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REVISÃO DE SERVIÇOS PRELIMINARES 1- MOVIMENTAÇÕES DE TERRA: CONTENÇÕES “São estruturas projetadas para resistir a empuxos de terra e/ou água, cargas estruturais e quaisquer outros esforços induzidos por estruturas vizinhas ou equipamentos adjacentes (Joopert Jr., 2007).” A estrutura de contenção deve proporcionar a integridade dos vizinhos durante a escavação. A necessidade de executarmos as contenções, ou ao menos de limitarmos a escavação por taludes, é evidente: a segurança (Joopert Jr., 2007).] As estruturas de contenção têm como objetivo dar mais estabilidade para o projeto, evitando a ruptura de partes maciças e, também, tem como função evitar o “escorregamento” por conta do próprio peso do solo ou por outros tipos de cargas. Por existência ou não da contenção, devemos entender da seguinte forma: 1) CONTENÇÕES CONTIDAS - há contenções que para existirem, dependem do apoio de materiais diferentes do material a ser contido, como o uso de escoras de aço ou estaca de concreto, 2) TALUDES - contenções em que o próprio solo pode ser adequado para ser utilizado como contenção, como no caso dos taludes. No entanto, cabe destacar que os taludes necessitam de mais espaço físico para serem construídos. Pela transitoriedade da contenção: Provisórias – Exemplo: abertura de uma vala para o assentamento de uma tubulação qualquer, que depois será reaterrada. Definitivas – Exemplo: escavação de um subsolo, podemos pensar numa contenção definitiva, que cumprirá dupla função: a de conter o terreno escavado e a de servir como vedação vertical da parte enterrada. Pelo funcionamento estrutural da contenção: • Flexíveis • Rígidas - muros de gravidade. De um modo geral, as contenções provisórias são flexíveis e as definitivas rígidas As contenções flexíveis permitem uma certa movimentação, sendo capazes de absorverem deformações do solo circunvizinho com mais facilidade, o que não ocorre nas contenções rígidas. Por outro lado, as contenções flexíveis, ao se deformarem, podem fazer com que o solo junto a uma construção vizinha também se deforme, podendo causar nesta, problemas indesejáveis, como recalques, trincas, esforços não previstos. Pela forma de obtenção de equilíbrio: • Escoradas. • não- escoradas. 2- FUNDAÇÕES RASAS E PROFUDAS: Fundação superficial (rasa ou direta) Elemento de fundação em que a carga é transmitida ao terreno pelas tensões distribuídas sob a base da fundação, e a profundidade de assentamento em relação ao terreno adjacente à fundação é inferior a duas vezes a menor dimensão da fundação. O que caracteriza, principalmente uma fundação rasa ou direta é o fato da distribuição de carga do pilar para o solo ocorrer pela base do elemento de fundação, sendo que, a carga aproximadamente pontual que ocorre no pilar, é transformada em carga distribuída, num valor tal, que o solo seja capaz de suportá-la. Outra característica da fundação direta é a necessidade da abertura da cava de fundação para a construção do elemento de fundação no fundo da cava. Fundação profunda Elemento de fundação que transmite a carga ao terreno ou pela base (resistência de ponta) ou por sua superfície lateral (resistência de fuste) ou por uma combinação das duas, devendo a sua ponta ou base estar assente em profundidade superior ao dobro de sua menor dimensão em planta, e no mínimo igual a 3,00m. Neste tipo de fundação incluem-se as estacas e os tubulões. A fundação profunda, a qual possui grande comprimento em relação a sua base, apresenta pouca capacidade de suporte pela base, porém grande capacidade de carga devido ao atrito lateral do corpo do elemento de fundação com o solo. A fundação profunda, normalmente, dispensa abertura da cava de fundação. 3- MOVIMENTAÇÃO DE TERRA CORTE E ATERRO: EMPOLAMENTO O empolamento é o aumento de volume de um material, quando removido de seu estado natural e é expresso como uma porcentagem do volume no corte. Relacionamos na Tabela 2.1 (próximo slide) alguns empolamentos. Por exemplo, o empolamento de um solo superficial é de 43% (Tabela 2.1), significa que um metro cúbico de material no corte (estado natural) encherá um espaço de 1,43 metros cúbicos no estado solto. EMPOLAMENTO DO SOLO. • H(desnível)= declividade x comprimento • Vc= área do terreno • Volume do cálculo de transporte (Vt): Vt= Vc x e 4- RELAÇÃO ENTRE PROJETO E OBRA: COMPATIBILIZAÇÃO DE PROJETOS RELAÇÃO PROJETO X OBRA: O projeto e todos os componentes desenvolvidos desde a fase de planejamento até o projeto executivo completo, nos mostra a total interação com a execução da obra, gerando um ciclo de informações que devem ser constantemente avaliadas e retroalimentadas para o sucesso do empreendimento. COMPATIBILIZAÇÃO DE PROJETO: É um modo de racionalização que visa reduzir os conflitos existentes entre os projetos, de modo que os mesmos se integrem, resultando em um projeto final de qualidade superior eliminando erros que podem gerar aumento no preço final da obra. A compatibilização de projetos é uma forma de analisar todas as etapas que formam uma edificação e com isso prevenir possível interferências. A compatibilização, além de possibilitar interferências, reduz os gastos nas obras em até 8%. Na construção civil, a compatibilização de projetos é importante para verificação do que foi planejado, a fim de evitar interferências entre os projetos elétrico, estrutural e hidrossanitário, por exemplo. É importante lembrar que a análise de interferências deve ser realizada antes da execução da obra, visto que, um bom projeto precisa estar revisado para evitar contrariedades que encareçam o trabalho, atrasam o cronograma de obras, desperdiçam o tempo e aumentam o orçamento planejado. A compatibilização evita que um erro seja descoberto apenas no momento da construção, o que significa um gasto para corrigir. É importante também ressaltar a importância do trabalho em equipe dos profissionais, assim há redução até mesmo na quantidade de erros de projetos, já que o diálogo otimiza a elaboração com mais atenção. Isso potencializa o tempo de projeto e qualidade. 5- CONSTRUÇÃO CIVIL E O MEIO AMBIENTE Os IMPACTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO MEIO AMBIENTE são inúmeros, pois acontecem desde a extração das matérias-primas necessárias, passando por todo o processo de construção e continuando durante a utilização das edificações. Dessa forma, é necessário conciliar o desenvolvimento da indústria da construção e a preservação ambiental, para que exista o crescimento sustentável. IMPACTOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO MEIO AMBIENTE Estudar os impactos da construção civil no meio ambiente é importante para todo profissional da área, principalmente por conta das legislações e normas existentes. No Brasil, por exemplo, a Lei n° 10.295, conhecida como lei da sustentabilidade, influencia diretamente a construção civil. Conheça alguns aspectos que merecem destaque. Impactos positivos A construção civil — apesar de ser um dos maiores vilões com relação aos impactos ambientais — pode proporcionar alguns impactos positivos, que estão ligados diretamente à sustentabilidade. Existem dois grandes exemplos que podem ser citados: a reciclagem e a geração de energia. Diversas pesquisas acadêmicas utilizam resíduos, tanto da construção civil quanto em outras indústrias, na composição dos materiais utilizados nas obras. Por exemplo, os pneus podem ser utilizados na fabricação dos ligantes asfálticos para a pavimentação de estradas, e o plástico reciclado pode ser usado na composição de argamassa. Quanto à geração de energia, atualmente as construções sustentáveis têm focado em consumir menos luz, além de gerar sua própria energia por fontes renováveis. A vantagem disso é que construções menores, como casas, geram mais energiado que consomem, e podem passar a fornecê-la para a rede. Impactos negativos Há diversos impactos da construção civil no meio ambiente que acabam sendo prejudiciais. Porém, a maioria deles tem soluções que visam reduzir os danos causados. Entre os impactos negativos, podemos citar: • ruídos; • emissão elevada de gás carbônico; • desperdício de água; • consumo alto de energia; • geração de resíduos; • impermeabilização do solo; • Mudanças em depósitos hídricos naturais; • Poluição e aquecimento global. O QUE FAZER PARA A REDUÇÃO DOS IMPACTOS? Para seguirmos no caminho que nos levará a soluções realmente eficazes, devemos contemplar três pontos: A) VIABILIDADE ECONÔMICA PARA OS INVESTIDORES, B) ATENDIMENTO DAS NECESSIDADES DOS USUÁRIOS E C) PRODUÇÃO COM TÉCNICAS QUE REDUZAM OS RISCOS DE ACIDENTES NO CANTEIRO E DOENÇAS DO TRABALHO. As possibilidades de intervenção para a redução dos impactos são distintas em cada fase – desde a concepção, passando pelo projeto, até a construção, uso e manutenção. É de grande importância levar isso em consideração. Cerca de 80% do custo de uma edificação está na fase de uso e manutenção. Portanto, detalhes na concepção e projeto terão grandes impactos nos custos futuros de operação e manutenção de um prédio. Entre as soluções simples de serem adotadas estão A REDUÇÃO DO CONSUMO DE ENERGIA E ÁGUA, AUMENTO DA ABSORÇÃO DA ÁGUA DE CHUVA, REDUÇÃO DO VOLUME DE LIXO E/OU RECICLAGEM, FACILIDADE DE LIMPEZA E MANUTENÇÃO, UTILIZAÇÃO DE MATERIAIS RECICLADOS, AUMENTO DA DURABILIDADE DO EDIFÍCIO E A POSSIBILIDADE DE MODERNIZAÇÃO AO TÉRMINO DE SUA VIDA ÚTIL.
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