corretos. Técnicas atuais de manejo em confinamento: para um bom confinamento precisa: bons animais, bons alimentos e bom manejo. Itens obrigatórios: balança, equipamentos, planilhas, capacitação das pessoas direta e indiretamente ligadas às fontes de dados, através do treinamento e conscientização da importância dos mesmos. Estabelecer um meio prático de processar todas as informações coletadas e gerar resultados na forma de índices zootécnicos. Manejo nutricional Água: não pode ser de baixa qualidade de água, a ideal é a que você pode abaixar e beber! *Quando a mesma falta ou é de baixa qualidade interfere diretamente no ganho de peso. O bovino bebe de 40 a 60l de água por dia, podendo chegar a 90l em dias quentes - se ele não bebe água, ele não ganha peso! Bebedor deve ser lavado no mínimo 2x por semana Alimentos: limpeza, respeitar forma indicada, armazenamento adequado e descarte de alimento perdido. É feito o processamento de grãos, carregamento, distribuição/mistura - tem que ser igual a quantidade de concentrado e volumoso no inicio e no final do cocho. SEMPRE COLOCA PRIMEIRO O VOLUMOSO! Durante o processo já vai homogeneizando com o concentrado que vem depois - coloca o volumoso, coloca o concentrado e já mistura. Tempo de adaptação! Leitura de cocho: boi não tem hábito noturno de comer, mas se ele sentir fome, tem que ter comida no cocho *Identificar resto X sobra = não pode faltar comida
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