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1- Letra D. Joan resolveu se casar por influência da sociedade na qual vivia e de sua mãe e sua amiga, pois ao ver que todas as suas amigas estavam se casando e ela ficando para trás, por ter uma baixa auto estima e ser influenciada pelo meio no qual se encontrava, decidiu se casar. Ela então escolheu um homem popular que era apreciado por várias pessoas e acreditou na hipótese que ao se casar com ele também seria apreciada. Ela afirma que se sentia segura com ele por mais que acreditasse que ele não fosse realmente sincero, porém por não saber o que faria após sua formação optou pelo casamento. Percebe-se que Joan nega seus sentimentos e quando ela diz em pensamento em meios às dúvidas que a assolavam: “Elas sabem o que é melhor para você e, como você não sabe, o certo mesmo é seguir o conselho delas.” Ela nega o seu Eu e cede as pressões do seu meio social, por medo de enfrentar seus problemas resolveu criar a ilusão de que seria resolvido através de uma outra pessoa, ou seja pelo Max, o homem a qual iria se casar. Rogers afirma que a imagem de si é fluida e está sempre se modificando e que essas mudanças são construídas por meio das relações com os outros e com o mundo. Sendo formada a partir das experiências pessoais. Sendo assim, no Caso de Joan, foi o criado o Self ideal, pois ela não estava satisfeita com sua realidade atual e estava com dificuldades em aceita- la, por isso criou uma imagem de si ideal, aquilo que ela desejava ser e internalizou que seria o correto. Essa imagem não é construída com suas experiências e sim se apropriando de experiências de outras pessoas. Pois isso tomou a iniciativa do casamento, pelo fato de ter sido influenciada por experiências de outras pessoas. Quando Joan fala a verdade para Max e ele responde que ela aprenderá ama-lo e depois de um tempo ela desenvolve um amor por ele e esse amor foi apenas um amor de irmãos e que os sentimentos dela não foram além disso, Joan percebe que precisava se ouvir e que sim, por mais que fosse insegura ela tinha razão. Entende- se nesse caso que ela precisava fazer a construção do Self congruente, ou seja, estar em funcionamento integral e ser livre para responder e experienciar suas respostas às situações, que Rogers chama de viver uma vida plena. Sabemos que hoje em dia isso acontece frequentemente, por muita das vezes não vivemos ou fazemos o que gostaríamos por influência do meio em que vivemos, ou então por acreditar que aquilo que queremos ou gostamos não seja o certo, a importância de se ouvir e de ter sua própria opinião diante uma sociedade é extremamente importante, pois somos seres singulares e de realidades individuais, devemos viver aquilo que nos fazem felizes e que realmente traz a realização para o ser humano. Independentemente se isso se encaixa no ambiente em que vivemos ou não. Referências: BUGENTAL, James F. T. O Eu: Processo ou Ilusão? In GREENING, Tho0mas C. (Org.). Psicologia Existencial-Humanista. Trad. De Eduardo de Almeida. Rio de Janeiro: Zahar, 1975. ERTHAL, Tereza Cristina Saldanha. Trilogia da Existência. Teoria e Prática da Psicoterapia Vivencial. Curitiba: Appris, 2013. EVANS, R. I. Carl Rogers: o homem e suas ideias. São Paulo: Martins Fontes, 1979. FADIMAN, James e FRAGER, Robert. Teorias da personalidade. São Paulo: HARBRA, 1986. GUIMARÃES, Suzana Ferreira. A modificação da auto-imagem: da pessoa- critério à Psicoterapia. 2010. 63 f. Monografia. Faculdade de Ciências da Educação e Saúde – FACES Do Centro Universitário de Brasília – UniCEUB. Brasília. GUIMARÃES, Aline Pinheiro Macedo e SILVA NETO, Melchisedech César. A formação do self e a dependência afetiva: uma revisão bibliográfica da abordagem centrada na pessoa. Revista Nufen: Phenomenology and Interdisciplinarity. UFBA, Belém, 7(2), 48-77, agosto – dezembro, 2015. MEIRELES, Emanuel. Abordagem Centrada na Pessoa: Método, Influências, visão de Ciência Aplicações da teoria de Carl Rogers. Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, abril de 2002. Disponível em http://www.rogeriana.com/meireles/metodo01.htm. Acessado em: 8/07/2008. ROGERS, Carl R. Um Jeito de Ser. São Paulo: Editora Pedagógica Universitária (EPU), 1983. ROGERS, Carl R. Psicoterapia e consulta psicológica. 3ª ed. São Paulo: Martins Fontes, 2005. ROGERS, CARL R. e KINGET, G. MARIAN. Psicoterapia e relações humanas: teoria e Prática da terapia não-diretiva (2 vols.). 2. Ed. Belo Horizonte: Interlivros, 1977. ROGERS, Carl R. Novas formas do amor. O casamento e suas alternativas. Trad. De Octavio Mendes Cajado. 4.ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1977 [1972] RUDIO, Fan Victor Orientação não-diretiva: na educação, no aconselhamento e na psicoterapia. 14ª ed. Petrópolis: Vozes, 2003. SARTRE, Jean-Paul. O ser e o nada. Ensaio de ontologia fenomenológica. Petrópolis: Vozes, 2001. http://www.rogeriana.com/meireles/metodo01.htm
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