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Revisão turbo OAB 38 - DIREITO PREVIDENCIÁRIO

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Prévia do material em texto

DIREITO PREVIDENCIÁRIO 
PROF. GUILHERME VOLPATO
 
Queridos alunos, 
 
Cada material da Revisão Turbo foi preparado com 
muito carinho para que você possa absorver, de forma 
rápida, conteúdos de qualidade! 
 
Lembre-se: você já evoluiu muito até aqui. Não desista! 
Derrube as barreiras que separam você do seu sonho. 
Esperamos você durante as aulas da Revisão Turbo! 
 
 
Com carinho, 
Equipe Ceisc ♥ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Revisão Turbo | 38º Exame de Ordem 
Direito Previdenciário 
 
 
3 
 
 
 1. Seguridade Social 
 
1.1. Conceito Constitucional 
No decorrer das aulas você verá que o direito previdenciário é parte de uma grande 
engrenagem chamada seguridade social. A seguridade social é composta por previdência social, 
assistência social e saúde. Cada uma destas partes tem suas particularidades na Constituição 
Federal a partir do artigo 194: 
 
Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa 
dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à 
saúde, à previdência e à assistência social. 
 
*Para todos verem: esquema. 
 
 
1.2. Previdência Social e Assistência Social 
Tendo em vista uma possível sobreposição de disciplinas (previdenciário e constitucional), 
nesta disciplina o enfoque será sobre a previdência social (de caráter contributivo) e a assistência 
social (de caráter não contributivo) 
Comecemos pela previdência social, disposta no artigo 201 da CF/1988: 
 
Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma do Regime Geral de 
Previdência Social, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios 
que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, na forma da lei. 
 
Seguridade 
Social 
Previdência 
Social
Assistência 
Social
Saúde
Revisão Turbo | 38º Exame de Ordem 
Direito Previdenciário 
 
 
4 
*Para todos verem: esquema. 
 
Os incisos I à V do artigo 201 da CF/1988 trazem o que chamamos em direito 
previdenciário de riscos sociais protegidos pela previdência social, tanto aos segurados quanto 
aos seus dependentes. Aos segurados, os riscos sociais protegidos são: a incapacidade 
temporária ou permanente para o trabalho, a idade avançada, à maternidade e a adoção, e, o 
desemprego involuntário. Aos dependentes, a morte do segurado, e, aos segurados que se 
enquadram como sendo de baixa renda, que terão acesso a benefícios específicos nesta 
condição. 
 
Art. 201. 
I - cobertura dos eventos de incapacidade temporária ou permanente para o trabalho e 
idade avançada; 
II - proteção à maternidade, especialmente à gestante; 
III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego involuntário; 
IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa 
renda; 
V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e 
dependentes, observado o disposto no § 2º. 
 
Por seu turno, a assistência social tem previsão constitucional no artigo 203 da CF/1988 
estabelecendo a garantia constitucional que será prestada a quem dela necessitar, sem qualquer 
contribuição à seguridade social: 
 
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente 
de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: 
V - a garantia de um salário-mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência 
e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-
la provida por sua família, conforme dispuser a lei. 
 
 
Veja o esquema na página seguinte... 
Previdência 
Social
Regime Geral 
(RGPS)
Caráter 
Contributivo
Filiação 
Obrigatória
Revisão Turbo | 38º Exame de Ordem 
Direito Previdenciário 
 
 
5 
*Para todos verem: esquema. 
 
 Resolva a questão a seguir: 
1) Questão Autoral – 2023 
Assinale a alternativa que não representa um dos riscos sociais tutelados pela previdência social. 
 
A) incapacidade temporário ou permanente para o trabalho. 
B) salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes do segurado de baixa renda. 
C) todo trabalhador em situação de desemprego. 
D) proteção à maternidade, especialmente à gestante. 
 
 
2. Previdência Social 
 
2.1. Regime Geral de Previdência Social 
Regime geral de previdência social é o meio pelo qual se concretiza o direito o direito 
fundamental à previdência social. Pode ser entendido como o conjunto de normas que 
disciplinam as relações jurídicas entre a instituição responsável pela concessão e manutenção 
das prestações previdenciárias e o grupo de pessoas protegidas, os beneficiários. 
Muita atenção ao fato de que é inverídica a afirmação de que o regime geral de 
previdência social é destinado exclusivamente aos trabalhadores da iniciativa privada. Em 
algumas hipóteses haverá proteção ao servidor público ou militar, a depender do caso. 
 
 
Veja o esquema na página seguinte... 
 
Assistência 
Social
Não contributivo
A quem dela 
necessitar
1 salário mínimo 
(BPC)
Idoso
 (65 anos ou 
mais)
Pessoa com 
Deficiência
Revisão Turbo | 38º Exame de Ordem 
Direito Previdenciário 
 
 
6 
*Para todos verem: esquema. 
 
2.2. Segurados do Regime Geral de Previdência Social 
Tratar de segurados do regime geral de previdência social significa falar sobre as pessoas 
que são protegidas pelo seguro social. Entre eles, sua grande maioria estará protegido em razão 
da contribuição obrigatória a que são submetidos, seja da iniciativa privada, ou ainda, nos casos 
específicos, da iniciativa pública. 
Além dos que contribuem de forma obrigatória, o legislador autorizou que pessoas que 
não têm fonte de renda decorrente de atividade laborativa que queiram participar do regime geral 
de previdência social o façam, por meio de contribuição, que será facultativa. 
O artigo 9º do Decreto 3048 traz em seus incisos os segurados obrigatórios (empregado, 
empregado doméstico, contribuinte individual, trabalhador avulso, e, segurado especial), e, o 
segurado facultativo. 
Em relação ao segurado empregado é importante que você vá realizar a prova sabendo 
que dentro deste conceito equiparam-se pessoas com atividade laborativa para além do que é 
visto em direito do trabalho. Entretanto, não é demais que você guarde bem os quatro 
requisitos caracterizadores da relação de emprego: pessoalidade, habitualidade/não 
eventualidade, subordinação, e, remuneração. 
Além destas características, é importante que você lembre, em especial das alíneas “b” e 
“s”, ambas acrescidas pelo Decreto 10.410/2020, que tratam do contrato de trabalho temporário, 
Alcance do 
RGPS
Iniciativa Privada
Com Atividade 
Remunerada
Sem Atividade 
Remunerada
Agente Público Cargo de Confiança
Servidor Público 
Efetivo ou Militar
Sem Regime Próprio 
de Previdência Social 
(RPPS)
Que exerça atividade 
concomitante do 
RGPS
Revisão Turbo | 38º Exame de Ordem 
Direito Previdenciário 
 
 
7 
e do trabalhador intermitente. Tem-se no conceito de empregado o cargo de confiança, o servidor 
público sem regime próprio de previdência, o empregado público e o servidor público ocupante 
de cargo efetivo que exerce atividade do regime geral de forma concomitante. 
 
*Para todos verem: esquema. 
 
Atenção: não esquecer dos segurados equiparados a empregado! 
A segunda categoria de segurado trazida pela legislação é o empregado doméstico. 
 
Art. 9º São segurados obrigatórios da previdência social as seguintes pessoas físicas: 
(...) 
II - como empregado doméstico - aquele que presta serviço de forma contínua, 
subordinada, onerosa e pessoal a pessoa ou família, no âmbito residencial desta, em 
atividade sem fins lucrativos, por mais de dois dias por semana. 
 
Faz-se esta ressalva, pois na hora da prova você precisará fazer esta distinção entre as 
duas categorias a partir do que o enunciado da questão trouxer. Por exemplo: um cozinheiro, a 
depender do caso, poderáser empregado ou empregado doméstico. O cozinheiro que trabalha 
em um restaurante terá finalidade lucrativa. Logo, será empregado. Agora, se o cozinheiro 
trabalhar para uma família, sem que exista finalidade lucrativa com o trabalho do cozinheiro, ele 
será empregado doméstico, obviamente, se a prestação de serviço ocorrer por mais de dois dias 
na semana. 
 
Veja o esquema na página seguinte... 
Empregado
Pessoalidade
Habitualidade/
Não eventualidade
Subordinação
Remuneração
Revisão Turbo | 38º Exame de Ordem 
Direito Previdenciário 
 
 
8 
*Para todos verem: esquema. 
A terceira categoria de segurado trazida pela legislação é o contribuinte individual. Nesta 
modalidade, estão os que têm atividade remunerada sem a existência da relação de emprego. 
Entre eles estão os profissionais liberais (advogados, engenheiros, médicos, contadores, etc), 
os empresários, em suas diversas modalidades, entre outros elencados no inciso “V” do artigo 
9º do Decreto 3048/99. 
Um ponto de atenção está na alínea “c”, que trata do ministro de confissão religiosa. Nesta 
categoria entram o padre, o pastor, rabinos, pai de santo, entre outros. 
A quarta categoria de segurado trazida pela legislação é o trabalhador avulso. Estes 
também podem prestar serviços a uma ou mais empresas, sem relação de emprego, com uma 
observação importantíssima: a atividade será sempre intermediada obrigatoriamente por um 
sindicato de categoria ou órgão gestor de mão de obra. 
Observação: Quando a questão tratar do trabalhador avulso, aparecerá, inevitavelmente, 
a INTERMEDIAÇÃO POR SINDICATO DE CATEGORIA OU ÓRGÃO GESTOR DE MÃO DE 
OBRA! 
A quinta categoria de segurado trazida pela legislação é o segurado especial. O artigo 9, 
VII do Decreto 3048/99 estabelecerá a seguinte relação: 
 
 
Veja o esquema na página seguinte... 
 
 
 
Empregado
Doméstico
Âmbito 
Residencial
Sem Finalidade 
Lucrativa
Mais de 2 dias 
na semana
Empregado
Doméstico
Pessoalidade
Habitualidade/
Não eventualidade
Subordinação
Remuneração
Revisão Turbo | 38º Exame de Ordem 
Direito Previdenciário 
 
 
9 
*Para todos verem: esquema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Finalizando o tema dos segurados, é preciso estudar o segurado facultativo. O segurado 
facultativo é a pessoa física, maior de 16 anos, que não tem fonte de renda de atividade 
laborativa, ou seja, não trabalha na iniciativa pública ou privada. Se trabalhasse na iniciativa 
privada seria segurado obrigatório do RGPS, e, se trabalhasse no serviço público seria segurado 
obrigatório do RPPS. Mesmo que não tenha fonte de renda de atividade laborativa, faz a opção 
em contribuir para a previdência social para fins de proteção em caso de risco social protegido 
por lei. 
O segurado facultativo está no artigo 11 do Decreto 3048/99: 
 
Art. 11. É segurado facultativo o maior de dezesseis anos de idade que se filiar ao Regime 
Geral de Previdência Social, mediante contribuição, na forma do art. 199, desde que não 
esteja exercendo atividade remunerada que o enquadre como segurado obrigatório da 
previdência social. 
 
Vale o destaque que, como regra geral, quem é servidor público (segurado obrigatório do 
RPPS) não pode ser segurado facultativo do RGPS. Neste sentido é o parágrafo 2º do artigo 11, 
prescrevendo que “É vedada a filiação ao Regime Geral de Previdência Social, na qualidade de 
segurado facultativo, de pessoa participante de regime próprio de previdência social, salvo na 
hipótese de afastamento sem vencimento e desde que não permitida, nesta condição, 
contribuição ao respectivo regime próprio.” 
Revisando: SEGURADOS DO RGPS. 
 
Veja o esquema na página seguinte... 
Segurado 
Especial
Agricultura
Pecuária
Seringueiro
Extrativista 
Vegetal
Pescador 
Artesanal
Regime de Economia 
Familiar
Sem Empregados 
Permanentes
Revisão Turbo | 38º Exame de Ordem 
Direito Previdenciário 
 
 
10 
*Para todos verem: esquema. 
 
 
2.3. Dependentes do Segurado 
Os benefícios previdenciários têm a função de substituir a renda do trabalhador no 
momento em que ele estiver acometido por um risco social. Entretanto, em alguns riscos sociais, 
os protegidos são os dependentes do segurado, mais especificadamente quando houver morte 
ou reclusão do segurado. 
Os dependentes estão elencados no artigo 16 do Decreto 3048/99, sendo divididos em 
três classes. Neste sentido: 
 
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de 
dependentes do segurado: 
I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer 
condição, menor de vinte e um anos de idade ou inválido ou que tenha deficiência 
intelectual, mental ou grave; 
II - os pais; ou 
III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de vinte e um anos de idade 
ou inválido ou que tenha deficiência intelectual, mental ou grave. 
 
A primeira classe é composta por cônjuge, companheiro(a), filho não emancipado, de 
qualquer condição, menor de vinte e um anos, ou filho inválido, ou com deficiência intelectual, 
mental ou grave, enquanto permanecer nesta condição. Cuidado para não confundir a relação 
de dependência com a praxe no direito de família, que em muitos casos reconhece um filho como 
dependente até os 24 anos, ou, enquanto cursa o ensino superior. Para o direito 
previdenciário, filho é dependente tão somente até completar 21 anos. 
C
A
D
E
S
F
Contribuinte Individual
Trabalhador Avulso
Empregado Doméstico
Empregado
Segurado Especial
Facultativo
Revisão Turbo | 38º Exame de Ordem 
Direito Previdenciário 
 
 
11 
Os dependentes de segunda classe são os pais. A partir do que foi visto, os pais, para 
terem reconhecida a condição de dependente previdenciário, dependerá da inexistência de 
dependente de primeira classe. Além disso, os pais precisam provar a dependência econômica 
em relação ao filho. Em relação a dependência econômica, a prova deve observar o previsto no 
parágrafo 6-A, no sentido de ser necessário “início de prova material contemporânea dos fatos, 
produzido em período não superior aos vinte e quatro meses anteriores à data do óbito ou do 
recolhimento à prisão do segurado, não admitida a prova exclusivamente testemunhal, exceto 
na ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito, observado o disposto no § 2º do art. 
143.” 
Ao seu turno, o dependente de terceira classe é o irmão não emancipado, de qualquer 
condição, menor de vinte um anos de idade ou inválido ou que tenha deficiência intelectual, 
mental ou grave. Para que o irmão ostente a condição de dependente, dependerá da inexistência 
de dependente de primeira e segunda classe. Assim como os dependentes de segunda classe, 
precisam provar a dependência econômica em relação ao irmão. Deverá também observar o 
previsto no parágrafo 6-A, no sentido de ser necessário “início de prova material contemporânea 
dos fatos, produzido em período não superior aos vinte e quatro meses anteriores à data do óbito 
ou do recolhimento à prisão do segurado, não admitida a prova exclusivamente testemunhal, 
exceto na ocorrência de motivo de força maior ou caso fortuito, observado o disposto no § 2º do 
art. 143.” 
 
Veja o esquema na página a seguir... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Revisão Turbo | 38º Exame de Ordem 
Direito Previdenciário 
 
 
12 
*Para todos verem: esquema.
 
 
2.4. Salário de Benefício 
O salário de benefício é um conceito importante no direito previdenciário. Importante 
desde já destacar o salário de benefício não é o valor que a pessoa receberá. O salário de 
benefício é o resultado de uma fórmula matemática que servirá como base de cálculo para os 
benefícios previdenciários. 
Sua previsão está no artigo 32 do Decreto 3048/99: 
 
Art. 32. O salário de benefício a ser utilizado para o cálculo dos benefícios de que trata 
este Regulamento, inclusive aqueles previstos em acordo internacional, consiste no 
resultado damédia aritmética simples dos salários de contribuição e das remunerações 
adotadas como base para contribuições a regime próprio de previdência social ou como 
base para contribuições decorrentes das atividades militares de que tratam os art. 42 e art. 
142 da Constituição, considerados para a concessão do benefício, atualizados 
monetariamente, correspondentes a cem por cento do período contributivo desde a 
competência julho de 1994 ou desde o início da contribuição, se posterior a essa 
competência. 
 
A partir da leitura do artigo é possível afirmar que o salário de benefício será o resultado 
de uma média de todas as contribuições do segurado, desde a competência de julho de 1994, 
ou, desde o início da contribuição, se posterior a julho de 1994. 
Dependentes do segurado
1ª Classe
Cônjuge/companheiro(a), filho 
menor 21 anos, ou inválido, 
ou com deficiência intelectual, 
mental ou grave.
Dependencia econômica 
presumida
2ª Classe
Pais
Prova dependencia 
econômica
3ª Classe
Irmão menor 21 anos, ou 
inválido, ou com deficiência 
intelectual, mental ou grave.
Prova dependencia 
econômica
Dependentes concorrem em 
igualdade de condições
Dependente de uma classe 
anterior exclui o direito das 
classes seguintes
Revisão Turbo | 38º Exame de Ordem 
Direito Previdenciário 
 
 
13 
*Para todos verem: esquema. 
 
 
 Resolva a questão a seguir: 
2) Questão Autoral – 2023 
Sobre os segurados da previdência social, assinale a alternativa incorreta. 
 
A) é segurado o servidor da União, Estado, Distrito Federal ou Município, incluídas suas autarquias 
e fundações, o ocupante de emprego público. 
B) é facultado ao participante de regime próprio de previdência filiar-se ao regime geral de previdência 
social na qualidade de segurado facultativo. 
C) é segurada a pessoa física que exerce, por conta própria, atividade econômica de natureza 
urbana, com fins lucrativos ou não. 
D) é segurado facultativo o estagiário que preste serviços a empresa nos termos da Lei do Estágio. 
 
 
 
 Resolva a questão a seguir: 
 
3) Questão Autoral – 2023 
André foi casado com Antônia por 7 anos e não tiveram filhos. Antônia tem uma filha de outro 
relacionamento, com 13 anos de idade. A separação ocorreu após o óbito em um acidente trágico dos 
pais de André, que tem um irmão com 35 anos com deficiência mental e que precisou ficar sob os 
cuidados e sustento de André. A sentença judicial reconheceu a obrigação de André em pagar pensão 
alimentícia tão somente Antônia, em que pese ela ocupasse o cargo de juíza federal na cidade de São 
Paulo. André vem a óbito e os familiares de André lhe procuram para informar sobre quem terá direito 
a pensão por morte. Neste contexto, terão direito a pensão por morte de André: 
 
A) somente o irmão com deficiência mental que dependia economicamente de André. 
B) o irmão de André, Antônia e sua filha. 
C) o irmão de André e Antônia. 
D) somente Antônia. 
 
 
3. Benefícios em Espécie 
 
3.1. Auxílio por Incapacidade Temporária 
O auxílio por incapacidade temporária, antigo auxílio-doença, é o benefício previdenciário 
pago ao segurado que fique incapacitado para seu trabalho ou atividade habitual por mais de 15 
(quinze) dias, conforme disposto no caput do artigo 71 do Decreto 3048/99: 
 
Salário de Benefício 100% do Período Contributivo
Revisão Turbo | 38º Exame de Ordem 
Direito Previdenciário 
 
 
14 
Art. 71. O auxílio por incapacidade temporária será devido ao segurado que, uma vez 
cumprido, quando for o caso, o período de carência exigido, ficar incapacitado para o seu 
trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de quinze dias consecutivos, conforme 
definido em avaliação médico-pericial. 
 
Quem definirá qual o prazo da incapacidade será a avaliação médico-pericial. Mesmo que 
porventura o atestado médico do segurado indique um prazo superior ao estipulado pela perícia 
médica realizada no INSS, prevalecerá o prazo estipulado pela perícia médica do INSS. 
O caput artigo menciona o cumprimento, quando for o caso do cumprimento de carência. 
Carência é o número mínimo de contribuições que o segurado precisa ter direito ao benefício. 
Neste sentido dispõe o artigo 26 do Decreto 3048/99: 
 
Art. 26. Período de carência é o tempo correspondente ao número mínimo de 
contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, 
consideradas as competências cujo salário de contribuição seja igual ou superior ao seu 
limite mínimo mensal. 
 
Como regra geral, o auxílio por incapacidade temporária exige o cumprimento de 12 
contribuições mensais, conforme artigo 29, inciso I, do Decreto 3048/99: 
 
Art. 29. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social, 
ressalvado o disposto no art. 30, depende dos seguintes períodos de carência: 
I - doze contribuições mensais, nos casos de auxílio por incapacidade temporária e 
aposentadoria por incapacidade permanente; e 
 
Entretanto, o legislador entendeu que em alguns casos o período de carência fica 
dispensado, conforme artigo 30, inciso III, do Decreto 3048/99: 
 
Art. 30. Independe de carência a concessão das seguintes prestações: 
III - auxílio por incapacidade temporária e aposentadoria por incapacidade permanente 
nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do 
trabalho e nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, seja acometido de alguma 
das doenças ou afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e 
da Economia, atualizada a cada três anos, de acordo com os critérios de estigma, 
deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e 
gravidade que mereçam tratamento particularizado; 
 
A partir do disposto no inciso III percebe-se que a incapacidade decorrente de acidente 
de qualquer natureza, decorrente de doença profissional ou doença do trabalho, ou ainda, de 
lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Economia, dispensam o cumprimento das 12 
contribuições mensais. 
Revisão Turbo | 38º Exame de Ordem 
Direito Previdenciário 
 
 
15 
Como até o momento não foi elaborada a lista das doenças pelos Ministérios da Saúde e 
da Economia, as doenças que dispensam carência foram elencadas no § 2º do artigo 30 do 
Decreto 3048/99: 
 
§ 2º Até que seja elaborada a lista de doenças ou afecções a que se refere o inciso III 
do caput, independerá de carência a concessão de auxílio por incapacidade temporária e 
de aposentadoria por incapacidade permanente ao segurado que, após filiar-se ao RGPS, 
seja acometido por alguma das seguintes doenças: 
I - tuberculose ativa; 
II - hanseníase; 
III - alienação mental; 
IV - esclerose múltipla; 
V - hepatopatia grave; 
VI - neoplasia maligna; 
VII - cegueira; 
VIII - paralisia irreversível e incapacitante; 
IX - cardiopatia grave; 
X - doença de Parkinson; 
XI - espondiloartrose anquilosante; 
XII - nefropatia grave; 
XIII - estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante); 
XIV - síndrome da imunodeficiência adquirida (aids); ou 
XV - contaminação por radiação, com base em conclusão da medicina especializada. 
 
O § 1º do artigo 71 possui uma informação bem importante nos benefícios por 
incapacidade temporária: doença pré-existente a filiação do segurado no Regime Geral de 
Previdência Social não tem cobertura, salvo se a incapacidade decorrer de progressão ou o 
agravamento da doença. Neste sentido: 
 
Art. 71. (...) 
§ 1º Não será devido auxílio por incapacidade temporária ao segurado que se filiar ao 
RGPS já portador de doença ou lesão invocada como causa para a concessão do 
benefício, exceto quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou 
agravamento dessa doença ou lesão. 
 
O auxílio por incapacidade temporária durará o tempo entendido pela perícia médica para 
recuperação dacapacidade laborativa. Caso não ocorra a recuperação da capacidade laborativa, 
durará até a conversão em aposentadoria por incapacidade permanente, ou, se ocorrer a 
recuperação para a atividade laborativa, mas sobrevenha perda ou redução da capacidade para 
o trabalho em razão de acidente do trabalho ou acidente de qualquer natureza, o auxílio por 
incapacidade temporária durará até a conversão em auxílio acidente, conforme disposto no art. 
78 do Decreto 3048/99: 
 
Art. 78. O auxílio por incapacidade temporária cessa pela recuperação da capacidade 
para o trabalho, pela concessão de aposentadoria por incapacidade permanente ou, na 
hipótese de o evento causador da redução da capacidade laborativa ser o mesmo que 
Revisão Turbo | 38º Exame de Ordem 
Direito Previdenciário 
 
 
16 
gerou o auxílio por incapacidade temporária, pela concessão do auxílio acidente. 
 
O benefício por incapacidade temporária terá uma renda mensal inicial de 91% do salário 
de benefício (que é o resultado da média aritmética de todo o período contributivo do segurado). 
 
*Para todos verem: esquema. 
 
Observação: Nos termos do artigo 75 do Decreto 3048/99: “Durante os primeiros quinze 
dias consecutivos de afastamento da atividade por motivo de incapacidade temporária, compete 
à empresa pagar o salário ao segurado empregado.” ESTA REGRA SE APLICA SOMENTE AO 
SEGURADO EMPREGADO. 
 
3.2. Aposentadoria por Incapacidade Permanente 
A aposentadoria por incapacidade permanente, antiga aposentadoria por invalidez, possui 
muitas semelhanças com o auxílio por incapacidade temporária, visto no tópico anterior. Sua 
concessão está condicionada a incapacidade para o trabalho/atividade habitual, e, 
impossibilidade de reabilitação para outra atividade que possa lhe garantir a subsistência. Está 
prevista no artigo 43 do Decreto 3048/99: 
 
Art. 43. A aposentadoria por incapacidade permanente, uma vez cumprido o período de 
carência exigido, quando for o caso, será devida ao segurado que, em gozo ou não de 
auxílio por incapacidade temporária, for considerado incapaz para o trabalho e insuscetível 
de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, que lhe será 
paga enquanto permanecer nessa condição. 
 
Em relação a carência e doença-pré-existente, a aposentadoria por incapacidade 
permanente segue as mesmas regras anteriormente vistas no auxílio por incapacidade 
temporária. 
Uma informação relevante está no começo do § 1º do artigo 44 do Decreto 3048/99, ao 
afirmar que a aposentadoria por incapacidade permanente dependerá da conclusão, por parte 
da perícia médica, de “existência de incapacidade total e definitiva para o trabalho”. 
Caso o aposentado por incapacidade permanente necessite de auxílio constante de 
terceira pessoa, o benefício terá um acréscimo de 25% (vinte e cinco por cento), podendo 
Auxílio por Incapacidade Temporária 91% do Salário de Benefício
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Direito Previdenciário 
 
 
17 
inclusive, somado o valor da aposentadoria e do acréscimo, superar o teto de benefícios do 
Regime Geral de Previdência Social. Neste sentido: 
 
Art. 45. O valor da aposentadoria por incapacidade permanente do segurado que 
necessitar da assistência permanente de outra pessoa será acrescido de vinte e cinco por 
cento, observada a relação constante do Anexo I, e: 
I - devido ainda que o valor da aposentadoria atinja o limite máximo legal; e 
II - recalculado quando o benefício que lhe deu origem for reajustado. 
 
Em relação a renda mensal inicial da aposentadoria por incapacidade permanente, ela 
possui uma regra geral, e, uma exceção, ambas previstas no artigo 44 do Decreto 3048/99: 
 
Art. 44. A aposentadoria por incapacidade permanente será devida a partir do dia 
imediato ao da cessação do auxílio por incapacidade temporária, ressalvado o disposto 
no § 1º, e consistirá em renda mensal decorrente da aplicação dos seguintes percentuais 
incidentes sobre o salário de benefício, definido na forma do disposto no art. 32: 
I - sessenta por cento, com acréscimo de dois pontos percentuais para cada ano de 
contribuição que exceder o tempo de vinte anos de contribuição, para os homens, ou 
quinze anos de contribuição, para as mulheres; ou 
II - cem por cento, quando a aposentadoria decorrer de: 
a) acidente de trabalho; 
b) doença profissional; ou 
c) doença do trabalho. 
 
A regra do inciso I estabelece que a aposentadoria por incapacidade permanente terá uma 
renda mensal que terá um valor base de 60% do salário de benefício. O aumento deste 
percentual dependerá para os homens, que tenham mais que vinte anos de tempo de 
contribuição, e, para as mulheres, que tenham mais de quinze anos de tempo de contribuição. 
Caso o homem não tenha atingido os 20 anos de tempo de contribuição ou a mulher não tenha 
atingido os 15 anos de tempo de contribuição, receberão tão somente 60% do salário de 
benefício. 
Tomemos como exemplo um homem que é aposentado por incapacidade permanente 
com 25 de tempo de contribuição. A legislação estabelece um acréscimo de 2% (dois por cento) 
a cada ano que ultrapasse os 20 anos de tempo de contribuição para os homens. Neste caso, o 
homem receberá 60% do salário de benefício, acrescido de mais 10%, que é o resultado dos 5 
anos que passam dos 20 anos de tempo de contribuição, multiplicados por 2%. Logo, a renda 
mensal inicial, neste caso, será de 70% do salário de benefício. 
 
Veja o esquema na página a seguir... 
 
 
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Direito Previdenciário 
 
 
18 
*Para todos verem: esquema. 
 
 
 
 
Entretanto, o inciso II cria uma exceção, não fazendo distinção entre homens e mulheres. 
Todavia, determina que a aposentadoria por incapacidade permanente seja precedida de 
acidente do trabalho, doença profissional ou doença do trabalho. Quando se tratar de 
aposentadoria por incapacidade permanente com alguma destas três causas, o salário de 
benefício será de 100% do salário de benefício. 
 *Para todos verem: esquema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.3. Auxílio-Acidente 
O auxílio-acidente é o único benefício previdenciário que possui natureza 
indenizatória. Será pago após o retorno ao trabalho para o segurado que tiver a consolidação 
de lesão que resulte em perda ou redução da capacidade para a atividade habitual. Esta perda 
ou redução da capacidade para a atividade habitual poderá ter como origem um acidente do 
trabalho ou um acidente de qualquer natureza. Está previsto no artigo 104 do Decreto 3048/99: 
 
Art. 104. O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado empregado, 
inclusive o doméstico, ao trabalhador avulso e ao segurado especial quando, após a 
consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultar sequela 
definitiva que, a exemplo das situações discriminadas no Anexo III, implique redução da 
capacidade para o trabalho que habitualmente exercia. 
 
Aposentadoria por 
Incapacidade 
Permanente 
100% de Salário 
de Benefício 
Acidente do 
Trabalho 
Doença 
Profissional 
Doença do 
Trabalho
Homem
25 anos TC
2% x 5 anos
=
10%
60% (20 anos) + 10%
=
70% Salário de 
Benefício
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Direito Previdenciário 
 
 
19 
Perceba que o artigo 104 não aborda, como no auxílio por incapacidade temporária e na 
aposentadoria por invalidez, a questão da carência. Isto porque, nos termos do artigo 30, inciso 
I, do Decreto 3048/99, o auxílio acidente independe de carência. Neste sentido: 
 
Art. 30. Independe de carência a concessão das seguintes prestações: 
I - pensão por morte, salário-família e auxílio-acidente de qualquer natureza, observado, 
quanto à pensão por morte, o disposto no inciso V do caput e nos § 3º e § 4º do art. 
114; 
 
Uma observação fundamental de ser feita é que o auxílio-acidente não é pago a todos 
os segurados. Conforme princípio da seletividade e distributividadeanteriormente visto neste 
material, o legislador entendeu que este benefício é concedido tão somente aos segurados 
empregado, empregado doméstico, trabalhador avulso, e, segurado especial. O contribuinte 
individual e o segurado facultativo foram excluídos dos beneficiários. 
 Para todos verem: esquema. 
 
Atenção: o segurado contribuinte individual e o segurado facultativo não têm direito ao 
auxílio- acidente. 
Além disso, a concessão do auxílio-acidente depende da consolidação das lesões que 
impliquem perda ou redução da capacidade laborativa. Se a consolidação da lesão não implicar 
perda ou redução da capacidade laborativa não será devido o auxílio acidente, conforme art. 
104, § 4º, inciso I, do Decreto 3048/99. 
Quanto à renda mensal inicial, ela será de 50% do salário de benefício que deu origem ao 
auxílio-doença do segurado. Neste sentido: 
 
Art. 104. (...) 
§ 1º O auxílio-acidente mensal corresponderá a cinquenta por cento do salário-de-
Auxílio- Acidente
Empregado
Empregado 
Doméstico
Trabalhador 
Avulso
Segurado 
Especial
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Direito Previdenciário 
 
 
20 
benefício que deu origem ao auxílio-doença do segurado, corrigido até o mês anterior ao 
do início do auxílio-acidente e será devido até a véspera de início de qualquer 
aposentadoria ou até a data do óbito do segurado. 
*Para todos verem: esquema. 
 
 
 
3.4. Aposentadoria por Idade do Trabalhador Rural 
A aposentadoria por idade do trabalhador rural está prevista no artigo 56 do Decreto 
3048/99, exigindo cumprimento de carência e idade mínima de 55 anos para as mulheres, e, 60 
anos para os homens. Neste sentido: 
 
Art. 56. A aposentadoria por idade do trabalhador rural, uma vez cumprido o período de 
carência exigido, será devida aos segurados a que se referem a alínea “a” do inciso I, a 
alínea “j” do inciso V e os incisos VI e VII do caput do art. 9º e aos segurados garimpeiros 
que trabalhem, comprovadamente, em regime de economia familiar, conforme definido no 
§ 5º do art. 9º, quando completarem cinquenta e cinco anos de idade, se mulher, e 
sessenta anos de idade, se homem. 
 
No que diz respeito a carência, o artigo 29, inciso II do Decreto 3048/99 estabelece a 
carência da aposentadoria por idade do trabalhador rural em 180 contribuições mensais: 
 
Art. 29. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social, 
ressalvado o disposto no art. 30, depende dos seguintes períodos de carência: 
(...) 
II - cento e oitenta contribuições mensais, nos casos de aposentadoria programada, por 
idade do trabalhador rural e especial; 
 
O § 1º do artigo 56 do Decreto 3048/99 determina ainda que para ter direito à 
aposentadoria por idade, o trabalhador rural precisa comprovar estar na atividade no período 
imediatamente anterior ao requerimento do benefício. Neste sentido: 
 
Art. 56. (...) 
§ 1º Para fins do disposto no caput, o segurado a que se refere o inciso VII do caput do 
art. 9º comprovará o efetivo exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua, 
no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício ou, conforme o caso, ao 
mês em que tiver cumprido o requisito etário, por tempo igual ao número de meses de 
contribuição correspondente à carência do benefício pretendido, computados os períodos 
pelos quais o segurado especial tenha recebido os rendimentos a que se referem os 
incisos III ao VIII do § 8º do art. 9º. 
 
Em relação ao valor da renda mensal inicial, o segurado especial receberá um salário-
mínimo, afinal, sua contribuição é a mais baixa dentre todos os segurados. Neste sentido: 
Auxílio-Acidente
Carater 
Indenizatório 
50% do Salário de 
Benefício
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Direito Previdenciário 
 
 
21 
Art. 56. (...) 
§ 3º O valor da renda mensal do benefício de que trata este artigo para os trabalhadores 
rurais a que se refere o inciso VII do caput do art. 9º será de um salário-mínimo. 
 
Os demais segurados que tem direito a aposentadoria por idade do trabalhador rural 
receberão uma renda mensal de 70% do salário de benefício, com acréscimo de 1% (um por 
cento) para cada ano de contribuição. Neste sentido: 
 
Art. 56. (...) 
§ 2º O valor da renda mensal da aposentadoria de que trata este artigo para os 
trabalhadores rurais a que se referem a alínea “a” do inciso I, a alínea “j” do inciso V e o 
inciso VI do caput do art. 9º, para o garimpeiro e para o segurado especial que contribua 
facultativamente corresponderá a setenta por cento do salário de benefício definido na 
forma prevista no art. 32, com acréscimo de um ponto percentual para cada ano de 
contribuição. 
 
Há ainda que se falar na possibilidade de aposentadoria por idade do trabalhador rural na 
modalidade hibrida. Embora a legislação não traga esta expressão, é a modalidade na qual o 
trabalhador utiliza tempo rural e tempo urbano para se aposentar. Entretanto, como nem todo o 
período é rural, a legislação muda o critério de idade para conseguir o benefício. Neste sentido: 
 
Art. 57. Os trabalhadores rurais que não atendam ao disposto no art. 56 mas que 
satisfaçam essa condição, se considerados períodos de contribuição sob outras categorias 
de segurado, farão jus ao benefício ao atenderem os requisitos definidos nos incisos I e 
II do caput do art. 51. 
 
Os incisos I e II do artigo 51 do Decreto 3048/99 estabelecem o tempo mínimo de 
contribuição de 20 anos para os homens e de 15 anos para as mulheres, e, as idades mínimas 
de 65 anos para os homens, e, 62 anos para as mulheres. 
Na modalidade híbrida, a renda mensal também é diferente. Será pago 60% do salário de 
benefício, acrescido de dois pontos percentuais para cada ano que ultrapassar os quinze anos 
de tempo de contribuição para as mulheres e os 20 anos de tempo de contribuição para os 
homens. 
Por fim, nos termos do § 2º do artigo 57 do Decreto 3048/99, não se exige que ao momento 
da aposentadoria “o segurado não se enquadre como trabalhador rural.”. 
 
3.5. Aposentadoria Programada 
A aposentadoria programada foi uma das grandes mudanças trazidas pela Emenda 
Constitucional 103/19. Veio para substituir as aposentadorias por idade, e, aposentadoria por 
tempo de contribuição. Neste contexto, a legislação passa a exigir que o segurado cumpra de 
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Direito Previdenciário 
 
 
22 
forma cumulativa os requisitos etário e de tempo de contribuição mínimo para aposentadoria. 
Sua previsão está no artigo 51 do Decreto 3048/99: 
 
Art. 51. A aposentadoria programada, uma vez cumprido o período de carência exigido, 
será devida ao segurado que cumprir, cumulativamente, os seguintes requisitos: 
I - sessenta e dois anos de idade, se mulher, e sessenta e cinco anos de idade, se homem; 
e 
II - quinze anos de tempo de contribuição, se mulher, e vinte anos de tempo de 
contribuição, se homem. 
 
Quanto ao requisito carência, o artigo 29, inciso II estabelece a exigência de 180 
contribuições mensais: 
 
Art. 29. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social, 
ressalvado o disposto no art. 30, depende dos seguintes períodos de carência: 
(...) 
II - cento e oitenta contribuições mensais, nos casos de aposentadoria programada, por 
idade do trabalhador rural e especial; 
 
Exige-se ainda a idade mínima de 62 anos, cumulado com 15 anos de tempo mínimo de 
contribuição para as mulheres, e, 65 anos, cumulado com 20 anos de tempo mínimo de 
contribuição para os homens. 
*Para todos verem: esquema. 
 
 
3.6. Aposentadoria Especial 
A aposentadoria especial, é importante que se diga desde já, não é a aposentadoria do 
segurado especial. É a aposentadoria devida ao trabalhador exposto a agente físico, químico, 
biológico, ou ainda,associação destes agentes, que colocam em risco a saúde e a integridade 
física do trabalhador. 
Aposentadoria 
Programada
Homem
65 anos
Idade
20 anos 
Tempo de Contribuição
Mulher
62 anos
Idade
15 anos
Tempo de Contribuição
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Direito Previdenciário 
 
 
23 
Também não é devida a todo trabalhador que recebe insalubridade ou periculosidade, 
pois, para ter direito à aposentadoria especial é necessário que o trabalhador seja exposto de 
forma permanente ao agente prejudicial, que precisará ser comprovado mediante um 
documento específico, o PPP (perfil profissiográfico previdenciário). 
Após a Emenda 103/19, é necessário tempo mínimo de atividade especial, bem como 
idade mínima para acesso ao benefício. 
*Para todos verem: esquema. 
 
3.7. Aposentadoria da Pessoa com Deficiência 
A aposentadoria da pessoa com deficiência pode ser de duas formas: por idade ou por 
tempo de contribuição. 
A aposentadoria por idade da pessoa com deficiência está prevista no artigo 70-C do 
Decreto 3048/99: 
 
Art. 70-C. A aposentadoria por idade da pessoa com deficiência, cumprida a carência, é 
devida ao segurado aos sessenta anos de idade, se homem, e cinquenta e cinco anos de 
idade, se mulher. 
 
Em relação a carência, na aposentadoria por idade da pessoa com deficiência a legislação 
exige que a carência seja cumprida na condição de pessoa com deficiência, conforme se 
verifica no § 1º do artigo 70-C do Decreto 3048/99: 
 
Art. 70-C. (...) 
§ 1o Para efeitos de concessão da aposentadoria de que trata o caput, o segurado deve 
contar com no mínimo quinze anos de tempo de contribuição, cumpridos na condição de 
pessoa com deficiência, independentemente do grau, observado o disposto no art. 70-D. 
 
A condição de pessoa com deficiência será avaliada por meio de avaliação 
biopsicossocial, a qual, nos termos do caput do artigo 70-A do Decreto 3048/99 será “realizada 
por equipe multiprofissional e interdisciplinar”, que indicará “grau de deficiência leve, moderada 
ou grave”. 
Aposentadoria Especial
Exposição 15 anos 55 anos de idade
Exposição 20 anos 58 anos de idade
Exposição 25 anos 60 anos de idade
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24 
Aposentadoria por 
Tempo de 
Contribuição da 
Pessoa com 
Deficiência
Leve
Homem
33 anos 
Tempo de Contribuição
Mulher
28 anos
Tempo de Contribuição
Moderada
Homem
29 anos 
Tempo de Contribuição
Mulher
24 anos 
Tempo de Contribuição
Grave
Homem
25 anos 
Tempo de Contribuição
Mulher
20 anos 
Tempo de Contribuição
*Para todos verem: esquema. 
 
Por seu turno, a aposentadoria por tempo de contribuição da pessoa com deficiência terá 
como principal condicionante o grau da deficiência, apurado na perícia biopsicossocial, conforme 
artigo 70-B do Decreto 3048/99: 
 
Art. 70-B. A aposentadoria por tempo de contribuição do segurado com deficiência, 
cumprida a carência, é devida ao segurado empregado, inclusive o doméstico, trabalhador 
avulso, contribuinte individual e facultativo, observado o disposto no art. 199-A e os 
seguintes requisitos: 
I - aos vinte e cinco anos de tempo de contribuição na condição de pessoa com deficiência, 
se homem, e vinte anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência grave; 
II - aos vinte e nove anos de tempo de contribuição na condição de pessoa com deficiência, 
se homem, e vinte e quatro anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência 
moderada; e 
III - aos trinta e três anos de tempo de contribuição na condição de pessoa com deficiência, 
se homem, e vinte e oito anos, se mulher, no caso de segurado com deficiência leve. 
 
 
*Para todos verem: esquema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aposentadoria por Idade 
da Pessoa com Deficiência
Homem 60 anos de idade
Mulher 55 anos de idade
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25 
3.8. Pensão por Morte 
A pensão por morte é um benefício pago aos dependentes do segurado, aposentado ou 
não, em caso de óbito ou de morte presumida. Nos termos do artigo 30, inciso I, a pensão por 
morte independe de carência: 
 
Art. 30. Independe de carência a concessão das seguintes prestações: 
I - pensão por morte, salário-família e auxílio-acidente de qualquer natureza, observado, 
quanto à pensão por morte, o disposto no inciso V do caput e nos § 3º e § 4º do art. 
114; 
 
O benefício será dividido em partes iguais entre todos os dependentes da mesma classe, 
conforme determinação do artigo 113 do Decreto 3048/99, no sentido de que “A pensão por 
morte, havendo mais de um pensionista, será rateada entre todos, em partes iguais.” 
Em alguns casos, os dependentes podem perder o direito a pensão por morte, a saber: 
 
Art. 105. (...) 
§ 4º Perde o direito à pensão por morte o condenado criminalmente por sentença 
transitada em julgado, como autor, coautor ou partícipe de homicídio doloso, ou de 
tentativa desse crime, cometido contra a pessoa do segurado, ressalvados os 
absolutamente incapazes e os inimputáveis. 
§ 5º Perde o direito à pensão por morte o cônjuge ou o companheiro ou a companheira se 
comprovada, a qualquer tempo, simulação ou fraude no casamento ou na união estável, 
ou a formalização desses com o fim exclusivo de constituir benefício previdenciário, 
apurada em processo judicial, assegurados os direitos ao contraditório e à ampla defesa. 
 
Uma inovação trazida pela Emenda Constitucional 103/19 foi a de que, cessada a cota de 
um dependente, ela não é repassada aos demais, como acontecia anteriormente. Por exemplo, 
são 3 dependentes e o benefício é de R$ 3.000,00 (três mil reais). Neste caso, cada dependente 
terá uma cota de R$ 1.000,00 (mil reais). Quando um dos dependentes completar 21 anos, 
perderá a condição de dependente, e, com a perda da condição de dependente, a cota que tinha 
direito não é repassada aos demais. Assim, ao invés dos outros dois dependentes passarem a 
receber R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais cada), continuarão recebendo a cota de R$ 1.000,00 
(mil reais) cada. Isto é o que se extrai da primeira parte do § 3º do artigo 113 do Decreto 3048/99: 
“As cotas por dependente cessarão com a perda dessa qualidade e não serão reversíveis aos 
demais dependentes”. 
Merece destaque o fato de que para o cônjuge, companheiro(a), a pensão por morte será 
vitalícia somente se o viúvo(a) tiver quarenta e quatro anos ou mais. Até completar esta idade, a 
pensão por morte durará por um tempo proporcional a data do viúvo(a) na data do óbito. Neste 
sentido: 
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26 
Art. 114. O pagamento da cota individual da pensão por morte cessa: 
(...) 
V - para o cônjuge ou o companheiro ou a companheira: 
a) se inválido ou com deficiência, pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da 
deficiência, respeitados os períodos mínimos decorrentes da aplicação do disposto nas 
alíneas “b” e “c”; 
b) em quatro meses, se o óbito ocorrer sem que o segurado tenha vertido dezoito 
contribuições mensais ou se o casamento ou a união estável tiver sido iniciado a menos 
de dois anos antes do óbito do segurado; ou 
c) transcorridos os seguintes períodos, estabelecidos de acordo com a idade do 
beneficiário na data de óbito do segurado, se o óbito ocorrer depois de vertidas dezoito 
contribuições mensais e de, no mínimo, dois anos de casamento ou união 
estável: 
1. três anos, com menos de vinte e um anos de idade; 
2. seis anos, entre vinte e um e vinte e seis anos de idade; 
3. dez anos, entre vinte e sete e vinte e nove anos de idade; 
4. quinze anos, entre trinta e quarenta anos de idade; 
5. vinte anos, entre quarenta e um e quarenta e três anos de idade; ou 
6. vitalícia, com quarenta e quatro ou mais anos de idade; 
 
 
*Para todos verem: esquemas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.9. Auxílio-ReclusãoO auxílio-reclusão é outro benefício pago aos dependentes do segurado, que precisará se 
enquadrar no conceito de baixa renda, e, que esteja recolhido à prisão em regime fechado. Ao 
contrário da pensão por morte, o auxílio-reclusão depende de um número mínimo de 
contribuições do segurado para que os dependentes possam ter direito. Neste sentido: 
 
Art. 29. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social, 
ressalvado o disposto no art. 30, depende dos seguintes períodos de carência: 
IV - vinte e quatro contribuições mensais, no caso de auxílio-reclusão. 
Pensão por Morte 100% 
Dependente Inválido
Dependente com Deficiência Intelectual
Dependente com Deficiência Mental
Dependente com Deficiência Grave
Pensão por Morte Cota Familiar 50%
+ Cotas de 10% por 
Dependente
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27 
Logo, para que os dependentes do segurado tenham direito ao auxílio reclusão, é 
necessário que ele tenha cumprido a carência de 24 contribuições mensais. Para além da 
carência, os demais requisitos são dispostos no artigo 116 do Decreto 3048/99: 
 
Art. 116. O auxílio-reclusão, cumprida a carência prevista no inciso IV do caput do art. 
29, será devido, nas condições da pensão por morte, aos dependentes do segurado de 
baixa renda recolhido à prisão em regime fechado que não receber remuneração da 
empresa nem estiver em gozo de auxílio por incapacidade temporária, de pensão por 
morte, de salário-maternidade, de aposentadoria ou de abono de permanência em 
serviço. 
 
Quanto ao enquadramento como segurado de baixa renda, o limite máximo do salário de 
contribuição é fixado pela mesma portaria que é editada todos os inícios de ano pelo Ministério 
do Trabalho e Previdência que estabelece os valores mínimo e máximo de contribuição do 
Regime Geral de Previdência Social. 
Para o ano de 2023, por exemplo, a renda precisa ser igual ou inferior a R$ 1.754,19 (mil 
setecentos e cinquenta e quatro reais e dezenove centavos). Entretanto, para a prova basta 
que você saiba que o auxílio reclusão é pago aos dependentes do segurado de baixa 
renda. 
Outro requisito é que o segurado esteja recolhido à prisão em regime fechado, de modo 
que o § 2º do artigo 116 determina que “O requerimento do auxílio-reclusão será instruído com 
certidão judicial que ateste o recolhimento efetivo à prisão e será obrigatória a apresentação de 
prova de permanência na condição de presidiário para a manutenção do benefício.” No mesmo 
sentido, o § 1º do artigo 117 estabelece que “Até que o acesso à base de dados a que se refere 
o § 2º-B do art. 116 seja disponibilizado pelo Conselho Nacional de Justiça, o beneficiário 
apresentará trimestralmente atestado de que o segurado continua em regime fechado, que 
deverá ser firmado pela autoridade competente”. 
Em caso de fuga, o auxílio-reclusão será suspenso, conforme previsão do § 2º do artigo 
117 do Decreto 3048/99: “No caso de fuga, o benefício será suspenso e, se houver recaptura do 
segurado, será restabelecido a contar da data em que esta ocorrer, desde que esteja ainda 
mantida a qualidade de segurado.” 
A renda mensal inicial será calculada da mesma forma que a pensão por morte, seja na 
possibilidade de pagamento da cota familiar de 50% do salário de benefício, acrescido de cotas 
de 10% por cento por dependente, ou ainda, de 100% do salário de benefício em caso de 
dependente na condição de dependente inválido, com deficiência intelectual, mental ou grave. 
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28 
Entretanto, o auxílio reclusão não poderá exceder o valor de um salário-mínimo mensal. 
Neste sentido: 
 
Art. 117. O valor do auxílio-reclusão será apurado na forma estabelecida para o cálculo 
da pensão por morte, não poderá exceder o valor de um salário-mínimo e será mantido 
enquanto o segurado permanecer em regime fechado. 
 
 
*Para todos verem: esquema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.10. Salário-Família 
O salário-família é outro benefício pago aos segurados que se enquadrarem no conceito 
de baixa renda. Entretanto, não é devido a todos os segurados, conforme dispõe o artigo 81 do 
Decreto 3048/99. É devido ao segurado empregado, empregado doméstico e ao trabalhador 
avulso. São excluídos o segurado especial, o contribuinte individual e o segurado facultativo. 
Neste sentido: 
 
Art. 81. O salário-família é devido, mensalmente, ao segurado empregado, inclusive o 
doméstico, e ao trabalhador avulso com salário de contribuição inferior ou igual a R$ 
1.425,56 (mil quatrocentos e vinte e cinco reais e cinquenta e seis centavos), na proporção 
do respectivo número de filhos ou de enteados e de menores tutelados, desde que 
comprovada a dependência econômica dos dois últimos nos termos do disposto no art. 
16, observado o disposto no art. 83. 
 
Como referido no parágrafo anterior, o salário-família é devido ao segurado considerado 
como baixa renda, com valor atualizado anualmente. O valor do salário família é fixo, pago 
Auxílio-Reclusão
Segurado baixa renda
Recluso em regime fechado
Carência de 24 contribuições 
mensais
Pago aos dependentes
Valor máximo de um salário-
mínimo
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Direito Previdenciário 
 
 
29 
conforme o número de filhos ou de enteados e menores tutelados. No caso dos dois últimos, é 
necessário comprovar a dependência econômica em relação ao segurado de baixa renda. 
 
 
*Para todos verem: esquema. 
 
3.11. Salário-Maternidade 
O salário-maternidade é o benefício pago em razão do nascimento, adoção ou guarda 
judicial de criança com até 12 anos de idade, com duração, como regra geral, de 120 dias, 
conforme disposto no artigo 93 do Decreto 3048/99: 
 
Art. 93. O salário-maternidade é devido à segurada da previdência social, durante cento 
e vinte dias, com início vinte e oito dias antes e término noventa e um dias depois do parto, 
podendo ser prorrogado na forma prevista no § 3o. 
 
Excepcionalmente, poderá ser prorrogado em até 28 dias, sendo 14 dias antes, e, 14 dias 
depois do parto, conforme atestado médico que será submetido a avaliação médico pericial a 
cargo do INSS, conforme previsão do § 3º do artigo 93 do Decreto 3048/99. 
Para as seguradas empregada, empregada doméstica e trabalhadora avulsa, não há 
exigência do cumprimento de carência. Neste sentido: 
 
Art. 30. Independe de carência a concessão das seguintes prestações: 
(...) 
II – salário-maternidade, para as seguradas empregada, empregada doméstica e 
trabalhadora avulsa; 
 
Entretanto, para as seguradas especial, contribuinte individual e facultativa a legislação 
prevê a exigência de 10 contribuições mensais para acesso ao benefício. Neste sentido: 
 
Salário-Família
Segurado baixa renda
Filho até 14 anos ou inválido
Enteado ou menor tutelado até 14 anos 
comprovada dependencia economica
Cota fixa
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30 
Art. 29. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social, 
ressalvado o disposto no art. 30, depende dos seguintes períodos de carência: 
III – dez contribuições mensais, no caso de salário-maternidade, para as seguradas 
contribuinte individual, especial e facultativa, respeitado o disposto no § 2º do art. 93 e no 
inciso II do art. 101. 
 
A renda mensal inicial terá uma forma de cálculo conforme a qualidade de segurado. Em 
relação a segurada empregada, o salário maternidade pode ser superior ao teto do valor 
dos benefícios previdenciários, quando sua remuneração mensal for superior ao teto do INSS. 
Neste sentido: 
 
Art. 94. O salário-maternidade para a segurada empregada consiste numa renda mensal 
igual à sua remuneração integral e será pago pela empresa, efetivando-se a 
compensação, observado o disposto no art. 248 da Constituição, quando do recolhimento 
das contribuições incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos pagosou 
creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, devendo aplicar-se à 
renda mensal do benefício o disposto no art. 198. 
 
A trabalhadora avulsa tem o benefício calculado conforme previsto no artigo 100 do 
Decreto 3048/99: 
 
Art. 100. O salário-maternidade da segurada trabalhadora avulsa, pago diretamente pela 
previdência social, consiste em renda mensal igual à sua remuneração integral, observado 
o disposto no art. 19-E, hipótese em que se aplica à renda mensal do benefício o disposto 
no art. 198. 
 
Por seu turno, os valores do salário-maternidade das empregadas doméstica, contribuinte 
individual, segurada facultativa e segurada especial estão previstos no artigo 101 do Decreto 
3048/99: 
Art. 101. O salário-maternidade, observado o disposto nos art. 35, art. 198, art. 199, art. 
199-A ou art. 200, pago diretamente pela previdência social, consistirá: 
I – no valor correspondente ao do último salário de contribuição, para a segurada 
empregada doméstica, observado o disposto no art. 19-E; 
II – em um salário-mínimo, para a segurada especial; 
III – em um doze avos da soma dos doze últimos salários de contribuição, observado o 
disposto no art. 19-E, apurados em período não superior a quinze meses, para as 
seguradas contribuinte individual e facultativa e para a desempregada que mantenha a 
qualidade de segurada na forma prevista no art. 13. 
 
Um caso como este pode aparecer em uma questão da prova, afinal, é bem comum que 
em casos de gravidez de risco permaneça afastada do trabalho até a data do parto, recebendo 
benefício por incapacidade, que será convertido em salário-maternidade posteriormente, afinal, 
são inacumuláveis. 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#art248
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31 
3.12. Reabilitação Profissional 
A reabilitação profissional, nos termos do artigo 136 do Decreto 3048/99 tem como função 
“proporcionar aos beneficiários, incapacitados parcial ou totalmente para o trabalho, em caráter 
obrigatório, independentemente de carência, e às pessoas portadoras de deficiência, os meios 
indicados para proporcionar o reingresso no mercado de trabalho e no contexto em que vivem.” 
É destinada, de forma obrigatória, ao trabalhador que se encontra incapacitado para a 
atividade habitual, de modo que, ao invés de passar a receber benefício por incapacidade 
permanente, possa, a depender do caso, aprender um novo ofício, retornando ao mercado de 
trabalho, e assim, tornando-se novamente segurado obrigatório do Regime Geral de Previdência 
Social. 
Para isto, a legislação prevê funções básicas no processo de reabilitação profissional, 
expressas no artigo 137 do Decreto 3048/99: 
 
Art. 137. O processo de habilitação e de reabilitação profissional do beneficiário será 
desenvolvido por meio das funções básicas de: 
I – avaliação do potencial laborativo; 
II – orientação e acompanhamento da programação profissional; 
III – articulação com a comunidade, inclusive mediante a celebração de convênio para 
reabilitação física restrita a segurados que cumpriram os pressupostos de elegibilidade ao 
programa de reabilitação profissional, com vistas ao reingresso no mercado de trabalho; 
e 
IV – acompanhamento e pesquisa da fixação no mercado de trabalho. 
 
Importante mencionar que a reabilitação profissional, embora seja obrigatória “Não 
constitui obrigação da previdência social a manutenção do segurado no mesmo emprego ou a 
sua colocação em outro para o qual foi reabilitado”. 
Por fim, o artigo 141 do Decreto 3048/99 faz a previsão de que empresas com mais 
de cem funcionários deve preencher um percentual de seus cargos com beneficiários 
reabilitados ou na condição de pessoas com deficiência. Neste sentido: 
 
Art. 141. A empresa com cem ou mais empregados está obrigada a preencher de dois por 
cento a cinco por cento de seus cargos com beneficiários reabilitados ou pessoas 
portadoras de deficiência, habilitadas, na seguinte proporção: 
I – até duzentos empregados, dois por cento; 
II – de duzentos e um a quinhentos empregados, três por cento; 
III – de quinhentos e um a mil empregados, quatro por cento; ou 
IV – mais de mil empregados, cinco por cento. 
 
Feitas estas observações, encerra-se o tópico dos benefícios previdenciários, sendo 
estudado, a seguir, o benefício de prestação continuada a da assistência social. 
 
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32 
 Resolva a questão a seguir: 
 
4) Questão Autoral – 2023 
Marlene foi recentemente aprovada no exame da OAB e foi contratada para trabalhar como advogada 
empregada no maior escritório de sua cidade. Sua primeira audiência, dez dias após ser contratada, 
seria em uma cidade com 120 km de distância do seu município. Preocupada com o horário da 
audiência fez uma ultrapassagem em local proibido, colidindo de frente com um caminhão. Precisou 
ficar hospitalizada por 60 dias e passou mais 90 dias em recuperação domiciliar. Neste caso concreto: 
 
A) Marlene não terá direito a benefício previdenciário por não ter cumprido o período de carência para 
receber benefício por incapacidade temporária. 
B) Marlene por ter realizado uma ultrapassagem em local proibido concorreu para o acidente, razão 
pela qual perderá o direito a proteção previdenciária. 
C) Marlene terá direito ao auxílio por incapacidade temporária no período em que esteve em 
recuperação, independentemente do cumprimento de carência. 
D) Marlene terá direito ao auxílio-acidente em razão do acidente de trânsito ocorrido durante o 
trabalho. 
 
 
 
 Resolva a questão a seguir: 
 
5) Questão Autoral – 2023 
Bernadete, com 50 anos de idade lhe procura para saber se tem direito a pensão por morte de seu ex-
esposo, falecido a aproximadamente 180 dias. Ela recebia pensão alimentícia e informa para você que 
depois do divórcio seu ex-esposo teve outro casamento e antes do óbito estava em uma união estável. 
Na data do óbito seu ex-esposo tinha dois filhos menores com a segunda esposa e um bebe recém 
nascido com sua companheira. Neste caso concreto: 
 
A) Bernadete terá direito a pensão por morte desde a data do óbito do seu ex-esposo. 
B) Bernadete não terá direito a pensão por morte de seu ex-esposo. 
C) Bernadete não terá direito ao rateio da pensão em parte igual a da companheira e dos filhos 
deixados pelo ex-esposo em outros relacionamentos. 
D) Bernadete terá direito a pensão por morte vitalícia. 
 
 
4. Assistência Social 
 
A assistência social, conforme disposto no artigo 203 da CF/1988 será prestada a quem 
dela necessitar, conquanto se enquadre na condição de pessoa com 65 anos ou mais, ou, 
pessoa com deficiência, sendo que, em ambos os casos, o postulante ao benefício deverá 
comprovar não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família. 
Em âmbito infraconstitucional, o benefício de prestação continuada é regulamentado pela 
Lei 8742/93, mais especificadamente no artigo 20, a saber: 
 
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33 
Art. 20. O benefício de prestação continuada é a garantia de um salário-mínimo mensal 
à pessoa com deficiência e ao idoso com 65 (sessenta e cinco) anos ou mais que 
comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem de tê-la provida por 
sua família. 
 
O conceito de pessoa com deficiência se extrai da leitura do artigo § 2º do artigo 20 da Lei 
8742/93: 
§ 2o Para efeito de concessão do benefício de prestação continuada, considera-se pessoa 
com deficiência aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, 
intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir 
sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais 
pessoas. 
 
O impedimento de longo prazo é fixado pelo § 10º do artigo 20 da Lei 8742/93:§ 10. Considera-se impedimento de longo prazo, para os fins do § 2o deste artigo, aquele 
que produza efeitos pelo prazo mínimo de 2 (dois) anos. 
 
A fixação deste lapso temporal mínimo permite afirmar que uma doença ou incapacidade 
pode ser considerada deficiência, desde que produza efeito pelo prazo mínimo de 2 (dois) anos. 
De todo modo, quando não produzir efeito pelo prazo mínimo de 2 (dois) anos, não se terá o 
reconhecimento da condição da pessoa com deficiência. 
Observação: caso o conceito de pessoa com deficiência seja cobrado na prova, o 
enunciado obrigatoriamente deverá trazer subsídios para isto. Não há como criar uma regra geral 
e abstrata. A condição de pessoa com deficiência será aferida no caso concreto. 
 
*Para todos verem: esquema. 
 
Além do benefício de prestação continuada, a Lei 8742/93 prevê a possibilidade do 
benefício denominado auxílio-inclusão, que é destinado à pessoa com deficiência moderada ou 
Assistência Social
Não contributivo
A quem dela 
necessitar
1 Salário Mínimo 
(BPC)
Idoso
 (65 anos ou mais)
Pessoa com 
Deficiência
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34 
grave que receba benefício de prestação continuada e passe a exercer atividade remunerada, 
com limites previstos no artigo 26-A da Lei 8742/93, a saber: 
Art. 26-A. Terá direito à concessão do auxílio-inclusão de que trata o art. 94 da Lei nº 
13.146, de 6 de julho de 2015 (Estatuto da Pessoa com Deficiência), a pessoa com 
deficiência moderada ou grave que, cumulativamente: 
I – receba o benefício de prestação continuada, de que trata o art. 20 desta Lei, e passe a 
exercer atividade: 
a) que tenha remuneração limitada a 2 (dois) salários-mínimos; e 
b) que enquadre o beneficiário como segurado obrigatório do Regime Geral de Previdência 
Social ou como filiado a regime próprio de previdência social da União, dos Estados, do 
Distrito Federal ou dos Municípios; 
II – tenha inscrição atualizada no CadÚnico no momento do requerimento do auxílio-
inclusão; 
III – tenha inscrição regular no CPF; e 
IV – atenda aos critérios de manutenção do benefício de prestação continuada, incluídos 
os critérios relativos à renda familiar mensal per capita exigida para o acesso ao benefício, 
observado o disposto no § 4º deste artigo. 
 
Art. 26-B. O auxílio-inclusão será devido a partir da data do requerimento, e o seu valor 
corresponderá a 50% (cinquenta por cento) do valor do benefício de prestação continuada 
em vigor. 
 
 
 
*Para todos verem: esquema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. Prescrição e Decadência 
 
Prescrição e decadência são temas que se aplicam aos mais variados ramos do direito. 
No direito previdenciário não seria diferente, razão pela qual o tema será visto, sob a ótica da 
disciplina, neste tópico específico. 
Auxílio Inclusão
Deficiência
Moderada
Grave
Recebendo BPC
Passar a exercer 
atividade 
remunerada
Limitada a 2 
salários-mínimos
Cadastro no 
CadÚnico
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art94
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm#art94
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A questão da decadência no direito previdenciário encontra-se regulamentada no artigo 
347 e 347-A do Decreto 3048/99, os quais determinam: 
 
Art. 347. É de dez anos o prazo de decadência de todo e qualquer direito ou ação do 
segurado ou beneficiário para a revisão dos atos de concessão, indeferimento, 
cancelamento ou cessação de benefício e dos atos de deferimento, indeferimento ou não 
concessão de revisão de benefício, contado: 
I - do primeiro dia do mês subsequente ao do recebimento da primeira prestação ou da 
data em que a prestação deveria ter sido paga com o valor revisto; ou 
II - do dia em que o segurado tiver ciência da decisão de indeferimento, cancelamento ou 
cessação do seu pedido de benefício ou da decisão de deferimento ou indeferimento de 
revisão de benefício no âmbito administrativo. 
 
Art. 347-A. O direito da Previdência Social de anular os atos administrativos de que 
decorram efeitos favoráveis para os seus beneficiários decai em dez anos, contados da 
data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. 
 
 
*Para todos verem: esquema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Decadência
Direito de revisar ato 
administrativo
10 anos
Prescrição
Efeito financeiro da revisão do 
ato administrativo
5 anos
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36 
Gabaritos das questões: 
 
1 – C 2 – B 3 – D 4 – C 5 – D

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