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Manejo do período seco e período de transição - Período de transição é muito importante na vida da vaca e do produtor. - Período seco é um período de descanso; Período seco Período de repouso: - Período em que a vaca não está lactante; - Importante para regeneração da glândula mamária; - Tratamento da vaca seca; - Observação do EC (3,0 a 3,35). - Período de descanso; Período de transição: - Adaptação à dieta pós-parto. - Prevenção de distúrbios metabólicos > manejo de conforto térmico, físico etc. - Duração de 45 a 60 dias; - Fases: 4 semanas iniciais: exigências nutricionais facilmente alcançadas (mantença + gestação), adequado consumo de alimentos, GP de 0,5 a 0,7kg; 4 semanas finais: feto ocupa os espaços na cavidade abdominal, consumo voluntário de MS não é suficiente, animal mobiliza gordura para crescimento do feto, distúrbios metabólicos – o feto ocupa maior parte da cavidade abdominal; *Aumentar consumo de matéria seca e diminuir o BEN para que não ocorra distúrbios metabólicos. · Involução ativa > primeiros dias em que para de ordenhar a vaca > há várias modificações de glândula mamária; pressão nos alvéolos causando maior incidência de infecções; nos primeiros dias não temos o tampão de queratina; · Involução constante > dura o tempo que for necessário, até começar a produzir colostro novamente > não há grandes mudanças, sem muitas chances de infecções de glândula mamária; presença do tampão de queratina temos uma barreira física impedindo os microorganismos entrarem na glândula mamária; · Colostrogênese > início da produção do colostro, começa a ser produzido alguns dias antes do parto; 15 a 20 dias antes do parto; regeneração e diferenciação celular; aumento da susceptibilidade à infecções; Imunoglobulinas da vaca vão ser direcionadas as glândulas mamarias e em decorrência disso, a vaca fica imunossuprimida, por isso na colostrogenese há o aumento da susceptibilidade à infecções. - Animal está altamente susceptível a infecções intra-mamárias, principalmente na fase de involução ativa > por conta do encurtamento do canal do teto, fazendo com que o esfíncter não fique completamente fechado, aumentando as chances de entrada de microrganismos; - Fase de colostrogênese exige muito da vaca > imunossuprimida. Eliminação de casos existente de mastite subclínica > fase não produtiva > terapia vaca seca > concentrações de antibióticos > não há descarte de leite com resíduos. *Secagem das vacas é muito importante para fazer o tratamento de mastite subclínica. Tratamento da vaca seca - 2 objetivos; - Impedir novas infecções > antibiótico intramamário; - 1 bisnaga por teto; - Tratar mastite subclínica (quantidade de células somáticas alta); - Selante > serve como barreira física, vedando o canal do teto. - Tratamento completo = antibiótico + selante. Trata 80% das mastites subclínicas já existentes; Previne 80% de novas infecções; - Planilha de controle com a secagem das vacas: antibióticos usados, qual a vaca foi feita secagem, se utilizou ou não selante, prinicipio ativo do antibiótico, marca do selante, via de aplicação do antibiótico. Métodos de secagem - Abrupta > até 15L/dia; interrupção das ordenhas em um dia específico com base na data prevista de parto; total de dias desejado para o período seco; - Quando a produção de leite da vaca está baixa - Intermitente: · Redução da frequência diária de ordenha durante um período determinado; · Vacas de alta produção · Estão próximas ao parto; · Redução do concentrado uma semana antes > reduz a produção de leite. · Redução da produção de leite a um volume desejado; Alimentação após a secagem: - Vaca não pode receber a mesma alimentação > não recebe mais concentrado, apenas pasto e sal mineral. - Superalimentação (confinamento) > vaca não pode ficar acima do peso na hora do parto; - Subalimentação (pasto) > má qualidade, estado nutricional piora. - Vaca deve manter o EC. Vacas com PL < 5L/dia: - Secagem abrupta; - Separar do lote > exigência nutricional muda; - Retirar o concentrado da vaca as vezes é o suficiente > ou colocar em um pasto de menor qualidade. Vacas entre 5 e 15L/dia: - Secagem abrupta; - Retira o concentrado, coloca em pasto de menor qualidade, separa do lote. Vacas com mais de 15L/dia: - Secagem intermitente; - Retira o concentrado uma semana antes de começar o período seco > diminuindo gradativamente; - Um dia depois da secagem, muda a alimentação volumosa > pasto de pior qualidade; - Ordenha intermitente > vai deixando de ordenhar aos poucos. Período de transição - Transição entre o período seco e o início da lactação - 3 semanas pré-parto > 3 semanas pós-parto - Período de 21 dias antes e 21 dias depois do parto. - Período crítico > vaca gestante e não lactante passa para uma fase lactante e não gestante; - Envolve mudanças hormonais > causa diversas complicações. - Baixa exigência > final da lactação; - Alterações endócrinas, metabólicas e distúrbios; - Alta exigência > crescimento do bezerro; *A vaca passa pelo BEN, tem diversas mudanças endócrinas e metabólicas, adaptação do rúmen e as mudanças nutricionais e devido o animal estar produzindo colostro, tem a queda da imunidade. - Curva vermelha = energia que precisa para produzir leite; - Curva laranja = consumo de matéria seca; - Curva azul = estoque de energia no corpo da vaca. - Quadro de balanço energético negativo > vaca produz mais do que consume, esgotando reservas de energia do corpo. Corte transversal de um abdômen de uma vaca. A medida que vai passando a gestação, vai aumentando o útero e diminuindo capacidade do rúmen. Um dos motivos pelo qual a vaca não consegue se alimentar adequadamente. Compressão física + gordura abdominal = dificulta consumo de matéria seca. Declínio do consumo pós-parto. 6 dias depois > problema grave. Balanço energético negativo (BEN) - É tão crítico que não dura apenas o período de transição, pode durar mais do que isso; - Pode durar do pré-parto até a 8ª semana de lactação. - 2 fatores principais do baixo consumo > físico (rúmen pequeno) e metabólico (não tem como resolver); - Triglicerídeos > Ácidos Graxos Não Esterificados (quando está excessivamente alto, é um indicador de que vaca está em BEN); - Liberação de corpos cetônicos no fígado; - Mobilização de reservas > glândula mamária utiliza glicose, enquanto outros tecidos utilizam corpos cetônicos. - Muitas vezes também está em balanço proteico negativo > também mobiliza tecido muscular para utilizar aminoácidos > nem sempre acontece, mais comum em vacas de alta produção; - Sistema imunológico > vaca imunossuprimida > falta aminoácidos específicos para utilizar no sistema imune; - Alta susceptibilidade a distúrbios metabólicos e infecciosos pós-parto. Cetose - Re-esterificação (transforma ácidos graxos em triglicerídeos) não acontece; - Corpos cetônicos utilizados por outros tecidos > problema é quando estão em excesso. Esteatose hepática ou fígado gorduroso - Beta-oxidação tem limite > não consegue produzir mais Acetil-CoA a partir de ácidos graxos não esterificados; - AGNE > re-esterificado > formação de triglicerídeos: · Exportado para corrente sanguínea em forma de VLDL; · Deposição intracelular > fígado gorduroso. - Vacas leiteiras de alta produção; - Situações que provoquem anorexia. Hipocalcemia - Mecanismos homeostáticos: paratormônio calcitonina 1,25-dihidroxivitamina D; - 24 a 72 horas após parto; - Dieta aniônica > contorna hipocalcemia. - 8,5 – 11,5 mg/dL: · 8 – 5 mg/dL > subclínica; · < 5 mg/dL > clínica. - Nível de produção; - Idade da vaca > mais velhas; - Raças > Jersey. - 24 a 72horas pós-parto; - Vacas de alta produção; Sinais clínicos: apatia, perda de apetite, extremidades frias, tremores musculares, ranger dos dentes, protusão da língua e rigidez durante o decúbito, parada ruminal e morte. Outros distúrbios pós-parto - Hipomagnesemia; - Deslocamento de abomaso; - Acidose/laminite; - Retenção de placenta; - Mastite. Manejo de vacas no período de transição - Divisão de lotes > fornecimentode dieta mais energética e prevenção de distúrbios pós-parto; - Monitoramento da condição corporal > ECC > próximo de 3,0 ao parto previne distúrbios metabólicos. - Vacas muito gordas > mobiliza muita reserva > cetose. Manejo alimentar - Maximizar o consumo; - Aumenta concentrado > amido; - Aumenta gordura > semente de oleaginosas, óleos, caroço de algodão, grão de soja etc.; - Fontes de pectina > carboidratos de fácil fermentação e não causam acidose; - Garantir volumoso de alta qualidade para a vaca. - Alimento fresco durante todo o dia; - Alimentação à vontade; - Alimentação 2 ou 4 vezes por dia > push-up; - Disponibilidade de água limpa e de qualidade; - Cochos limpos; - Ausência de lama e presença de sombra; - Adequado espaço de cocho (60-80cm/vaca); - Fácil acesso; - Formule, misture e forneça dietas contendo todos os nutrientes exigidos em quantidades suficientes. - CMS um dia antes ao parto apresenta correlação (r = 0,54) com o consumo ao 21º dia pós-parto. Uso de aditivos: Precursores gliconeogênicos: - Evita acidose e excesso de mobilização de reserva; - Propilenoglicol > transformado em propionato > transformado em glicose; - Dose: · 300g/dia pré-parto; · 100g/dia pós-parto; · Drench (solução cheia de minerais e propilenoglicol). Colina: - Evita acúmulo de gordura no fígado; - É parte integrante da VLDL (colina + metionina) > aumenta capacidade do fígado de produzir VLDL e transportar triglicerídeos; - Dose: · 6-50g/d; · > 15g/d. Sais aniônicos: - Diminuição do pH sanguíneo > aumenta ação do paratormônio > aumenta vitamina D > aumenta reabsorção óssea > aumenta Ca sanguíneo; - Dieta aniônica pré-parto; - DECAD (Diferença cátion-aniônica da dieta): · Adição de sulfatos e cloretos de amônia, cálcio ou magnésio; · Pré: - 150 mEq/kgMS; · Pós: + 50 mEq/kgMS. - Avalia se está funcionando através do pH urinário > deve estar entre 6,2 a 6,8 (holandês). Leveduras - Controlar o PH ruminal; - Melhora digestibilidade das fibras; - Estimula a produção de AGV; - Melhora IMS > início da lactação, palatável; Outros: - Tamponantes; - Metionina; - Vitamina D; - Niacina; - Ionóforos. Bem-estar e conforto - Conforto da vaca; - Interações sociais; - Espaço de cocho/baia/cama; - Agrupamento; - Qualidade das interações humanas.
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