Buscar

mRobot555

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 219 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 219 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 219 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

www.trilhante.com.br
ATOS E 
PROCEDIMENTOS 
NO PROCESSO DO 
TRABALHO
ÍNDICE
1. PETIÇÃO INICIAL NO PROCESSO DO TRABALHO .............................................. 4
Fundamentos da Petição Inicial ...................................................................................................................................4
As Modificações Trazidas pela Reforma Trabalhista ..................................................................................... 5
2. AUDIÊNCIA TRABALHISTA ..........................................................................................7
Embasamento Geral ..............................................................................................................................................................7
Peculiaridades da Audiência Trabalhista ...............................................................................................................8
Ausência das Partes .............................................................................................................................................................9
Ritos e Procedimentos da Audiência ..................................................................................................................... 10
Das Audiências de Conciliação, Instrução e Julgamento .........................................................................12
Das Testemunhas ...................................................................................................................................................................13
3. RESPOSTA DO RÉU NO PROCESSO DO TRABALHO ........................................14
Embasamento Geral ............................................................................................................................................................14
A Resposta do Reclamado .............................................................................................................................................14
Das Exceções ...........................................................................................................................................................................15
A Contestação .........................................................................................................................................................................17
A Inépcia da Inicial ................................................................................................................................................................18
Litispendência ..........................................................................................................................................................................19
Revelia e Reconvenção ....................................................................................................................................................20
4. PROVAS NO PROCESSO DO TRABALHO ............................................................ 22
Embasamento Geral ...........................................................................................................................................................22
Princípios Regentes das Provas .................................................................................................................................22
Do Ônus da Prova ................................................................................................................................................................23
Fatos Desprovidos de Necessidade de Provas ...............................................................................................23
Normas que Precisam de Prova ................................................................................................................................23
Provas Ilícitas no Processo Trabalhista ..................................................................................................................23
Meios de Prova .......................................................................................................................................................................25
5. SENTENÇA E COISA JULGADA NO PROCESSO DO TRABALHO ................. 27
A Sentença no Processo Trabalhista ......................................................................................................................27
Princípio da Identidade Física do Juiz .................................................................................................................. 28
Coisa Julgada no Processo Trabalhista................................................................................................................29
6. PROCEDIMENTO SUMÁRIO E SUMARÍSSIMO NO PROCESSO DO TRA-
BALHO ..................................................................................................................................30
Do Rito Sumário ...................................................................................................................................................................30
Procedimento Sumaríssimo ......................................................................................................................................... 33
www.trilhante.com.br 4
1. Petição Inicial no Processo do Trabalho
Fundamentos da Petição Inicial
Podemos notar que os requisitos gerais para a constituição da petição inicial no processo 
trabalhista encontram-se no art.840 da CLT:
Art. 840. A reclamação poderá ser escrita ou verbal.
§1º Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação das partes, a breve 
exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação 
de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante. 
§2º Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em duas vias datadas e assinadas pelo escrivão ou 
secretário, observado, no que couber, o disposto no § 1odeste artigo. 
§3º Os pedidos que não atendam ao disposto no § 1odeste artigo serão julgados extintos sem resolução 
do mérito
Assim, o art. supracitado dispõe que a inicial poderá ser escrita ou verbal. Nessa última 
hipótese temos que será reduzido a termo, em duas vias, assinada pelo escrivão ou 
diretor de secretaria, bem como distribuída antes da sua redação a termo.
Contudo, na prática, a peça mais utilizada pelos advogados é a escrita, mesmo que 
ambas devam ser registradas em livro próprio, sendo que o distribuidor deverá fornecer 
ao interessado um documento no qual constará a qualificação das partes, data da ação 
e juízo ou vara.
É necessário ter em vista que as iniciais verbais não são admitidas em casos de ação 
rescisória, ação cautelar, ação de consignação em pagamento, habeas corpus, habeas 
data e mandados de segurança. Posto que a a legislação, no art. 1º da IN/TST n.27/2005, 
bem como a jurisprudência, pela Súmula 425 do TST preveem que, nos casos citados, há 
uma forma especifica para a elaboração de tais peças processuais. Esse tipo de petição 
é regulado nos arts. 853 e 856 da CLT, segundo os quais, o inquérito para apuração de 
falta grave e a petição do dissidio coletivo, nesta ordem, devem sempre ser escritos.
Em resumo, e a petição deverá conter:
• A designação do presidente da Vara, ou do juiz de direito, a qual for dirigida
• A qualificação das partes
• A exposição dos fatos que levaram ao litigio
• O pedido
• A data
• A assinatura do reclamante, bem como de seu representante legal
www.trilhante.com.br 5
Além de cópia em duas vias, conforme o art. 787 da CLT, pois uma representará a peça 
de inauguração do processo e a outra será entregue ao reclamado, juntamente com a 
notificação citatória.
Art. 787. A reclamação escrita deverá ser formulada em 2 (duas) vias e desde logo acompanhada dos 
documentos em que se fundar.
Necessário frisar que a petição inicial no processo trabalhista utiliza-se do principio da 
simplicidade, diferindosubstancialmente do que está previsto no Código de Processo 
Civil. Difere-se, principalmente, no tocante aos fundamentos jurídicos do pedido, 
especificações do pedido, valor da causa, provas com que o autor visa demonstrar os 
fatos alegados e o requerimento para citação do réu.
As principais razões que levam o processo trabalhista a adotar o principio da 
simplicidade decorrem de seu contexto histórico e sociológico. Como se sabe, a 
CLT surgiu na era Vargas, sendo este um momento em que a hipossuficiência do 
trabalhador era acentuada, sendo incomum um trabalhador ter condições de contratar 
advogados. Em decorrência disso, priorizou-se uma petição inicial com menos rigor 
técnico, de forma que a primazia da realidade se sobressaísse frente ao formalismo 
imposto pelo direito vigente na época.
De forma divergente ao processo comum, na seara trabalhista não há despacho 
saneador, por exemplo. Nesses casos o juiz do trabalho terá o primeiro contato com 
a petição inicial no momento em que ocorre a audiência una, que é também a última 
oportunidade para o autor realizar modificações na argumentação apresentada e 
construída na inicial.
As Modificações Trazidas pela Reforma Trabalhista
A Lei 13.467/2017, conhecida como Reforma Trabalhista, trouxe algumas mudanças 
quanto à inicial no processo trabalhista. A principal mudança se dá na equiparação 
dos requisitos da inicial pelo rito ordinário aos que eram exigidos no rito sumaríssimo: 
exigência do pedido certo e determinado atribuição de um valor à causa.
Por certo e determinado é o pedido especificado, diferentemente do denominado pedido 
genérico, que apenas aponta a pretensão sem abarcar exatamente seu conteúdo, como, 
por exemplo, quando o reclamante pede verbas rescisórias que lhe são devidas sem, 
contudo, especificá-las. Esse tipo de pedido seria prejudicial ao reclamado que sequer 
teria chance de produzir provas, ferindo o principio do contraditório e da ampla defesa. 
Vale ressaltar, que o §2º do art. 840 trazido pela Lei 13.467/2017 continua permitindo 
que a reclamação trabalhista seja feita de forma verbal e deixa evidente que todos os 
requisitos fundamentais da petição inicial escrita, também se aplicam quando for feita na 
www.trilhante.com.br 6
forma verbal. Ou seja, tanto o pedido, quanto o valor da causa, devem ser especificados 
nas iniciais verbais ou escritas.
Por fim, foi acrescentado o §3º no art. 840. Ele traz a sanção da extinção do processo 
sem resolução de mérito, quando o reclamante não atender às exigências ou requisitos 
fundamentais da petição inicial.
Assim, a atual redação da CLT, trazida pela Reforma Trabalhista, preenche algumas 
lacunas para sanar possíveis defasagens no campo da interpretação que poderiam levar 
a violações de direitos constitucionais. Por isso, a redação atual é mais uniforme e clara 
para todas as partes e ao magistrado.
www.trilhante.com.br 7
2. Audiência Trabalhista
Embasamento Geral
É por meio da audiência, ato processual no qual há o contato direto do magistrado 
com as partes, que será realizada a instrução do processo, onde a solução do litigio 
trabalhista será encontrada. Nesta aula, veremos os princípios que regem as audiências 
trabalhistas, bem como as peculiaridades frente aos outros ramos processuais do direito. 
Ainda, é imprescindível ter em vista que muitos dos princípios existentes no processo 
civil também se aplicam às audiências trabalhistas, a exemplo da boa-fé processual, da 
cooperação, da primazia da solução do mérito.
Na visão de Mauro Schiavi:
Dessa forma, a audiência no processo trabalhista é um rito fundamental e diretamente 
ligado à efetiva solução do litígio apresentado. Haverá contato das partes com o 
magistrado, a defesa oral das teses de ambas as partes e a apresentação de provas e 
testemunhas, fatores que serão fundamentais na elaboração da sentença pelo Juiz.
Princípios Constituidores das Audiências Trabalhistas
PRINCÍPIO DA ORALIDADE
Os procedimentos efetivados na audiência trabalhista são, em geral, feitos de forma 
verbal, sendo a oralidade elemento característico. Sua relevância é um dos fatores que 
trazem peculiaridade ao processo trabalhista frente aos demais, sendo que as partes 
levam suas teses de forma concisa perante o Juízo.
O princípio da oralidade encontra-se previsto no art. 847 da CLT, que prevê a defesa do 
reclamado de forma oral, além dos arts.820 e 850 do mesmo texto. Contudo é preciso 
salientar que o processo não é feito integralmente de forma oral, posto que é necessário 
apresentar a defesa de forma escrita, com a finalidade de garantir a celeridade processual.
PRINCÍPIO DA IMEDIATIDADE
Tem por finalidade garantir aproximação mais efetiva do juiz e das partes, sendo traduzida 
como o contato direto possibilitado pela legislação entre o magistrado e as partes, para 
que se possa esclarecer todas as teses, em vista da primazia da realidade e da verdade 
dos fatos.
O Processo do Trabalho, na expressão popular, é um processo de audiência, pois os atos principais da fase 
de conhecimento se desenvolvem neste ato. Além disso, a lei determina que todos os atores principais 
do processo estejam presentes na audiência. De outro lado, o Juiz do Trabalho, como regra geral, toma 
contato com a inicial pela primeira vez na audiência e também com a defesa, que é apresentada em 
audiência (escrita ou verbal), tenta a conciliação, instrui e julga a causa.
www.trilhante.com.br 8
PRINCÍPIO INQUISITIVO
Tem por fundamento os arts. 765 e 852-A da CLT. Expressa que o magistrado trabalhista 
tem total liberdade na condução do processo, zelando pela celeridade processual e com 
a possibilidade de determinar diligencias necessárias para o esclarecimento de qualquer 
ponto sublimado das teses defendidas. A direção do processo pelo Juiz se dará de 
forma livre, o que não se confunde com arbitrariedade, visto que todas as garantias 
processuais das partes devem se sobrepor, bem como todos os preceitos previstos pelo 
ordenamento jurídico trabalhista.
PRINCÍPIO DA CONCILIAÇÃO
De acordo com o entendimento de Mauricio Godinho Delgado:
Este é o princípio garantidor da heterocomposição processual e visa garantir uma solução 
de conflitos pacífica, célere e efetiva para as partes. De acordo com os arts. 846 e 850, 
antes do recebimento da defesa, e após apresentação das razões finais, deve ser feita 
proposta de conciliação pelo Juiz Trabalhista, mesmo que haja possibilidade de acordo 
entre as partes em qualquer momento da fase de instrução do processo, inclusive após 
a sentença.
Peculiaridades da Audiência Trabalhista
O ATRASO DO MAGISTRADO
O art.815 da CLT trata em seu parágrafo único da possibilidade das partes e seus 
procuradores se retirarem da sala de audiências havendo mais de 15 minutos de atraso 
após a hora marcada, caso o juiz ou presidente não compareça.
Art. 815. À hora marcada, o juiz ou presidente declarará aberta a audiência, sendo feita pelo secretário ou 
escrivão a chamada das partes, testemunhas e demais pessoas que devam comparecer.
Parágrafo único - Se, até 15 (quinze) minutos após a hora marcada, o juiz ou presidente não houver 
comparecido, os presentes poderão retirar-se, devendo o ocorrido constar do livro de registro das 
audiências.
Constata-se que não há previsão legal para o atraso das partes. Nesse sentido a Orientação 
Jurisprudencial nº 245 da SDI-I, consolida o entendimento que não há previsão legal que 
A conciliação, por sua vez, é método de solução de conflitos em que as partes agem na composição, mas 
dirigidas por um terceiro, destituído do poder decisório final, que se mantém com os próprios sujeitos 
originais da relação jurídica contenciosa. (...) A conciliação judicial trabalhista é, portanto, ato judicial, 
mediante o qual as partes litigantes, sob interveniência da autoridade jurisdicional, ajustam solução 
transacionada sobre matéria objeto do processo judicial
www.trilhante.com.br 9
tolere atraso das partes. Por conseguinte, fica a critério do Magistrado estabelecera 
tolerância no início da audiência.
JUS POSTULANDI
O Jus Postulandi é fundamento constituidor do processo trabalhista e encontra-se 
previsto no art. 791 da CLT:
Art. 791. Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do 
Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final.
Dessa forma, não há obrigatoriedade para as partes de representação por advogado. 
Ainda assim, a Súmula 425 do TST limita o Jus Postulandi nas Varas do Trabalho e 
Tribunais Regionais do Trabalho, pois a inadimite em casos de ação rescisória, ações 
cautelares, mandados de segurança e recursos direcionados ao Tribunal Superior do 
Trabalho.
Ausência das Partes
Peculiaridade prevista nos arts. 843 e 844 da CLT. Eles exigem o comparecimento 
pessoal de ambas as partes, podendo ser designado preposto, sem a necessidade de 
advogados.
Art. 843. Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado, 
independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de Reclamatórias 
Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo Sindicato 
de sua categoria.
§1º É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto que tenha 
conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o proponente.
§2º Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado, não for possível ao 
empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro empregado que pertença à 
mesma profissão, ou pelo seu sindicato.
§3oO preposto a que se refere o § 1o deste artigo não precisa ser empregado da parte reclamada.
Como o reclamado é, na maioria das vezes, o próprio empregador ou a empresa 
contratante, pode fazer-se substituir por um preposto que deve ter conhecimento dos 
fatos e cujas declarações obrigarão o preponente. O não comparecimento do reclamado 
gera revelia e confissão quanto a matéria de fato.
Com a Reforma Trabalhista, acrescentou-se o §5º ao art. 844 da CLT. Segundo este 
parágrafo, mesmo ausente o reclamado, se presente seu advogado com a defesa e 
www.trilhante.com.br 10
documentos, poderão ser aceitos pelo Magistrado, juntamente com os elementos 
probatórios.
Art. 844. O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação, e o 
não-comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato.
§1oOcorrendo motivo relevante, poderá o juiz suspender o julgamento, designando nova audiência.
§2oNa hipótese de ausência do reclamante, este será condenado ao pagamento das custas calculadas na 
forma do art. 789 desta Consolidação, ainda que beneficiário da justiça gratuita, salvo se comprovar, no 
prazo de quinze dias, que a ausência ocorreu por motivo legalmente justificável
§3oO pagamento das custas a que se refere o § 2oé condição para a propositura de nova demanda
§4oA revelia não produz o efeito mencionado no caput deste artigo se:
I - havendo pluralidade de reclamados, algum deles contestar a ação;
II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis;
III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do 
ato
IV - as alegações de fato formuladas pelo reclamante forem inverossímeis ou estiverem em contradição 
com prova constante dos autos
§5oAinda que ausente o reclamado, presente o advogado na audiência, serão aceitos a contestação e os 
documentos eventualmente apresentados.
Por fim, se ausente o reclamante, haverá arquivamento do processo; no caso de não 
comparecimento à audiência por duas vezes seguidas, ele incorrerá na perda por seis 
meses do direito de propor reclamação trabalhista.
Ritos e Procedimentos da Audiência
De acordo com o art. 841 da CLT, o diretor da secretaria é encarregado pelo recebimento 
da petição inicial, deverá designar a audiência e notificar as partes da data, que não 
poderá ser realizada em prazo inferior a 5 dias contados da entrega da notificação.
www.trilhante.com.br 11
Art. 841. Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou secretário, dentro de 48 (quarenta e oito) 
horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo, ao reclamado, notificando-o ao mesmo tempo, 
para comparecer à audiência do julgamento, que será a primeira desimpedida, depois de 5 (cinco) dias.
§1º A notificação será feita em registro postal com franquia. Se o reclamado criar embaraços ao seu 
recebimento ou não for encontrado, far-se-á a notificação por edital, inserto no jornal oficial ou no que 
publicar o expediente forense, ou, na falta, afixado na sede da Junta ou Juízo.
§2º O reclamante será notificado no ato da apresentação da reclamação ou na forma do parágrafo anterior.
§3º Oferecida a contestação, ainda que eletronicamente, o reclamante não poderá, sem o consentimento 
do reclamado, desistir da ação. 
Assim, o magistrado terá contato com a petição inicial e com a contestação somente na 
audiência. Outra regra da audiência trabalhista é deve ser realizada entre as 8 e 18 horas, 
conforme expressamente previsto no art. 813 da CLT, com prazo máximo de 5 horas por 
sessão diária:
Art. 813. As audiências dos órgãos da Justiça do Trabalho serão públicas e realizar-se-ão na sede do Juízo 
ou Tribunal em dias úteis previamente fixados, entre 8 (oito) e 18 (dezoito) horas, não podendo ultrapassar 
5 (cinco) horas seguidas, salvo quando houver matéria urgente.
§1º Em casos especiais, poderá ser designado outro local para a realização das audiências, mediante edital 
afixado na sede do Juízo ou Tribunal, com a antecedência mínima de 24 (vinte e quatro) horas.
§2º Sempre que for necessário, poderão ser convocadas audiências extraordinárias, observado o prazo do 
parágrafo anterior.
Em tese, as audiências devem ser realizadas na sede do Juízo ou do tribunal 
correspondente, com exceção de casos peculiares, em que as audiências poderão ser 
realizadas em locais diversos, desde que haja fixação do edital na sede do Juízo ou 
Tribunal, com, no mínimo, 24 horas de antecedência.
Nesse sentido, é, também, importante frisar que como expresso pelo art.816 da CLT e art. 
360 do CPC, o magistrado possui poder de polícia e deve manter a ordem no decorrer 
das audiências, podendo ordenar a retirada do recinto dos assistentes que venham a 
perturbar o andamento das audiências.
www.trilhante.com.br 12
Art. 816, CLT. O juiz ou presidente manterá a ordem nas audiências, podendo mandar retirar do recinto os 
assistentes que a perturbarem.
Art. 360, CPC. O juiz exerce o poder de polícia, incumbindo-lhe:
I - manter a ordem e o decoro na audiência;
II - ordenar que se retirem da sala de audiência os que se comportarem inconvenientemente;
III - requisitar, quando necessário, força policial;
IV - tratar com urbanidade as partes, os advogados, os membros do Ministério Público e da Defensoria 
Pública e qualquer pessoa que participe do processo;
V - registrar em ata, com exatidão, todos os requerimentos apresentados em audiência.
Das Audiências de Conciliação, Instrução e Julgamento
Pelo art. 849 da CLT a audiência de julgamento deve ser contínua; contudo, se não for 
possível conclui-la no mesmo dia, poderá ser remarcada. É uma prática comum a divisão 
das audiências em conciliação, julgamento e instrução, contudo não é uma diretiva 
obrigatória, sendo que muitos juízes realizam todos os atos em uma única audiência, 
chamada de una.
Art. 849. A audiência de julgamento será contínua; mas, se não for possível, por motivo de força maior, 
concluí-la no mesmo dia, o juiz ou presidente marcará a sua continuação para a primeira desimpedida, 
independentemente de nova notificação.
A audiência de conciliação possui a finalidade de solucionar o conflito de forma 
heterocompositiva, isto é, sem a necessidade de embate e custas decorrentes do 
desenvolvimento processual, levando as partes a uma solução pacifica, célere e efetiva. 
Havendo conciliação, o Juiz homologa o acordo. A decisão homologatória é tida como 
irrecorrível,contudo passível de ser contestada por ação rescisória. Imperioso lembrar 
que o acordo pode ser feito a qualquer momento do processo.
Em um segundo momento, frustrada a tentativa de conciliação, há a audiência de 
instrução, na qual serão ouvidas as partes com suas teses e as testemunhas. Haverá 
também a elaboração de todos os instrumentos probatórios pertinentes ao processo.
Ao final da audiência de instrução, conforme art. 850 da CLT, o juiz pode autorizar que 
as partes apresentem razões finais de forma oral. O advogado pode requerer prazo ao 
magistrado para a produção das razões.
www.trilhante.com.br 13
Art. 850. Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 10 
(dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de conciliação, e não 
se realizando esta, será proferida a decisão.
Parágrafo único - O Presidente da Junta, após propor a solução do dissídio, tomará os votos dos vogais 
e, havendo divergência entre estes, poderá desempatar ou proferir decisão que melhor atenda ao 
cumprimento da lei e ao justo equilíbrio entre os votos divergentes e ao interesse social.
Por fim, a audiência de julgamento é realizada pelo próprio juízo sem que necessariamente 
as partes estejam presentes. Elas terão ciência da decisão por via postal, oficial de justiça, 
imprensa oficial, pelos atuais sistemas eletronicos de justiça ou notificadas do dia e hora 
marcados para a publicação da decisão, conforme Súmula 197 do TST.
Das Testemunhas
As regras sobre as testemunhas estão previstas nos arts. 820 a 825 da CLT:
Art. 820. As partes e testemunhas serão inquiridas pelo juiz ou presidente, podendo ser reinquiridas, por 
seu intermédio, a requerimento dos vogais, das partes, seus representantes ou advogados.
Art. 821. Cada uma das partes não poderá indicar mais de 3 (três) testemunhas, salvo quando se tratar de 
inquérito, caso em que esse número poderá ser elevado a 6 (seis) 
Art. 822. As testemunhas não poderão sofrer qualquer desconto pelas faltas ao serviço, ocasionadas pelo 
seu comparecimento para depor, quando devidamente arroladas ou convocadas.
Art. 823. Se a testemunha for funcionário civil ou militar, e tiver de depor em hora de serviço, será requisitada 
ao chefe da repartição para comparecer à audiência marcada.
Art. 824. O juiz ou presidente providenciará para que o depoimento de uma testemunha não seja ouvido 
pelas demais que tenham de depor no processo.
Art. 825. As testemunhas comparecerão a audiência independentemente de notificação ou intimação.
No início da fala das testemunhas, o advogado da parte oposta poderá contestá-las. Nesse 
momento o advogado pode mostrar ao magistrado que a testemunha não é adequada 
para produção de provas confiáveis ou lícitas. Isso acontece quando, por exemplo, uma 
das partes possui relação de amizade com a testemunha. Deve-se perguntar para a 
testemunha se possui algum interesse na causa e se notado que sim, sua oitiva será 
indeferida.
www.trilhante.com.br 14
3. Resposta do Réu no Processo do Trabalho
Embasamento Geral
Nesta aula traremos dos detalhes concernentes ao direito do reclamado em se defender 
das alegações a seu respeito, bem como das regras legislativas que garantem seus 
direitos e deveres na elaboração da defesa. Vemos que em todas as relações processuais 
existentes a reação à ação proposta é um consequência direta do contraditório e da 
ampla defesa, um dos princípios basilares da Constituição. Bezerra Leite esclarece que:1
Desse modo, a ação e a reação caracterizam-se pela natureza bilateral, isto é, tanto a 
tese do autor como a resposta do réu devem ser remetidas e consideradas pelo Estado. 
Assim, Gonçalves leciona que:
A Resposta do Reclamado
O direito de resposta à ação encontra-se fundamentado na Constituição Federal pelo 
principio do contraditório e da ampla defesa, da inafastabilidade da jurisdição e do devido 
processo legal. Dessa forma, de forma subsidiaria, aplica-se as normas do processo civil 
relativas à resposta do réu na seara trabalhista, posto que a CLT somente expressa o 
direito de defesa quando se refere à contestação e ao foro e suspeição, não legislando 
sobre outras regras, como o caso de reconvenção. Dessa forma, o art. 4º da Resolução 
203/2016 do TST, estabelece que se aplicam ao processo trabalhista as normas do 
Código de Processo Civil que tratem da defesa do reclamado.
O art. 847 da CLT é o primeiro art. desta lei a tratar da defesa do reclamado. Segundo 
ele, na audiência inicial, não havendo conciliação, deverá ser concedido ao reclamado 20 
minutos para que apresente oralmente sua resposta que será reduzida a termo.
1 
Entende-se por litigante, toda e qualquer pessoa, seja física ou jurídica, ente despersonalizado com 
capacidade postulatória, qe figure como parte, seja autor ou réu, ou até mesmo como terceiro, e por isso 
tais princípios têm natureza dúplice.
A segunda etapa da fase postulatória é a de apresentação de resposta do réu. Essa presta-se a que ambos 
os litigantes tenham oportunidade de manifestar-se, apresentar a sua versão dos fatos, formular eventuais 
pretensões em juízo.
www.trilhante.com.br 15
Art. 847. Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa, após a leitura da 
reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as partes.
Parágrafo único. A parte poderá apresentar defesa escrita pelo sistema de processo judicial eletrônico até 
a audiência
Assim, tendo por base que a audiência ocorrerá dentro do prazo mínimo de 5 dias após 
o recebimento da notificação citatória, o reclamado terá também um prazo mínimo para 
a elaboração da defesa.
Das Exceções
No Código de Processo Civil existem dois tipos de exceção: a de suspeição e a de 
impedimento. Não obstante, no processo trabalhista, a Consolidação das Leis do Trabalho 
aceita exceções somente sobre as matérias que devem ser decididas antes do exame do 
mérito, conforme o art. 799:
Art. 799. Nas causas da jurisdição da Justiça do Trabalho, somente podem ser opostas, com suspensão do 
feito, as exceções de suspeição ou incompetência.
§1º As demais exceções serão alegadas como matéria de defesa.
§2º Das decisões sobre exceções de suspeição e incompetência, salvo, quanto a estas, se terminativas do 
feito, não caberá recurso, podendo, no entanto, as partes alegá-las novamente no recurso que couber da 
decisão final. 
Assim, as exceções devem ser apresentadas juntamente com a contestação, ou seja, na 
audiência de instrução. Mesmo que haja suspensão do curso do processo, é consolidada 
a tese de que as peças da contestação, reconvenção e exceções deverão ser entregues 
em uma só, sob pena de nulidade e preclusão. Assim, observa-se que o direito trabalhista 
zela pela simplicidade e celeridade processual, haja vista que as exceções configuram-se 
passiveis de alegação apenas antes do exame do mérito:
EXCEÇÃO DE SUSPEIÇÃO E DE IMPEDIMENTO
As matérias que abordam a exceção por suspeição e impedimento abarcam a dúvida 
quanto à imparcialidade do juiz e configuram-se como matérias extremamente relevantes 
para o interesse público. Carlos Henrique Bezerra Leite postula que:
www.trilhante.com.br 16
Como já citado, o art. 799 da CLT prevê que as exceções de impedimento podem ser 
feitas com suspensão do feito, sendo que as demais devem ser alegadas como matéria 
de defesa na contestação. Há lacuna na CLT por não especificar os tipos de impedimento. 
As causas de suspeição do juiz, também são aplicáveis ao Ministério público, aos 
serventuários da justiça e aos peritos, e são definidas pela CLT em seu art. 801:
 
Art. 801. O juiz, presidente ou vogal, é obrigado a dar-se por suspeito, e pode ser recusado, por algum dos 
seguintes motivos, em relação à pessoa dos litigantes:
a) inimizade pessoal;
b) amizade íntima;
c) parentesco por consangüinidade ou afinidade até o terceiro grau civil;
d) interesse particular na causa.
Parágrafo único - Se o recusante houver praticado algum ato pelo qual hajaconsentido na pessoa do 
juiz, não mais poderá alegar exceção de suspeição, salvo sobrevindo novo motivo. A suspeição não será 
também admitida, se do processo constar que o recusante deixou de alegá-la anteriormente, quando já a 
conhecia, ou que, depois de conhecida, aceitou o juiz recusado ou, finalmente, se procurou de propósito 
o motivo de que ela se originou.
Importante salientarmos a diferença entre suspeição e impedimento. As causas capazes 
de gerar o impedimento, na visão de Carlos Henrique Bezerra Leite, têm natureza 
objetiva, na forma prevista em lei, isto é, no art. 144 do CPC, que tipifica as questões 
de parcialidade absoluta. Já com relação às causas geradoras de suspeição, conforme 
postula o autor, têm natureza subjetiva, ou seja, são relativas à pessoa e às relações 
pessoais do juiz e estão consolidadas no art. 145 do CPC.
EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA
O art. 800 da CLT prevê que:
Art. 800. Apresentada exceção de incompetência territorial no prazo de cinco dias a contar da notificação, 
antes da audiência e em peça que sinalize a existência desta exceção, seguir-se-á o procedimento 
estabelecido neste artigo.
§1º Protocolada a petição, será suspenso o processo e não se realizará a audiência a que se refere o art. 843 
desta Consolidação até que se decida a exceção. [...]
As mesmas razões de ordem lógica, jurídica e ética que empolgam a exceção dae suspeição devem ser 
estendidas à de impedimento, qual seja, incompatibilizar o juiz para o exercício da função jurisdicional 
em determinado processo, a fim de evitar que ele aja com parcialidade, seja por motivos, intrínsecos 
(suspeição), seja por motivos extrínsecos (impedimento)
www.trilhante.com.br 17
Na justiça do trabalho, a alegação de incompetência relativa continuará sendo feita por 
meio de exceção. Com isso, uma vez que haja oposição da incompetência territorial, o 
juiz suspende o prosseguimento do processo até resolver a alegação.
A Contestação
A contestação é a mais comum das respostas do réu à ação. De acordo com Sérgio 
Pinto Martins:
Utilizando subsidiariamente o Código de Processo Civil em seu art.341, se o réu não se 
manifestar precisamente dos fatos alegados na inicial, serão presumidos verdadeiros.
Art. 341. Incumbe também ao réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato constantes da 
petição inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas, salvo se:
I - não for admissível, a seu respeito, a confissão;
II - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considerar da substância do ato;
III - estiverem em contradição com a defesa, considerada em seu conjunto.
Parágrafo único. O ônus da impugnação especificada dos fatos não se aplica ao defensor público, ao 
advogado dativo e ao curador especial.
Como se sabe, na legislação trabalhista, segundo o art. 847 da CLT, a contestação é 
apresentada na audiência de instrução de forma oral, em uma prazo contado de vinte 
minutos. Mas, também poderá ser feita na forma escrita, apresentada na própria audiência 
ou protocolada no sistema eletrônico de justiça até o dia da audiência.
Art. 847. Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa, após a leitura da 
reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as partes.
Parágrafo único. A parte poderá apresentar defesa escrita pelo sistema de processo judicial eletrônico até 
a audiência.
É necessário ressaltar que na contestação, o réu deverá esgotar a matéria com a qual pretende se 
defender. Segue-se assim, o principio da eventualidade, o qual dispõe que a matéria a ser debatida deve ser 
apresentada de uma só vez, de modo que, embora não seja acolhida uma das pretensões, seja examinada 
a seguinte
www.trilhante.com.br 18
As Preliminares
Preliminares são fatores de matéria que antecedem o mérito, isto é, que antecedem a 
substância prioritária do processo. De acordo com o art. 337 do CPC:
Art. 337, CPC. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar:
I - inexistência ou nulidade da citação;
II - incompetência absoluta e relativa;
III - incorreção do valor da causa;
IV - inépcia da petição inicial;
V - perempção;
VI - litispendência;
VII - coisa julgada;
VIII - conexão;
IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta de autorização;
X - convenção de arbitragem;
XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual;
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige como preliminar;
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de justiça.
Portanto, quanto às preliminares, é usado o CPC como fonte subsidiaria, sendo que o 
art.337 lista as possibilidades existentes.
A Inépcia da Inicial
Entende-se como inepta a petição quando houver a constatação de:
• Ausência de pedido ou causa de pedir;
• Pedido indeterminado;
• Narração dos fatos que não tenha lógica visto a conclusão;
• Pedidos que se contrariem.
A petição inepta é aquela sem validade, nula, levando à extinção do processo ou à 
abertura de prazo para correção. Sobre a temática, Sérgio Pinto Martins postula que:
www.trilhante.com.br 19
Litispendência
Há litispendência no processo trabalhista se houver repetição de ação já em curso, como 
previsto pelo art.337, §3º do CPC:
Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito, alegar: [...]
§3º Há litispendência quando se repete ação que está em curso.
Sob essa perspectiva, a arguição pelo reclamado da litispendência processual ocorre para 
impedir que duas ações idênticas sejam julgadas por Varas distintas, sendo necessário 
que uma das ações seja extinta. Visa-se também evitar a insegurança jurídica no processo 
e zelar pelo principio da economia processual.
Não se deve, entretanto, confundir litispendência com conexão processual. A 
conexão significa a união de duas ações, enquanto na litispendência uma das 
ações será extinta sem resolução de mérito em função da existência de outra, 
idêntica.
A Incapacidade da Parte, Defeitos de Representação  ou Falta de 
Autorização
Se a capacidade ou representação da parte estiver irregular, o juiz deve aplicar o 
estabelecido no art. 76 do CPC:
É inepta quando for ininteligível, quando houver causa de pedir e não houver pedido, e vice versa. A 
correção da inicial pode ser feita na audiência, devolvendo-se o prazo para a defesa do reclamado.
www.trilhante.com.br 20
Art. 76. Verificada a incapacidade processual ou a irregularidade da representação da parte, o juiz 
suspenderá o processo e designará prazo razoável para que seja sanado o vício.
§1º Descumprida a determinação, caso o processo esteja na instância originária:
I - o processo será extinto, se a providência couber ao autor;
II - o réu será considerado revel, se a providência lhe couber;
III - o terceiro será considerado revel ou excluído do processo, dependendo do polo em que se encontre.
No direito trabalhista há exigência da autorização pela assembleia geral da categoria 
para o ajuizamento de dissídio coletivo. Nessa situação, o sindicato da categoria fica 
responsável pela representação, conforme art. 859 da CLT:
Art. 859. A representação dos sindicatos para instauração da instância fica subordinada à aprovação de 
assembléia, da qual participem os associados interessados na solução do dissídio coletivo, em primeira 
convocação, por maioria de 2/3 (dois terços) dos mesmos, ou, em segunda convocação, por 2/3 (dois 
terços) dos presentes. 
Revelia e Reconvenção
RECONVENÇÃO
Reconvenção é uma contra-resposta do réu ao autor da ação. O reclamado irá propor 
uma ação contra o reclamante pretendendo tutela jurisdicional de seu interesse, alegado 
como situação lesada e violada pelo reclamante. A reconvenção esta expressa no Código 
de Processo Civil no art. 343:
www.trilhante.com.br 21
Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa 
com a ação principal ou com o fundamento da defesa.
§1ºProposta a reconvenção, o autor será intimado, na pessoa de seu advogado, para apresentar resposta 
noprazo de 15 (quinze) dias.
§2ºA desistência da ação ou a ocorrência de causa extintiva que impeça o exame de seu mérito não obsta 
ao prosseguimento do processo quanto à reconvenção.
§3oA reconvenção pode ser proposta contra o autor e terceiro.
§4oA reconvenção pode ser proposta pelo réu em litisconsórcio com terceiro.
§5oSe o autor for substituto processual, o reconvinte deverá afirmar ser titular de direito em face do 
substituído, e a reconvenção deverá ser proposta em face do autor, também na qualidade de substituto 
processual.
§6oO réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer contestação.
Mesmo sendo possível constatar que a reconvenção possui todas as características de 
uma peça processual de ação incidental, o TST tem aceito que a contestação e a 
reconvenção possam ser apresentadas em uma única peça, tendo em vista o principio 
da instrumentalidade das formas. Contudo, o mesmo Tribunal Superior, entende que 
não cabe reconvenção em processo de execução trabalhista, posto a inexistência de 
sentença, bem como em processo cautelar, haja vista que objetiva medidas cautelares 
para o resultado útil do julgamento do processo principal.
www.trilhante.com.br 22
4. Provas no Processo do Trabalho
Embasamento Geral
Prova é um elemento processual que visa formar o entendimento do magistrado sobre 
a existência ou não de fatos decisivos para o julgamento do mérito da ação em questão. 
A doutrina defende que provar é demonstrar a verdade de uma tese, sendo que a prova 
judicial seria o confronto das versões da tese de cada uma das partes. O juiz utiliza dos 
elementos probatórios que lhe são concedidos para formar sua convicção e elaborar 
sua sentença.
Existem cinco possibilidades para a interpretação da prova:
• Prova como fenômeno de direito material;
• Prova como fenômeno de natureza mista (material e processual);
• Prova como fenônomeno de natureza unicamente processual;
• Prova como fruto da divisão das normas, com natureza própria, processual ou material;
• Provas pertencentes ao direito judicial, que visa relação juridica existente o estado e o 
individuo.
Princípios Regentes das Provas
PRINCÍPIO DA NECESSIDADE DA PROVA
Este principio informa que os fatos devem ser demonstrados em juízo, não sendo 
suficiente a simples alegação, posto que o elemento probatório deve ser a base para a 
formulação da sentença.
PRINCIPIO DA LEALDADE DA PROVA
Tal princípio parte da premissa de que existe um interesse geral em que o elemento 
probatório seja fiel à realidade. As partes devem possuir atitudes colaborativas para que 
a formulação da prova seja desprovida de vícios e de má-fé.
PRINCIPIO DO CONTRADITÓRIO
As partes devem ter a possibilidade de arguir contra as provas que são produzidas a 
seu desfavor; de conhecer, discutir e impugnar os elementos probatórios presentes no 
decorrer do processo.
PRINCIPIO DA OBRIGATORIEDADE DA PROVA
Como a prova é de interesse das partes e do Estado, ou seja, é de interesse público, as 
partes podem ser compelidas pelo magistrado a produzir determinadas provas. O não 
cumprimento de tal ordem judicial pode acarretar prejuízos e ônus.
www.trilhante.com.br 23
Do Ônus da Prova
O ônus da prova existe quando é necessário um comportamento da parte para a 
produção de prova de um fato alegado. É a responsabilidade da parte para que produza 
determinada prova, a qual, se não produzida de forma efetiva e satisfatória, trará como 
consequência imediata o não conhecimento do fato alegado pelo órgão jurisdicional. O 
ônus da prova é atribuído a quem alega a existência de um fato, posto a tese expressa 
pelo art. 818 da CLT:
Dessa forma, por exemplo, compete ao empregador que despede por justa causa 
provar a justa causa. Os pagamentos efetuados ao empregado, também de-
vem ser provados pelo empregador.
Na teoria geral do processo, o ônus da prova presume igualdade entre as partes 
intervenientes na causa. Todavia, no processo trabalhista esta lógica é quebrada. No 
direito do trabalho há a presunção de que o empregado será hipossuficiente perante o 
empregador; há, portanto, desigualdade processual. Assim, em muitos casos, o ônus da 
prova será direcionado ao empregador.
Fatos Desprovidos de Necessidade de Provas
Nem todos os fatos alegados precisam ser provados, como aqueles confessados pelas 
partes. Os fatos legalmente presumíveis também não necessitam de provas, pois são 
tidos como existentes; por outro lado, é necessário provar caso seja alegado como não 
ocorrido, caso por exemplo ausência da boa-fé contratual. Também não precisam ser 
provados os fatos públicos e notórios, de conhecimento generalizado. É notório fato 
certo para a generalidade de pessoas ausentes da lide, como os acontecimentos políticos.
Normas que Precisam de Prova
Nesses casos temos a imprescindibilidade da produção de elementos probatórios; o 
exemplo mais importante são as convenções coletivas. Mesmo que o seu caráter seja 
de norma jurídica, a normativa trabalhista exige produção de prova. Os regulamentos de 
empresas e os tratados internacionais também devem ser provados.
Provas Ilícitas no Processo Trabalhista
A Constituição de 1988 deixa claro a proibição quanto ao uso de provas obtidas 
ilicitamente no processo, conforme o art. 5º, LVI. As provas ilícitas são produzidas de 
forma clandestina e ilegítima, infringindo as normativas de direito material. Isso significa 
que, mesmo que a prova diga respeito a uma informação verídica, o modo pelo qual 
essa prova foi obtida desrespeita o direito material, podendo-se citar como exemplo 
www.trilhante.com.br 24
as interceptações telefônicas obtidas sem conhecimento do interlocutor, bem como 
desprovida de autorização judicial, o que diverge da garantia exposta no art. 5º, XII da 
Constituição Federal.
Dentro da esfera trabalhista, a legislação não aborda de forma sistemática as espécies 
de provas (in)admitidas , haja vista o disposto no art. 769 da Consolidação das Leis 
do Trabalhistas, que autoriza a aplicação subsidiária de outros diplomas processuais 
quando for constatada omissão por parte da CLT. No caso das provas ilícitas, o Código 
de Processo Civil pode ser utilizado como fonte subsidiária.
Todavia, há casos em que provas que foram obtidas por meios clandestinos e ilegítimos 
foram admitidas no processo trabalhista, levando-se em consideração o principio 
da proporcionalidade. Nesses casos, o magistrado utilizando critérios axiológicos e 
considerando as peculiaridades, faz um sopesamento para identificar quais pontos do 
direito material são mais ou menos relevantes para a solução efetiva do caso. 
Nos casos das gravações clandestinas, o art. 5º, XII da Constituição Federal esclarece 
a necessidade de sigilo de dados e das comunicações telefônicas, sendo que a única 
exceção neste sentido ocorre mediante autorização judicial, na forma da lei e unicamente 
para fins de investigação criminal ou instrução processual, em nada se relacionando, 
portanto, com a esfera trabalhista. A Lei 9.296/96 regula este dispositivo constitucional. 
Em seu art. 2º, II, proíbe a admissão da interceptação telefônica quando a prova puder 
ser feita por outro meio. Não obstante, seu art. 10 estabelece que incorre na prática de 
crime aquele que se utilizar de interceptação telefônica sem autorização judicial.
Outro tipo de prova considerada ilícita são os documentos furtivamente obtidos. Nesse 
caso, o empregado obtém documentos para a comprovação do direito alegado por meio 
de ação furtiva, como, por exemplo, cartões de ponto ou documentos que comprovem 
o direito ao adicional de insalubridade. Sabe-se que o empregado, em tese, deveria 
respeitar o sigilo da empresa, sendo um dever essencial à subordinação e passível da 
dispensa por justa causa, conforme o art. 482 “g” da CLT.
Há ainda a revista intima de empregados, que se concretiza como situação de grande 
incidência dentro do cenário processual trabalhista. O art. 2º da CLT postula a definição 
de empregador como aquele que assume os riscos da atividadeeconômica e dirige a 
prestação de serviços. Desse modo, op o empregador terá as funções de fiscalização 
das atividades realizadas pelo obreiro bem como toda a organização e diretrizes relativas 
ao serviço. Porém, quando o exercício de tal poder diretivo pelo empregador viola a 
intimidade e a privacidade do trabalhador, implicará em danos de natureza moral. O 
abuso ocorre quando a fiscalização constrange o empregado. Ainda, o art. 373-A da CLT 
veda a revista íntima em mulheres. Todavia, conforme o principio da isonomia, a vedação 
deve ser aplicada também aos homens.
www.trilhante.com.br 25
Meios de Prova
Trata-se da atividade do juiz ou das partes para a produção do elemento probatório 
e também dos instrumentos utilizados pelo magistrado no processo para formar seu 
entendimento e convencimento sobre as teses apresentadas.
Não há uma enumeração na legislação trabalhista que identifique todos os meios de 
prova possíveis, sendo por isso, admissíveis todos os meios de provas existentes tanto 
em esfera trabalhista como civil, de forma subsidiária. Entretanto, serão expostos nesta 
aula os utilizados com maior frequência.
DEPOIMENTO PESSOAL
O depoimento pessoal consiste em uma declaração feita pelo reclamante ou pelo 
reclamado a respeito dos fatos do processo. Do depoimento pessoal deriva-se a confissão.
TESTEMUNHAS
É o meio que consiste na declaração de um terceiro a respeito dos fatos do processo. É 
um meio com certo risco, pois não há como mensurar a imparcialidade da testemunha. 
Do depoimento testemunhal pode decorrer o procedimento de inquirição, que é quando 
as testemunhas respondem perguntas feitas pelo próprio magistrado e, depois, pelo 
advogado da parte contrária. Também deriva-se a contradita, quando a testemunha é 
impedida por suspeição até antes do início do depoimento na audiência. Cabe ressaltar 
que uma vez negada a contradita, haverá ônus de se provar que a testemunha não possui 
nenhum impedimento. Assim, sobre as testemunhas a CLT prevê que:
Art. 820. As partes e testemunhas serão inquiridas pelo juiz ou presidente, podendo ser reinquiridas, por 
seu intermédio, a requerimento dos vogais, das partes, seus representantes ou advogados.
Art. 821. Cada uma das partes não poderá indicar mais de 3 (três) testemunhas, salvo quando se tratar de 
inquérito, caso em que esse número poderá ser elevado a 6 (seis).
Art. 822. As testemunhas não poderão sofrer qualquer desconto pelas faltas ao serviço, ocasionadas pelo 
seu comparecimento para depor, quando devidamente arroladas ou convocadas.
Art. 823. Se a testemunha for funcionário civil ou militar, e tiver de depor em hora de serviço, será requisitada 
ao chefe da repartição para comparecer à audiência marcada.
Art. 824. O juiz ou presidente providenciará para que o depoimento de uma testemunha não seja ouvido 
pelas demais que tenham de depor no processo. 
Art. 825. As testemunhas comparecerão a audiência independentemente de notificação ou intimação.
Parágrafo único. As que não comparecerem serão intimadas, ex officio ou a requerimento da parte, 
ficando sujeitas a condução coercitiva, além das penalidades do art. 730, caso, sem motivo justificado, não 
atendam à intimação.
www.trilhante.com.br 26
JUNTADA DE DOCUMENTOS
Possui como finalidade provar a existência de atos jurídicos. Vale ressaltar que o documento 
usado como prova deve ser juntado com a petição inicial ou com a contestação.
PERÍCIA
Atividade processual desenvolvida por um terceiro sem interesses no processo 
qualificado por conhecimentos técnicos e científicos capazes de produzir pareceres 
sobre determinada condição, situação ou veracidade de fatos alegados. De forma geral, 
as pericias mais comuns no processo trabalhista são sobre condições de insalubridade, 
periculosidade, diferenças salariais e horas extra. O perito e seus assistentes podem se 
utilizar de todos os meios necessários para produção das provas, desde que lícitos. O 
laudo não é vinculante para o magistrado, que pode aceitar ou rejeitar. As partes podem 
contestar e impugnar o laudo pericial a qualquer momento.
INSPEÇÃO JUDICIAL
Nada mais é do que uma diligencia processual visando obter provas, mediante 
verificação direta do magistrado. O juiz, de oficio ou mediante requerimento das partes, 
pode inspecionar pessoas ou coisas, objetivando esclarecimentos que colaborem para a 
formação de seu convencimento e formulação da sentença.
www.trilhante.com.br 27
5. Sentença e Coisa Julgada no Processo do Trabalho
A Sentença no Processo Trabalhista
Não há definição expressa na legislação trabalhista sobre a sentença, contudo os arts. 
831 e 832 tratam de forma genérica sobre a decisão:
Art. 831. A decisão será proferida depois de rejeitada pelas partes a proposta de conciliação.
Parágrafo único. No caso de conciliação, o termo que for lavrado valerá como decisão irrecorrível, salvo 
para a Previdência Social quanto às contribuições que lhe forem devidas. 
Art. 832. Da decisão deverão constar o nome das partes, o resumo do pedido e da defesa, a apreciação 
das provas, os fundamentos da decisão e a respectiva conclusão.
§1º Quando a decisão concluir pela procedência do pedido, determinará o prazo e as condições para o seu 
cumprimento.
§2º A decisão mencionará sempre as custas que devam ser pagas pela parte vencida.
§3º As decisões cognitivas ou homologatórias deverão sempre indicar a natureza jurídica das parcelas 
constantes da condenação ou do acordo homologado, inclusive o limite de responsabilidade de cada 
parte pelo recolhimento da contribuição previdenciária, se for o caso. 
§4º A União será intimada das decisões homologatórias de acordos que contenham parcela indenizatória, 
na forma do art. 20 da Lei no 11.033, de 21 de dezembro de 2004, facultada a interposição de recurso 
relativo aos tributos que lhe forem devidos. 
§5º Intimada da sentença, a União poderá interpor recurso relativo à discriminação de que trata o § 3o 
deste artigo.
§6º O acordo celebrado após o trânsito em julgado da sentença ou após a elaboração dos cálculos de 
liquidação de sentença não prejudicará os créditos da União.
§7º O Ministro de Estado da Fazenda poderá, mediante ato fundamentado, dispensar a manifestação da 
União nas decisões homologatórias de acordos em que o montante da parcela indenizatória envolvida 
ocasionar perda de escala decorrente da atuação do órgão jurídico.
A sentença no processo do trabalho é composta de três partes: o relatório, a 
fundamentação e o dispositivo:
• O relatório, é a parte da sentença que demonstrará às partes o entendimento do mag-
istrado sobre a realidade fática do processo; é um resumo de todos os elementos fáticos 
relevantes. 
• A fundamentação tem previsão na Constituição Federal (art. 93, IX) e protege as partes 
de eventuais arbitrariedade por parte dos juízes. Neste momento, o magistrado expõe suas 
razões, convicções e fundamentos. Importante destacar que a fundamentação da sentença 
não transita em julgado. 
• O dispositivo da sentença é o momento processual onde efetivamente a decisão do 
juiz se materializa. Ele mencionará se os pedidos procedem ou não. O dispositivo pode ser 
direto, ou seja, condenando o reclamado a pagar um valor definido no processo, ou indireto, 
www.trilhante.com.br 28
acolhendo os pedidos exatamente como se encontram na inicial.
• O §1º do art.832 da CLT, prevê que, acolhida a pretensão do autor ou acolhida em 
parte, o juiz deve determinar o prazo, bem como as condições para o cumprimento 
da decisão.
• Ainda devem ser expressamente determinadas as custas de responsabilidade da 
parte sucumbente, bem como a natureza jurídica das parcelas constantes da conde-
nação ou da homologação de acordo, como previsto em seus §§2º e 3º. 
• Ademais, o dispositivo deve expressar a forma da liquidação da sentença, bem 
como juros, correção monetária e o valor da condenação que servirá como base para 
o cálculo das custas do depósito recursal, sendo indispensável que contenha o nome 
dos reclamantes e reclamados.Por fim, é necessário frisar uma grande peculiaridade quando se trata da sentença no 
processo trabalhista, que se configura como a possibilidade de haver julgamento ultra e 
extra petita O art. 467 da CLT autoriza o julgamento ultra petita havendo controvérsias 
sobre o montante das verbas rescisórias. Nesses casos, o magistrado determinará o 
pagamento em dobro daquelas que não forem pagas na primeira audiência em que 
o reclamado esteve presente. Ainda, no art.496 da CLT, há a permissão do julgamento 
extra petita para admitir o pagamento de indenização em dobro em vez de condenar a 
empresa a reintegrar o empregado estável. Ainda, pela Súmula 211 do TST, em termos de 
juros de mora e correção monetária, poderão ser concedidos mesmo que não requeridos 
expressamente.
Art. 467. Em caso de rescisão de contrato de trabalho, havendo controvérsia sobre o montante das verbas 
rescisórias, o empregador é obrigado a pagar ao trabalhador, à data do comparecimento à Justiça do 
Trabalho, a parte incontroversa dessas verbas, sob pena de pagá-las acrescidas de cinqüenta por cento”. 
Art. 496. Quando a reintegração do empregado estável for desaconselhável, dado o grau de 
incompatibilidade resultante do dissídio, especialmente quando for o empregador pessoa física, o tribunal 
do trabalho poderá converter aquela obrigação em indenização devida nos termos do artigo seguinte.
Art. 497. Extinguindo-se a empresa, sem a ocorrência de motivo de força maior, ao empregado estável 
despedido é garantida a indenização por rescisão do contrato por prazo indeterminado, paga em dobro.
Princípio da Identidade Física do Juiz
Não se aplica o principio da identidade física do juiz. Trata-se da premissa de que o juiz 
que acompanhou a instrução e ouviu as partes e testemunhas de forma presencial tem 
maiores condições de decidir sobre a causa. A Súmula 136 do TST pacifica o assunto. 
Portanto, não é necessáiro que o mesmo juiz que instruiu o processo profira a sentença
www.trilhante.com.br 29
Coisa Julgada no Processo Trabalhista
Após o proferimento da sentença e esgotamento de recursos e impugnações, haverá o 
trânsito em julgado e formação da coisa julgada. Enrico Tullio Liebman traz o conceito 
de coisa julgada como:
O processualista Alexandre de Freitas Câmara ainda coloca que:
Importante ressaltar que a coisa julgada pode ser formal ou material. A coisa julgada 
formal surge em razão do exaurimento da possibilidade de se impugnar a sentença. Já a 
coisa julgada material se refere não somente à imutabilidade da sentença, mas também 
à imutabilidade dos efeitos da sentença, que atinge a esfera extraprocessual.
A imutabilidade do comando emergente de uma sentença, que é onde todos os elementos que compõe 
o conteúdo da sentença, tornam-se imutáveis e indiscutíveis com a coisa julgada.
Com o trânsito em julgado da sentença, surge uma nova situação, antes inexistente, que consiste na 
imutabilidade e indiscutibilidade do conteúdo da sentença, e a indiscutibilidade e imutabilidade é que 
são, em verdade, a autoridade da coisa julgada. Parece-nos, pois, que a coisa julgada é esta nova situação 
jurídica, antes inexistente, que surge quando a decisão se torna irrecorrível.
www.trilhante.com.br 30
6. Procedimento Sumário e Sumaríssimo no Processo do 
Trabalho
Do Rito Sumário
No rito sumário o procedimento caracteriza-se pela celeridade, bem como ausência de 
grandes exigências normativas e formais. De acordo com Amador Paes Almeida:
Assim, o procedimento trazido pela Lei nº 5.584/70 possui características que merecem 
ser ressaltadas. A petição inicial no procedimento sumário é endereçada ao magistrado 
da vara do trabalho e deve seguir as regras estabelecidas pelo art. 840 da CLT. Lembre-se 
que deve ser assinada pela própria parte ou por seu advogado, que há de ter procuração 
para o foro em geral.
Art. 840. A reclamação poderá ser escrita ou verbal.
§1oSendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do juízo, a qualificação das partes, a breve 
exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação 
de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante. 
§2oSe verbal, a reclamação será reduzida a termo, em duas vias datadas e assinadas pelo escrivão ou 
secretário, observado, no que couber, o disposto no § 1odeste artigo.
§3oOs pedidos que não atendam ao disposto no § 1odeste artigo serão julgados extintos sem resolução 
do mérito.
Salienta-se que para os processos que se submetem ao rito sumário não cabem nenhum 
dos recursos previstos pela CLT, com exceção de discussão de matérias de cunho 
constitucional. Uma parte da doutrina defende que a Lei 5.584/70 seria inconstitucional, 
pois quando se elimina todos os recursos possíveis, há ofensa ao princípio do duplo 
grau de jurisdição, previsto no art. 5º, LV da Constituição Federal de 1988. Nesse sentido, 
Wagner D. Giglio, postula que:
Este, o rito sumário, como abtempera Moacyr Amaral Santos, é aquele que se desenvolve simpliciter et de 
plano ac sine striptu, isto é, com simplicidade, de plano e sem maiores formalidades, sem estrépito.
Ao nosso ver, este texto estabelece a obrigatoriedade do duplo grau de jurisdição, mas apenas garante a 
utilização dos recursos próprios e adequados à ampla defesa, nos termos fixados pela legislação ordinária. 
Não fica o legislador constrangido a prever, sempre, em todos os casos, a possibilidade de recurso. Ao 
eliminar os recursos nas ações trabalhistas de rito sumário, o legislador não violou nenhum preceito 
constitucional, portanto.
www.trilhante.com.br 31
HIPÓTESES DE CABIMENTO
Cabe o rito sumário para ações que tenham como valor de causa a quantia não superior 
a dois salários mínimos. Lembre-se que a fixação do valor da causa, mesmo que não 
exigida, pode constar na petição inicial. Com isso, a menos que haja impugnação pela 
parte contrária, será o valor que prevalecerá para a determinação do rito processual.
Caso não acompanhe a inicial, o valor da causa será estipulado pelo juiz trabalhista. 
Quando estabelecido pelo magistrado, o valor pode ser impugnado pelas partes nas 
razões finais, e se caso for mantido, a parte pode recorrer à apreciação do presidente do 
Tribunal Regional Federal, no prazo máximo de quarenta e oito horas.
Na prática é conveniente por parte do magistrado indagar ao reclamante que valor 
pretende dar à causa. Após, a reclamada será consultada. Caso aceite, será fixado o 
valor, evitando pedido de revisão nas razões finais.
A AUDIÊNCIA NO PROCEDIMENTO SUMÁRIO
A princípio, as audiências no procedimento sumário devem ser únicas, haja vista que 
uma das razões pelas quais tal procedimento foi criado é a celeridade nas ações de 
valor baixo. Contudo, o magistrado pode determinar, caso seja necessário, mais de uma 
audiência.
Inicialmente, o juiz que preside a audiência deve averiguar a presença das partes, 
bem como se estas estão devidamente representadas. Feitas tais averiguações, o juiz 
deve propor a conciliação; se rejeitada, haverá o estabelecimento do contraditório e o 
reclamado apresentará sua defesa oral ou escrita.
Nas causas que se processam por meio do procedimento Sumário, mesmo que os 
depoimentos realizados pelas partes e testemunhas aconteçam de forma normal, seu 
resumo em ata pode ser dispensável, o que fica a critério do juiz, conforme os arts. 2º e 
3º da Lei 5.584/70:
www.trilhante.com.br 32
Art 2º Nos dissídios individuais, proposta a conciliação, e não havendo acôrdo, o Presidente, da Junta ou 
o Juiz, antes de passar à instrução da causa, fixar-lhe-á o valor para a determinação da alçada, se êste fôr 
indeterminado no pedido.
§1º Em audiência, ao aduzir razões finais, poderá qualquer das partes, impugnar o valor fixado e, se o Juiz 
o mantiver, pedir revisão da decisão, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, ao Presidente do Tribunal 
Regional.
§2º O pedido de revisão, que não terá efeito suspensivo deverá ser instruído com a petição inicial e a Ata 
da Audiência,em cópia autenticada pela Secretaria da Junta, e será julgado em 48 (quarenta e oito) horas, 
a partir do seu recebimento pelo Presidente do Tribunal Regional.
§3º Quando o valor fixado para a causa, na forma dêste artigo, não exceder de 2 (duas) vêzes o salário-
mínimo vigente na sede do Juízo, será dispensável o resumo dos depoimentos, devendo constar da Ata a 
conclusão da Junta quanto à matéria de fato.
§4º Salvo se versarem sobre matéria constitucional, nenhum recurso caberá das sentenças proferidas 
nos dissídios da alçada a que se refere o parágrafo anterior, considerado, para esse fim, o valor do salário 
mínimo à data do ajuizamento da ação.
Art 3º Os exames periciais serão realizados por perito único designado pelo Juiz, que fixará o prazo para 
entrega do laudo.
Parágrafo único. Permitir-se-á a cada parte a indicação de um assistente, cuja laudo terá que ser apresentado 
no mesmo prazo assinado para o perito, sob pena de ser desentranhado dos autos.
SENTENÇA NO PROCEDIMENTO SUMÁRIO
Tendo em vista que no Procedimento Sumário há predominância da oralidade, a sentença 
deve ser redigida na audiência.Todavia, o juiz poderá prolatar a sentença dentro do prazo 
de 48 horas.
OS RECURSOS NO PROCEDIMENTO SUMÁRIO
Uma das características essenciais do procedimento sumário é que se configura como 
irrecorrível, salvo se houver ofensa à Constituição Federal. Nos casos em que há discussão 
de matéria constitucional, cabe recurso ordinário para o Tribunal Regional do Trabalho. 
Permanecendo o vício de inconstitucionalidade, caberá recurso de revista para o Tribunal 
Superior do Trabalho. Permanecendo o vício, será cabível recurso extraordinário para o 
Supremo Tribunal Federal.
É necessário salientar que não se aplica o procedimento sumário aos casos em que a 
sentença constitui-se como desfavorável a pessoas jurídicas de direito público, posto 
que nestes casos a sentença se sujeitará ao duplo grau de jurisdição obrigatório e não 
produzirá efeitos enquanto não for admitida e confirmada pelo Tribunal Regional do 
Trabalho.
www.trilhante.com.br 33
Procedimento Sumaríssimo
O procedimento sumaríssimo é um rito que surgiu depois do procedimento sumário, 
trazido pela Lei 9.957/2000. O principal objetivo foi atender de forma efetiva ao princípio 
de celeridade processual, visando reduzir as formalidades, bem como ampliar a liberdade 
do magistrado na condução do processo. Sobre tal procedimento Amador Paes Almeida 
postula que:
Dessa forma, com o advento da Lei 9.957/2000, estabelece-se o procedimento 
sumaríssimo na Justiça do Trabalho, especialmente no tocante aos dissídios individuais 
do trabalho cujo valor não exceda 40 vezes o salário mínimo, na data do ajuizamento da 
ação trabalhista, sendo esta a característica mais fundamental do rito.
Ressaltamos que o rito sumário possui aplicabilidade apenas aos particulares ou entidades 
privadas. Se caso o Ministério Público do Trabalho for parte na ação trabalhista exclui-se 
a possibilidade da resolução do conflito ocorrer por meio do procedimento sumaríssimo.
A seguir estão as principais características relativas ao procedimento sumaríssimo::
• Petição Inicial: o pedido deve ser certo e determinado, indicando a pretensão e seu 
montante, com o valor correspondente;
• Inexistência de citação por edital: se o endereço estiver errado, a reclamação será arquiv-
ada, com custas para o reclamante;
• Audiência única: deve ser realizada dentro de 15 dias do ajuizamento da ação, podendo 
ser o prazo dilatado para a realização de mais de uma audiência, dentro de 30 dias, no caso 
de necessidade de prova pericial;
• Proposta conciliatória: pode ser feita em qualquer fase da audiência, sendo que o juiz 
deve usar todos os meios para a resolução do conflito dessa forma;
• Testemunhas: apenas duas para cada parte, trazidas diretamente para a audiência;
• Incidentes e exceções: devem ser decididos na audiência;
• Sentença: proferida na própria audiência, dispensado o relatório, bastando registro em 
ata, de forma resumida, dos atos, afirmações e informações úteis à solução da causa.
HIPÓTESES DE CABIMENTO DO PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO
Aplicável aos dissídios individuais com valor não superior a quarenta vezes o salário 
mínimo em vigor na data da reclamação. Todavia, estão excluídas dessa lógica as 
A instituição do rito sumaríssimo nada tem de estranho ou impróprio, ao revés do que se sucedeu com o 
Código de Processo Civil, que previa o procedimento sumaríssimo sem que houvesse um procedimento 
sumário, o que levou o legislador a alterar a denominação para sumário pela lei 8.952/94. Ao revés do que 
se sucedeu com o procedimento sumário, que foi instituído por lei especial, a lei 9.957/2000 compõe-se 
de aditivos a determinados dispositivos já contemplados pela CLT.
www.trilhante.com.br 34
demandas que possuírem como parte entes da administração pública direta, autárquica 
e fundacional.
Vale ressaltar que os órgãos da administração pública indireta, quais sejam, as empresas 
públicas e de economia mista, ficam sujeitos ao procedimento sumaríssimo, posto que 
não houve exclusão expressa dessas entidades pela lei. Sobre a temática, Eduardo 
Gabriel Saad afirma que:
Por consequência das alterações trazidas a CLT por força da Lei 9.957/2000, é possível 
constatar que as reclamações trabalhistas devem trazer pedido líquido, tendo por 
objetivo definir o rito sobre o qual será processada a ação. Do mesmo modo, os acórdãos 
e sentenças devem ser proferidos contendo quantia liquida determinada.
As ações submetidas ao procedimento sumaríssimo não podem possuir intervenção de 
terceiros. Nesse caso, as matérias que forem opostas a terceiros, devem ser objeto de 
ação apartada, objetivando não prejudicar o rito.
A AUDIÊNCIA NO RITO SUMARÍSSIMO
Com relação às audiências no rito em questão, presentes as partes, o juiz as esclarecerá 
acerca das vantagens de uma resolução do conflito por meio da conciliação, sendo que 
esta pode ser utilizada a qualquer momento do processo. Ainda, segundo o art. 852-B, 
III, da CLT, as causas submetidas ao procedimento sumaríssimo devem ser processadas 
em no máximo quinze dias.
A Lei n. 9.957 de janeiro de 2000, fixou novo valor da alçada: quarenta vezes o salário mínimo vigente 
na data do ajuizamento da reclamação. O art. 852-A, que acrescentou à CLT, diz em tom imperativo, 
sujeitarem-se ao procedimento sumaríssimo todas as reclamações, cujo valor não exceda o sobretudo 
limite. Não cabe, portanto, à parte eleger o procedimento sumaríssimo, por um ato de sua estrita vontade; 
é ele obrigatório desde que se comprove a alçada.
www.trilhante.com.br 35
Art. 852-B. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo
I - o pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor correspondente; 
II - não se fará citação por edital, incumbindo ao autor a correta indicação do nome e endereço do 
reclamado; 
III - a apreciação da reclamação deverá ocorrer no prazo máximo de quinze dias do seu ajuizamento, 
podendo constar de pauta especial, se necessário, de acordo com o movimento judiciário da Junta de 
Conciliação e Julgamento.
§1º O não atendimento, pelo reclamante, do disposto nos incisos I e II deste artigo importará no arquivamento 
da reclamação e condenação ao pagamento de custas sobre o valor da causa. 
§2º As partes e advogados comunicarão ao juízo as mudanças de endereço ocorridas no curso do 
processo, reputando-se eficazes as intimações enviadas ao local anteriormente indicado, na ausência de 
comunicação.
A SENTENÇA NO PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO
A sentença constitui-se como ato pelo qual o juiz põe fim ao processo, examinando ou 
não o mérito. Dessa forma, ao procedimento sumaríssimo, do mesmo modo que nos 
procedimentos ordinários, aplica-se o art. 852-I da CLT:
Art. 852-I. A sentença mencionará os elementos de convicção do juízo, com resumo dos fatos relevantes 
ocorridos em audiência, dispensado o relatório.
§1º O juízo adotará em cada caso a decisão que reputar mais justa e equânime,atendendo aos fins sociais 
da lei e as exigências do bem comum
§2º (VETADO)
§3º As partes serão intimadas da sentença na própria audiência em que prolatada.
OS RECURSOS NO PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO
De forma resumida, a Lei 9.957/2000 prevê a possibilidade de interposição de recurso 
ordinário e recurso de revista no procedimento sumaríssimo. Sobre a temática Sérgio 
Pinto Martins explica sobre o recurso ordinário no procedimento em questão:
O roteiro do procedimento sumaríssimo no tribunal será diverso do procedimento comum. O processo não 
irá, em primeiro lugar, para parecer na Procuradoria do Trabalho. Será distribuído de imediato ao relator 
designado, ao chegar ao Tribunal. O relator deverá liberá-lo para pauta de julgamento no máximo em dez 
dias contados da distribuição. Não haverá revisor. Será colocado o processo imediatamente em pauta 
para julgamento. O parecer do Ministério do Trabalho será oral e em sessão, se o procurador entender 
necessário, ficando registrado na certidão do julgamento. Se o procurador julgar desnecessário o parecer, 
este não será emitido, nem mesmo oralmente.
www.trilhante.com.br 36
Uma das peculiaridades do recurso ordinário no procedimento sumaríssimo é justamente 
a rapidez e celeridade em seu trâmite. A lei impõe o prazo máximo de dez dias para que 
o processo seja liberado pelo relator, devendo ser posto de imediato, e também sem 
revisor, para a pauta em julgamento. Vemos que o parecer oral do Ministério Público 
será emitido na própria sessão de julgamento, com registro na certidão, fator que evita a 
demora na distribuição do processo.
Ressalta-se que no rito sumaríssimo, também é cabível embargos declaratórios, 
especificamente nas situações em que forem verificadas omissões, contradições e 
obscuridades na sentença prolatada da causa em questão. Por fim, os Recursos de 
Revista, direcionados ao Superior Tribunal do Trabalho e os Recursos Extraordinários 
ao Supremo Tribunal Federal.
www.trilhante.com.br
/trilhante /trilhante /trilhante
Atos e Procedimentos 
no Processo do 
Trabalho
http://www.facebook.com/trilhante
http://www.instagram.com/trilhante
http://www.facebook.com/trilhante
http://instagram.com/trilhante
http://www.youtube.com/trilhante
www.trilhante.com.br
COMPETÊNCIA 
NA JUSTIÇA DO 
TRABALHO
ÍNDICE
1. JURISDIÇÃO E COMPETÊNCIA ................................................................................... 4
Competência .............................................................................................................................................................................4
2. COMPETÊNCIA MATERIAL ...........................................................................................6
Competência em razão da matéria ...........................................................................................................................6
Mandado de segurança, Habeas Corpus e Habeas Data em matéria trabalhista (art. 114 IV 
CF) ................................................................................................................................................................................................... 10
Ações de dano moral ou patrimonial decorrente da relação de trabalho (Art. 114, IV, CF) 11
Ações decorrentes de penalidades administrativas aplicadas ao empregador (Art. 114, 
VII, CF) ............................................................................................................................................................................................ 11
Execução de contribuições sociais decorrentes de sentenças proferidas pela justiça do 
trabalho (Art. 114, VIII, CF) ................................................................................................................................................12
3. JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA .......................................................................................14
4. PODER NORMATIVO DA JUSTIÇA DO TRABALHO ...........................................16
Conceito .......................................................................................................................................................................................16
5. CONFLITO DE COMPETÊNCIA ..................................................................................18
Possíveis conflitos de competência e órgão de julgamento ..................................................................18
6. COMPETÊNCIA FUNCIONAL ....................................................................................20
Art. 652 – Competência das Varas do trabalho. – 1º grau de instância ordinária ...................20
Art. 678 – Competência dos TRTs – 2º grau de instância ordinária ...............................................20
7. COMPETÊNCIA EM RAZÃO DO LUGAR (TERRITORIAL) ................................. 22
Regra – local de prestação dos serviços (caput 651 CLT): .....................................................................22
1ª Exceção – agente ou viajante comercial:........................................................................................................23
2ª Exceção – empregador que promova atividades fora do lugar do lugar do contrato 
(empregador viajante): .....................................................................................................................................................23
3ª Exceção – competência internacional da Justiça do trabalho – agencia ou filial no es-
trangeiro: .................................................................................................................................................................................... 24
8. INCOMPETÊNCIA TERRITORIAL ............................................................................. 25
ÍNDICE
Procedimento ..........................................................................................................................................................................25
9. COMPETÊNCIA ABSOLUTA X RELATIVA .............................................................26
10. MODIFICAÇÕES DA COMPETÊNCIA ....................................................................29
Prorrogação: ............................................................................................................................................................................29
Conexão: ....................................................................................................................................................................................29
Continência: .............................................................................................................................................................................30
Prevenção: ................................................................................................................................................................................30
www.trilhante.com.br 4
1. Jurisdição e Competência
Considerando que, na sociedade moderna, temos a vida em coletividade com conflitos, 
precisamos de mecanismos de solução. Nossa sociedade, então, atribui ao Estado uma 
função: a de quando provocado, dar solução ao conflito.
Sob essa perspectiva, jurisdição é Função poder do Estado de, quando provocado, dar 
uma solução impositiva e definitiva ao conflito.
As partes devem se submeter à jurisdição, por ser ela uma manifestação do poder do 
Estado. Atividade substitutiva da vontade das partes – essa é uma definição comum nos 
manuais.
Assim, o juiz é uma pessoa revestida de jurisdição, e, ora, não se pode decidir 
arbitrariamente estando nesta posição. O juiz deve aplicar o direito material (ordem 
jurídica) ao caso concreto. Concretizar um comando genérico da ordem jurídica.
Feitas essas considerações, podemos determinar uma definição completa do que seria 
a jurisdição: jurisdição é função-poder do Estado que, quando provocado, deve fornecer 
uma solução impositiva e definitiva ao conflito,

Outros materiais