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RECURSO NO PROCESSO DO TRABALHO

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www.trilhante.com.br
ÍNDICE
1. TEORIA GERAL E PRINCÍPIOS RECURSAIS NO PROCESSO DO TRABALHO 3
Teoria Geral dos Recursos ................................................................................................................................................ 3
Princípios Recursais no Processo Trabalhista .....................................................................................................4
2. EMBARGOS DECLARATÓRIOS NO PROCESSO DO TRABALHO .....................7
Hipóteses de cabimento ...................................................................................................................................................7
3. RECURSO ORDINÁRIO NO PROCESSO DO TRABALHO ..................................10
Hipóteses de Cabimento................................................................................................................................................... 11
Juízo de Retratação .............................................................................................................................................................13
4. RECURSO DE REVISTA ...............................................................................................14
5. AGRAVOS NO PROCESSO TRABALHISTA ...........................................................18
Agravo de Petição no Processo Trabalhista .......................................................................................................18
Agravo de Instrumento no Processo Trabalhista ............................................................................................19
Vemos que no processo civil o agravo de instrumento possui a finalidade maior de im-
pugnar as decisões interlocutórias. Já no processo do trabalho, as decisões de cunho 
interlocutório não são suscetíveis de interposição de recursos, tendo em vista o princípio 
da celeridade processual. Para essas decisões apenas são cabíveis impugnações de de-
cisões negativas no primeiro juízo de admissibilidade dos recursos. ..............................................19
A previsão legal para o agravo de instrumento no processo trabalhista encontra-se no 
art. 897, “b” e §§2º a 7º da CLT: ....................................................................................................................................19
6. RECURSO ADESIVO E REEXAME NECESSÁRIO ................................................ 22
Reexame Necessário ..........................................................................................................................................................23
www.trilhante.com.br 3
1. Teoria Geral e Princípios Recursais no Processo do 
Trabalho
Teoria Geral dos Recursos
Na doutrina existem várias conceituações de recurso. Uma definição que abarca boa 
parte da bagagem trazida pela temática é a do professor Manoel Antônio Teixeira Filho 
(2011, p. 61):
Na doutrina também encontram-se teorias a respeito da natureza jurídica do recurso. 
Contudo pode-se dizer que as de maior relevância são as que afirmam tratar-se de uma 
ação autônoma ou como um direito de subjetividade processual. Não se deve confundir 
recursos com ações autônoma de impugnação, como por exemplo as ações rescisórias, 
ações anulatórias de atos processuais e habeas corpus.
Podemos ver que o maior fundamento para os recursos processuais é a falibilidade 
humana, ou seja, o magistrado, mesmo que investido de poder jurisdicional, pode 
cometer erros e se equivocar em suas sentenças e decisões. Dessa forma, o doutrinador 
Amauri Mascaro Nascimento (2003, p. 22) aponta alguns fundamentos dos recursos:
1) a necessidade psicológica de formar o convencimento da parte inconformada para que passe a aceitar 
a decisão que a desfavoreceu
2) a falibilidade do ser humano, portanto, do juiz, pois maior que seja a sabedoria dos juízes nunca será 
a ponto de dotar as suas decisões da perfectibilidade que se possa pretender; o induzimento a maior 
prudência, pois a possibilidade processual de reapreciação da sentença por outro órgão atua no sentido 
de levar o prolator da decisão a julgar com maior cuidado.
Os recursos são interpostos apenas contra as sentenças prolatadas em primeiro grau 
e acórdãos. Já a decisão interlocutória é passível de recurso apenas quando produz 
efeitos de decisão definitiva, como ocorre no momento em que o magistrado extingue 
a execução na fase de liquidação por força da contestação de inexistência de crédito a 
ser satisfeito.
Importante ressaltar que no processo trabalhista não cabe recurso contra despachos 
realizados pelo juiz. Dessa forma, de modo a evitar a preclusão do direito de questionar 
decisões interlocutórias, é aceito que a parte se manifeste na primeira oportunidade, seja 
em audiência, seja nos autos do processo, de forma escrita ou verbal.
Recurso é o direito que a parte vencida ou terceiro prejudicado, possui de, na mesma relação processual 
e atendidos os pressupostos de admissibilidade, submeter a matéria contida na decisão recorrida a 
reexame, pelo mesmo órgão prolator ou por distinto órgão e hierarquicamente superior com o objetivo 
de anulá-la ou reformá-la total ou parcialmente
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Princípios Recursais no Processo Trabalhista
PRINCÍPIO DA TAXATIVIDADE
De acordo com o art. 22, I, da Constituição, a União tem competência privativa para 
legislar sobre direito processual. Assim, recursos no processo do trabalho são aqueles 
expressamente previstos em Lei Federal. A importância de tal principio é justamente 
evitar que as partes criem recursos ao longo do processo, instaurando um caos normativo 
e comprometendo de forma definitiva a celeridade e a eficácia processual.
PRINCÍPIO DA SINGULARIDADE OU UNIRRECORRIBILIDADE
Principio que faz jus ao fato de que a lei prevê somente um tipo de recurso para cada 
decisão, assim, as partes não podem interpor dois ou mais recursos simultaneamente 
contra uma mesma decisão proferida. A consequência direta de tal logica é que os 
recursos devem ser interpostos sucessivamente e jamais de forma simultânea.
PRINCÍPIO DA CONSUMAÇÃO
Uma vez interposto o recurso, ele não poderá ser repetido ou alterado. Trata-se de 
preclusão consumativa. É importante frisar que não existe a aplicação do Princípio da 
Variabilidade na CLT, o qual possui características opostas ao Princípio da Consumação.
PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE
Por força do princípio da fungibilidade, admite-se a substituição do recurso erroneamente 
interposto pelo adequado para questionar a decisão. Dessa forma, constata-se que a 
aplicação do princípio em questão visa impedir que a parte seja prejudicada frente a 
uma determinada situação que possa ser considerada escusável em detrimento de uma 
rigorosa aplicação do princípio da singularidade recursal. É um princípio aplicável em 
algumas situações, como: 
• A ausência de erro grosseiro ou de má-fé;
• Ausência da utilização de recursos impróprios de maior prazo, por haver perdido o prazo 
do recurso cabível;
• Ausência da utilização do recurso de maior devolutividade visando escapar à coisa julga-
da formal;
• Ausência de utilização de provocação apenas de divergências na jurisprudência para se 
assegurar, posteriormente, outro recurso.
Nesse sentido, o TST trouxe a Súmula 421, que trata especificamente do princípio em 
questão:
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PRINCÍPIO DO NON REFORMATIO IN PEJUS
O presente princípio postula que é vedado ao Tribunal proferir decisões desfavoráveis 
para o recorrente, de forma a colocá-lo em situação mais gravosa do que aquela em que 
já se encontra.
PRINCÍPIO DA VOLUNTARIEDADE
Princípio segundo o qual a parte tem a possibilidade de recorrer ou de aceitar a decisão 
de forma voluntária. Assim, o Magistrado não pode conhecer matérias que efetivamente 
não foram objeto do recurso interposto. Contudo, haverá exceção quando se tratar de:
• Matérias de ordem pública, sobre as quais, enquanto não houver o trânsito em julgado, 
não haverá preclusão; ou
• Decisões desfavoráveis proferidascontra a Fazenda Pública, caso que se submete ao 
reexame. Sobre o reexame a Súmula 303 do TST traz o seguinte:
Súmula 303, TST. FAZENDA PÚBLICA. REEXAME NECESSÁRIO. 
I - Em dissídio individual, está sujeita ao reexame necessário, mesmo na vigência da Constituição Federal 
de 1988, decisão contrária à Fazenda Pública, salvo quando a condenação não ultrapassar o valor 
correspondente a: a) 1.000 (mil) salários mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações 
de direito público; b) 500 (quinhentos) salários mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas 
autarquias e fundações de direito público e os Municípios que constituam capitais dos Estados; c) 100 
(cem) salários mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fundações de direito 
público.
II – Também não se sujeita ao duplo grau de jurisdição a decisão fundada em: a) súmula ou orientação 
jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal 
ou pelo Tribunal Superior do Trabalho em julgamento de recursos repetitivos; c) entendimento firmado 
em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de competência; d) entendimento 
coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente público, 
consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa.
III - Em ação rescisória, a decisão proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho está sujeita ao duplo grau 
de jurisdição obrigatório quando desfavorável ao ente público, exceto nas hipóteses dos incisos anteriores.
Súmula 421, TST.
I – Tendo a decisão monocrática de provimento ou denegação de recurso, prevista no art. 557 do CPC, 
conteúdo decisório definitivo e conclusivo da lide, comporta ser esclarecida pela via dos embargos de 
declaração, em decisão aclaratória, também monocrática, quando se pretende tão somente suprir omissão 
e não, modificação do julgado.
II – Postulando o embargante efeito modificativo, os embargos declara- tórios deverão ser submetidos 
ao pronunciamento do Colegiado, convertidos em agravo, em face dos princípios da fungibilidade e 
celeridade processual. (ex-OJ n. 74 – inserida em 8.11.2000)
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IV - Em mandado de segurança, somente cabe reexame necessário se, na relação processual, figurar 
pessoa jurídica de direito público como parte prejudicada pela concessão da ordem. Tal situação não 
ocorre na hipótese de figurar no feito como impetrante e terceiro interessado pessoa de direito privado, 
ressalvada a hipótese de matéria administrativa.
PRINCÍPIO DA IRRECORRIBILIDADE DAS DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS
Tem-se como fundamento maior do princípio em questão que as decisões interlocutórias 
não são recorríveis de imediato, somente permitindo-se sua reapreciação da decisão 
definitiva. Contudo há exceções na Súmula 214 do TST:
Súmula 214, TST. Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1o, da Consolidação das Leis do Trabalho, 
as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão:
a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior 
do Trabalho;
b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal;
c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto 
daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, §2º, da Consolidação das 
Leis do Trabalho.
Dessa forma, é possível recurso contra decisão:
• Do TRT que contrarie a Jurisprudência Sumulada do TST ou de Sessões Especializadas;
• Decisões interlocutórias de Tribunais impugnadas mediante recurso para o próprio tribu-
nal;
• Decisão de acolhimento de exceção de incompetência territorial que determina a remes-
sa dos autos para vara pertencente a TRT distinto, o que leva ao exaurimento a jurisdição 
perante o tribunal que a proferiu.
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2. Embargos Declaratórios no Processo do Trabalho
O poder judiciário é baseado no princípio da inércia, ou seja, o judiciário somente pode se 
manifestar quando provocado. Então, tem o dever de prestar a devida tutela jurisdicional, 
proferindo decisões, que se relacionam ou não com o mérito processual.
Ocorre que, muitas vezes, as decisões são eivadas de omissões, obscuridades ou de 
elementos contraditórios. Nesses casos enseja-se a propositura dos embargos de 
declaração, que possui a natureza de recurso. A competência para julgar é do próprio 
Magistrado que prolatou a decisão embargada, o que se diferencia substancialmente 
dos demais recursos, que são julgados por um juízo diferente daquele que prolatou a 
decisão. 
Hipóteses de cabimento 
O cabimento depende da presença de vícios específicos que são trazidos pelo art. 897-A 
da CLT:
Art. 897-A. Caberão embargos de declaração da sentença ou acórdão, no prazo de cinco dias, devendo 
seu julgamento ocorrer na primeira audiência ou sessão subseqüente a sua apresentação, registrado 
na certidão, admitido efeito modificativo da decisão nos casos de omissão e contradição no julgado e 
manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso.
§1º Os erros materiais poderão ser corrigidos de ofício ou a requerimento de qualquer das partes.
§2º Eventual efeito modificativo dos embargos de declaração somente poderá ocorrer em virtude da 
correção de vício na decisão embargada e desde que ouvida a parte contrária, no prazo de 5 (cinco) dias.
§3º Os embargos de declaração interrompem o prazo para interposição de outros recursos, por qualquer 
das partes, salvo quando intempestivos, irregular a representação da parte ou ausente a sua assinatura.
Dessa forma, constatamos que o essencial para propor embargos de declaração é a 
presença dos elementos omissão, contradição, obscuridade ou manifesto equívoco no 
exame dos pressupostos extrínsecos do recurso.
OMISSÃO
Haverá omissão quando a decisão prolatada deixar de tangenciar determinados 
pontos ou questões sobre os quais o Juiz teria o dever de se pronunciar de ofício ou 
a requerimento. Dessa forma, o art. 1.022 do Código de Processo Civil, que aplica-se 
subsidiariamente ao processo do trabalho, pois considera como omissa a decisão que 
possuir os seguintes elementos:
• Deixar de se manifestar sobre a tese firmada em julgamento de casos repetitivos aplicá-
vel ao caso sob julgamento;
• Deixar de manifestar sobre incidentes de assunção de competência aplicável ao caso 
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sob julgamento;
• Se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua 
devida relação com a causa ou a questão decidida;
• Empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua 
incidência no caso em concreto.
• Invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
• Não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infir-
mar a conclusão adotada pelo julgador.
• Se limitar a invocar precedentes ou enunciado de súmula, sem identificar seus funda-
mentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta aqueles fun-
damentos;
• Deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela 
parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do 
entendimento.
CONTRADIÇÃO
Será contraditória decisão jurisdicional dotada de incoerência interna. Poderá ocorrer 
na fundamentação, no dispositivo, entre a fundamentação e o dispositivo ou entre a 
ementa e o corpo do acórdão. Um exemplo seria o Magistrado que fundamenta sua 
decisão no sentido de inocentar o reclamado ao pagamento de horas extras, contudo, 
no dispositivo, condena-o a pagar as referidas horas.
Uma ressalva importante é que não se deve falar em contradição quando a parte opõe 
embargos alegando que determinada decisão se faz contrária às provas presentes nos 
autos, visto que o que a parte busca a reforma da decisão e não um mero afastamento 
de contradições.OBSCURIDADE
O vício de obscuridade deve ser constatado quando faltar clareza ou precisão dentro 
da decisão. Importante destacar que o art. 897-A da CLT faz jus apenas a omissões, 
contradições e manifesto equívoco nos exames de pressupostos extrínsecos do recurso 
nos casos em que os embargos possuírem efeitos modificativos, não mencionando 
diretamente o caso da obscuridade. Isso se deve em decorrência do fato de que a 
obscuridade em si não tem efeito modificativo, posto que a única finalidade do embargo 
relativo à obscuridade é fazer com que o Magistrado realize um novo pronunciamento 
esclarecendo o teor do primeiro.
MANIFESTO EQUÍVOCO NO EXAME DE PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS DO RECURSO 
Essa situação não se constitui como vício presente no art. 1.022 do CPC. Sua previsão 
ocorre unicamente no processo do trabalho, em decorrência direta do art.897-A da CLT. 
Assim, nota-se que caberão os embargos declaratórios quando houver dois requisitos 
(cumulativos):
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• A existência de manifesto equivoco;
• O tratamento de pressupostos extrínsecos:
• Tempestividade;
• Representação;
• Preparo;
• Depósito recursal;
• Regularidade formal
Cumpre ressaltar que o TST possuía o entendimento de que a oposição de embargos 
declaratórios cujo objeto fosse o manifesto equívoco na análise dos pressupostos 
extrínsecos, somente seria cabível da decisão ad quem. Todavia, com o advento do CPC 
de 2015, que admitiu de forma expressa os embargos em qualquer situação judicial, o 
Tribunal Superior do Trabalho cancelou sua antiga Orientação Jurisprudencial nº 377, 
de forma a viabilizar os embargos com base no presente vício da decisão do juízo a quo, 
bem como do juízo ad quem.
DA CORREÇÃO DE ERROS MATERIAIS
No processo civil existe a possibilidade de correção de erros materiais presentes na decisão 
por meio dos embargos de declaração, conforme expresso pelo art. 1.022, III do CPC. 
Contudo, no direito do trabalho a correção desses erros não dependem da oposição de 
embargos de declaração, fato que pode ocorrer de ofício ou a requerimento de qualquer 
uma das partes por elaboração de uma simples petição, haja vista o estabelecido no 
artigo 897-A, §1º da CLT. Porem, não há qualquer impedimento de que a parte requisite 
a correção por meio de embargos declaratórios.
PRAZO PARA OPOSIÇÃO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Os embargos de declaração possuem regra de prazo diferente dos demais prazos 
recursais trabalhistas, possuindo prazo de 5 dias para sua oposição. Observe-se que a 
Fazenda, o Ministério Público do Trabalho e a Defensoria Pública têm prazo em dobro.
Importante destacar que os litisconsortes devem ter procuradores distintos, bem como 
de escritórios de advocacia distintos. Estes não dispõem de prazo em dobro para 
apresentar os embargos declaratórios, posto que não se aplica ao processo do trabalho 
o art. 1.023, §1º e o art. 229 do CPC, haja vista a incompatibilidade existente em vista da 
celeridade da Justiça Trabalhista.
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3. Recurso Ordinário no Processo do Trabalho
O recurso ordinário é o meio recursal utilizado no âmbito processual no qual as partes 
podem discutir novamente e de forma ampla, tanto em termos de direito quanto em 
termos de fatos, a matéria decidida em primeira instância, sendo, portanto, de natureza 
ordinária e de livre fundamentação pelas partes. O seu cabimento encontra-se na fase 
de conhecimento processual, haja vista que na fase executória o recurso adequado é o 
agravo de petição, sendo cabível inclusive nos procedimentos especiais.
A previsão legal do recurso ordinário encontra-se no art. 895 da CLT. Deve ser interposto 
dentro do prazo de 8 dias, sendo este o mesmo prazo para o protocolo das contrarrazões. 
Sempre importante ressaltar que a Fazenda, o Ministério Público do Trabalho e a 
Defensoria Pública têm o prazo em dobro.
O recurso ordinário possui devolutividade ampla, seja sob a ótica de sua profundidade, 
seja na extensão de seu conteúdo. Contudo, é importante frisar que existe um caso 
específico que leva em conta a concessão judicial de efeito suspensivo no recurso 
ordinário: trata-se da hipótese de recurso ordinário de sentença normativa, em que o 
presidente do TST confere efeito suspensivo na proporção e extensão conferidas em seu 
despacho.
Art. 895 . Cabe recurso ordinário para a instância superior:
I - das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias;
II - das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência 
originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos.
§1º - Nas reclamações sujeitas ao procedimento sumaríssimo, o recurso ordinário: 
I - (VETADO).
II - será imediatamente distribuído, uma vez recebido no Tribunal, devendo o relator liberá-lo no prazo 
máximo de dez dias, e a Secretaria do Tribunal ou Turma colocá-lo imediatamente em pauta para 
julgamento, sem revisor;
III - terá parecer oral do representante do Ministério Público presente à sessão de julgamento, se este 
entender necessário o parecer, com registro na certidão; 
IV - terá acórdão consistente unicamente na certidão de julgamento, com a indicação suficiente do 
processo e parte dispositiva, e das razões de decidir do voto prevalente. Se a sentença for confirmada 
pelos próprios fundamentos, a certidão de julgamento, registrando tal circunstância, servirá de acórdão.
§2º Os Tribunais Regionais, divididos em Turmas, poderão designar Turma para o julgamento dos recursos 
ordinários interpostos das sentenças prolatadas nas demandas sujeitas ao procedimento sumaríssimo. 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/Mensagem_Veto/2000/Mv0075-00.htm
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Hipóteses de Cabimento
Em regra, o recurso ordinário é cabível contra todas as decisões definitivas ou terminativas 
das varas do trabalho.
RECURSO ORDINÁRIO DE SENTENÇA
As decisões definitivas são, em regra, as que resolvem o mérito do processo, posto o 
art.487 do CPC:
Art. 487. Haverá resolução de mérito quando o juiz:
I- acolher ou rejeitar o pedido formulado na ação ou na reconvenção;
II- decidir, de ofício ou a requerimento, sobre a ocorrência de decadência ou prescrição;
IIl - homologar:
a) o reconhecimento da procedência do pedido formulado na ação ou na reconvenção;
b) a transação;
c) a renúncia à pretensão formulada na ação ou na reconvenção.
Parágrafo único. Ressalvada a hipótese do§ 1 o do art. 332, a prescrição e a decadência não serão 
reconhecidas sem que antes seja dada às partes oportunidade de manifestar-se.
Sob outra perspectiva, as decisões terminativas configuram-se como aquelas que 
extinguem o processo sem resolução de mérito, haja vista o art. 485 do CPC:
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
I - indeferir a petição inicial;
II- o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência das partes;
III- por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30 
(trinta) dias;
IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo;
V- reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada;
VI- verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual;
VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quando o juízo arbitral reconhecer 
sua competência;
VIII- homologar a desistência da ação;
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IX- em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e
X- nos demais casos prescritos neste Código.
RECURSO ORDINÁRIO DE ACÓRDÃO DO TRT
O recurso ordinário também é cabível contra decisões terminativas ou definitivas frente a 
competências originárias dos TRTs. Sendo assim, havendo recurso ordinário em dissídios 
coletivos, mandados de segurança e ações rescisórias, o órgão competente para julgar 
tal recurso é o TST por meio das sessões de dissídios coletivos. Nos casosde mandado 
de segurança, ações rescisórias e demais ações individuais de competência originária 
do TRT, ficam sob competência das sessões de dissídios individuais do TST.
RECURSO ORDINÁRIO DE DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS
Os recursos ordinários se aplicam a sentenças de primeira instância ou acórdãos 
decorrentes de decisões de competência originária do TRT. Todavia, o TST admitiu 
o recurso ordinário de decisões interlocutórias na hipótese de reconhecimento de 
incompetência territorial com remessa dos autos para TRT distinto aquele a que se 
vincula o juízo excepcionado (Súmula 214).
Há também o caso da incompetência absoluta, com o encaminhamento dos autos a 
outra Justiça (Federal ou Estadual). Mesmo se tratando de decisão interlocutória, o 
processo termina perante a justiça do trabalho, motivo pelo qual o art.799, §2º da CLT 
admite interposição de recurso.
Art. 799. Nas causas da jurisdição da Justiça do Trabalho, somente podem ser opostas, com suspensão do 
feito, as exceções de suspeição ou incompetência. [...]
§2º. Das decisões sobre exceções de suspeição e incompetência, salvo, quanto a estas, se terminativas do 
feito, não caberá recurso, podendo, no entanto, as partes alegá-las novamente no recurso que couber da 
decisão final. 
Ainda, é cabível o recurso ordinário da decisão que julga parcial e antecipadamente 
o mérito do processo, que corresponde ao julgamento antecipado dos pedidos ou 
parcela dos pedidos que já estejam em condições de imediato julgamento ou forem 
incontroversos, o que possibilita a formação de coisa julgada material. Dessa forma, o 
TST, pela normativa 36/2016, aceita o recurso ordinário, pois considera tais decisões 
interlocutórias como equivalentes a sentenças.
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Por fim, ressalta-se que todas as demais decisões interlocutórias não são recorríveis de 
imediato, haja vista o art. 893, §1º da CLT. Suas impugnações não ocorrerão imediatamente, 
mas no momento da sentença.
Juízo de Retratação
Como regra o juiz não pode alterar sua sentença após proferida, contudo há três hipóteses 
em que será possível o juiz se retratar.
• Com o indeferimento da liminar da petição inicial, o que provoca a extinção do processo 
sem resolução de mérito. Quando se trata de sentença, o recurso cabível no processo traba-
lhista é o recurso ordinário, que deve ser interposto no prazo de 8 dias. Com isso é faculta-
do a retratação do juiz no prazo de 5 dias, isto é, o próprio juiz que prolatou a decisão pode 
reformá-la.
• Com a extinção sem resolução de mérito. Interposto o recurso ordinário, o juiz terá 5 
dias para se retratar
• Com a improcedência liminar. Nesse caso, interposto o recurso, o juiz também tem 5 
dias para se retratar. Após, determinará o prosseguimento do processo com a citação do 
réu. Não havendo retratação, determinará citação do réu para apresentar contrarrazões no 
prazo de 8 dias.
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4. Recurso de Revista
Os recursos podem ser classificados conforme sua natureza em ordinários ou 
extraordinários. Os ordinários são aqueles que tutelam direitos subjetivos, ou seja, 
permitem discutir toda a matéria processual, de direito ou de fato. Já o recurso 
extraordinário se fundamenta sob tutela do direito objetivo, isto é, visa a exata aplicação 
do direito, sendo que a verificação fática ou o reexame de provas não são presentes 
(Súmula 126 do TST).
Assim, o recurso de revista possui natureza extraordinária. Ele não objetiva corrigir 
injustiças ou erros de fato no processo, mas verificar se a norma foi aplicada de forma 
correta ao caso em concreto. Além disso, busca a exata aplicação da norma e a 
uniformidade de interpretação da Constituição Federal para garantir a segurança jurídica 
das partes e efetiva aplicação da tutela jurisdicional.
Quanto ao reexame de provas, tanto a doutrina quanto a jurisprudência são enfáticas no 
seguinte sentido:
Súmula 279 do STF. Para simples reexame de prova não cabe recurso extra- ordinário.
Súmula 7 do STJ. Pretensão de simples reexame de prova não enseja recurso especial.
É necessário salientar que em tal recurso o direito subjetivo pode ser tutelado de 
modo indireto, pois a tutela do direito objetivo pode provocar benefícios para o 
direito subjetivo das partes.
O TST pode realizar qualificação jurídica dos fatos e só poderão ser qualificados se 
incontroversos ou se derivados do acórdão original.
PRAZO DO RECURSO DE REVISTA
Ele segue a regra geral dos recursos trabalhistas, devendo ser interposto em 8 dias. O 
mesmo prazo também vale para as contrarrazões do recurso de revista. Importante 
lembrar que a Fazenda, o Ministério Público do Trabalho e a Defensoria têm prazos em 
dobro.
HIPÓTESES DE CABIMENTO
A previsão legal do recurso de revista encontra-se no art. 896 da CLT
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Art. 896. Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das decisões proferidas 
em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando:
a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado outro Tribunal 
Regional do Trabalho, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior 
do Trabalho, ou contrariarem súmula de jurisprudência uniforme dessa Corte ou súmula vinculante do 
Supremo Tribunal Federal;
b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo, 
sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória em área territorial que exceda 
a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida, interpretação divergente, na forma da 
alínea a;
c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à Constituição 
Federal.
§1º-A. Sob pena de não conhecimento, é ônus da parte:
I - indicar o trecho da decisão recorrida que consubstancia o prequestionamento da controvérsia objeto 
do recurso de revista;
II - indicar, de forma explícita e fundamentada, contrariedade a dispositivo de lei, súmula ou orientação 
jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho que conflite com a decisão regional;
III - expor as razões do pedido de reforma, impugnando todos os fundamentos jurídicos da decisão 
recorrida, inclusive mediante demonstração analítica de cada dispositivo de lei, da Constituição Federal, 
de súmula ou orientação jurisprudencial cuja contrariedade aponte;
IV - transcrever na peça recursal, no caso de suscitar preliminar de nulidade de julgado por negativa 
de prestação jurisdicional, o trecho dos embargos declaratórios em que foi pedido o pronunciamento 
do tribunal sobre questão veiculada no recurso ordinário e o trecho da decisão regional que rejeitou os 
embargos quanto ao pedido, para cotejo e verificação, de plano, da ocorrência da omissão.
§2º Das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou por suas Turmas, em execução de 
sentença, inclusive em processo incidente de embargos de terceiro, não caberá Recurso de Revista, salvo 
na hipótese de ofensa direta e literal de norma da Constituição Federal. [...]
§7º A divergência apta a ensejar o recurso de revista deve ser atual, não se considerando como tal a 
ultrapassada por súmula do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal, ou superada 
por iterativa e notória jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho.
§8º Quando o recurso fundar-se em dissenso de julgados, incumbe ao recorrente o ônus de produzir prova 
da divergência jurisprudencial, mediante certidão, cópia ou citação do repositório de jurisprudência, oficial 
ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em que houver sido publicada a decisão divergente, ou 
ainda pela reprodução de julgado disponível na internet, com indicação da respectiva fonte, mencionando, 
em qualquer caso, as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados.
§9º Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, somente será admitido recurso de revista por 
contrariedade asúmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho ou a súmula vinculante 
do Supremo Tribunal Federal e por violação direta da Constituição Federal.
§10. Cabe recurso de revista por violação a lei federal, por divergência jurisprudencial e por ofensa à 
Constituição Federal nas execuções fiscais e nas controvérsias da fase de execução que envolvam a 
Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT), 
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Dessa forma, em suma, entende-se que cabe recurso de revista nas seguintes hipóteses:
• Divergência jurisprudencial;
• Violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à Constituição Fede-
ral da República.
A divergência jurisprudencial é considerada um pressuposto especifico para a 
interposição do recurso de revista, sendo que, nestes casos, a turma do TST somente 
analisará o mérito do recurso se demonstrada a divergência alegada, sendo este um 
juízo de admissibilidade para seu julgamento.
Ultrapassado esse juízo, a turma adentrará o mérito, definindo a melhor interpretação à 
norma que pode ser a do acórdão recorrido ou a realizada no acórdão-paradigma, ou 
até mesmo poderá optar por outra interpretação que entender mais adequada ao caso 
concreto.
Já quanto à violação de dispositivo constitucional, basta o recorrente invocar o dispositivo 
que considere violado para que se ultrapasse o juízo de admissibilidade do recurso. Após, 
a turma passa para o juízo de mérito, onde verificará se a decisão impugnada viola, ou 
não, o dispositivo indicado.
RECURSO DE REVISTA NO RITO SUMARÍSSIMO
No rito sumaríssimo o recurso de revista deve preencher os pressupostos supracitados. 
Todavia, tendo em vista a celeridade que se busca nesse rito, seu cabimento é restrito às 
seguintes hipóteses:
• Contrariedade à Súmula do TST;
• Contrariedade à súmula vinculante do STF;
• Violação de forma direta à Constituição Federal, visto o art. 896, §9º da CLT.
Desta forma, não cabe recurso de revista no rito sumaríssimo nas seguintes hipóteses:
§11. Quando o recurso tempestivo contiver defeito formal que não se repute grave, o Tribunal Superior do 
Trabalho poderá desconsiderar o vício ou mandar saná-lo, julgando o mérito.
§12. Da decisão denegatória caberá agravo, no prazo de 8 (oito) dias.
§13. Dada a relevância da matéria, por iniciativa de um dos membros da Seção Especializada em 
Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, aprovada pela maioria dos integrantes da Seção, o 
julgamento a que se refere o § 3opoderá ser afeto ao Tribunal Pleno. 
§14. O relator do recurso de revista poderá denegar-lhe seguimento, em decisão monocrática, nas 
hipóteses de intempestividade, deserção, irregularidade de representação ou de ausência de qualquer 
outro pressuposto extrínseco ou intrínseco de admissibilidade.
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• Violação de lei federal;
• Divergência jurisprudencial;
• Contrariedade à orientação jurisprudencial do TST.
RECURSO DE REVISTA NA FASE DE EXECUÇÃO
Na fase de execução o recurso de revista é ainda mais restrito, sendo somente admitido 
quando houver ofensa direta e literal à Constituição (art. 896, §2º, CLT). Dessa forma, 
segundo a Súmula nº 266 do TST:
Súmula no 266 do TST. Recurso de revista. Admissibilidade. Execução de sentença. A admissibilidade do 
recurso de revista interposto de acórdão proferido em agravo de petição, na liquidação de sentença ou em 
processo incidente na execução, inclusive os embargos de terceiro; depende de demonstração inequívoca 
de violência direta à Constituição Federal.
Ressalte-se que a Lei nº 13.015/14 ampliou o cabimento do recurso de revista na fase 
executória em duas hipóteses: a de execução fiscal e de controvérsias da fase de execução 
que envolvam certidão negativa de débitos trabalhistas. Em ambas as hipóteses caberá 
o recurso de revista nas seguintes hipóteses:
• Violação à lei federal;
• Divergência jurisprudencial;
• Ofensa à Constituição Federal.
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5. Agravos no Processo Trabalhista
Agravo de Petição no Processo Trabalhista
Ao contrário do processo civil, em que o recurso de apelação é utilizado tanto na fase de 
conhecimento quanto executória, os recursos no processo trabalhista são fracionados. 
Dessa forma, quando tratamos de decisões prolatadas na fase de conhecimento, o 
recurso cabível é o recurso ordinário, enquanto na fase executória, é o agravo de petição, 
devidamente previsto no art. 897, “a” da CLT:
 Art. 897. Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias
a) de petição, das decisões do Juiz ou Presidente, nas execuções; 
Assim, deve ser interposto no prazo de 8 dias, sendo o mesmo prazo para as contrarrazões, 
e sempre ressaltando que a Fazendo, Ministério Público do Trabalho e Defensoria Pública 
tem prazo dobrado.
EFEITOS
O art. 899 da CLT dispõe que os recursos trabalhistas terão efeito meramente devolutivo. 
No agravo de petição esse dispositivo deve ser interpretado conjuntamente com o art. 
897, §1º da CLT, o que provoca divergências na doutrina e jurisprudência.
Mesmo que os títulos judiciais definitivos não se transformem em provisórios, o art. 897, 
§1º da CLT contraria essa regra. Segundo o dispositivo, a parte não impugnada será 
executada até o final; entretanto, a parte impugnada, por ter efeito meramente devolutivo, 
poderá ser executada de forma provisória, sofrendo as limitações impostas pelo art. 520 
do CPC.
Necessário frisar que o prosseguimento da execução é permitido mesmo havendo agravo 
de petição de decisão de embargos à execução. Assim, não impedindo o prosseguimento 
da execução, o agravo de petição poderá ser interposto nos próprios autos, ocasião 
esta que a execução será feita por carta de sentença, ou em forma de instrumento, 
encaminhando-se ao tribunal as peças necessárias ao deslinde da controvérsia.
PROCEDIMENTO
O agravo de petição é interposto no juízo prolator da decisão impugnada, dirigindo suas 
razões recursais ao órgão competente para julgamento do mérito do recurso. A petição 
interposta é uma petição simples, mencionando o art. 899 da CLT. Todavia, as razões 
recursais devem ser devidamente fundamentadas, bem como deve delimitar as matérias 
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e os valores controversos. Dessa forma, uma vez interposto o agravo, há dois juízos de 
admissibilidade possíveis:
• Juízo de admissibilidade negativo: quando não estiverem presentes os pressupostos 
recursais, sendo que neste caso o recurso será processado, podendo o interessado se valer 
de agravo de instrumento, que será abordado no próximo tópico;
• Juízo de admissibilidade positivo, se presentes todos os pressupostos recursais.
• Neste caso o recurso deverá ser processado e as partes intimadas para a apresen-
tação de contrarrazões no prazo de 8 dias.Sendo o agravo de petição feito de forma 
instrumental, o recorrente deverá fornecer as peças necessárias para o exame das con-
trovérsias.
• Apresentadas as contrarrazões o juiz poderá reexaminar os pressupostos de admis-
sibilidade do recurso em questão. Mantida a admissibilidade, os autos serão encaminha-
dos para o juízo competente.
• Após chegar ao tribunal e passar por todos os trâmites administrativos, não sendo 
caso de decisão monocrática, o relator elaborará seu voto no prazo de 30 dias.
• Após isso, realizar-se-á a audiência de julgamento, onde os procuradores terão a 
oportunidade de realizar suas sustentações orais. Na audiência pode ser constatada a 
necessidade de produção de provas ou saneamento de vícios, para os quais o relator 
poderá determinar diligencias e pericias.
• Proferido os votos, o presidente anunciará o resultado do julgamento, designando 
para redigir o acórdão o relator ou, se este for vencido na decisão, o autor do primeiro 
voto vencedor. O voto pode ser alterado até o momento da proclamação do resultado 
pelo presidente. Salienta-se que o se for o caso do voto vencido, será necessariamente 
declarado e considerado parte integral do acórdão para todos os fins legais, inclusive 
possíveis prequestionamentos.• Após lavrado o acórdão, sua ementa será publicada no órgão oficial no prazo de 10 
dias.
Agravo de Instrumento no Processo Trabalhista
Vemos que no processo civil o agravo de instrumento possui a finalidade maior 
de impugnar as decisões interlocutórias. Já no processo do trabalho, as decisões 
de cunho interlocutório não são suscetíveis de interposição de recursos, tendo em 
vista o princípio da celeridade processual. Para essas decisões apenas são cabíveis 
impugnações de decisões negativas no primeiro juízo de admissibilidade dos recursos.
A previsão legal para o agravo de instrumento no processo trabalhista encontra-se no 
art. 897, “b” e §§2º a 7º da CLT:
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Art. 897. Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias: [...]
b) de instrumento, dos despachos que denegarem a interposição de recursos. [...]
§2º O agravo de instrumento interposto contra o despacho que não receber agravo de petição não 
suspende a execução da sentença.
§3º Na hipótese da alínea a deste artigo, o agravo será julgado pelo próprio tribunal, presidido pela 
autoridade recorrida, salvo se se tratar de decisão de Juiz do Trabalho de 1ª Instância ou de Juiz de Direito, 
quando o julgamento competirá a uma das Turmas do Tribunal Regional a que estiver subordinado o 
prolator da sentença, observado o disposto no art. 679, a quem este remeterá as peças necessárias para 
o exame da matéria controvertida, em autos apartados, ou nos próprios autos, se tiver sido determinada 
a extração de carta de sentença. 
§4º Na hipótese da alínea b deste artigo, o agravo será julgado pelo Tribunal que seria competente para 
conhecer o recurso cuja interposição foi denegada.
§5º Sob pena de não conhecimento, as partes promoverão a formação do instrumento do agravo de 
modo a possibilitar, caso provido, o imediato julgamento do recurso denegado, instruindo a petição de 
interposição:
I - obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada, da certidão da respectiva intimação, das procurações 
outorgadas aos advogados do agravante e do agravado, da petição inicial, da contestação, da decisão 
originária, do depósito recursal referente ao recurso que se pretende destrancar, da comprovação do 
recolhimento das custas e do depósito recursal a que se refere o § 7o do art. 899 desta Consolidação;
II - facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis ao deslinde da matéria de mérito 
controvertida.
§6º O agravado será intimado para oferecer resposta ao agravo e ao recurso principal, instruindo-a com as 
peças que considerar necessárias ao julgamento de ambos os recursos. 
§7º Provido o agravo, a Turma deliberará sobre o julgamento do recurso principal, observando-se, se for o 
caso, daí em diante, o procedimento relativo a esse recurso. 
PRAZO
O agravo de instrumento segue a regra geral dos recursos trabalhistas: 8 dias de prazo 
para sua interposição, sendo o mesmo prazo válido para as contrarrazões. Lembre-se 
que a Fazenda Pública, o Ministério Público do Trabalho e a Defensoria Pública tem o 
prazo dobrado. Nesse caso, apenas necessário de atentar ao fato de que o agravo que 
se destina a destrancar recurso extraordinário no STF tem prazo de 15 dias.
HIPÓTESE DE CABIMENTO 
No processo trabalhista o agravo de instrumento é uma modalidade recursal restrita 
porque não é destinado unicamente a destrancar recurso não processado no juízo a quo. 
Ele visa impugnar decisões negativas do primeiro juízo de admissibilidade do recurso.
Um exemplo prático seria quando determinada sentença condena a empresa X a pagar 
horas extras ao reclamante. Não se conformando com a decisão, interpõe-se o recurso 
ordinário. Entretanto, no primeiro juízo de admissibilidade, que é feito pelo órgão prolator 
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da sentença, o processamento do recurso é rejeitado sob argumento de que não houve 
pagamento correto das custas processuais. Dessa forma, para que o recurso ordinário 
possa chegar ao TRT, a empresa pode interpor o agravo de instrumento.
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6. Recurso Adesivo e Reexame Necessário
RECURSO ADESIVO
O recurso adesivo não é um tipo de recurso, mas uma forma de interpor um dos recursos 
já estudados. Em outras palavras, o recurso adesivo é a interposição de um recurso por 
quem não recorreu no prazo próprio, contudo, ao observar a interposição de recurso 
pela parte contrária, escolheu não apenas contrarrazoar o recurso oposto pela outra 
parte, mas também apresentar recurso próprio.
Observa-se, portanto, que o recurso adesivo é interposto posteriormente ao prazo de 
recurso autônomo, ou seja, no prazo que é aberto para contrarrazões. Assim, para que 
seja possível a utilização do recurso adesivo a outra parte deve ter recorrido, o que só 
é possível caso ocorra sucumbência reciproca, pois apenas nesse caso haverá interesse 
de recurso pelas duas partes (art.997, §1º, CPC).
Importante observar, ainda, que o recurso adesivo é interposto no prazo de resposta do 
recurso da outra parte, ou seja, o recurso adesivo é subordinado ao recurso da outra 
parte. Isso ocorre porque a parte, no prazo de interposição de recurso independente, 
não manifestou interesse de recorrer, apenas surgindo esse interesse quando a outra 
parte recorreu. Consequência dessa subordinação é insculpida do §2º do art. 997 do 
CPC:
Art.997, CPC. [...]
§2º O recurso adesivo fica subordinado ao recurso independente, sendo-lhe aplicáveis as mesmas regras 
deste quanto aos requisitos de admissibilidade e julgamento no tribunal, salvo disposição legal diversa, 
observado, ainda, o seguinte:
I - será dirigido ao órgão perante o qual o recurso independente fora interposto, no prazo de que a parte 
dispõe para responder; [...]
III - não será conhecido, se houver desistência do recurso principal ou se for ele considerado inadmissível.
Assim, a subordinação do recurso adesivo perante o recurso independente se relaciona 
com os requisitos de admissibilidade e julgamento, sendo a competência para julgamento 
do recurso adesivo a mesma do recurso principal. Em adição, maior consequência da 
vinculação entre recurso adesivo e principal é a subordinação do conhecimento daquele 
ao conhecimento deste, como preceitua o item II do §2º do art.997 CPC.
Por fim, o entendimento sumulado do TST encontra-se no sentido de entender 
compatível o recurso adesivo ao processo trabalhista, sendo possível a interposição 
adesiva do Recurso Ordinário (RO), do Agravo de Petição, do Recurso de Revista (RR) 
e de embargos, como se observa do texto da Súmula 283 da referida corte:
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Reexame Necessário
O reexame necessário também é conhecido como recurso obrigatório ou recurso ex 
officio, apesar de não ser considerado um recurso por faltar voluntariedade em sua 
interposição. Conceitua-se o reexame necessário como a garantia de que as sentenças 
contrárias, total ou parcialmente, à União, Estados, Municípios e Distrito Federal, 
bem como suas autarquias e fundações de direito público, sejam obrigatoriamente 
reexaminadas pelo Tribunal para que tenham eficácia, ainda que não haja provocação 
dos referidos entes.
O instituto em comento encontra-se previsto no art. 496 do CPC, de aplicação subsidiária 
ao direito processual laboral:
Art. 496. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo 
tribunal, a sentença:
I - proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e 
fundações de direito público;
II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal.
Depreende-se da análise do art. 496 que a remessa necessária não se aplica a pessoas 
jurídicas de direito privado, nem mesmo àquelas que integram a Administração Pública 
indireta, como é o caso de empresas públicas e sociedades de economia mista.
Vale ressaltar que mesmo o art.496 trazendo duas hipóteses de aplicação da remessa 
necessária, divididas em inciso I e II, estas redundam em apenas uma: decisões contrárias 
à FazendaPública. Isso ocorre porque a execução fiscal apenas pode ser promovida por 
entes da Fazenda Pública. Consequência dessa constatação é o fato de as sentenças 
de procedência dos embargos à execução fiscal serem decisões contrárias à Fazenda 
Pública.
Todavia, existem casos em que mesmo a sentença sendo contrária à União, Estados, 
Municípios, Distrito Federal, suas autarquias e fundações de direito público, não será 
reexaminada. Isso ocorre por força da previsão da Súmula 303, item I, do TST que traz 
limites de valores de condenação que, quando não ultrapassados, levam à inaplicabilidade 
do reexame necessário:
Súmula nº 283 do TST. RECURSO ADESIVO. PERTINÊNCIA NO PROCESSO DO TRABALHO. 
CORRELAÇÃO DE MATÉRIAS (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003. O recurso adesivo é 
compatível com o processo do trabalho e cabe, no prazo de 8 (oito) dias, nas hipóteses de interposição 
de recurso ordinário, de agravo de petição, de revista e de embargos, sendo desnecessário que a matéria 
nele veiculada esteja relacionada com a do recurso interposto pela parte contrária.
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Nessa senda, a mesma Súmula, em seu item II, ainda traz outras hipóteses que, quando 
configuradas no caso prático, obstam o reexame necessário:
Súmula nº 303 do TST. FAZENDA PÚBLICA. REEXAME NECESSÁRIO (nova redação em decorrência do 
CPC de 2015) - Res. 211/2016, DEJT divulgado em 24, 25 e 26.08.2016. [...]
II – Também não se sujeita ao duplo grau de jurisdição a decisão fundada em:
a) súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho;
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Tribunal Superior do Trabalho em julgamento 
de recursos repetitivos;
c) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de assunção de 
competência;
d) entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do próprio ente 
público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa.
Por fim, a Súmula 303, em seus itens III e IV, afirma que a ação rescisória está suscetível ao 
reexame necessário assim como o mandado de segurança, nos termos que se seguem:
Súmula nº 303 do TST. FAZENDA PÚBLICA. REEXAME NECESSÁRIO (nova redação em decorrência do 
CPC de 2015) - Res. 211/2016, DEJT divulgado em 24, 25 e 26.08.2016.
I - Em dissídio individual, está sujeita ao reexame necessário, mesmo na vigência da Constituição Federal 
de 1988, decisão contrária à Fazenda Pública, salvo quando a condenação não ultrapassar o valor 
correspondente a:
a) 1.000 (mil) salários mínimos para a União e as respectivas autarquias e fundações de direito público;
b) 500 (quinhentos) salários mínimos para os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias e 
fundações de direito público e os Municípios que constituam capitais dos Estados;
c) 100 (cem) salários mínimos para todos os demais Municípios e respectivas autarquias e fundações de 
direito público.
Súmula nº 303 do TST. FAZENDA PÚBLICA. REEXAME NECESSÁRIO (nova redação em decorrência do 
CPC de 2015) - Res. 211/2016, DEJT divulgado em 24, 25 e 26.08.2016. [...]
III - Em ação rescisória, a decisão proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho está sujeita ao duplo grau 
de jurisdição obrigatório quando desfavorável ao ente público, exceto nas hipóteses dos incisos anteriores. 
(ex-OJ nº 71 da SBDI-1 - inserida em 03.06.1996).
IV - Em mandado de segurança, somente cabe reexame necessário se, na relação processual, figurar 
pessoa jurídica de direito público como parte prejudicada pela concessão da ordem. Tal situação não 
ocorre na hipótese de figurar no feito como impetrante e terceiro interessado pessoa de direito privado, 
ressalvada a hipótese de matéria administrativa. (ex-OJs nºs 72 e 73 da SBDI-1 – inseridas, respectivamente, 
em 25.11.1996 e 03.06.1996)
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