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Relatório Química Farmacêutica

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UNIVERSIDADE PAULISTA
RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS
CURSO: FARMÁCIA
DISCIPLINA: QUÍMICA FARMACÊUTICA
INTRODUÇÃO.
Aula 1 – Roteiro 1.
DETERMINAÇÃO	DO	COEFICIENTE	DE	PARTIÇÃO	ÓLEO/ÁGUA	DO ÁCIDO ACETILSALICÍLICO.
Desde os primórdios dos tempos a solubilidade de compostos químicos em água e em misturas de solventes são fundamentais para alguns processos industriais e naturais. Alguns exemplos são: processos de precipitação e cristalização; dessalinização da água; controle da poluição na água; extração e destilação; produção do gás natural de aquíferos de alta pressão em que o gás natural está em equilíbrio com salmouras; processamento de alimentos; produção de fertilizantes entre outros (PRAUSNITZ et al., 1999). 
O ácido salicílico, este que é um importante intermediário na produção da aspirina, além de ser utilizado como aditivos alimentares, importante na produção de cosméticos e em diversas aplicações na área biomédica. O equilíbrio sólido-líquido (ESL) é a base do desenvolvimento e aplicação de operações industriais. Enquanto no passado havia a possibilidade de se utilizarem curvas de equilíbrio sólido-líquido menos precisas, com o desenvolvimento da tecnologia, existe uma demanda atual para a aplicação de modelos de equilíbrio sólido-líquidos cada vez mais complexos e mais precisos (UEAMATSU 2007). 
Aula 1 – Roteiro 2.
VERIFICAÇÃO DA INFLUÊNCIA DO PH E DO PKA NA IONIZAÇÃO DOS FÁRMACOS.
As titulações ácido base ilustram a natureza das constantes de acidez, o pKa. A presença de uma variação de pH por volume de reagente adicionado, pode inferir qualitativamente sobre o número das constantes de acidez e as características das mesmas. (LEMOS; TAKIYAMA, 1999). 
O conhecimento desta propriedade também é importante para o desenvolvimento de medicamentos, estando intimamente relacionada à fase farmacêutica (dissolução) e à farmacocinética (absorção, distribuição, metabolismo e excreção). O pH influencia a solubilidade aquosa e a lipofilicidade de uma substância, que são considerações úteis para entender a biodisponibilidade. (MEDEIROS, 2013).
Uma das propriedades físico-químicas dos fármacos que influem diretamente em sua ação biológica é o grau de ionização das moléculas no sistema fisiológico. A sua extensão relacionada ao pH é descrita pelo pKa. Sendo assim, o pKa é do pH no 2 qual o fármaco encontra-se 50% na forma ionizada e 50% na forma não ionizada. (MEDEIROS, 2013).
Aula 2 – Roteiro 1.
Caracterização físico-química de fármacos e o método de recristalização.
Parâmetros como velocidade de absorção e biodisponibilidade são diretamente influenciados pelo grau de solubilidade de um fármaco, definindo perfis farmacocinéticos e consequentemente eficácia do medicamento. Muitos fármacos são constituídos por mais de uma forma cristalina, denominadas polimorfos, que podem apresentar diferentes propriedades físico-químicas. Como consequência, a existência de polimorfismo nestes casos poderá refletir em propriedades biofarmacêuticas diferenciadas, estando diretamente associadas a uma forma 
cristalina em especial. (CURATOLO, 2004).
Qualquer substância ativa que se pretenda comercializar com intuito de utilização clínica, deve passar por uma série de avaliações visando à obtenção de um medicamento seguro e eficaz (OCHOA et al., 2001).
Testes de pré-formulação são os primeiros passos para o desenvolvimento racional de uma forma farmacêutica. Uma etapa preliminar fundamental ao desenvolvimento é a investigação das propriedades físicas e químicas de um fármaco, que servirão de suporte para o pesquisador formular uma forma de dosagem estável e biodisponível, que possa ser produzida em larga escala (WADKE et al., 1990). 
Estas informações direcionarão os eventos subsequentes relativos ao desenvolvimento de uma
formulação (WELLS, 2005). 
Para desenvolver uma forma farmacêutica que propicie ao fármaco alcançar o efeito terapêutico desejado, é fundamental o conhecimento das características peculiares ao próprio fármaco (propriedades físico-químicas) e particularidades da formulação (características farmacotécnicas). Ambas estão relacionadas e influenciam as propriedades biofarmacêuticas do medicamento (OCHOA et al.,2001).
Aula 3 – Roteiro 1.
 Extração e Quantificação de paracetamol C8H9NO2 – Um método fármacopeico.
O paracetamol, um analgésico pertencente à classe dos derivados do p-aminofenol, vem sendo intensamente utilizado como analgésico e antitérmico desde que foi sintetizado em 1878. Clinicamente tem sido a melhor alternativa nos casos em que os salicilatos são contraindicados (CLISSOLD, 1986; VIEIRA, 2006).
Em 1886, quase que simultaneamente com a descoberta dos salicilatos, a acetanilida foi introduzida como antipirético, porém foi considerada extremamente tóxica por formar metemoglobina (hemoglobina incapaz de transportar o oxigênio) e foi retirado da lista de fármacos oficiais (KOROLKOVAS; BURCKHALTER, 1988; ANICETO; FATIBELLO-FILHO, 2002).
Na busca por compostos menos tóxicos, foi feita uma tentativa com o p-aminofenol na crença de que o organismo oxidava a acetanilida a este composto. No entanto, não se observou a redução de toxicidade e diversos derivados químicos passaram a ser testados. Um dos mais satisfatórios, dentre os derivados químicos testados, foi a 19 fenacetina, introduzida na terapêutica em 1887. Esta foi amplamente empregada em misturas analgésicas até ser implicada na nefropatia do abuso dos analgésicos (LOURENÇÃO, 2009). 
O paracetamol, por s sua vez, foi introduzido como analgésico e antipirético em 1893, por não apresentar os efeitos tóxicos da acetanilida, e desde 1977 está na lista de medicamentos essenciais (KOROLKOVAS; BURCKHALTER, 1988).
Aula 3 – Roteiro 2.
 Síntese do Succinilsulfatiazol. 
A química medicinal é um ramo ciência que tem como objetivo descobrir ou desenvolver novos compostos químicos de interesse terapêutico. Entre suas atividades estão a síntese de novos compostos, a investigação da relação da estrutura de compostos naturais ou sintéticos e a atividade biológica; tais atividades têm como objetivo, elucidar as interações dos compostos com receptores de vários tipos, incluindo enzimas e DNA; determinar as propriedades de distribuição, e estudar as transformações metabólicas desses compostos (SILVERMAN, R. B. 1992). 
Uma forma de atingir esses objetivos é através da modificação estrutural que por sua vez permite obter compostos mais ativos. Esta atividade também chamada de modificação molecular constitui-se no método mais usado e econômico para a obtenção de compostos biologicamente ativos ou também possibilita otimizar a atividade de princípios ativos naturais. Assim, muitas mudanças podem ser introduzidas numa molécula, dependendo de seus centros reativos (KOROKOLVAS, A. 1989; BUNDGAARD, H. 1985).
Aula 4 – Roteiro 1.
Síntese da Urotropina.
Uma vez obtido um composto biologicamente ativo, pode-se lançar mão de estudos envolvendo modificação molecular, também chamada de variação molecular ou manipulação molecular, que se constitui, certamente, no método mais usado e recompensador para aperfeiçoar essa atividade. Muitas mudanças podem ser introduzidas numa molécula, dependendo de seus grupos reativos. Inicialmente, realizam-se modificações procurando introduzir grupos que conferem ao composto em estudo uma maior ou menor hidrofobicidade ou grupos doadores e/ou aceptores de elétrons, permitindo posteriormente a aplicação de algum método de correlação entre a estrutura química e a atividade biológica, que pode ser qualitativa como quantitativa (SAR e QSAR).
A síntese de fármacos, que inclui as transformações necessárias para modificar a estrutura química de origem natural, em outra de melhor perfil terapêutico, permite o acesso à elaboração de novas substâncias medicamentosas, sendo então possível viabilizar o acesso a compostos com um maior rendimento, com um custo menor, um elevado grau de pureza e baixo efeito colateral (COREY, E.J. et al. 1989).
RESULTADOS E DISCUSSÃO.
Aula 1 – Roteiro 1.
DETERMINAÇÃO	DO	COEFICIENTE	DE	PARTIÇÃOÓLEO/ÁGUA	DO ÁCIDO ACETILSALICÍLICO.
OBJETIVO.
Demonstrar a importância da determinação do coeficiente de partição óleo-água nos produtos farmacêuticos.
PROCEDIMENTO
Experimento 1.
Transferir 20,0 mL de solução de ácido acetilsalicílico (aproximadamente 0,5 g/100 mL) para um Erlenmeyer, adicionar água destilada, 2 gotas de fenolftaleína e titular com solução padronizada de hidróxido de sódio 0,05 mol/L até viragem.
Experimento 2.
Transferir 10,0 mL de solução de ácido acetilsalicílico para um funil de separação, adicionar 10 mL de éter etílico e agitar vigorosamente (cuidado!). Deixar em repouso até separação das fases, recolher a fase aquosa em um Erlenmeyer, adicionar água destilada, 2 gotas de fenolftaleína e titular com solução padronizada de hidróxido de sódio 0,05 mol/L até viragem.
Questões.
1)Calcular a concentração de ácido acetilsalicílico na solução original em g/L, g/100mL, g/mL.
M1 = 0,05 mol/L x V1
 0,020L
M1 = 0,00575 mol/L
 
2)Calcular a concentração de ácido mandélico na solução aquosa após a extração em g/L, g/100mL e g/mL. 
M2 = 0,05 mol/L x V2
 0,010L
M2 = 0,002083 mol/L
3)Calcular o coeficiente de partição do ácido acetilsalicilico.
Log P = M1 – M2 = concentração na fase oleosa
 M2
Log P = 1,76
4)Qual a relação entre a lipofilicidade de um fármaco e sua absorção no organismo?
Lipofilicidade é a propriedade mais importante para um fármaco. Está relacionada a absorção, distribuição, potência e eliminação. A lipofilicidade é definida pelo coeficiente de partição de uma substância entre a fase aquosa e a fase orgânica.
Coeficiente de partição alto:
Mais lipofilico
Atravessa mais facilmente as membranas
Coeficiente de partição baixo:
Mais hidrofilico
Mais difícil atravessar as membrana
Aula 1 – Roteiro 2.
VERIFICAÇÃO DA INFLUÊNCIA DO PH E DO PKA NA IONIZAÇÃO DOS FÁRMACOS.
OBJETIVO:
Observação da influência do pH na relação das concentrações de formas ionizadas e não ionizadas de dois fármacos: o ácido acetilsalicílico de caráter ácido (pKa=3,5), e o leite de magnésia, ácido muito fraco, (pKa=10).
PROCEDIMENTO:
Preencher quatro tubos de ensaio com soluções de fármaco (3 mL leite de magnésia (LMg) e 30 mg de ácido acetilsalicílico (AAS) e solução de ácido ou solução tampão, e o solvente orgânico conforme indicado na tabela abaixo;
Agitar com vigor cada tubo e deixar em repouso para garantir a separação das fases;
Com auxílio de tubos capilares, aplicar as fases orgânicas de cada um dos tubos sobre as placas de sílica fluorescente (vide tabela);
Deixar secar as placas e examiná-las sob luz ultravioleta;
Comparar as intensidades das manchas para cada fármaco ensaiado, especificando cada mancha como F (forte) ou f (fraco) no espaço apropriado na tabela.
	
Tubo
	
Substância
	Vol. (mL) Sol. HCl
pH = 1
	Vol. (mL) sol. tampão Na2HPO4/ NaH2PO4 pH = 8*
	Vol. (mL) acetato
de etila
	Resultado (F ou f)
	1
	AAS (30 mg)
	3
	-
	3
	F
	2
	AAS (30 mg)
	-
	3
	3
	f
	3
	LMg (3,0 mL)
	3
	-
	3
	f
	4
	LMg (3,0 mL)
	-
	3
	3
	f
Questões.
1)Escreva a equação de reação ácido-base entre o ácido acetilsalicílico (pKa = 3,5) e a água. Com base na equação, preveja, qualitativamente, em que pH (ácido ou básico) a relação das concentrações de formas ionizadas e não ionizadas será maior.
Uma das propriedades físico-químicas dos fármacos que influem diretamente em sua ação biológica é o grau de ionização das moléculas no sistema fisiológico. A sua extensão relacionada ao pH é descrita pelo pKa. Sendo assim, o pKa é do pH no qual o fármaco encontra-se 50% na forma ionizada e 50% na forma não ionizada. (MEDEIROS, 2013)
► pKa = constante de dissociação do fármaco ou grau de dissociação ácida.
► O pKa do fármaco é o valor de pH em que o fármaco encontra-se 50% na sua forma ionizada e 50% na sua forma não ionizada.
 C₉H₈O₄ → H+ + C9H7O4─
 
Não-ionizada ► lipossolúvel ► Bem absorvidas
Bases Fracas = boa absorção em pH
Ácidos fracos = boa absorção em pH
Ácidos fracos:
pKa = pH + log [espécie não ionizada]
 [espécie ionizada] 
Bases fracas:
pKa = pH + log _[ espécie ionizada]_
 [espécie não ionizada]
Exemplos:
pH do estomâgo = 1,5
pKa = pH + log [espécie não ionizada]
 [espécie ionizada]
3,5 = 1,5 + log [NI]
 [I]
log [NI] = 3,5 – 1,5 
 [I]
log [NI] = 2,0
 [I]
[NI] = 102 = 100 
 [I] 1
pH 1,5 fica 
1000 partes não ionizada para 1 parte ionizada
pH do intestino = 6,5
pKa = pH + log [NI]
 [I]
3,5 = 6,5 + log [NI]
 [I]
log [NI] = 3,5 – 6,5 
 [I]
log [NI] = ─3,0
 [I]
[NI] = 10─3 = __1__ 
 [I] 1000
pH 6,5 fica 
1000 partes ionizada para 1 parte não ionizada
 Aula 2 – Roteiro 1.
Caracterização físico-química de fármacos e o método de recristalização.
OBJETIVO:
Estudar propriedades físico-químicas experimentais úteis na síntese de fármacos.
EXPERIMENTO 1.
Colocar 100 mg (ou ponta de espátula) da substância a ser analisada (ácido salicílico e ácido acetilsalicílico) em um tubo de ensaio.
Gotejar, com pipeta Pasteur, 0,5 mL de água (a frio). (Tente usar a menor quantidade possível de água para dissolver o sólido).
Se não houver dissolução total, aquecer ligeiramente o tubo e observar o comportamento da mistura em água quente.
Se a substância permanecer insolúvel ou parcialmente solúvel, adicionar mais água em porções de 0,5 mL e observar os resultados.
EXPERIMENTO 2.
Repetir o teste de solubilidade do experimento 1, utilizando o solvente etanol;
Repetir o teste de solubilidade do experimento 1, utilizando o solvente éter etílico;
Repetir o teste de solubilidade do experimento 1, utilizando o solvente clorofórmio;
Caso um desses solventes solubilizar a substância a quente e praticamente não
dissolvê-la a frio, deixar a solução esfriar lentamente à temperatura ambiente e comparar o tamanho, a cor e a forma dos cristais obtidos com as características do sólido original.
TABELA 1 - Resultados do teste de solubilidade.
	Solvente
	Ácido Salicílico
	Ácido Acetilsalicílico
	água (frio)
	
	Pouco Solúvel
	água (quente)
	
	Solubilizou e depois cristalizou
	etanol (frio)
	
	Solubilizou
	etanol (quente)
	
	Solubilizou
	éter de petróleo (frio)
	Solubilizou
	
	éter de petróleo (quente)
	Solubilizou
	
	clorofórmio (frio)
	Solubilizou
	
	clorofórmio (quente)
	Solubilizou
	
RECRISTALIZAÇÃO DE SÓLIDO IMPURO.
Em béquer de 250 mL, pesar 1 g da substância escolhida e adicionar cerca de 30 mL do solvente adequado (os mesmos do experimento 1) e levar ao aquecimento até ebulição;
Adicionar mais solvente, em pequenos volumes, mantendo a ebulição e agitação até que ocorra solubilização total;
Juntar 10 mL de excesso de solvente e aquecer até a ebulição;
Filtrar em funil comum, com papel de filtro pregueado, para um Erlenmeyer de 125 Ml;
deixe resfriar à temperatura ambiente com o frasco tampado (Pode-se acelerar o resfriamento final empregando banho de gelo);
Filtrar os cristais formados em funil de Büchner (pesar o papel de filtro) e secar em estufa;
pesar o sólido recristalizado, determinar o ponto de fusão e comparar os resultados obtidos com a substância impura.
Questões.
1) O gráfico a seguir indica a solubilidade de um composto em quatro solventes diferentes (I, II, III e IV).
I – O soluto não se solubiliza no solvente com o aumento da tempertura.
II – A solubilidade do soluto dininui no solvente com o aumento da temperatura.
III – A temperatura não exerce influencia na dissolução do soluto nesse determinado solvente.
IV – A solubilidade do soluto aumenta com o aumento da temperatura nesse determinado solvente.
2)Qual o melhor solvente para a recristalização? JUSTIFIQUE SUA RESPOSTA.
A Água é o melhor solvente para a recristalização, porqueela é pouco solúvel a temperatura ambiente e muito solúvel quando aquecida.
3)Descreva todas as etapas de uma recristalização.
1 – Escolha do solvente. 
2 – Dissolução 
3 – Descoloração da solução 
4 – Filtração 
5 – Resfriamento 
6 – Filtração 
7 – Lavagem 
8 – Secagem
4)Quais as características de um solvente para ser usado na recristalização?
O solvente para ser usado na recristalização deve dissolver pouco o soluto a temperatura ambiente e dissolver todo o soluto em seu ponto de ebulição e o ponto de ebulição do solvente não deve exceder o ponto de fusão do soluto. Outras características são de não reagir com o soluto, não inflamável, pouco tóxico, volátil e barato. 
5)Por que é recomendada que a solução seja esfriada espontaneamente, após aquecida?
A formação dos cristais deve ser lenta para que haja uma formação mais organizada, o resfriamento rápido resulta na formação de cristais muito pequenos que absorvem as impurezas contidas na solução com maior facilidade, por isso a solução deve ser esfriada espontaneamente.
Aula 3 – Roteiro 1.
 Extração e Quantificação de paracetamol C8H9NO2 – Um método fármacopeico.
OBJETIVO:
Realizar a extração de um fármaco a partir de sua forma farmacêutica.
Procedimento.
Pesar 10 comprimidos de um mesmo lote da amostra comercial de paracetamol.
Calcular a massa média.
Triturar em gral até obtenção de um pó finíssimo e homogêneo.
Pesar o equivalente a 0,5 g do pó obtido.
Solubilizar em 20 mL de acetona.
Agitar manualmente por 5 minutos.
Após o tempo de agitação, filtrar.
Evaporar o solvente.
Análise.
Testes de Identificação
Medir a temperatura de fusão e comparar com dados da literatura.
Teste de cloreto de ferro III: Em 10 mL de uma solução a 1% (p/v) da amostra extraída de paracetamol, adicionar uma gota de cloreto férrico 1%.
Questões.
1) O que significa método farmacopeico?
É um método estabelecido pela Farmacopéia Brasileira, onde se regularizam os requisitos mínimos de qualidade, insumos, drogas vegetais, medicamentos e produtos para a saúde.
2)Porque há a necessidade de se filtrar a amostra solubilizada em acetona?
Para separar o prinípio ativo (paracetamol) dos excipientes (substâncias farmacologicamente inativas), usadas como veículo para o prinípio ativo, ajudando na sua preparação ou estabilidade.
3)Qual o principal efeito tóxico observado com o uso crônico de paracetamol.
 Necrose hepática 
 Hepatoxidade → anorexia, náuseas, vômitos e dor abdominal no quadrante superior.
4)Quais os grupos funcionais presentes na estrutura do paracetamol?
Fenol e Amida.
O Paracetamol apresenta: cadeia carbônica mista, ramificada, insaturada, aromática e heterogênea.
5) Por que usamos acetona e não outro solvente?
A acetona (propanona) apresenta um P. E. muito baixo (56°C) portanto, a evaporação é mais rápida e a solubilidade do paracetamol em acetona é importante sendo de 1g do insumo → 13 mL de acetona.
6) Qual foi o ponto de fusão encontrado para a substância pura? O que você pode explicar sobre a faixa de fusão encontrada?
Como o aparelho de determinação do ponto de fusão está quebrado, a determinação só poderá ser feito pela bibliografia.
O ponto de fusão do paracetamol puro na bibliografia é de 169ºC.
Aula 3 – Roteiro 2.
Síntese do Succinilsulfatiazol. 
Objetivo.
Demonstrar um dos métodos de gênese de fármacos por latenciação.
Procedimento:
Pesar 0,5 g (1,96 mmols) de sulfatiazol e transferir para um balão de fundo redondo de 50,0 mL acoplado a um condensador de refluxo. Adicionar 30,0 mL de etanol anidro e refluxar por 5 minutos, então adicionar excesso de anidrido succínico (0,25 g, 2,4 mmols) e refluxar por 45 minutos. Filtrar o sólido formado à pressão reduzida em um funil de Büchner e transferir o produto para um vidro de relógio pesado. Evaporar o filtrado no evaporador rotatório até resíduo para segunda colheita do produto. Recristalizar o produto obtido com álcool e água (4:3). Deixar em repouso para precipitação. Filtrar o sólido obtido, transferir para um vidro de relógio pesado. Secar em estufa a 50 ºC.
Questões.
1)Esquematize o mecanismo da reação.
2)Calcule o rendimento teórico e prático da reação.
Sulfatiazol – Acetilsulfatiazol
 255,32g – 297,32g
 0,5g – X
X. 255,32 = 0,5. 297,32
X = 0,5. 297,32/255,32
X = 0,5822 g de acetilsulfatiazol
0,58222g – 100%
 0,4206g – Y
Y. 0,5822g = 0,4206. 100
Y= 0,4206. 100/ 0,5822
Y = 79,35%
3)Qual a vantagem da utilização do anidrido succínico ao invés de ácido succínico?
 O ácido succinico (C4O4H6) é produto da Hidrólise entre o succinilsulfatiazol e as enzimas do trato intestinal levemente alcalino. Como a reação abaixo.
4)Qual o objetivo em converter a sulfatiazol em succinilsulfatiazol?
O pró-farmaco succinilsulfatiazol(pKa 4,5) utilizado como antisséptico intestinal é ionizado nas condições levemente alcalinas do intestino e hidrolisado enzimaticamente para liberar a sulfa ativa(sulfatiazol pKa 7,1).
O objetivo dessa reação de latenciação via a alteração da farmacocinética (absorção) do sulfatizol através da obtenção do succinoilsulfatiazol, como pró-farmaco.
5)Indique o grupo farmacofórico das sulfonamidas. Qual o mecanismo de ação dessa classe de fármacos?
A síntese de inúmeras sulfonamidas permitiu o estudo da relaçãoestrutura antibacteriana (SAR) e levou às seguintes conclusões:
• O grupo amino em para é essencial e não deve ser substitituído. 
• O anel aromático e o grupo sulfonamida são essenciais. 
• O anel aromático deve ser para substituido. 
• O nitrogênio do grupo sulfonamida deve ser secundário. 
• O ùnico sítio que pode ser variado é R’’ (anel heterocíclico ou aromático). A variação de R’’ afeta a solubilidade da sulfa e reduz a sua toxicidade. 
As sulfas são usadas para tratar principalmente infecções intestinais e podem ser latenciadas obtendo-se o pró-fármaco correspondente para chegar especificamente ao sítio de ação desejado. A latenciação envolve a reação da amina aromática com ácidos dicarboxílicos ou anidridos. A introdução de um grupo hidrofílico (hemissuccinamido) restringe a absorção do pró-fármaco e impede sua absorção no estômago.
Aula 4 – Roteiro 1.
Síntese da Urotropina.
OBJETIVO:
Demonstrar um dos métodos de obtenção da urotropina.
PROCEDIMENTO:
Em balão adicionar 25 mL de formol e 20 mL de hidróxido de amônio. Adapta-se uma rolha com tubo de vidro ou adaptador de junta esmerilhada e liga-se a trompa. Adiciona-se o sistema em um banho-maria. Aquece-se até a secura. Adiciona-se o álcool etílico para transferir o resíduo para uma cápsula. Evapora-se o etanol em banho-maria na capela. Remove-se a urotropina com éter etílico e filtra-se em funil de Büchner lavando-se com éter. 
Questões.
1)Qual a ação farmacológica da urotropina?
Urotropina, hexamina, metenamina ou hexametilenotetramina, é um composto orgânico que possui a fórmula molecular C6H12N4. É um pó branco, de gosto adocicado, e cheiro que pode lembrar amônia, e também muito solúvel em água. É utilizada como ingrediente para certos remédios diuréticos, dentre outros.
2)Apresente o mecanismo para a formação da urotropina.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.
ALMEIDA, R. N. Psicofarmacologia: fundamentos práticos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.
ARAÚJO, G. L. B. et al. Polimorfismo na produção de medicamentos. Revista de Ciências Farmacêuticas Básica e Aplicada, v. 33, n. 1, p. 27-36, 2012.
BALDESSARINI, R. J.; TARAZI, F. I. Tratamento farmacológico da psicose e da mania. In: GILMAN, A. G.; GOODMAN, L. S. As bases farmacológicas da terapêutica. 11. ed. Rio de Janeiro: Mac Graw-Hill, 2006.
COELHO, F. A. S. Fármacos e quiralidade. Cadernos Temáticos de Química Nova na Escola, n. 3, p. 23-32, 2001.
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