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AD1 EDUCAÇÃO INFANTIL-2022 2

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NOME: Mariana Rodrigues da Silva de Oliveira 
Matrícula: 21216080262 Polo: Barra do Piraí
AD1 – 2022.2
DISCIPLINA: Educação Infantil 2
Coordenação: Leandro Henrique de Jesus Tavares
Tutoras a Distância: Flávia Friedl, Jade Oliveira.
Tutoras Presenciais: Alessandra Sátiro, Ana Paula Noronha, Andréa Veloso, Bianca
Oliveira, Claudia Cristina Alonso, Luciana Felix, Mariane de Sena.
Avaliação a Distância 1 (AD 1)
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Leia o texto abaixo retirado do site Nova Escola:
O que um bom projeto para Educação Infantil precisa ter?
Ao escolher trabalhar com projetos, o professor de Educação Infantil precisa ter foco e
clareza de seus objetivos.
POR:
Clélia Cortez
1. Por que trabalhar com projetos na Educação Infantil?
Proponho uma reflexão sobre os sentidos da realização de projetos na Educação
Infantil e os desdobramentos dessa escolha metodológica na ação educativa.
São vários os aspectos que devem ser considerados quando o professor escolhe
esta modalidade organizativa para desenvolver sua ação com as crianças. O primeiro e,
sem dúvida, o mais importante é o sentido que pode ser atribuído às aprendizagens.
Muitas vezes ouvimos os profissionais envolvidos no trabalho com crianças pequenas
contarem que desenvolvem projetos para trabalhar diversos temas visando alcançar
diferentes objetivos.
https://novaescola.org.br/autor/30/clelia-cortez
Há projetos que têm como foco o desenvolvimento de comportamentos leitores ou
visam à aproximação com determinados conceitos científicos ou fatos históricos,
enquanto outros são voltados para os conhecimentos em arte. Enfim, são inúmeras as
possibilidades de pesquisas feitas com as crianças que podem ser organizadas por meio
desta forma de trabalho.
Os projetos podem reunir uma série de condições favoráveis para que a escola
assuma sua maior responsabilidade: promover a construção de novos conhecimentos
com sentido e profundidade. Mas, para que isso ocorra, quais são os pontos a que o
professor deve prestar atenção?
Um aspecto muito importante é a escolha do tema. A quem cabe essa decisão: ao
professor ou à criança? Reflexões feitas por professores em encontros de formação têm
nos mostrado que a ideia de que um projeto só é significativo quando surge com base no
que as crianças propõem é inconsistente. Algumas vezes, inclusive, sem que tenha
consciência disso, o professor afirma que baseia a sua prática em uma abordagem
democrática, mas, ao analisarmos com cuidado o planejamento e suas escolhas, vemos
que as decisões consideraram mais o ponto de vista do adulto do que o da criança.
2. Foco do professor deve ser a ampliação dos saberes
As crianças são ávidas por conhecimento e o adulto pode potencializar esse
interesse por tantos assuntos oferecendo boas perguntas e bons cenários de pesquisa.
Isso não significa que o professor deve conduzir as ações considerando exclusivamente
seu ponto de vista. Ao contrário, um projeto visa dar sentido às aprendizagens e isso
ocorre desde o início, com a escuta do que pensam e narram as crianças e a relação que
ele estabelece entre essa escuta e os propósitos de aprendizagens escolhidos para a
atividade.
O papel do professor na condução de um projeto é de mediador, um provocador
de novos sentidos e curiosidades. A intervenção acontece quando as crianças pedem e
também quando ele mesmo vê essa necessidade e considera que há tempo adequado
para acrescentar novas perguntas ou informações.
A atuação do professor, embora não tenha caráter direcionador, em nenhum
momento deve ser de abandono. É preciso oferecer apoio constante para ampliar os
saberes que circulam no grupo. A cada momento, o professor toma uma atitude que
considera a curiosidade das crianças, as intenções da pesquisa, a possibilidade de
intercâmbio de opiniões, a negociação conjunta durante os momentos de socialização
(que, aliás, é uma intervenção permanente no projeto) e a oportunidade de sistematizar
os conhecimentos construídos pelo grupo para serem retomados e discutidos ao longo
do processo.
Outro aspecto que merece atenção é o desenvolvimento do percurso de trabalho.
Quando o professor decide envolver um grande número de áreas em um mesmo projeto,
não há dúvida de que ele possui a boa intenção de ampliar os conhecimentos das
crianças. Contudo, é importante considerar que o excesso de conteúdos pode
comprometer o aproveitamento de todo o potencial de conexões entre os assuntos e a
construção de alguns conceitos. Para que a aprendizagem ocorra, é preciso envolver as
crianças com regularidade em contextos de pesquisa em torno de um mesmo assunto e
permitir que haja possibilidade de errar, socializar pensamentos, perguntar e estabelecer
relações entre um conhecimento e outro.
Quando o planejamento e o desenvolvimento de um projeto transitam por muitos
temas, as crianças podem não aprofundar seu conhecimento. E o conteúdo que,
inicialmente, deveria estar no foco da intenção educativa termina por ser abordado
somente de maneira superficial.
3. Projeto bem planejado é o que dá mais oportunidade de aprender
Estabelecer um foco durante o planejamento do projeto é essencial para que as
crianças possam experimentar de fato o papel de pesquisadoras e serem protagonistas de
sua aprendizagem. Quando são fornecidos tempo e condições para a continuidade do
pensamento em torno de um assunto, as crianças têm mais oportunidades de elaborar
novas conexões e isso, com certeza, pode envolver outras áreas do conhecimento. Mas é
importante não perder a dimensão das expectativas de aprendizagens e pensar em
intervenções que possam tanto relacionar como aprofundar os conceitos das diferentes
áreas que serão trabalhadas.
Por exemplo, se o professor tem intenção de trabalhar as características dos
animais marinhos em Ciências, é interessante que selecione boas referências de textos
informativos para apresentar às crianças. Mas isso não é suficiente para afirmar que está
tratando de procedimentos característicos das Ciências.
Muitas vezes, o trabalho fica mais voltado para a leitura do que para a
investigação científica propriamente dita. Claro que isso não é um problema, se a
escolha do projeto for apenas trabalhar com textos de caráter informativo e muitas
produções interessantes podem surgir disso.
Porém, se o professor deseja trabalhar tanto com leitura e escrita como com os
conteúdos de Ciências, é preciso estar atento a algumas questões. Nesse caso, o projeto
deve desenvolver atividades relacionadas à leitura e à escrita como: leitura feita pelo
professor, procedimentos para o estudo de um texto, seleção de elementos que dialogam
com a curiosidade das crianças, registro pelo professor de textos orais elaborados pelo
grupo etc.
E, para abordar os conteúdos de Ciências, esse mesmo projeto deve incluir
observação de fatos e fenômenos, formulação de hipóteses, demonstrações e
experimentos, reflexão sobre as leituras em diferentes fontes, registros, além das
discussões e conclusões feitas de forma coletiva e individuais. Ou seja, também devem
estar presentes atividades que fomentem a curiosidade e a construção de novos
questionamentos relacionados às Ciências.
4. Curiosidade orienta o desenvolvimento do projeto e a ação do professor
Outro ponto a ser discutido é o tratamento destinado à curiosidade das crianças.
Segundo o dicionário Houaiss, a palavra curiosidade está relacionada com o "desejo
intenso de ver, conhecer, experimentar alguma coisa nova, original, pouco conhecida ou
da qual nada se conhece"; "vontade de aprender, saber, pesquisar", ou ainda, "desejo
irrequieto".
É inegável que as crianças possuem desejo constante de novos conhecimentos e
isso pode ser explorado cuidadosamente em um projeto. Cabe ao professor selecionar o
que é essencial paradeterminado processo de pesquisa e cuidar para que as perguntas
elaboradas sejam de fato ferramentas para a reflexão.
Trabalhar a curiosidade significa promover a interação da criança com ambientes
desafiadores que guiem seu pensamento para o que está em foco na investigação. É
preciso ter em mente que os contextos planejados podem tanto alargar as experiências
como restringi-las. Por isso, colocar as crianças como protagonistas de suas
aprendizagens significa interagir com as suas narrativas e expressões, interpretá-las e
sempre relacioná-las com a intencionalidade do projeto.
Essa não é uma tarefa simples. Exige reflexões constantes por parte do professor
durante o planejamento e a ação. Por exemplo, se a intenção é gerar contextos
significativos de leitura que favoreçam a imersão das crianças nas narrativas de
qualidade, o professor pode planejar seu projeto levando em consideração a seguinte
questão: o ambiente criado para a leitura (o acervo, o acesso aos livros na biblioteca, a
organização do espaço da sala etc.) é convidativo?
Outras perguntas podem ser feitas: ao realizar a leitura do livro Chapeuzinho
Vermelho em voz alta, por exemplo, o que as crianças poderão aprender com essa
situação? Que intervenções podem ser antecipadas com base nas intenções de
aprendizagem do projeto? A sequência de planejamento do projeto garante espaços para
que as crianças recuperem e compartilhem suas observações sobre os textos apreciados?
Com base nos conhecimentos que apresentam e, de acordo com o que foi colocado
como intenção de aprendizagem, o que é preciso contemplar nos próximos
planejamentos? Como esse projeto pode contribuir para que a leitura seja uma ação
permanente na rotina do grupo?
Perguntas como essas podem ajudar o professor a conhecer mais as crianças com
as quais trabalha e também a refletir sobre os objetivos e encaminhamentos pensados
para o projeto.
5. Planejar sem abrir mão da flexibilidade
Outros aspectos que merecem destaque estão relacionados ao planejamento das
etapas do projeto didático e a socialização de seus propósitos com o grupo. Cada
situação planejada precisa apresentar bons problemas e relacionar os conhecimentos
prévios das crianças com os novos, segundo o que o professor considera pertinente.
Há uma relação estreita entre o conjunto de intenções levantadas pelo professor e
que foi compartilhado com as crianças como sendo as metas do projeto. Se o professor
tem como objetivo principal ampliar o conhecimento sobre contos de fadas e combinou
com elas a escolha dos textos para leitura e apresentação à comunidade escolar, é
importante planejar situações que garantam a apropriação de determinadas noções antes
de chegar a esse propósito final.
Portanto, o professor deve garantir a continuidade e diversidade de leitura dos
contos, selecionar com as crianças os preferidos, ler daqueles que serão recontados,
registrar e revisar os textos ditados, enfim, envolver as crianças de fato na resolução do
problema que foi compartilhado durante o projeto.
O desafio (que, sem dúvida, requer empenho) é criar condições para que
expandam as suas experiências e não para que fiquem dando voltas em torno do que já
sabem.
Vale salientar que o planejamento, além de dialogar o tempo todo com as
intenções de aprendizagem, demanda flexibilidade nas intervenções, pois não é possível
prever tudo o que as crianças podem falar, pensar e relacionar após serem estimuladas
por perguntas, pelos contextos de pesquisa, pelo acesso às informações de variadas
fontes e, sobretudo, pela socialização dos conhecimentos com o grupo.
Ao trabalhar com projetos, o professor torna-se também um pesquisador do
pensamento das crianças, dos conhecimentos pertences à cultura e da sua própria
prática. Depois de um intenso movimento de investigação com e sobre as crianças é
impossível não aprender também sobre si mesmo.
Fonte: https://novaescola.org.br/conteudo/50/o-que-um-bom-projeto-para-educacao-
infantil-deve-ter. Acesso em março de 2022.
 Responda as questões a seguir (2,5 pontos cada).
1) Em termos de escolha metodológica, quais as vantagens ao se trabalhar com
projetos na educação infantil? 
Existem várias vantagens ao se trabalhar com projetos na educação infantil, um
deles é promover a construção de novos conhecimentos com sentido e
profundidade.
 
2) Qual o papel do professor quando trabalha por meio de projetos?
O papel do professor quando trabalha por meio de projetos é de mediador,
provocando novos sentidos e curiosidades. A intervenção acontece quando as
crianças pedem e também quando o professor vê essa necessidade e considera
que é hora de acrescentar novas perguntas ou informações.
3) Como fica o planejamento ao se escolher essa metodologia de trabalho?
Ter foco durante o planejamento do projeto é essencial para que as crianças
possam experimentar de fato o papel de pesquisadoras e serem protagonistas de
sua pesquisa. Quando é fornecido o tempo e condições para a continuidade do
pensamento sobre o assunto, a criança tem mais oportunidade de elaborar novas
conexões podendo envolver outras áreas do conhecimento. Mas tem que tomar
cuidado para não se aprofundar em outros conceitos e sair da área que vai ser
trabalhada.
4) Como o projeto auxilia no desenvolvimento das crianças, sobretudo no que se
refere aos seus desejos e interesses? 
Todas as crianças têm o desejo constante de novos conhecimentos, e através de
um projeto ele pode ser explorado. Basta o professor selecionar O que é
essencial para o processo de pesquisa e cuidar para que as perguntas elaboradas
sejam de fato ferramentas de reflexão. Trabalhar curiosidade significa promover
a interação da criança com o ambientes desafiadores que guia em seu
pensamento para que está em foco na investigação.
https://novaescola.org.br/conteudo/50/o-que-um-bom-projeto-para-educacao-infantil-deve-ter
https://novaescola.org.br/conteudo/50/o-que-um-bom-projeto-para-educacao-infantil-deve-ter
	O que um bom projeto para Educação Infantil precisa ter?
	Ao escolher trabalhar com projetos, o professor de Educação Infantil precisa ter foco e clareza de seus objetivos.
	1. Por que trabalhar com projetos na Educação Infantil?
	2. Foco do professor deve ser a ampliação dos saberes
	3. Projeto bem planejado é o que dá mais oportunidade de aprender
	4. Curiosidade orienta o desenvolvimento do projeto e a ação do professor
	5. Planejar sem abrir mão da flexibilidade