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09a_Penicilinas_aula

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Disciplina Química Farmacêutica
Prof.ª Vanessa Otelo
PENICILINAS
• QUIMIOTERÁPICOS: compostos usados no tratamento de doenças infecciosas
e câncer (organismos ou células invasoras patogênicas). Origem sintética
• ANTIBIÓTICOS: produtos de organismos vivos ou derivados semi-
sintéticos
• ANTIBACTERIANOS: compostos usados no tratamento de infecções
bacterianas. Origem sintética, semi-sintética ou de organismos vivos
Definições
Como deve ser o planejamento de um quimioterápico?
• Antibacteriano ideal: elevado parasitropismo e 
baixo (ou nenhum) organotropismo
EXPLORAR AS DIFERENÇAS:
Como deve ser o planejamento de um quimioterápico?
• Citológicas e morfológicas (anatômicas, organelas)
• Sistemas enzimáticos
• Isoenzimas
• Sistemas de transporte
• Diferenças no ribossomo
USO INSDISCRIMINADO
- Doses inadequadas
- Falta de critério no uso
Resistência
Organismo resistente 
ao antibiótico
antibiótico
Bactérias susceptíveis e 
resistentes ao antibiótico
Na presença do 
antibiótico as bactérias 
susceptíveis morrem e as 
resistentes sobrevivem
Proliferação das cepas 
de bactérias resistentes 
causadoras de infecção
Causas
✓Mutações não “induzidas” 
por fármacos
✓Transferência genética
Resistência
TRANSDUÇÃO
CONJUGAÇÃO
TRANSFORMAÇÃO
Resistência
Mecanismos bioquímicos
1. Ação enzimática;
2. Modificação do alvo;
3. Alteração permeabilidade;
4. ↑ enzima;
5. ↑ concentração de metabólito;
6. Alteração rota sintética.
Resistência
Mecanismos bioquímicos
1. Ação enzimática;
2. Modificação do alvo;
3. Alteração permeabilidade;
4. ↑ enzima;
5. ↑ concentração de metabólito;
6. Alteração rota sintética.
Classificação com conforme a potência
Mecanismo de ação
Antibacterianos Parede celular
- lactâmicos
Vancomicina
Síntese de DNA/RNA
Fluorquinolonas
Rifamicina
Síntese de folato
Trimetoprima
Sulfonamida
Membrana 
celular
Daptomicina
Síntese de 
proteínas
Linezolida
Tetraciclina
Macrolídeos
Aminoglicosídeos
H
NO
NH
C
O
R
H
S
CO2H
H
Me
Me
..
representação 3D
N
S C H
3
C H
3
N
H
O
H H
H C O 2 H
O
C H
2
Penicilina G
✓Amplo espectro
✓Baixa toxicidade
✓Não pode ser administrada VO
✓Sensível β-lactamase
Penicilinas
Parede celular: protege a bactéria do meio 
externo (pH, temperatura, pressão osmótica) 
Penicilinas
Gram positivas Gram negativas
-lactamase
Bactérias
Peptideoglicano
NAM (ácido N-acetil murâmico)
NAG (N-acetilglicosamida)
A enzima responsável 
pela ligação cruzada 
chama-se 
TRANSPEPTIDASE
Penicilinas
Mecanismo de ação
Penicilinas
N
S
O
O OH
N
H H H
R
O
1,48 1,38
1,25
1,40
1,52
1,17 1,40
H
N
H
O
O OH
N
H
R
O
1,32
1,24
1,47
1,53
1,24 1,32
1,53
penicilina
D-Ala-D-Ala
Peptide
Chain
D-Ala D-Ala CO2H
OH
Pept ide
Chain
Gly
H OH
Peptide
Chain
Peptide
Chain
D-Ala GlyPeptide
Chain
O
D-Ala
OH
Pept ide
Chain
Gly
Blocked
H2O
Blocked
HCR
O
CO2H
NH
O
Me
Me
N
S
S
HN
O
O
Me
Me
NH
CO2H
C
O
R H
S
HN
O
O
Me
Me
NH
CO2H
C
O
R H
Blocked Irreversibly blocked
H
Mecanismo normal
Mecanismo de ação da penicilina
Penicilinas
Penicilinas
Relação estrutura - atividade
H
NO
NH
C
O
R
H
S
CO2H
H
Me
Me
..
N
S C H
3
C H
3
N
H
O
H H
H C O 2 H
O
C H
2
Penicilina G
✓Amplo espectro
✓Baixa toxicidade
✓Não pode ser administrada VO
✓Sensível a β-lactamase
✓Gram +: produzem β-lactamase no ambiente externo, ao redor da bactéria, 
atuando, portanto, antes da penicilina entrar na célula
✓ Gram -: permanece no espaço periplasmático entre membranas. Resultado: 
maior incidência de resistência ao antibiótico
Penicilinas
β-lactamase
INATIVAÇÃO PELA AÇÃO DE -LACTAMASE
A abertura do anel β-lactâmico anula o efeito antibiótico
Grupo 
volumoso
lactamase
meticilina
nafcilina temocilina
Penicilinas
Análogos de penicilinas: RESISTENTES À β-LACTAMASE
Análogos de penicilinas: MEIO ÁCIDO
✓Anel de quatro membros ligado a anel de cinco membros = TENSÃO → 
facilmente aberto em meio ácido
✓ Carbonila do anel β-lactâmico: REATIVA
✓ Grupo acila pode participar do mecanismo de abertura do anel
H2O
H
N
S Me
Me
H
N
H H
CO2H
O
C
O
R
Alívio a tensão
do anél
C
H
N
HO2C
CO2H
HH
Me
MeS
HN
O
R
Ácido ou
enzima
N
S Me
Me
H
N
H H
CO2H
O
C
HO
O
R
Amida terciária
C
O
R
NR2
Menor reatividade
R
C
R
N
O
R
Impossível manter a tensão
N
S
Me
Me
CO2H
O
X
Anel -Lactâmico
N
S
O
H
Me
Me
CO2H
H+
C N
O
S
N
H
R
O
H
N
S
O
N
O
R
-H+
R
O
N
O
S
HN
Resolução do 
problema
✓ Grupos retiradores de elétrons: reduzem a tendência da carbonila atuar como 
nucleófilo
Exemplos de penicilinas resistentes ao MEIO ÁCIDO
N
S
O
OHO
N
H
O
O N
S
O
OHO
N
H
O
NH
2
N
S
O
OHO
N
H
O
OH
NH
2
fenoximetilpenicilina
(penicilina V)
ampicilina
amoxicilina
biodisponibilidade 50-90%
N
S
O
OHO
N
H
O
O N
S
O
OHO
N
H
O
NH
2
N
S
O
OHO
N
H
O
OH
NH
2
fenoximetilpenicilina
(penicilina V)
ampicilina
amoxicilina
biodisponibilidade 50-90%
ampicilina
fenoximetilpenicilina
(penicilina V) amoxicilina
Diminui a 
nucleofilicidade
N
S
O
OHO
N
H
O
O
N
N
S
O
OHO
N
H
O
O
O
meticilina
N
S
O
OHO
N
H
O
O
nafcilina
N
S
O
OHO
N
H
O
O
N
Cl
N
S
O
OHO
N
H
O
O
N
Cl
Cl
oxacilina cloxacilina
dicloxacilina
PENICILINAS RESISTENTES À β-LACTAMASE E AO MEIO ÁCIDO
N
S
O
OHO
N
H
O
O
N
N
S
O
OHO
N
H
O
O
O
meticilina
N
S
O
OHO
N
H
O
O
nafcilina
N
S
O
OHO
N
H
O
O
N
Cl
N
S
O
OHO
N
H
O
O
N
Cl
Cl
oxacilina cloxacilina
dicloxacilina
PENICILINAS RESISTENTES À β-LACTAMASE
grupo isoxazolil
oxacilina cloxacilina dicloxacilina
Esquema de 
membrana/parede
de bactéria Gram-negativa
membrana
citoplasmática
fosfolipídeos
peptidoglicano
lipoproteína
porção mais
 externa da
membrana
proteínaproteína
porina
lipídeo A
O polissacarídeo
lipopolissacarídeo (LPS)
aumento de hidrossolubilidade
da molécula
difusão por porinas da parede
cadeia lateral com
grupamentos
hidrofílicos
Análogos de penicilinas: AMPLO ESPECTRO
Aminopenicilinas
Carboxipenicilinas
Ureidopenicilinas
carbenicilina
carfecilina
indanil carbenicilina
ticarcilina
azlocilina
mezlocilina
piperacilina
ampicilina amoxacilina
Análogos de penicilinas: AMPLO ESPECTRO
• BARREIRO, E. J.; FRAGA, C. A. M. Química medicinal: bases moleculares da ação dos fármacos. 
3ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2015.
• CALIXTO, C. M. F.; CAVALHEIRO, E. T. G. Penicilina: efeito do acaso e momento histórico no 
desenvolvimento científico. Química Nova na Escola, v.03, p.118-123, 2012. Acesso em: 18 set. 
2023.
• KATZUNG, B. G. Farmacologia básica e clínica. 12ª ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.
• KOROLKOVAS, A.; BURCKHALTER, J. H. Quimica farmacêutica. 1ª ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 1988.
• LEMKE, T. L.; FOYE, W. O.; WILLIAMS, D. A. Foye's principles of medicinal chemistry. 6ª ed. 
Philadelphia: Lippincott Williams & Wilkins, 2008. 
• PATRICK, G. L. An Introduction to Medicinal Chemistry. 5ª ed. New York: Oxford. University 
Press, 2013.
• PUTAROV, N. B., & GALENDE, S. B. Estudo da relação estrutura química e atividade 
farmacológica dos antibióticos. Revista Uningá, v.30. Disponível em: 
https://doi.org/10.46311/2318-0579.30.eUJ988. Acesso em 13 set 2023.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁGICAS
https://doi.org/10.46311/2318-0579.30.eUJ988
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	Slide 15
	Slide 16
	Slide 17
	Slide 18
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	Slide 20
	Slide 21
	Slide 22
	Slide 23
	Slide 24
	Slide 25
	Slide 26