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Impresso por Eduarda Maria Fernandes, E-mail dusoufernandes@hotmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 04/11/2023, 04:57:25 IFRS IFRS IFRS IFRS IFRS PALAVRA PALAVRA PALAVRA PALAVRA PALAVRA BRINCADA BRINCADA BRINCADA BRINCADA BRINCADA INFÂNCIA, INFÂNCIA, INFÂNCIA, INFÂNCIA, INFÂNCIA, LITERATURA E CONTAÇÃO DE LITERATURA E CONTAÇÃO DE LITERATURA E CONTAÇÃO DE LITERATURA E CONTAÇÃO DE LITERATURA E CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS HISTÓRIAS HISTÓRIAS HISTÓRIAS HISTÓRIAS 2021 2021 2021 2021 2021 Impresso por Eduarda Maria Fernandes, E-mail dusoufernandes@hotmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 04/11/2023, 04:57:25 Curso divididCurso divididCurso divididCurso divididCurso dividido em:o em:o em:o em:o em: Módulo 1:Módulo 1:Módulo 1:Módulo 1:Módulo 1: Relações entre a história e a literatura. Módulo Módulo Módulo Módulo Módulo 2:2:2:2:2: Tópicos teóricos sobre a literatura infantil – conceito, função e aspectos composicionais. Módulo Módulo Módulo Módulo Módulo 3: 3: 3: 3: 3: Clássicos infantis: contos de fadas da oralidade, da escrita e do cinema. Módulo 4: Módulo 4: Módulo 4: Módulo 4: Módulo 4: Contação de histórias. Os conteúdos e aOs conteúdos e aOs conteúdos e aOs conteúdos e aOs conteúdos e atividtividtividtividtividades presentes neades presentes neades presentes neades presentes neades presentes neste arquivo, ste arquivo, ste arquivo, ste arquivo, ste arquivo, foram retirados do Instituto Federalforam retirados do Instituto Federalforam retirados do Instituto Federalforam retirados do Instituto Federalforam retirados do Instituto Federal do Rio Grande do do Rio Grande do do Rio Grande do do Rio Grande do do Rio Grande do Sul (IFRS) Sul (IFRS) Sul (IFRS) Sul (IFRS) Sul (IFRS) Segue o link para aSegue o link para aSegue o link para aSegue o link para aSegue o link para a plataforma do curso: plataforma do curso: plataforma do curso: plataforma do curso: plataforma do curso: https://moodlehttps://moodlehttps://moodlehttps://moodlehttps://moodle.ifrs.edu..ifrs.edu..ifrs.edu..ifrs.edu..ifrs.edu.br/course/indebr/course/indebr/course/indebr/course/indebr/course/index.php?categoryid=38x.php?categoryid=38x.php?categoryid=38x.php?categoryid=38x.php?categoryid=38 2021 2021 2021 2021 2021 Impresso por Eduarda Maria Fernandes, E-mail dusoufernandes@hotmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 04/11/2023, 04:57:25 PALAVRA BRINCADA: INPALAVRA BRINCADA: INPALAVRA BRINCADA: INPALAVRA BRINCADA: INPALAVRA BRINCADA: INFÂNCIA, LITERATURA E FÂNCIA, LITERATURA E FÂNCIA, LITERATURA E FÂNCIA, LITERATURA E FÂNCIA, LITERATURA E CONTAÇÃO DE HISTÓRIASCONTAÇÃO DE HISTÓRIASCONTAÇÃO DE HISTÓRIASCONTAÇÃO DE HISTÓRIASCONTAÇÃO DE HISTÓRIAS MÓDULO 1 MÓDULO 1 MÓDULO 1 MÓDULO 1 MÓDULO 1 INFÂNCIA: RELAÇÕES ENTRE A HISTÓRINFÂNCIA: RELAÇÕES ENTRE A HISTÓRINFÂNCIA: RELAÇÕES ENTRE A HISTÓRINFÂNCIA: RELAÇÕES ENTRE A HISTÓRINFÂNCIA: RELAÇÕES ENTRE A HISTÓRIA E A IA E A IA E A IA E A IA E A LITERATURA LITERATURA LITERATURA LITERATURA LITERATURA Para começar: vamos brincar?Para começar: vamos brincar?Para começar: vamos brincar?Para começar: vamos brincar?Para começar: vamos brincar? Children’s Games, 1560, Pieter Bruegel the Elder (Flemish Northern Renaissance Painter, ca.1525-1569), Kunsthistorisches Museum, Vienna, Austria. O quadro que você visualizou já possui quase meio século! Pieter Bruegel era um artista contemporâneo ao Renascimento Holandês, mas que apresentava características medievais. Sua pintura representa diversas crianças envolvidas em mais de oitenta brincadeiras. Entre elas, estão: • Brincar com bonecas; • Jogo da cerca; • Jogo da cabra-cega; • Brincar com bolhas de sabão; • Subir em árvores; • Jogo das cinco Marias; • Pular corda. Você identificou as brincadeiras acima citadas? Visualizou outras? Percebeu que muitas delas ainda existem na atualidade? Além das brincadeiras, é possível observar que o artista representou um vilarejo localizado na beira de um rio, na qual há uma igreja, casas, árvores e até um castelo. As crianças exibidas na obra demonstram bastante agitação, o que nos remete à impressão de movimento. Para também incitar o sentimento de euforia, o artista faz uso de cores vivas sobre um fundo amarelado. Mas você observou bem a representação do corpo das crianças? E suas roupas? E seu rosto? Repare nesse recorte do quadro: Children’s Games, 1560, Pieter Bruegel the Elder (Flemish Northern Renaissance Painter, ca.1525-1569), Kunsthistorisches Museum, Vienna, Austria [Recorte]. É bem provável que você tenha a impressão de a única diferença entre as crianças e os adultos, nesse quadro, seja a estatura. E é isso mesmo! Na Idade Média, cujo imaginário inspira Pieter Bruegel, as crianças eram considerados "adultos em miniatura". Por isso, Jogos Infantis é umas Impresso por Eduarda Maria Fernandes, E-mail dusoufernandes@hotmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 04/11/2023, 04:57:25 das únicas obras derivadas desse período que direcionou o seu foco às crianças. A escassez da representação de infantes em produções artísticas levou muitos estudiosos, como o historiador Phillipe Ariès, a defenderem que o sentimento de infância não existia antes da Idade Moderna. A construçA construçA construçA construçA construção da infância:ão da infância:ão da infância:ão da infância:ão da infância: "As crianças são as mensagens vivas que enviamos a um tempo que não veremos. Do ponto de vista biológico é inconcebível que uma cultura esqueça a sua necessidade de se reproduzir. Mas uma cultura pode existir sem uma ideia social de infância. Passado o primeiro ano de vida, a infância é um artefato social, não uma categoria biológica. Nossos genes não contêm instruções claras sobre quem é e quem não é criança, e as leis de sobrevivência não exigem que se faça distinção entre o mundo do adulto e o da criança. [...] Vejamos um pequeno exemplo: [...] ainda em 1890 as escolas secundárias americanas acolhiam somente sete por cento da população de jovens entre quatorze e dezessete anos. Juntamente com muitas crianças mais novas, os outros noventa e três por cento executavam trabalho adulto, alguns do nascer ao pôr do sol, em todas as nossas grandes cidades." (POSTMAN, Neil. O desaparecimento da infância. Tradução: Susana Menescal de Alencar Carvalho e José Laurenio de Melo. Rio de Janeiro: Graphia, 1999, p.10-11). A criança no A criança no A criança no A criança no A criança no fio dfio dfio dfio dfio da históriaa históriaa históriaa históriaa história: : : : : Apesar de parecer simples, a tarefa de definir o que, de fato, é infância pode ser uma questão profundamente complexa. Para começarmos nosso diálogo, leia o texto que preparamos para você. https://moodle.ifrs.edu.br/pluginfile.php/273 5449/mod_page/content/38/Inf%C3%A2ncia %20e%20hist%C3%B3ria%20m%C3%B3dul o%201.pdf Existe Existe Existe Existe Existe infância infância infância infância infância na na na na na sociedade sociedade sociedade sociedade sociedade contemporânea? contemporânea? contemporânea? contemporânea? contemporânea? Origem da palavra "infância": latim infantia, referente ao indivíduo que não é capaz de falar. Nós presenciamos, na atualidade,uma constante busca pelo direito de fala, especialmente por grupos minoritários, como mulheres, indígenas, negros. Assim, compreendemos o alcance simbólico do ato de falar, que remete à possibilidade de expressão, de participação social e de responsabilização pelos atos. O historiador Neil Postman (1999) explica que, na Idade Média, a infância terminava aos sete anos, isso porque, nessa idade, os infantes já podiam dizer e compreender o que os adultos, por sua vez, diziam e compreendiam. Isso foi transformado com a expansão da cultura escrita, que passou a registrar os segredos da vida adulta. Dessa forma, criou-se a necessidade de proteção da infância, que, hoje, toma forma em diferentes marcos legais. Neles, predominam critérios etários para a definição da infância: Segundo a Convenção sobre os Direitos da Criança, adotada pela Assembleia Geral nas Nações Unidas, a criança é definida como todo o ser humano com menos de 18 anos, exceto se a lei nacional confere a maioridade mais cedo. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) considera criança a pessoa até 12 anos incompletos. A Portaria 1.130, de 05 de agosto de 2015, que institui a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança Impresso por Eduarda Maria Fernandes, E-mail dusoufernandes@hotmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 04/11/2023, 04:57:25 (PNAISC) considera criança o indivíduo de 0 a 9 anos, destacando-se a Primeira infância, de 0 a 5 anos. A A A A A criança criança criança criança criança na na na na na vitrivitrivitrivitrivitrine: ne: ne: ne: ne: haverá haverá haverá haverá haverá infânciinfânciinfânciinfânciinfância a a a a no futuro? no futuro? no futuro? no futuro? no futuro? Ainda que a proteção à infância esteja assegurada em leis e normativas, a integridade física, intelectual e moral das crianças continua suscetível a riscos, como a exploração do trabalho infantil, a vulnerabilidade social, e o apelo midiático pelo consumo. Para Neil Postman (1999), estamos assistindo ao desaparecimento da infância devido ao surgimento do sistema de mídia, que fornece informações acerca dos "segredos do mundo adulto", desfazendo a separação estabelecida entre este e o mundo infantil. Essa perspectiva é complementada por Shirley Steinberg e Joe Kincheloe (2004), que alertam que a chamada “cultura infantil” é construída por corporações que, por seus produtos, são capazes de penetrar, constantemente, na vida privada das crianças, desestabilizando-lhes a identidade. Na visão dos pesquisadores, as noções mais tradicionais da infância como um tempo de inocência e de dependência do adulto foram minadas pelo acesso das crianças à cultura popular durante o século XX. Está, portanto, decretado o fim da infância? Talvez não. Autores como Dora Marín-Díaz (2010) apresentam um contraponto às ideias apocalípticas em relação à infância. A pesquisadora reafirma que o uso dos meios de comunicação e de informação modernos não só mantém as fronteiras entre os mundos adulto e infantil, como ainda acabam por produzir e ampliar as fronteiras entre as gerações. Desse modo, as crianças, em vez de serem dominados pelas mídias, utilizam-nas em seu próprio benefício, tornando-as instrumentos de força e de diferenciação do adulto pela naturalidade com que o fazem. Deve-se dizer que ideias como esta são menos recorrentes, mas ajudam a sustentar o debate acerca da infância que é produzida e reproduzida nos produtos e manifestações culturais de nossa sociedade. A conclusão a que se chega diante da narrativa da história da infância vale lembrar, não é única, há – múltiplas infâncias e portanto, múltiplas histórias é que há muito para se refletir e – construir para que a infância alcance um tempo realmente feliz, no sentido de que todas as crianças possam vivenciá-la. Como é uma construção social que se modifica ao longo do tempo, não tem um fim, está em constante transformação. Porém, o que se deseja é que ao menos alcance um estágio em que se consiga ter a certeza de que a concepção de infância finalmente resultasse em benefícios inquestionáveis a todas as crianças. Para quem quer mais! Uma dica de leitura para aprofundar os conhecimentos sobre as relações entre infância e a produção da literatura é a dissertaçã de Cláudia Gisele Masiero, em que o texto desse módulo se inspira. Ela é intitulada “Era uma vez…” – um estudo sobre concepções de infância em narrativas” e está disponível para consulta gratuita por meio do link https://biblioteca.feevale.br/Dissertacao /DissertacaoClaudiaMasiero.pdf . O O O O O encontro encontro encontro encontro encontro eeeeentre ntre ntre ntre ntre a a a a a história história história história história dddddaaaaa infância e a hiinfância e a hiinfância e a hiinfância e a hiinfância e a história da literatura: stória da literatura: stória da literatura: stória da literatura: stória da literatura: "Entre os gêneros literários existentes, um dos mais recentes é o constituído pela literatura infantil, que apareceu durante o século XVIII, época em que as mudanças na estrutura da sociedade provocaram efeitos no âmbito artístico [...]. Nesse contexto, aparece a literatura infantil; seu nascimento, porém, tem características próprias, pois decorre da ascensão da família burguesa, do novo status concedido à Impresso por Eduarda Maria Fernandes, E-mail dusoufernandes@hotmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 04/11/2023, 04:57:25 infância na sociedade e da reorganização da escola" (ZILBERMAN, 2003, p. 33). Era uma vez... Era uma vez... Era uma vez... Era uma vez... Era uma vez... Basta ler ou ouvir essa expressão que nos transportamos para o universo dos contos de fada e da literatura voltada a crianças, não é? Em sua origem, porém, esses elementos não eram tão interligados assim. Os contos de fada, em sua gênese, não eram textos para crianças, nem eram textos da burguesia, nem eram repletos de finais felizes e... nem começavam com "era uma vez...". Se, como já vimos, a infância é um conceito que decorre da ascensão da burguesia e de formação da família numa concepção moderna, também os textos voltados a crianças fazem parte desse processo histórico. A literatura infantil é uma criação dos adultos, que recorreram à adaptação de textos em diferentes níveis para alcançar efeitos moralizantes. Em outras palavras, a burguesia valeu-se da tradição folclórica dos contos populares, adaptando- os para que estimulassem as crianças "do ponto de vista comportamental" e as conduzisse "à aceitação de valores que colaborem em sua integração ao meio social" (ZILBERMAN, 2003). Para Para Para Para Para entender entender entender entender entender melhor, melhor, melhor, melhor, melhor, um um um um um pequeno pequeno pequeno pequeno pequeno exercício de análiseexercício de análiseexercício de análiseexercício de análiseexercício de análise: : : : : Pense em histórias como Chapeuzinho Vermelho, Branca de Neve, Cinderela e A Bela Adormecida. Todas essas histórias apresentam um problema ou uma situação de conflito que envolve a personagem citada no título: o ataque do lobo, o envenenamento pela maçã, o anonimato social, o adormecimento após o feitiço. Mas como se dá a resolução desse nó? Em nenhuma das histórias, a personagem citada no título encontra a solução, ela precisa sempre de uma intervenção externa, seja ela um artifício mágico ou a ação de um ser mais forte (leia-se: um homem da burguesia). Na origem folclórica, essas personagens eram associadas, por sua fragilidade física, econômica ou social, à classe camponesa, que utilizava os contos popularespara refletir sobre as adversidades de sua vida, conformada a uma hierarquia social intransponível. Havia um tom de rebeldia nas histórias, repletas de violência e de infortúnios, e sem heróis montados em cavalos brancos. Mas rebeldia não combinava com o projeto burguês de educar as crianças para se acomodarem à nova ordem social. Assim, na adaptação romântica dos contos de fada, as personagens frágeis foram mantidas para provocar a identificação de um novo público: as crianças. Sinalizando sua dependência ao mundo adulto e masculino, elas foram, então, submetidas a príncipes salvadores e a seres mágicos, que passaram a garantir os finais idealizados. Por esses motivos, o nascimento da literatura infantil está mais ligado ao campo da Pedagogia que da Literatura. Na sua opinião, pode-se dizer o mesmo a respeito da literatura infantil hoje? Mais questionamentos e algumas respostas estão no próximo módulo desse curso! História História História História História da da da da da lililililiteratura teratura teratura teratura teratura infantil infantil infantil infantil infantil no no no no no Brasil:Brasil:Brasil:Brasil:Brasil: Talvez você esteja se perguntando se a literatura infantil é criação exclusiva de países europeus. Não, não é! Um exemplo é o rico folclore do Brasil, que mescla cantigas, lendas, mitos e parlendas de inúmeras etnias. Mesmo em se tratando dos textos escritos, a literatura infantil possui um percurso próprio em terras tupiniquins Veja: Impresso por Eduarda Maria Fernandes, E-mail dusoufernandes@hotmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 04/11/2023, 04:57:25 ATIVIDADE DE FIXAÇÃO ATIVIDADE DE FIXAÇÃO ATIVIDADE DE FIXAÇÃO ATIVIDADE DE FIXAÇÃO ATIVIDADE DE FIXAÇÃO - 1 - 1 - 1 - 1 - 1 Questão 1Questão 1Questão 1Questão 1Questão 1. . . . . A Literatura infantil surgiu com a intencionalidade de traduzir os anseios e desejos das crianças do século XVIII. Verdadeiro Falso Questão 2Questão 2Questão 2Questão 2Questão 2. . . . . No Brasil, atualmente, todas as crianças têm o direito e vivem plenamente a infância, sem abusos e explorações, como o trabalho infantil. Verdadeiro Falso Questão 3Questão 3Questão 3Questão 3Questão 3. . . . . Apesar da qualidade estética dos livros atuais, pode-se afirmar que, até hoje, a literatura infantil produzida no Brasil limita-se a reproduzir os padrões europeus. Verdadeiro Falso Questão 4Questão 4Questão 4Questão 4Questão 4. . . . . Durante a Idade Média, era permitido que o infante participasse do mundo adulto, frequentando locais como prostíbulos e bares. Verdadeiro Falso Questão 5Questão 5Questão 5Questão 5Questão 5. . . . . No Brasil, um marco para a produção literária infantil são os livros de Impresso por Eduarda Maria Fernandes, E-mail dusoufernandes@hotmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 04/11/2023, 04:57:25 Monteiro Lobato, que começam a incorporar elementos do folclore brasileiro. Verdadeiro Falso Questão 6Questão 6Questão 6Questão 6Questão 6. . . . . Apesar de muitos avanços em relação à infância na contemporaneidade, ainda não existem leis ou órgãos governamentais que assegurem o bem-estar da criança. Verdadeiro Falso Questão 7Questão 7Questão 7Questão 7Questão 7. . . . . Segundo alguns estudiosos, no futuro, a infância não existirá devido ao apelo midiático e o livre acesso a informações do mundo adulto. Verdadeiro Falso Questão 8Questão 8Questão 8Questão 8Questão 8. . . . . Nos dias atuais, considera-se que a infância termina aos 7 anos completos, pois, nessa idade, o indivíduo já possui o domínio de sua língua nativa e não possui dificuldade em se comunicar. Verdadeiro Falso Questão 9Questão 9Questão 9Questão 9Questão 9. . . . . Um dos fatores que influenciou o desenvolvimento da infância foi o fortalecimento do núcleo familiar e da noção de privacidade. Verdadeiro Falso Questão Questão Questão Questão Questão 1010101010. . . . . Inicialmente, o intuito da Literatura Infantil era o de moralizar e transmitir os valores da sociedade burguesa Verdadeiro Falso MÓDULO 2 MÓDULO 2 MÓDULO 2 MÓDULO 2 MÓDULO 2 TÓPICOS TEÓRICOS SOBRE A LITERATURA TÓPICOS TEÓRICOS SOBRE A LITERATURA TÓPICOS TEÓRICOS SOBRE A LITERATURA TÓPICOS TEÓRICOS SOBRE A LITERATURA TÓPICOS TEÓRICOS SOBRE A LITERATURA INFANTIL: CONCEITO, FUNÇÃO E ASPECINFANTIL: CONCEITO, FUNÇÃO E ASPECINFANTIL: CONCEITO, FUNÇÃO E ASPECINFANTIL: CONCEITO, FUNÇÃO E ASPECINFANTIL: CONCEITO, FUNÇÃO E ASPECTOS TOS TOS TOS TOS COMPOSICIONAIS COMPOSICIONAIS COMPOSICIONAIS COMPOSICIONAIS COMPOSICIONAIS Literatura Literatura Literatura Literatura Literatura inininininfantil: fantil: fantil: fantil: fantil: do do do do do que que que que que esesesesestamos tamos tamos tamos tamos falando?falando?falando?falando?falando? O QUE É, O QUE É? Sou um nobre muito rico Feito por sábio engenho Dou-vos tudo quanto tenho Com quanto tenho me fico QUEM SOU? Vamos tratar da pergunta que não quer calar e que vem ocupando a mente e o coração de pesquisadores ao longo das décadas: o que, afinal, é a literatura infantil? Para tentar simplificar a questão que não possui nenhuma resposta simples, vamos começar definindo o que a literatura infantil não é. Não Não Não Não Não é é é é é um um um um um gênergênergênergênergênero:o:o:o:o: A literatura infantil NÃO é definida por um gênero específico, como poema ou texto dramático, por exemplo. A falta de experiência leitora da criança e, portanto, um horizonte de expectativas muito amplo, permite que ela esteja aberta a inúmeros gêneros, alguns específicos da literatura infantil (como contos de fada e histórias de animais), outros não (como poemas, contos etc.). Além disso, é comum que textos lúdicos e fantasiosos do folclore sejam incluídos no rol dessa literatura, como quadrinhas, adivinhas, lendas, mitos, cantigas, entre outros. Não Não Não Não Não é é é é é uuuuum m m m m tema:tema:tema:tema:tema: A literatura infantil NÃO é definida por uma temática, como o romance policial ou as narrativas de viagens, por exemplo. Os textos para crianças podem abordar tanto temas s Impresso por Eduarda Maria Fernandes, E-mail dusoufernandes@hotmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 04/11/2023, 04:57:25 fantasiosos, repletos de seres mágicos, quanto aspectos do cotidiano, como a descrição de paisagens em poemas e a abordagem de temas sociais em narrativas. Não Não Não Não Não possui possui possui possui possui uma uma uma uma uma finalidade finalidade finalidade finalidade finalidade única:única:única:única:única: A literatura infantil NÃO é definida por uma finalidade específica, como os romances de tese ou textos paradidáticos. A literatura infantil, na concepção contemporânea, não é produzida para educar uma criança, nem para alfabetizar nem para desenvolver a consciência política. Esses podem ser efeitos indiretos da formação leitora, mas não são o propósito em si da produção de textos para crianças. Assim, o único elemento que confere unidade ao conjunto de textos que compõem a literatura infantil é o PÚBLICO a que se destinam as obras. Por isso é tão importante entender que o conceito de infância não é estável: se ele se modifica, também a literatura infantil se transforma. Além disso, a literatura ainda tem de lidar commudanças internas, relacionadas com a transitoriedade de seu próprio leitor, como explica Regina Zilberman (2003, p. 66): Abrangendo tudo que é produzido para pessoas de até mais ou menos doze anos, a literatura infantil deve ir se modificando à medida que evolui a criança até perdê-la por completo, fenômeno paralelamente vivido pelo próprio leitor, que vai aos poucos se afastando do produto a ele oferecido. Essa índole passageira do gênero determina sua temporalidade, o que se relaciona, de um lado, com a condição de seu receptor e, de outro, com a própria natureza histórica da faixa etária a que se destina. É importante sempre recordar que a literatura infantil é fruto da visão que o adulto lança sobre a infância. Uma obra infantil deriva de um trabalho de adaptação na forma, no conteúdo e na linguagem, com a intenção de amenizar a assimetria entre o mundo do adulto criador e da criança receptora. Zilberman (2003, p. 68) chega a afirmar que a literatura infantil é uma traição: [...] provindo de uma tomada de decisão da qual a criança não participa, mas cujos efeitos percebe, a literatura infantil pode ser considerada uma espécie de traição, uma vez que lida com as emoções e o prazer dos leitores, para dirigi-los a uma realidade que, por melhor e mais adequada que seja, eles em princípio não escolheram. Nessa medida, a literatura infantil somente poderá alcançar sua verdadeira dimensão artística e estética pela superação dos fatores que intervieram em sua geração. A acusação de traição é enfática, e há provas contundentes na história da literatura infantil! É possível, entretanto, argumentar a favor da ré. Antes de sair condenando de modo geral a literatura infantil, é preciso entender que não se deseja que ela tenha caráter educativo ou didático, o que é diferente de manifestar uma natureza formadora. Isso quer dizer que a literatura exerce um papel importante, em um sentido antropológico e intelectual, para o desenvolvimento infantil, justamente porque não possui o intuito de ensinar ou moralizar. Função Função Função Função Função do do do do do texto texto texto texto texto literário literário literário literário literário parparparparpara a a a a crianças: crianças: crianças: crianças: crianças: Em resumo, os textos literários atuam no alargamento da compreensão do real pela criança. Isso acontece, em primeiro lugar, porque “qualquer narrativa, por simples que seja, compõe um modelo do real e manifesta certo modo de interpretação de algo” (CADEMARTORI, 2012, p. 46). Em outras palavras, a experiência fictícia apresenta uma realidade organizada e acessível à criança, auxiliando-a a perceber os fatos de sua realidade e a sistematizá-los em relações de causa e consequência. Em segundo lugar, Impresso por Eduarda Maria Fernandes, E-mail dusoufernandes@hotmail.com para uso pessoal e privado. Este material pode ser protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 04/11/2023, 04:57:25 porque os textos literários estimulam o desenvolvimento da linguagem, que atua como “[...] mediador entre a criança e o mundo, de modo que, propiciando, pela leitura, um alargamento do domínio linguístico, a literatura preencherá uma função de conhecimento” (ZILBERMAN, 2003, p. 45 46). Assim, antes mesmo da – alfabetização, a criança exposta à literatura terá iniciado seu processo de letramento. Poesia e rima com infância?Poesia e rima com infância?Poesia e rima com infância?Poesia e rima com infância?Poesia e rima com infância? O QUE É, O QUE É? Sou um nobre muito rico Feito por sábio engenho Dou-vos tudo quanto tenho Com quanto tenho me fico QUEM SOU? A resposta da adivinha é a mesma da adivinha que segue: Tenho capa sem ser herói Tenho folhas sem árvore ser Nem todos podem me compreender QUEM SOU? Para falar de todas as características dos textos infantis, teríamos de fazer primeiramente um traçado dos gêneros, o que, por si só, já demandaria um módulo inteirinho. Então, nós vamos optar por deixar uma sugestão de leitura acerca dos gêneros no quadro “Para quem quer mais”, que você pode buscar conforme seu interesse. Para quem quer mais: o livro Literatura e Alfabetização: do plano do choro ao plano da ação (Porto Alegre: Artmed, 2001), organizado por Juracy Assmann Saraiva, reúne textos de vários pesquisadores sobre narrativas e poesias infantis. Além disso, apresenta 16 roteiros para exploração de textos literários nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Veja um exemplo do conteúdo: Era uma vez, a hiEra uma vez, a hiEra uma vez, a hiEra uma vez, a hiEra uma vez, a história vai começar.stória vai começar.stória vai começar.stória vai começar.stória vai começar...........