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Centro Universitário Unifipmoc/Afya – Bacharelado em Medicina 5° Período - 2023.2 Turma 28 Acadêmica: Magny Emanuele Lima Ramos SOI V - TICS SEMANA 5 – ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO Montes Claros – MG Setembro/2023 Qual Tipo de Tomografia utilizamos na avaliação do paciente com quadro agudo de AVC? Quais as três perguntas que devemos tem em mente antes de utilizar trombólise IV? Envie um desenho anexado no word do território da cerebral média em um corte do estilo de uma tomografia (plano transversal do encéfalo). O acidente vascular encefálico (AVE) é definido por uma redução ou perda súbita de determinadas funções neurológicas, causada por uma oclusão ou rompimento de uma artéria encefálica, havendo morte de neurônios. Os AVEs podem ser classificados em isquêmicos e hemorrágicos, sendo os isquêmicos mais comuns, correspondendo a 85% dos casos. A distinção dos tipos de AVE só é possível com a realização do exame de neuroimagem. A Tomografia Computadorizada (TC) é amplamente utilizada por sua maior disponibilidade, menor tempo de realização, possibilita realizar uma avaliação satisfatória do encéfalo. Nesse sentido, por meio da TC é possível diferenciar eventos hemorrágicos de eventos isquêmicos, além de detectar outras patologias que simulem clinicamente um AVE, devendo ser o primeiro exame a ser realizado em um paciente que demonstra os sintomas sugestivos de AVE. Utiliza-se a TC sem contraste no diagnóstico do AVE isquêmico, pois possibilita a descrição de sinais sutis na região supratentorial sugestivas de isquemia nas primeiras 6 horas de evolução, como apagamento de sulcos, atenuação de densidade cortical e subcortical. No entanto, a TC tem menor sensibilidade para detecção da fossa posterior e quadros agudos corticais ou subcorticais. A ressonância magnética permite visualizar melhor as lesões não vistas pela TC e diagnosticar lesão isquêmica minutos após seu início. Pode-se ainda realizar a angiografia por TC, técnica que permite a avaliação da circulação intracraniana e extracraniana a fim de auxiliar no diagnóstico, com uso de contraste. Sua utilidade em AVE agudo consiste na sua capacidade para demonstrar trombos dentro dos vasos intracranianos e em avaliar as artérias carótidas e vertebrais no pescoço. O exame é realizado utilizando contraste iodado em tempo otimizado para o realce dos vasos. A identificação de trombos e suas dimensões permitem diagnosticar a causa do evento isquêmico. A terapia trombolítica intravenosa é a base do tratamento para acidente vascular cerebral isquêmico agudo, desde que o tratamento seja iniciado dentro de 4-5 horas do início dos sintomas claramente definidos. Como o benefício depende do tempo, é fundamental tratar os pacientes o mais rápido possível. Para realizar esse procedimento, deve-se questionar a presença de diagnóstico de AVE isquêmico, se o tempo do início dos sintomas é menor que 4 a 5 horas (se a hora exata do início do AVC não for conhecida, ela é definida como a última vez que o paciente foi considerado normal) e a idade do paciente (maior de 18 anos de idade), que fazem parte dos critérios de inclusão. Artéria cerebral anterior Artéria cerebral média Artéria cerebral posterior Território da Artéria Cerebral Média TC normal mostrando as artérias cerebrais Referencial teórico: DA SILVA, Francielle Magalhães Souza; DE OLIVEIRA, Edson Marcos Ferreira. Comparação dos métodos de imagem (tomografia computadorizada e ressonância magnética) para o diagnóstico de acidente vascular encefálico. Revista Enfermagem Contemporânea, v. 6, n. 1, p. 81-8 9, 2017. MACHADO, Angelo B. M.. Neuroanatomia funcional. 2 ed. São Paulo: Atheneu Editora, 2007. OLIVEIRA-FILHO, Jamary; SAMUELS, Owen B. Intravenous thrombolytic therapy for acute ischemic stroke: Therapeutic use. UpT oDate. 2022.
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