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SISTEMA DIGESTIVO PRINCIPAIS SINTOMAS DE ANIMAIS COM DOENÇAS ORAIS: Disfagia (dificuldade de se alimentar), halitose e sialorreia; Odor na boca (HALITOSE) que faz o tutor levar no veterinário. Mais comum em cães de pequeno porte. Tártaro – Cálculo dentário. DOENÇA PERIODONTAL - Acúmulo de bactérias na superfície dos dentes e progride até os tecidos de sustentação: gengiva, osso alveolar, cemente e ligamento periodontal. Estudos mostram que animais entre quatro a oito anos são os mais acometidos. - Placa Bacteriana: - Cálculo Dentário é formado pela calcificação da placa dentária, havendo precipitação de sais de cálcio além de outros mineiras presentes na saliva. Só causa doença periodontal se estiver associado a bactérias vivas. - Regiões próximas aos orifícios de drenagem dos ductos salivares; região vestibular do quarto pré-molar e primeiro molar superior; SINAIS CLÍNICOS Halitose; O desenvolvimento da doença periodontal está relacionado ao estado fisiológico do animal: Debilidade, tensão (psicológica, ambiental ou fisiológica), doenças sistemas e imunossupressão. - É um fator predisponente para doenças oportunistas. O tratamento da doença periodontal se baseia na eliminação de sua causa principal, a placa bacteriana, por vias como: - Raspagem de cálculo da coroa, raspagem radicular, aplainamento radicular, polimento extrações, cirurgia periodontal. * A extração dentária só é recomendada quando todos os outros procedimentos falham. Indicada em: casos de mobilidade moderada a grave, exposição da furca e pouca colaboração do proprietário/animal com o tratamento. SIALOCELE Sialocele é o acúmulo de saliva no tecido subcutâneo por conta de ruptura ou obstrução do ducto salivar. SINAIS CLÍNICOS Edema sob mandíbula/língua/faringe; Disfagia; Engasgos/ dispneia Anorexia Pode ocorrer em cães de 2 a 4 anos de vida. Raças comuns: Pastores Alemães e Poodles. TRATAMENTO A massa é aberta e drenada. NEOPLASIAS DA CAVIDADE ORAL EM CÃES A maioria das massas de tecidos moles na cavidade oral são neoplasias malignas (melanoma, carcinoma, fibrossarcoma) SINAIS CLÍNICOS Halitose Disfagia Sangramento Papilomatose Hiperplasia periodontal GENGIVITE/PERIODONTITE Causada por proliferação bacteriana somada a produção de toxinas e acúmulo de c´laculo dentário. GATOS PREDISPOSTOS: Positivos para FeLV e FIV e calicivírus felino SINAIS CLÍNICOS Halitose Desconforto oral Disfagia Salivação excessiva Perda de dentes ESTOMATITES Inflamação da boca – Processos inflamatórios na cavidade bucal. Sempre considerar a possibilidade de imunossupressão com estomatite secundária. É uma forma mais grave e envolve língua, lábios e outros tecidos moles. EX: FeLV, FIV, diabetes mellitus, hiperadrenocorticismo. Localização: Lábios: Queilite Língua: Glossite Gengiva: Gengivite ETOLOGIA PRIMÁRIA Traumatismos Corpos estranhos Queimaduras Fraturas dentárias SECUNDÁRIA b) Infecciosas Cáries Tártaro – deve ser chamado de cálculo dentário Abcessos Processos sistêmicos (Cinomose, CRSF) c) Tóxica AAS e AINEs Podem causar processos hemorrágicos. EX: Diclofenaco. d) Metabólica Síndrome urêmica Diabete mellitus Hiperdrenocorticismo e) Outros Granuloma eosinofilico felino, CGEF O animal não está comendo. Será que tem anorexia? Ou ele não consegue comer? SINAIS CLÍNICOS Febre – RARO! Anorexia Halitose Salivação (saliva espessa/sialorreia) Perda de peso Por conta da dor, os animais têm perda de apetite e consequentemente, perda de peso e anorexia. O pelo do cão tem aspecto “despentado” devido a falta de autolimpeza. DIAGNÓSTICO Clínico: inspeção Diferencial: fratura de mandíbula, neoplasias da cavidade oral e gengivite tartárica TRATAMENTO Lavagem com anticépticos oral, dieta liquida/pastosa, antibióticos sistêmicos, sprays (Periovet). Ou tratamento específico. - Antibióticos recomendados ao saber que o proprietário não irá encaminhar ao dentista: Metronidazol e Clindamicina; - Fórmula dentária (cão adulto): * Incisivos (6 superiores e 6 inferiores); *Caninos (2 superiores e 2 inferiores); *Pré-molares (4 superiores e 4 inferiores); *Molares (2 superiores e 3 inferiores); Fórmula dentária (felino adulto) *Incisivos (6 superiores e 6 inferiores); *Caninos (2 superiores e 2 inferiores); *Pré-molares (3 superiores e 2 inferiores); *Molares (1 superior e 1 inferior); GENGIVITE É a fase inicial da doença periodontal. Inflamação na região periodontal. Pode ser causada por FeLV, FIV, Bartonella henselae, calicivírus felino, etc. SINAIS CLÍNICOS Halitose Sangramento Retração gengival – dentes crescendo pode causar retração da gengiva por excesso de inflamação; Disfagia Perda de dentes - Associada a má higiene bucal. DIAGNÓSTICO Inspeção clínica. Exame complementar: Raio-X. Em cães placa e cálculo são mais comuns. Já em gatos, a lesão reabsortiva é a mais comum. TRATAMENTO a) Retirada de tártaro – limpeza dos dentes; b) Antissépticos orais – Periovet, Acquadent; c) Antibioticoterapia – Stomorgyl, Oralguard (interessante para gatos pois a administração é 1x ao dia); CLINDAMICINA é de amplo espectro e pega bactérias anaeróbias (estão protegidas pelas gengivas). Possui maior espectro do que o metronidazol! PROFILAXIA Escovação periódica, lavagem bucal com antissépticos, ossos, palitos etc. Brinquedinhos com fios e nós. Reforço positivo após a escovação dos dentes para não associar a algo ruim e o manejo ser mais fácil. COMPLEXO GENGIVITE ESTOMATITE FARINGITE FELINA (CGEF) Gengivite linfoplasmocitica, comum em felinos da raça Maine Coon (apresentação não tão característica na faringe, vai ser mais claro na gengiva e em felinos da raça Maine coon não é do tipo linfoplasmocítica). ETIOLOGIA Indeterminada – multifatorial. Pode ter uma causa imunomediada; quando fazemos biópsia encontramos muitos linfócitos e plasmócitos (linfoplasmocítica; essas células são responsáveis pela produção de anticorpos); acredita-se que uma reação antigênica faça com que o gato produza muito anticorpo e ocorra a formação do granuloma. Vírus – CVF, HF, FIV, FELV Bactérias – Staphylococcus, Bartonella hanselae; Imunomediada Estimulação antigênica para que o gato produza muito anticorpo e cause essa doença. LROF – Lesão Reabsorção Odontoplástica Felina A raiz do dente vai sendo reabsorvida, destruída. Preso pela gengiva. Depois de 15 anos, quase 100% dos gatos têm. É uma doença silenciosa. Isso dá dor e pode fazer com que o gato não coma mais ração – BEM COMUM!!! SINAIS CLINICOS Halitose Sialorreia espessa (sanguinolenta) Apetite seletivo (perda de apetite) Emagrecimento Lesões ulceradas Lesões proliferativas nos arcos glossopalatinos - Hiperplasias e as vezes o animal pode ter dificuldade de engolir/respirar. DIAGNÓSTICO Descartar infecções virais e bacterianas Biopsia – plasmócitos RX – LROF (lesão reabsortiva) Diferencial – neoplasias, complexo granuloma eosinófilo É muito comum gatos com essa gengivite terem outros contactantes da mesma espécie, em ambientes fechados pois ficam estressados com muitos gatos juntos, a imunidade abaixa e acabam aparecendo várias doenças. Doença comum de superpopulações; TRATAMENTO APENAS o controle! Suporte Dieta pastosa, antissépticos bucais (cuidado) Extração dentária - Interferon alfa-2 recombinante humano, interferon-gama recombinante felino, ciclosporina (cyclavance), lactoferrina; Prednisolona oral ou de deposito – cuidado com a Diabete Mellitus!!! Homeopatia, acupuntura, ozonoterapia Células tronco; Clindamicina e Metronidazol; Convenia (Cefovecin); Convenia: efeito por 14 dias, intramuscular ou subcutânea, seriautilizado em casos de problema de pele que tem muitas recidivas e problemas urinários, mas utiliza-se muito por conveniência. - Amoxiciclina com clavulanato é melhor, mas, não existe injetável, o clavulanato é uma substancia que melhora o efeito do antibiótico, amoxilina sem clavulanato existe injetável e se aplica a cada dois dias; Sempre avisar o tutor que a doença não tem cura, que ela vai e volta, e que não da pra ficar usando sempre o remédio. Ciclosporina: HIPERADRENOCORTICISMO É CÃO! Não ocorre em gatos (por uso de corticoides). Uso de corticoides prolongado pode predispor a diabetes mellitus. Acetato de Metilprednisolona injeção intramuscular: duração de quatorze dias. EXTRAÇÃO DENTÁRIA TOTAL: Quando o protocolo medicamentoso não funciona – começa por extração dos dentes posteriores (pré-molares e molares) mas se o caso for avançado, deve retirar todos os dentes. Não pode deixar fragmentos de raiz! 80% de cura/melhora. LESÃO REABSORTIVA - Perda progressiva da substância dentaria. É uma lesão frequente nos gatos, dolorosa, podendo acometer apenas um único dente. No entanto é comum observarmos formas que acometem vários dentes ao mesmo tempo. - Os odontoclastos que destroem esses dentes; Cáries dos Gatos; ETIOLOGIA E CLASSIFICAÇÃO Classificação Quanto A Origem: - Tipo I: Inflamatória (C.G.E.F. – Tipo menos comum; Tipo II: Não inflamatória (mais comum); Classificação Quanto a Lesão: - Grau I: Esmalte e/ou cemento; Grau II: Esmalte e/ou cemento e dentina; Grau III: comprometimento pulpar; Grau IV: Destruição de grande parte da coroa; Grau V: perda da coroa, persistência das raízes. - Quadro patognomonico: Hiperplasia gengival – a gengiva cresce sobre o dente porque por baixo existe uma destruição do dente. Radiografia da Lesão Lesão não tratada – raiz destruída, porém a coroa permanece igual, quase sem alterações. Clinicamente não se observa muita coisa. SINAIS CLÍNICOS Dor; Halitose; Apetite “caprichoso”; Perda de peso; Letargia; Ptialismo; Alterações comportamentais; DIAGNÓSTICO - Exame oral (anamnese e sinais clínicos) e RX intra-oral (60% dos gatos têm, se tratando de gatos com mais de 15 anos, essa porcentagem aumenta mais ainda). - Lesão patognomônica (erosão recoberta pela gengiva); Exploração do sulco gengival (erosão/sensibilidade) TRATAMENTO - Exodontia: não sabemos a origem dessa lesão, é a única que funciona. ESÔFAGO QUAL O PRINCIPAL SINAL CLÍNICO DE DOENÇA ESOFAGICA? Refluxo; - Falsa regurgitação – principal sinal clinico; Tosse; Disfagia (dificuldade para comer); Sialorréia (salivação excessiva) / Halitose; Emagrecimento; Engasgo; Anorexia / Apatia; Febre - Regurgitação: formato tubular (alimento que ingere e para no esôfago, e o animal ingere e libera em formato tubular), é um conteúdo que está parado no esôfago, não tem contração abdominal (ânsia para expulsar), é um evento passivo e tempo após alimentação (não é um parâmetro exato). Avaliação do pH do conteúdo expulso. Ele está contraindo a barriga? Ele tem ânsia? Como é o conteúdo que ele expulsa? É logo após a alimentação? REGURGITAÇÃO: Doença localizada na cavidade oral/faringe ou esôfago. COMO DIFERENCIAR REGURGITAÇÃO DE VÔMITO? 1. Avaliar o tempo após a ingestão; 2. O tipo de evento (passivo X ativo); 3. Tipo de conteúdo (grau de processamento, forma e pH). - Sinais de problemas esofágicos: Regurgitação, disfagia, sialorreia/halitose, emagrecimento, engasgo/tosse, apatia, anorexia e febre; OBSERVAÇÃO do animal se alimentando deve permitir que o clínico detecte disfagia. Alongamento; Flexão indevida do pescoço; Esforços repetitivos na deglutição; Alimentos caindo da boca. REFLUXO GASTROESOFÁGICO EM CÃES ANESTESIADOS - A anestesia geral é uma das principais causas de esofagite em cães, devido a redução do tônus do esfíncter esofagogástrico, ocasionada por anestésicos. - Pode ser do estômago (refluxo ácido) ou uma mistura de conteúdos gástrico e duodenal. O refluxo ácido é o mais frequente. - Idade (neonatos e geriátricos são mais acometidos), tipo de procedimento cirúrgico, duração do jejum pré-operatório, fármacos utilizados na MPA, na indução, manutenção e anestesia influenciam na incidência de episódios; - Jejum alimentar de 12 horas mas varia conforme idade e procedimento cirúrgico; DIAGNÓSTICO pHmetria; monitorização da bilirrubina; endoscopia esofágica; impedância intra-luminal multicanal + monitoramento do pH é a ferramenta diagnóstica mais precisa para sua identificação. TRATAMENTO Procinéticos e inibidores da bomba de prótons; DOENÇAS DO ESÔFAGO Esofagite Corpo estranho Neoplasias Espirocercose Megaesofago idiopático Megaesofago secundário a: - Hipotireoidismo, miastenia gravis, miopatia/neuropatia, intoxicação por metais pesados. ESOFAGITE Inflamação no esôfago; - Refluxo gastroesofágico - Vômito persistente - Ingestão de cáusticos - Corpos estranhos - Parasitas (S. lupi) - Neoplasias Especialmente comprimidos (tetraciclinas, clindamicina, AINEs) podem causar esofagite se ficarem retidos no esôfago, especialmente em gatos. Passou por alguma cirurgia recentemente? Passou por algum procedimento anestésico recentemente? SINTOMAS Regurgitação Anorexia Sialorreia Hematemese (sangue) - Complicação: Estenose. DIAGNÓSTICO RX simples/ contrastado (exclusão de outras causas); Endoscopia / Biopsia A endoscopia não é recomendada para um paciente com uma semana de regurgitação. Se ela permanecer, aí sim recomendados a endoscopia! COMPLICAÇÕES Estenose TRATAMENTO Dieta rica em proteína, caseira, com pouco tempero. Anti-ácidos - antagonistas H2, inibidores da bomba de prótons Pró-cinéticos: metaclopramida - Aumentam o transito peristáltico, esvaziando o estomago mais rápido Protetor de mucosa: sucralfato - Usado quando o animal apresenta sinais de sangramento (melena e emese) Remoção dos agentes cáusticos e CE Alimentação via tubo de gastrostomia Em anestesias, os inibidores da bomba de prótons foram administrados como forma preventiva devido ao refluxo associado a anestesia. Essa terapia diminui o refluxo, mas não o elimina. NEOPLASIAS ESOFÁGICAS Carcinoma Sarcoma primários a espirocircose Leiomioma do esfíncter esofágico inferior Leiomioma apenas cirúrgico ESPIROCERCOSE S. Lupi Estágio larval – parede de artérias Forma adulta: estomago e esôfago Esofagite granulomatosa Granuloma – fibrossarcoma Metástase pulmonar TRANSMISSÃO HORIZONTAL Eliminação de ovos nas fezes > Infecção via passiva pelo HI (besouro) > Ingestão do HI pelo HP (aves, roedores, repteis) > Ingestão do HP pelo HD > estômago > esôfago > eliminação de ovos nas fezes; Animais caçadores (de fazenda) ou pode ser o próprio tutor que caça e das vísceras para os cães comerem. SINAIS CLÍNICOS Disfagia Regurgitação DIAGNÓSTICO RX Endoscopia Coproparasitologico SEMPRE fazer coproparasitologico no paciente que está com regurgitação!!!!! TRATAMENTO Milbemicina oxima (1 mg/kg nos dias 0, 7 e 28), repetindo copro. Negativa 60 dias após início. Febendazole (febantel) Doramectina: Parasita adulto, fazendo nódulos: ressecção cirúrgica; Praziquantel + Febantel; Praziquantel + Febantel + Ivermec + Pirantel PREVENÇÃO Não fornecer vísceras cruas de aves, roedores e repteis e evitar ingestão do HP e HI. CASO CLÍNICO: Toddy, canino, adulto, SRD, ONG. 21 dias de regurgitação. Raio-X: Parte esofágica mais próxima ao pulmão apresentou-se radiopaca. Endoscopia: presença de diversos granulomas na parede do esôfago, deve-se pegar uma parte da massa para fazer biopsia. Nesse caso, ao abrir o granuloma, saiu um parasito de S. lupi, fechando o diagnóstico. No coproparasitologico, havia ovos de S. lupi.- Não se deve excluir S. lupi se o coproparasitológico der negativo, pois, os ovos de S. lupi demoram 60 dias após a formação do granuloma para começar a eliminar os ovos nas fezes. MEGAESOFAGO Dilatação total ou parcial do esôfago. Alterações na motilidade: neuropatias, miopatias, doenças na JNM (junção neuromuscular – miastenia gravis), hipotireoidismo, intoxicação por metais pesados (chumbo) – Doenças que levam ao megasesofago total; Hipotireoidismo: tireoide ativa o metabolismo celular, quando há queda deste já também a queda do metabolismo e a redução da motilidade. Doenças obstrutivas: CE, PAAD, Spirocerca Luppi, neoplasias e estenoses cicatriciais – Doenças que levam ao megaesôfago parcial; Idiopático: sempre vai ser total! SINTOMAS Regurgitação; Polifagia; Emagrecimento; Pneumonia por aspiração: anorexia, tosse produtiva, secreção nasal e dispneia. DIAGNÓSTICO Anamnese, exame físico, RX simples e se ficar na dúvida um RX contrastado. Pesquisar doença primária; MEGAESOFAGO DECORRENTE DA PAAD Dilatação esofágica secundária a persistência do arco aórtico direito; SINTOMAS Regurgitação pós-desmame Caquexia Tosse produtiva Prejuízo de crescimento Secreção Nasal DIAGNÓSTICO: RX simples e contrastado. TRATAMENTO Correção cirúrgica MEGAESOFAGO 2°DÁRIO – MIASTENIA GRAVIS - Dilatação esofágica devido a produção de Ac contra os receptores de acetilcolina, ocasionando uma diminuição da motilidade e do tônus da musculatura esofágica. Produz anticorpos contra os receptores da acetilcolina. ACH não consegue se ligar e a contração muscular não vai acontecer corretamente. Fraqueza; Cansaço – que piora com exercícios; O animal se levanta, começa a andar e logo cambaleia. É uma fraqueza que melhora com o repouso e piora com exercícios. Focal e generalizada SINTOMAS Regurgitação; Fraqueza muscular – piora c/ exercícios; Fazer exames neurológicos (diagnostico da forma generalizada) RAÇAS: Pastor alemão, Golden retriever e setter irlandeses. DIAGNÓSTICO Dosagem de AcH contra receptores de acetilcolina; Pode dar falso-negativo, por que a produção de anticorpos ela não é continua. “Solicito a dosagem de anticorpos contra os receptores de acetilcolina” EMG TRATAMENTO Manejo e anticolinesterásicos (neostigmina) para inibirem a acetilcolinesterase. MEGAESOFAGO IDIOPÁTICO Schnauzer mini, fox, dogue alemão, setter e shar pei DIAGNOSTICO: exclusão de outras causas TRATAMENTO: Dieta pastosa em posição bipedal Não adianta fazer pró-cinéticos pois não tem ação na musculatura do esôfago. CUIDADO com pneumonia aspirativa! COMPLICAÇÕES: Pneumonia por aspiração Desnutrição PROGNÓSTICO: Estado do paciente Doença primária Participação do proprietário DOENÇAS DO ESTÔMAGO Nem todo animal que vomita tem doença gástrica, MAS todo animal que tem doença gástrica vomita! CAUSAS DE VÔMITO: Sobrecarga alimentar; Intolerância alimentar; Toxinas/CE; Síndromes vestibulares; Fármacos; Alterações metabólicas; Infecções; Dor GASTRITE Inflamação da mucosa gástrica decorrente da quebra de sua barreira protetora ou do aumento da produção de HCI. “Posição de Prece” – cálculo renal, gastrite, pancreatite; AGUDA ou CRÔNICA SINAIS CLÍNICOS Vômitos espumosos c/ ou s/ alimento Anorexia Dor abdominal CAUSAS Infecciosa Baccteriana (Helicobater sp); Vural (Cino, parvo) Mecânica Corpos estranhos Neoplásica Medicamentos AINES e corticoides CAUSAS SECUNDÁRIAS: - Inflamatórias: Pancreatite, piometra, peritonite; - Tóxica: digitálicos, tetraciclina, cloranfenicon, mebendazol, doxiciclina, cefalixina; Metabólicas: IR, IH, Hipoadreno, cetoacidose diabética; HELICOBACTER H. pylori (cães e humanos) e H. felis (gato) O compartilhamento das bactérias é grande e na maioria dos pacientes com essa bactéria não causa gastrites. Se detectada e o paciente tem vomito, a gente trata a bactéria e observa se o paciente vai melhorar. Patógeno ou comensal? 61% a 82% de cães com vômito; 67% a 86% de cães saudáveis; 100% em animais de canil; DIAGNÓSTICO: Endoscopia, citologia/histopatologia. - Prova da urease (meio rico em ureia): A urease vai transformar a ureia em amônia, fazendo com que o meio mude de cor – diagnostico positivo para helicobacter. TRATAMENTO: Claritromicina + amoxicilina + metronidazol (Antieméticos e anti-ácidos). Trata CAUSA e SINTOMAS! PRÓ-CINÉTICOS e CE: Posso aumentar a motilidade e causar rupturas intestinais. ÚLCERA GÁSTRICA Lesão na mucosa gástrica que alcança a camada muscular. Causas: AINEs, CE, IR, IH, infecções sistêmicas, etc. SINTOMAS: Hematemese Melena Dor abdominal Anorexia Postura anti-álgica Vômito - Perfuração que pode evoluir para peritonite. DIAGNÓSTICO: Endoscopia e US. O tratamento deve ser a causa de base. NEOPLASIAS Adenocarcinoma – mais comum Neoplasia gástrica mais comum em cães, onde machos de 7 a 10 anos são mais acometidos. Linfoma ABORDAGEM DIAGNÓSTICA a) Anamnese e exame físico b) Laboratoriais: Hemograma, urinálise, bioquímica sérica, coproparasitológico, dosagens hormonais c) Imagem: RX simples/contrastado, US, endoscopia d) Laparotomia ABORDAGEM TERAPÊUTICA Controle de vômito; Remoção da causa primária; Corrigir alterações hidro-eletroliticas; Manejo dietético; Prevenir complicações - Esofagite, estenose, úlcera gástrica, peritonite; ANTI-ÁCIDOS: Inibidores H2 (ranitidina, famotidina, cimetidina); Inibidores da bomba de prótons (omeprazol); INIBIDORES NO SNC: Cerenia (citrato de maropitant), ondansetrona; PROCINÉTICOS: Metoclopramida, cisaprida, bromoprida (!); PROTETORES DE MUCOSA: Sucralfato, carvão ativado (!); FLUIDOTERAPIA: Repor perdas contínuas, suprir metabolismo basal e serve também como suplementação iônica (potássio). Deve-se sempre monitorar glicemia; MANEJO DIETÉTICO: Devemos nos atentar a composição dos nutrientes e o preparo, a forma de fornecimento e se ela se adequa a doença primária; SÍNDROME DILATAÇÃO-TORÇÃO GÁSTRICA Ânsia sem vômito; DOENÇAS INTESTINAIS E DIARREIA FUNÇÃO DO INTESTINO Digestão; Absorção; Secreção hormonal; Barreira de proteção – 70 a 80% do sistema imune; Dieta X Microbiota X Sist. Nervoso Entérico (Neurotransmissores). QUANDO SUSPEITAR Alterações e sinais clínicos associados ao sistema digestório são muito comuns. Exemplo de doença extraintestinal que causa diarreia: Doença renal, cardíaca, pancreática, emocional... SINAIS ASSOCIADOS: Inapêtencia, hiporexia, anorexia; Êmese; Diarreia; Flatulência; Desidratação; Desnutrição; Esteatorreia; Sangramento nas fezes; Mucoquezia; Tenesmo; Disquezia; Constipação; Obstipação; Dor Abdominal; Distensão Abdominal; Febre. CONSEQUENCIAS DA DIARREIA Desidratação, choque, distúrbios eletrolíticos (hiponatremia, hipocloremia e hipocalemia) e acidose metabólica. Óbito DIARREIA AGUDA Aumento do volume de água que consequentemente aumenta o volume de fezes. Permanece por <7-15 dias FISIOPATOGENIA Desequilibrio entre secreção/absorção Permeabilidade e Motilidade ETIOLOGIAS PROVAVÉIS: Alterações dietéticas; Infectoparasitárias; Obstrutivas; Toxinas; FILHOTES e animais em aglomeração: diarreia por alterações infectoparasitárias. A imunossupressão causa sobrecrescimento bacteriano, podendo prejudicar a digestão e causando diarreia. Casos brandos, que saram sozinhos Tratamento X Tempo DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL Dieta - Alimento de baixa qualidade, mudança rápida na dieta (especialmente filhotes de cães e gatos), intoxicação bacteriana de origem alimentar, indiscrição dietética; Parasitas (comum – importante!) - Helmintos: Giardia, Tritrichomonas (felinos), Coccidia; - Infecciosas: Parvovírus,coronavírus, FIV, FELV, etc; - Bacterianas: Clostridium perfingens (comum e importante em diarreias de intestino grosso), Escherichia coli, etc; Outras causas - Gastroenterite hemorrágica, intussuscepção, intoxicação por metais pesados, fármacos e químicos, pancreatite aguda, hipoadrenocorticismo, etc; ABORDAGEM DIAGNÓSTICA AMBULATORIAL – DIARREIA AGUDA. ETIOLOGIAS PROVAVÉIS: Dietéticas, tóxicas, infecto-parasitárias, obstrutivas; - Devemos diferenciar a diarreia em Osmótica, secretória, exsudativa e se é do Intestino delgado ou Intestino Grosso. DIARREIA OSMÓTICA: Quando a digestão não acontece de forma adequada. Os nutrientes não são bem absorvidos. Excesso de nutrientes no lúmen, que possuem força osmótica, ficando preso ao redor deles moléculas de água. Ou seja, os enterócitos não vão reabsorver a água presa pela força osmótica dos nutrientes. EXCESSO DE ÁGUA + EXCESSO DE NUTRIENTES NÃO ABSORVIDOS = DIARREIA PASTOSA com particulados alimentares não digeridos. Nisso, a microbiota fermenta! ASSOCIADA A FLATULÊNCIA. Cheiro azedo, amarelada... É possível identificar os nutrientes não absorvidos na diarreia. Geralmente não desidratam, BEG; CESSA com privação alimentar; ETIOLOGIAS MAIS COMUNS DIARRÉIA SECRETÓRIA: Excesso de secreção de líquido. Diarreia em sopa, amarronzadas; Deprime o paciente; Desidratação; Risco de acidose metabólica; Sem lesão de mucosa; Não cessa com jejum; Aumento do Parassimpático; PARASSIMPÁTICO: Domperidona, cisaprida – aumentam motilidade intestinal. Toxina que hiperestimula secreções entéricas! NÃO é recomendado oferecer ração a granel, por serem fúngicas e podem trazer doenças, como por exemplo, leptospirose. ETIOLOGIAS MAIS COMUNS DIARRÉIA EXSUDATIVA: Ulceração de mucosa c/ sangramento Fezes liquidas Desidratação Sangue, proteínas e muco; Podem ficar com edema e hipoalbumineia. Não cessam com privação alimentar. Causada por parasitas hematófagos, intoxicação por anti-inflamatórios, ingestão de soda caustica, causas metabólicas (doença renal), corpo estranho, intussuscepção, neoplasias e síndrome da diarreia hemorrágica aguda. ETIOLOGIAS MAIS COMUNS Se a diarreia aguda não for tratada, pode virar uma diarreia crônica! SÍNDROME DA DIARREIA HEMORRÁGICA AGUDA PARVOVIROSE Anorexia, Êmese, Diarreia com hematoquezia, choque CÃES ADULTOS Pequeno porte; DESIDRATAÇÃO Hematócritos elevados Azotemia pré-renal Proteínas Leucócitos NDN Apesar do animal perder volume de sangue, os hematócritos estão altos, porque a perda de água supera a perda de sangue. CLOSTRIDIOSE? TRATAMENTO: Fluidoterapia - Em quadros de diarreia, a primeira suspeita são sempre doenças inflamatórias, infecciosas, crônicas, uso de procinéticos... Depois de descartadas possibilidades, pensamos em distúrbios de motilidade. DIARREIA AGUDA – ABORDAGEM DIAGNÓSTICA RESENHA Espécie e Idade Parvovirose, cinomose, giárdia, panleocu felina, FIV, etc. FILHOTE: Infecto-parasitárias, intoxicações, corpo estranho, sobrecarga alimentar, ANAMNESE Dieta, Vacinas, Vermífugo, Toxinas, CE. CUIDADO! Vermífugo não tem efeito residual. Animal vermífugado pode sim ter vermes, pois ele pode tomar o vermífugo em um dia e no outro se contaminar novamente com o ambiente. Cicca Revoluta – TÓXICO. Classificação de diarreia EXAME FÍSICO Nível de hidratação Palpação de abdômen: muito gás e líquido nas alças, parede do intestino grossa, ulceração (exsudativa) e no períneo do animal pode estar sujo, no termômetro pode vir diarreia – bom avaliar para ver se não tem parasitas - Diarreias infecciosas podem cursar com febre!!! EXAMES COMPLEMENTARES Diarreia aguda, osmótica, filhotes: Coproparasitologico, exame das fezes DIARREIAS SECRETÓRIAS/EXSUDATIVAS: Hemograma; Bioquímica sérica; Eletrólitos e Ph; Snap test/PCR; US/RX DIARREIA GRAVE: Animal desidratado, hipocorado, diarreia sanguinolenta, apático, sensibilidade abdominal. DIARREIA AGUDA - ABORDAGEM TERAPEUTICA BOM ESTADO GERAL: Dieta branda, vermifugação, sintomático -> 3 a 5 dias; Tratamento e suporte; Repor eletrólitos (fluido); Na diarreia aguda, a maioria dos casos NÃO é grave! Devemos SEMPRE eliminar causa de base. Usa-se fluidoterapia para repor eletrólitos. DIETA CASEIRA: 5 dias/ 1 semana; CURTO PRAZO; Para dieta aguda! VERMÍFUGO: Febantel -> Fembendazole; Pamoato de Pirantel Praziquantel Os três juntos pegam nematódeos e cestodeos. SANGUE NAS FEZES: Protetores de mucosa Sucralfato - 0,5 – 1g/Cão - 250 – 500mg/Gato - A cada 8 – 12hrs - Medicações Orais: 1 – 2hrs ANTIBIÓTICOS: Cefalexina e Metronidazol Diarreias exsudativas (com lesões de mucosa) principalmente associadas a vermes e com febre! PROBIÓTICOS? DIARREIA CRÔNICA Mais de três semanas; DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DIARREIA DE DELGADO: Desnutrição Desidratação Alto volume fecal Consistência liquida/pastosa DIARREIA DE GROSSO: Funções do grosso: armazenar fezes e evacuação. Menor volume de fezes (pouco armazenamento); Maior frequência (pode ter 10 diarreias no dia); Sangue vivo – hematoquezia; Mucoquezia (céls. Caliciformes); Reto inflamado: Disquezia/Tenesmo; Tenesmo; Urgência – perdeu a capacidade de armazenamento. DELGADO GROSSO Volume Aumentado Normal/Reduzido Consistência Líquido/Pastoso Variável Freq. 2-4x ao dia 3-10x ao dia Muco Rato Frequente Sangue Melena Hematoquezia Esteatorreia +/- Ausente Borborigmos +/- +/- Disquezia/Tenesmo Ausente Frequente Urgência +/- (diarreia crônica) Frequente Emagrecimento +/- (diarreia crônica) Ausente Êmese Frequente Frequente Apetite Variável Normal/diminuído Desidratação Sim Não Desnutrição Sim Não Apetite Variável Normal ou diminuido ABORDAGEM DIAGNÓSTICA GERAL - Jovem: infecções, verminose e protozoonose; - Adulto: inflamatória, imunomediadas, metabólicas crônicas; - Idoso: neoplasias, metabólicas, endócrinas; - Raça: colite ulcerativa, insuficiência pancreática exócrina; GATO: Hipertireoidismo (deita-se no geladinho, idoso). ANAMNESE: Dieta, evolução, tratamentos, ambiente; Vermifugação, contactantes; Primária (ID x IG) X Secundária Sempre anotar protocolos já utilizados pelo proprietário para tratar a diarreia. DIARREIA INCONSTANTE: Diarreias metabólicas e infecto-parasitárias. EX: Giardia. DIARREIA PROGRESSIVA (PIORA): Causas neoplásicas, endócrinas, inflamatórias, etc. EXAME FÍSICO Palpação abdominal e toque retal; ECC (Escore corporal); Olhar períneo e termômetro; DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DIARREIA CRÔNICA DE INTESTINO DELGADO - CÃES: Parasitismo (Má digestão); Intolerância alimentar (Má digestão); Doença Intestinal Inflamatória (Má absorção); Insuficiência Pancreática Exócrina (Má digestão); Disbiose (Má digestão). - GATOS: Parasitismo (Má digestão); Intolerância Alimentar (Má digestão); Doença Intestinal Inflamatória (Má absorção); Neoplasias (Má absorção); Disbiose (Má digestão). DIARREIA CRÔNICA DE INTESTINO GROSSO - CÃES: Parasitismo; Doença Intestinal Inflamatória; Neoplasias; Disbiose - GATOS: Parasitismo; Intolerância Alimentar; Doença Intestinal Inflamatória; Neoplasias; Disbiose; Retroviroses; DOENÇAS PARASITARIAS NEMATÓDEOS Toxocara – é um verme grande, seu maior problema é a obstrução intestinal por infestação. ID; Infestação com muitos vermes: doses brandas de vermífugos para não matar tudo de uma vez e eliminar aos poucos o verme, evitando a obstrução intestinal. TOXOCARÍASE: Larva migrans visceral; Ancylostoma: É um verme pequeno, hematófago. Por sua hematofagia, promove hemorragias, sendo associado a hematoquezia ou melena. ID; Os animais infectados com ancylostoma, podem desenvolverem edemas e infusões,conhecidos como “ENTERITE PERDEDORA DE PROTEÍNAS”. Acontece em muitos casos de diarreia crônica! ANEMIA SEVERA por causa de ancylostoma! Salva-se casos por transfusão sanguínea. ANCYLOSTOMÍASE: Via transcutânea causadora da Larva migrans cutânea. Trichuris: É um verme mais espesso, e também é um verme hematófago, associado a hematoquezia e pode promover também enterite perdedora de proteínas. IG. Como diagnosticar? Qual o tratamento? Coproparasitológico – 3 coletas em dias diferentes; TRATAMENTO PROTOZOÁRIOS Coccidiose: Cistoisóspora; ID; Diarreia +/- GIARDIA Assintomático; Diarreia continua/Intermitente; Cólica; Raro sangramento; ID de cães. Giardia fixa na mucosa intestinal, recobrindo os enterócitos, deixando os nutrientes soltos no lúmen, causando diarreia osmótica. Ela secreta toxinas que inibem a digestão. Absorção e digestão comprometidas. TRITRICHOMONA IG de gatos; Diarreia crônica de intestino grosso; ENTAMOEBA HISTOLYTICA 90% Oligossintomatico; 10% sintomático; Diarreia crônica associado a cólica; RARO: Causa formação de abcessos intestinais, que enventualmente podem romper e causar peritonite. TODOS esses quadros podem causar diarreia intermitente/cíclica. Imunidade baixa > diarreia > melhora > normal. Essa diarreia é associada a diarreia com sangue. Geralmente acontecem em filhotes e casas com aglomerações. DIAGNÓSTICO Exame direto/Coproparasitológico; ELISA ou PCR -> Giardia, Tritricomonas Como tratar? DOENÇAS SECUNDÁRIAS - De acordo com a avaliação DISBIOSE - Má digestão enteropatia responsiva a antibióticos (disbiose). Alteração qualitativa/quantitativa da microbiota. 1° em Pastor Alemão; Inflamação, imunodepressão, má digestão/absorção. MECANISMO Consumo de nutrientes (B); Ácidos graxos > álcool, ácidos; Desconjugação de ácidos biliares; Toxinas; MICROORGANISMOS - CLOSTRIDIOSE – Intestino Grosso: Colite Secretória; - SALMONELOSE – Intestino Delgado: Enterite +/- exsudativa; - CAMPILOBACTERIOSE – Intestino Delgado: Enterite; - FIV – Intestino Grosso: Colite supurativa; COMO DIAGNOSTICAR? Cultura fecal, ELISA e PCR Acha a bactéria, mas ela é a causa da diarreia mesmo ou só estava vivendo na microbiota? DIAGNÓSTICO TERAPEUTICO COM ANTIBIOTICOS! É o mais seguro. Diarreia de intestino grosso: TILOSINA. PROBIÓTICOS E TRANSPLANTE DE FEZES. DOENÇAS INTESTINAL INFLAMATÓRIA Inflamação idiopática do Intestino Reação de hipersensibilidade aos antígenos do ambiente intestinal. Ou alimentares ou da microbiota. Perda da função intestinal > acaba absorção de nutrientes (função do intestino) > nutrientes soltos > dificuldade em absorção de água > diarreia. Perda do escudo protetivo > entrada de microrganismos; Então: coisas que não eram para entrar (toxinas e antígenos microbianos) entrando nas camadas histologias do intestino, piorando a inflamação E coisas que eram para entrar (nutrientes e água) não entram. Infiltração de Leucócitos na Mucosa; Aumento da Permeabilidade Intestinal; Disbiose EPIDEMIOLOGIA Adultos de raça pura; Hipersensibilidade genética; Shar-pei, Basenji, Gatos (Enterite linfocítica plasmocitária) e Pastor Alemão (Enterite eosinofilia); Felinos: Êmese; Cães: Diarreia (enterite perdedora de proteínas) COMO DIAGNOSTICAR? RX contrastado para ver as úlceras, US para ver o espessamento da mucosa intestinal e Tomografia; COLONOSCOPIA: Rubor, calor, úlceras. Histopatológico – diagnóstico definitivo. Esse diagnóstico é invasivo, e para chegar a esse ponto, devemos descartar doenças com diagnósticos não invasivos. SEMPRE descartar outras doenças não invasivas antes de entrar com procedimentos complicados. COMO TRATAR? - Proteína Hidrolisada de Soja + Hidrolisado de Fígado de Frango Desidratado + Farinha de Carne de Ovino. IMUNODEPRESSORES: DOENÇA INFLAMATORIA INTESTINAL DO INTESTINO DELGAGO – DIIID. DIIID – Responsivas a imunodepressores e pouco responsivas a dietoterapia. Dietoterapia: Hipoalergênica Fácil digestão e palatável Não tem efeito adverso Sempre começar por ela 3 meses para fazer efeito Sempre avaliar o estado geral do paciente, se for um paciente nutrido e sem urgência, optar por dietoterapia, pois esse tratamento não tem efeito adverso, ao contrário dos imunodepressores. Em animais muito prostrados, entramos com as duas terapêuticas. Diminuição de fibras; Predileção por proteínas palatáveis; Proteínas que o animal nunca teve ctt; Proteína hidrolisada (já vem digerida); Melhora a partir de 15 dias; MUDANÇA BRUTA DE DIETA NÃO! 10 dias de mudança gradual da dieta / 15 dias responsivo / 25 dias animal entra em retorno. DIETA FAZENDO EFEITO: Concluo os três meses de tratamento. COMO DESCOBRIR CONTRA O QUE O ANIMAL TEM ALERGIA? Teste alérgico oral! Mas só após o animal estar 100% bem. Oferecer proteína que o animal já comia por cinco dias; Caso o animal tenha reação a proteína, dar hipoalergênica para limpar o organismo. NÃO RESPONSIVA A DIETOTERAPIA: Imunodepressores; PREDNISOLONA – sempre usada, inicialmente, junto com um dos quatro abaixo. Efeito imediato por 30 dias. CICLOSPORINA – demora 30 dias para estabilizar seu efeito. Final do mês vai funcionar, temos a retirada da prednisolona aos poucos e deixando apenas um fármaco para tratamento. – Pode proporcionar desenvolvimento de câncer. CUIDADO! CICLOFOSFAMIDA – Mielossupressão, cistite hemorrágica... muitos efeitos adversos não tão interessantes. AZATIOPRINA – Hepatotoxico. CLORAMBUCIL (Gatos) DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL DO INTESTINO GROSSO DIIG – Suplementar com fibras, energizar para resolver os problemas. Bomba de energia para colomócito. Não responsivo a dieta: Antibioticos/Antiinflamatorios Possuem efeitos antibióticos, anti-inflamatórios e imunomoduladores. TILOSINA MESALAMINA SULFASSALAZINA METRONIDAZOL Se o animal não responder com antibióticos, dietoterapia, entro com imunodepressores. No intestino grosso, os imunodepressores são os que menos funcionam, por isso é a última opção para tratamento, além dos efeitos adversos. DOENÇAS NEOPLASICAS - CÃES: Adenocarcinoma e Linfoma; GATOS: Linfoma, carcinoma e mastocitoma. INTESTINO DELGADO Adenocarcinoma, carcinoma, linfoma (mais comum em gatos – linfoma alimentar), mastocitoma visceral (em gatos). Linfoma que forma nódulo/massa: alto grau de malignidade. O linfoma pode se infiltrar na mucosa de forma difusa, causando um espessamento da mucosa e pode formar nódulo/massa. LINFOMA ESPESSO: Pode ser confundido com doença inflamatória intestinal por ter mucosa espessada, palpável na semiologia e diarreia crônica. Muito comum em gatos. Porém, esse linfoma de espessamento de mucosa pode ter baixo grau de malignidade. ADENOCARCINOMA: Nódulos, que podem formar placas achatadas, em um eixo horizontal e pode ser ulcerado também (sangramento). É comum que nessas diarreias crônicas, por conta da úlcera pode ter melena nas fezes. INTESTINO GROSSO Pólipo: Nódulo em eixo vertical, ulcerado. Adeno-polipoide; Carcinoma; Linfoma; Leiomioma (benigno); Leiomiossarcoma (maligno); DIAGNÓSTICO: RX contrastado, US, TC; Colonoscopia; Histopatologico Saber o tipo TRATAMENTO: Cirurgia (localizada e curável); Quimioterapia (metástases); OBSTRUÇÃO INTESTINAL DIAGNÓSTICO: US; Histopatológico; TRATAMENTO: Depende da causa Direcionado para causa Cirurgia TRATAMENTO GERAL DE DIARREIA Repouso; Hidratação; Dieta palatável de fácil digestão; ANTI-DIARREICO: A diarreia é um mecanismo de defesa detergente para o organismo, não podemos segurar algo que está fazendo mal dentro do paciente. É usado em medicina humana para situações pontuais. Não recomendadoem medicina veterinária! DOENÇAS ADANAIS Glândulas Adanais GLANDULAS PERINEAIS: Glândulas Hepatoides/Circum-anais. São glândulas sebáceas modificadas ao redor dos anus; Glandulas Sudoriparas Apocrinas GLANDULAS DOS SACOS ANAIS: Seios Perineais/Perianais; I – Glandulas Sudoriparas Apocrinas Servem para lubrificar a região anal e dar um odor para cada animal (reconhecimento). FUNÇÕES: Lubrificação; Identidade SINTOMATOLOGIA: Disquezia; Diminuição da eliminação de fezes; Ulceração/infecção; Retenção da secreção; O que faz o animal reter fezes? Dieta seca, colite, SACULITE ADANAL Inflamação do saco adanal com origem infecciosa, que acomete mais cães de pequeno porte que gatos. Abcesso/Celulite SINAIS CLINICOS: Prurido anal; Disquezia/Constipação; Febre; Região perianal Eritema; Edema; Secreção Purulenta/Sangue DIAGNÓSTICO: Exame físico; Saco Adanal Inchado/Dor; Conteudo Purulento/Sanguinolento; TRATAMENTO: CASOS LEVES: Espremer (animal tem que estar sedado, porque causa muita dor) e terapia tópica com antissépticos e pomada (antibióticos - neomicina). As pomadas para otite são muito boas! Colar elizabetano CASOS GRAVES: Idem casos leves + antibióticos sistêmicos. Cefalexia; Amoxicilina + Clavulanato de potássio Enrofloxacino + Metronidazol Abcesso > Lancetar CASOS REFRATÁRIOS OU RECIDIVANTES: Remoção da glândula por cirurgia; MUITO cuidado para não lesionar o esfíncter anal, pois, se lesionado, o animal pode ficar incontinente (fecal). FISTULA PERINEAL Furunculose Anal Abcesso Anorretal Formação de fistulas no períneo. É uma doença imunomediada genética. Meia idade a idosos Pastor Alemão – machos. SINAIS CLINICOS: Úlceras e fistulas Drenagem mucopurulenta retal Odor fétido Dor Prurido OUTROS: Disquezia, tenesmo, constipação, incontinência fecal, hematoquezia, hipo/anorexia, desnutrição. DIAGNÓSTICO Exame clinico; Sedar, analgesia > Toque retal Histopatologico Descarte de carcinomas TRATAMENTO: Antibiotico; Lavagem de ferida; Imunodepressores TÓPICO: Pomada de mupirocina, spray de rifampicina, pomada tacrolimo, irgasan a 1% ou clorexidina a 2%. ORAL: Lactulose (ajuda a deixar as fezes molinhas) e imunodepressores (Prednisona, ciclosporina associada a cetoconazol que potencializa a ciclosporina, azatioprina). Antibioticos em jejum 2hrs antes/depois Dietas Hipoalergenicas: diminuindo antígenos alimentares, podem melhorar a situação. CIRURGIA: Últimos casos pois ele é imunomediado, não estamos resolvendo a causa. Muito cuidado com esfíncter anal!!! INSUFICIENCIA PANCREATICA EXOCRINA - Funções: Libera secreções exócrinas e endócrinas. Exócrina: enzimas digestivas; Endócrina: hormônio; Insuficiência Pancreática Exócrina: Diminuição da produção das secreções pancreáticas. 1. Atrofia Acinar Pancreática (Imunomediada) Jovem adultos – sistema imune alcança seu auge de atuação – e pastores alemão são os mais predispostos; - Machos possuem imunidade mais baixa e são os mais acometidos; - Genético-Hereditário (recomendado castração); Pastor-Alemão, Show Show, etc. Cães - Fêmea – imunidade melhor por causa da evolução (gestação). 2. Pancreatite Crônica Terminal: Pode destruir as ilhotas de langhers Acontece em gatos Meia idade Diabetes Mellitus 3. Causas raras - Tumores, acidez duodenal, deficiência genética de lipase... FISIOPATOGENIA DESTRUIÇÃO ACINAR: Má digestão > sobra nutrientes no lúmen > força osmótica vão se contrapor a absorção de água > diarreia crônica pastosa de intestino delgado. Nutrientes no lúmen > crescimento bacteriano > disbiose > piora no quadro de diarreia crônica. Pâncreas produz um fator intrínseco (produz vitamina B12) em cães é produzido pelo pâncreas e estomago e em gatos é produzido apenas pelo pâncreas. Destruição acinar leva a falta de produção do fator intrínseco responsável pela absorção da vitamina B1, e a falta da vitamina B12 leva a diarreia de má absorção. Disfunção no pâncreas: má absorção; SINAIS CLINICOS Diarreia crônica pastosa de ID Esteatorreia, particulados não digeridos, desnutrição, melena, seborreia, magreza, polifagia e anorexia e coprofagia. O animal come come come e não aproveita os nutrientes. A hora que o hipotálamo for monitorar o plasma, vai estar sempre faltando nutrientes. Então, o animal vai estar sempre com fome = DESNUTRIDO + POLIFAGIA. DISBIOSE – Degradação de lipídeos; Irritação do colón; Diarreia crônica de IG. Emagrecimento progressivo; DIAGNOSTICO Hemograma e bioquímica Sem grandes alterações Consequencias da desnutrição ° Baixa albumina, linfopenia, etc ° Amilase e Lipase séricas Amilase e Lipase não são produzidas exclusivamente no pâncreas, então muitos animais com IPE possuem níveis normais. Não é um marcador fidedigno. IMUNOREATIVIDADE SÉRICA DA TRIPSINA E TRIPSINOGÊNIO: - Realizar principalmente o teste da imunorreatividade sérica da tripsina e tripsinogênio. Em casos de dúvida em IPE ou Pancreatite. É o teste padrão ouro de IPE. - Valor alto descarta a IPE; - Problema: IPE + pancreatite crônica terminal – pois IPE abaixa valores e pancreatite crônica aumenta. Esperar de 2 a 4 semanas para repetir o exame. Pancreatite aumenta a secreção, IPE diminui; por isso devemos repetir para evitar falsos negativos devido a pancreatite. Destrui ácinos: IPE; IPE = Tripsina não reage; PROVA DA TURBIDEZ PLASMÁTICA: Utiliza-se 10ml de azeite. Coleta sangue, depois do óleo para o animal e 1 a 2 horas depois coleta o sangue de novo. Se o soro ficou lipemico, significa que o animal absorveu gordura, então não é IPE. PROVA DO FILME DE RAIO X: Utiliza-se fezes do animal saudável, faz-se controle negativo com bicarbonato e fezes do animal suspeito. Corta-se em 3 tiras da película de Raio X virgem. Deixa 1 hora a 37 graus. Animal normal: digestão da película protéica pelas enzimas; Animal com IPE: não acontece nada porque não tem enzimas ou a digestão é bem baixa. TRATAMENTO Objetivo: melhorar a consistência das fezes e diminuir desnutrição; 1. Reposição Enzimática - Parra resolver a desnutrição, usa-se a PANCREATINA. 1 colher de chá a cada 10kg do paciente e misturar na comida. É importante que o alimento e o pó cheguem no duodeno ao mesmo tempo; Comprimido: 1 comprimido. Sempre dar toda vez que o animal for comer. - Oferecer pâncreas fresco cru (opção mais barata, mas pode resultar em doenças parasitárias.) – 30 a 90g de pâncreas cru para cada 10kg do paciente; - Uso de omeprazol pois a acidez destrói as enzimas; 2. Antibacterianos - Utilizar devido a disbiose (bactéria produz toxinas, devemos usar antibióticos pra resolver a disbiose). TILOSINA e METRONIDAZOL. É utilizado quando já tentamos dietoterapia e reposição enzimática e o quadro não se resolveu. 3. Dietoterapia e Suplementação Vitamínica - Dieta de alta digestibilidade e baixa gordura e suplementar vitamina E, K e B12. O alimento deve ser fornecido várias vezes ao dia e em pequenas quantidades. - Restrição de gordura na IPE não é recomendada; - Lipideos: Apesar de dificultar a digestibilidade, se o animal estiver desnutrido, deve-se fazer o uso de uma dieta com lipídeos (rações gastrointestinais hipoalergênicas). Exceções: Esteatorreia persistente; Suplementar a Vitamina B12: - Hipocobalaminemia: Se o pâncreas está insuficiente, o gato não consegue absorver a vitamina B12, atrofiando o epitélio do intestino do animal, diminuindo a porcentagem de absorção (menos comum em cães, pois cães tem uma considerada produção de B12 endócrina); - Vitamina B12 aplicada via parenteral: Monovin. - Sempre suplementar com Vitamina K se o animal for passar por procedimento invasivo (como biopsia ou cirurgia). PANCREATITE -Pancreatite é a inflamação do pâncreas e, consequentemente, inflamação dos tecidos adjacentes/inflamação sistêmica. ANATOMIA - Cães e seres humanos as enzinas vão do ducto pancreático principal ao duodeno. Se houver obstrução do ducto principal, há o ducto pancreático acessório, que também levara as enzimas ao duodeno. - Em gatos há atrofia do ducto pancreático acessório e o ducto pancreático principal é fundido com o ducto biliar, portanto, se houver inflamação do ducto biliar, também haverá inflamação do pâncreas; - Tríade Felina: Ducto pancreático + Ducto biliar + Duodeno; PATOGENIA - Enzimas pancreáticas produzidas são inativas. Ativam-se somente no duodeno. - Pancreatite: Há um excesso de cálcio intracitoplasmático, provocado na ativação das enzinas no órgão, causando a autodigestão do tecido pancreático. - Ativação enzimática irá aumentar eventos de defesa; - Enzimas ativadas provocarão inflamação pancreática > inflamação peripancreática > vasculite > formação de trombos > falência múltipla de órgãos ANAMNESE E EXAME FÍSICO Schanauzer, Terrier, Cocker; Dor Abdominal - Animal em postura de prece OUTROS SINAIS CLÍNICOS: Apatia, anorexia, desidratação, taquicardia, taquipneia, icterícia por obstrução das vias biliares. Em casos mais severos podem levar a falência múltipla de órgãos. AGUDA: Reversível. No exame histopatológico há uma grande inflamação de neutrófilos e edema ou necrose (aguda necrotizante). Muito comum em cães castrados (suprime produção de hormônios, afetando a ação pancreática). CRÔNICA: Irreversível. No exame histopatológico há fibrose, atrofia, inflamação linfocítica, destruição dos órgãos, diabetes mellitus, IPE. FATORES PREDISPONENTES, ETIOLOGIAS E ASSOCIAÇÕES IDADE Meia-Idade LIPÍDEO Indiscrição alimentar, hipertrigliceridemia, obesidade (?) COMORBIDADES Hipotireoidismo, hiperadreno, Diabetes, IPE, hiperparatireoidismo, obstrução colédoco MEDICAMENTOS Brometo de potássio, azatioprina, diuréticos, sulfa, tetraciclina, AINES TOXINAS Organofosforados TRAUMA Físico, cirúrgico HIPOPERFUSÃO Anestesia, choque, anemia grave INFECÇÕES Toxoplasmose, PIF, calicivirose, herpesvirose I, panleuco, eurytrema DIAGNÓSTICO - EXAMES LABORATORIAIS DE ROTINA: Hemograma, bioquímicos (bilirrubina), urinálise; - Demonstram inflamação, desidratação, lesão renal, hepática e de vias biliares; - Amilase e lipase séricos: exame tem 47% de sensibilidade e especificidade de 53%, outros órgãos produzem essas enzimas, não é eficaz fazer dosagem; - EXAME ÚTIL: Imunorreatividade da Lipase Pancreática – principalmente no caso de pancreatite aguda. A biópsia é o único exame que comprova e mostra a inflamação, diferencia forma crônica da aguda. Pontos negativos: Se a inflamação pancreática for focal, pode revelar um falso negativo e animal costuma piorar da dor e inflamação após o exame. TRATAMENTO 1. Eliminar fator desencadeante (como uso de fármacos tóxicos para o pâncreas, agentes infecciosos e gordura); 2. Reposição de Fluídos; 3. Analgesia; 4. Controle da Êmese; 5. Protetores gástricos; - Omeprazol 6. Manejo nutricional; - Nutrição enteral precoce é indicado o mais rápido possível, nutrindo o animal pela boca (melhor ação que a nutrição parenteral, pois a nutrição parenteral pode causar translocação bacteriana e sepse) - Dieta em cães é feita uma dieta restrita em lipídeos. Para gatos, se usa rações hipoalergênicas. Objetivos: Reidratar (manter perfusão dos órgãos), corrigir distúrbios eletrolíticos e promover analgesia. FÍGADO FUNÇÕES: Atua no sistema enzimático; Síntese de proteínas, lipídeos, colesterol, glicogênio; Destruição e excreção de medicamentos, hormônios; Desintoxicação; Secreção de pigmentos e sais biliares (emulsificação de gorduras); Armazenamento de vitamina D, B12 e ferro; OBS: Se a lesão tenha afetado até 75% do tecido hepático, a regeneração poderá ocorrer em cerca de 8 semanas. Exemplos de intoxicantes: medicamentos, substâncias desenvolvidas na ração por ficar um período parada, produtos de limpeza, plantas tóxicas; Fezes e urinas sem cor podem ser por falha hepática, muito rara em pequenos animais, sendo mais comum o contrário - icterícia. A maioria dos medicamentos para a anemia possui ferro e a maioria das anemias dos animais não é do tipo ferropriva, o excesso de ferro pode lesar as células hepáticas; Complexo B é eliminado na urina quando em excesso, mas vitamina D, por exemplo, não é excretada. TESTES PARA AVALIAÇÃO DE DOENÇA HEPÁTICA 1. Hemograma: Anemia Normocítica Normocrômica; Indice ictérico elevado; Proteína total diminuída; Células vermelhas alteradas; 2. Urinálise: - Bilirrubina: Presença comparada com níveis séricos; - Urobilinogênio: aumentado em doença hemolítica, diminuído em lesões hepáticas; Entre hemograma e urinálise, em suspeitas de doenças hepáticas, sempre fazer urinálise. 3. Bioquímica Sérica: Alanina Aminotransferase (ALT): Hepato- específica em carnívoros mas sua elevação está mais associada a casos de lesão muscular grave (para tirar dúvida, dosa-se junto com a CK). Em casos crônicos, a ALT não vai estar necessariamente aumentada, pois já houve muito dano nos hepatócitos, não havendo mais extravasamento de ALT. Melhor enzima para determinação da lesão hepática. - ALT: Lesão e Insuficiência Hepática - Lesão X Insuficiência: Lesão é algo passageiro, o paciente irá se recuperar em dias; Insuficiência pode ser em forma aguda ou crônica, lenta para curar e pode ter causas progressivas (velhice). Asparatato Aminotransferase (AST): Enzima encontrada em células do fígado e células musculares (coração e músculo esquelético). Por isso não é uma enzima hepato-específica. É usada em herbívoros. Fosfatase Alcalina (FA): Ossos e ductos do fígado. As concentrações de FA podem aumentar sempre que aumentam as atividades das células ósseas e em lesões de ductos hepáticos (colestase). Em casos de diarreia e uso de medicamentos (uso de corticóides em cães e fenobarbital) também pode-se ter FA aumentada. - Filhotes e cães que usam corticoides possuem FA alta. Gamaglutaminiltransferase (GGT): assim como a FA é uma enzima de indução sintetizada em quase todos os tecidos corporais, principalmente no pâncreas e nos rins; está presente nos caninos e felinos em baixa concentração; a lesão hepática aguda e colestase podem provocar elevação imediata da atividade dessa enzima devido à liberação de fragmentos de membrana que contém GGT; o uso de glicocorticoides em cães também pode induzir o aumento. - GGT e FA detectam lesão de ducto biliar Ácidos Biliares: sua concentração no sangue periférico é baixa e qualquer distúrbio envolvendo os componentes estruturais do fígado pode causar o aumento dos ácidos biliares no sangue; este exame é mais sensível que a bilirrubina, e a alteração pode ser detectada antes do aparecimento da icterícia, portanto, este teste é de grande valia quando se pretende determinar se a icterícia é de origem pré-hepática, a fim de descartar a doença hepática como causadores da icterícia ou detectar anomalias congênitas do sistema porta; a dosagem de ácidos biliares deve ser em jejum de 8 horas e pós 2 horas de alimentação para diagnostico de shunt hepático. FÍGADO FUNCIONANDO: Ureia, albumina, glicose, bilirrubina, colesterol baixos. ICTERICIA Definição: É o aumento dos níveis de bilirrubina no sangue e tecidos. Causada por problemas hepáticos e doenças. - Doenças que causam hemólise em cães: Babesiose e Leptospirose, por exemplo - Doenças que causam hemólise em gatos: Cytozoom spp. (menos frequente), lipidose hepatica, platunossomum spp. Maior causa de hemólise no gato é o micoplasma. COMO OCORRE A ICTERÍCIA? - A bilirrubina é proveniente da hemoglobina. As hemácias têm um tempo de vida padrãopara cada espécie. No final de vida das hemácias, elas são hemolisadas (fagocitadas pelos fagócitos). A grande parte da hemólise das hemácias acontece de forma extra-celular lá no fígado, baço e linfonodos; - Em cães e gatos, grande parte dessa ação ocorre no fígado e sobretudo, no baço. Então, ocorre a hemólise das hemácias e a hemoglobina é quebrada e são metabolizadas e voltam para o sistema. Elas não são excretadas; - Então a hemoglobina é composta pela fração heme + globina. A globina é parte que vai ser metabolizada em aminoácidos e esses aminoácidos vão ser utilizados em outros processos; - O grupo heme é composto por ferro e bilirrubina. A bilirrubina é transformada em biliverdina e é transformada em bilirrubina não conjugada. A bilirrubina não conjugada (não sofreu metabolização hepática) vai para o fígado ser metabolizada. No fígado, sofre os processos de conjugação, sendo chamada de Bilirrubina conjugada. - Esse processo de conjugação ocorre no fígado, nos hepatócitos e ela vai ser direcionada até a Bile, sendo eliminada por ela. - Fígado > Ductos Biliares > Bile. A bilirrubina vai para o intestino pelos ductos biliares fazer suas funções. No intestino, a bilirrubina vai ser transformada em estercobilina. 70% da bilirrubina do intestino é reabsorvida, voltando para o fígado e nessa reabsorção, volta para o rim, transformando o urobilinogênio (dando a coloração amarelada a urina). Eliminada via fezes pelo intestino. A icterícia é a manifestação clínica do acúmulo da bilirrubina. TIPOS a) Pré-hepatica: aumento da bilirrubina não conjugada (em processos de hemólise intensa e acelerada): Hemoparasitos, FeLV – anemia normocítica normocrômica, medicamentos, reações transfusionais; O fígado fica sobrecarregado, então em um evento desse, temos consequências no fígado. b) Hepática – Ocorre no fígado: Quando há comprometimento na função de metabolização/conjugação de forma adequada: Neoplasias, HIC, leptospirose, FeLV, PIF, FIV, lipidose, medicamentos; e) Pós-hepatica: Condições clinicas em que o fluxo de bile para o intestino está prejudicada: Obstrução do ducto biliar comum, ruptura do trato biliar, parasitos... - Excesso de bilirrubina na urina pode ser relativo de problema renal, pois ao processar a bilirrubina pode prejudicar o parênquima renal. - Para diferenciar o tipo devemos avaliar: enzimas, ultrassom (define se tem dilatação nos ductos biliares). Babesia só se trata com sinal clínica; FELV causa problema hepático e hemólise imunomediada. No gato, o primeiro local que o gato apresenta mucosas ictéricas é no palato mole. CAUSAS DE DOENÇA HEPÁTICA Defeitos Congênitos - Shunts portossistêmicos É uma comunicação entre a circulação portal do fígado e a sistêmica, que deveria ser desfeita depois do nascimento, mas por um defeito congênito ela permanece. Como o sangue pode passar diretamente pra circulação sistêmica, muitas das toxinas que o fígado deveria eliminar ficam circulando, e, pela diminuição da circulação que o fígado vai receber, ele vai se tornando atrofiado e insuficiente, por isso que causa doença hepática. Idiopáticas - HAC/Cirrose, lipidose, colangite Infecciosas/Parasitárias - Vírus (HIC, PIF, VLFe); - Bactérias (Leptospira, Ehrlichia) - Trematódeos (Platynossomum) Processos Isquêmicos - Choque, desidratação Intoxicações - Medicamentos, veneno, plantas PALMEIRA CYCAS REVOLUTA Essa planta é muito utilizada em paisagismos externos de residências. Seus sinais clínicos decorrem da ação das toxinas: cicasina, beta- metilamino-L-alanina e uma toxina ainda não identificada. Altamente tóxica para cães e gatos; PATOGENIA: Necrose hepática centrolobular, distúrbios coagulativos, irritação gastrointestinal, ataxia, degeneração axonal, etc. ACISTE (EFUSÃO PERITONEAL) MECANISMOS - Aumento do pH intravascular (devido a hipertensão portal causada por edema dos hepatócitos); - Diminuição da pressão oncótica intravascular devido a desnutrição Alteração da permeabilidade vascular Reabsorção insuficiente - Ivermectina em gatos causa ascite e problema hepático CLASSIFICAÇÃO DO LÍQUIDO Transudato: Hipoalbuminemia Transudato modificado: ICC; Exsudato: Neoplasias EXEMPLOS: Hipoalbuminemia por falência hepática / hipertensão portal / drenagem linfática -> ASCITE. ENCEFALOPATIA HEPÁTICA - Estado anormal e função neurológica em decorrência de uma disfunção hepática. O animal ingere alimento que vai ser digerido e os produtos entram no fígado pela circulação portal MECANISMO 1. A amônia (obtida através do metabolismo das proteínas) é carreada até o fígado onde é transformada em ureia; 2. Se o fígado não funciona, essa conversão é defasada e acumula NH3 que é tóxico para o SNC que estimula a formação de glutamina e glutamato (estimulam receptores NMDA). 3. Substâncias percorrem o SNC e promovem sinais clínicos: Animais excitados, andam em círculos, sentem desconforto, ficam apáticos, cegueira, demência, convulsões, coma. - O quadro pode ser revertido: Se o caso for excesso de proteínas na dieta pelo excesso de metabolização de amônia, pode-se aplicar LACTULONA, que promove ENEMA, aumentando a eliminação da substância. ORIGEM DA AMÔNIA: Quando inicia a insuficiência hepatica, começa a acumular aminoácidos no cólon, e as bactérias convertem em NH3. No intestino, a glutamina é convertida em NH3 e no SNC a NH3 é desintoxicada para glutamina. Uma dieta com sobrecarga proteica produz mais NH3. TRATAMENTO Manipulação nutricional; Adicionar probióticos na dieta; Lactulona; COAGULOPATIAS - Defeitos na produção como na síntese dos seguintes fatores: Antitrombina II; Fibrinogenio; Plasminogenio; Fatores dependentes da Vit. K; Hemorragia Disseminada (raro); POLIDPSIA E POLIÚRIA Polidpsia ocorre primeiro; Poliúria é compensatória; Retardo na degradação de aldosterona; - Retenção de Na LIPIDOSE HEPÁTICA !!!!!!!!!! - Acúmulo massivo de gordura dentro dos hepatócitos. Doença de evolução AGUDA; O fígado pode ter aumento de tamanho e peso e a gordura é proveniente da lipólise de ácidos graxos. Doença de alta mortalidade se não houver intervenção rápida. A lipidose hepática felina é de evolução aguda! Hepatopatia mais comum em felinos; Distúrbio idiopático de gatos anoréxicos; FORMAS: Idiopática e Secundária. - Todo gato que está com lipidose está ictérico, mas nem todo gato ictérico está com lipidose. ETIOLOGIA - Gatos obesos que sofram algum estresse, tornam-se anoréxicos e perdem peso rapidamente. Seborreia é muito comum pois o gato não consegue fazer sua higiene; - Comum em gatos que não estão se alimentando (param de comer ou ficam sem comer por longos períodos); - Diminuição da insulina favorece a lipólise (aumenta lipase). A produção de insulina está normal, mas o animal possui uma resistência á ação da insulina – não consegue absorver. A falta de insulina favorece a segunda linha de produção de energia (lipídios – aumenta o número de lipases para mobiliar os lipídios). LIPIDOSE IDIOPÁTICA (MAIS COMUM) - Acúmulo massivo de gordura no interior dos hepatócitos; Reversível Afeta gatos obesos; Anorexia crônica - Secundária a estresse em gatos obesos - Diminuição da glicose > diminuição da insulina – lipólise CAUSA MAIS COMUM: Anorexia por algum evento estressante. METABOLISMO - Excessiva mobilização de lipídeos periféricos: há grande concentração de HSL, catecolaminas, glucacon, GH, cortisol endógenos – os quais causam lipólise – e baixa concentração de LPL (Lipoproteina Lipase, a qual age nos hepatócitos auxiliando no metabolismo dos lipídeos); - Deficiencia Nutricional: Deficiencia de metionina, cartinina e taurina, as quais são fundamentais na transferência de lipídeos entre as células. Não pode fornecer metionina em um fígado deficiente, pois ela vai sertoxica e não vai fazer o papel de transformação adequado dela (hepatoprotetor) LIPIDOSE SECUNDÁRIA Em qualquer paciente; Doença de base que causa anorexia; - Pancreatite (não é comum mas quando acontece é bem sério), diabetes mellitus, doenças intestinais inflamatórias, neoplasias, hepatopatias, PIF/FELV, nefropatias crônicas, medicamentos. SINAIS CLÍNICOS Anorexia por no mínimo 1 semana; Desidratação; Vômitos/náusea - Salivação, chegar na comida e virar as costas, gato não quer beber água Icterícia; EH (Encefalopatia hepática); Hipocalemia; Diarreia; - Diminuição dos níveis séricos proteicos, colestase intra-hepática (fluxo biliar está prejudicado por conta do excesso de gordura). DIAGNÓSTICO CLÍNICO: - Anamnese: vômitos (observar coloração) e se foi utilizado algum produto de limpeza/substância toxica na residência; - Laboratorial: ALT alta (com muito tempo, caso crônico irá apresentar-se normal), FA e GGT alta, diminuição na concentração de ureia, hipocalemia (por vomito e diarreia), glicemia alta (hiperglicemia de estresse ou diabetes), anemia normocítica normocrômica, poiquilocitose, leucograma de estresse; - Gatos com hipocalemia apresentam ventroflexão de pescoço. IMAGEM: RX/US – Hepatomegalia; BIOPSIA: Aspirado c/ agulha fina - percutânea - laparotomia - Grande número de vacúolos nos hepatócitos em um gato com lipidose hepática. TRATAMENTO a) Suporte: - Fluidoterapia IV + Vit. c complexo B. Ringer Lactato é contraindicado uma vez que o fígado está insuficiente. Adição de cloreto de potássio para reverter hipocalemia; - Alimentação VO forçada com dieta hiperproteica (nutrientes essenciais como taurina, arginina, vit. A); - Sonda esofágica; - L-cartinina: proteção contra cetose do jejum, reduz o acúmulo de AG; - Vômitos: anti-eméticos e bloqueadores de receptores H2: metoclopramida ou ondansetrona ou maropitant, sucralfato - Coagulopatias: Transfusão ou plasma fresco congelado, ou heparina e vitamina K por dois a quatro dias; SE necessário, antibioticoterapia: ampicilina, amoxicilina, cefalexina e metronidazol com doses reduzidas (eliminação hepática). - EH: Enemas colônicos c/ Lactulose (reduz absorção de amônica); dieta hipoproteica. HEPATOPROTETORES? - Protegem contra a ação deletéria dos ácidos biliares hidrofóbicos e contra o dano oxidativo. METIONINA NÃO!!!!!!! – No fígado normal ela é fundamental para a atividade hepatocelular, porem em um órgão já insuficiente ou doente, se transforma em um tóxico. - Silimarina (antioxidante); SAMe; URSACOL; SUPORTE NUTRICIONAL ENTERAL: Sua importância se deve ao evitar atrofia das vilosidades intestinais; Manter ativos os sistemas enzimáticos e imunológicos locais; Estimular a proliferação de células da mucosa intestinal; Diminuir os riscos de translocação bacteriana e endotoxemia; SUPORTE NUTRICIONAL REFEIÇÕES: Intervalo entre refeições de 2 à 4 horas. Volume da dieta por refeição: 5-10mL/kg. Administrar 5- 10mL de água via tubo após cada refeição. HEPATITE CRONICA ETIOLOGIA - Apresenta doença hepática acima de dois meses. As causas não são identificadas ou podem ser doença autoimune. - Enzimas hepáticas aumentadas por mais de 4 meses, associadas a sinais de doença hepática inflamatória. * Raças: Dálmata, Labrador, West e Dobermann. PATOLOGIA - Agente tóxico, bacteriano ou viral que leva a perda de hepatócitos e perda da função hepática. A fibrose deixa o fígado e os ductos biliares rígidos, levando à colestase e icterícia. A progressão da perda da função leva a hipertensão portal e ascite (transudato peritoneal). Além disso, vai ter hipoproteinemia por hipoalbuminemia. TIPOS: Aguda e Crônica. HEPATITE TÓXICA AGUDA É uma lesão de hepatócitos provocada por substâncias tóxicas, vírus, fármacos (anticonvulsivantes, corticoides, sulfas etc.), cirrose idiopática, neoplasias, acúmulo de cobre, pode ser hereditária. É mais comum em cães. SINAIS CLÍNICOS: Os sinais clínicos dependem da dose, duração e da composição química do fármaco (tóxico). Anorexia, vômitos, diarreia, febre e dor (causa bacteriana ou viral). DROGAS HEPATOTÓXICAS: Tetraciclina, Diazepam, cetoconazol etc. DIAGNÓSTICO a) Bioquimico: ALT pode estar elevada, mas não muito, ou normal. FA e GGT elevadas, bilirrubina, albumina e ureia reduzidas; - Urinálise; Biopsia (realizar coagulograma antes); Raio X/US (fígado diminuindo ou normal); Análise do líquido abdominal; TRATAMENTO - Impedir nova exposição ao agente tóxico/absorção – hepatoprotetores: silimarina, SAMe, ácido Ursodesoxicólico; - Estimular a eliminação do agente tóxico (fluidoterapia); - Tratar complicações cardiopulmonares. SAMe – s-adenosilmetionina: É o mais indicado. Ação anti- inflamatoria/antioxidante, reparação celular e integridade de membranas celulares; Aumenta o glutation nos hepatócitos. Indicações: Intoxicações por paracetamol, injurias necro- inflamatórias, prevenção ou tratamento de hepatotoxicoses (fármacos, cobre), processos inflamatórios, anemia decorrente de doença hepatica. - Se recorrer a manipulação solicitar cápsulas com absorção intestinal, pois se for degradada no estomago não sera útil. HEPATITE CRÔNICA ETIOLOGIA Vírus; Drogas; Cirrose idiopática; Neoplasias; Acúmulo de cobre; Hereditária; SINAIS CLÍNICOS: Ascite, icterícia, EH, coagulopatias (sangramento – menos comum), PD/PU (??) DIAGNÓSTICO a) Bioquímica: ALT (alta ou normal); FA e GGT altas; Bilirrubina; Albumina e Ureia baixas; b) Urinálise, biopsia, RaioX/US, análise do líquido abdominal; TRATAMENTO 1) Suporte: Dieta com proteína de alto valor biológico (queijo + legumes + arroz) ou ração boa; Silimarina; SAMe; Ursacol. Glicocorticoides: NÃO. DOENÇA DO TRATO BILIAR Segundo distúrbio mais comum em gatos. É a inflamação do trato biliar que pode ou não se estender pelo parênquima hepático próximo. Tríade: Fígado + Pâncreas + Duodeno; Gatos Persas e Himalaias; Doença aguda; CATEGORIAS: 1. Colangite Supurativa (neutrofilia): colangio- hepatite linfocítica, hepatite portal linfocítica; Mais comum, acomete gatos jovens (5/7 anos). Está relacionada com processos infecciosos de bactérias. EX: Doença intestinal inflamatória, pancreatite, vômitos... 2. Colangite Não Supurativa (linfocítica): colângio-hepatite linfocítica e colangite não supurativa; Leucocitose por neutrofilia – colangite supurativa; 3. Colangite crônica associada com infestação hepática por trematódeos; COLANGITE NEUTROFÍLICA ETIOPATOGENIA O ducto biliar e o ducto pancreático se unem em um único ducto e chegam ao duodeno, sendo uma grande causa de ascensão de bactérias no TGI para a vesícula biliar. SINAIS CLINICOS (DAS DUAS COLANGITES): Hepatomegalia; Ictericia – principal sinal; Apatia; Emagrecimento; Vomito/diarreia; a) Neutrofilia: Febre; b) Linfocítica: Sintomatologia intermitente; DIAGNÓSTICO - Laboratorial: 1. Bioquimica/ FA (aumenta só com cão em hiperadreno ou gato em lipidose) ou ALT aumentadas (colestase); Bilirrubina aumentada; - US: Textura nodular ou grosseira no fígado e dilatação do trato biliar. - Avaliação citológica e cultura da bile: Amostra obtida por punção na vesícula biliar (ecoguiada para fazer cultura e antibiograma) - Exame parasitológico: Platynossomum sp. - Cultura e Antibiograma TRATAMENTO - Antibióticos: por 4 a 6 semanas – amoxiciclina até sair o resultado da cultura; - Coleréticos: URSACOL; - Sepse: Fluidoterapia IV e antibióticos IV. Em gatos anorexicos, suplementação alimentar com alto teor proteico e colocação de sonda. Administrar pequenas quantidades várias vezes ao dia. COLANGITE LINFOCÍTICA Imunomediada ou Infecciosa; Comum ser obstrutiva; Proliferação de céls. nos ductos biliares DIAGNÓSTICO - Alterações clinicopatologicas: aumento discretodas atividades séricas das enzimas hepáticas e neutrofilia periférica em alguns casos; - Radiografia: Hepatomegalia; - US: Dilatação do trato biliar e presença de “lama” – indica inflamação (espessamento da bile) no interior da vesícula biliar; TRATAMENTO - URSACOL, SAMe, Vit. E, suplementação alimentar e Prednisolona. COLANGITE CRÔNICA – INFESTAÇÃO POR TREMATÓDEOS - Platynosomum sp é o mais comum; Os gatos são os hospedeiros finais. Ingerem metacercárias (largatixa, sapo), que vão para o intestino e o fígado (adultos) e ficam em latência por 10 semanas. Devido a migração, leva a colangiohepatite (único caso que leva a cirrose em felinos). Pode ocorrer também fibrose biliar e obstrução biliar. Anorexia; Perda de peso; Letargia; Ictericia pós-hepática; DIAGNÓSTICO - Histórico de exposição – comeu largatixa, se tem acesso a rua... - Aumento da atividade serica das enzimas hepáticas e bilirrubina e eosinofilia; - Observação de trematódeos ou ovos nas fezes ou bile fecham o diagnóstico. TRATAMENTO a) Praziquantel 20mg/kg SC/VO 3 a 5 dias; repetir após 12 semanas OU b) Fembendazol 50mg/kg VO por 5 dias; MANEJO NUTRICIONAL Objetivo: Reduzir o trabalho hepático e ao mesmo tempo atender as necessidades proteico- caloricas, vimatinicas e minerais de manutenção e promover a regeneração hepática. - Dieta pobre em proteínas para reduzir a gliconeogênese hepatica e não agravar EH – suplementar com proteína alto valor biológico; - Rica em gorduras (até 50%) para fornecer energia, aumentar absorção de vitaminas lipossolúveis e oferecer várias pequenas refeições por dia; FLUIDOTERAPIA - Razões para emprego da fluidoterapia: Repor déficit de volume intravascular para melhorar perfusão tecidual; repor o volume de fluído intersticial (desidratação); manter volume de fluídos e eletrólitos em pacientes que não estão consumindo quantidades suficientes de fluídos; repor perdas concomitantes (ou prévias) devido a vômitos, diarreias, pneumonias, queimaduras, férias extensas e acúmulo de fluído em “terceiro espaço” (ascite, efusão pleural) HIDRATAÇÃO Consumo Hidrico Diário Normal - Cães: <80mL/kg Gatos: <40Ml/KG Produção Urinária Diária Normal: 20-40mL/kg O que pode diminuir a ingestão hídrica? Dor Disturbio neurológico Esofagite Excesso de perda de água (comum) QUAIS SÃO AS CAUSAS DE PERDAS SIGNIFICATIVAS DE ÁGUA PARA UM CÃO/GATO? - Poliuria, perda de água no digestório (envolve emese e diarreia), pele (queimadura – perde plasma), deslocamento por terceiro espaço (cavidades corporais – sangue desidrata, plasma perde água, mas continua no corpo fora do sangue como cavidade abdominal – barriga de água/efusão pleural e nisso o animal apresenta sinais de desidratação). IDENTIFICAÇÃO – ANAMNESE Emese, diarreia, poliuria, queimadura; Oligo/Adpsia, disfagia, volume abdominal; CAUSAS COMUNS DE DESIDRATAÇÃO AVALIAÇÃO DA DESIDRATAÇÃO: Taquipneia, olhos fundos, TPC aumentado, mucosas secas, órgãos periféricos frios, peles pálidas, temperatura retal diminuída, turgor; PESO: Variação de peso a curto prazo é muito mais representativo de estado hídrico do que estado nutricional. EX: Se o animal pesa 6,500kg em um dia e no outro está pesando 6,000kg, ele não perdeu 500g de peso e sim desidratou 500g. AVALIAÇÃO DE DESIDRATAÇÃO EM LABORATÓRIO: Aumento de proteína; Hemácias destacadas; Osmolaridade aumentada; pH baixo em acidose; Densidade urinaria; Creatinina; Ureia; Caso não existam perdas do VCM (volume corpuscular médico) e PT (proteína plasmática total), alterações em suas concentrações refletem expansão ou retração do FEC (?). Urinálise Desidratação = concentração urinária. Isostenúria em animal desidratado (1,008 a 1,025) indica insuficiência renal (pode ser a causa da desidratação), hipo e hiperadrenocorticismo, piometra, emprego de corticóides, diuréticos ou fluidoterapia. Durante a fluido, urinar é bom sinal!! FLUIDOTERAPIA - Necessidade hídrica diária, para repor as perdas fisiológicas e manter o animal normohidratado. 1. Reposição (Reidratação); 2. Manutenção; 3. Perdas Patológicas 1 – REPOSIÇÃO: %DESIDRATAÇÃO x PESO (kg) x 10 = xmL 2 – MANUTENÇÃO: A necessidade hídrica é muito parecida com a calórica, por isso as fórmulas são parecidas. VOLUME HIDRICA DIÁRIO: 1+2+3 3 – PERDAS PATOLÓGICAS: TEMPO DE INFUSÃO FLUIDOTERAPIA – VIAS DE ADMINISTRAÇÃO Oral – via fisiológica, via mais segura, e a indicação é sempre que não houver emese; - Via muito segura, porém lenta. Podemos usar oral, mas tem que usar uma via mais rápida, como a intravenosa. Intravenosa – Desidratação moderada a grave, correção hidroeletrolítica/acidobásica, correção de hipotensão, administração de medicação intravenosa; - Contraindicação: lesão da pele. - Canulação: 1° Cefálica; 2° Safenas; 3° Jugular; 4° Orelha; - Cateter amarelo para neonato, gato e cães pequenos; Azul para cão pequeno e gatos de 5kg; Rosa para cães grandes. - Cateters IV são a principal causa de infecção hospitalar, sepse -> alto risco de morte. Devem ser colocados com preparação cirúrgica! - Bandagem trocada a cada 2 dias e devem permanecer por no máximo 3 dias. EQUIPO - Equipo de macro e microgotas. VELOCIDADE DE INFUSÃO - A velocidade de infusão depende das condições do paciente, da rapidez com que ele perdeu fluidos e da gravidade da perda. A velocidade de infusão pode ser mais deletéria que o tipo ou o volume de fluido infundidos. * Choque hipovolêmico: até 1 volume circulante na primeira hora; Nefropatas, cardiopatas e com grande alterações em Na são mais susceptíveis a complicações – baixa velocidade; Fluídos ricos em K devem ser infundidos lentamente. PROTOCOLO DE FLUIDOTERAPIA Subcutânea: desidratações discretas e moderadas. A desvantagem é que a absorção é lenta então a contraindicação é em desidratação intensa e lesões de pele. - Evitar fluido com muito potássio porque causa dor. Complicações: Extravasamento da Solução/Edemas, Abscessos; Intraóssea: Desidratação grave (jovens e neonatos). No osso tem medula, na medula tem circulação liquida. - Contraindicação em lesão de pele. - Pontos de mielograma: Ossos grandes do membro – úmero, epífise proximal do úmero, do fêmur, da tíbia e o íleo. QUAL FLUIDO USAR Cristalóides: Solutos com e sem eletrólitos que penetram em todos os compartimentos corporais. - Solução fisiológica de cloreto de sódio a 0,9%; ringer com lactato; ringer simples; solução glicosada a 5%; - Colóides: Solução com substâncias de alto peso molecular que se mantém exclusivamente no plasma. Usados para restaurar a pressão oncótica: plasma e dextran. - Suplemente potássio nos cristaloides SEMPRE que não houver hipercalemia. Em geral, REPOR VOLUME é mais importante do que a composição do fluído isotônico. FLUIDOTERAPIA ADITIVOS - Bicarbonato, glicose e potássio. - Potássio: Repor em toda solução cristaloide (exceto em hipercalemia). Especialmente quando a fluidoterapia for longa. FLUIDOTERAPIA MONITORAÇÃO - Peso + Escore de hidratação + LAB + PA; - Hiperidratação pode causar edema subcutâneo, quemose, edema pulmonar (crepitação), distensão abdominal e dispneia, secreção nasal serosa, maior débito urinário e os hematócritos, proteína e potássio podem diminuir. Emergência tratada com anti-diurético. * Extravasamento subcutâneo *Desequilíbrios eletrolíticos: Hipocalemia (ocorre sempre que não há suplementeção), hipercloremia, hiper ou hiponatremia, hipofosfatemia (em diabéticos cetoacidóticos, pode levar a anemia hemolítica). - O fluído administrado, deve ser semelhante ao perdido. Na dúvida, sempre empregar ringer simples/sol fisiológica. Não podem receber lactato: Vômito agudo de conteúdo estomacal; Pacientes com hiperlactatemia; - Acidemia lática, choque
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