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Medicamentos na Prática Clinica - Barros - 1ed-558

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Amicacina (A) 
Nomes comerciais. Amicilon®, Nova-
min® 
Apresentações. Amp com 100, 250 e 500 
mg em 2 mL, e fr-amp com 1 g, em 4 mL. 
Disponíveis nos hospitais de referência 
para o tratamento da tuberculose mul-
tirresistente. 
Mecanismo de ação. Embora seja um fár-
maco bactericida, com mecanismo de ação 
ainda não perfeitamente estabelecido, a 
amicacina, à semelhança da estreptomici-
na, atua na inibição da síntese proteica do 
bacilo da tuberculose e de algumas mico-
bactérias atípicas. , 
Espectro. E ativa sobre o Mycobacterium 
tuberculosis, sendo que 990/o das cepas são 
inibidas com níveis séricos de 4 µg/mL. As 
micobactérias do Complexo Avium-intra-
celullare (MAC) são inibidas, in vitro, por 
8-32 µg/mL. 
Uso nas micobacterioses. Na nova pro-
posta do PNCT/MS, a amicacina deverá 
substituir a estreptomicina no esquema 
de multirresistência, nos pacientes que 
já tenham utilizado este último fármaco. 
Além disso, faz parte do esquema para 
TBMR ainda em uso no País, juntamente 
com ofloxacina, terizidona, pirazinamida 
e etambutol, e compõe esquemas com 
múltiplos fármacos no tratamento de mi-
cobacterioses atípicas. 
Contraindicação. Hipersensibilidade aos 
componentes da fórmula. Pode ocorrer 
hipersensibilidade cruzada com outros 
aminoglicosídeos. 
Posologia. Nos esquemas que compõem 
o tratamento da tuberculose multirre-
sistente, utilizar as mesmas doses da es-
treptomicina (Tab. 34.2), em dose única 
diária. 
Medicamentos na prática clínica 559 
Parâmetros farmacocinéticos 
• Absorção: praticamente não é absorvi-
da pelo tubo digestivo, mas é absorvida 
rapidamente após injeção IM. 
• Pico sérico: 20 µg/mL, após injeção IM 
de 7,5 mg/kg, e uma concentração 12 
h após a administração de entre 5-1 O 
µg/mL. 
• Distribuição: nos tecidos e secreções as 
concentrações são baixas, subterapêu-
ticas. No líquido cerebrospinal, mesmo 
quando as meninges estão inflamadas, 
a concentração não passa de 250/o da 
concentração plasmática. 
• Eliminação: praticamente não é meta-
bolizada, sendo excretada quase intei-
ramente por filtração glomerular e em 
forma inalterada. 
Modo de administração. Via IM. Pode ser 
administrada por infusão EV em SF, SG ou 
SGF, durante 30-60 minutos. 
Ajuste para função hepática e renal. Não 
é necessário ajuste na IH. Administrar 
12-15 mg/kg/ dose, 2 ou 3x/ semana, em 
pacientes com DCE < 30 mL/min ou em 
hemodiálise. 
Efeitos adversos. Os principais são oto-
toxicidade (mais comumente da função 
auditiva) e nefrotoxicidade, relacionados 
a elevadas concentrações plasmáticas do 
fármaco. Enquanto a nefrotoxicidade é ge-
ralmente reversível, o dano auditivo pode 
ser permanente, por destruição das célu-
las sensoriais da cóclea. Pacientes idosos e 
aqueles com danos otológicos ou nefrológi-
cos prévios são mais suscetíveis. Além des-
ses efeitos adversos, pode haver bloqueio 
neuromuscular, anafilaxia, reações alérgi-
cas cutâneas, eosinofilia, febre, discrasias 
sanguíneas, angioedema e estomatite.

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