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UNIARAXÁ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO DE ARAXÁ • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 1
SUMÁRIO
2UNIARAXÁ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO DE ARAXÁ • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS
Objetivo(s): 
• Entender o que é pedagogia;
• Entender o que é didática;
• Descrever as características da pedagogia de projetos;
• Discutir as práticas educativas na educação básica;
• Analisar os fundamentos das metodologias.
AULA 2
UNIARAXÁ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO DE ARAXÁ • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 2
CONTEXTUALIZANDO A APRENDIZAGEM
Olá Caro(a) estudante! 
Na Aula 1 vimos sobre os processos de aprendizagem e o processo de construção no ambiente 
escolar. Na Aula 2 vamos discutir sobre as práticas pedagógicas, educativas e metodológicas 
na educação. Para isso gostaríamos de começar propondo uma reflexão.
Você se lembra da época em que frequentava a escola? Gostava das aulas? A metodologia 
e as estratégias usadas pelo professor motivavam você e seus colegas? A maneira como se 
ensina define a qualidade da aprendizagem, nesse sentido, conhecer e refletir sobre as práticas 
didático-pedagógicas e os métodos de ensino é essencial para a qualidade da educação 
escolar. Por isso, nesta aula, vamos compreender a relação existente entre a pedagogia e as 
metodologias e conhecer as estratégias de ensino para a educação básica. 
No primeiro tópico, será apresentada uma reflexão do conceito de pedagogia. E, além de 
apresentar a evolução histórica do conceito, será feita uma distinção entre pedagogia, 
educação e didática. Em seguida, serão abordadas as tendências pedagógicas liberais e 
progressistas, assim como suas respectivas subdivisões. 
No segundo tópico, serão analisados os fundamentos das metodologias e de ensino e suas 
aplicações na educação básica. Daremos destaque à pedagogia de projetos como importante 
proposta para se repensar os modelos de ensino difundidos no atual cenário educacional. E, 
por fim, vamos compreender o cotidiano escolar diante das novas perspectivas pedagógicas.
Vamos começar!?
AULA 2 - PEDAGOGIA, METODOLOGIA 
E ESTRATÉGIAS DE ENSINO
Bons Estudos!
UNIARAXÁ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO DE ARAXÁ • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 3
Para contextualizar e ajudá-lo(a) a obter uma visão panorâmica dos conteúdos que você 
estudará na Aula 2, bem como entender a inter-relação entre eles, é importante que se atente 
para o Mapa Mental, apresentado a seguir:
MAPA MENTAL PANORÂMICO
O QUE É PEDAGOGIA?
O QUE É DIDÁTICA?
PEDAGOGIA, METODOLOGIA E 
ESTRATÉGIAS DE ENSINO
AS DIFERENTES 
PEDAGOGIAS
PEDAGOGIA DE 
PROJETOS
PRÁTICAS EDUCATIVAS 
NA EDUCAÇÃO 
BÁSICA
FUNDAMENTOS DAS 
METODOLOGIAS 
E ESTRATÉGIAS DE 
ENSINO
UNIARAXÁ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO DE ARAXÁ • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 4
PEDAGOGIA, METODOLOGIA E ESTRATÉGIAS DE ENSINO
1. AS DIFERENTES PEDAGOGIAS 
Quando pensamos em pedagogia, é comum que nos venha à mente a concepção de que 
existe apenas uma pedagogia e isso não é verdade. Existem diferentes correntes de pensamento 
nesse cenário e vamos apresentar brevemente a importância dessa diversidade.
Durante muitos anos, reproduzimos uma lógica tradicional na qual o professor era o detentor 
do conhecimento e responsável por transmiti-lo aos alunos. Essa concepção, contudo, não 
tem mais espaços nas novas análises pedagógicas.
Atualmente, diferentes correntes pedagógicas consideram que o estudante deve ser o 
protagonista do processo de aprendizagem e os professores, os mediadores desse processo. 
Essa nova forma de se compreender a prática pedagógica faz com que a pedagogia não 
possa ser única, mas sim diversa, atendendo às especificidades de cada faixa etária e às 
diferentes diversidades que perpassam pelo processo educativo.
Vamos compreender agora os conceitos de pedagogia e didática para que possamos 
aprofundar nossas reflexões.
1.1 O QUE É PEDAGOGIA?
O termo pedagogia é, frequentemente, utilizado em assuntos referentes ao campo educacional, 
aliás, o sentido que se dá à palavra quase sempre se confunde com o próprio significado de 
educação. Apesar de pedagogia e educação estarem intrinsecamente relacionadas, é um 
erro tomá-las como sinônimos. 
A pedagogia nasceu na Grécia Antiga e tinha como significado “condução de criança”. Na 
antiguidade grega, o “escravo pedagogo” era aquele que levava as crianças aos locais de 
estudo.
Cabia a ele levar o jovem até o local do conhecimento, mas 
não necessariamente era sua função instruir esse jovem. 
Essa segunda etapa fica por conta do preceptor. Quando da 
dominação romana sobre a Grécia, as coisas se modificaram. 
Aí, os escravos era os próprios gregos. E nesse caso, os 
escravos eram portadores de uma cultura superior à de seus 
dominadores. Assim, o escravo pedagogo não só continuou 
a agir como “condutor de crianças”, mas também assumiu a 
função de preceptor. (GHIRALDELLI Jr, 1991, pág. 8)
UNIARAXÁ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO DE ARAXÁ • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 5
O emprego do termo desde sempre esteve associado com a ideia de condução do saber. 
Assim, a pedagogia preocupa-se com os meios, as formas e maneiras de levar o conhecimento 
aos indivíduos, esses meios podem estar ligados tanto a questões de natureza teórica (relativas 
à problemática educacional) quanto à metodológica (métodos de ensino). 
Assim, podemos observar que, embora o termo tenha surgido na Grécia, a prática é bem mais 
antiga. O ato de conduzir um ser ao processo de aprendizagem é uma premissa humana. 
Certamente, desde os tempos da pré-história, já era necessário ensinar determinadas atividades 
e ações aos indivíduos.
Aprender e ensinar são atividades que não se limitam aos saberes escolares. Trata-se de ações 
que estão relacionadas a toda nossa vida. Um simples ato de observação já permite uma 
criança aprender sobre o mundo em que vive.
Nesse sentido, é possível afirmar que pedagogia é uma teoria e educação, uma prática, como 
aponta Ghiraldelli Jr (1991):
A educação é antes de tudo uma prática educativa. É uma 
prática geradora de uma teoria pedagógica. A educação, ao 
mesmo tempo que produz a pedagogia, é também direcionada 
e efetivada a partir das diretrizes da pedagogia. (pág. 9)
A partir dos apontamentos do autor, podemos compreender a pedagogia como um processo 
capaz de conduzir os indivíduos para o caminho do conhecimento, apresentando os processos 
necessários que os permitam atingir esse objetivo.
As concepções pedagógicas mais recentes, como já mencionado, compreendem que o 
processo de aprendizagem é construído pelos próprios sujeitos, cabendo ao professor a tarefa 
de mediar esse processo de aprendizagem a partir de métodos, técnicas e recursos que 
permitam ao estudante desenvolver seu próprio conhecimento. 
Outro termo que é indevidamente empregado como sinônimo de pedagogia é a didática, 
falaremos mais dessa prática a seguir.
 
1.2 O QUE É DIDÁTICA?
A didática compõe a pedagogia ao ser vista como uma mediação entre o campo teórico – 
nesse caso, a própria pedagogia – e o campo prático – educação. Segundo Libâneo (1992, 
pág. 26 apud FERREIRA, pág. 15):
UNIARAXÁ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO DE ARAXÁ • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 6
A didática é o principal ramo de estudos da Pedagogia. 
Investiga os fundamentos, condições e modos de realização da 
instrução e do ensino. Segundo essa ideia, a ela cabe converter 
objetivos sociopolíticos e pedagógicos em objetivos de ensino, 
selecionar conteúdos e métodos em função desses objetivos, 
estabelecendo os vínculos entre o ensino e a aprendizagem. 
Libâneo (1992) destaca a didática como a área responsável para efetivação das condições 
necessárias ao processo de aprendizagem. É através da didática que temos a chance de 
selecionar meios e recursos que permitam aos indivíduos construir o processo de aprendizagem.
Ensinar não é uma tarefa fácil, pois requer que o professor seja capaz de trabalhar a partir de 
métodos e técnicas que consigam atingir e permitir que os estudantes aprendam. A seleçãodesses recursos exige que o professor conhece bem seus alunos, pois cada pessoa tem seu 
próprio ritmo e processo de aprendizagem.
Nesse sentido, o docente precisa ter em mente diferentes formas de ensinar, assim terá 
condições de contemplar a diversidade presente em sua sala de aula. Por isso, não é possível 
que a didática utilizada pelo professor seja a mesma em qualquer situação. Cada espaço de 
aprendizagem é único.
Segundo a pedagoga Martins (2012, pág. 9), “o objetivo da didática é possibilitar a compreensão 
das diferentes formas e práticas de interação entre professores e alunos”. Trata-se de um 
Imagine uma escola de ensino fundamental. 
As turmas podem ser formadas por até 
35 alunos de acordo com as legislações 
educacionais. Para empreender um 
processo educativo de sucesso o professor 
precisa apresentar uma variedade 
didática que seja capaz de considerar as 
individualidades e o coletivo, buscando 
atender a todos. Com essa quantidade de 
alunos em sala a qualidade do trabalho do 
professor fica comprometida, pois atender 
essas individualidades se torna uma tarefa 
bastante desafiadora.
EXEMPLIFICANDO
UNIARAXÁ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO DE ARAXÁ • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 7
campo disciplinar que busca investigar e entender o processo de ensino, em suas múltiplas 
determinações.
Para além de um guia da prática educativa, a didática propõe também reflexões acerca das 
relações que envolvem o ensino/aprendizagem. Nessa perspectiva, o estudo da didática se 
fará pela caracterização das formas assumidas pelo processo didático em diferentes contextos 
históricos – seus fundamentos e instância operacionais na teoria e na prática, (...). (MARTINS, 
2012, pág. 12)
Martins (2012) também destaca o fato de que a didática se modifica ao longo do tempo, assim 
como todo o processo educativo. Mesmo que a escola que conhecemos tenha o mesmo 
formato desde o século XVIII, com professor em frente à turma e carteiras enfileiradas, o que 
sabemos é que nem tudo permanece igual.
O prédio e a disposição das salas de aulas podem ser bem semelhantes ao passado, mas a 
perspectiva de como ensinar já é bem diferente. As escolas brasileiras, no início do século XX, 
por exemplo, não dispunham de cadernos e lápis em todas as localidades. Alguns estudantes 
precisavam estudar com pequenas louças; escrevendo e apagando suas ideias quase que no 
mesmo instante.
Outro item que ficou no passado são os grandes manuais e enciclopédias, que poucos grupos 
podiam comprar ou, pelo menos, ter acesso em algum local. Hoje, registramos diferentes 
formas de se acessar o conhecimento. A internet revolucionou os meios de comunicação e 
divulgação do saber.
Esse processo exige que a didática do professor seja contemporânea, dialogando com as 
novas demandas da sociedade e propiciando que os estudantes desenvolvam a curiosidade 
pelo saber e aprendam a ser independentes no processo de construção da sua aprendizagem. 
É nesse sentido que o professor não pode ser concebido como aquele que transfere o saber, 
mas sim como aquele capaz de mediar o processo de aprendizagem dos seus estudantes.
 
2. PEDAGOGIA DE PROJETOS 
A pedagogia de projetos é uma metodologia que rompe com o modelo tradicional de ensino, 
transformando a sala de aula em um espaço de aprendizagens significativas e valorizando a 
realidade sociocultural dos estudantes e educadores. 
A proposta desta metodologia é construir ambientes dinâmicos de aprendizagem. Vamos, 
então, entender os fundamentos, as principais características e os objetivos dessa metodologia. 
O ensino passa ser pautado a partir de ações programáticas que visam aproximar a escola das 
diversas dimensões da realidade em que estão inseridos professores e alunos.
UNIARAXÁ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO DE ARAXÁ • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 8
Para alguns estudiosos do tema, a pedagogia de projetos é mais do que um método, é também 
uma postura pedagógica:
(...) a proposta é vincular as aprendizagens às necessidades 
reais e a uma visão global da realidade, a que chamam 
Projeto de Trabalho, enfoque integrador da construção 
de conhecimentos, que transgride o formato da educação 
tradicional, essencialmente transmissiva e organizada por 
Essa estratégia pode ser utilizada visando 
soluções para problemas presentes no 
cotidiano vivenciado pela comunidade 
escolar. Por exemplo, sabemos que 
epidemias, como a dengue, a Zika e a 
Chikungunya, atingem milhares de pessoas 
todos os anos no Brasil. Através de um projeto 
interdisciplinar, alunos de uma determinada 
escola percorreram algumas regiões 
próximas alertando a população sobre o 
modo de reprodução do Aedes Aegypti, 
mosquito transmissor da doença. Além 
de aproximar escola e comunidade, essa 
atividade pode possibilitar a identificação 
de possíveis focos de reprodução do 
mosquito, contribuindo com uma menor 
incidência da dengue naquela região.
EXEMPLIFICANDO
CONECTANDO
Podemos conectar este assunto, ao processo de ensino e aprendizagem como uma 
construção fruto de uma influência do construtivismo de Paulo Freire. Desta forma 
sugerimos assistir ao vídeo sobre o autor produzido pela TV UFMG, clique aqui.
https://www.youtube.com/watch?v=bIdlpi9i1io
UNIARAXÁ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO DE ARAXÁ • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 9
saberes compartimentados e selecionados pelo professor. 
(...) enfatizam que o projeto não é uma metodologia, mas uma 
forma de refletir sobre a escola e sua função. (CAMARGO e 
DAROS, 2018, pág. 10)
A aplicação dessa estratégia na escola implica a mudança dos conteúdos curriculares, os 
objetivos de aprendizagem e até a maneira como se avalia os educandos. 
Além de mudar o significado do ambiente escolar e do próprio processo de construção 
do conhecimento escolar, essa proposta também busca diminuir o abismo existente entre 
o conteúdo estudado e o mundo real. Por fim, essa atividade, que busca conciliar teoria e 
prática, torna o processo de aprendizagem mais prazeroso, agradável e estimulante. 
A Pedagogia de Projetos pode ainda orientar toda a organização pedagógica da escola, 
promovendo um processo de aprendizagem baseado no desenvolvimento de projetos e ações 
que visam ao protagonismo do estudante.
Um interessante exemplo dessa perspectiva pode ser observado na Escola da Ponte, localizada 
em Portugal, nessa instituição, os estudantes aprendem sobre as diferentes áreas do saber, de 
forma transdisciplinar, através da pedagogia de projetos.
Os estudantes selecionam os temas que desejam aprender. As temáticas são desenvolvidas 
a partir de diferentes áreas e perspectivas, permitindo que o estudante seja o protagonista 
do seu processo de aprendizagem. Não é o professor quem define os temas e as formas de 
ensinar, e sim a coletividade. Alunos e professor constroem juntos a aprendizagem.
3. FUNDAMENTOS DAS METODOLOGIAS E ESTRATÉGIAS DE ENSINO
Quando pensamos em metodologias e estratégias de ensino alguns elementos referentes a 
técnicas e recursos nos vêm à mente. Mas qual sentido devemos ter em vista quando utilizamos 
esses termos? E qual a importância de sua aplicação para a educação escolar?
Uma análise etimológica nos permite compreender o método como um caminho traçado 
para alcançar um objetivo anteriormente definido. Etimologicamente, método vem do grego, 
sendo a composição de “metá”, que quer dizer “através, para”, e de ódos, que quer dizer 
“caminho”. Portanto, método seria um caminho através do qual se chega a um determinado 
fim. (ANASTASIOU, 1997)
Notem que o método sempre está subordinado a um objetivo. Já o ensino/ensinar pode ser 
compreendido como uma ação que tem como finalidade a realização da aprendizagem. 
Deve ser desenvolvida de modo a respeitar as especificidades intelectuais de quem aprende:
UNIARAXÁ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO DE ARAXÁ • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 10
Analisando a significação do termo ensinar, temos a 
contribuição de Sheffler (1974), que nos coloca que muitos 
verbos referentes à ação, portanto,que se referem à obtenção 
de uma meta, implicam uma utilização intencional e/ou de êxito; 
neste caso, o atingir a meta é que definiria o êxito da tentativa. 
Neste sentido, só se poderia dizer que houve ensino se de fato 
ocorreu a aprendizagem. (ANASTASIOU, 2015).
Na ação de ensinar, deve estar incluída uma totalidade de esforços, técnicas, recursos e 
estratégias utilizadas para atingir o objetivo proposto. Podemos definir, então, metodologias de 
ensino como o conjunto de ferramentas utilizadas pelos professores que auxiliam o processo de 
ensino e aprendizagem.
É justamente a escolha dos métodos e das técnicas adequadas que permitem ao docente 
garantir o sucesso de aprendizagem dos seus estudantes. Nesse sentido, é necessário que 
o docente “teste” diferentes processos didáticos até ser capaz de selecionar aquele que 
apresenta resultados de sucesso, atendendo às especificidades dos estudantes.
Porém, o atual ensino escolar mostra a insatisfação dos educandos com um ensino 
demasiadamente transmissivo que dá ênfase unicamente ao conhecimento apresentado 
pelo professor em sala de aula. Essa situação vai de encontro com as novas perspectivas 
educacionais que criticam justamente essa perspectiva.
As correntes pedagógicas mais atuais defendem que o professor deve buscar métodos 
didáticos diversos que sejam capazes de possibilitar que os alunos aprendam a partir das 
suas próprias reflexões. É possível observar que os estudantes aprendem muito mais quando 
estão envolvidos na construção do saber de forma ativa, apresentando suas perspectivas e 
construindo o conhecimento de forma autônoma. 
FIQUE ATENTO!!
 O ensino escolar se estabelece a partir das opções metodológicas adotadas 
pelo professor. Por isso, a escolha desses procedimentos deve levar em 
conta alguns critérios relacionados à natureza dos conteúdos disciplinares, as 
especificidades individuais de aprendizagem e o contexto sociocultural dos 
estudantes.
UNIARAXÁ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO DE ARAXÁ • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 11
4. PRÁTICAS EDUCATIVAS NA EDUCAÇÃO BÁSICA
A educação básica, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB, é 
destinada a crianças e jovens entre 4 e 17 anos. Essa faixa etária corresponde à obrigatoriedade 
dos estudos, mas os pais e responsáveis, se assim desejarem, podem matricular seus filhos a 
partir dos 3 anos na escola. 
Figura 1 - A educação brasileira se divide da seguinte maneira:
Fonte: Elaborado pela Autora.
A partir desse organograma, podemos visualizar que a educação básica abarca diferentes 
fases da infância e adolescência. Desse modo não é possível utilizar métodos únicos ou 
estratégias iguais. Para garantir o sucesso do processo de aprendizagem, o docente deve 
produzir aulas de acordo com cada uma das turmas em que atua. 
Esse processo exige que o docente seja dedicado e atento à diversidade que deve atender 
para que, assim, tenha condições de construir e oferecer aulas que sejam compatíveis com a 
demanda de cada etapa da educação básica ou do ensino superior.
É importante repensarmos as metodologias utilizadas em sala de aula e utilizar 
estratégias que permitam aos estudantes uma participação mais ativa na construção 
do conhecimento escolar.
PENSE NISSO!
UNIARAXÁ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO DE ARAXÁ • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 12
Na educação básica, o trabalho exige mais do que apenas selecionar conteúdos que devem 
ser abordados com os alunos, é preciso consolidar um processo educativo que prepara o 
estudante para desenvolver seu processo de aprendizagem, tornando-o protagonista desse 
processo.
As estratégias pedagógicas empreendidas na educação básica devem se preocupar ainda 
com a formação cidadã do estudante, pois, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da 
Educação Nacional - LDB, o estudante brasileiro deve ter acesso a uma formação integral que 
o prepare para o trabalho e para a cidadania.
Desse modo, as práticas educativas desenvolvidas devem ser diversas, pois é preciso promover 
uma escola que seja capaz de respeitar a diversidade e a vivência dos educandos, uma vez que 
somente uma educação que respeita as especificidades dos indivíduos será bem-sucedida.
Na educação infantil e no ensino fundamental I, as práticas pedagógicas devem ser pautadas 
em uma perspectiva da ludicidade, envolvendo o aluno no processo de aprendizagem, 
explorando suas curiosidades e fomentando as bases necessárias para a autonomia intelectual.
No ensino fundamental II, o aluno se despede da infância já no primeiro ano dessa etapa, pois, 
de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA, a adolescência corresponde dos 
12 aos 17 anos. Diante dessa perspectiva, é preciso que o professor esteja atento às demandas 
dessa faixa etária que são bem diferentes das demandas da infância.
O ensino fundamental II e o ensino médio devem ser consolidados em uma perspectiva que 
leve em consideração as demandas dessa faixa etária. É nesse momento que as mudanças no 
corpo vão se fazer perceber na sala de aula e temas como a sexualidade devem ganhar um 
espaço de reflexão nas aulas, independente dos conteúdos abordados pelo professor.
O Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA é um conjunto de normas e regulamentos 
estabelecidos pela Lei 8.069/90 que define o ordenamento jurídico brasileiro baseado no 
atendimento integral da criança e do adolescente. Se aprofunde nesta lei através deste 
link, clique aqui.
Diferente do que é apontado pelo senso comum, a lei é para todos as crianças e 
adolescentes e não apenas para aquelas que cometem algum tipo de infração. É o ECA 
quem define sobre os processos de adoção, tutela, guarda, acesso a escola, prioridade 
no atendimento a saúde, entre outros. Conhecer as leis e seus ordenamentos é uma 
tarefa necessária a todos os docentes da educação básica.
saiba mais!
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm
UNIARAXÁ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO DE ARAXÁ • TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 13
Outra temática que perpassa por toda a formação das crianças e adolescentes é a questão 
dos preconceitos vivenciados em nossa sociedade. O racismo, a violência contra a mulher, 
a desigualdades social, entre outros, são questões que perpassam pela vida de todos, logo, 
tornam-se temas necessários à escola.
Essas questões não devem ser abordadas a partir da vontade pessoal do docente, elas são 
obrigatórias. Dessa forma, podemos citar diferentes leis que exigem esse trabalho na escola, 
como a Lei 10.639/03 que obriga o ensino da África e da cultura africana e afro-brasileira em 
todas as escolas do território nacional, seja ela pública ou privada.
Na educação básica, as práticas educativas exigem que o docente esteja preparado para 
lidar com os diversos problemas que envolvem a sociedade. Geralmente, é na escola que 
as crianças terão os primeiros contatos com a desigualdade que aflige nossa sociedade e o 
professor deverá explorar essas questões, levando o estudante a questionar e compreender a 
realidade em que vive.
O Brasil é um país racista e, diante desse 
cenário, não podemos ficar indiferentes 
a situações racistas que ocorrem no meio 
escolar. Nilma Lino Gomes, ex-ministra 
das mulheres, da Igualdade Racial e dos 
Direitos Humanos, destaca que, na escola, 
ensinamos não apenas conteúdos escolares, 
mas também práticas excludentes. Nesse 
contexto, a escola não pode se eximir de 
abordar a temática racial em seu cotidiano, 
conforme determina a Lei 10.639/03. Ao 
vivenciar uma situação de racismo, por 
exemplo, o docente deve ser capaz de 
identificar o problema e agir contra ele, 
buscando estabelecer os direitos de todos os 
envolvidos. Em nosso país, o racismo é uma 
prática criminosa e deve ser punida como 
tal. O contato com a família, a elaboração 
de projetos, o diálogo, entre outros, são 
ações que devem ser empreendidas de 
imediato ao se identificar a presença dessa 
mazela na escola.
EXEMPLIFICANDO
UNIARAXÁ - CENTRO UNIVERSITÁRIO DO PLANALTO DE ARAXÁ• TODOS OS DIREITOS RESERVADOS 14
Podemos observar que as práticas docentes não se limitam apenas aos conteúdos escolares, 
pois essa não é a única tarefa da escola. O currículo é muito importante, mas o trabalho 
pedagógico não pode se limitar a um amontoado de informações intelectuais e se esquecer 
da formação humana dos sujeitos.
A atividade docente exige que o processo de ensino seja fomentado sob uma perspectiva da 
inclusão, do diálogo, da democracia, da diversidade, entre outros conceitos que perpassam 
pela formação integral dos sujeitos. É nesse sentido que a Pedagogia de Projetos, já apresentada 
anteriormente, tem ganhado cada vez mais espaços entre as práticas pedagógicas nas 
escolas.
As experiências revelam que, quando os estudantes estão envolvidos no processo de 
consolidação dos seus conhecimentos, sobretudo na perspectiva de projetos, sua aprendizagem 
é mais expressiva e seu rendimento na escola superior ao do estudante que é apenas um 
receptor de informações e conhecimentos.
É nessa perspectiva que Paulo Freire aduz que a educação tradicional se habituou a um modelo 
que educação bancária, na qual o estudante é um mero recebedor de conhecimentos e 
informações, sem autonomia intelectual e cidadã para participar de forma ativa da sua própria 
aprendizagem.
Esse modelo de escola na qual o professor é concebido como o único detentor de 
conhecimento não tem mais espaço em nossa sociedade. É preciso consolidar novas 
perspectivas educacionais, nas quais os estudantes possam exercer o protagonismo que os 
cabe no processo de ensino e aprendizagem. 
Após essa Aula, você é capaz de compreender o sentido da pedagogia 
para educação? Entende a importância da participação dos alunos no 
processo de ensino-aprendizagem e os caminhos que possibilitam esse 
envolvimento? Caso você consiga responder a estas questões, parabéns! 
Você atingiu os objetivos específicos da Aula 2. Caso tenha dificuldades 
para responder a algumas delas, aproveite para reler o conteúdo das Aulas, 
e acessar o UNIARAXA Virtual e interagir com seus colegas e Tutor(a). Você 
não está sozinho nessa caminhada. Conte conosco! 
aUTOaVALIAÇÃO
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RECAPITULANDO
Nessa Aula, vimos que os conceitos de pedagogia, educação e didática, apesar de serem 
confundidos pelo senso comum, apresentam significados diferentes. Enquanto a pedagogia 
faz referência aos aspectos teóricos e metodológicos do campo educacional, a didática 
busca investigar e entender o processo de ensino, em suas múltiplas determinações. 
No segundo tópico, discutimos os fundamentos das metodologias e estratégias de ensino 
na educação escolar. Definimos que metodologias consistem no conjunto de ferramentas 
utilizadas pelos professores que auxiliam o processo de ensino e aprendizagem. Como as 
práticas e os métodos centrados na transmissão do conteúdo predominam na educação 
básica, destacamos algumas propostas metodológicas que buscam maior participação dos 
alunos na construção do conhecimento. Por fim, discutimos as características da pedagogia 
de projetos e as práticas pedagógicas que devem ser fomentadas pelos docentes no trabalho 
na educação básica.
Na próxima Aula, vamos compreender as tendências pedagógicas e sua influência no processo 
escolar.
Até lá!!
VIDEOAULA
Após a leitura e o estudo do seu livro-texto, chegou o momento de 
complementar seu conhecimento. Vá até seu Ambiente Virtual 
de Aprendizagem e acesse a Videoaula referente à Aula.
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REFERÊNCIAS
BARRETO, Flávio Chame. Educação escolar evolução histórica, teorias, práticas docentes e 
reflexões. São Paulo: Érica 2014.
CAMARGO, Fausto; DAROS, Thuinie. A sala de aula inovadora: estratégias pedagógicas para 
fomentar o aprendizado ativo. Porto Alegre: Penso, 2018.
FERREIRA, Vania de Souza. et al. Didática. Porto Alegre: SAGAH, 2018.
MARTINS, Pura Lúcia Oliver. Didática. Curitiba: Intersaberes, 2012.
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CONTATO:
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