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Resumão B1 - BOVINOCULTURA DE CORTE

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Bovinocultura de corte 
Introdução: situação atual do Brasil → Brasil é o maior 
exportador de carne; Brasil possui o maior rebanho 
comercial; Segundo maior produtor de carne bovina 
do mundo de 17% do mercado; 
O Brasil apresenta grande capacidade de produzir 
carne competitiva → Possui o 2º maior rebanho do 
mundo; 
Possui uma enorme variedade de forragens tropicais 
com alto potencial produtivo em massa verde; 
Possui vasta extensão territorial (163 milhões/ha), 
representado por 85% de pastagens cultivadas; 
Pôr outro lado à pecuária de corte nacional ainda 
enfrenta uma série de problemas: 
• Falta de política agropecuária definida a longo 
prazo (Preços ou de crédito); 
• Tradicionalismo na produção extensiva não 
tecnificada com baixo emprego de capital, 
tecnologia e trabalho, sempre calcado no fator 
terra; 
• Melhoramento do potencial genético do nosso 
rebanho bovino (Zebu) – ocorre de maneira 
mais precisa; 
• Produção sazonal de forragens (80-85% no 
verão e 15- 20% no inverno) gera períodos de 
safra e entressafra no comércio e na produção 
da carne bovina; 
• Manejo sanitário inadequado, o que leva a um 
alto índice de doenças infectocontagiosas e 
parasitárias; 
• Falta de mão de obra capacitada; 
• Meio Ambiente; 
• Cadeia produtiva ainda desorganizada, sem 
elo de ligação entre produtores, indústria e 
governo; 
• Pouca aderência ao cooperativismo; 
• Degradação dos solos; 
• Falta de um sistema de tipificação e 
classificação de carcaças. 
Cota Hilton: estabelece um volume limite de 
exportação de cortes bovinos de alta qualidade, 
provenientes de países credenciados, para a União 
Europeia (UE). A característica é de que seja 
composta por cortes especiais do quarto traseiro de 
novilhos precoces, desossada, fresca ou resfriada, 
com alto padrão de qualidade. 
Características dos bovinos para Cota Hilton: 
deverão ser criados a pasto e identificados até a 
desmama (no máximo 9 meses e 29 dias). Antes do 
abate é conferida a tipificação dos animais e os itens 
avaliados são: 
Sexo e maturidade: as novilhas e os machos 
castrados deverão ter no máximo quatro dentes 
incisivos permanentes, enquanto que, os machos 
inteiros deverão ter somente dentes de leite; 
Conformação de carcaça: as carcaças podem se 
enquadrar em três classificações, sendo → (A) 
Convexa, (B) Subconvexa ou (C) Retilínea. Carcaças 
com conformação (D) Sub-retilínea e (E) Côncava são 
desclassificadas; 
Acabamento: É a distribuição e a quantidade de 
cobertura de gordura da carcaça, sendo descrita 
através dos seguintes números: 
1. Ausente - 0 mm; 
2. Escassa - de 1 a 3 mm; 
3. Mediana - de 4 a 6 mm; 
4. Uniforme - de 7 a 10 mm; 
5. Excessiva - acima de 10 mm. 
As carcaças devem se enquadrar na classificação dois 
e três; 
Peso: as carcaças para Cota Hilton devem atender os 
limites mínimos: 
• Macho - mínimo de 240 kg de carcaça (16@); 
• Fêmea - mínimo de 195 kg de carcaça (13@). 
Fatores que influenciam na atividade: 
Produtividade: é a razão da produção física, obtida 
num determinado período de tempo, por fatores 
(físicos, econômicos e culturais) empregados na 
atividade produtiva; 
Capacidade genética dos animais em aproveitar os 
alimentos, - Adaptação ao meio em que vivem; 
Apresentar desempenhos produtivos (crescimento, 
ganho de peso e idade ao abate); 
Desempenho reprodutivos (IEP, IPP e serviços por 
concepção) compatíveis com um sistema de produção 
lucrativo e tecnificado; 
O desfrute (taxa de desfrute) é um índice de 
produtividade que mede o grau de aproveitamento 
zootécnico e econômico do rebanho. A taxa de 
desfrute mede a capacidade que o rebanho teve para 
gerar excedente, ou seja, representa a produção (em 
@, kg, ou cabeças) que teve em um ano em relação 
ao rebanho inicial. Quanto maior a taxa de desfrute, 
maior a produção interna do rebanho. 
Cálculo da Taxa de Desfrute: EF – EI – C + V = PD; 
PD / EI = TD 
• Estoque final (EF); 
• Estoque inicial (EI); 
• Compras (C); 
• Vendas (V); 
• Produção do rebanho (PD); 
• Taxa de desfrute (TD). 
A taxa de abate é a razão percentual entre o número 
de animais abatidos + animais vendidos, pelo número 
total de animais existentes numa localidade (fazenda, 
município, estado, país, etc.). 
Os índices de produtividade servem para produtor 
diagnosticar os pontos de estrangulamento do seu 
sistema de produção. 
Servem para corrigir erros de manejo, de sanidade e 
de nutrição, a fim de impulsionar sua performance em 
direção às metas estabelecidas. 
Kg de bezerro desmamado/vaca/ha/ano; 
Causas dos baixos índices zootécnicos: 
• Nutrição: afeta reprodução e o crescimento, 
dois dos principais formadores do desfrute 
(afeta o 
• bezerro); 
• Sanidade: doenças de produção e reprodução 
afetando o aproveitamento do rebanho; 
• Genética: a melhor genética não atinge rápida 
e eficazmente as fazendas produtoras; 
• Capacidade humano: existe e é mal 
aproveitado. 
 Atividades das empresas: 
• Cria; 
• Recria; 
• Engorda; 
• Abate. 
Fases da pecuária de corte: 
Cria: nascimento até o desmame dos bezerros, o qual 
é feito com o peso aproximadamente de 7 arrobas; 
A cria é considerada a etapa de produção pecuária 
que envolve a produção de bezerros e de novilhas 
para reposição das vacas velhas de descarte. 
Um rebanho de cria constitui-se de touros, vacas, 
bezerros mamados, novilhas para reposição. 
Fase na qual matrizes e reprodutores são acasalados, 
objetivando a produção de bezerros desmamados, 
com aproximadamente 6 a 7 @, com 7 – 8 meses 
idade. 
Geram renda a fazenda, além dos bezerros, os 
animais de descarte e novilhas excendentes. Sendo o 
bezerro o produto final, torna-se necessária a 
obtenção de maior quantidade e de melhor qualidade 
possível de bezerros. 
As tecnologias citadas que vem transfigurando a 
produtividade de cria são: mineralização (melhora nos 
índices de fertilidade), sanidade (redução na 
mortalidade e prejuízos causados por endo e 
esctoparasitas), inseminação artificial e creep feeding 
com o uso da tecnologia; 
Recria: do desmame, com o peso aproximadamente 
de 7 arrobas até as 14 arrobas. É a fase mais 
desafiadora e extensa do gado de corte (fase mais 
longa). 
Período em que o bezerro desmamado cresce até 
tornar-se adulto, ou seja, atingir a maturidade sexual. 
Quanto maior a evolução tecnológica da pecuária, 
mais rápido os bezerros desmamados chegarão a 
maturidade sexual, quando inicia o período de 
engorda. 
O objetivo da fase de recria é desenvolver o animal 
para que ele possa expressar o máximo do seu 
potencial genético, imprimindo conformação e 
estrutura e consequentemente, ganho de peso no 
menor tempo possível. 
Engorda: fase que vai de 14 arrobas até o abate, 
geralmente feito com 18 arrobas. É o período posterior 
a maturidade sexual. Caracterizado pela redução na 
taxa de produção de músculos e o aumento da 
deposição de gordura pelo organismo animal. 
Fase de acabamento: boi magro – boi gordo 
Fase de terminação pode ser feita em pastagem ou 
confinamento, nessa fase, há deposição de carne e o 
acabamento de carcaça com gordura subcutânea. 
 Sistemas de produção na pecuária: 
Semi-confinamento → animais a pasto e 
suplementar com ração. Associação entre o sistema 
de pastejo e alimento no cocho em diferentes períodos 
do dia e época do ano. Requer menores investimentos 
em instalações e maquinários, se comparado ao 
confinamento. 
Confinamento → fornecimento de ração no cocho 
(volumoso e concentrado) para animais em currais de 
engorda. Obtem-se altas produtividades! 
Ciclo completo → Menor dependência comercial. 
Sustentabilidade: genética e sanitária e adaptação dos 
animais. Alta complexidade de manejo (três 
atividades). Tendência em propriedades de maior 
porte. Permite setorização da propriedade, de acordo 
com a aptidão da área (exemplo: áreas acidentadas, 
diferença de fertilidade do solo, etc.).Pontos essenciais para a modernização e 
intensificação dos sistemas de produção de 
bovinos de corte: 
• Redução da idade e produção do novilho 
precoce; 
• Aumento na eficiência reprodutiva das 
fêmeas; 
• Melhoria nutricional de todo o rebanho; 
• Seleção e melhoramento genético; 
• Controle do sistema de produção; 
• Melhor organização da cadeia produtiva; 
• Aumento do poder aquisitivo e/ou exportação 
de carne bovina; 
Desafios da pecuária de corte: 
• Organização e integração com outras 
atividades na propriedade; 
• Aumento da taxa de natalidade; 
• Redução da idade reprodutiva; 
• Redução da idade de abate; 
Cadeia produtiva da pecuária bovina de corte: 
Algumas características fazem com que a pecuária 
bovina movimente uma gama expressiva de 
estruturas: 
• Na produção; 
• Transformação; 
• Transporte e comércio de seus produtos; 
• O fluxo de insumos e produtos e a interação 
entre as estruturas envolvidas compõem a 
cadeia produtiva da pecuária bovina de corte. 
Os principais produtos do sistema de produção de 
bovinos são os animais: bezerros (as); novilhas em 
recria; garrotes (12 - 24 meses); novilhos (24 - 36 
meses); vacas descarte; touros-descarte; animais 
acabados - novilhos (as), vacas e bois gordos. 
A pecuária de corte, pode parecer uma atividade de 
baixa produção e, quase independente de outros 
setores produtivos. No entanto, a visualização de sua 
cadeia produtiva mostra exatamente o inverso. 
Ciclo pecuário: podemos dizer que o MERCADO é o 
patrão, mas o mercado não é confiável, portanto, a 
gente tem que fazer uma avaliação permanente das 
questões de mercado. Pensando nesse tipo de análise 
observamos que na pecuária temos três fenômenos 
de preço: 
• Sazonalidade; 
• Ciclo; 
• Tendencia de longo prazo. 
Sazonalidade → com a produção dependendo das 
variações climáticas, que pode ser minimizada com 
uso de tecnologia reduzindo a sazonalidade e 
diminuindo as diferenças de preço entre safra e 
entressafra; 
Tendencia de longo prazo → quando analisadas, 
apontam declínio dos preços ao longo dos anos, 
graças aos progressivos ganhos de produtividade; 
No ciclo pecuária há 4 tipos de condicionantes 
• Índices zootécnicos; 
• Clima; 
• Variáveis econômicas (oferta x demanda); 
• Dupla aptidão das fêmeas – a matriz pode ser 
considerada uma “máquina” destinada a 
produção de bezerros, mas também se torna 
um bem de consumo quando enviada ao 
abate para que suacarne seja consumida 
como produto final. 
A pecuária de corte apresenta um caráter cíclico: 
Fase de declínio nas cotações (fase de baixa) do 
preço da arroba, que reflete em prejuízos aos 
pecuaristas. 
Fase de recuperação de preços (fase de alta), onde 
os consumidores passam a sentir os ajustes de preço 
no novo mercado. 
Fase de Alta: caracteriza-se pela supervalorização 
dos bezerros e das fêmeas sobre o boi gordo. A 
relação de troca do boi gordo pelo bezerro piora muito 
e o preço do Kg de bezerro pode chegar a valer 20-
30% mais do que o Kg do boi gordo. A atividade de 
cria encontra-se nesta fase a sua maior lucratividade 
enquanto que a engorda a sua pior. 
Fase de Baixa: a relação de troca de boi gordo por 
bezerro é favorável, podendo o Kg de bezerro valer 
menos que o de boi. Ganham nesta fase a atividade 
de recria e de engorda. 
Conclusão → o melhor momento para investir na 
pecuária é durante a fase de baixa, pois as terras e os 
insumos também são influenciados pela variação de 
preços durante o ciclo pecuário. 
Safra e entressafra: o Ciclo Anual de Preços 
Pecuários, ou popularmente Ciclo de Safra e 
Entressafra, são 2 períodos de difícil delimitação no 
calendário. 
• Safra é o período onde ocorre a maior oferta 
de gado (1º semestre - geralmente a maior 
oferta de carne se dá nos meses de abril e 
maio); 
• Entressafra o período de menor oferta (em 
geral é de junho a novembro). Isto é resultado 
da capacidade de suporte das pastagens. 
Na seca a redução na quantidade e na qualidade das 
forragens, ocasionando perda de peso nos animais 
criados em regime extensivo, e consequentemente, 
redução na oferta de animais para o abate, 
principalmente entre setembro e novembro. 
O que é animal precoce? tipo capaz de crescer e se 
reproduzir em curto período de tempo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Raças de bovino de corte 
Existem duas Subespécies → Bos taurus taurus 
(gado taurino, de origem européia) e Bos taurus 
indicus (gado zebuíno, de origem asiática). 
Bos Indicus: Zebu, Bos Indicus, começou a entrar no 
Brasil no século XIX e por volta de 1930 já 
predominava na grande maioria da nossa pecuária. 
Mostrou ser um gado rústico e mais produtivo nos 
trópicos, dada sua adaptação milenar nos climas da 
Índia. 
Desvantagem persiste até hoje → pronto para o abate 
aos 4 anos em média. 
A carne apresenta pouca cobertura de gordura, mas 
não possui a maciez exigida, devido à falta de 
precocidade do zebu e ao sistema rotineiro de 
produção do novilho. O gado zebu tem alta tolerância 
ao clima tropical (adaptabilidade ou rusticidade); boa 
resistência aos endo e ectoparasitas, parição 
praticamente sem nenhum auxílio (excelente 
habilidade materna). 
Raças zebuínas (Bos Indicus): Gir; Guzerá; Nelore; 
Indubrasil; Tabapuã; Sindi; Cangayan; Brahman; 
Bos Taurus: raças Européias ou raças Britânicas → 
boa taxa de sobrevivência. Apresentam taxas 
reprodutivas e de crescimento suficientes para 
produzir carcaças de ótima qualidade. Maturidade 
precoce ao abate (24 – 30 MESES). 
Como desvantagens → Muita gordura em altos pesos 
de abate. Taxa de crescimento e a conversão 
alimentar são menores que das raças européias 
continentais. 
Raças Taurinas: 
Raças Britanicas: Hereford; Shorthorn; Devon; 
Aberdeen angus (Red Angus); Red polled; 
Raças continentais: alto potencial de crescimento, 
boa conversão alimentar, altos pesos de abate e 
carcaça com pouca gordura. 
Desvantagens: são animais que apresentam 
problemas de parto distócicos e grande exigência de 
energia para manutenção devido o peso adulto. 
Raças continentais: Normanda; Charolês; Simental; 
Gelbvieh; Chianina; Marchigiana; Piemontesa; 
Limousin; Blonde-D’Aquitaine; Caracu (Adaptado); 
Blanc-Bleu Belge; Pardo Suíço; 
Raças sintéticas e compostas: 
• Santa Gertrudes (5/8 Shorton + 3/8 Zebu); 
• Canchin (5/8 Charolês + 3/8 Zebu); 
• Brangus (5/8 Aberdeen + 3/8 
Nelore/Brahman); 
• Pitangueiras (5/8 Red Pooled + 3/8 Guzerá); 
• Lavínia (5/8 Pardo Suíço + 3/8 Guzerá); 
• Braford (5/8 Hereford + 3/8 Nelore); 
• Simbrah (5/8 Simental + 3/8 Brahman); 
• Montana (Nelore + Bonsmara + Red Angus + 
Simental); 
• Tropicana ( 5/8 Caracu + 3/8 Blonde 
D ́Aquitane); 
• Bonsmara (Africander + Hereford + 
Shorthorn); 
Raças zebuínas: 
Raça Gir: originária da Índia, ao Sul da Península de 
Kathiawar. No Brasil ocupa o 2º. Lugar em número de 
animais na ABCZ. Raça de porte mediano com 12 
tonalidades de pelagens: chitada, malhada de 
vermelho sobre fundo mais claro e cupim colocado 
sobre a cernelha. 
Aptidões: dupla aptidão: Carne e leite. 
Tem boa conformação para corte entre as raças 
zebuínas, porém tem menor peso, a qualidade leiteira 
das vacas é bem pronunciada. 
Raça Guzerá: animais de porte grande com pelagem 
variando do cinza claro ao cinza escuro, havendo tons 
pardos e prateados. A pelagem da cabeça, pescoço, 
quartos posteriores e extremidades são mais escuras. 
Raça Nelore: no Brasil ocupa o 1º lugar em número 
de animais na ABCZ. Animais de grande porte, 
pelagem branca a cinza claro, os bezerros nascem 
sadios, fortes e espertos, dispensam a atenção de 
peões, pois o aleitamento se processa com facilidade. 
A perda de bezerros é mínima, sabidamente inferior à 
de outras raças indianas. 
Fertilidade, longevidade, rusticidade, excepcional 
habilidade materna, resistência ao calor bem como 
aos endo e ectoparasitas (berne, carrapato e mosca 
do chifre). 
Raça matrizpara o cruzamento industrial e vem 
recebendo grande evolução no aprimoramento 
genético do rebanho nacional. 
Raça InduBrasil: primeira raça formada no Brasil por 
criadores do Triângulo Mineiro, resultante de 
cruzamentos espontâneos das raças Gir, Guzerá e 
Nelore. Pelagem variando do branco ao cinza 
destacando-se a tonalidade fumaça, apresenta 
orelhas bastante grandes e caídas, com face interna 
do pavilhão voltada p/ frente. 
Raça Tabapuã: animais com pelagem branca ou 
cinza, são animais mansos, boa produção leiteira, 
fertlidade, qualidade de carne e adaptabilidade. 
Raça Sindi: origem no Paquistão, pelagem vermelha, 
podendo apresentar pequenas pintas brancas na 
barbela. É um animal de pequeno porte, tendo sua 
capacidade de engorda prejudicada pelo porte 
reduzido. Tem boa aptidão leiteira. 
Raça Brahman: boa adaptação ao ambiente como os 
outros zebuínos. Boa capacidade de produção e 
fertilidade, capacidade de ganho de peso: em algumas 
regiões chegam a ser superiores que as raças 
européias. 
Raças europeias britânicas 
Raças Taurinas: maior especialização para produção 
de carne, pequena tolerância ao calor tropical, pouco 
resistentes aos ecto e endoparasitos, mais exigentes 
em relação a nutrição, são bastante precoces, 
excelente habilidade materna, boa conversão 
alimentar e boa fertilidade. 
Raças britânicas → HEREFORD; SHORTHORN; 
DEVON; ABERDEEN ANGUS E RED POLLED; 
Raça Hereford: originária da Inglaterra, tem a Var. 
Polled Hereford que é mocha. Pelagem vermelha e 
cara branca, especializada para corte, apresenta porte 
médio e grau de musculatura moderada, animais 
rústicos e precoces, boa fertilidade e precocidade 
sexual. 
Raça Aberdeen Angus: originária da Escócia. 
Pelagem negra e mocha (var. vermelha Red Angus), 
especializada para carne, animais rústicos e 
vigorosos, apresenta porte pequeno e grau de 
musculatura moderada, grande precocidade, boa 
fertlidade e longevidade e boa habilidade materna. 
Wagyu – Kobe Beef: raça japonesa, excelência em 
carne de qualidade, alto grau de marmoreio, a 
coloração da carne e da gordura como referência para 
classificar a carne de maior qualidade. 
Atualmente, o rebanho de animais PO conta com 
quase 5.000 exemplares e o rebanho de animais 
cruzados (1/2 sangue; 3/4 sangue; 7/8 sangue, 15/16 
sangue; etc.) ultrapassa 30.000 cabeças. 
Raças Europeias Continentais 
Raças continentais: NORMANDA; CHAROLESA; 
CHIANINA; MARCHIGIANA; SIMENTAL; GELBVIEH; 
PIEMONTESA; LIMOUSIN; BLONDE D’AQUITAINE; 
BELGIAN BLUE; PARDO-SUIÇO E CARACU. 
Raça Charolesa: originária da França, a pelagem é 
branca, especializada para carne, apresenta porte 
grande e grau de musculatura grossa, alto rendimento 
de carcaça, menor teor de gordura e é utilizada em 
cruzamentos terminais. 
Raça Chianina: originária da Itália, pelagem branca, 
especializada para carne, apresenta porte grande e 
grau de musculatura grossa, animais rústicos, boa 
fertilidade, alto rendimento de carcaça, boa qualidade 
da carne, utilizada em cruzamentos terminais. 
Raça Marchigiana: originária da Itália, sua pelagem é 
cinza-clara, apresenta porte grande e grau de 
musculatura grossa, grande rusticidade, crescimento 
rápido, bom rendimento de carcaça, utilizada em 
cruzamentos terminais. 
Raça Simental: originário da Suiça, pelagem 
castanho-amarelo ou vermelha, especializada em 
carne e leite, apresenta porte grande e grau de 
musculatura grossa, animais rústicos, boa fertilidade e 
precocidade, habilidade materna, bom rendimento de 
carcaça, utilizada em cruzamentos maternais. 
Raça Piamontesa: é originária da Itália, especializada 
para carne, apresenta porte médio e grau de 
musculatura grossa, rusticidade e adaptabilidade, 
habilidade materna, alta libido, rendimento de carcaça, 
menos colesterol, utilizada em cruzamentos terminais. 
Raça Limousin: originária da França, especializada 
para carne, apresenta porte médio e grau de 
musculatura grossa, rústica, produtiva e eficiente, boa 
fertilidade e habilidade materna, precocidade para 
ganho de peso, bom rendimento de carcaça, baixo 
teor de gordura, utilizada em cruzamentos terminais. 
Raça Belgian Blue: originária da Bélgica, apresenta 
porte médio e grau de musculatura grossa, grande 
massa muscular, precocidade, habilidade materna, 
bom rendimento de carcaça, menos colesterol, boa 
conversão alimentar, utilizada em cruzamentos 
terminais. 
Raça Caracu: raça formada no Brasil, provenientes 
de raças taurinas, especializada para carne, pelagem 
baia a amarelo claro, apresenta porte médio e grau de 
musculatura fina, animais rústicos, boa fertilidade e 
habilidade materna, bom ganho de peso, rendimento 
de carcaça, utilizada em cruzamentos terminais. 
Raças Sintéticas: SANTA GERTRUDES; CANCHIN; 
BRANGUS-IBAGÉ; PITANGUEIRAS; BRAFORD; 
SIMBRASIL; MONTANA; SISTEMA FRISCH; 
TROPICANA; BONSMARA. 
Formação de raças sintéticas “5/8” => 5/8 Europeu 3/8 
Zebu (alvo). 
Raça Santa Gertrudes: originária dos Estados 
Unidos, 5/8 Shorthorn + 3/8 Brahman, pelagem 
vermelho-cereja, especializada para carne, apresenta 
porte médio e grau de musculatura moderada, animais 
rústicos e precoce, fertilidade e habilidade materna, 
boa conversão alimentar, bom rendimento de carcaça, 
utilizada em cruzamentos terminais. 
Raça Canchin: formada no Brasil, na Faz. Canchin, 
EMPRAPA, São Carlos, SP, especializada para carne, 
5/8 Charolês + 3/8 Nelore, apresenta porte médio e 
grau de musculatura moderada, animais rústicos, 
precoce e produtivos, habilidade materna, rendimento 
de carcaça e conversão alimentar. 
Raça Brangus Ibagé: formada no Brasil, na Faz. 
Cinco Cruzes, EMBRAPA, Bagé, RS, 5/8 Aberdeen 
Angus + 3/8 Nelore, apresenta porte médio e grau de 
musculatura moderada, boa rusticidade, fertilidade e 
habilidade materna, velocidade de ganho de peso, 
rendimento de carcaça e conversão alimentar. 
Raça Pitangueiras: formada na Faz. Três Barras, 
Pitangueiras, SP, 5/8 Red Polled + 3/8 Guzerá, 
especializada em carne e leite, apresenta porte 
pequeno e grau de musculatura fina, boa rusticidade, 
fertilidade, habilidade materna e precocidade sexual. 
Raça Braford: originária dos Estados Unidos, criada 
no RS e Brasil Central, 5/8 Hereford + 3/8 Nelore, 
apresenta porte médio e grau de musculatura 
moderada, animais rústicos, precocidade, fertilidade, 
habilidade materna e qualidade da carcaça. 
Raça SimBrasil: formada no Brasil, 5/8 Simental + 3/8 
Nelore, animais rústicos, boa fertilidade, precocidade, 
habilidade materna, rendimento de carcaça e 
qualidade de carcaça. 
Raças Montana: originária no Brasil, composta de 
várias raças (Nelore + Bonsmara + Red Angus + 
Simental), apresenta porte médio e grau de 
musculatura moderada, animais rústicos, precocidade, 
fertilidade, habilidade materna e qualidade da carcaça. 
Intensificação na Pecuária de Corte 
O que é confinamento? Fornecimento de alimento 
em ambiente fechado (piquetes), onde se controla a 
ingestão para obter-se o ganho de peso esperado 
(projetado). 
Manejo: Planejar, gerenciar e executar. Precisa dar 
lucro! 
Por que confinar? Antecipar o abate, antecipar 
dinheiro, aumentar lotação, boa época para repor os 
animais e utilizar subprodutos ou resíduos industriais 
da região! 
Ganhos no confinamento: aumento do desfrute da 
fazenda, aliviar a pressão de pastejo, receita no 
período de entressafra, lotação maior, principalmente 
no período das águas, reposição de animais em um 
período mais favorável e ganho em rendimento de 
carcaça. 
Mudança de conceitos: confinamento produz 
alimento, produção de carne padronizada em grande 
escala, alta produtividade, confinar exige técnica e 
tecnologia. Confinamento ainda é ótima ferramenta de 
manejo, mas tem que dar lucro (então precisa buscar 
uma equipe técnica para dar suporte e não jogar 
dinheiro fora). 
Alimentação e Instalações do confinamento 
Alternativa para confinamento:Bagaço de cana cru 
pois tem fibra de qualidade - efetiva (proteína 0, pouca 
energia – quase desprezível) 
*A fibra é o principal componente que da motilidade no 
rúmen. 
Por que fazer o concentrado na fazenda? menor 
custo, qualidade dos produtos e subprodutos, 
flexibilidade de matérias primas durante o 
confinamento, utilização de núcleos minerais corretos. 
 
 
Técnicas atuais de manejo em confinamento: para 
um bom confinamento precisa: bons animais, bons 
alimentos e bom manejo. 
Itens obrigatórios: balança, equipamentos, planilhas, 
capacitação das pessoas direta e indiretamente 
ligadas às fontes de dados, através do treinamento e 
conscientização da importância dos mesmos. 
Estabelecer um meio prático de processar todas as 
informações coletadas e gerar resultados na forma de 
índices zootécnicos. 
Manejo nutricional 
Água: não pode ser de baixa qualidade de água, a 
ideal é a que você pode abaixar e beber! *Quando a 
mesma falta ou é de baixa qualidade interfere 
diretamente no ganho de peso. O bovino bebe de 40 a 
60l de água por dia, podendo chegar a 90l em dias 
quentes - se ele não bebe água, ele não ganha peso! 
Bebedor deve ser lavado no mínimo 2x por semana 
Alimentos: limpeza, respeitar forma indicada, 
armazenamento adequado e descarte de alimento 
perdido. É feito o processamento de grãos, 
carregamento, distribuição/mistura - tem que ser igual 
a quantidade de concentrado e volumoso no inicio e 
no final do cocho. 
SEMPRE COLOCA PRIMEIRO O VOLUMOSO! 
Durante o processo já vai homogeneizando com o 
concentrado que vem depois - coloca o volumoso, 
coloca o concentrado e já mistura. 
Tempo de adaptação! 
Leitura de cocho: boi não tem hábito noturno de 
comer, mas se ele sentir fome, tem que ter comida no 
cocho 
*Identificar resto X sobra = não pode faltar comida

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