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Aula 13 - Manejo do Período Seco e Período de Transição

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Manejo do período seco e período de transição
- Período de transição é muito importante na vida da vaca e do produtor.
- Período seco é um período de descanso;
Período seco
Período de repouso:
- Período em que a vaca não está lactante;
- Importante para regeneração da glândula mamária;
- Tratamento da vaca seca;
- Observação do EC (3,0 a 3,35).
- Período de descanso;
Período de transição:
- Adaptação à dieta pós-parto.
- Prevenção de distúrbios metabólicos > manejo de conforto térmico, físico etc.
- Duração de 45 a 60 dias;
- Fases:
4 semanas iniciais: exigências nutricionais facilmente alcançadas (mantença + gestação), adequado consumo de alimentos, GP de 0,5 a 0,7kg;
4 semanas finais: feto ocupa os espaços na cavidade abdominal, consumo voluntário de MS não é suficiente, animal mobiliza gordura para crescimento do feto, distúrbios metabólicos – o feto ocupa maior parte da cavidade abdominal;
*Aumentar consumo de matéria seca e diminuir o BEN para que não ocorra distúrbios metabólicos.
· Involução ativa > primeiros dias em que para de ordenhar a vaca > há várias modificações de glândula mamária; pressão nos alvéolos causando maior incidência de infecções; nos primeiros dias não temos o tampão de queratina;
· Involução constante > dura o tempo que for necessário, até começar a produzir colostro novamente > não há grandes mudanças, sem muitas chances de infecções de glândula mamária; presença do tampão de queratina temos uma barreira física impedindo os microorganismos entrarem na glândula mamária;
· Colostrogênese > início da produção do colostro, começa a ser produzido alguns dias antes do parto; 15 a 20 dias antes do parto; regeneração e diferenciação celular; aumento da susceptibilidade à infecções;
Imunoglobulinas da vaca vão ser direcionadas as glândulas mamarias e em decorrência disso, a vaca fica imunossuprimida, por isso na colostrogenese há o aumento da susceptibilidade à infecções.
- Animal está altamente susceptível a infecções intra-mamárias, principalmente na fase de involução ativa > por conta do encurtamento do canal do teto, fazendo com que o esfíncter não fique completamente fechado, aumentando as chances de entrada de microrganismos;
- Fase de colostrogênese exige muito da vaca > imunossuprimida.
Eliminação de casos existente de mastite subclínica > fase não produtiva > terapia vaca seca > concentrações de antibióticos > não há descarte de leite com resíduos.
*Secagem das vacas é muito importante para fazer o tratamento de mastite subclínica. 
Tratamento da vaca seca
- 2 objetivos;
- Impedir novas infecções > antibiótico intramamário;
	- 1 bisnaga por teto;
- Tratar mastite subclínica (quantidade de células somáticas alta);
- Selante > serve como barreira física, vedando o canal do teto.
- Tratamento completo = antibiótico + selante.
Trata 80% das mastites subclínicas já existentes;
Previne 80% de novas infecções;
- Planilha de controle com a secagem das vacas: antibióticos usados, qual a vaca foi feita secagem, se utilizou ou não selante, prinicipio ativo do antibiótico, marca do selante, via de aplicação do antibiótico. 
Métodos de secagem
- Abrupta > até 15L/dia; interrupção das ordenhas em um dia específico com base na data prevista de parto; total de dias desejado para o período seco;
	- Quando a produção de leite da vaca está baixa
- Intermitente:
· Redução da frequência diária de ordenha durante um período determinado;
· Vacas de alta produção
· Estão próximas ao parto;
· Redução do concentrado uma semana antes > reduz a produção de leite.
· Redução da produção de leite a um volume desejado;
Alimentação após a secagem:
- Vaca não pode receber a mesma alimentação > não recebe mais concentrado, apenas pasto e sal mineral.
- Superalimentação (confinamento) > vaca não pode ficar acima do peso na hora do parto;
- Subalimentação (pasto) > má qualidade, estado nutricional piora.
- Vaca deve manter o EC.
Vacas com PL < 5L/dia:
- Secagem abrupta;
- Separar do lote > exigência nutricional muda;
- Retirar o concentrado da vaca as vezes é o suficiente > ou colocar em um pasto de menor qualidade.
Vacas entre 5 e 15L/dia:
- Secagem abrupta;
- Retira o concentrado, coloca em pasto de menor qualidade, separa do lote.
Vacas com mais de 15L/dia:
- Secagem intermitente;
- Retira o concentrado uma semana antes de começar o período seco > diminuindo gradativamente;
- Um dia depois da secagem, muda a alimentação volumosa > pasto de pior qualidade;
- Ordenha intermitente > vai deixando de ordenhar aos poucos.
Período de transição
- Transição entre o período seco e o início da lactação
- 3 semanas pré-parto > 3 semanas pós-parto
- Período de 21 dias antes e 21 dias depois do parto.
- Período crítico > vaca gestante e não lactante passa para uma fase lactante e não gestante;
- Envolve mudanças hormonais > causa diversas complicações.
- Baixa exigência > final da lactação;
- Alterações endócrinas, metabólicas e distúrbios;
- Alta exigência > crescimento do bezerro;
*A vaca passa pelo BEN, tem diversas mudanças endócrinas e metabólicas, adaptação do rúmen e as mudanças nutricionais e devido o animal estar produzindo colostro, tem a queda da imunidade. 
- Curva vermelha = energia que precisa para produzir leite;
- Curva laranja = consumo de matéria seca;
- Curva azul = estoque de energia no corpo da vaca.
- Quadro de balanço energético negativo > vaca produz mais do que consume, esgotando reservas de energia do corpo.
Corte transversal de um abdômen de uma vaca. A medida que vai passando a gestação, vai aumentando o útero e diminuindo capacidade do rúmen. Um dos motivos pelo qual a vaca não consegue se alimentar adequadamente.
Compressão física + gordura abdominal = dificulta consumo de matéria seca.
Declínio do consumo pós-parto. 6 dias depois > problema grave.
Balanço energético negativo (BEN)
- É tão crítico que não dura apenas o período de transição, pode durar mais do que isso;
- Pode durar do pré-parto até a 8ª semana de lactação.
- 2 fatores principais do baixo consumo > físico (rúmen pequeno) e metabólico (não tem como resolver);
- Triglicerídeos > Ácidos Graxos Não Esterificados (quando está excessivamente alto, é um indicador de que vaca está em BEN);
- Liberação de corpos cetônicos no fígado;
- Mobilização de reservas > glândula mamária utiliza glicose, enquanto outros tecidos utilizam corpos cetônicos.
- Muitas vezes também está em balanço proteico negativo > também mobiliza tecido muscular para utilizar aminoácidos > nem sempre acontece, mais comum em vacas de alta produção;
- Sistema imunológico > vaca imunossuprimida > falta aminoácidos específicos para utilizar no sistema imune;
- Alta susceptibilidade a distúrbios metabólicos e infecciosos pós-parto.
Cetose
- Re-esterificação (transforma ácidos graxos em triglicerídeos) não acontece;
- Corpos cetônicos utilizados por outros tecidos > problema é quando estão em excesso.
Esteatose hepática ou fígado gorduroso
- Beta-oxidação tem limite > não consegue produzir mais Acetil-CoA a partir de ácidos graxos não esterificados;
- AGNE > re-esterificado > formação de triglicerídeos:
· Exportado para corrente sanguínea em forma de VLDL;
· Deposição intracelular > fígado gorduroso.
- Vacas leiteiras de alta produção;
- Situações que provoquem anorexia.
Hipocalcemia
- Mecanismos homeostáticos: paratormônio calcitonina 1,25-dihidroxivitamina D;
- 24 a 72 horas após parto;
- Dieta aniônica > contorna hipocalcemia.
- 8,5 – 11,5 mg/dL:
· 8 – 5 mg/dL > subclínica;
· < 5 mg/dL > clínica.
- Nível de produção;
- Idade da vaca > mais velhas;
- Raças > Jersey.
- 24 a 72horas pós-parto;
- Vacas de alta produção;
Sinais clínicos: apatia, perda de apetite, extremidades frias, tremores musculares, ranger dos dentes, protusão da língua e rigidez durante o decúbito, parada ruminal e morte.
Outros distúrbios pós-parto
- Hipomagnesemia;
- Deslocamento de abomaso;
- Acidose/laminite;
- Retenção de placenta;
- Mastite.
Manejo de vacas no período de transição
- Divisão de lotes > fornecimentode dieta mais energética e prevenção de distúrbios pós-parto;
- Monitoramento da condição corporal > ECC > próximo de 3,0 ao parto previne distúrbios metabólicos.
- Vacas muito gordas > mobiliza muita reserva > cetose.
Manejo alimentar
- Maximizar o consumo;
- Aumenta concentrado > amido;
- Aumenta gordura > semente de oleaginosas, óleos, caroço de algodão, grão de soja etc.;
- Fontes de pectina > carboidratos de fácil fermentação e não causam acidose;
- Garantir volumoso de alta qualidade para a vaca.
- Alimento fresco durante todo o dia;
- Alimentação à vontade;
- Alimentação 2 ou 4 vezes por dia > push-up;
- Disponibilidade de água limpa e de qualidade;
- Cochos limpos;
- Ausência de lama e presença de sombra;
- Adequado espaço de cocho (60-80cm/vaca);
- Fácil acesso;
- Formule, misture e forneça dietas contendo todos os nutrientes exigidos em quantidades suficientes.
- CMS um dia antes ao parto apresenta correlação (r = 0,54) com o consumo ao 21º dia pós-parto.
Uso de aditivos:
Precursores gliconeogênicos:
- Evita acidose e excesso de mobilização de reserva;
- Propilenoglicol > transformado em propionato > transformado em glicose;
- Dose: 
· 300g/dia pré-parto;
· 100g/dia pós-parto;
· Drench (solução cheia de minerais e propilenoglicol).
Colina:
- Evita acúmulo de gordura no fígado;
- É parte integrante da VLDL (colina + metionina) > aumenta capacidade do fígado de produzir VLDL e transportar triglicerídeos;
- Dose:
· 6-50g/d;
· > 15g/d.
Sais aniônicos:
- Diminuição do pH sanguíneo > aumenta ação do paratormônio > aumenta vitamina D > aumenta reabsorção óssea > aumenta Ca sanguíneo;
- Dieta aniônica pré-parto;
- DECAD (Diferença cátion-aniônica da dieta):
· Adição de sulfatos e cloretos de amônia, cálcio ou magnésio;
· Pré: - 150 mEq/kgMS;
· Pós: + 50 mEq/kgMS.
- Avalia se está funcionando através do pH urinário > deve estar entre 6,2 a 6,8 (holandês).
Leveduras
- Controlar o PH ruminal;
- Melhora digestibilidade das fibras;
- Estimula a produção de AGV;
- Melhora IMS > início da lactação, palatável;
Outros:
- Tamponantes;
- Metionina;
- Vitamina D;
- Niacina;
- Ionóforos.
Bem-estar e conforto
- Conforto da vaca;
- Interações sociais;
- Espaço de cocho/baia/cama;
- Agrupamento;
- Qualidade das interações humanas.

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