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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS CURSO: NUTRIÇÃO DISCIPLINA: BROMATOLOGIA NOME DO ALUNO: BRUNA DE ARAÚJO SILVA WATANABE RA: 2323923 POLO DE MATRÍCULA: UNIP POLO AQUARIUS – 9365 POLO DE PRÁTICA: UNIP POLO DUTRA – SÃO JOSÉ DOS CAMPOS DATA DAS AULAS PRÁTICAS (Relacione todas as datas em que compareceu): 19 /08 /2023 / / 23 /09 /2023 / / 21 /10 /2023 / / SÃO JOSE DOS CAMPOS , 27 DE OUTUBRO DE 2023 Free Hand Highlight Free Hand Highlight Free Hand Highlight DESCRIÇÃO DOS RESULTADOS – AULA 1 – ROTEIRO 1 Produto utilizado: Proteína de Soja Texturizada Fonte: Acervo pessoal – Proteína de Soja Texturizada. Conforme orientação da Professora Dra. Karen Cristiane Higa: Fizemos a pesagem de 9 gramas da proteína de soja texturizada e realizamos o quarteamento. Pesagem efetuada em uma balança analítica GEHAKA AG200. Fonte: Acervo pessoal – Balança GEHAKA AG200. Fonte: Acervo pessoal (processo de quarteamento). Fonte: Acervo pessoal (processo de quarteamento) – já dividido. Trituramos a amostra para homogeneizar e refizemos a pesagem, só que desta vez retiramos apenas 3 gramas desta amostra. O processo de trituração da amostra, além de homogeneizar também é importante para facilitar o processo de retirada da umidade e dessa forma medir seu teor. Trituramos a amostra utilizando um graal e um pistilo de porcelana: Fonte: Acervo pessoal – graal e pistilo de porcelana. Fonte: Acervo pessoal – amostra triturada. DESCRIÇÃO DOS RESULTADOS – AULA 1 – ROTEIRO 2 Para prosseguir com a determinação da umidade em alimentos, precisamos entender um pouco o que é a umidade e como a água se apresenta nos alimentos, detalharei a seguir. A ÁGUA NOS ALIMENTOS No caso dos alimentos, a água é um adulterante universal. A determinação da quantidade de água nos alimentos é expressa pelo valor da determinação da água total presente no alimento, contudo, esse valor não transmite informações sobre o modo que a água está distribuída no alimento. É possível que o teor de água gere o desenvolvimento de algum microrganismo, todavia, uma boa parcela dessa água não está disponível para esses seres. O fato de uma parte da água não ser congelável mostra que há moléculas com propriedades e distribuição distintas no mesmo alimento. (VASCONCELOS, Viviane Godeguez. – São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2016). De acordo com Karmas (1980 apud DITCHFIELD, 2000, p.3), existem dois tipos de água nos alimentos: ÁGUA LIVRE: pouco ligada ao substrato. Age como solvente, possibilitando o crescimento de microrganismos e as reações químicas. Predomina as pontes de hidrogênio. ÁGUA COMBINADA: muito ligada ao substrato. É difícil de ser eliminada, não age como solvente e não possibilita o desenvolvimento de microrganismos e suas reações químicas são demoradas. Segundo Isengard (2001 apud BARBOSA et al., 2014, p.65), a água denominada livre está fracamente ligada ao substrato e funciona como solvente, permitindo o crescimento de microrganismos, de reações químicas e que é eliminada com facilidade. A água denominada “combinada” (ou Atividade de Água – Aw) está fortemente ligada ao substrato, é mais difícil de ser eliminada e não é usada como solvente, não permitindo o crescimento de microrganismos. Podemos constituir uma relação entre teor de água livre nos alimentos e sua conservação, pois esse teor é uma atividade oriunda da relação entre a pressão de vapor de água em equilíbrio no alimento e a pressão de vapor da água pura na mesma temperatura. (VASCONCELOS, Viviane Godeguez. – São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2016). Fonte: Acervo pessoal – resumo diferença entre Aw e Teor de umidade. UMIDADE O primeiro passo para determinação de uma análise bromatológica geralmente é a determinação de umidade nos alimentos. Quando conhecemos o teor de umidade de um alimento, compreendemos as características físico-químicas, microbiológicas e sensoriais de um produto alimentício (VASCONCELOS, Viviane Godeguez. – São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2016). A seguir será descrita a técnica para a determinação de umidade por secagem em estufa a 105ºC, aplicável para diversos alimentos (IAL, 2008). Conforme descrito no ROTEIRO 1 – AULA 1 utilizamos como amostra para este experimento a proteína de soja texturizada: 1) Fizemos a pesagem da capsula de porcelana vazia – 130,3227 gramas; 2) Pesamos 9,5130 gramas da amostra; 3) Quarteamento da amostra; 4) Trituramos e homogeneizamos a amostra e novamente fizemos a pesagem, dessa vez uma quantidade bem menor da amostra que seria efetivamente analisada – 3,0183 gramas. 5) Acondicionamos a amostra em estufa a 105ºC, por 3 horas Fonte: Acervo pessoal – Estufa calibrada a 105ºC para receber as amostras. 6) Peso da cápsula de porcelana após sair da estufa – 133,0091 gramas. A etapa de retirada das amostras da estufa e o resfriamento em dessecador, foi feito pelos técnicos do laboratório, nós não acompanhamos o processo; 7) Nós fizemos a pesagem final da cápsula de porcelana juntamente com a amostra, e então desenvolvemos os cálculos pertinentes. O cálculo abaixo foi feito da seguinte forma para descobrirmos o peso da amostra após sair da estufa: Peso da cápsula de porcelana vazia – Peso da cápsula de porcelana com a amostra = peso da amostra. Peso da amostra – pós estufa = 2,6864 gramas. 8) Após descobrir o peso da amostra pós estufa, desenvolvemos o cálculo para determinar a porcentagem de umidade. Para este cálculo utilizamos a fórmula: Fonte: HIGA, Dra. Karen C. Umidade e cinzas em alimentos. 23 setembro 2023. Apresentação em Power Point. Aula ministrada em sala. Onde, Pi = Peso inicial da amostra seca(g). Pf = Peso final da amostra já descontado o peso da cápsula de porcelana pós processo de estufa. A partir deste cálculo determinamos que a % de umidade da amostra é de 11%. A professora Karen nos orientou então a efetuar cálculos estatísticos para verificar se o procedimento realizado em laboratório estava de fato correto. Nos dividimos em 4 grupos onde cada um obteve seu resultado de umidade, conforme descrito abaixo: Então fizemos o cálculo de dispersão e desvio padrão: Etapa 1: Calcular o 𝑋 (X média): Somar todos os resultados e dividir por 4 para obter média: Etapa 2: Calcular o desvio padrão: Etapa 3: Calcular o coeficiente de variação: De acordo com o que nos foi orientado pela professora Karen houve uma variação por conta do tempo que a amostra ficou em repouso aguardando a pesagem final por nós após 1 semana. Segue as respostas para as questões propostas no ROTEIRO 2 – AULA 1: a) O percentual de umidade é uma das principais determinações analíticas realizadas com o propósito de verificar padrões de identidade e qualidade em alimentos, além de auxiliar na tomada de decisão em várias etapas do processamento, como escolha da embalagem, modo de estocagem do produto etc. (FURTADO, M.A.M.; Ferraz, F.O. – Faculdade de Bioquímica – Departamento de Alimentos e Toxicologia – UFJF – Juiz de Fora – MG, Brasil. Artigo disponível em: https://www2.ufjf.br/laaa//files/2008/08/04-7%c2%ba- SLACA-2007.pdf ). Posso citar por exemplo: De acordo com a legislação Brasileira, a farinha de trigo tem um limite máximo estipulado de umidade de 15% (g/100g) (https://www.gov.br/anvisa/pt- br/assuntos/regulamentacao/agenda-regulatoria/minutas- previas/arquivos/2022/rop-05-2022/minutardc_item2-4- 30_emajustesaposanalisejuridica_rop5_22.pdf ). No caso de biscoito cream cracker a umidade se situa em torno de 2,5% paraque se mantenha suas características como sabor, crocância etc. b) Teor de umidade: define a quantidade de água nos alimentos e ingredientes. Entretanto, esse valor não nos fornece indicações de como está distribuída a água nesse alimento, como também não permite saber se toda água está ligada do mesmo modo ao alimento. Atividade de água: em termos práticos , é a água do alimento que vai reagir com microrganismos (e participar de outras reações enzimáticas, por exemplo). E influência de forma direta na conservação dos alimentos, pois ela interfere na velocidade das reações de deterioração dos alimentos. c) É uma medida que permite avaliar a disponibilidade de água no alimento que estaria susceptível a diversas reações (químicas, enzimáticas) ou para uso dos microrganismos presentes. Quanto mais elevada for a atividade de água, mais rapidamente os microrganismos (bactérias, leveduras e bolores) poderão se multiplicar, a exemplo disto citamos a água livre que está presente entre os poros dos alimentos e serve de habitat para os microrganismos. Valores de atividade de água na faixa de 0,70 a 1,0 indicam que a maioria da água se encontra livre no alimento. O comportamento microbiano frente a Aw quanto a disponibilidade de água livre é extremamente variável, sendo as bactérias mais exigentes, em relação aos fungos e leveduras. Os alimentos de baixa Aw (< 0,60) são microbiologicamente estáveis. (Food Safety Brazil – 18 setembro 2016. A diferença entre Atividade de Água (Aw) e o Teor de Umidade nos alimentos. Disponível em: https://foodsafetybrazil.org/diferenca-entre-atividade-de-agua- aw-e-o-teor-de-umidade-nos-alimentos/ ). Fonte: Food Safety Brazil – 18 setembro 2016. A diferença entre Atividade de Água (Aw) e o Teor de Umidade nos alimentos. Disponível em: https://foodsafetybrazil.org/diferenca-entre-atividade-de-agua-aw-e-o-teor- de-umidade-nos-alimentos/ DESCRIÇÃO DOS RESULTADOS – AULA 1 – ROTEIRO 3 CINZAS O resíduo obtido por aquecimento de um alimento em temperatura 550°C recebe o nome de cinzas (IAL, 2008). As cinzas de um alimento são os resíduos inorgânicos que permanecem após a queima da matéria orgânica que é transformada em CO2, H2O e NO2 (CECCHI, 2003). Esses resíduos inorgânicos não irão representar toda a substância inorgânica presente na amostra, visto que alguns sais podem sofrer volatilização ou redução no aquecimento (IAL, 2008). (FELTES, Maria Manuela Camino ...[et al.]. – Procedimentos operacionais padronizados de bromatologia de alimentos. – Blumenau: Instituto Federal Catarinense, 2016). Exemplos de teor de cinzas de alguns alimentos: Fonte: HIGA, Dra. Karen C. Umidade e cinzas em alimentos. 23 setembro 2023. Apresentação em Power Point. Aula ministrada em sala. Fonte: HIGA, Dra. Karen C. Umidade e cinzas em alimentos. 23 setembro 2023. Apresentação em Power Point. Aula ministrada em sala. O conteúdo de cinzas dos alimentos de origem animal tem menor variação de amostra para amostra quando comparada com cinzas derivadas de alimentos de origem vegetal. Para um melhor preparo de cinzas convém triturar o alimento antes. Cinzas em alimentos frescos raramente é maior que 5%. A presença de grande quantidade de cinzas em produtos como: açúcar, amido, gelatina, frutas ácidas, pectina, torna os produtos suspeitos de adulteração. O açúcar refinado não apresenta cinzas, pois interfere na cristalização do açúcar. O teor de cinzas depende do método e tempo de incineração e da temperatura. (HIGA, Dra. Karen C. Umidade e cinzas em alimentos. 23 setembro 2023. Apresentação em Power Point. Aula ministrada em sala). As cinzas podem ser: cinzas secas e cinzas úmidas Fonte: FERRÃO, Luana Limoeiro. Bromatologia – Rio de Janeiro: SESES, 2017. Formas de análises para os tipos diferentes de cinzas: Fonte: Bromatologia Básica USP-SP. O processo de determinação de cinza seca é o procedimento mais utilizado. Emprega o uso de fornos do tipo mufla, operando em temperaturas na faixa de 500°C a 600°C. Fonte: HIGA, Dra. Karen C. Umidade e cinzas em alimentos. 23 setembro 2023. Apresentação em Power Point. Aula ministrada em sala. CINZA ÚMIDA: Adequado para alimentos com alto teor de gordura. Emprega ácidos concentrados em alta temperatura para provocar a destruição da matriz orgânica. É usada na determinação de elementos, traço que podem ser perdidos na cinza seca. Sob controle rigoroso de temperatura – 150°C a 350°C. Fonte: HIGA, Dra. Karen C. Umidade e cinzas em alimentos. 23 setembro 2023. Apresentação em Power Point. Aula ministrada em sala. A análise de cinzas também pode ser feita pelo método de micro-ondas, conforme a ilustração abaixo: Fonte: Bromatologia Básica USP-SP. Algumas recomendações devem ser observadas antes da análise: Alimentos ricos em lipídios – é preciso desengordurar primeiro; Amostra líquida ou úmida – secar antes em estufa; Alimentos ricos em voláteis e lipídios – aquecer lentamente para evitar a formação de chama na amostra; (Bromatologia Básica – USP/SP. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4947561/mod_folder/content/0/Aul a%2004%20-%20Cinzas.pdf?forcedownload=1 ) A seguir será descrita a técnica para a determinação de cinzas em alimentos utilizando Mufla 550°C: Para esta análise usamos como amostra: Proteína de soja Texturizada 1) Foi feito o processo de quarteamento, conforme apontado no Roteiro 1 – Aula1; 2) Peso da amostra para análise – 3,0228 gramas; 3) A amostra foi triturada com graal e pistilo: Fonte: Acervo pessoal – amostra triturada 4) Acondicionamos a amostra triturada em cadinhos de porcelana, também realizamos a pesagem em uma balança analítica do cadinho vazio para posteriormente fazer o cálculo: Peso do cadinho vazio: 32,9610 gramas; Fonte: Acervo pessoal – cadinho 5) Levar o cadinho com a amostra para a mufla a temperatura de 550°C onde ficarão por 2-3h até serem incineradas até as cinzas ficarem claras: Fonte: Acervo próprio – Mufla com os cadinhos de porcelana 6) O processo de retirar os cadinhos da mufla após estarem prontos e serem colocados em dessecadores para resfriamento, será feito pelos técnicos do laboratório – não vamos acompanhar ou participar do processo; 7) Peso do cadinho + amostra (pós processo mufla) – 33,1573 gramas; 8) O cálculo abaixo foi feito da seguinte forma para descobrirmos o peso da amostra após sair da mufla: Peso do cadinho de porcelana vazio – Peso do cadinho de porcelana com a amostra = peso da amostra. 9) Antes de calcularmos a %Cinzas diretamente na fórmula, a professora Karen nos orientou a tirar a média das cinzas e fazer o cálculo estatístico para validar se de fato o teste foi feito da forma correta. Também fizemos em 4 grupos, segue abaixo os cálculos: Média das cinzas: 0,207 ± 0,012 Desvio Padrão: 0,012 ≈ O teste foi validado, porque a dispersão de um resultado para o outro foi pequena. Peso Médio da Amostra: 3,0337 gramas Cálculo da % Cinzas: Para calcular a %Cinzas utilizamos a seguinte fórmula: Onde, N – Peso das cinzas P – Peso da amostra Neste caso para o peso das cinzas utilizamos a média – 0,207 gramas Neste caso para o peso das cinzas utilizamos a média – 3,0337 gramas A porcentagem de cinzas – 6,82% De acordo com o site da Embrapa pude observar que a porcentagem de cinzas é de 5%. Essa diferença a mais pode ser por conta do tempo que a amostra ficou aguardando, porque foi preparada com antecedência. a) Como uma desvantagem desse processo, podemos citar que é uma técnica demorada e possui algumas limitações como, por exemplo, reações entre metais e volatilização deles em temperaturas mais altas, como acontece com oAr, Hg e Pb. b) Pelo portal da Embrapa o resultado da composição centesimal do grão de soja é a seguinte: Fonte: Portal Embrapa. Disponível em: https://www.embrapa.br/documents/1355202/1529289/Composi%C 3%A7%C3%A3o+qu%C3%ADmica+m%C3%A9dia+e+valor+nutricio nal+dos+gr%C3%A3os+de+soja.pdf/60519771-341d-19ee-6e85- 1e62073166b2#:~:text=A%20maioria%20das%20cultivares%20de,p ara%20alto%20teor%20de%20prote%C3%ADnas. Não foi possível encontrar dados específicos da proteína de soja texturizada, então adicionei as informações do grão para que possamos ter uma ideia da composição centesimal do alimento. DESCRIÇÃO DOS RESULTADOS – AULA 2 – ROTEIRO 1 LIPÍDIOS Estão presentes em uma grande quantidade de alimentos, como leite, carnes e manteiga. Fonte: BOLZAN, Rodrigo Cordeiro. Bromatologia. Universidade Federal de Santa Maria, 2013. Os lipídios são compostos orgânicos, insolúveis em água (que é polar) e solúveis em solventes orgânicos (apolares). Podem ser classificados como: simples, compostos ou derivados. Sua determinação, na maioria das vezes, é feita pela extração com solventes. O resíduo obtido no final da extração não são apenas lipídios, mas todos os compostos que o solvente é capaz de extrair (IAL, 2008). (FELTES, Maria Manuela Camino ...[et al.]. – Procedimentos operacionais padronizados de bromatologia de alimentos. – Blumenau: Instituto Federal Catarinense, 2016) FUNÇÕES: Isolamento térmico (camada de gordura); Constituinte da membrana plasmática; Reserva de energia – no quesito energia, 1grama de lipídeos equivale a 2 gramas de carboidratos. É uma forma de armazenar muito mais energia em um espaço muito menor; Proteção mecânica; Outros; CLASSIFICAÇÃO: 1) Glicerídeos 2) Esteroides 3) Cerídeos 4) Fosfolipídeos 5) Carotenoides 1) Glicerídeos O mais conhecido são os triglicerídeos. 3 moléculas de ácido graxo ligado a um glicerol. Funções: Armazena energia em forma de triglicerídeos; Isolamento térmico; Proteção mecânica; Os triglicerídeos são: Insaturados, tem cadeias duplas entre carbonos. Os ácidos graxos estão mais distantes - estimula a produção do colesterol “bom” – faz com que o corpo tenha uma maior facilidade para digerir, quebrar e eliminar essa gordura. Saturados, as cadeias são bem juntinhas e o corpo precisa de mais “trabalho” para conseguir quebrar essa gordura. Ligação simples entre carbonos. Ômega 3 e Ômega 6 – São ácidos graxos essenciais, ou seja, não produzimos, então precisamos ingerir através da dieta. Hidrogenada (trans) – são um tipo especial de gordura que, em vez de ser formado por ácidos graxos insaturados na configuração cis, contém ácidos graxos insaturados na configuração cis, contém ácidos graxos insaturados na configuração trans. Esse tipo de gordura não é comum na natureza, mas é produzido a partir de gorduras vegetais para uso na indústria alimentícia. (BOLZAN, Rodrigo Cordeiro. Bromatologia. Universidade Federal de Santa Maria, 2013). 2) Esteroides O mais conhecido é o colesterol. LDL (colesterol “ruim”): por ter baixa densidade acaba depositando colesterol na artéria e acaba causando entupimento, causando a aterosclerose. HDL (colesterol “bom”): por ser de alta densidade, ele passa pela artéria carregando e limpando o que foi depositado pelo LDL. Lipoproteínas que nós produzimos. 3) Fosfolipídeos Formam a membrana plasmática das células. 4) Cerídeos São lipídeos extremamente hidrofóbicos. Álcool (diferente do glicerol) +1 até 16 ácidos graxos. Proteção (cerume + pele), protege contra agentes estranhos. 5) Carotenoides Caroteno – Hidrocarbonetos – C e H. Pigmentos de vegetais e algas. Matéria-prima da vitamina A. Antioxidantes. DETERMINAÇÃO DE LIPÍDIOS – MÉTODO SOXHLET A seguir, será descrita a determinação de lipídios utilizando equipamento e aparato para extração a quente com solvente pelo método de Soxhlet, que é um método de extração de modo intermitente. Essa técnica permite variações quanto ao solvente utilizado (e, portanto, a temperatura necessária para ebulição) (CECCHI, 2003). 1) Amostra utilizada: Biscoito Club Social Azul. Fonte: Acervo próprio – amostra no graal. 2) Amostra triturada em um graal e pistilo: Fonte: Acervo próprio – amostra triturada. 3) Amostra foi pesada em balança analítica. Peso da amostra seca: 3,0091 gramas. 4) Amostra acondicionada em cartucho de celulose e coberta com algodão desengordurado, para não extravasar durante a análise: Fonte: Acervo próprio 5) Peso do balão vazio: 321,19 gramas 6) Aparelho de Soxhlet montado: Fonte: Acervo próprio O processo de extração de lipídios completa no Soxhlet com éter etílico, dura 6hrs, por ser um processo longo, foi feito antecipadamente pela professora Karen, e uma amostra já estava pronta. Porém, durante a aula, montamos o aparelho e a professora fez uma demonstração de como funciona o processo e nos explicou detalhadamente como funciona. 7) Colocamos o cartucho com a amostra dentro do aparelho, e adicionamos éter etílico – 1 Soxhlet e meio de éter e iniciamos o processo. 8) Segue detalhamento do processo: O método é realizado em 03 etapas: - Extração da gordura da amostra usando solvente; - Eliminação do solvente através da evaporação; - Secagem para quantificar o conteúdo da gordura; Circulação contínua do solvente através da amostra sólida (método Soxhlet só atua em amostras sólidas), permitindo que lipídios sejam dissolvidos no solvente. O balão é aquecido e evapora o solvente que se move na fase gasosa em direção ao condensador, o qual é convertido em um líquido que goteja no cartucho que contém a amostra. A câmara de extração é projetada de modo que quando o solvente em torno da amostra for superior a altura máxima do sifão, o líquido transborda para o balão onde é aquecido, e evapora, completando um ciclo. Por ser de execução mais simplificada, pode ser recomendado tanto para amostras de origem animal como vegetal, quando não houver emprego posterior do extrato. (TOLENTINO, Sheila dos Santos.[et al.]. Extração de Lipídios: Método Soxhlet – Unicruz Seminário. Disponível em: https://www.unicruz.edu.br/seminario/anais/anais- 2015/XX%20SEMIN%C3%81RIO%20INTERINSTITUCIONAL%202015%20- %20ANAIS/Graduacao/Graduacao%20-%20Resumo%20- %20Ciencias%20Biologicas%20e%20da%20Saude/EXTRACAO%20DE%20L IPIDIOS-%20METODO%20SOXHLET.pdf ) 9) O processo de evaporação do solvente em capela, bem como acondicionar o balão em estufa a 105°C foi feito antecipadamente, nós não acompanhamos o processo. 10) Peso do balão + lipídios: 323,72 gramas. 11) Peso do lipídio: 2,53 gramas. 12) Para o cálculo da % Lipídios usamos a seguinte fórmula: Onde, N – Massa em gramas de lipídios P – Massa em gramas da amostra % Lipídios = 84,07% DESCRIÇÃO DOS RESULTADOS – AULA 2 – ROTEIRO 2 PROTEÍNAS Segue um breve resumo a respeito das proteínas feito com base na aula da professora Karen Higa: DETERMINAÇÃO DE PROTEÍNAS: MÉTODO DE KJELDAHL A determinação de proteínas se baseia na determinação de de nitrogênio. Esse método se baseia em 03 etapas: digestão, destilação e titulação. A matéria orgânica é decomposta e o nitrogênio existente é transformado em amônia. Etapa 1: Digestão Consiste no aquecimento a 350°C da matéria orgânica (amostra) que será decomposta com ácido sulfúrico e um catalisador (substâncias que vão acelerar a reação química na decomposição), no qual o nitrogênio é transformado em sal amoniacal. H2SO4 + Amostra (NH4)2SO4+ CO2 + SO2 + H2O Nós não acompanhamos o processo de digestão da amostra, foi feito antecipadamente pela equipe do laboratório, em contrapartida, a professora nos apresentou o digestor e nos explicou em detalhes como o processo funciona: Fonte: Acervo próprio – Digestor Etapa 2: Destilação Consiste em transformar o N presente na solução na forma de sulfato de amônio (NH4) em (NH3) amônia gasosa. A amônia é liberada do sal amoniacal (NH4)2SO4 pela reação com hidróxido de sódio (NaOH) e recebida numa solução ácida (ácido bórico) de volume e concentração conhecida, assim a amônia (gás) reage com a solução de ácido bórico (H3BO3), formando o borato de amônio. Nós não acompanhamos o processo de destilação da amostra, foi feito antecipadamente pela equipe do laboratório, em contrapartida, a professora nos apresentou o digestor e nos explicou em detalhes como o processo funciona: Fonte: Acervo próprio – Destilador de Nitrogênio Etapa 3: Titulação Consiste na titulação do borato de amônio com uma solução de ácido clorídrico padronizada até a viragem do indicador. NH4H2BO3 + HCl H3BO3 + NH4Cl Tinhamos pronto o Borato de Amônia pronto e fizemos a titulação até a viragem de cor, ácido clorídrico 0,01M utilizado: Fonte: Acervo próprio – Borato de amônio É importante observar que quanto maior a quantidade de ácido gasta, maior é a quantidade de nitrogênio na amostra. Peso da amostra: 100mg transformar em gramas: 0,1 grama Fator de correção: Soja – 6,25 Volume do HCl (VHCl): 5,1ml Volume do Branco (VB): 1,1ml Molaridade ácido clorídrico: 0,01M Segue cálculo completo: Fórmulas utilizadas: % Nitrogênio = 0,56% % Proteína = 3,5% Esta porcentagem foi obtida porque pode ter ocorrido a degradação da proteína, por conta do processo ter sido feito com antecedência. Quantidade em gramas de proteínas = 0,0035 gramas O peso esperado seria de 0,05 gramas. REFERÊNCIAS BOLZAN, Rodrigo Cordeiro. Bromatologia. Universidade Federal de Santa Maria, 2013 Bromatologia Básica – USP/SP. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4947561/mod_folder/content/0/Aula% 2004%20-%20Cinzas.pdf?forcedownload=1 FELTES, Maria Manuela Camino ...[et al.]. – Procedimentos operacionais padronizados de bromatologia de alimentos. – Blumenau: Instituto Federal Catarinense, 2016 Food Safety Brazil – 18 setembro 2016. A diferença entre Atividade de Água (Aw) e o Teor de Umidade nos alimentos. Disponível em: https://foodsafetybrazil.org/diferenca-entre-atividade-de-agua-aw-e-o-teor-de- umidade-nos-alimentos/ FURTADO, M.A.M.; Ferraz, F.O. – Faculdade de Bioquímica – Departamento de Alimentos e Toxicologia – UFJF – Juiz de Fora – MG, Brasil. Artigo disponível em: https://www2.ufjf.br/laaa//files/2008/08/04-7%c2%ba-SLACA- 2007.pdf HIGA, Dra. Karen C. Umidade e cinzas em alimentos. 23 setembro 2023. Apresentação em Power Point. Aula ministrada em sala. TOLENTINO, Sheila dos Santos.[et al.]. Extração de Lipídios: Método Soxhlet – Unicruz Seminário. Disponível em: https://www.unicruz.edu.br/seminario/anais/anais- 2015/XX%20SEMIN%C3%81RIO%20INTERINSTITUCIONAL%202015%20- %20ANAIS/Graduacao/Graduacao%20-%20Resumo%20- %20Ciencias%20Biologicas%20e%20da%20Saude/EXTRACAO%20DE%20L IPIDIOS-%20METODO%20SOXHLET.pdf VASCONCELOS, Viviane Godeguez. – São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2016
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